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TCC - Solange Moraes
TCC - Solange Moraes
ÂNIMA EDUCAÇÃO
Porto Alegre
SOLANGE SILVA MORAES
Porto Alegre
2022
SOLANGE SILVA MORAES
_________________________________________________
Orientador: Prof° Newton Chwartzmann, Msc.- UniRitter
___________________________________________
Prof. Larry Rivoire Junior, Dr – Uniritter
RESUMO
Esse trabalho teve como objetivo principal comparar os dois processos executivos de
fundações: tubulão a céu aberto e estaca hélice contínua. Comparar desde a mão de
obra até os principais custos com essas duas fundações. Foi feito um estudo de caso,
em duas obras residências localizadas na cidade de Porto Alegre – RS, onde cada
obra possui características distinta da outra, além de um número de unidades a serem
construídas diferentes uma das outras. Os resultados da pesquisa apontam que a
estaca hélice contínua demanda um custo mais elevado em relação ao tubulão,
principalmente em função da utilização da perfuratriz que tem um elevado custo de
locação. Contudo, a hélice contínua tem um tempo de execução menor em
comparação com o tubulão. É importante destacar a presença de um profissional
habilitado fazendo o acompanhamento de toda etapa de fundação para garantir o
controle executivo.
This work had as main objective to compare the two executive processes of
foundations: open pit and continuous helix pile. Compare from labor to main costs with
these two foundations. A case study was carried out in two residential works located
in the city of Porto Alegre - RS, where each work has different characteristics from the
other, in addition to a number of units to be built different from each other. The research
results indicate that the continuous propeller pile demands a higher cost in relation to
the barrel, mainly due to the use of the drill that has a high rental cost. However, the
continuous helix has a shorter run time compared to the barrel. It is important to
highlight the presence of a qualified professional monitoring the entire foundation stage
to ensure executive control.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................. 8
1.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ......................................................................... 8
1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 8
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 8
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 8
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 9
1.5 DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIÁVEIS................................................ 9
1.6 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 9
2 FUNDAÇÕES ................................................................................................. 10
2.1 FUNDAÇÕES RASAS .................................................................................... 10
2.1.1 Sapata isolada ............................................................................................ 11
2.1.2 Sapata corrida ............................................................................................ 11
2.1.3 Sapata associada ....................................................................................... 12
2.1.4 Bloco ........................................................................................................... 13
2.1.5 Radier .......................................................................................................... 13
2.2 FUNDAÇÕES PROFUNDAS .......................................................................... 14
2.2.1 Tubulão........................................................................................................ 15
2.2.2 Estacas Strauss.......................................................................................... 16
2.2.3 Estaca em hélice contínua......................................................................... 17
2.2.4 Estaca pré-moldadas de concreto ............................................................ 18
2.2.5 Estaca de Madeira ...................................................................................... 18
2.2.6 Estacas tipo Franki .................................................................................... 19
2.2.7 Estacas metálicas ...................................................................................... 20
2.2.8 Estaca Raiz ................................................................................................. 21
3 ESTUDO DE CASO ....................................................................................... 22
3.1 OBRA A .......................................................................................................... 22
3.1.1 Sondagem ................................................................................................... 22
3.1.2 Execução..................................................................................................... 23
3.1.3 Custos ......................................................................................................... 31
3.2 OBRA B .......................................................................................................... 32
3.2.1 Sondagem ................................................................................................... 32
3.2.2 Execução..................................................................................................... 33
3.2.3 Custos ......................................................................................................... 40
4 CONCLUSÕES .............................................................................................. 42
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44
ANEXO A .................................................................................................................. 46
ANEXO B .................................................................................................................. 47
ANEXO C .................................................................................................................. 48
ANEXO D .................................................................................................................. 49
ANEXO E .................................................................................................................. 50
ANEXO F .................................................................................................................. 51
ANEXO G .................................................................................................................. 52
ANEXO H .................................................................................................................. 53
ANEXO I.................................................................................................................... 54
ANEXO J................................................................................................................... 55
ANEXO K .................................................................................................................. 56
ANEXO L .................................................................................................................. 57
ANEXO M .................................................................................................................. 58
ANEXO N .................................................................................................................. 59
ANEXO O .................................................................................................................. 60
7
1 INTRODUÇÃO
Joppert (2007, p.91) afirma sobre fundações que: “O controle de qualidade das
fundações deve iniciar-se pela escolha da melhor solução técnica e econômica,
passando pelo detalhamento de um projeto executivo e finalizando com o controle de
campo da execução do projeto”.
O trabalho analisará dois sistemas de fundação desenvolvidos para dois
empreendimentos diferentes localizados em Porto Alegre/RS.
8
1.3 OBJETIVOS
Os objetivos do presente trabalho são apresentados a seguir.
1.4 JUSTIFICATIVA
a) Tipo de concreto;
b) Mão de obra;
c) Tipo de solos;
d) Equipamentos.
2 FUNDAÇÕES
É uma alternativa quando temos uma distância muito pequena entre duas ou
mais sapatas. Essa associação é feita através da união de duas ou mais sapatas,
tornado elas uma só. A partir dessa associação esse conjunto de sapata passa a ter
que suportar consequentemente a carga de dois ou mais pilares.
Segundo Hachich et al. (1996), quando dois ou mais pilares estiverem muito
próximos ou as cargas estruturais forem elevadas, poderá se ter o risco de a sapata
não suportar os esforços com a sua tensão admissível, sendo assim, é necessário
fazer uma sapata para dois pilares, conforme figura 4.
2.1.4 Bloco
2.1.5 Radier
Figura 6 – Radier.
2.2.1 Tubulão
Estacas de madeira são caracterizadas por estacas que não realizam a retirada
de material, não e feita escavação, apenas cravação. Essas estacas são trocos de
madeiras, retilíneos que possuem boa capacidade de carga.
Segundo Velloso no Brasil as estacas de madeiras são mais utilizadas em
obras provisórias. No passado que se utilizava em obras permanentes.
As estacas de madeiras com o passar do tempo, umidade do solo a tendência
é que elas vão se deteriorar rapidamente. Dessa forma, caso forem usadas como
fundação permanente é preciso ter uma preparação com produtos preservativos.
Podemos ter estacas com reforço na ponta ou sem, conforme figura 13.
19
3 ESTUDO DE CASO
3.1 OBRA A
Obra localizada no bairro Alto Petrópolis, terreno com uma área de 9.916,08
m2. Empreendimento com total de 160 unidades, sendo cada edificação composta por
5 pavimentos, cada unidade com 40,82 m2.
Projeto desenvolvido para fundação foi o de tubulão a céu aberto, sendo que
em cada edificação foram projetados 68 tubulões. Esta decisão foi baseada na
distribuição das cargas e do perfil de terreno, após ter sido feita a sondagem.
3.1.1 Sondagem
3.1.2 Execução
Neste item será descrita a etapa de execução dos tubulões, para obra A onde
foram executados 384 tubulões. Inicialmente, para cada tubulão foi previsto em projeto
uma carga em toneladas força (tf), e partir destas cargas foram determinadas as
dimensões dos tubulões. Na tabela 1, pode-se observar que para cada carga foi
previsto diâmetro, altura de base e rodapé especifico.
3.1.2.1 Marcação
3.1.2.2 Escavação
Após a execução do fuste do tubulão até a cota 4,20m, foi feita a limpeza na
base. Na figura 23 pode-se visualizar o operário realizando a limpeza da base para a
execução do alargamento e na figura 20 a base está limpa, pronta para iniciar o
alargamento. Neste tubulão o alargamento previsto em projeto foi de 1,20m de base
por 0,50m de altura. Após o término alargamento da base o mestre de obras desceu
até a base do tubulão para conferir as medidas de diâmetro, altura da base e verificar
as condições da base, pois para antes de iniciar a concretagem tudo deve estar
conferido e o tubulão deve estar limpo, conforme figura 19.
3.1.2.4 Armação
3.1.2.5 Concretagem
para que seja possível realizar o transpasse nas armaduras positivas e negativas e
assim permitir a transmissão dos esforços solicitantes, conforme figura 23.
3.1.3 Custos
A escavação foi realizada com fornecedor terceiro, o valor orçado foi medido
por m3, conforme planilha 2. O volume escavado total foi de 2.073,6 M³, com isso o
custo com a mão de obra para escavação ficou em R$ 663.552.
Para a concretagem dos tubulões foi utilizado concreto bombeado FK3 30,
conforme projeto. Considerando o volume escavado de 2.073,6 m³, teve-se um custo
de R$ 1.007.707,392.
Tabela 4: custos com concreto.
Custos com Concretagem
Produto/Serviço Unidade Custo
Bombeamento m³ R$ 36,04
Concreto FCK 30 m³ R$ 449,93
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
32
Desta forma o custo total para a produção dos tubulões foi de R$ 1.096.380,072
e um custo por m³ de R$ 528,73.
3.2 OBRA B
Esta obra está localizada no bairro São Sebastião e terreno possui uma área
de 5.030,87 m2. Empreendimento com total de 96 unidades, sendo a edificação
composta por 12 pavimentos, cada unidade com 40,82 m2.
Projeto desenvolvido para fundação foi o de estaca hélice contínua, sendo que
em cada edificação foram projetadas 105 estacas. Esta decisão foi baseada na
distribuição das cargas e do perfil de terreno, após ter sido feita a sondagem.
3.2.2 Sondagem
arenoso de cor marrom. Depois da cota de 13,80m o material encontrado foi silte
arenoso micáceo compacto à muito compacto, conforme anexo I. No quinto furo o
nível de água após 24h foi de 7,20m. Até a cota de 6,5m o material encontrado foi
argila. Após essa cota até a de 9,90m o material foi classificado como um silte arenoso
muito compacto, conforme anexo J. No sexto furo o nível de água após 24h foi de
6,40m. Até a cota de 5,60m o material encontrado foi argila. Entre a cota de 5,60m até
12,60m o material foi um silte arenoso. Após o material foi classificado como um silte
arenoso micáceo muito compacto, conforme anexo K. No sétimo furo o nível de água
após 24h foi de 5,70m. Entre a cota de 0,90m até 8,80m o material encontrado foi
argila. Após foi encontrado um silte arenoso muito compacto, conforme anexo L. No
oitavo furo o nível de água após 24h foi de 4,20m. Até a cota de 8,80m o material
encontrado foi argila. Entre a cota 8,80m até 13,70m o material foi classificado como
um silte arenoso micáceo de compacto a muito compacto, conforme anexo M. No
nono furo o nível de água após 24h foi de 3,0m. Até a cota 4,80m o material
encontrado foi argila. Após essa cota até 6,70m foi silte arenoso. Depois novamente
foi encontrado argila até a cota de 7,70m. Por fim, até a cota de 14,80m o material foi
classificado como um silte arenoso de compacto à muito compacto, conforme anexo
N. No décimo furo o nível de água após 24h foi de 6,0m. Até a cota de 4,90m o
material encontrado foi argila. Entre a cota de 4,90m até 6,80m foi um silte arenoso.
Após essa cota foi identificado um silte arenoso micáceo de mediamente compacto à
muito compacto, conforme anexo O.
A partir destas informações foi definido pelo engenheiro calculista que o tipo de
fundação mais indicado para esta obra deveria ser estaca hélice contínua.
3.2.2 Execução
3.2.2.1 Escavação
3.2.2.2 Concretagem
3.2.2.3 Armação
Armaduras finalizadas, o “lajão” foi liberado para concretagem. Com isso foi
finalizada a execução da fundação e pode-se dar início a fase de estrutura da obra B,
conforme figura 32.
3.2.2 Custos
Profundidade Valor
Descrição Quantidade Valor Total
(m) Unitário
Estacas
ø500mm 67 16 R$ 43,00 R$ 46.096,00
ø600mm 26 17 R$ 47,0 R$ 21.573,00
ø700mm 12 18 R$ 52,00 R$ 11.232,00
R$ 78.901,00
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
2.856,00 R$ 16.043,49
Ø 12,5
Total: R$ 39.522,25
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
RACHICH, Waldemar. Fundações: Teoria e Prática . 1. ed. São Paulo: Pini, 1996. p.
1-751.
ANEXO A
Perfil de sondagem no furo S01.
47
ANEXO B
Perfil de sondagem no furo S02.
48
ANEXO C
Perfil de sondagem no furo S03.
49
ANEXO D
Perfil de sondagem no furo S04.
50
ANEXO E
Perfil de sondagem no furo S05.
51
ANEXO F
Perfil de sondagem no furo S01.
52
ANEXO G
Perfil de sondagem no furo S02.
53
ANEXO H
Perfil de sondagem no furo S03.
54
ANEXO I
Perfil de sondagem no furo S04.
55
ANEXO J
Perfil de sondagem no furo S05.
56
ANEXO K
Perfil de sondagem no furo S06.
57
ANEXO L
Perfil de sondagem no furo S07.
58
ANEXO M
Perfil de sondagem no furo S08.
59
ANEXO N
Perfil de sondagem no furo S09.
60
ANEXO O
Perfil de sondagem no furo S10.