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CARÁCTER EDUCAT-WPS Office
CARÁCTER EDUCAT-WPS Office
Para mostrar o carácter educativo comecemos por rever os conceitos de educação e de instrução.
Assim, é impossível, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-versa, daí que, como se reflecte
na figura abaixo, a educação e a instrução estão intrinsecamente unidos e se relacionam
dialecticamente no PEA, apesar de que o alcance dos objectivos da educação é resultado mais que o
ensino, é resultado de todo o conjunto de influências que actuam sobre o aluno/educando.
A instrução tem como enfoque principal o objectivo de desenvolver nos alunos o saber e o saber fazer,
enquanto que quando falamos da educação se tem em vista o desenvolvimento do saber ser e estar.
Mas como vemos na figura, ao realizarmos a educação, ao mesmo tempo se instrui (quem poderia ser
bem educado diante de pessoas idosas se não pudesse lembrar, enunciar, as regras principais de
comportamento que se espera desse indivíduo diante dessa situação?); o mesmo vemos que ao instruir
(ex.: para condução de uma viatura) o indivíduo deve ser educado para o respeito das normas (neste
caso, de trânsito rodoviário), sem as quais a condução automobilística se transformaria num autentico
problema para a circulação e bem estar das pessoas.
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Introdução
Bem vido a segunda unidade da disciplina de Didáctica Geral. Esta unidade está programada para (…)
horas de estudo, dentro das quais irá aprender sobre a origem e desenvolvimento histórico do processo
de ensino-aprendizagem e, em seguida, apresentam-se as características do processo de ensino-
aprendizagem a ser analisadas tendo em conta a sua prática e a da sua escola quanto a realização do
PEA.
Igualmente nesta unidade, antes de aprender a interacção entre as categorias didácticas, terá
oportunidade de discutir a relação dialéctica fundamental no PEA. Em função disso que acabamos de
dizer, esta unidade comporta quatro secções, nomeadamente:
Características do PEA
Introdução
Educação versus processo de ensino-aprendizagem, eis o binómio que nos colocamos quando
imaginamos a actividade do professor. E nesta ordem de ideias, se é verdade que se compreende que
um professor ao ensinar deve também educar, resta saber se o processo de ensino- aprendizagem
existiu sempre, ou vem depois de alguns passos de desenvolvimento da educação, logo que esta se
tornou numa necessidade com a sedentarização e o surgimento do modo de vida social dos homens.
Na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos educavam todas as crianças
directamente no processo mesmo da vida e do trabalho e do trabalho junto com os adultos. Mas a
medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes de produção e, assim, aparece a
divisão de trabalho e, consequentemente, a especialização do trabalho: por exemplo, o ferreiro faz a
enxada para o agricultor e recebia parte da sua produção.
Comparação da educação na sociedade primitiva com a que é realizada na sociedade em que surge a
divisão do trabalho exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter informal, todos
ensinavam a todas as crianças, enquanto que com a especialização do trabalho, surgem pessoas e
situações específicas em que se realiza a educação, o que caracteriza o processo de ensino e
aprendizagem. Mais precisamente, podemos distinguir a educação da sociedade primitiva e a da
sociedade em que surge a especialização do trabalho da seguinte forma:
Características da educação
Na sociedade Primitiva
A educação é organizada, razão pela qual toma o carácter de processo de ensino-aprendizagem, o que
implica:
A transmissão oral
A influência do meio
de ensino/educação
A educação é organizada, razão pela qual toma o carácter de processo de ensino-aprendizagem, o que
implica:
A transmissão oral
A influência do meio
Analise cuidadosamente a sua experiência docente e diga em que medida corresponde aos aspectos que
caracterizam a educação surgida com a divisão social do trabalho.
De facto, como deve ter se apercebido, na sua experiência docente, assim como doutros professores da
sua escola, a educação que se realiza comporta um carácter intencional, daí que:
a. A actividade docente é, com base nos planos curriculares, nos manuais escolares (do professor e
dos alunos) e doutros planos, o professor planifica o ensino, como forma de educação dos alunos,
traduzindo-se em planos de unidades e de aulas e, por conseguinte, esse processo educativo assume o
carácter intencional.
CARACTERÍSTICAS DO PEA
Introdução
Ao falarmos das características do PEA espera-se não somente menciona-las, mas também explicá-las
com o propósito de cada um reflectir como tê-las em conta na realização do PEA. O tema
“características do PEA” está subdividido em lições, sendo esta primeira naquela em que, por ser a
inicial, vamos poder mencionar todas as características do PEA e discutirmos mais especificamente a
primeira característica, ou seja, a de “o PEA tem caracter social”.
Caracter social
Carácter educativo
DIALÉCTICA
A dialéctica não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da evolução da natureza, da
sociedade e do pensamento." (Engels). Prosseguindo, este autor sentencia o seguinte: A grande ideia
cardinal é que o mundo não pode conceber-se como um conjunto de objectos terminados e acabados,
senão como um conjunto de processos, em que as coisas que parecem estáveis passam por uma série
de reflexos mentais em nossas cabeças, os conceitos passam por uma série ininterrupta de mudanças,
por um processo de génese e caducidade.
São seis (6) as características do PEA que acabámos de mencionar. Agora, tente, sozinho ou em grupo
explicar em que consiste o PEA em conformidade com cada uma destas características apontadas.
Você acabou de explicar as características do PEA. Por isso, debruçando- se sobre cada das
características, esperamos que tenha sido capaz de, referindo-se ao Carácter Social do PEA,
compreender que se atribui esta característica ao PEA porque este processo:
A partir desta característica, devemos enfatizar a ideia de que quando falamos do PEA é muito
importante reflectirmos sobre o sentido da actividade docente, quer dizer:
Os objectivos que nos propomos alcançar junto aos alunos são o elemento fundamental em nosso
trabalho lectivo e quando realmente nos propomos ser educadores;
Diferentes nações tem concepções diferentes das coisas e, sendo assim, a ideia de educação não é a
mesma e, consequentemente, os propósitos de educação e do PEA também não são os mesmos,
havendo, inclusive, possibilidade de adaptações no interior da mesma nação em função das
características dos alunos (sobretudo no que diz respeito ao nível de progresso e dificuldades de
aprendizagem), do contexto social e regional onde se localiza a escola, etc.: o PEA é um processo
contextualizado cuja finalidade é conseguir a partir do nível de partida dos alunos, chegar à uma
verdadeira aprendizagem destes com o apoio do trabalho didáctico do professor.
Os aspectos sociais inerentes a localização da sua escola tem sido valorizados ou condicionantes na
realização do PEA
Os aspectos sociais que condicionam o trabalho do professor na escola são vários, mas neste caso
esperamos que tenha conseguido analisar a questão no sentido de obter respostas ou comentários
sobre:
o Até que ponto os aspectos sociais condicionam a escola, formulação e/ou reformulação dos
objectivos de ensino?
o De que maneira os métodos de ensino que utiliza são condicionados pela interacção entre professor
e alunos?
o Como é que a disponibilidade e/ou ausência de meios de ensino no contexto social e geográfico em
que trabalha (ensina) condiciona a qualidade e ritmo do PEA que orienta?
o Quais são os valores sócio-culturais que têm sido integrados no trabalho educativo da sua escola para
garantir maior relevância do PEA?
o Será que na interacção entre professor-alunos e alunos-alunos, esta tem sido feita como envolvendo
actores sociais, nomeadamente considerando aspectos tais como a cooperação, a solidariedade, a
compreensão, ajuda e respeito mútuos, etc.?
Para mostrar o carácter educativo comecemos por rever os conceitos de educação e de instrução.
Assim, é impossível, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-versa, daí que, como se reflecte
na figura abaixo, a educação e a instrução estão intrinsecamente unidos e se relacionam
dialecticamente no PEA, apesar de que o alcance dos objectivos da educação é resultado mais que o
ensino, é resultado de todo o conjunto de influências que actuam sobre o aluno/educando.
A instrução tem como enfoque principal o objectivo de desenvolver nos alunos o saber e o saber fazer,
enquanto que quando falamos da educação se tem em vista o desenvolvimento do saber ser e estar.
Mas como vemos na figura, ao realizarmos a educação, ao mesmo tempo se instrui (quem poderia ser
bem educado diante de pessoas idosas se não pudesse lembrar, enunciar, as regras principais de
comportamento que se espera desse indivíduo diante dessa situação?); o mesmo vemos que ao instruir
(ex.: para condução de uma viatura) o indivíduo deve ser educado para o respeito das normas (neste
caso, de trânsito rodoviário), sem as quais a condução automobilística se transformaria num autentico
problema para a circulação e bem estar das pessoas.
E qual é a explicação para tanta afirmação categórica de que o PEA desenvolve a personalidade? Cremos
que é fácil percebermos que quando falamos de personalidade, trata-se de um termo com múltiplas
definições, podendo serem retidas as seguintes:
· Uma determinada pessoa que se distingue na sociedade pelas suas qualidades e traços.
Premissas:
Por exemplo: Através da matemática os alunos desenvolvem habilidades de contar, calcular e resolver
problemas matemáticos da sua vida quotidiana (ex.: fazer trocos, dividir porções de múltiplas coisas
entre amigos...); e, de tal maneira, vemos que cada disciplina desenvolve no aluno uma série de saber,
saber fazer e saber ser /estar. E indo ao fundo da questão, e por esta mesma lógica, compreende-se
porque, em certa medida, alunos tendo professores, currículos, ambientes escolares e educativos
diferentes, acabam tendo traços e qualidades da personalidade marcados pelas circunstâncias em que
estão/estiveram.
Por outro lado, a afirmação segundo a qual o PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é ,
dialéctico, se justifica se atendermos ao facto de que o PEA tem como força propulsora contradições,
por exemplo, ao nível do aluno. Porque quando falamos de dialéctica referimo-nos a teoria das leis do
movimento e desenvolvimento da natureza, da sociedade e da consciência que tem como ponto de
partida o facto de que todos os fenómenos estão relacionados e interdependentes. E isto ocorre não
sem contradição. Neste caso, contradição não é uma coisa negativa, destrutiva, consequência de falha e
de erros como se pensa na linguagem do dia-a-dia.; a contradição é a força motriz do desenvolvimento
da natureza, da sociedade e da consciência.
Assim, também no PEA ocorrem contradições a nível dos alunos, como por exemplo:
· Entre o nível do conteúdo do ensino e as possibilidades reais dos alunos para a sua assimilação;
Entretanto, as contradições que se apresentam no PEA constituem força motriz quando estas têm
sentido para os alunos e se fazem conscientes da necessidade de solucionar a tarefa.
Por exemplo, se a contradição entre a tarefa proposta e as possibilidades cognitivas dos alunos resulta
de tal natureza que apesar de recorrer a todo o potencial cognitivo os alunos não estão em condição de
resolver as tarefas, tal contradição ao invés de constituir força motriz do PEA, converte-se num entrave
para a actividade intelectual do aluno. Ao contrário, o estudante/aluno terá possibilidades de assimilar a
contradição e de encontrar o método de solução. Isto quer dizer que na colocação de contradições no
PEA, deve haver uma correcta proporção entre os dois lados da contradição.
Introdução
Em nossas escolas, tanto no ensino primário, secundário geral e técnico profissionais, o ensino deve ser
minuciosamente planificado. Isso começa desde o nível central que planifica os curriculos e outros
materiais de apoio para o trabalho do professor na escola e na sala de aulas e, este, por sua vez realiza a
sua actividade devendo obedecer algumas regularidades que, por assim dizer, se transformam em leis
devido ao seu carácter de “obrigatoriedade” profissional que se coloca à todos professores desejosos de
alcançar a qualidade do ensino.
Para o efeito, nesta lição discutimos as duas últimas características do PEA do conjunto daquelas que
mencionamos anteriormente; trata-se das seguintes características:
Carácter sistemático e planificado do PEA;
2. Dê exemplos de regularidades essenciais do PEA que levam a concluir que o PEA é regido por leis
Muito bem! Você disse que sempre que pretende ensinar, planifica as suas aulas, não se guia pura e
exclusivamente pela improvisação, e isso é feito de forma sistemática, não somente porque é contínuo,
mas também olhando a sua aula como “parte de um todo”, trabalho pedagógico que se desenvolve ou
está sendo desenvolvido (pelo ministério da educação, pela escola, ....) no âmbito dos esforços para
conseguir que os alunos aprendam.
Em seguida, quando falamos do carácter sistemático e planificado do PEA isto significa que este
processo:
Tem objectivos
Decorre num ano lectivo estruturado (com horários e outras actividades planificadas)
Os alunos estão distribuídos por classes na base de um critério especificado (ex: critério idade, talento
no caso de sistemas de ensino diferenciado, etc).
As actividades a realizar na sala de aula são previstas com antecedência, em função das características
dos alunos e do professor, da mateira a ensinar, dos objectivos, dos meios/condições materiais e
humanos existentes, etc.
Finalmente, ao dissermos que o PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades, primeiro,
assumimos que a lei expressa as relações gerais, necessárias, essenciais, reiteradas e relativamente
constantes do mundo real. Assim, nas ciências pedagógicas existem as chamadas relações didácticas
legítimas (que são reiteradas, essenciais, estáveis e internas).
Lei da unidade entre planificação, a orientação e a avaliação; dos alunos em um ciclo do PEA.
Com certeza, você deve ter dito para consigo mesmo: “essas leis dizem, na sua essência, respeito às
características do PEA que anteriormente acabamos de ver”. Sim, estamos também de acordo consigo,
por isso ao caracterizarmos o PEA queremos não apenas termos o conhecimento e podermos explicara
o sentido de cada uma delas, mas sim assumirmos que estamos a dizer para connosco mesmo, como
profissionais de educação, que é preciso assegurar que o PEA que realizamos não simplesmente se
pareça com as características deste, mas assim seja com a integralidade das características essenciais
que ditam a particularidade da actividade de ensinar e fazer aprender os alunos.