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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

DISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


PROFESSOR:​ ​FRANCISCO CARLOS ARAUJO ALBUQUERQUE
SEMESTRE: 2019.2
TURNO: MANHÃ

ANNA CATARINE AMARAL


Nº DA MATRÍCULA: 1475082

FICHAMENTO - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

FORTALEZA - CEARÁ
2020
Financiamento da educação. (p. 35-53). 3º Capítulo.

VIEIRA, Sofia Lerche. Financiamento da Educação. In: ___. ​Estrutura e Funcionamento


da Educação Básica​. 2 ed. atual. Fortaleza: EdUECE, 2015. cap. 3, p. 35-53.

Financiamento da educação
“O financiamento é um dos fatores determinantes para a operacionalização da política e da
gestão da educação. Representa, pois, uma área de conhecimento importante para todos
aqueles que, de uma maneira ou de outra, lidam com os problemas relativos à estrutura e ao
funcionamento da Educação Básica.
Este capítulo trata das receitas ordinárias da educação focalizando as receitas previstas em
lei e suas fontes orçamentárias; o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); o Salário Educação; e os
programas federais de financiamento à educação.
Dando continuidade ao tema, apresentam-se outras receitas, incluindo o investimento
familiar, o investimento social privado e o investimento internacional através de
empréstimos.” (p. 35)

1. Fontes de Financiamento
“Os recursos para a educação provêm de fontes diversas do setor público e do setor
privado. No primeiro caso, são movimentados através dos diversos órgãos da administração
direta e indireta no âmbito federal, estadual e municipal.
No segundo caso, originam-se de mensalidades pagas pelas famílias às escolas privadas e
de outras fontes de arrecadação e aplicação.” (p. 36)
“As principais fontes de recursos da educação pública provêm das três esferas
governamentais: a União, o Distrito Federal e os Estados, e os Municípios. A educação é
uma receita vinculada. Isto quer dizer que os recursos a ela destinados estão previstos na
própria Constituição Federal e na LDB, [...]”. (p. 36)
“Cabe observar que a “receita resultante de impostos” pode financiar todos os níveis e
modalidades de educação escolar, aí incluindo a Educação Básica (Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio) e a Educação Superior.” (p. 36)
2. Distribuição de responsabilidades
“Em princípio, o governo federal exerce ação supletiva no financiamento da Educação
Básica, com vistas à garantia de uma distribuição mais equitativa de recursos e um padrão
mínimo de qualidade, considerando, para tanto, o esforço fiscal e a capacidade de
atendimento de cada instância administrativa (LDB, Art. 75, §1° e 2°).” (p. 37)
“[...] pode-se afirmar que o financiamento da educação pública é uma tarefa de
responsabilidade das três esferas do Poder Público.” (p. 37)

3. Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE)


“Outro importante aspecto do financiamento refere-se às despesas a serem feitas com
recursos públicos, conhecidas como Despesas em Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino (MDE).” (p. 38)
“De uma maneira geral, podem ser computadas como despesas de MDE aquelas referentes
à ‘remuneração e aperfeiçoamento dos profissionais da educação, material didático,
transporte escolar e outras atividades ligadas aos objetivos básicos da educação’, sendo
excluídas as realizadas em ‘obras de infraestrutura, subvenções, programas suplementares e
certos tipos de pesquisa’”. (p. 38)
“Os estudiosos do financiamento da educação, todavia, argumentam que, na prática, o
governo federal gasta menos do que o previsto pela Constituição, ocasionando perdas
substanciais para a educação.” (p. 39)

4. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos


Profissionais da Educação (Fundeb)
“O Fundef foi criado como um fundo de natureza contábil em cada unidade da federação,
com vigência de dez anos (1996 - 2006). Através desse mecanismo, 60% dos recursos da
educação passaram a ser subvinculados ao Ensino Fundamental.” (p. 40)
“O objetivo do Fundef foi ‘assegurar a universalização’ do Ensino Fundamental ‘e a
remuneração condigna do magistério’.[...]. Para os municípios, sua criação significou
grande injeção de recursos para educação, representando cerca de 40% das receitas
advindas de transferências voluntárias a estes repassadas.” (p. 40)
“Depois de alguns anos de embates entre protagonistas das diferentes instâncias do Poder
Público e de segmentos ligados à defesa do ensino público, o Congresso Nacional aprovou
o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb) [...].” (p. 40)
“O Fundeb promove a distribuição dos recursos com base no número de alunos da
Educação Básica pública (creches, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio, educação
especial e educação de jovens e adultos).” (p. 41)

5. Salário-Educação
“O Salário-Educação (SE) é outra importante fonte de recursos da educação pública.” (p.
41)
“Esta contribuição social equivale a 2,5%de pagamentos recolhidos pelas “empresas em
geral e as entidades públicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social”,
com algumas exceções especificadas em lei.” (p. 41)

6. Programas Federais
“Além das fontes já citadas, recursos são transferidos a estados, municípios e escolas
através de programas federais diversos, também denominados de suplementares e
complementares. Pela sua relevância, aqui iremos focalizar alguns:
● Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
● Programas de livros didáticos – Programa Nacional do Livro Didático (PNLD),
● Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) e Programa
Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA).
● Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE).
● Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE).
● Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).” (p. 42)

7. Outras receitas
“Neste tópico focalizaremos recursos da educação obtidos através de receitas de natureza
diversa daquelas previstas na Constituição e na LDB. Iremos nos deter sobre algumas
dessas fontes: os gastos feitos pelas famílias com educação; o investimento social privado
desenvolvido através de fundações, institutos e outras organizações.” (p. 47)
“Também faremos considerações sobre uma atividade que vem crescendo bastante na
educação pública, as chamadas iniciativas de voluntariado. Para finalizar, trataremos outra
matéria importante no campo do financiamento que é a contribuição dos recursos
internacionais obtidos através de empréstimos para a melhoria do ensino público.” (p. 48)

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