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16 Paojetos« naTOMOS De PESQUISA BM ADMINSTEACAO projeto sera adicionados os resultados ¢ conclusdes 2 que a investigacdo per- mmitiv chegar, bem como sugestées para outras pesquisas sobre o mesmo tema Vale acrescentar que a formalizacaé trio, deve obedecer as normas prescritas pe mas Técnicas (ABNT). Algumas delas sao lembradas no ag, Projeto de Pesquisa, e outras sav rela suposigdes que temos a respeito da esséncia dos fendmenos sob investigacao, de como o conhecimento pode ser transmitido, bem como da natureza huma- na, Apresentei trés grandes métodos de pensamento e outros dai decorrentes, Finalmente, meneionei que a pesquisa cientifica tem uma fase antecedente, consubstanciada no projeto, € outra, consolidadora, revelada no rel 2 COMECO DO PROJETO DE PESQUISA Como elaborar um projeto de pesquisa? Nao hé um modelo Gnico para tal. A escolha entre as varias opcdes possiveis depende da natureza do problema, do método pelo qual se desenvolverd o trabalho, do tipo de pes- , da visio de mundo do pesquisador e de tantos outros fatores. N 1s que nao podem das diferencas, £ estruturado a partir de um modelo que, em seguida, é discriminado neste € nos capitulos seguintes. 2.1 MODELO (FOLHA DE ROSTO) SUMARIO 18 mojeTOs €RELATOROS DE FESQUSA EM ADMIMSTRACAO 23 24 atc. METODOLOGIA 35 Tratamento dos dados 38 Limtagées do método 4 CRONOGRAMA 5 BIBLIOGRAFIA ANEXOS (se foro caso) Cada um dos itens do modélo serd, a seguir, explicitado. Alguns estao mais detalhados do que outros, Nao ¢ aleatGrio. Talvez esteja nesses itens a maior parte dos equivocos dos que tém de elaborar um projeto. Logo, parece pertinente dar a esses itens atengio especial 2.2 FOLHA DE ROSTO Seguindo-se & ca rosto € a primeira do pr seguintes informacdes apresentado, o nome do orientador do pre conclusio. Titulo € "palavra, expressio ou frase que desi contetido de um documento” (ABNT, NBR 6023:2000 a idéia do que sera Importante € que o ide do que trata 0 bom lembrar que € 0 titulo que promove o primeiro contato do qualquer obra. Veja o exemplo a seguir: que € a protegio externa do projeto, a folha de ‘numerada. Dela deverio constar as © nome do autor, a quem seré to (se tiver) € 0 més e ano de sua rum pouco & ua; 00 mOHETO SE FESQUSA 19 (OS IMPACTOS DA TENTATIVADE MUDANGADE CULTURA DE UM, BANCO DE VAREJO por Sandra Regina da Rocha Pinto 7 Projoto de pesquisa epresentado ao Instituto de Administragéo e Geréncia da Ponca Universidade Catdica do Rio de Janeiro. Orientadora: Protessora ‘Sylvia Constant Vergara, Margo de 1932 No exemplo apresentado, 0 més esté com letra maitiscula porque come- ga uma indicacio; todavia, se estivesse no meio de uma frase seria escrito com mintscula. 2.3 SUMARIO Trata-se de uma indicagio que muitos confundem com indice e que aparece imediatamente antes do texto. {ndice, conforme alerta ¢ ABNT (NBR- £6027:2000), € uma “enumeragao detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomtes geogrsficos, acontecimentos, com a indicagto de sua localizagao no NBR 6034:1989). Vem 20 final do relatério, se 0 pesquisador lo. Sumario € uma enumeracdo “das principais divisdes, secoes € outras partes de um documento, na mesma ordem em que @ matéria nele se sucede” (ABNT, NBR 6027:1989), e respectivas paginas correspondentes. Vern no inicio. Veja ‘um exemplo, fornecide por Fernando Hor-Meyil Alvares: ‘ SUMARIO + O PROBLEMA 11 Introduce 12 Objetivos 49 Suponigae 4 Dolimtagac do estado 115 Ralovancia de astude 20, moyeTos eREATOROS DE PESQUSA HM AOMINISTRACKO 2 REFERENCIAL TEORICO 2.1 Tipos de aquisicgo. : : 4 2.2 Motivos que levam empresas © bancos a realizar uses © aquisigdes ... 15 2.3 Riscos e culdados om tuebes e aquiegses 20 3. METODOLOGIA 3.4 Tipo de pesquisa 4“ 32 Universo e amosira 43 33 Goleta de dados 45 34 Tratamento dos dados . 48 35 Limitagées do metodo cst 4 CRONOGRAMA oo 52 5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 53 6 BIBLIOGRAFIA sss 55 ANEO 89 ‘Questionario 24 INTRODUGAO Introdugio € uma parte do 1 do projeto - © PROBLEMA -, na qual se Ihe faz 0 marketing, Dito de outra maneira, € uma segto na aguca a curiosidade do leitor, na qual se tenta “vendershe™ 0 pr introdugio deve ser curta, proporcional ao niimero de paginas do projeto.E adequado terminar com a formulagio do problema, sob a forma de pergunta | formulacao do problema € ponto vital na construgto do projeto. Por esse motivo, abro neste texto um espago 56 para tratar dele 25. 0 PROBLEMA DE PESQUISA CIENTIFICA Ha pessoas que j4 estio com seu problema de pesquisa claramente 0. Mas nem sempre € assim. Nao € raro, por exemplo, encontrar mes- us denominagdes so um MEO 0 rROHETO DE PasNSA 21 iar conhecimento da literatura existente © a capacidade de investigacao do candidato, podendo ser baseada em trabalho experimental, projeto especial (u contribuigao técnica”, enquanto “a tese de doutorado deverd ser elaborada ‘com base em investigacao original, devendo representar trabalho de real con. A afirmagio de que da formulaio de um prdblema cientifico depende 4 consirugao de dissertagdes e teses significa que: (a) dissertacées e teses, bem como selatérios de pesquisa em geral, surgem da existéncia de problemas ificos, porque dissertacbes, teses, monografas, relat6rios de pesquisa em io as respostas a esses problemas; (b) a formulagio de problemas 10 € tarefa das mais féceis, mas estratégica Problemas formulados de maneira inadequada podem colocar por terra todo um trabalho que, em geral, consome bastante tempo-e energia de seu realizador. Como mencionado, se a definicao adequada de urn problema, por 5i 86, nfo garante o éxito de uma produglo cientifica, a definicao inadequada, ceramente, garante seu insucesso Problema € uma questio nao resolvida, s0 para o qual se vai buscar teresses praticos, a vontade de compreender liano ou outras sitwagées, “Quem saqueou 0 supermercado?" Um cientista, pro- que ponto o saque de supermercados pode estar ido aos niveis de desemprego” Quase sempie problemas apresentam relagdes entre variaveis, Um pe vavelment Veja os exemplos 2 seguir: 9 Qual a correlagao entre produtividade e iluminagao do local de trabalho? (Elton Mayo. Teoria das Relacées Humanas.) Como 0 clima organizacional afeta 0 desempenho administrati- v0? (FREDERIKSEN, N., JENSEN, O., BEATON, B. A. Organizatio- " nal climates and administrative performance. Princeton, N. | Testing Service, 1968.) © Que tipo de organizacdo deve a empresa ter para tratar com winas 2 PROJETOS E RELATORIOS DE PHSQUA EM ADMINISTRACKO ‘Veja mais esses exemph o institucionalizagdo? (CARAVANTES, Geraldo. Mudanga e avaliagao de estratégias de renovagao institucional. Porto Alegre : FDRH, 1982.) 0 ensino de administracdo no Brasil é, predominantemente, basea- do em material de ensino americano. Essa utilizagao de conbecimen- tos oriundos de outro ambiente serd adequada? (I ‘Agrico- la, Geréncia a brasileira. Sa0 Paulo » McGraw: 1989.) Como se pode explicar, cienti (HUNT, Shelby D. Modern marketing theory cttical issues in the phi- osophy of marketing science. Cincinnati, Ohio = South Western, 1991.) \dos de ex-mestrandos em Administragao: E possivel medir a eficiéncia e a eficdcia da administragdo de ma- terial? Como efetuar tal medi¢do? Que tratamento dar aos indica dores produzidos para obter pardmetros interpretativos? (Renaud Barbosa da Silva) ‘Quais as vantagens e desantagens de haver a obrigatoriedade le- {gal de realizagdo de rating em certas atividades do mercado fi nanceiro? (Antonio Felipe de Almeida Pinto) |AI6 que ponto 0 Banco Central se aproxima ou se afasta do que se caracleriza como uma organizacdo de aprendizagem? (Maria Gloria Marques 8. Mota) Até que ponto a pratica do projeto Brasil 500 Anos, da Res tbo, insere-se no conceito de organizagao bumanizada? ( Narducci) Quais as possibilidades e dificuldades da implantacao da Gestdo pela Qualidade ico de Recursos Humanos ~ Serec, da Petrobras? (Ja tho) : (Quais os fatores determinantes das politicas do meio ambiente tm- plantadas no Brasil, no século XIX, pel gina Clara SimBes Lopes) (Qual a correlagdo entre a atuagao das trading companies japo- ‘nesas — Sogo Shosha, e 0 sucesso do Japao no periodo que suce- deu a Segunda Guerra Mundial? (Ubyrajara Brasil dal Bello) Quais as formas das relagdes entre organizagdes do terceiro se- tor, as pertencentes ao Estado e as do mercado, na busca de solu: (¢a0 pare problemas sociais? (Elvira Cravinel Ferreira Ventura ‘maga 0 PROpTO De ESQUSA 23 a para o seguinte problema: "Como fazer para que Caim se fica € impossi- vel, claro esta que o problema nao é cie Como nos ensinou Kerlinger (1980), 0 problema deve ser formula- do sob a forma de pergunta. Logo se percebert como esse recurso vai clarfcar ~e, natualmente, pars o leitor = 0 que, de fato, 0 pesquisidor quer saber. AS vezes, corre-se 0 risco de, em um primeiro momento, confundir tema com proble- a formulagao deste sob a forma de pergunta ajuda a distin- ym do outro. Adiante cuidarei dessa disingo. rma clara € coneisa lavras a © pesquisadar € o leit. sti que se encontre 0 equiltorio desejado. 4.0 problema deve ser definido de tal forma que a solugio seja lionatirio engendra crimes cuja solugta seja on até impossivel para a 1m cientis- tarcompetente, ao contrario, formula problemas cuja solugio seja possivel para ele e para outras pessoas, mais cedo ou mais tarde. Contudo, hi problemas que merecem ser descartados caso nao seja possivel obter os dados de que se necessita, ou caso nao se domine a pertinente que vocé se pergunte: tenho como encontrar solugde? Nesse ponto, voce perceberi, com nitidez, a relacto entre problema a investigar e metodologia de investigacao © problema deve ser colocado dentro de um tamanho que contsi- bua par {dade da solugao. Dito de outa maneira, € preciso selecionar varidveis, definir a perspectiva temporal-es- pacial € outros elementos com os quais se possa lidar, colocando 4 tarefa, portanto, em proporgbes acessives, Listadas as regras, vale a pena lembrar que ha diferenga entre problema varios problemas. Tem, port problema. Veja esses exemplos: a Tema Camo a dimensio simbihicn nermeia ae ralackos de teakalhn ma Métodn zngennanae 24 FROJEIOS E RELATORIOS DE PSQUISA EN ADSINITRACKO 9 Tema: Marketing de Servigo Problemas: 4a. Ha congruéncia entre as expectativas e as percepgdes dos usué- ris do Sorvico de Cardiologia do Hospital Miguel Couto quant’ @ (qualidade dos Servicos prestades? Se hai congruéncia, 0 que a ex- Dlica? Se nao bd, 0 que explica a auséncia? b. No dmbito da prestagdo de servigas de informética e telecomseni- cacées por parte do Serco de Recursos da Informacao ~ Serinf da Petrobris, existe dferenca entre os fatores que levam o cliente «classficar 0 encontro de servigo como satsfatrio ou insatisfa trio © 05 fatores que 0 prestador julga que levam o cliente a tal satisfaca0? Gorge Manoel Teixeira Cameiro) 9 Tema; Ensino de Administracao Piiblica Problemas: tragdo publica, existentes ivamente a demanda do atendem quantiiativa e qi mercado? . Qual a relagdo da formagao em administracdo piiblica ¢ eficacia na pritica gerencial dos gerentes da Petrobrds? \ a Tema: Acidentes de trabalbo Problernas: @. Como reduszir 0 indice de acidentes de trabalbo na construgao civil? b. Em que ramo da indiistria ba a ocorréncia do maior indice de acidentes de trabalho? A que se pode atribuir tal indice? ‘Qual a influéncia dos programas de qualidade total na redugao dos acidentes de trabalho? fo Tema Franchising 10 tem-se comportado em relacdo a es wasdleive so tom mostende ateremte fin MELO 00 MMOH BE ESQUSA 25 6. Quais as vantagens e as desvantagens do franchising para uma pequena indisiria de roupa feminina? o Tema: Autonomia universitaria Problemas: 4. Quais agées universitérias podem indicar autonomia das univer- sidades em relagdo ao Estado? b. Qual o grau de autonomia das universidades federais brasileras? €. Como avaliar 0 grau de autonomia das universidades? 4. A autonomia das unidades da universidade em relacdo a toda a tuniversidade depende da autonomia da universidade em relasao 40 Estado? Se depende ou ndo, em que medida isso se dd? . Universidades fundacionais tém mais ois tém menos autonomia que universidades autdérquicas? f. Universidades federais tém mais ou tém menos autonomia que as estaduais? 2.6 OBJETIVO FINAL E OBJETIVOS INTERMEDIARIOS € uma questio a investigar, objetivo € um res se alcancado, dé sesposta 20 plos fornecidos por José Luis Fe Souza Carvalho Junior, respect 9 Problema Como compreender 0 fendmeno organizacional da administracao da comunicagdo interativa nos encontros de servicos por meio da metéfora de um espetdculo teatral? Objetivo final Desenvolver uma referéncia para observagdo e tratamento da aadminktragdo de serizos, a parir da abertura do didlogo entre arte cOnicas ‘marketing de servis 26 pROJETOS €RELATOMOS OF PESQLSA EM ADMENASTRAGAO - examinar principios ¢ técnicas teatrais passiveis de aplicazdo ao pro- blema; — ampliar os fundamentos de conjungao entre teatro e servicos a Problema: Alguns autores tém afirmado que a producdo cientifica brasileira em organtzagies esid fortemente calcada em referencial esttangeiro, sobretudo no de origem americana. Quais as possiveis consequéncias desse fato para a ad- minisiragao no Brasil? Objetivo final: Apresentar a consolidagdo de reflexes sobre as possiveis conseqiléncias, (para a administragao no Brasil, das referénctas utilizadas por nossos autores. Objetivas intermedi = levantar as nacionalidades das referéncias utilizadas por autores brasileiras de andlise organizacional; — levantar as principais razbes que levam esses autores @ ulilizagao do tipa de referencial indicado e, dessa forma, exxplicar tal uso. 2.7 QUESTOES A SEREM RESPONDIDAS Sto algumas questOes que se levantam € que deverdo ser respondidas estudo. As questées funcionam como um roteiro de pesquisa. Podem subs- a formulagio de objetivos intermedidrios. Veja os exemplos fornecidos avid Ricardo Moreira Ramos € Lauro AntOnio Lacerda d'Avila, respecti- a. Problema Quais as possibilidades e as i que? itagdes de universidades corporativas? Por Questoes a serem respondidas: ~ Que € uma universidade corporativa? ~ Que coniibuicoes sao esperadas de uma unwersidade corpora. cero oman cereus 27 a Problema Na época em que amas viendo, em que bd tana redugdo nos pos tos de abla, que mpordncia 6 dada 8 leaade wstcional vo Conky co que se estabelece entre os trabalhadores formalmente empregados © as empresas que 0s empregam? Questdes a serem respondidas: ~ Quais sto as evidéncias de reducdo nos postos de trabalho? ~ Que é lealdade institucional? ~ Que so e como sao levados a efeito os contratos psicolégicas? Um lembrete: se a opca0 for pela formulagao de questdes, em vex de sé formnulagdo de objetivos intermedidrios, nao se esquega de fazer como feria com estes, a correlagao das questdes com os modos ps voce conseguir’ respondé-las. Dito de outra maneira, é stil correlacionar ques- dados, Este capitulo apresentou 0 modelo sugerido para a estruturagto do projeto de pesquisa, esclareceu como deve ser a folha de rosto, procurou devear claro que ‘© so sindnimos, sugeriu que na introduga0 do projeto voce formule o problema sob a a limos pode ser subs agao de questoes a serem respondidas, 3 DO PROBLEMA AO REFERENCIAL TEORICO Neste capitulo, slo apresentados os conceitos referentes a hipéteses, suposites limitaglo do estudo, relevancia do estudo e definicao dos ter- -omo exemplos pertinentes. Esses itens ence ‘Também € discutido 0 conceito de seferencial tedrico ¢ sua funcionalidade, bem como sio apresentadas algumas dicas para sua elaboragio. 3.1 HIPOTESES OU SUPOSICOES Hipoteses, ou suposigbes, so a antecipagio da resposta ao problema., Se este ¢ formulado sob a forma de pergunta, a hipdtese, ou a suposigie 0 sdo sob a forma de afirmacio. A investigagao 6 realizada de modo que se possa cconfirmar ou, 20 contritio, refutar a hipétese, ov! a suposicao. Em geral, o termo hipétese esté associ positivista ou neopositivista; nessa de relagdes, via procedimentos estat tutiva © operacional. Uma hip6tese constitutiva defi ppalavras, como nos diciondrios. A operacional especifica operagdes necessirias para medir ou manipular um conceito (ou constructo). Hipéteses estatisticas sio formuladas em formas nula (H,) ¢ alternativa (H,, H, etc). Por exemplo: lo a investigagdes mais na linha implica testagem, quase sempre palavras com outras H,~ Nao ha relagao signi ‘parte do adolescente. H,— Ha relagao significativa entre marca e desejo de compra por parte do adolescente ‘entre marca e desejo de compra por __cesso ou fracasso de-um novo produto, pela possi PORROGLENA AORERENCAL TRON 29 Para trabalhar com hipéteses € testes, é indispensével 0 conhecimento de estatistica. Atwalmente, esse trabalho esta bastante faciltado pela quantida- de de softwares colocada & disposicao do pesquisador. Suposigdes estio mais associadas a pesquisas chamadas qualitativas. icam testagem; apen: mecanismos nao 05. Veja 0 exemplo Chimenti e de Claudia Marquesi Prata: 9 Problema: De que forma a teoria do caos pode ajudar a explicar 0 sucesso ou 0 insucesso da estratégia de langamento de um produto? Suposigto: A teorta do caos pode atwar de forma significativa para explicar 0 su- lade que cria de um mo- delo mais aberto, que introduza 0 conceito de imprevisibilidade nas estratégias de marketing para lancamentos de produtos. 9 Problema: Que medidas poderao ser adotadas pelo Banco Central do Brasil no atendimento a seu priblico externo, no sentido de proporcionar-the satisfacao? Suposigao: Embora, como nos alerta Albrecht (1992), seja perigoso levantar supo- sigées quando se trata de conhecer 0 cliente, presumimos que as medidas a seguir relacionadas poderdo estar incluidas enire aquelas que nossa pesquisa uificar: ‘melhoria das instalagées dos setores de atendimento, melhor equacionamento dos sistemas tecnolégicos de apoio a es- ses setores; + maior énfase no ireinamento do pessoal de contato direto com 0 publica; © adogdo de atividades anti-stress para esses funciondrios; \ * aumento do niimero de funciondrios, diminuindo 0 tempo de es- pera do piiblico; © implantagao de um sistema de tumnos para o atendimento que, 30 PROTOS HEATORIOS DE FESQUSA BH ADMENSTEACAO E esperado, e mesmo desejado, que a pesquisa traga-nos algumas sur- presas, acrescentando muitos itens a essa lista, ou subtraindo alguns. 3.2, DELIMITACAO DO ESTUDO Delimitaga0 do estudo refere-se & estudo. E 0 momento em que se expl estudo e 0 que fica fora. Jé que a tum lado, e hist6rica, por outro, cuida-se apenas de parte dessa 1 itagdo nao pode ser confundida com a definigio d amostra de pesquisa. Delimitagio trata de fi 08 ponios que serio abordados, periodo de tempo objeto da investigacio, como, por exemplo, séries cas, perfodos de mudanca planejada e outros. Veja os exemplos a seguir, para (0s quais contribuiram Rosingela Vianna Alves da Silva e Hélio Arthur Reis Irigaray: a. Problema: Até que ponto a complexa teia da conjuntura nacional desencadeou as mudangas no padrao organizacional da Fundagdo Getulio Vargas (FGV) durante 0 periodo 1990-1998 e quais os impactas dessas mudangas no padrao organizacional da Escola Brasileira de Administracdo Publica (EBAP)? Delimitagao do estudo: 0 estudo, ora em projeto, pretende abordar, a luz da teoria dos siste- ~ mas dindmicos (CAPRA, 1996), 0 processo de mudanca organizacional ocor: rido na FGY no periodo 1990-1998. Para tanto, fixar-se-4 atengao no esiabe- Tecimento da configuracdo que determina as caracteristicas essenciais do siste- ma, antes e depois da reestruturagdo, bem como nas relacGes processuais da mudanga, A estrutura, embora apresentando cardter secundario no estudo, também serd necessariamente foco, uma vez que pode ser entendiida como a incorporagao fisica do padrao do sistema. CO estudo ficard restrito as relacdes existentes em toda a FGV e, mais es- ‘pecificamente, as relacées internas da Ebap, que formam um subsistema de dinamica pripria que, no entanto, dependem das interacdes com 0 sistema maior, a BGY Nao sero objeto de estido os processos de reestuturardo ocor DOPROSUA AO REMINCALTHORICD 31 No que concere ao periodo escolbido, a deli tives tag deve-se a dois mo- 1990 fot 0 ano no qual se desencadeou o processo de reestrutura- (a0 da FCY, ‘= 1998 € 0 temporlimite para que se possam acessar dados ¢ con- cluir 0 estudo no tempo previsto a Problema: Quais as similaridades entre a mitologia afro-brasileira e a vida das ar- ganizacées? Delimitagao do estudo: Muito dificiimente um projeto se constitud como um corpo tdeal que en- aloba tados os aspectose facetas abrangentes da andlise de determinado tema No detirio do processo crativo exteriorizamnos intimeras pretensées, muttas ve- 2es desconsiderando as enormes difculdades a serem enfrentadas, entre elas @ ita contra palauras que levam & redundancia e ao esvaziamento [Neste trabalho, a maior dificuldade a ser enfrentada é a delimitagao na abordagem de uma cultura 120 vasta ¢ rica como a afro-brasileira. E preciso Selecionar aqueles ortxds que, compondo o amplo pantedo mitoligico africa- no, mais adequadamente instrumentalizam a analogia a ser fetta e, principal- mente, a articulagao de todos esses elementos. nire as dezenas de nagdes africanas que foram trazidas para o Brasil estudo tomard como base de andlise a cullura Nagi/Yorubd, por ser a mais ddesenvolvida tecnologicamente ¢ a que mais influenciow a cultura brasileira 0s Nagés refletem em sua manifesta a grandeza do Reino dle Oy8, que, sob a regencia do Principe Alafin, se tornou uma poténcia de 877.000 quilémetras quadrados, com 3 milbdes de babitantes. Os Yorubds a0 @ tecnologia de construgao de altos fornos, ferro fundido e utilizagdo de bronze. A mitologia deles é composta por um pantedo de deuses principais e intermediarios, os orixds. A analogia entre a estrutura dos terreiros de candomblé e as empresas privilegiqra questées relativas as relagées de poder. 1e da delimitacio do estudo possa ser raduzido pelo tus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein? pensar de modo aigam em ope abn 32 rROJETOSEARLATOMDOS De FESQUISA Bi ADMONSTEAGAO 3.3 RELEVANCIA DO ESTUDO- Relevancia do estudo € a resposta que 0 autor do projeto dé a seguinte indagag20 do leitor: em que 0 estudo € importante para a 4rea na qual voce esté atuando, ou para a rea na qual busca formagao académica, ou para a ras, nessa secio 0 autor justifica, seu -s de ordem pritica ou a0 & Amouzou € Jo20 Luiz Gondi , apoatando- “ome 0 fizeram Kol ra, Veja ©. Problema: Como solucionar os principats estrangulamentos do sistema de transpor- te urbano das grandes cidades da Africa Ocidental? Relevancia do estudo: Os governos da Africa e, particularmente aqueles da Ajrica Oct enjrentam atualmente 0 desafio de se desenvolver e buscar niveis de qualida- de de vida similares aos dos patses economicamente avangados. Todavia, esse desenvolvimento deve incluir, necessariamente, um adequado sistema de trans- ‘porte urbano que permita as populagdes das cidades exercer, facilmente, em tempo normal e sem risco, suas atividades cotidianas de trabalbo, educacao e lazer. 0 tempo & um elemento ativo do processo de desenvolvimento. Em mut- tas cidades da Africa, e sobretudo da Africa Ocidental, as pessoas perdem mui- 10 tempo para chegar ao trabalho, para ir ‘enfim, para poder exercer lanas. Essa perda de tempo é, em grande parte, devida a falta de um sistema de transporte adequado ¢ coerente com 0 crescimento da populagdo e ao surgimento de atividades modernas que sdo levadas a efeito em dreas bem afastadas da casa do cidadao ¢ que Ibe ext gem um sistema de deslocamento rapido. Muitas vezes ocorre que, para resolver esse problema de trdnsito inte- rurbano das grandes cidades, os administradores puiblicos sao obrigados a 1o- mar decisbes de maneira rapida, sem qualquer pesquisa especifica no domi- nio que lbes permita analisar as causas profundas do problema. E, entéo, ocorrem consegiiéncias graves para a sociedade, tais como: conflitos entre os motoristas e os usudrios de transporte entre motoristas e pedestres, po- cia moradores. Esses conflitos sociais devem-se ao aumento do preco dos jos meios de transporte coletives em as pessoas, | | | | | DOPROOLSA NOREEN: TEERICO 33 sa populagao a pé & exposta & pocira das rias, d polutedo do ar, & ‘nsolagao, e perde sua energia andando, em vez de ust-la para o trabalho Iso proveca eftos sobre a economia global do pats, tats como. batca de ren- da do trabalhador, redupio do rendimento do estudante reducao de tempo de lazer, que sdo alguns dos fatores importantes no processo de desemwoluimen. to de um pate. As pessoas possuidoras de meios proprios de deslocamento, Ou 12s que ulilizam 06 meio coleives, perdem seu tempo de trabalho ou de lazer enquanto estdo no engarrafamento do tkansito interurbano provocado pelo aumento do niimero de veiculos ¢ motos em circulagao e pla falta de infra. estrutura rodovidnia adequada, Por tudo 1880, um estudo que dé tratamento especial & questdo de! um sistema racional ¢ adequado de transporte urbano, coerente com a moder! ‘agdo dos pases da Africa Ocidental, certamente contribu para um desen- dolvimento durdvel e para melbor qualidade de vida furara dos babitaries, st milar 2 dos paises economicamente desenvolvids. 9 Problema: Quais sdo os fatores considerados motivacionais pela Geragao Baby Boomers e pela Geragao X, de funciondrios do Banco Central do Brasil (Ba- cen)? Relevancia do estudo: Admitido 0 poder da motivagai 10 desempenbo profissional dos fun: ciondrios de qualquer empresa, insirumentos para provocar tal moti- vagdo passa a ser um dos principais objetivos perseguidos por seus gestores. No entanto, para buscar, é preciso primeiro saber 0 que buscar. No que diz res- _peito ao objeto do presente estudo, identificar os fatores motivactonais que pos- sam impulsionar os funciondrios do Bacen no desempenho de suas tarofas € primordial para sua gestio. Além de poder auxitiar no curto prazo a formulacao de polticas de re- cursos bumanos do Banco, o estudo, por langar um olhar prospectivo a ques- tao, poderd também auxiliar a médio prazo. Convém lembrar que, dentro em breve, a Geracao X compord, de forma majoritaria, a forca de trabalho do Bacen. Segundo 0 Departamento de Planejamento do Banco Central do Brasil Depla, até 0 ano 2010 0 quadro de pessoal da autarquia serd, praticamente, compegto por funciondrios que ingressaram em 1990, ou seja, a Geragdo X. Subsidiariamente, 0 resultado desse estudo poderd também contribuir ara avalar possiveis mudangas na cultura organizacional. iadade que deve, cada 34 ppojeroseLATONOS De PESQUISA BM ADMIITEAGAD Alem da possibilidade de aplicagdes praticas para a gestao do Bacen & da coniribuicio aos anseios da sociedade brasileira, a pesquisa proposta pode- ra agregar descobertas aos estudos organtzactonais, @ medida que confronta- 1d as diversas teorias sobre motivacao, Geragao Baby Boomers e Geragao X, com os dados obtidos no Bacen. 3.4 DEFINICAO DOS TERMOS Definigto dos termos refere-se a uma pequena lista de termos-chaves do estudo, com suas definigdes, como se faz em dicionarios. Considerando-se que um mesmo termo pode ter significados diferentes para diferentes pessoas (or do projeto deve alertar 0 leitor para como determinado tendido em seu texto, Veja os exemplos fornecidos por Hum: ins e por Liesel Mack Filgueiras: lo do projeto: A relagao flexi cias recentes de flexi idade ¢ modelo de gestdo: uma andlise de experién: izagdo na administragdo publica brasileira Definigo de termos: Flexbilidade — ampliagdo da autonomia gerencial, capacidade de au- todefinicao de regras de gestao. Modelo de gestdo ~ conjunto de waridveis, tais como: estrutura, padrdo de lideranga, padrao de comunicasao, padrao de comprometimento, conc goes de planejamento e de controle, que definem a forma como uma organt- Zacdo 6 esinuturada e gertda Inbamento do modelo de gestdo - congruéncia entre o grau de com plexidade de comexto organizacional e 0 grau de flxibilidade do modéio de a 12 Titulo do projeto: Promogao e propaganda na Igreja Universal do Reino de Deus. Definigéo de termos: Lado nesse trabalho como “su- Propaganda — 0 termo propaganda é a ér ipulacao de simbolos e da psi ‘éncia por meio da DopROsiEMAAORERRNCUL EONS 35 da felicidade, esperando em seguida (no desespero, diria um moralista) que a {felicidade ali venba pousar se. Esta seria a mentalidade de consumo privada ¢ coletiva, governada pelo pensamento magico, ou sea, a crenga na onipotén- cia dos signos". O consumo na lurd ndo poderia encaixarse melhor nessa definigdo. A urd parece vender milagres, vender a cura de doencas, vender a ascensdo ‘econdmica, ou seja, parece vender a felicidade completa e absoluta - Deus é dono de todas as coisas, esta em tudo e pode satisfazer a todas as necessidades fe desejos. Os iéis devem apenas pagar, quanto mais, mais verdadeira a fé, mais ficiente o milagre. A Iurd tlustra literalmente a definigao de Baudrillard. Uma observagio: se @ lista de termos for extensa, ou pode ser transformada em glossirio e colocada apés as referencias bibliograficas. 3.5 REFERENCIAL TEORICO Denomins-se referencia teérco 0 capitulo, do projeto que tem por objetivo apresemtar os estudos sobre 0 tema, oU especificamente sobre 0 ie ienlades por outros autores. Faz, portato, uma revisio da sesaue concemne nao s6 20 acervo de teoras e a suas * sltabathos rellzados que as tomam como referencia ce am, autor do projeto 6 letor ~ cada Um em seu tempo ~ ‘mam reciente do que jd existe sobre 0 assunto, OU sei, sobre 0 estado da ame, oferecendo cont la suas preocupagoes e prefe- ‘ leitor as lacunas que percebe na bibliografia consulta: cias que com ela tem ou os pontos que considera que \dos. Lacunas percebidas, discordincias existentes ov ‘permitem novas propostas, reconstrugdes, dao vida 20 0 referencial tedrico tem também outras fungdes. Por exemplo: a) permite que o autor tenha m: reza na formulagao do pro- blema de pesquisa; jormulagao de hipoteses € de 36 PROJETOS ERELATORIOS D PISQUIS EA ADMIMSTRAGAO © 62 sua luz que, durante o desenvolvimento do projeto, sto inter- pretados os dados que foram coletados e tratados (Os insumos para a construgio do referencial podem ser obtidos: a) na midia eletrOnica; b) em livros, periddicos, teses, dissertagoes, € outros materiais escritos; ©) com outras pessoas, rios de pesquisa £ relevante ler os autores cldssicos do campo no qual se insere 0 problema. Também a bibliografia recente, digamos, dos wltimos cinco anos. £ sibio procurar fontes primérias e evitar tradugdes, sempre que possivel. Fon- ria €, como 0 nome diz, a primeira fonte, aquela que pode desenca- I fazer 0 levantamento do acervo sobre 0 assunto, disponivel na nica e nas bibliotecas. Selecionar as obras que, a prions, parecem pertinentes, Ler 0 sumério ou o resumo dessas obras para abandonar as que ‘a0 agregario valor a solugio do problema, Ler também a bibliografia, as notas de rodapé e as notas € comentarios que podem oferecer indicagoes de ' obras, Igualmente, ler-hes 0 indice ou 0 abstract e selecioné-las. Fazer 1a exploratéria das obras que restaram. Abandonar mais algumas, se for 0 ‘Ler com profundidade as obras que jf sofreram as filtragens anteriores. Fazer anotagoes, referenciando nome ¢ sobrenome do autor, nome a abra, local, editora, ano da publicagio, nimero da pigina de que foi transcrita a informaglo, ou enderego € data se 0 trabalho foi obtido na Internet.Se a anotagio € 2 transcrigto de algum techo da obra, colocé-la entre aspas, para mais tarde lembrar que aquelas palavras foram ditas por outra pessoa que no Vocé. Também € importante, importantissimo, registiar conclusdes pessoas. Entrevistas com especialistas, professores e outros profissionais da rea, ‘ou nao, bem como com colegas e amigos com interesses comuns, podem ser de extrema valia na construgao do referencial tebrico. Pessoas familiaizadas com 0 tema podem aprofundar as discussdes, polemizar, Pessoas no familia- fizadas podem fazer as chamadas “perguntas inocentes", nao raro provocado- ras de reflexio. Na construgo do referencial tedrico, € interessante levantar 0 que jf DORROBLEA AOREFRENGALTEORICO 37 ‘ou nao discutidos, bem como conclusdes com as quais vocé concorda ou discorda, devem ser mencionadas & inte dialogar (por ‘escrito, & claro) com os autores apresentados. A argumentacao direcionada para o problema deve ser construida com profundidade, coeréncia, clareza elegancia (© uso parcimonioso de metaforas, de de poesias para ilustrar determinada idéia € interessante. Elas tém 0 mérito de q\ pouco a aridez da linguagem cientifica e de tomar mais facilmente int pontos que queremos destacar. Weick (1995), por exemplo, 20 discutir a ‘questio do sensemaking nas organizagdes, cita poemas de Pablo Neruda, Quanto aos adjetivos, esqueca-os de modo geral. Em vez de escrever, por exemplo, “Como diria o grande Weber..”, escreva apenas: "Como diria Weber..." JA que estamos falando de redacao, ‘meira pégina de seu projeto €, po seu relat6rio, evite pari- ‘grafos-jumbo, aqueles que, quando 0 lavea,j4 se esqueceu do que se trata, tdo grande ele €, Voce me diré que jé leu Bourdieu & Passe- ron € que eles, como outros autores, fazem pardgrafos de inais de uma pigi- na, £ verdade. Mas ler autores como esses sto deuses do Olimpo, formuladores de grandes teorias. Concessdes estéticas tém de Ihes ser feitas. Mas nos... NOs somos vis mortais. Temos de conquistar nossos leitores por rmuitas vias. le aqui outra dica. Desde a pri- Voltemos ao referencial teérico. © capitulo deve ser dividido em se- es, cada uma com seu titulo, No sumiério deste livro, vocé tem um exemplo. Na abertura capitular, os titulos devem vir em destaque no alto da pagina, 6, em caixa-alta (letras maitisculas), normaimente, em negrito. Nao € est agrifar as palavras de um titulo, nem colocar-lhe um ponto 20 final. Nos subti- tulos, dé um destaque diferente. Por exemplo: use letra maitiscula apenas na primeira letra da primeira palavra, ou nas letras iniciais de todas as palavras Mantenha o negrito, Use sua criatividade de modo a ajudar o leitor. Ao utilizar némeros para destacar subtitulos, lembre-se do que informa ABNT (NBR 6024:1989): sto empregados algarismos ardbicos seguidos do titulo ou do subtitulo Veja 0 exemplo de Joaquim Rubens Fontes Filho: 1 Fundos de pensao Li Fundos de pensdo como mnvestidores instituctonass 1.2 Bruiuras de propriedude, esivatégus e préticas de gestdo Na redagio, no abuse de trans ao de diretas, ou sea, 38 ryeros# REATORIOS OF PESQUSA EM RDMINSTRAGAD Citagao menglo de uma informagao colhida em outro autor. Pode fraseada ou transcrita, Seja parcimonioso com transcrigdes, para val ‘Também nao faca citagdes para apoiar uma idéia, se nao tiver certeza de raciocinio ou idealdgica do autor. Igualmente, nao cite uma fonte de se- Se a transcrigao tiver até senté-la dentro do proprio pardgrafo, aspas. Caso a transcriglo comece com finais coloca-se ponto; caso comece com mai ‘véem depois do ponto. Se a transcrigao tive: linha, mude © espago (por exemplo, de 2 para recuo de 4 cm da margem esquerda, em letra menor que a do texto ¢ sem aspas (ABNT, NBR 10520:2001) Observe que, 20 fazer a transcrigao, voce deve informar 4 seu leitor ndmero da pagina da obra de onde o trecho foi . Veja 0 exemplo de (a) Mi Chateaubriand Baracho Ferreirinha Amador todos diferentes entre si: 10 Iamamoto, a) Para Durbam (1988, p. 113), “cabe ao MEC promover'de todas as “formas as experiéncias de auto-avaliagao, colocando a disposi¢ao idas instituigbes recursos e subsidios para que realtzem esta taref 1b) "S6 uma teoria revoluciondria cria uma agao revoluciondria’, afirma Lenin, mencionado por Pereira (1988, p. 81). ©) Além disso, a forte identidade dos japoneses com a comunidade ‘ou com 0 gripo @ que pertencem vem produzindo, historica ¢ ‘antropologicamente, 0 coletivismo, deixando a independéncia.do individuo para segundo plano. Okada (1993, p. 22) analisa este ponto. } ‘Se eventos obrigam 0s japoneses a sairem pelo mundo afora, eles ‘carvegam consigo status @ obrigacdes como membro da comuni- dade ¢ os mantém permanentemente, Durante a vida inteira, 0 destino de um individuo esta atrelado ao da prépria comunidade. Caso voc suprima alguma parte da transcricto, ponha colchete, ponti- rihos € colchete. Assim: “As incertezas |_| sa0 vistas pela administragdo como risco de negdcio (SPIRO. 1991, p. 118) © texto supnmide e que tormun os Doproatsne Ao REFERENCIALTEORICO 39 Se vocé lew um xto ver um trecho, queita f vel que nem todos os seus trabalho seja lido pelo Ja saidas. Vocé pode, por exemplo, € depois, ou antes, parafrased-la yer words, thoughts, cause-effect, sponse, and suject imply deserptions of moment in a process” (WEICK, 1995, p. 33). Como se pode depreender, Weick alerta-nos para que vejamcs Pensa- onto ¢ relagées de causa ¢ efeto, estimulo e resposta, suet e objeto como momentos de tim processo, ndo como resultados. Outta possibilidade para lidar com a questo de textos em lingua que nto a nossa € escrever a traducio na nota de rodapé, informando que @ tradugao € soa, Por exemplo: ingua estrangeira, € natural que, a0 transcre- lingua. Esté correto. No entanto, € posst= lingua. Se voc® quer que seu “In otber words, thoughts, cause-effect, stimulus-response, and suject-object are simply descriptions of moment in a process” (WEICK, 1995, p. 33) No rodapé 1. Bm auras palaras,pensamenios, caso, esimul-reposta sujet oto so sm plesmente desis de ar momonto an ure proces. (Tradugao lore do autor deste pro) re ser melhor nao tanscrever 0 trecho na faga uma nota de rodapé de que a tradugio é sua. Se a mengio nao crigto, devem aparecer 0 sobrenome do autor e © ano da obra cemplo: (MORIN, 1977). Se for transcrigao, a esses dados deve ser acrescentado 0 nimero da pagina de onde se retirou 0 trecho. Por exemplo: (MORIN, 1977, p. 48). Observe que a abreviatura da palavra pagina € p. Veja o exemplo retirado da ABNT (NBR 10520:2001). \ A produgéo de (omuntBorD, 1949, comeca em Searles Lake, California, em 1928 lores, coloque-thes 0 sobrenome em orraraim lomenmonte Guermeim Ramos (98D) Horkheimer (1 1) Radmsizey (1970) € varies 40 PROTOS ERELATOROS DE PESQUISA EH ADMINSTEAGAD ‘© nome do autor, 0 ano da obra e a pigina podem vir escritos no texto como nos exemplos fornecidos. Mas pode ses usado também um sistema numérico. AS citagdes sto sequer inte numeradas. Os numeros devem vir entre parénteses, entre colchetes, alinhados a0 texto ou um pouco acima. Por exemplo: ‘Uma tese estuda tum objeto por meio de determinados instrumentos.”* Na referéncia bibliografica, a fonte € explicitada com a numeracio correspondente, Assim: 2. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Sao Paulo: Perspectiva, 1988. Se voce tiver optado pelo sistema autor-data, use-o todo 0 tempo; se escolheu o sistema numérico, use-o também o tempo todo. Nao os misture. ‘Um detalhe: se vocé citar dois ou mais autores com 0 mesmo sobreno- me, acrescente a inicial de seu prenome. Dessa forma: Motta, P. (1989) Motta, F. (1992) Se um autor tiver duas obras no mesmo ano, acrescente letras mindscu- las. Assim: Giuliano (1996a), Giuliano (1996b). No que conceme ao uso de abreviaturas, seja também parcimonioso. Flas devem ser evitadas, a no ser que ja sejam consagradas, como: N.T. (not do tradutor), op. cit. (obra citada) e outras. Quanto 20 uso de siglas, alguns cuidados devem ser observadgs. Por exemplo: na primeira vez que vocé citar uma organizagao, escreva seu nome ‘extenso, 20 final coloque um traco €, depois, a sigla, Assim: Fundacio io Vargas (FGV). No restante do texto, basta que voce escreva a sigla: Gi FGV. H4 0 caso também de abreviaturas do nome de uma organizacio, que formam palavras. Nesse caso, elas so escritas com inicial maidscula. Exem- plos: Petrobras, Embratel, Telebras. do referencial teéric refer vocé queira colocar cto de faz Doron AcKENERENCAL EON 41 Aktouf! entende por administracdo tradicional aquela cujas ba- ses conceituats se revelam como a doutrina desencadeada nos USA do pos-querra, da qual estao impregnadas empresas e pessoas. 1 Veja-se A admintstragdo entre a tradicao e a renovagio, publicado pela Alas omar Abioufé professor, pesqusadore consutor do Canada, Se, no rodapé, voce esté mencionando uma obra pela primeira vez, ponha a referéncia bibliografica completa, Nas citagdes subseqientes da mes- ma obra, vocé pode usar as expressdes tbidem (na mesma obra), ou idem ou id, (igual @ anterion), opus citatum ou op. cit. (obra citada). Uma ressalva, porém: nao podem aparecer obras diferentes do mesmo autor, intercaladas com aquela primeira mencionada. Se aparecer, vocé tem de recomegar com a referéncia, Por exemplo: a 1 HAWKING, Stapben W. Uma breve bistéria do tempo. Rio de ‘Janeiro: Rocco, 1988, 2 Ibidem 3. HAWKING, Stephen W. Buracos negros, universos-bebés. Rio de Janeiro, Rocco, 1995 4. HAWKING, Stepben W. Uma breve historia 6 tempo. Op. cit Se voce fizer uso de ilustragdes, como tabelas imbolos, alguns cuidados devem ser observados. Eles devem préximo possivel da parte do texto na qual sao citados e devem te cao ardbica sequencial. A numeracao de todavia, é uma; a de figura, Outra. Figuras, conforme a ABNT (NBR 10719/1989), sao imagens vis como mapas, Fotografias, desenhos, esquemas, diagramas. Tabelas com ram palavras € , segue-se 0 titulo da ilustragio. Veja 1s fornecidos por Joto Paulo Vieira Tinoco e por Frederico Anto- 42 morose RELATENIOS DE PESQUISA 84 ADNARESTEAGAO »\ =ta\ 3 | === — Figura 1 Os seis passos do processo politico. ~resses pessons ‘atogtes poproauma sonsmenmcatTeonco 43 ‘Tabela 3. Disiribuigdo regional das chegadas turisticas em 1997. ante) S| aR [americas 198 58 27 Stontractes Onlente Medio 148 43, 48 Asia Meridional 46 56 48 [ns sass a] Fonte: MT = Touro Fighights, 1997. possivel que uma tabela inteira no caiba em uma pagina. Nesse caso, continue na pagina seguinte, porém hi um detalhe a cumprir: n20 ponha {qualquer trago horizontal no local em que a tabela for ida; escreva @ Sttavra continua. Na pagina seguinte, coloque a palavra continuagZo, re ftulo € continue a tabela ‘Uma dica: nao escreva “nat ima (ou abaixo)" se nao tiver certe- tabela (ou tal figura) pode confusdes, mencione o nimero da im: “Conforme pode ser visualizado na Tabela 3..." -me Ao texto tabela (ou 2 figura), escrevo com inicial nao estar acima (ou abaixo) tabela ou da figur Repare que, 20 refé maidscula, Se a tabela ou a figura for de outro autor que nao voc®, escreva abaixo a palavea Fonte e faca a referencia. que voce faga uso de alineas no texto. O trecho que as dois-pontos; elas devem ser ordenadas por letras 1a deve comecar com letra mi: -virgul feita a wltima, que ganha um tes da alinea devem comecar sob a primeira 44 moyerose LATOR DE FESQUEA EM ADUNSTIAGIO b) estabelecer um plano estratégico abrangendo a década de 90, contendo as linbas de ago necessérias a concretizagao do objett- 0 anterior, ©) sintetizar o pensamento do corpo dirigente, técnico @ representa- tivo dos empregados, relativo a situagao da ECT no ano 2000; 4d) levar ao conhecimento de todos 0s empregados 0 papel ea mis ‘do pretendidos para a ECT-ano 2000. No que diz respeito & redagio em geral, vale a pena dar-he algumas dicas. Por exemplo: 4) ao escrever alguma palavra estrangeira, faca-o em itlico, caso esteja usando letra normal, ou use negrito, ou sublinhe. Nao utili- ze aspas. Reserve-as_para a transcrigao de citagdes; b) nlimeros cardinais até nove devem vir escritos por extenso; a partir daf, em algarismos; © jamais comece uma frase com némeros, a nao ser que sejam esctitos por extenso; ) mimeros na ordem de milhar que se refiram a unidades devem vir separados por pontos. Exemplo: RS 7.000,00; 5.000 candida- tos; 1.000 kg. No entanto, quando esse niimero indicar ano, nao se usa 0 ponto. Exemplo: 19975 ©) quando quiser indicar século, use algarismos romanos. Por exem: plo: Bstamos no século XXi 1D escreva com minisculas nomes derivados. Exemplos: 4 premissa weberiana.... ndo sao poueas as criticas ao keynesianismo; discu- 1e-se, entdo, a geometria euclidiana, ®) “bloque" os pardgrafos, isto €, dé um espaco maior entre a Ultima linha de um pardgrafo e a primeira de outro. Essa disposicao descansa a vista do leitor, 1h) evite palavras inteiras com maidsculas no meio do texto, ou em regrito, ou sublinhada, como forma de chamar a atengio do lei- tor. Esta deve ser agucada pelo conteddo do texto, mais do que pela forma; (€ 0 uso de parénteses, que cansam o leitor, 1¢ 0 uso da expressao ec, porque nel cabe tudo ¢ seu perde muito da precisio perseguicia; se usar nik a cuidado com 4 palavra onde. Ela deve ser usada quando referir PomoMEA AO RerEAENCALTEORCO 45 ‘Outras dicas voce descobrira na leitura atenta de diferentes © compe- tentes autores ¢ nos comentarios que pessoas fazem a respeito do estilo desse Ihe provocarto insights que tornarao ado a explicitar 0 que sio hipéteses e suposi- 1s antecipadas ao problema, a alertar que o leitor 20 05 limites de seu estudo, bem como por ele € importante e esclarece que alguns termos-chaves do estudo podem ser previamente definidos. Menciona que 0 referencial te6rico busca io 6 apresentar 0 estado da arte sobre 0 assunto, como também informar 0 leitor sobre as lacunas que vocé percebeu na literatura existente © que pre- tende suprir com seu estudo, ou pontos com os quais voce no concorda tenciona discutir. Varias sugestbes referentes 2 forma de apresentagao do referencial te6rico sto apresentadas. 4 COMECANDO A DEFINIR A METODOLOGIA Existem varios tipos de pesquisa e descrevé-los € 0 objetivo deste capitulo, Também € seu objetivo apresentar conceitos © exemplos sobre po- pulagdo, amostra selegio dos sujeitos. 4.1 TIPO DE PESQUISA. © leitor deve ser informado sobre o tipo de pesquisa que sera realiza a, sua conceituacao e justificativa 4 luz da investigacao especifica A viriastaxionoimias de tipos de pesquisa, conforme os crterios wt zados pelos autores. Aqui, proponho dois critérios basicos: a) quanto aos fins; ) quanto aos meios. Quanto aos fins, uma pesquisa pode ser: a) exploratéria; ©) aplicada; Py intervencionista, de 2) pesquisa de ¢ OMEGANDO ADERHEKAMETODOLOGA 47 ) experimental; 1) ex post facto, ®) participante; h) pesquisa-acio; ') estudo de caso. A itvestigacio exploratéria, que nio deve ser confundida com leitura cexploratéria, € realizada em rea na qual hé pouco conhecimento acumulado sistematizado. Por sua natureza de sondagem, nao comporta hipdteses que, todavia, poderio surgir durante ou a0 final da pesquisa ‘A pesquisa descritiva expde caracteristicas de determinada populagio ou de determinado fendmeno. Pode também estabelecer correlacdes entre variéveis ¢ definir sua natureza. Nao tem compromisso de explicar os fend- menos que descreve, embora sirva de base para tal explicacio. Pesquisa de ‘opinito insere'se nessa classificagao. ‘A investigagto explicativa tem como principal objetivo tomar algo in- teligivel, jusificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores con- twibuem, de alguma forma, para a ocorréncia de determinado fendmeno. Por ‘exemplo: as razdes do sucesso de determinado empreendimento, Pressupde pesquisa descritiva como base para suas explicacoes, Pesquisa metodolégica € 0 estudo que se refere 2 instrumentos de captago ou de manipulagao da realidade. Esta, portanto, associada a cami- thos, formas, maneiras, procedimentos para atingir determinado fim. Constrvit um instrumento para avaliar 0 grau de descentralizagao deciséria de uma organizacao € exemplo de pesquisa metodologica. ‘A pesquisa aplicada € fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou nao. Tem, portanto, fina- 20 contrario da pesquisa pura, motivada basicamente pela cu: lectual do pesquisador e situada sobretudo no nivel da especula- ‘gio. Exemplo de pesquisa aplicada: proposta de mecanismos infec¢a0 hospitalar. ‘Ao intervencionista tem como principal objetivo interpor- efetiva e particip: Pesquiss de 48 motos REL«TONOS De FESQUA Eh ADMINTRAGAO Pode incluir entrevista, aplicagao de questionarios, testes € abservacao parti- cipante ou nao. Exemplo: levantar com os usuarios do Banco X a percepsio que tém sobre o atendimento ao cliente. Pesquisa de laboratério € experiéncia realizada em local circunscrito, jé que no campo seria praticamente impossivel realizé-la. Simulagdes em com- lor situam-se nessa ¢ Investigagio documental € a realizada em documentos conservados no interior de Srgios piblicos € privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, oficios, memorandos, balancetes, comu- ricagdes informais, filmes, microfilmes, fotografias, videoteipe, informacdes em disquete, difrios, cartas pessoais ¢ outros. O livro editado pela Fundagao Getulio Vargas € pela Sicilano em 1995 sobre a vida de Getulio Vargas é, basicamente, apoiado em pesquisa documental, notadamente, o didrio de Vargas. Pesquisa bibliogs le Frederick W. Taylor, publica jado com obras de outros autores Estas, por sua vez, sao Fontes ser fonte de primeira ou de primeira mao. No entanto, se esse artigo aparece na rede eletrOnica editado, isto €, com cortes ¢ alteragées, é fonte de segunda mao. Pesquisa experimental ¢ investigag2o empirica na qual o pesquisad manipula ¢ controla varidveis independentes e observa as variages que manipulagio € controle produzem em varifveis dependentes. Variével valor que pode ser dado por quantidade, qualidade, caracteristica, magn Exemplo: na expressao sociedade gl -zada, globalizada € a variével do conceito sociedade. Variével independente ‘ue influencia, determina ou afeta a dependente. £ conhecida, ap € 0 antecedente. Varidvel dependente é:aquela que vai ser coberta, € 0 consequénte. A pesquisa ex- permite observar € analisar um fenémeno, sob condigaes deter- COMECANOO ADEMMRANETODOLOGA 49 veis. A impossibilidade de manipulacao e controle das variavei entio, a pesquisa experimental da ex past facto, A pesquisa participante nao se esgota na figura do pesquisador. Dela tomam parte pessoas implicadas no problema sob investigagao, fazendo com Que @ fronteira pesquisador/pesquisado, a0 contritio do que ocorte na pes- quisa tradicional, seja ténue. Pesquisa-agio € um tipo particular de pesquisa patticipante € de pes- quisa aplicada que supée intervengao participativa na realidade social. Quan to aos fins €, portanto, intervencionista Estudo de caso € 0 circunscrito a uma ou poucas unidades, entehdidas essas como pessoa, familia, produto, empresa, 6rga0 piblico, comunidade ou ‘mesmo pais. Tem carater de profundidade ¢ detalhamento. Pode ov nto ser realizado no campo. Uma observagao: os tipos de pesquisa, como voce, certamente, jé per- cebeu, no sio mutuamente excludentes. Por exemplo: uma pesquisa pode sex, a0 mesmo tempo, bibliografica, documental, de campo ¢ estudo de caso. Vela 0§ exemplos de Leticia Silva de Oliveira Freitas e de Luis Alexan. dre Grubits de Paula Pessoa: © Problema: Quais as percepgoes, expectativas e sugestées dos trabalbadores em edu- cagdo da UPR] quanto a sua politica de qualificagdo para esse segmento? Tipo de pesquisa Para a classificasao da pesquisa, tomase como base a taxionomia’apre sentada por Vergara (1990), que a qualifica em relagao a dois aspectos. quanto 440s fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa serd exploratéria e descritiva. Exploratéria por- que, embora a UFRJ seja uma institwicdo com tradigéo e alvo de pesquisas em di versas dreas de investigagao, néo se verficou a existéncia de estudos que abordem 4 politica de qualificagao de seu quadro de funciondrios com 0 ponto de usta pelo qual a pesquisa tem a intengdo de abordavto. Descritiva, porque visa descrever per- cepeées, expectativas e sugestées do pessoal téenico-adminisirativo de nivel supe- rior da UFR), acerca de sua politica de qualificagao de pessoal. S Quanto dos meios, a pesquisa seré bo. Bibliogréfica, porque para a fundament balho sera rea 50 MOJETOS RELATONOS DE PSQUSA Ex ADSINSTNCAO que digam respeito ao objeto de estudo. A pesquisa serd de campo, porgue co- letara dados primarios na UFRY. Problema: Tendo em vista a andlise da geracdo de emprego direto e indireto, quais as metodologias de balanco social atualmente wtiltzadas? Tipo de pesquisa: Considerando-se 0 critério de clasificagio de pesquisa proposto por Ver- gara (1990), quanto aos fins e quanto aos metas, tem-se: 4) quanto aos fins — trata-se de uma pesquisa descritiva, pois preten- de expor as caracteristicas das metodologias de balango social atual- ‘mente utilizadas, 4) quanto aos meios ~ trata-se de pesquisa, ao mesmo tempo, biblio- grafica e documental. Classifica-se como pesquisa bibliografica, pots se recorrerd ao uso de ma- acessivel ao piiblico em geral, como livros, artigos e balangos sociais j4 pu- blicados, embora estes sejam apresentados de forma excessivamente agregada A pesquisa é também documental, porque serd feito uso de documen. tos de trabalho e relatérios de consultorias privadas, nao disponiveis para con- sultas priblicas Trata-se de defi se aqui por populagao , pessoas, de estudo. Populagio amostral ou amostra € uma (populaga0) escolhida segundo algum crtério Existem dois tipos de amostra: probabi robal cadas 4 aleat6ria simples, a COMEEANDO A DERNIEAMETODOLOGKA «SI ) estratificada: seleciona uma amostra de cada grupo da populacao, por exemplo, em termos de sexo, idade, profissio e outras varia. vels. A amostragem ‘ada pode ser proporcional ou nao. A amostra proporcional define para a amostragem a mesma propor- ‘sao observada na populagio, com referéncia a uma propriedade. Por exemplo: suponhamos que, na populag2o global de mestran- dos, 659% tenham entre 21 © 34 anos e 3596 tenham entre 35 € 45 anos, A amostra deveré obedecer a essa mesma proporgao no que se refere 3 idade dos mestrandos; © por conglomerados: seleciona conglomerados, entendidos ‘esses @ por acestibldade: longe de qualquer procedimento estatistico, leciona elementos pela facilidade de acesso a eles; idade: cons ©) ps pela selegao de elementos que o pes- quisador considere representativos da populagto-alvo, 0 que re- quer profundo conhecimento dessa populacao. Existem outros tipos de amostra e facilmente voc® poder descobri-los. Aqui, destaco os exemplos fornecidos por Angela Guiomar Nogueira © por Vera Lucia de Almeida Corréa, respectivamente: 8 Titulo do relat6rio: Competéncias gerenciais— 0 caso Telerj Universo € amostea: © universo da pesquisa de campo foi o corpo gerencial da Telery, que Diretores, Chefes de Departamento, de Divisao de Sedo, respectiva- segundo, terceiro e quarto niveis gerenciais, perfazendo um total de GOB gerentes. Os niveis ndo privilegiados no estudo referem-se ao dos supervisores de servigos, por terem como atribuicdo apenas a coordenagdo de tarefas, e a0 dos:supervisores de setor, por terem atribuigdes muito préximas 4s dos supervisores de servigo, 52 poyerase aar63N05 DE FESQUSA EM ADMINSTRACAO A amostra foi constituida de trés maneiras conjugadas: 4) indicagao do grupo de foco dos préprios entrevistados sobre os gerentes que deveriam ser ouvidos na pesquisa; 6) selegdo de gerentes de dreas-chaves relacionadas ao tema da pes- quisa, tais como: planejamento estratégico, planejamento (engenharia de telecomunicagdes), gestao de chma organizai nal, administracao de recursos bumanos, desenvolvimento de re cursos bumanos, escritério de qualidade, telafonta celular, aten- dimento ao cliente; ©) representa¢ao proporcional de gerentes entrevistados e a totalida- de de gerentes de cada diretoria @ Titulo do projeto: Sistema alternativo e sistema convencional de ensino: uma andlise de custo-eficiéncia Universo € amostra: No Municipio de Porto Alegre, no periodo 1985/1988, foram implanta- dos 19 Centros Integrados de Bducagao Municipal ~ CIEMs ~ sendo cinco espe dedicados ao atendimento escolar de criangas excepcionais. Das 14 restantes, irs estdo localizados em Vila Restinga, onde é alta a concentragi da ‘Populacao de baixa renda. Para compor a amostra aleatéria simples da pesqut- a, selecionouse 0 CIEM Larry José Ribeiro Alves, ocalizado naquela Vila ‘No Municipio do Rio de Janeiro, a proposta de consirugdo de 500 Cen-> tos Integrados de Educacdo Publica ~ CIEPS~ nao foi aleancada. Segundo dados da Unicamp (1989), hd 124 CIEPS em furicionamento. Desses, somente © do bairro do Catete permianece com a proposta original. Assim, ele fot sele- cionado para compor a amostra. Para a comparagdo com as escolas convencionais, buscaram-se ague- Jas que apresentassem alguma proposta em comum com os CIEPYCIEMS, No ‘Rio-de Janeiro, existem trés dessas escolas, a saber. Liicia Miguel Pereira, em ‘So Conrado, Golda Meir, na Barra da Tijuca, e Edmundo Bittencourt, em Sao rist6vdo. Escolbewse esta tiltima, que atende a populagao do conjunto babi. tacional Mendes de Morass, para também compor a amosira Por inexistir proposia semelhante no Municipio de Porto Alegre, opto se por investigar, também no Rio de Janeiro, a Fscola Municipal Liicia Miguel Pereira, que atende @ alunos de Favela da K cab (1980, p93) i justificar 9 tamanho da ai ‘om npinido de Castro mn uma rede escolar governamental, padronizada. com COmEAOOADEMRAMETEDOLDGA 53 ‘mera amostragem de uma ou duas escolas pode produzir estimati- as de custos que tenham um grau suficiente de representatividade ara esse tipo de escola. 4.3 SELECAO DOs suyEITOS « ,Sueitos da pesquisa sio as pessoas que fornecerio os dados de que voré necessita. As vezes, confunde-se com “universo e amostra”, quate estes esto relacionados com pessoas. Veja os exemplos de Denize Alves de Andrea Ferraris Pignataro 9 Tilo: Cultura da qualidade ¢ qualidade de vida: as percepgdes dos trabalba- ores snseridos em programas de qualidade aaa Selegio dos sujeitos Os sujeitos da pesquisa serdo os trabalbadores pantcipantes de progra- mas de qualidade, bem como assistentes sociais que trabalbam em empresas que possuem programas de qualidade ba mais de dois anos, Esse tempo ¢ rele. vante porque, de acordo com Falcont (1992), a cultura da qualidade, que in- Sere nouas técnicis de padronizagdo e rotina de trabalho, no prazo maximo de dois a trés anos pode oferecer a empresa excelentes resultados. Como as mudangas vao ocorrendo & medida que novos valores sao disseminados, é ne. cessdrio certo tempo para tal disseminacao e absorgdo. Nao é por outra razao que 0s sujeitos da pesquisa deverdo estar vinculados a uma mesma empresa, no minimo, bd um ano, © Titulo, Informacao computadorizada: resistencia, recuperagao e disseminacao Selesdo dos sujeitos: Os sujeitos da pesquisa serdo os ténicos em snformética e os funciondni- os ndo especialistas em informética, periencentes a Diretoria de Adminisinacao €40 Centro de informagao Cientifica e Tecnoligica da Fundagéo Oswaldo Crus \

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