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ARTIGO DE REVISAO/Revew Ama Patricia Andrei* Aparecida Peres Del Comune** » Rurmacatica da empresa ature, graduada pelo Centro ‘Unitertério Sto Camilo, ** Docent do Curt te Farmacia do Conte Uniertiie Sto Camila [CADERNOS + Cero UnveraRio S Cato, Sto Paula. ¥ 11,0 4p 57-68, outs 2005 >) ce ° Aromaterapia e suas aplicagoes Aromatherapy and its applications RESUMO © termo aromaterapia fo inrogurido por René Maurice Gatefossé na década de 1920 6 teve seu desenvolvimento posterionnente por seus seuidores sta traps se vale dos poderes dos dleas essenciais para predspor 4 peevensto, A cura e 20 ula prices omilico. A agia dos components des dleos evencias pode se dar por contato com pele-ponctagio © conseqiente scance da corente sanguines,o por etmlagto 40 ‘tena nervovo central plo processo de wansdugia, Pade, potent, dizer eso ‘eis os scemas fondamentas para se processar a aromaterapi ciculaton0,libico € ‘itive, As propricdese inicagcs dos Gleos exerecais ste caterers numexer ‘sc para asscgraro socerto da traps, € necesiro o acompanhamsento por profi sional espera © habitado, que hoje a lendincta Oa prescigdo cada vex mals Individualizada © adequada para cada pessoa, pos 2 womaterpia Vs, lem de car ceados pateligces, promever ielarar © ellis mentale pace, DESCRITORES Avomuterapa ~tendéncas,Equllbo psicossomeo; Atmaterapia ~6leos essenciais ApsTRACT ‘The tem aromatherapy was insoduced by Hené Maurice Gareossé around 1920 and has been developed subsequertly by his followers. This therapy uses the power of essential ols to predispose nesses prevention and cure and the psychosomatic balance The Sion of estental ol compounds can happen by contact wah the ain: penetration and onsequent seach of the blood chais, of By sumulatoa of the Central Newous System through trnuduction. Therefore, we can say that there ave three fundamental sje involved inthe procedure of aromatherapy ceculatry, limbic and olfactory. There ae plenty properics and indietions of essential ti and to envare the succes of the therapy fl aoceseary to have the astance of a epoca snd qualiied professional, Since rowadeys dee icadenry 3 the indvshal prescription, nitable for exch person, Ieeause arountherapy, besiées culing dneses, mut promote and restore the mental and poychologial equilbyiten KEYWorDS -Avoautherapy ~ wens iychosorate halance; Aromatherapy ~ essential cls 37 & Foe . Intropusio © termo aromaterapia foi introduzido por René Maurice de Gatefossé, quimico frances, & comecou a set difundide em 1964, pia € a arte e a ciéncia de usar leos de plantas fem uatamento dos desequilibrios, através dos aromas, E considerada medicina natural, alter nnativa, preventiva e também curativa A aromaterapia vale-se dos poderes de cura do mundo das plantas, mas em vez de usar toda a planta ou parte dela, somente 0 deo aromatico & empregado. Essa substancia aromatica poderosa é encontrada em pequenas glandulas Tocalizadas tanto nas partes mais externas quanto nas partes mais centrais das raizes, caule, fothas, flores ou frutos de uma planta, (Price, 1999). jodos usados em aromate- 3s principais m rapia sdo- a inalagio, 0 banho aromatico © a aplicagao. Os aromas constiiuem 0 nosso contato mais intimo com a natureza ¢ tém 0 poder de nos predispor ao sono, ao repouso, ao estado de ‘alerta, a criatividade, a irritabilidade e a cria 0, dentre outros, pots 0 olfato é 0 mais antigo e talvez 0 mats desconbecido dentre os sentidos desenvoluidos pelo homem. (Corazza, 2002) As substincias odoriferas desprendem par ticulas que sto cartegadas pelo ar, e estimulam as células nervosas olfativas; tal estimulo ¢ sufi lente para desencadear outras reagdes, entre clas a ativagio do sistema limbico, ou seja, da 4rea cerebral responsivel pela olfagio, meméria ce emogio, Desta forma, tém-se os processos de cura da aromaterapia, HA uma variedade de fatores que ajudam a determinar a eficdcia do tral pico, Dentre elas esto: a qualidade dos dleos essenciais, os métodos de aplicago, o conhec ‘mento do azomaterapeuta, e as diversas precau. (Oes a serem tomadas. Dentre a diversa gama c dleos essenciais, ‘mota, camomila-dos-alema citonela, eucalipto, gengibre, gerinio, horela, lavanda, patchuli, tea tree e ylangue-yla suas respectivas caracteristicas e propriedades TRAJETORIA METODOLOGICA As plantas e seus componentes vém sendo usados desde antes de Cristo (@.C.) pelos ho- mens, com objetivos teligiosos, medicinais e de incremento da beleza No periodo Paleolitico (10000 2.0), a des coberta de utensilios trabalhados em lascas de pedra ristica proporcionaram a possibilidade da forma de vida em tribos (e no mais nomades), ‘0 que pode tazer maior conhecims Ja no perfodo Neolitico (4000 a.C), 0 ho mem da tribo culivava plantas ¢ aprendeu a exttair 05 6leos graxos vegetais através de pre sto aplicada por meio de pedras. Ja exam co- nhecidos os niveis de toxicidade de algumas plantas, que passaram a ser usadas com muita ccautela. A historia da terapéutica comeca, provavel mente, por Mitridates, no séeulo Il aC, sendo. e considerado o primeiro farmacologista expe- imental. Em meados do século passado, foi en- ido em Luxor, no Egito, o Papiro de Ebers, de 1550 aC, no qual estavam registradas 700 drogas diferentes, inclusive extratos de plantas. Nos stuais que envolviam fogueir res os homens queimavam plantas arom: ticas e descobriam que sua fumaga provocava ora sonoléncia, ora revigoramento, e outras sen. sagoes, evidenciando desta forma algumas de suas propriedades curativas, Observando os efe tos da “fumaca” sobre a mente, a humanidade passou a atribuir poder a mesma, A palavra perfume tem sua origem no latim ‘per fumum’, que quer dizer “através da fuma. ga". Os perfumes eram usados em rituais para radar as divindades, Foi encontrado no Iraque, em 1975, por arqueélogos, 0 esqueleto humano de seis mil anos de Shanidar IV (lider religioso de grande conhecimento botdnico), a0 lado de depésitos mato sobre a 58 [CADERNOS + Cento aiversiino 5. Cam, Sia Palo, ¥ 11 a 4p. 5768, outer 2005, de pélen, jacintos e ervas. Acredita-se ter sido este o primeito ritual que teria utilizado plantas, flores e aromas. (Os egipcios queimavam olibano ao nascer do sol, em homenagem ao deus Ri (do sol), & mitra no chegar a noite, Embalsamavam os cor pos com misra pura moida, canela e esséncias diversas. Era comum na medicina egipcia 0 uso de mira como antiinflamat6rio ¢ © tratamento de fraturas dsseas com misturas de plantas ¢ éleos Entre 2551 € 28 a.C,, foram datados os pri imeiros registros sobre o uso das ervas na medi ina, apés o desenvolvimento da técnica de fa- bicagio do papito, ‘Na tumba do farad Quefén, guardada pela esfinge de Gizé, eram realizadas oferendas de- vocionais de incenso e olibano’ Jé na tumba de Tutancamon (1550-1295 2.C) foram encontra- dos dleos aromaticos de cedro, coentro, mitra, colibano € zimbro (Corazza, 2002) A rainha da 18° dinastia (1550-1295 a.C), Hatshepsut, utilizava mirra para massagear © perfumar suas pernas, Mas foi apenas no reina- do dos Ramsés (800-700 aC) que o cuidado ‘com a aparéncia chega ao auge, devido a0 cos- tume dos egipcios perfumarem 4 Agua do ba- ho com ervas aromaticas, com predominncia de olibano, Na perfumaria sedutora, foi Cleopatra (69- 30 a.C) que se destacou, com o perfume eypri- num, feito com dleo essencial das flores de henna, agafrio, menta e zimbro. Segundo Kaly (1963), foram poucos os po- vos que se esmeraram na elaboragao € ut gio dos perfumes (Os gregos relacionavam os aromas aos deuses do Olimpo, Tinham, assim como os egip- cios, 0 héhito de ungir os mortos, queimar in- censo, ¢ perfumar a si mesmos para que sua beleza pudesse ser notada, Confeccionavam guitlandas de rosas para amenizar os sintomas da enxaqueca Na Itha de Creta, utilizavam-se ervas aro- maticas como 0 acafrdo, o pinheiro-de-creta ¢ cipreste como antissépticos. No oriculo de Delfos, as sacerdotisas que mavam mirra ¢ incenso € maceravam flores. ‘Nas olimpiadas, a recompensa do vence- dor era uma coroa de louro aromitico. Foi Ibn Sina, conhecido como Avicena (980- 1037), quem criou o proceso de destilacao, extraindo 0 dleo essencial de rosas ¢ elaborou a 4gua-de-rosas, feita com Rosa centifolia, na Europa das Cruzadas As mulheres dos haréns perfuraavam o hilito © 0 corpo com banhos e logoes de feno-grego. Na Idade Média, invadida pela peste, os aromas eram de extrema importincia, pois acre- ditava-se que contaminavam o ar purificado; 20 visitar doentes, os médicos queimavam ervas aromaticas. J4 no século XVI, foi Hahnemann que “teafirmou a importincia das plantas, das flores e dos aromas” (Kaly, 1963). Os farmacéuticos Cadeac, Meunir, Gaff, Cajola e Chamberland, foram de extrema impor tincia ao estudo dos perfumes, e René Maurice Gatefossé foi o primeito a falar de aromaterapia, em 1928, Na Franga feudal, sementes e demais com- postos aromiticos derivados da violeta, lavanda € flor de laranjeira cram vendidos para serem usados como protecio contra as pragas Com a decadéncia dos feudos € 0 surgi mento do comércio urbano, teve inicio a fabri cagio de perfumes, de modo organizado. A primeira descrisao auténtica ¢ detalhada sobre 6leos essenciais foi feita apenas no século XI, por Amold Villanova de Bachuone, relacionan- do terebintina, alecrim © silvia. Logo ap6s, vi- Hos outros Gleos essenciais foram destilados, dentte eles os de artuda, canela e sindalo, Caminhande aes dias atvais Por volta do ano de 1200, 0 perfuimista & reconhecido como profissional, pelo rei Felipe ‘Augusto I, que concedeu licenga & abertura de locais para a comercilizagao de esséncias. Sur gem entao as primeiras escolas para aprendlizes ¢ oficiais de supervisto em trabalhos de prensa- fgem, maceracio e formulagdo combinada para composicoes olfitivas Em 1370 foi eviada a Agua de Toalete [Eau de toilet, feta de 6leos essencias combinados fm alcool, para Tsabele, a rainha da Fiungria No século XIV, foram feitos recipientes de ‘ouro ow prata, que enfeitavam 0 pescogo ot a cintura, 08 pommanders, qc continham uma fragrincia 4 base de resinas © dleos essenciais, com a finalidade de proteger sew ustrio de pestes © doeneas Com a descoberta da América, em 1492 ruitas plantas até entio desconhecidas chega- ram 4 Europa Entre 1560 1580, 0 padre José de Anchi ta denomina a horeli-pimenta de “erva bos”, pois era usada pelos indios contra indigestao ¢ para amenizar nevralgis, reuinatismo e doen- fas nervosas [CADERNOS + Cero Unverskinn $ Camo, So Paula. ¥ 11,0 4. p 57-68, outs. 2005 59 >) cee ° & _|| = Antes de falecer, em 1654, 0 médico € as tuologo inglés Nicholas Culpeper afirma que os 1entos podem curar todo tipo de doenea, por acto de seus Gloos essenciais alo XV ta esséncias em perfum foi apenas no século XVII que a perfumaria foi difundida pelo mundo; porém, neste mesmo século ocorreu um avango da pesquisa cient ca, devido a descoberta de novas substincias ‘uimicas com maior poder de cura em men tempo que os dleos essenciais, que cairam em desuso, pois foram entao substiuidos por subs tincias sintéticas e passaram a servstos apenas por sua propriedade em perfum Agua de Coléna [Bae de colognd, por Jean-Marie Farina, A Franca se Gestaca no desenvolvimento de novas compos 0s olfaivas, com 0 objetivo de pesfumar a8 fvas da nobreza Com a descoberta da sap soda citistica, em 1791, a produgio de sabon cs stimula mais a perfurnaria, No s¢culo XVII foram criados nas casas a sala de banho ¢ o sanitério, 0 que trouxe nova: mente 0 habito dos banhos perfumados 1828 surgiu a primeira casa de perfu- smatia“Perfuns 4 posterior era ao da Agua de Colénia imperial, vendida ate hoje condi No sé cram usadas cerca de seten- ia © cosméticos, Mas Guerlain’, con No século XIX, os perfumes ganharam *sta- cram até usados para tratar doengas do No século XX, foram pesquisadas as subs- ncias sintéticas para a indkistria da perfumaria Em 1920, com a criaglo dos aldeidos, surge 0 perfume Chanel ni 5 Ja em 1928, na Franga, ap6s softer dive queimaduras em laborat com 6leo essencial de lavanda, René Maurice de Gatefossé deu inicio ao seu trabalho com dleos essenciais em cosméticos, e instituiu termo rio, que foram curadas “aromaterapia Em 1949, € fundado a The Fragrance Re- search Foundation, por seis grandes indastrias de pesfumaria: Elizabeth Arden, Coty, Guerlain, Helena Rubinstein, Chanel e Perfumes Weil, com {© objetivo do estudo das fragrincias entre os norte-americanos, Tal instituigao teve seu cres. mento tributado a Anette Green, 20 mostrar que as diversas categorias de perfume podem ser utilizadas de forma mais apropriada para cada etapa da vida". (Gorazza, 2002). rar relatadas as priticas aromaterapicas usadas na Segunda Guerra mun- OS TT || dial para tatar os feridos no livro Aromatherapie, escrito em 1964 por Jean Valnet Apés citar tantos nomes, devemos destac: ‘Marguerite Maury (1895-1968), enfermeira e as sistente cintrgica austsiaca, mais conhecida por ser a mie da aromaterapia atual, Seu reconheci ‘mento como pioneita da aromaterapia modema deve-se ao fato de ter combinado a arte da mas. sagem oriental 4s propricdades medicinais dos Gleos essenciais, formulados em prescrigies in- dividuais. Ela fandow a primeira clinica aroma- teripica, em Londres, Set livzo foi publicado em 1961, na Franga, com posterior tradugio para 0 ingles [7he secret of life and youtbl, sendo con. siderado obra de referéncia em éleas essenciais. Em. 1962, recebeu o Prémio Internacional de Estética © Cosmetologia por contribuigie 20 campo terapéutico ¢ cosmético de tratamento da pele Temse observado, nas tltimas década: intensa preocupagio com perfumes em relaga 05 scus poderes terapéuticos, Este fato pode ser confirmado com 0 surgimento de institu goes dedicadas apenas ao estudo e divulgaga das propriedades dos dleos essenciais, como exemplo podemos citar: Flower Essence Soctety (California) e Alaska Flower Essence (Alasca), dentre outras situadas nos Estados Unidos da América OLEOS ESSENCIAIS Os dleos essenciais sao substincias organi ‘cas muito pesfumadas e voliteis, extraidas de diversas partes das plantas, n geralmente consisténcia aquosa © limpida, mas podem se solidificar em tempera turas baixas, Sio soliveis em alcool, wos compostos graxos, insolliveis em agua e podem ser incolores ou apresentar desde tons claros até fortes e opacos. Os dleos essenciais sio chamados de voliteis, pois quando expos- tos ao ar (lemperatura ambiente), evaporam. Podem também ser chamados de refringentes ou etéreos, Entretanto, 0 termo mais usado é leo essencial, jf que estes representam as “es: séncias” ou compostos odoriferos das plantas. Composisao wrem parte da composigao dos 6leos Senciais elementos orginicos como carbono, oxigénio e hidrogénio, formando entio moléculas de dlcoois, aldeidos, ésteres, 6xidos, cetonas, fe- _n6is, hidrocarbonetos, deidos orginieos, compostos © [CADERNOS + Cento aiversiino 5. Cam, Sia Palo, ¥ 11 a 4p. 5768, outer 2005, al ce ° & orginicos nitrogenados e sulforados e terpenos. Apresentam composigao complexa, com exce- lo do sindalo, que contém 95% do mesmo componente (santalol) e os outros 5% de com- posigao diversa. A maior importincia econdmi cca e ecolégica é atribuida aos tespenos, que sto incolores, amarelados (se associados aos carotendides) ou esverdeados (se assaciados as clorofils). Apesar do termo “6leo", ndo so obrigato- riamente gordurosos, ¢ diferenciam-se dos 6le- (os vegetais por serem altamente volAteis. {As principais qualidades dos dleos essen- ciais si0 0 aroma © suas propriedades tera- pauticas. Segundo Corazza (2002), até 0 presente mo- mento foram coletadas 378 plantas aromaticas, que produziram 272 Gleos essenciais © 37 aro- mas de frutos e flores eujos componentes voli- teis foram quase todos determinados Em geral, os dleos essenciais com elevade teor de dleool ¢ ésteres tém propriedades cura- tivas moderadas e so portanto mais seguros para 0 uso. J4 0s leos essenciais com altas concen- tuapdes de cetonas, fentis e aldeidos, st0 muito ativos terapeuticamente e so pouco usados na aromaterapia, pois podem provocar efeitos ad- versos, sendo usados apenas quando necessitio e-em pequenas quantidades. Os dleos essenciais possuem odores care- teristicos, tém densidade menor que a agua, ele- vado indice de refragio, sto geralmente optica- mente ativos e sensiveis & luz e a0 ar. Podem ser coriundos de follas, flores talos, caule, haste, pe- lo, casca, raiz, glindulas ou outro clemento das plantas, principalmente as lauriceas, mieté- eas, labiadas, compostas, ruticeas ¢ umbiliferss. Constituem subproduto do. metabolismo secundério das plantas, ou seja, so produzidos com © propésito de defesa do vegetal, A com- posigdo € 4 qualidade dos dleos essenciais pode variar em fungao da regio de cultivo, do elima, do relevo, da idade do terreno, do processo de colheita e do método de extragio. A concentra- io de principios ativos na planta pode variar devido 20 controle genético estimulos do m como fatores climiticos © edaficos (relaciona- dos com © solo), exposigao a microorganismos, insetos e poluentes em geral. A quantidade ex. traida de Gleo essencial pode variar de 0,005% 2 10%, em dependéncia do proceso de extra- io utilzado. A concentra¢io de dleos essen- Giais nas plantas frescas € de 75 a 100 vezes maior que nas plantas secas, Nas plantas, os Gleos essenciais podem desempenhar as fun- ‘s0es de protegé-las contra ataque de parasitas e doeneas, atuar na fertilizacto, polinizago e na protecio da radiagio solar. Nos homens, po- dem apresentar varias aplicag6es, que sera0 vis- tas adiante, Os grupos funcionais quimicos pre- sentes nos éleos essenciais para serem usados ‘em aromaterapia so. ‘+ Monoterpenos/Sesquiterpenos Possuem efeito anti-viral, antisséptico, bac- tericida e antiinflamat6rio, Atuam no figado (processo de desintoxica¢ao) estimulam as fungoes glandulares. Os sesquiterpenos agem no cérebro, aumentando a quantida- de de oxigénio das glindulas pituitiria e pineal, Como exemplo temos 0 limoneno, Pineno, canfeno © gamaterpineno, Estio presentes no limio, pinho ¢ olibano. + Fsteres Sio fungicidas, sedantes © antiespasmédi- cos, Conferem a0 produto um aroma carae- tetistico frutal, Como exemplo podemos citar o acetato de linalila e salicilato de metila, Estio presentes na bergamota, silvia lavanda. + Aldeidos ‘Agem como sedante, antisséptico © antiin- feccioso, S40 exemplos o citral, neral € ge- ranial ¢ estio presentes na melissa, no ca- pim-limao e na citronela, + Cetonas Agem como descongestionante em quadros de asmna, bronquite e tesfriado, mas podem ‘ser tOxicas. Temos como exemplos a tujona, catvona e pinocanfona, Estao presentes no funcho, gengibre e hissopo. + Atcoois ‘Atuam como antissépticos, antivirais ¢ esti- mulam 0 sistema imunolégico. Sio exem- plos 0 linalol, borneol e estragol, © estio presentes, por exemplo, no pau-rosa, sin- dalo © geranio, + Fendis Sto bactericidas, desinfetantes, antinflama- trios e podem ser inritantes a pele, Como exemplos temas 0 timol, carvacrol ¢ euge- nol, que estéo presentes no tomilho © no + Oxidos Sio bacterieidas ¢ expectorantes. Como re- presentantes temas 0 Oxide de silicio, fer ro, manganés € magnésio, que podem estar presentes no alecrim e na melaleuca + Acidos Atuam como antisséptico, diurético © anti pitético, Posstem antibiético © vitamins [CADERNOS + Cero Unverskinn $ Camo, So Paula. ¥ 11,0 4. p 57-68, outs. 2005 6 >) cee : & _|| = Foe « Como exemplo temos o icido benadico, caféico e olenico, pres benjoim e na melissa Os meétodos de extragio de dleos ess iais sao: destilago a vapor, prensagem, extra 40 por enfloragem, extragio por diéxido de carbono fem estado supercitico e extragao através de hi drofluorcarbonatos. Os éleos essenciais sintéticos nao cont mesmo valor terapéutico dos 6 naturals, jé que a agdo destes thimos & formada or foreas naturais e holisticas, ou, falando mais claramente, por energia vital, conforme afirmam apeutas © aromacologistas neio de solventes, enfleurage ow cos botanicos cemite radiagées que podem ser vistas como luz (Tisserand, 1993). Acreditam os estudiosos que 0 poder dos ) cee ° © 20012006, 1012 _|| = pais componentes: pineno, limoneno, linalo, eucaliptol, bomeol, canfeno e texpineol. E usa. do principalmente para antrite, cansago mental, fraqueza goral, perda de meméria, dozes nas juntas, piolho, sama, asma ¢ bronquite Asteaisn (Artemisia vulgaris). Tem como prineipais constituintes a tujona, borneol, cinfo- fa, lialol, 1,8cineol, 4texpinoleno e alfa-cadi nol. E usado como regulador de dstirbios mens- tiuais, analgésico, antiespasmédico e estimulan- te mental, £indicado para epilepsia, amenorteia ¢€ dismenoriéia, vomitos nervosos, convulsdes, Basu (Vanilla planifolia. Tem como prineipais constivintes: vanilina, hidroxibenzal- deido, Scido acético, isbutrico, caproico, cuge- nol, furfural e aldeido metilprotocatéquico, Pro- priedades terapéuticas/Aplicagdes de dleo: an- tiespasmédico, emenagogo (estimula a menstrua- fo), esimulante ¢ intensamente afrodstaco, Bevow (Siyrax tonkinensis), Tem como principais constiuintes: ido benz6ico, vanili- 1a, benzoato de cinamila, benzoato de coniferia € fvido siaresinélico, Propriedades terapéut cas/Aplicagdes do leo: poss intensa proprie- dade anti-oxidante, £ indicado para tatar res- friados, osse, bronquites, laingites ¢ infecgdes das vias respiratorias, Estimula a citculagdo e € ‘ul no tratamento da artite reumatside e gota Aunilia no combate ao estresse, pele rachada ¢ ansiedade Bincawora (Citrus bergamia). Tem como principais consttuintes:linalol, acetato de tinal, pineno, acetato de linalila, nerol, acetato de ne- fila, getaniol, bergapteno, terpineol e dipente- no, E sido na medicina popular ialiana no combate da febre © de vermes ¢ muito usado nas indistrias alimenticia e de fragrincias, £ indicado para eczema, acne, seborréa, farineu- Jos, cisttes, prutido vaginal, halitose, pele oleo- 3, psorfase, problemas digestivos, perda de apetite, ansiedade, depressio, estresse, infecges dda mucosa bucdl ¢ garganta. £ bactercida em infecgbes causadas por gonococcus, staphylo- coveus, meningocoecus bacilo da difteria Possu também poder analgésico, antsséptico, cicatizante, sedativo e energizante Caoxmapos-atnmats (Matricaria chamo- ‘milla. Tem como prineipais componentes: az Jeno (principal entre todos), alfa-bisabolol, far- neseno, tujanol, flavondides (apigenina, lutcol na, quercitina) « gl tinflamatrio, cicatizante, antlespas noestimulante € antianémico. E indi sideos. E usado como an- édico, ima do. para twatar Gveras gastrintestinas, inflamagdes na pele, OS TT || dermatites, acne, attite, eeumatismo, furdineslos, TPM, menopausa, amenortéia, dismenostéia, enxaqueca, dor de cabega, dor de ouvido, dor de dente, picadas de inseto, insOnia, nausea, esiresse, problemas dligestivos © célieas E tame bem considerado suave sedative para uso infan- tile como um popular reequilibrador emocional Caxsza (Ginnamomum zeylanicum). Seus principais constituintes sto: eugenol, écido ci- imico, aldeido benzénico, aldeido einémico, enzoato de benvila, furfurol, safrol, cimeno dipenteno, felandreno e pineno. £ utilizado como diurético, analgésico, poderoso antisséptico, antiprurido e antiespasmédico. E indicado para estimular a digestao e a circulagao, em gripes, infocgSes intestinais, impoténcia, constipacio, nausea, céleulo renal, dores musculares © es” tresse. £ conhecido popularmente por seu po- der estimulante. Cmmonsta (Cymbopogon nardies). Seus prin- ) cee « 20012006, 1012 _|| = hidtica, depressio e estresse. Na pele, o patchuli tem agio de rejuvenescimento e redugio de rugas. O aroma do dleo essencial de patchuli exerce acto nos centtos psiquicos, estimula 0 sistema nervoso central, resgata lembrangas da juventude e estimula a cratvidade, Sua agdo nas slindulas endécrinas o torna um bom afrodisia- co. £ largamente conhecido por equilibrar os corpos fisco, mental ¢ espiritual Tests (Melalevea alternifolia). Seus prin- cipais componentes sdo: 4terpineol, sesquiter penos, eucaliptol e pineno. Propriedades tera- péuticas/Aplicagdes do leo: antiviral, anissép- tico, fungicida, estimulante, inseticida © cicat zante. £ indicado para infecsdes, vaginte, afta, candidiase, cisite, vernugas, fangos « herpes labial e genital. Sua fungao mais relevante € a de estimular o sistema imunolbgico, E pritica comum utilizar o dleo do teatree em feridas, cortes, arranhdes, gengivites, congestio nasal, odor fétido nos Yucut-wavcit: (Cananga odorata). Seus principais componentes sao: ylangol, safrol, li nalol,farnesol, getaniol, granial, eugenol, pine- no, cadineno e acetato de benvzila. Propriedades terapeuticas/Aplicagoes do 6leo: antiespasmedi- co, sedativo, calmante, levemente euférico © animador £ indicado para depressio, taquicardia e frigidez, Por ser um potente afrodisiaco, & utiizado em casos de impoténcia sexual. Na pritica, o langue é muito aplicado para aumen- tar a auto-estima e a libido (apetite sexual. Na renga popular, as mulheres gostam de utilizar a fragrancia para atrair homens ESTUDO DE cASOS Uma experigneia feita sobre a meméria de ccheitos j apresentados as pessoas mostrou que quando aqueles foram mostrados novamente 20s mesmos individuos, estes tiveram seu cértex olfativo ativado, em recuperagio do cheiro jf conhecido. © trabalho cientifico sugeriu que as caracteristicas sensoriais de um odor original si0 preservadas no cértex olfativo. (Dolan etal, 2004) Em uma pesquisa cientifies realizada com pacientes epiléticos, a aromaterapia associada & hipnose mostrou afeito satisfatorio no tratamen- to, apesar do paciente necessitar dispor de mais tempo e esforso pessoal, (Betts, 2003) ‘A aromaterapia mostrou trazer beneficios no tratamento de deméncia de variados tipos graus de severidade, em relagio aos sintomas neuropsiquidtricos e agitacio. O autor do traba- Tho menciona também que & necessirio obter ais informagdes para que se possa chegar A uses mais seguras (Spector et al, 2003). Em um trabalho cientifico, foi possivel mostrar que 0 dleo essencial de lavanda (Lavan- ula angustifolia e seus principais constituintes Ginalol e acetato de linaila) apresentaram efeito sedativo em experimentos sealizadas com ani- mais de laboratério (fémea e macho), que pude- tam ser vistos devido A redugio da mortalidade « hiperatividade induzida. (Buchbauer, 1991) Dados de um experimento cientifico reve- Jaram que a massagem aromateripica e outras formas de aromaterapia mostraram-se favoraveis ra redugio da ansiedade cm pacientes com cancer. Observou-se também a redusao da dor «© ndusea nesses pacientes. (Barnes et al, 2004) Resultados de uma pesquisa feita com plan- tas de madagascar revelam presenca de ativida- de antimicrobiana em éleos essenciais. AS plan- tas analisadas pertenciam as familias Labiatae Thymus vulgaris), Mynaceze (Melaleuca viridt flora, Eugenia caryophyllata) ¢ Compositae (Helichrysum lavanduloides). Foi também pos vel notar que 0 dleo essencial de melaleuea apre- sentou potente efeito inibitério, principalmente em bactérias gri-positivas (Bianchini, 1987) Um acomtecimento veridico relatado por Grace (1999) foi capa de mostrar que leo de néroli€ © aroma da flor de laranjeira foram capa- 2es de reduzit a tensio do corpo e da mente de ‘uma jornalista de cerca de tanta anos, Angela Pe roba, que nio conseguia engravidar hi anos. Em rmeenos de dois meses de tatamento por psicoa- romaterapia, ocoreeuthe a primeira gravider. coNncLusAo ‘A aromaterapia apresenta uma alternativa de tratamento holistico mais suave, para 0 cor po ea mente, esti sendo mais procurada pela populacao, visto a imensa gama de efeitos colaterais © reagdes adversas que 2 alopatia (tra- tamento convencional) pode oferecer. Nos pai- ses de Primeiro Mundo, a aromaterapia ja € uti- lizada com &xito em ambientes de trabalho hospitais, com propésitos terap@uticos, © ganhando seu espago. A terapia alzaves dos aro- ‘mas ainda ndo foi incorporada a cultura brasilei- 1a, ¢ 2 raza pela qual isto ainda nao ocoreu pode residir na falta de sua difusto para as [Pessoas, ou no escasso investimento intelectual € financeiro para seu progresso, Na atual civilizagio, pode-se dizer que vi ‘vemos em uma imensa competigao, tanto na vida ‘pessoal, como principalmente profissional, e isto 66 [CADERNOS + Cento aiversiino 5. Cam, Sia Palo, ¥ 11 a 4p. 5768, outer 2005, al ce « 0.092008 1012 OS TT || nos torna mais cansados fisicamente € psicolo- gicamente, além de extremamente materialistas. ‘A aromaterapia consegue atuar nesses desequi- Ibis, e resgatar, acima de tudo, o ser hum fou melhor, a esséncia humana, que esta cada vez mais esquecida, em detrimento das “regras ditadas pela sociedade Os dleos essenciais no poder de puri car © ar que respiramos €, a0 mesmo tempo, relaxar, estimular ou aliviar os nossos sentimen: tos, So eapazes também de promover nos indi- viduos momentos de reflexio, para que se pos sa lembrar que somos pessoas dotadas de sen- tmentos © emogdes, além de nosso imenso potencial intelectual e de trabalho. Ha uma resisténcia por parte da comunida- de em nao acreditar nos efeitos do tratamento por aromaterapia, ja que no constitui uma pré- ica comum do cotidiano, mas, devido aos di vyersos beneficios que pode trazer & populagio, e a0s selatos positives de seus usudtios, pode-se dizer que a aromaterapia esta no inicio de uma longa jornada, que ha de se estabelecer no mundo todo, masque ainda ha muito a ser est dado e investido para que seja reconhecida efe. tivamente como medicina convencional e cien- tifiea, para que possa entdo ganhar maior credi nilidade © respeito, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ANJOS, Tetrazini M,C. R, dos, Aromaterapia: rapia aplicada através dos dleos esseciais. So Paulo: Roka, 1996, ASIMOV, Isaac. © eérebro hhumano: suas capa cidades e fungdes. So Paulo: Boa Leitura, [2021 BARNES K,, FELLOWES, D; WILKINSON, S. Aromatherapy and Massage for Symptom Relief Inpatients with Cancer, Cochrane Database of Systematic, Reviwes, n.2, CD 002287, 2004 BELL, G. H, DAVIDSON, JN. 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