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Projeto Primeira Parte
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
O tema escolhido para o nosso projeto foi ABORDAGEM REGGIO EMÍLIA: contribuição
para a educação infantil e a pedagogia participativa, dentro da área de concentração, metodologias
de ensino. A escolha desse tema surgiu pela necessidade de buscar métodos inovadores de ensino
para a nova geração de estudantes, que possuem habilidades e competências múltiplas. Para isso, foi
necessário entender como a criança pode se tornar protagonista de sua aprendizagem e a
participação ativa das famílias e da comunidade dentro dessa abordagem.
Pensamos em uma escola para crianças pequenas como um organismo vivo integral,
como um local de vidas e relacionamentos compartilhados entre muitos adultos e
muitas crianças. Pensamos na escola como uma espécie de construção em contínuo
ajuste. (MALAGUZZI, 2016, p. 69)
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
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Com a escolha do presente tema, temos por objetivo, apresentar um breve histórico sobre o
surgimento desse método de ensino, demonstrando a importância dele para a educação infantil.
Apresentaremos a abordagem de uma forma inovadora, que coloca o aluno como protagonista do
seu próprio aprendizado. Na fundamentação teórica, aprofundaremos o tema Reggio Emília, através
de uma pesquisa bibliográfica, com o auxílio de literaturas de autores como Barbieri, Gardner,
Hawkins, Malaguzzi, Pereira, Pinazza e Rinaldi, tais autores apresentam reflexões que nortearam
nossa pesquisa.
Para complementar, a abordagem Reggio Emíllia nos traz uma reflexão positiva e profunda
sobre o protagonismo das crianças pequenas, nos convida a entender e se encantar com a
capacidade que as crianças demonstram, por isso o olhar e escuta atenta do professor faz toda a
diferença. Considerando que a Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e está
associada ao educar e cuidar, por isso esse primeiro contato precisa ser valorizado para que o
processo de ensino e aprendizagem seja significativo para a criança, pois aqui está a base para a
construção de conhecimentos posteriores.
Era o período pós segunda guerra mundial, ano de 1947, Província de Reggio Emília,
trabalhadores e comerciantes se reuniram aos novos moradores, com o objetivo de construir uma
escola para as crianças. Em meio as ruínas, os moradores se reuniram em coletividade e união para
que o objetivo fosse alcançado. Com o auxílio do Comitê Nacional para a Libertação, eles
construíram escolas, passando a fazer parte da escola e organizando eventos junto com professores
e alunos, tornando assim a escola a continuidade do lar.
Nesse período, visitando o Vilarejo de Celia, em Reggio Emília, um jovem professor
italiano Loris Malaguzzi, ficou encantado com a experiência e auxiliou na construção de um projeto
educativo, com a proposta de que os professores, aprendessem a ensinar, compreendendo a lógica
da aprendizagem das crianças, escutando-as e pensando em alternativas para ajudá-las a continuar
aprendendo.
Esta ideia pareceu-me incrível! Corri até lá em minha bicicleta e descobri que tudo aquilo
era verdade. Encontrei mulheres empenhadas em recolher e lavar pedaços de tijolos. As
pessoas haviam-se reunido e decidido que o dinheiro para começar a construção viria da
venda de um tanque de guerra abandonado, uns poucos caminhões e alguns cavalos
deixados para trás pelos alemães em retirada. (Malaguzzi, 1999, p.59).
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FONTE: https://blog.dedobrinquedo.com.br/2019/06/27/contextualizacao-de-reggio-emilia-
historia/ Acesso em: 04 abr. 2023
A primeira escola surgiu pelo fato de que as mulheres precisavam de um espaço para deixar
seus filhos, nesse período pós-guerra. Houve muitos elogios e críticas que vinham daqueles que não
concordavam com o método estabelecido. Por isso, os alunos eram levados à espaços abertos, para
que todos pudessem ver o quão felizes eles estavam, para que assim aceitassem o novo método.
Para Gardner, (1999, p.105):
O sistema de Reggio Emília pode ser descrito sucintamente da seguinte maneira: ela é uma
coleção de escolas para crianças pequena, nas quais o potencial intelectual, emocional,
social e moral de cada criança é cuidadosamente cultivado e orientado. O principal veículo
didático envolve a presença dos pequenos em projetos envolventes, de longa duração,
realizados em um contexto belo, saudável de amor.
Em 1967, o município de Reggio Emília, passou a administrar as escolas, e não mais os pais
dos alunos. Através dessa conquista, foram estabelecidos fundos públicos, que eram destinados ao
direito à educação de crianças de 3 a 6 anos. Assim, o número de atendimentos a grupos de crianças
foi crescendo e aumentando ano a ano.
Reggio Emília foi marcada por conflitos que tomaram a Europa no século passado, seguida
de conflitos e crises, mas o caos dessa guerra foi contornado com a união e esforços de uma
comunidade que não mediu forças para investir na primeira infância. As professoras Paula Strozzi e
Vanna Levrini (2014) falam sobre o grande esforço de educador Loris Malaguzzi que mostrou que
dentro de uma comunidade escolar todos fazem parte, professores, alunos, famílias, cozinheiros,
todos participam deste grande organismo, e hoje a abordagem Reggio Emília é uma referência
mundial na educação infantil e na valorização da primeira infância.
As experiências de Reggio Emília, seu contexto histórico e social ao longo das últimas
décadas, estabeleceu um novo marco para a educação infantil, sob uma nova filosofia acerca da
criança, a qual considera a criança protagonista do processo, agente mediador e potencializador de
suas habilidades e competências. Essa forma, enxerga a criança, como um ser ativo, onde são
respeitadas as suas potencialidades, explorando-as através das mais diversas linguagens, as quais
incluem aspectos expressivos, cognitivos, comunicativos; sua imaginação, simbologia, cultura, tudo
o que interfere em seu processo de formação. Na abordagem Reggio Emília, o professor ensina e
aprende, criando um método de aprendizagem em relação à criança, por meio de escuta.
As crianças têm muito a nos mostrar, só precisam ser provocadas, não dá para limitar sua
capacidade. Barbieri (2012, p. 18) destaca que “A imaginação e a criatividade das crianças não têm
limites, o que favorece o desenvolvimento de sua potência e a exploração e apropriação de suas
múltiplas linguagens, ampliando suas formas de expressão.”
Um exemplo a destacar, são as salas de aula enfeitadas com decorações prontas de E.V.A. o
alfabeto pronto sem a participação das crianças, o que isso pode agregar no aprendizado delas?
Talvez para as crianças seja uma experiência sem sentido.
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FONTE:https://www.atividadeseducacaoinfantil.com.br/alfabeto-e-palavras/alfabeto-
decorado/attachment/alfabeto-eva-parede/ Acesso em 8 abr. 2023.
Agora vamos pensar em um alfabeto que as crianças podem participar da sua construção e
poder ver aquilo que está na parede é uma construção deles, seria muito mais significativo para eles,
Pereira (2021, p. 10) destaca que:
A visão de criança como sujeito competente, com o qual se aprende, pesquisa e tenta
entender e encontrar significados para as coisas do mundo que se manifes-tam no cotidiano
vincula-se à busca de significados, um objetivo que caracterizou o projeto de Reggio.
infantil busca construir uma nova visão sobre o trabalho com as crianças, visto que os modelos já
conhecidos não respondem mais a demanda das crianças.”
FONTE:<https://journeyingintoinquiry.wordpress.com/2016/09/27/co-construction-of-an-
alphabet/> Acesso em: 9 abr. 2023.
A Base Nacional Comum Curricular traz uma concepção de criança como um ser que:
observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que
constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e
nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas
aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao contrário,
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Levando em conta o que a nossa Base Nacional Comum Curricular, onde diz que uma
criança questiona e constrói conhecimentos, e temos que pensar que essa construção começa pelo
ambiente educativo, esse que precisa ser estimulado para que a aconteça um aprendizado de forma
significativa para cada criança, e o planejamento do professor precisar ser direcionado pelo
interesse das crianças que são os principais atores da educação.
O método Reggio Emília não se trata de uma fórmula, mas é sim uma filosofia, uma
pedagogia para desenvolver habilidades, criando assim um ser independente, autônomo e confiante
em sua capacidade. Por esse motivo, o conteúdo é trabalhado de maneira interdisciplinar,
valorizando o esforço em equipe. Segundo Rinaldi (1999, P.114), a criança tem potencial,
plasticidade, desejo de crescer, curiosidade, capacidade de maravilharem-se e o desejo de
relacionarem-se com outras pessoas e de comunicarem-se.
3 METODOLOGIA
FONTE: https://comofazeremcasa.net/decoracao-de-sala-de-aula-em-eva-com-
moldes/ Acesso em: 1 mai. 2023
Como podemos observar na imagem acima, a falta da participação das crianças em uma
simples decoração de alfabeto, fica algo como se fosse somente para preencher uma parede vazia
com coisas que as crianças nem se quer participaram da construção, enquanto a abordagem Reggio
Emília considera a criança como protagonista do processo de ensino e aprendizagem e tudo isso
começa no ambiente decorado com as coisas expostas, feito pelas crianças.
Buscamos na Base Nacional Comum Curricular, o que este documento diz sobre a
participação das crianças: "a criança questiona e constrói conhecimento". E isso começa pelo
ambiente onde elas estão inseridas, oi seja, elas podem e devem participar da construção deste.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para futuras pesquisas deixamos como sugestões como. Arte e criatividade em Reggio
Emilia: explorando a criatividade na primeira infância; Documentação Pedagógica na abordagem
Reggio Emilia; e o próprio tema do persente estudo, pois este pode ser ainda mais explorado.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARBIERI, Stela. Interações: onde está a arte na infância. São Paulo: Blücher, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil> Acesso em: 10 abr. 2023.
GARDNER, H. Prefácio- Perspectivas Complementares sobre Reggio Emília. In: Edwards, C.;
GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança. Porto Alegre: ARTMED,1999.
HAWKINS, David. New York Times; Malaguzzi, L. History, ideas, and basic philosophy:
An interview with Lella Gandini. In C. Edwards, L. Gandini, and G. Forman, eds. The
hundred languages of children-Advanced reflections. 2nd ed. Greenwich, CT: Ablex
Publishing Corporation, pp. 49-99, 1997.
MALAGUZZI, Loris. Histórias, ideias e filosofias básicas. In: EDWARDS, Carolyn; GANDINI,
Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança; a abordagem de Reggio Emília na
educação da primeira infância. Porto Alegre; Artmed, 1999.p.59-104.
MALAGUZZI, L. Histórias, ideias e filosofia básica. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.;
FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação
da primeira infância. Tradução. Dayse Batista. Porto Alegre: Penso, 2016.
RINALDI, C. O currículo emergente e o construtivismo social. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.;
FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na educação da
primeira infância. Trad. Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed, 1999.