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Unidade II

CONTABILIDADE

Prof. Me. Alexandre Saramelli


Daydreaming Bookkeeper (1924)
Norman Rockwell
Fonte: http://tsutpen.blogspot.com.br/2009/07/norman-
rockwell-saved-from-drowning-7.html
Contabilidade

A disciplina está dividida em quatro


unidades:
Unidade I
 Importância e abrangência
Unidade II
 Balanço patrimonial e DRE
Unidade III
 Resolução de um exercício completo
Unidade IV
 Análise das demonstrações financeiras
Princípios contábeis
geralmente aceitos

Princípios
 realização;
 entidade;
 continuidade;
 custo como base de valor;
 competência dos exercícios;
 denominador comum monetário.
Convenções
 consistência;
 conservadorismo;
 materialidade;
 objetividade.
Princípios contábeis
geralmente aceitos

Normas contábeis
 Internacionais
Balanço patrimonial

Demonstrativo que mostra a situação


econômico-financeira da empresa num
determinado momento.
Balanço patrimonial

Artigos 178, 179, 180 e 182 da Lei nº 6.404/76,


alterada pelas Leis nº 11.638/07 e nº
11.941/2009
Balanço patrimonial
Balanço patrimonial
Liquidez

Liquidez: é a capacidade que tem um


bem ou um direito de se transformar
o mais rapidamente possível em dinheiro.
Ativo

Os bens e direitos da empresa,


classificados de acordo com sua
destinação específica, que varia segundo
os fins da empresa.
Ativo

O ativo está subdividido em:


Ativo circulante
Ativo não circulante, composto por:
 ativo realizável a longo prazo;
 investimentos;
 imobilizado;
 intangível.
Ativo circulante

Divisões:
 disponibilidades;
 direitos;
 deduções dos direitos;
 outros direitos;
 estoques;
 despesas antecipadas.
Ativo circulante
Ativo circulante
Disponibilidades

Dinheiro em caixa ou depósito bancário.


Contas:
 caixa;
 bancos conta movimento;
 aplicações de liquidez imediata.
imediata
Ativo circulante direito

Normalmente, valores originados de vendas


a prazo de mercadorias, produtos ou
serviços.
Contas:
 duplicatas
p a receber;;
 clientes.
Interatividade

O empresário polonês Sr. Samuel Klein,


proprietário das Casas Bahia, uma
importante varejista no Estado de São Paulo,
ficou famoso porque concede crédito a
consumidores de baixa renda que sempre
pagam as dídívidas.
idas No balanço patrimonial
das Casas Bahia, em que conta ficam os
valores que a empresa ainda tem por
receber?
a) Caixa.
b) Bancos.
B
c) Estoques.
d) Clientes.
e) Duplicatas a pagar.
Ativo circulante
Deduções dos direitos

Contas dedutoras, redutoras dos direitos.


Contas:
 estimativas: para créditos de liquidação
duvidosa (antiga “provisão para créditos
de liquidação
q ç duvidosa”); );
 duplicatas descontadas.
Ativo circulante
Outros direitos

Transações que não representam o objeto


principal da empresa; são normais e
inerentes a suas atividades.
Contas:
 adiantamento a funcionários;;
 impostos a receber.
Ativo circulante
Estoques

Bens comprados ou fabricados pela


empresa com o objetivo de venda ou
utilização própria em suas atividades.
Contas:
 mercadorias ((empresas
p comerciais););
 produtos acabados (indústrias);
 produtos em elaboração (indústrias);
 matérias-primas (indústrias).
Ativo circulante
Despesas antecipadas

“Aplicações de recursos em despesas do


exercício seguinte.”
Lei 6404/76, art. 179
 Aplicações de recursos em gastos que
tenham realização
ç no curso do p período
subsequente à data do balanço
patrimonial. Exemplo: prêmio de
seguro a apropriar.
Ativo não circulante

Conceito de longo prazo:


Todos os bens e direitos (ativos) realizáveis
em moeda ou nela conversíveis após o
término do exercício social seguinte, assim
como os derivados de vendas, adiantamentos
ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas, diretores e acionistas.
Ativo não circulante

Composto por:
 ativo realizável a longo prazo;
 investimentos;
 imobilizado;
 intangível.
intangível
Ativo não circulante
Realizável a longo prazo

Direitos a longo prazo


Contas como:
 empréstimos a coligadas, empréstimos a
diretores, empréstimos a acionistas e
outras contas,, como cauções
ç contratuais,,
debêntures, empréstimos compulsórios e
depósitos judiciais.
Ativo não circulante
Investimentos

Participações permanentes em outras


sociedades e direitos de qualquer natureza,
não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinam à manutenção da empresa.
Ativo não circulante
Investimentos:

 obras de arte;
 imóveis para alugar;
 terrenos para utilização futura.
Participações no capital de outras empresas
em caráter permanente:
 ações de coligadas;
 ações de controladas;
 participações em outras empresas.
Ativo não circulante
Imobilizado

Direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à
companhia
hi os benefícios,
b fí i riscos
i e o controle
t l
desses bens.
Ativo não circulante
Intangível

“Direitos que tenham por objeto bens


incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercícios com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.”
Lei 11.638/07
Ativo não circulante
Intangível

a) direitos, fundo de comércio (ponto


comercial) adquirido, concessões
obtidas, softwares, marcas, patentes
adquiridas, amortização acumulada
(conta redutora);
b) recursos naturais: gastos na aquisição
dos direitos de exploração de minas e
jazidas, exaustão acumulada (conta
redutora).
Ativo não circulante
Diferido

Despesas pré-operacionais e gastos com


reestruturação
 permitidos pela lei 11.638/07;
 não mais permitidos pela lei 11.941/09,
que estabeleceu apenas
q p os ativos
circulante e não circulante.
Passivo e patrimônio líquido
Interatividade

Indique, a seguir, uma importante alteração


que a Lei 11.638/07 introduziu na estrutura
do balanço patrimonial:
a) O ativo incremental.
b)) O ativo circulante.
c) O ativo intangível.
d) O ativo inexato.
e) O passivo circulante.
Passivo e patrimônio líquido

Obrigações da empresa para com:


 terceiros em geral;
 terceiros em especial.
Artigo 37 da Lei nº 11.941/09
passivo circulante;
passivo não circulante;
patrimônio líquido
 Capital social.
 Reservas de capital.
 Ajustes de avaliação patrimonial.
 Reservas de lucros.
 Ações em tesouraria.
 Prejuízos acumulados.
Passivo e patrimônio líquido

Ordem decrescente de exigibilidades


e ordem crescente dos vencimentos
estabelecidos ou esperados.
Passivo circulante

Todas as obrigações para com terceiros


em geral (passivos) exigíveis, com
vencimentos até o término do exercício
social seguinte.
Passivo circulante

Sete grandes grupos:


a) obrigações com fornecedores
Contas: duplicatas a pagar; fornecedores.
b) obrigações financeiras
Contas: promissórias a pagar; empréstimos
bancários.
c) obrigações trabalhistas
Contas: salários a pagar; encargos sociais a
pagar; encargos sociais a recolher.
Passivo circulante

d) obrigações fiscais
Contas: ICMS a recolher; IPI a recolher; ISS
a recolher; Imposto de Renda a recolher;
Imposto de Renda a pagar; ICMS a pagar;
IPI a pagar; ISS a pagar etc.
e) obrigações com sócios e participantes
do lucro
Contas: dividendo a pagar; participações
de empregados a pagar; participações de
debenturistas a pagar; participações de
partes beneficiárias a pagar.
Passivo circulante

f) provisões
Contas: provisão para 13° salário; provisão
para férias; provisão para Imposto de Renda;
provisão para contingências; provisão para
contribuição social sobre o lucro líquido.
g) outras obrigações: adiantamento de
clientes; aluguéis a pagar; multas a pagar;
contas a pagar.
Provisões

Representam uma estimativa.


Passivo não circulante

Artigo 37 da Lei nº 11.941/09:


 As dívidas com terceiros serão
agrupadas ou no passivo circulante ou
no passivo não circulante.
 As contas q que eram classificadas como
resultado de exercícios futuros passam
a integrar o passivo não circulante
= longo prazo.
Passivo não circulante

Contas:
 financiamentos obtidos junto a instituições
financeiras;
 emissão de debêntures;
 Imposto de Renda diferido;
 provisão para previdência complementar;
 outras obrigações a longo prazo.
Passivo não circulante

Resultados de exercícios futuros:


As contas representativas de receitas futuras,
diminuídas dos custos e despesas a elas
correspondentes.
Contas:
 receitas recebidas antecipadamente;
 encargos a vencer sobre receitas
antecipadas.
Patrimônio líquido
Patrimônio líquido

 Recursos próprios da entidade, ou seja, a


diferença, a maior, do valor do ativo
sobre o valor do passivo.
 Artigo 178, Lei nº 11.638/07
Contas:
 capital
it l social;
i l
 reservas de capital;
 ajustes de avaliação patrimonial;
 reservas de lucros;
 ações em tesouraria;
 prejuízos acumulados.
Regime de caixa e regime de
competência

 No regime de caixa, as operações são


registradas de acordo com o pagamento
e/ou recebimento.
 No regime de competência, o contador
leva em conta o período ao qual a
despesa e/ou receita competem.
Exemplo:
Assinatura de revista
 No mês de agosto de 20XX, a empresa
pagou R$ 11.200,00
200 00 à vista pela
assinatura de uma revista técnica.
Interatividade

No encerramento
N t contábil
tábil de
d um exercício,
í i a
conta bancária, devidamente contabilizada
na conta “bancos” de uma empresa, estava
com saldo negativo. Nesse caso:
a) A conta bancos deve ser demonstrada
no ativo não circulante.
circulante
b) A conta bancos deve ser demonstrada
no ativo circulante.
c) A conta bancos deve ser demonstrada
no passivo circulante.
d) A conta bancos deve ser demonstrada
no passivo não circulante.
e) A conta bancos não deve ser
demonstrada.
Regime de caixa e regime
de competência
Regime de caixa e regime
de competência
Demonstração dos
resultados do exercício

Demonstrativo que mostra a apuração do


resultado do exercício da empresa em
determinado período.
 Resultado é diferente de renda.
Demonstração dos
resultados do exercício
Demonstração dos resultados do
exercício - Competência
Demonstração dos resultados do
exercício – CPC 16
Modelo sugestivo
Demonstração dos resultados do
exercício – Funções das contas

Receita operacional bruta


Deduções de vendas:
 devolução e abatimento;
 desconto comercial;
 impostos sobre venda;
R
Receita
it lí
líquida
id
Demonstração dos resultados do
exercício – Funções das contas

 custo dos produtos e serviços vendidos;


 lucro bruto
seguido de:
 despesas de vendas;
 despesas financeiras;
 receitas
it financeiras;
fi i
 despesas gerais/administrativas;
 contribuição social sobre o lucro líquido;
 provisão para Imposto de Renda;
 participações e contribuições;
 lucro líquido do exercício;
 lucro por ação.
Doar – Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos

 Não é mais de publicação obrigatória, de


acordo com a Lei 11.638/07, porém é de
alto valor gerencial.
 A Doar explora o conceito de Capital
Circulante Líquido (CLL).
O Capital
C it l Circulante
Ci l t Líquido
Lí id é obtido
btid pela
l
diferença entre o total do ativo circulante e
o total do passivo circulante, utilizando-se a
seguinte equação:
 CCL = AC – PC
Doar – Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos

Para a elaboração da Doar, consideraremos


como “origens” de recursos qualquer
aumento do CCL e como “aplicações” de
recursos qualquer diminuição do CCL.
Doar – Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos

 O lucro líquido é a principal origem do


CCL. Entretanto, operações que
envolvem contas “circulante x não
circulante” também são origens.
As aplicações de recursos originam-se de
operações
õ entret “circulante
“ i l t x nãoã
circulante”, que reduzem o CCL:
 compra de itens do investimento,
imobilizado, intangível;
 aumento de itens do ARLP;
 pagamento de obrigações a LP;
 transferência de obrigações de longo
prazo para o circulante;
 distribuição de dividendo.
Demonstração do fluxo de caixa

 Doar = mais completa, mas necessita de


bons conhecimentos contábeis.
 Fluxo de caixa = mais utilizado pelos
usuários; por isso, tornou-se obrigatório.
Conceito:
 Explica
E li as modificações
difi õ ocorridas
id no
saldo das disponibilidades da empresa
em um determinado período por meio da
exposição dos fluxos de recebimentos,
registrados a débito (aumentos), e de
pagamentos, registrados a crédito
(reduções) da conta caixa.
Demonstração do fluxo de caixa

Devemos considerar, no saldo da conta


caixa, as chamadas disponibilidades:
 recursos disponíveis em caixa;
 recursos disponíveis nas
contas-correntes bancárias;
 aplicações
li õ financeiras
fi i conversíveis
í i
imediatamente em moeda.
Demonstração do fluxo de caixa

A DFC deve ser estruturada conforme as


atividades, operações que provocam
aumentos ou reduções de caixa, em três
tipos, a saber:
 atividades operacionais;
 atividades
ti id d ded investimentos;
i ti t
 atividades de financiamentos.
Há dois métodos de elaboração:
direto e indireto.
Interatividade

Todas as contas contábeis da DRE são


consideradas “contas de resultado”.
Mas... após a apuração do resultado, o que
é feito com o lucro e/ou prejuízo?
a) Nada.
b) É transferido para posterior análise.
c) Passa a ser uma “conta patrimonial”,
que aumenta ou diminuiu o patrimônio.
d) Renova os ativos da empresa.
e) Reafirma os passivos da empresa
empresa.
ATÉ A PRÓXIMA!

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