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Imuno
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MATURAÇÃO
A maturação dos linfócitos B começa com as células progenitoras na medula óssea. Essas células se
diferenciam em células B precursoras, também conhecidas como células Pré-B.
Reorganização dos genes do receptor B nas células Pré-B. Isso envolve a rearrumação dos segmentos
variáveis (V), de diversidade (D) e de junção (J) do gene, que formam a região variável do receptor B.
Esse processo cria uma grande diversidade de receptores B, permitindo o reconhecimento de diferentes
antígenos.
Expressão de IgM e Pré-BcR: Após a reorganização bem-sucedida do gene do receptor B, a célula pré-B
expressa uma forma inicial de receptor de superfície conhecida como Pré-BcR, que contém uma cadeia
pesada mu (µ) e uma cadeia leve surrogate (VpreB e λ5). Isso sinaliza à célula pré-B para passar pelo
processo de seleção positiva e negativa.
Seleção Positiva e Negativa: Durante a seleção positiva, as células pré-B que expressam Pré-BcR
funcional e capaz de se ligar ao antígeno próprio são selecionadas para continuar sua maturação. Já a
seleção negativa elimina células que reconhecem fortemente antígenos próprios, prevenindo reações
autoimunes.
Ativação Antigênica e Maturação Final: Nos folículos linfáticos, as células B imaturas podem ser ativadas
quando encontram um antígeno estrangeiro. Isso leva à diferenciação em células B ativadas e,
eventualmente, em células B de memória ou células plasmáticas produtoras de anticorpos.
ATIVAÇÃO
A ativação dos linfócitos B começa quando um linfócito B encontra um antígeno específico que
corresponde ao seu receptor de superfície. O receptor de superfície do linfócito B é uma imunoglobulina
(Ig) na forma de IgM ou IgD, que é gerada durante a maturação das células B.
Quando o antígeno se liga ao receptor de superfície do linfócito B, ele é capturado por endocitose e
processado em fragmentos antigênicos. Esses fragmentos antigênicos são então apresentados na
superfície do linfócito B, ligados a moléculas do complexo principal de histocompatibilidade classe II
(MHC classe II).
O linfócito B ativado apresenta os fragmentos antigênicos nas moléculas de MHC classe II na sua
superfície. Isso permite que outras células do sistema imunológico, como os linfócitos T CD4+ auxiliares,
reconheçam o complexo antígeno-MHC e interajam com o linfócito B.
Algumas das células B ativadas se diferenciam em células plasmáticas. As células plasmáticas são
altamente especializadas na produção de anticorpos. Elas secretam grandes quantidades de anticorpos
solúveis na corrente sanguínea.
Produção de Anticorpos: As células plasmáticas secretam anticorpos específicos que se ligam ao antígeno
invasor. Os anticorpos neutralizam os patógenos, tornando-os inofensivos, marcando-os para destruição
por fagócitos e ativando o sistema de complemento.
Além das células plasmáticas, algumas células B ativadas se diferenciam em células B de memória. Essas
células têm uma longa vida útil e permanecem no organismo após a resolução da infecção. Elas são
capazes de responder rapidamente a futuros encontros com o mesmo antígeno, proporcionando imunidade
duradoura.
SUBTIPOS
Células B Naive (Imaturas): São linfócitos B que ainda não encontraram um antígeno específico. Essas
células circulam nos órgãos linfoides à espera de encontrarem um antígeno que corresponda ao seu
receptor de superfície.
Células B Ativadas: São células B que foram ativadas após o encontro com um antígeno. Elas passam por
rápida proliferação e se diferenciam em células plasmáticas produtoras de anticorpos e células B de
memória.
Células Plasmáticas: Resultantes da diferenciação das células B ativadas, as células plasmáticas são
especializadas na produção e secreção de grandes quantidades de anticorpos específicos. Elas são
essenciais para a resposta imune humoral, neutralizando patógenos e facilitando sua remoção pelo sistema
fagocitário.
Células B de Memória: São células que se desenvolvem a partir das células B ativadas, mas não se
diferenciam em células plasmáticas. Em vez disso, permanecem como células B de memória de longa
duração. Quando um antígeno é encontrado novamente, as células B de memória podem se diferenciar
rapidamente em células plasmáticas ou células ativadas, acelerando a resposta imune.
Células B Reguladoras (Bregs): Estes são um subtipo de linfócitos B que desempenham um papel na
regulação da resposta imune, suprimindo a ativação excessiva das células T e ajudando a manter a
tolerância imunológica. As células B reguladoras têm sido implicadas na modulação de doenças
autoimunes e inflamatórias.
Células B1: São um subtipo especializado de linfócitos B que estão envolvidos principalmente na
resposta imune inata e na produção de anticorpos naturais contra antígenos comuns. Elas são encontradas
principalmente em cavidades como o peritônio e desempenham um papel na primeira linha de defesa
contra infecções.
Células B2: Essas são as células B clássicas que estão envolvidas na resposta imune adaptativa. Elas
incluem as células B Naive, células ativadas, células plasmáticas e células B de memória. A maioria das
respostas imunes mediadas por anticorpos é executada por células B2.
IMUNOGLOBULINAS
RESPOSTA HUMORAL
A resposta humoral começa quando um linfócito B, que possui um receptor de superfície específico para
um antígeno, encontra esse antígeno. Esse antígeno pode ser uma proteína na superfície de um patógeno
ou uma molécula estranha.
Quando o linfócito B encontra o antígeno correspondente, ele é ativado. Isso pode ocorrer através da
interação com linfócitos T auxiliares que reconhecem o antígeno apresentado nas moléculas MHC classe
II do linfócito B.
O linfócito B ativado passa por proliferação, resultando em uma população maior de células B. Algumas
dessas células B ativadas se diferenciam em células plasmáticas, que são especializadas na produção e
secreção de anticorpos.
2. Isótipos de Anticorpos:
Switch de Isótipo: Linfócitos B podem alternar a classe de anticorpos que produzem, resultando em
diferentes isótipos (IgM, IgG, IgA, IgE, IgD). Essa troca é influenciada por citocinas e determina as
funções dos anticorpos em diferentes contextos.
3. Citocinas e Sinalização Celular:
Citocinas Reguladoras: Citocinas como IL-4, IL-10 e TGF-β têm papéis na regulação da resposta
humoral, influenciando a produção de anticorpos e a diferenciação de linfócitos B.
Sinalização Coestimulatória: Moléculas de coestimulação, como CD40, CD80 e CD86, desempenham
um papel na ativação e diferenciação de linfócitos B.
5. Feedback Negativo:
Inibição por Anticorpos: Anticorpos podem se ligar a seus próprios antígenos e inibir a resposta imune.
Isso é conhecido como feedback negativo ou regulação por retroalimentação.
7. Tolerância Imunológica:
Tolerância Central e Periférica: Mecanismos de tolerância imunológica garantem que linfócitos B com
receptores de antígenos auto-reativos sejam eliminados ou suprimidos, evitando respostas
autoimunes.
Neutralização: Os anticorpos se ligam aos patógenos, impedindo que eles entrem nas células hospedeiras
e causando sua inativação.
Opsonização: Os anticorpos marcados nos patógenos facilitam sua fagocitose por células como
macrófagos e neutrófilos.
Ativação do Complemento: Alguns anticorpos ativam o sistema de complemento, que leva à lise do
patógeno ou ao recrutamento de células do sistema imune.
Formação de Células B de Memória: Além das células plasmáticas, algumas células B ativadas se
diferenciam em células B de memória. Essas células permanecem no organismo após a resolução da
infecção, proporcionando imunidade de longa duração.
LINFÓCITOS T
MATURAÇÃO
As células progenitoras que chegam ao timo ainda não são linfócitos T totalmente desenvolvidos. Elas são
conhecidas como células Pré-T e se dividem em três subpopulações: Pré-T1, Pré-T2 e Pré-T3. Cada
subpopulação expressa diferentes marcadores de superfície e passa por verificações de seleção durante
sua maturação.
Um aspecto crucial da maturação dos linfócitos T é o rearranjo dos genes do receptor T. Isso envolve a
combinação de segmentos variáveis (V), de diversidade (D) e de junção (J) para criar a região variável do
receptor T. Esse processo gera uma ampla diversidade de receptores T que podem reconhecer uma
variedade de antígenos.
Durante a maturação, os linfócitos T passam por dois tipos de seleção no timo. A seleção positiva envolve
a sobrevivência de linfócitos T que são capazes de se ligar fracamente às moléculas do complexo
principal de histocompatibilidade (MHC) próprias, garantindo que os linfócitos T tenham a capacidade de
reconhecer antígenos apresentados pelo MHC. A seleção negativa elimina linfócitos T que reconhecem
fortemente antígenos próprios, prevenindo reações autoimunes.
Os linfócitos T que passam pelas etapas de seleção positiva e negativa se diferenciam em subpopulações
maduras de linfócitos T, como linfócitos T auxiliares (CD4+) e linfócitos T citotóxicos (CD8+). Cada
subpopulação possui funções específicas na resposta imune.
Os linfócitos T maduros deixam o timo e migram para os tecidos linfoides periféricos, como gânglios
linfáticos, baço e outros órgãos linfoides secundários. Lá, eles podem encontrar antígenos específicos e
desempenhar suas funções efetoras.
ATIVAÇÃO
As células apresentadoras de antígeno, como células dendríticas, fagócitos e células B ativadas, capturam
e processam antígenos derivados de patógenos. Esses antígenos são então apresentados na superfície das
células apresentadoras de antígeno ligados a moléculas do complexo principal de histocompatibilidade
classe II (MHC classe II).
Além do reconhecimento do antígeno, a ativação completa dos linfócitos T requer sinais coestimulatórios
fornecidos por moléculas de superfície, como CD28 no linfócito T e CD80/CD86 na célula apresentadora
de antígeno. A coestimulação é essencial para evitar respostas imunes inadequadas e promover a ativação
adequada dos linfócitos T.
SUBTIPOS
Funções: Os linfócitos T citotóxicos têm a capacidade de reconhecer e eliminar células infectadas por
vírus, células cancerosas e outras células anormais. Eles induzem a apoptose (morte celular programada)
das células-alvo.
Ativação: Os linfócitos T citotóxicos são ativados quando seus receptores de célula T (TCR) reconhecem
antígenos apresentados em moléculas do MHC classe I em células infectadas.
Linfócitos T de Memória:
Funções: Esses linfócitos T são derivados de linfócitos T ativados e permanecem no organismo após a
resolução da infecção. Eles têm a capacidade de responder rapidamente a futuros encontros com o mesmo
antígeno, proporcionando imunidade duradoura.
Funções: Localizados nas camadas epiteliais de superfícies mucosas, os IELs desempenham um papel
importante na proteção contra infecções mucosas e na manutenção da integridade da barreira epitelial.
Funções: São uma ponte entre os linfócitos T e as células natural killer (NK), participando da regulação
da resposta imune inata e adaptativa. Eles podem responder rapidamente a antígenos e estão envolvidos
na defesa contra infecções e na modulação de doenças autoimunes.
RESPOSTA INATA
2. Fagocitose:
Fagócitos Profissionais: Macrófagos, neutrófilos e células dendríticas são células fagocíticas que
engolfam e degradam patógenos.
Receptores PRR: Os fagócitos possuem receptores de reconhecimento de padrões (PRRs) que
identificam PAMPs presentes em patógenos, como lipopolissacarídeos bacterianos.
3. Sistema Complemento:
Ativação: O sistema complemento é uma série de proteínas do soro sanguíneo que podem ser ativadas
em cascata em resposta a patógenos. Isso resulta em opsonização, inflamação e lise de patógenos.
Opsonização: O sistema complemento pode marcar patógenos para fagocitose pelos fagócitos.
4. Citocinas Inflamatórias:
Produção: Células inflamatórias, como macrófagos, liberam citocinas, como interleucinas e fatores de
necrose tumoral (TNF), que recrutam outras células imunes para o local da infecção.
Inflamação: Isso resulta em inflamação localizada, caracterizada por aumento do fluxo sanguíneo,
dilatação vascular e aumento da permeabilidade, permitindo que células e proteínas do sistema
imune alcancem o local da infecção.
7. Moléculas de Sinalização:
Toll-Like Receptors (TLRs): Receptores de superfície celular que reconhecem PAMPs, iniciando
respostas imunes inatas.
RIG-I-like Receptors (RLRs): Receptores citoplasmáticos que detectam RNA viral, ativando respostas
antivirais.
8. Células Dendríticas:
Apresentação de Antígenos: As células dendríticas capturam antígenos e os apresentam a linfócitos T e
B, desempenhando um papel crucial na conexão entre as respostas imunes inata e adaptativa.
9. Eliminação e Resolução:
Eliminação de Patógenos: A resposta imune inata é projetada para eliminar patógenos e limitar a
disseminação da infecção.
Resolução: À medida que a infecção é controlada, as respostas inflamatórias diminuem e os processos
de reparo tecidual começam.
3. Regulação de Citocinas:
Citocinas Anti-inflamatórias: Citocinas como IL-10 e TGF-β têm efeitos anti-inflamatórios, ajudando a
reduzir a inflamação após a resposta imune inicial.
Feedback Negativo: Algumas citocinas, como IL-1Ra, atuam como antagonistas das citocinas pró-
inflamatórias, controlando sua atividade.
4. Moléculas Inibitórias:
Moléculas Inibidoras Coestimulatórias: Algumas moléculas coestimulatórias, como CTLA-4 e PD-1,
atuam como "freios" para limitar a ativação excessiva das células T e a resposta imune.
Receptores Inibitórios: Células imunes expressam receptores inibitórios que podem atenuar suas
respostas quando ligados a ligantes específicos.