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Turismo e Desenvolvimento Sob Perspectivas Às Comunidades Da Resex Marinha Soure - Marajó (Laércio Falcão)
Turismo e Desenvolvimento Sob Perspectivas Às Comunidades Da Resex Marinha Soure - Marajó (Laércio Falcão)
1
Bacharel em Turismo pela UFPA, Esp. em Áreas Protegidas e Unidades de Conservação pelo NAEA-UFPA, mestrando em Turismo
na Universidade de Brasília.
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Doutora em Desenvolvimento Socioambiental pelo NAEA-UFPA, Mestra em Antropologia Social pela UFPA, coordenadora Adjunta do
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UFPA.
3
Ph. D. em Antropologia e pós-doutora pela City University of New York (Cuny). Professora e pesquisadora do Núcleo de Altos
Estudos Amazônicos – NAEA da UFPA.
O Turismo: Contextualização, Perspectiva e Desafios de Utilização.
Até o ano de 1994 estimava-se existir no planeta cerca de 40.000 áreas protegidas que,
necessariamente não se enquadravam nas categorias estabelecidas pela World Canservation
Union (IUCN), sendo que apenas 8.500 correspondiam a esses padrões que estabeleceram a
criação de Yellowstone em 1872, em 1998 essas áreas pré-condicionadas já somavam 9.869
unidades correspondendo a uma área de 931.787.396ha cerca de 6,29% da superfície terrestre. A
esse período os EUA já contavam com 1.495 unidades com extensões maiores de 1.000ha, sendo
a maior cifra mundial (MORSELLO, 2001).
Vianna (2008) levanta a questão que também no Brasil essas áreas naturais foram
massivamente criadas com o intuito de proteção, sem a observação de que nelas já existia a
presença humana. Haja vista que até então a concepção que se fazia sobre áreas naturais
protegidas, era da inviabilidade da presença humana nesses espaços – tal qual o modelo norte
americano de Yellowstone – acreditando no alto poder de desgaste que recairiam sobre os
recursos naturais com a presença humana.
Essa política “importada” tendeu a intensificar vários conflitos de ordem social,
econômica, política e ambiental entre governos e populações locais, principalmente em países em
desenvolvimento “onde foi criado o maior número de áreas naturais protegidas ao longo da
história”, exemplifica Vianna (2008, p. 27) e onde há, por conseguinte, grande número de
populações tradicionais. Silva (2007) faz referência à dinâmica que se estabeleceu no Brasil com
a modernização da política destinada às áreas protegidas e o atual surgimento de legalização das
Unidades de Conservação, que embasada na diversidade ambiental, social e cultural brasileira se
traduziu em categorias de utilização correspondendo à determinada realidade e situação local.
A relação estabelecida entre áreas protegidas e turismo vem estreitando-se com o tempo,
observando o grande leque de direções que o turismo pode se atribuir junto a espaços naturais, o
ecoturismo, por exemplo, é uma opção viável para se trabalhar dentro de unidades de
conservação. Necessariamente o célebre modelo do Parque Nacional Yellowstone criado em
meados do século XIX nos EUA, além de ser o marco introdutório de uma nova concepção de
áreas protegidas na era moderna, vigora como uma experiência precursora positiva no que tange
a criação com intuito de proteção e utilização regrada para turismo.
Dada as circunstâncias pode-se salientar que o célebre parque localizado no oeste norte-
americano tenha sido a primeira experiência ecoturística, pois que pelo princípio criador do parque
– o resguardo absoluto de seus bens de fauna e flora – coadunam com a proposta do turismo
ecológico (ou ecoturismo) proporcionando concomitantemente a população norte-americana, um
determinado espaço de lazer e contemplação dos exuberantes atributos naturais ali existentes
(DIEGUES, 2002). Diegues (2002) refuta que antes de ser transformado em parque nacional,
Yellowstone era território indígena das etnias Crow, Blackfeet e Shoshone, sendo estes últimos
contínuos dentro dos limites do parque. Sem que houvesse políticas de adequação social – dada
a intransigência político-racial da época nos EUA – providenciou-se a retirada dessas populações
indígenas da área destinada à institucionalização do parque.
Esse fatídico acontecimento transcrito anteriormente revela as relações que se
estabeleciam forçosamente entre o turismo e as áreas protegidas, onde a força ideológica do
capitalismo norte-americano sufocava as realidades socioambientais que se estabeleciam entre
essas populações indígenas e o ambiente natural que os abrigava. Esse engodo se tornaria mais
enfático naquele período da história a partir do momento em que esse modelo de área protegida
passou a difundir-se por entre países então subdesenvolvidos, observando a grande parcela da
sociedade dessas nações que estão inseridas no modus vivendi relacionado intimamente com o
ambiente natural, e com ele traçam uma dinâmica de mutualidade que mantém ambas as
estruturas em harmonia tanto social quanto ambiental.
A isso Quaresma (2008) discorre sobre as políticas de utilização das unidades de
conservação que há duas décadas balizam o Brasil e principalmente a Amazônia, na coesa
utilização do determinado espaço:
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Armadilha feita com sacos de náilon
Soure. Da insatisfação da Associação dos Caranguejeiros de Soure nasceu o “Manifesto
Caranguejeiro” demonstrando o descontentamento da comunidade com a devastação dos
recursos naturais e a inércia dos órgãos públicos.
A partir deste evento as comunidades de Soure e algumas entidades públicas locais
passaram a fomentar a ideia de criar uma unidade de conservação, para que se mantivesse a
proteção dos meios naturais e ainda o resguardo jurídico da exploração moderada e dos recursos
naturais, surgia então a Reserva Extrativista Marinha de Soure no Marajó, agregando três
comunidades de pescadores e catadores de caranguejo. A Resex foi criada em 22 de novembro
de 2001 pelo Decreto Lei nº. 98.897 / 9.985, Art. 18, de 18 de julho de 2000 (Constituição Federal,
2001), localiza-se na parte nordeste da ilha do Marajó e abrange três vilas de pescadores, onde
os residentes das comunidades do Pesqueiro, Céu e Cajuúna agregam-se na Associação dos
Usuários das Reserva Extrativistas Marinhas de Soure (ASSUREMAS) tendo como atividade
econômica de subsistência a pesca artesanal e a extração de caranguejo e outros mariscos.
Considerando aspectos de atrativos para o turismo, as três comunidades praianas do
Pesqueiro, Céu e Cajuúna são privilegiados com recursos naturais e manifestações culturais
bastante relevantes para o aproveitamento turístico. Contudo, o Pesqueiro é a única das três
comunidades que possui acesso facilitado e com vias pavimentadas e sinalizadas, o que
consequentemente lhe proporciona melhor infraestrutura, tendendo a atrair um número
infinitamente maior de visitantes do que as vilas do Céu e Cajuúna. Como a maioria dos visitantes
que chegam ao município de Soure são provenientes da capital ou mesmo de outras cidades
próximas, torna-se mais cômodo o deslocamento ao Pesqueiro, dado a facilidade e rapidez no
deslocamento, sendo que há transporte circulando na sede do município como ônibus, mototáxis
e vans.
A questão colocada por muitos
residentes do Céu e Cajuúna como questão
impeditiva é o acesso dificultado, pois o único
meio de acesso às duas comunidades é pela
rodovia estadual PA-154 (figura 1) que
começa no porto de Camará (porta de
entrada do Marajó) e termina exatamente nas
comunidades Céu e Cajuúna. O fato de
estarem localizadas após os limites de
extensas propriedades rurais tem trazidos
alguns transtornos as comunidades, visto
que, a obstrução da rodovia pelas porteiras
da propriedade particular tem negado a
oportunidade de desenvolvimento da
atividade do turismo nas duas comunidades Figura 1: mapa aéreo das três comunidades da Resex e baía do
Marajó. Fonte: Google Earth
que assim como o Pesqueiro possuem visitantes interessados em usufruir das praias e outros
atrativos naturais da localidade. As discussões sobre o acesso ou não pela PA-154 se arrastam
há anos, sem uma resolução que conceda benefícios as famílias das comunidades.
A questão da turistificação do Céu e do Cajuúna vai muito além da obstrução da estrada
que impede o acesso de visitantes e limita a passagem dos moradores as duas comunidades,
entretanto observa-se que no Céu e Cajuúna há uma descaracterização sociocultural, devido a
proximidade com o Pesqueiro muitos visitantes tem nas duas comunidades apenas um
prolongamento do Pesqueiro, implicando em descontentamento por parte de certos comunitários
do Céu e Cajuúna que se afirmam sob suas características diferenciadas nos aspectos naturais e
culturais.
É notório que com surgimento da Resex a ação de conscientização ambiental e dos
benefícios que esse cuidado pode surtir, tem sido alcançado pelas lideranças das próprias
comunidades, que já recebem com bons olhos o suporte dos órgãos federais como IBAMA,
ICMBio, INCRA, SEBRAE e algumas ONG, que em meio às políticas de conservação já
estabelecidas, conseguem com todos os percalços concluir seus planos de ajuda as comunidades
e aos poucos vem conscientizando moradores mais céticos sobre a importância da preservação,
colocando na pauta das discussões outras formas de sustento como o turismo por exemplo.
Entretanto, a fundada realidade do qual se baseia os proprietários da fazenda de que
sem um controle incisivo a região estaria literalmente aberta a caça e extração indiscriminada –
como antes existia de forma intensa – e ainda hoje é praticada como alerta a analista ambiental
do Instituto Chico Mendes (ICMBio), que diz ser compreensível a caça destinada à alimentação,
desde que em quantidade mínima necessária e preservando fêmeas e filhotes, porém caçar com
intuito de comercializar ou por esporte é expressamente condenável refuta os técnicos do ICMBio
em Soure.
Diante dos fatos convém a compreensão de que o controle imposto nos limite da fazenda
concentra esforços de resguardo do patrimônio natural que ainda existe na região, o que de certa
forma acaba ajudando os órgãos governamentais no trabalho de proteção e fiscalização da fauna,
dado a dificuldade de cobrir a extensão total da Resex com um número diminuto de fiscais. Uma
das proprietárias da fazenda alega já ter flagrado caçadores com quantidade exagerada de
iguanas, entre machos e fêmeas “ovadas”. Essas cenas evidenciam que de uma forma ou de
outra a vigilância existentes nas cercanias da fazenda ajuda a coibir e ainda reeducar antigos
hábitos que já não correspondem às configurações socioambientais da atualidade. Logicamente, o
tema vem sendo debatido há anos sem que se tenha chegado a uma solução comum e viável aos
dois lados. Como analisado pelo presidente da ASPAC quando diz que “cabe aí uma discussão de
intervenção do Poder Público olhando o direito de ir e vir das comunidades e o correto
entendimento ao direito de propriedade ou indenização dos donos da fazenda” (informação verbal,
2007).
Membros da ASSUREMAS comenta que muitos são os visitantes que chegam à porteira
da fazenda para conhecer as paisagens e cultura das duas comunidades e são obrigados a voltar
por não terem permissão de adentrar a área. Por isso é mais comum e viável, tanto por turistas
quanto por programas ligados ao fomento do turismo, a preferência pelo Pesqueiro, devido o
acesso facilitado e rápido. Notadamente, a evidência de facilidade com o acesso ao Pesqueiro
passou a figura como “suficiente” para muitos dos visitantes que frequentam a região, algo como
um passeio mais seguro e rápido, sejam estes visitantes advindos da própria região marajoara ou
de outras localidades do Estado, contrapondo com os diversos e tão belos outros ambientes que
as vilas do Céu e Cajuúna podem proporcionar.
Ainda contrapondo esse tradicional roteiro ao Pesqueiro (praia mais famosa de Soure),
logo após uma travessia de alguns minutos da vila do Pesqueiro, cruza-se o rio em direção às
praias que levam aos povoados do Céu e Cajuúna. Esta travessia proporciona uma experiência
diferente e com maior grua de naturalidade, dado suas condições naturais intactas e preservadas
que se encontram no corredor cênico que começa na praia do Pesqueiro e se estende por
quilômetros passando pela vila do Céu até a vila do Cajuúna localidade, adicionando um passeio
tranquilo e inovador à aventura.
Apesar das dificuldades levantadas aqui sobre a situação das comunidades do Céu e
Cajuúna com o problema maior do acesso, e mesmo da inoperância do poder público na
estruturação dos locais, a existência de uma pousada na comunidade do Céu é surpreendente
considerando que nem mesmo no Pesqueiro que tem a praia mais famosa e é a maior das
comunidades não possui uma estrutura para hospedagem. Isso demonstra as reais possibilidades
que os próprios comunitários fomentarem o turismo que de maneira rústica a simplória, como é
caso da pousada “Brisa do Mar”.
Em geral, essas atitudes condicionam o desenvolvimento do turismo, mesmo que de
forma imatura, visto que a comunidade não possui uma infraestrutura que justifique tal
empreendimento. Todavia o ensaio que se faz com a humilde intenção da pousada não deixa de
ser um ponto favorável em medir o grau de importância que o turismo vem tomando na vida dos
comunitários que já compreenderam tendo o Pesqueiro como exemplo que o turismo pode a
médio e longo prazo contribuir com a geração de renda quando alguma atividade tradicional
estiver sobre pressão ou ameaçar o equilíbrio ambiental.
Pode-se elencar que o fato dos poucos jovens que permanecem nas comunidades,
quando a maioria se desloca para Soure para estudar ou trabalhar, não demonstrar interesse na
continuação de práticas tradicionais repassadas por gerações como a pesca, catação de
crustáceos, fabricação de remédios naturais, o artesanato e expressões folclóricas. Esse fato
coloca a atividade do turismo como um elemento possível e realizável do ponto de vista
econômico, observando a disponibilidade de bens naturais e culturais da localidade além de
fomentar a autoestima da comunidade na continuação dos saberem tradicionais, e o fato da
própria área de Resex ser um forte atrativo para a realização do turismo por seu exotismo e
rusticidade.
No “Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico de Soure” elaborado pela Secretária
de Turismo do município, contêm as propostas que preveem justamente a utilização das margens
praianas que ligam o Pesqueiro às duas comunidades, utilizando o caminho como um atrativo de
grande valor paisagístico para a prática do ecoturismo ligando as três comunidades. A ideia seria
evitar as tensões que existem em torno do acesso pela rodovia PA-154 evitando possíveis
desgastes com os proprietários da fazenda; e outra questão seria o aproveitamento dos atributos
naturais para o turismo com os quilômetros de praias, rios, manguezais e florestas que
margeando a baía do Marajó acaba interligando as três comunidades.
O roteiro turístico do Marajó atrai pelos aspectos incomuns tanto naturais quanto culturais
de uma população simples, o município de Soure por ser porta de entrada do arquipélago e
possuir variados e exuberantes atrativos, vem mostrando disponibilidade na configuração de
propostas que considerem o turismo atividade fundamental, a exemplo disso é a preocupação na
elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico de Soure pela Secretaria de
Turismo do município. A iniciativa pública possui importância fundamental por meio de suportes
legais e jurídicos que garantam bases consistentes para o crescimento do turismo.
O adequado envolvimento de instituições governamentais ou não governamentais como
realizadoras e prestadoras de serviços precisa garantir a continuidade de propostas que visem o
incremento do turismo com a participação dos membros das comunidades na inclusão
socioeconômica. Projetos como o “Turismo na Amazônia do Marajó” empreendido pelo Serviço de
Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE) em 2005 que originou o produto turístico “Vila do
Pesqueiro: muita história pra contar” preparava os comunitários por meio de oficinas de
capacitações para conduzirem o turismo dentro da própria comunidade.
A proposta configurava-se em uma rede de prestação de serviços montada para servir os
visitantes com acomodação em casas de pescadores e passeios turísticos já pré-agendados. Os
trabalhos do projeto não prosseguiram e os resultados não surtiram efeitos desejáveis e o plano
acabou definhando caracterizando momentaneamente uma desmotivação com projetos elevando
o turismo. Ainda com o desandar dos planos da entidade o produto turístico gerado para o projeto
denominado “Vila do Pesqueiro: muita história pra contar”, conseguiu que alguns comunitários do
Pesqueiro se atribuíssem dos conhecimentos adquiridos com os cursos de capacitação para
realizarem os passeios que havia na programação como o passeio de búfalo pelas praias, passeio
de canoa pelos rios e furos, visitação ao mangue para catar caranguejo e outras atividades ainda
que de forma ocasional e improvisada.
Cabe a análise de que a descontinuidade por parte das comunidades deva-se pela
imaturidade ou desconhecimento de mecanismos político e institucional que poderiam promover o
suporte para a estruturação da atividade turística. A observação sobre os comunitários revela que
aos poucos as benesses com o turismo estão se configurando pelos esforços da própria
comunidade. No entanto, são necessárias políticas de parcerias com objetivos definidos e com
envolvimento direto e indireto do poder público e outras organizações que percebam o anseio das
comunidades da Resex Soure por melhorias estruturais que possam atrair um número maior de
visitantes e condicionem de vez o turismo como fonte econômica e social para as famílias locais.
Mas há de se convir, que a espera das realizações estruturais por parte do poder público
é algo abstrato de se pensar, argumentando que há décadas as comunidades pleiteiam melhorias
sem obtenção de resultados, e que atitudes isoladas como a criação da pousada Brisa do Mar na
comunidade do Céu possuem um valor significativo quando se eleva a discussão as realizações
em prol do turismo, visto que, essa atitude quase que simbólica de um comunitário representa a
disposição e a visão que muitos possuem sobre a atividade turística e como ela pode se valorizar
futuramente.
Não se questiona se o turismo faz parte da história do município e Soure, na realidade
ele sempre aconteceu, ainda que de forma incipiente e improvisada há décadas; basta observar o
imaginário que se cria ao redor do nome Soure atrelado ao misticismo que envolve a Ilha do
Marajó. Porém, já se faz fundamental a criação de propostas que tenham no turismo uma função
real e estabilizada e não mais improvisada e incipiente que podem ocasionar erros crassos a
ponto de prejudicar a sociabilidade de comunidades como a de Soure.
Comunidades tradicionais como o Pesqueiro, o Céu e o Cajuúna dentro da Resex Soure
também experimentam outras realidades em sua história, uma nova realidade ambiental que
consequentemente irá de desdobrar em outras questões em nível econômico, social e cultural;
direcionando a busca por melhorias estruturais principalmente visando os habitantes das
comunidades da Resex. Esta sinalização nasce das cobranças dos próprios comunitários É
perceptível nos diálogos coletados dos atores tanto do poder público quanto das comunidades,
que a esperança por mudanças já dá sinais de realizações, notadamente diferente dos tempos em
que nem se cogitava tais transformações.
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