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ABORDAGEM REGGIO EMÍLIA: contribuição para a


Educação Infantil e a Pedagogia Participativa

Juliana Camargo Rodrigues


Lucimara Regina Hannoff de Souza
Prof. Orientador: Vera Lúcia Dal Bosco da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (FLC16124PED) – Projeto de Ensino
dd/mm/aa

RESUMO

O presente trabalho, aborda o contexto educativo na temática Abordagem Reggio Emília:


contribuição para a educação infantil e a pedagogia participativa. Esse estudo, traz uma reflexão
sobre o projeto idealizado pelo pedagogo Loris Malaguzzi,implantado nas escolas de educação
infantil, realizado na Itália, logo após o término da segunda guerra. Essa proposta surgiu, com a
intenção de uma abordagem pedagógica voltada para a criança, como protagonista do seu próprio
conhecimento. Essa pedagogia admitiu que os adultos tivessem a tarefa de escuta e
reconhecimento das múltiplas potencialidades da criança e que cada uma deve ser atendida em sua
individualidade. Essa pesquisa tem por objetivo, conceituar a abordagem Reggio Emília na
educação infantil, estabelecendo suas principais características e propósitos, destacando sua
importância no que se refere ao desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil. Também
temos como foco, conhecer o trabalho realizado por Loris Malaguzzi, juntamente com a
comunidade de Reggio Emília e a metodologia utilizada por eles, associando os conhecimentos e
conceitos teóricos às pesquisas realizadas.

Palavras-chave: Reggio Emilia ; Protagonismo; Malaguzzi.

1 INTRODUÇÃO

O tema escolhido para o nosso projeto foi ABORDAGEM REGGIO EMÍLIA: contribuição
para a educação infantil e a pedagogia participativa, dentro da área de concentração, metodologias
de ensino. A escolha desse tema surgiu pela necessidade de buscar métodos inovadores de ensino
para a nova geração de estudantes, que possuem habilidades e competências múltiplas. Para isso, foi
necessário entender como a criança pode se tornar protagonista de sua aprendizagem e a
participação ativa das famílias e da comunidade dentro dessa abordagem.

Pensamos em uma escola para crianças pequenas como um organismo vivo integral,
como um local de vidas e relacionamentos compartilhados entre muitos adultos e
muitas crianças. Pensamos na escola como uma espécie de construção em contínuo
ajuste. (MALAGUZZI, 2016, p. 69)
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Com a escolha do presente tema, temos por objetivo, apresentar um breve histórico sobre o
surgimento desse método de ensino, demonstrando a importância dele para a educação infantil.
Apresentaremos a abordagem de uma forma inovadora, que coloca o aluno como protagonista do
seu próprio aprendizado. Na fundamentação teórica, aprofundaremos o tema Reggio Emília, através
de uma pesquisa bibliográfica, com o auxílio de literaturas de autores como Barbieri, Gardner,
Hawkins, Malaguzzi, Pereira, Pinazza e Rinaldi, tais autores apresentam reflexões que nortearam
nossa pesquisa.
Para complementar, a abordagem Reggio Emíllia nos traz uma reflexão positiva e profunda
sobre o protagonismo das crianças pequenas, nos convida a entender e se encantar com a
capacidade que as crianças demonstram, por isso o olhar e escuta atenta do professor faz toda a
diferença. Considerando que a Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e está
associada ao educar e cuidar, por isso esse primeiro contato precisa ser valorizado para que o
processo de ensino e aprendizagem seja significativo para a criança, pois aqui está a base para a
construção de conhecimentos posteriores.

2 REGGIO EMÍLIA: ORIGEM

Era o período pós segunda guerra mundial, ano de 1947, Província de Reggio Emília,
trabalhadores e comerciantes se reuniram aos novos moradores, com o objetivo de construir uma
escola para as crianças. Em meio as ruínas, os moradores se reuniram em coletividade e união para
que o objetivo fosse alcançado. Com o auxílio do Comitê Nacional para a Libertação, eles
construíram escolas, passando a fazer parte da escola e organizando eventos junto com professores
e alunos, tornando assim a escola a continuidade do lar.
Nesse período, visitando o Vilarejo de Celia, em Reggio Emília, um jovem professor
italiano Loris Malaguzzi, ficou encantado com a experiência e auxiliou na construção de um projeto
educativo, com a proposta de que os professores, aprendessem a ensinar, compreendendo a lógica
da aprendizagem das crianças, escutando-as e pensando em alternativas para ajudá-las a continuar
aprendendo.

Esta ideia pareceu-me incrível! Corri até lá em minha bicicleta e descobri que tudo aquilo
era verdade. Encontrei mulheres empenhadas em recolher e lavar pedaços de tijolos. As
pessoas haviam-se reunido e decidido que o dinheiro para começar a construção viria da
venda de um tanque de guerra abandonado, uns poucos caminhões e alguns cavalos
deixados para trás pelos alemães em retirada. (Malaguzzi, 1999, p.59).
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FIGURA 1- EXPERIÊNCIA REGGIO EMILIA

FONTE: https://blog.dedobrinquedo.com.br/2019/06/27/contextualizacao-de-reggio-emilia-
historia/ Acesso em: 04 abr. 2023

A primeira escola surgiu pelo fato de que as mulheres precisavam de um espaço para deixar
seus filhos, nesse período pós-guerra. Houve muitos elogios e críticas que vinham daqueles que não
concordavam com o método estabelecido. Por isso, os alunos eram levados à espaços abertos, para
que todos pudessem ver o quão felizes eles estavam, para que assim aceitassem o novo método.
Para Gardner, (1999, p.105):

O sistema de Reggio Emília pode ser descrito sucintamente da seguinte maneira: ela é uma
coleção de escolas para crianças pequena, nas quais o potencial intelectual, emocional,
social e moral de cada criança é cuidadosamente cultivado e orientado. O principal veículo
didático envolve a presença dos pequenos em projetos envolventes, de longa duração,
realizados em um contexto belo, saudável de amor.

Em 1967, o município de Reggio Emília, passou a administrar as escolas, e não mais os pais
dos alunos. Através dessa conquista, foram estabelecidos fundos públicos, que eram destinados ao
direito à educação de crianças de 3 a 6 anos. Assim, o número de atendimentos a grupos de crianças
foi crescendo e aumentando ano a ano.
Reggio Emília foi marcada por conflitos que tomaram a Europa no século passado, seguida
de conflitos e crises, mas o caos dessa guerra foi contornado com a união e esforços de uma
comunidade que não mediu forças para investir na primeira infância. As professoras Paula Strozzi e
Vanna Levrini (2014) falam sobre o grande esforço de educador Loris Malaguzzi que mostrou que
dentro de uma comunidade escolar todos fazem parte, professores, alunos, famílias, cozinheiros,
todos participam deste grande organismo, e hoje a abordagem Reggio Emília é uma referência
mundial na educação infantil e na valorização da primeira infância.

2.2 A ABORDAGEM REGGIO EMÍLIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E A IMPORTÂNCIA


DA PEDAGOGIA PARTICIPATIVA
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Começaremos a discussão acerca da abordagem Reggio Emília na Educação Infantil falando


sobre o ambiente onde as crianças são inseridas no dia a dia no contexto escolar, e uma indagação
surgiu, será que o ambiente da sala de aula por exemplo é capaz de potencializar a criatividade das
crianças? Hawrins escreveu que:

Respeitar as crianças é mais do que reconhecer as suas potencialidades, é também buscar e


valorizar suas realizações- por menores que pareçam diante dos padrões normais dos
adultos. Mas, se seguirmos essa linha de raciocínio, algo se destaca. Devemos proporcionar
as crianças aquele tipo de ambiente que potencializa seus interesses e talentos e que
aprofundem seu envolvimento na prática e no pensamento. Um ambiente de “adultos
amorosos” que são eles mesmos, alienados do mundo ao seu redor é um vácuo educacional.
Os adultos envolvidos no mundo dos seres humanos e da natureza devem levar esse mundo
com eles para as crianças, restrito e seguro, mas sem com isso, perder sua riqueza e
promessa de novidade. (HAWRINS, 1997, p. 93)

As experiências de Reggio Emília, seu contexto histórico e social ao longo das últimas
décadas, estabeleceu um novo marco para a educação infantil, sob uma nova filosofia acerca da
criança, a qual considera a criança protagonista do processo, agente mediador e potencializador de
suas habilidades e competências. Essa forma, enxerga a criança, como um ser ativo, onde são
respeitadas as suas potencialidades, explorando-as através das mais diversas linguagens, as quais
incluem aspectos expressivos, cognitivos, comunicativos; sua imaginação, simbologia, cultura, tudo
o que interfere em seu processo de formação. Na abordagem Reggio Emília, o professor ensina e
aprende, criando um método de aprendizagem em relação à criança, por meio de escuta.
As crianças têm muito a nos mostrar, só precisam ser provocadas, não dá para limitar sua
capacidade. Barbieri (2012, p. 18) destaca que “A imaginação e a criatividade das crianças não têm
limites, o que favorece o desenvolvimento de sua potência e a exploração e apropriação de suas
múltiplas linguagens, ampliando suas formas de expressão.”
Um exemplo a destacar, são as salas de aula enfeitadas com decorações prontas de E.V.A. o
alfabeto pronto sem a participação das crianças, o que isso pode agregar no aprendizado delas?
Talvez para as crianças seja uma experiência sem sentido.
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IMAGEM-2 Alfabeto feito de E.V.A

FONTE:https://www.atividadeseducacaoinfantil.com.br/alfabeto-e-palavras/alfabeto-
decorado/attachment/alfabeto-eva-parede/ Acesso em 8 abr. 2023.

Agora vamos pensar em um alfabeto que as crianças podem participar da sua construção e
poder ver aquilo que está na parede é uma construção deles, seria muito mais significativo para eles,
Pereira (2021, p. 10) destaca que:
A visão de criança como sujeito competente, com o qual se aprende, pesquisa e tenta
entender e encontrar significados para as coisas do mundo que se manifes-tam no cotidiano
vincula-se à busca de significados, um objetivo que caracterizou o projeto de Reggio.

A criança é capaz de muitas coisas, a pedagogia participativa proporciona para as crianças a


um envolvimento na construção da aprendizagem, agora vamos visualizar um alfabeto construído
com a ajuda das crianças. Para Pinazza e Fochi (2018), “a pedagogia participativa da educação
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infantil busca construir uma nova visão sobre o trabalho com as crianças, visto que os modelos já
conhecidos não respondem mais a demanda das crianças.”

IMAGEM-3 Alfabeto e números construído com as crianças

FONTE:<https://journeyingintoinquiry.wordpress.com/2016/09/27/co-construction-of-an-
alphabet/> Acesso em: 9 abr. 2023.

A Base Nacional Comum Curricular traz uma concepção de criança como um ser que:

observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que
constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e
nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas
aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao contrário,
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impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na


Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. (BRASIL, 2018 p. 1)

Levando em conta o que a nossa Base Nacional Comum Curricular, onde diz que uma
criança questiona e constrói conhecimentos, e temos que pensar que essa construção começa pelo
ambiente educativo, esse que precisa ser estimulado para que a aconteça um aprendizado de forma
significativa para cada criança, e o planejamento do professor precisar ser direcionado pelo
interesse das crianças que são os principais atores da educação.
O método Reggio Emília não se trata de uma fórmula, mas é sim uma filosofia, uma
pedagogia para desenvolver habilidades, criando assim um ser independente, autônomo e confiante
em sua capacidade. Por esse motivo, o conteúdo é trabalhado de maneira interdisciplinar,
valorizando o esforço em equipe. Segundo Rinaldi (1999, P.114), a criança tem potencial,
plasticidade, desejo de crescer, curiosidade, capacidade de maravilharem-se e o desejo de
relacionarem-se com outras pessoas e de comunicarem-se.

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa foi abordada de maneira qualitativa, baseada em livros, periódicos,


BNCC e sites que tratassem da abordagem Reggio Emília. O tema delimitado está na de
concentração: Práticas Pedagógicas.

Durante as leituras e reflexões sobre a abordagem Reggio Emília na Educação Infantil,


constatou-se que as crianças podem ser protagonistas do ensino, e a falta desse protagonismo pode
deixar as atividades sem sentido para as elas.
 
IMAGEM 4- Alfabeto de E.V.A.
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FONTE: https://comofazeremcasa.net/decoracao-de-sala-de-aula-em-eva-com-
moldes/ Acesso em: 1 mai. 2023

Como podemos observar na imagem acima, a falta da participação das crianças em uma
simples decoração de alfabeto, fica algo como se fosse somente para preencher uma parede vazia
com coisas que as crianças nem se quer participaram da construção, enquanto a abordagem Reggio
Emília considera a criança como protagonista do processo de ensino e aprendizagem e tudo isso
começa no ambiente decorado com as coisas expostas, feito pelas crianças.

IMAGEM 5- Exemplo de alfabeto feito pelas crianças

FONTE: < http://www.rubberbootsandelfshoes.com/2015/07/i-have-been-


thinking-about-changing-my.html?m=1 Acesso em: 1 mai. 2023
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Buscamos na Base Nacional Comum Curricular, o que este documento diz sobre a
participação das crianças: "a criança questiona e constrói conhecimento". E isso começa pelo
ambiente onde elas estão inseridas, oi seja, elas podem e devem participar da construção deste. 

E aqui queremos lembrar que a Pedagoga Participativa corrobora com o desenvolvimento


infantil, coloca o professor em posição de olhar o mundo com "olhos de criança", entendo que as
crianças são curiosas e por conta disso podem transformar qualquer coisa em uma experiência
incrível, respeitando as suas "cem linguagens" e seus direitos. 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Antes de abordarmos o tema principal da presente pesquisa, buscamos em livos e periódicos


algo que pudesse remeter a história de Reggio Emilia, e em meio a pesquisa constatou-se que
inicialmente o intuito era construir uma escola para as crianças, onde os bombardeios da Segunda
Guerra Mundial afetaram esta cidade da Itália. O professor Loris Maluguzzi ficou encantado com
tal experiência, e foi aí que nasceu um projeto tão bonito, onde os professores pudessem ensinar
compreendendo e escutando a criança, pensando em meio para ajudá-la a aprender.
A incrível história de um lugar marcado pela devastação de uma guerra seguida de conflitos
e crises, foi contornado por uma comunidade e um professor que se empenharam para tornar a vida
daquelas crianças um pouco melhor, e hoje a Abordagem Reggio Emilia é uma referência para a
educação e valorização da primeira infância. 
A pesquisa possibilitou conhecer e aprofundar as contribuições teóricas de Reggio Emilia
para a educação infantil hoje, onde as práticas educativas devem estar voltadas para o protagonismo
das crianças. Pudemos compreender que em meio ao processo educativo temos a possibilidade de
enxergar a criança como possuidora de múltiplas potencialidades e produtora no ambiente escolar.
Barbieri (2012, p. 18) mostrou que" A imaginação e a criatividade das crianças não têm limites, o
que favorece o desenvolvimento de sua potência e exploração e apropriação de suas múltiplas
linguagens."     
O estudo possibilitou uma discussão acerca das decorações prontas expostas na sala das
crianças, o alfabeto pronto colado na parede sem a participação das crianças, em contrapartida,
abriu a possibilidade de mostrar como seria um alfabeto construído com as crianças, e com isso
aproveitamos para tratar desta abordagem junto a BNCC, este documento enfatiza a participação da
criança na construção do conhecimento.  
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Para futuras pesquisas deixamos como sugestões como. Arte e criatividade em Reggio
Emilia: explorando a criatividade na primeira infância; Documentação Pedagógica na abordagem
Reggio Emilia; e o próprio tema do persente estudo, pois este pode ser ainda mais explorado. 
   

5 CONCLUSÃO

Através da pesquisa bibliográfica realizada, pudemos perceber a importância da abordagem


do método Reggio Emilia. Quando pensamos na infância, nos lembramos que a educação infantil
deve favorecer a criança em sua plenitude como um indivíduo com suas próprias vontades e suas
particularidades. Durante seus primeiros anos, a criança desenvolve sua singularidade e constrói
conhecimentos sobre o mundo. Por isso, a educação infantil não deve reservar-se apenas a
conteúdos que serão utilizados no futuro.
A abordagem Reggio Emilia para a educação infantil apresenta princípios que valorizam e
respeitam a infância. A possibilidade da criança ser protagonista do seu aprendizado, utilizando-se
de múltiplas linguagens para se expressar, é um incentivo que recebem para que se conheçam como
indivíduos.
A metodologia usada em Reggio Emília, nos faz compreender que a criança em seu processo
de aprendizagem, trazem seus conhecimentos do mundo para a sala de aula. Elas fazem
experimentos, discutem, levantam hipóteses e desenvolvem sua autonomia com segurança.
Essa pesquisa, nos fez refletir sobre o quanto a criança pode desenvolver seu potencial e o
quanto devemos respeitá-lo. Dessa maneira, passamos a compreender a criança como protagonista,
exercendo seus direitos, cumprindo seus deveres e desenvolvendo seu aprendizado de forma plena,
dependendo somente do estímulo que lhe é fornecido. Esse estímulo que a criança necessita, deve
reforçar o compromisso da escola e todos os envolvidos em seu aprendizado.
Finalizamos nosso estudo, destacando que Reggio Emília nos ensinou que as dificuldades e
os desafios estão aí para serem superados. A determinação de uma comunidade, arrasada e destruída
pela guerra, onde encontraram forças para se reerguer e reconstruir uma sociedade, visando uma
educação de qualidade para seus filhos, nos inspiraram a construir esse trabalho, buscando novos
formatos e novas ideias, onde esperamos que nossas crianças, possam ser vistas e valorizadas em
todas as suas capacidades e sendo protagonistas do seu próprio conhecimento.
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REFERÊNCIAS

BARBIERI, Stela. Interações: onde está a arte na infância. São Paulo: Blücher, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil> Acesso em: 10 abr. 2023.

GARDNER, H. Prefácio- Perspectivas Complementares sobre Reggio Emília. In: Edwards, C.;
GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança. Porto Alegre: ARTMED,1999.

HAWKINS, David. New York Times; Malaguzzi, L. History, ideas, and basic philosophy:
An interview with Lella Gandini. In C. Edwards, L. Gandini, and G. Forman, eds. The
hundred languages of children-Advanced reflections. 2nd ed. Greenwich, CT: Ablex
Publishing Corporation, pp. 49-99, 1997.

MALAGUZZI, Loris. Histórias, ideias e filosofias básicas. In: EDWARDS, Carolyn; GANDINI,
Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança; a abordagem de Reggio Emília na
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MALAGUZZI, L. Histórias, ideias e filosofia básica. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.;
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PEREIRA, Jorgiana Ricardo. A Abordagem Educacional de Reggio Emília para a Primeira


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PINAZZA, Mônica Appezzato; FOCHI, Paulo Sérgio. Documentação Pedagógica: observar,


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https://www.revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1984723819402018184/pdf> Acesso
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RINALDI, C. O currículo emergente e o construtivismo social. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.;
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