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A IMPLICAÇÃO DE DOENÇAS MENTAIS EM

PRÁTICAS VIOLENTAS NO COTIDIANO


ESCOLAR
Bianca Correa1
Daniela Rodrigues1
Larissa Vanzin dos Santos1
Lilian Samara Rincon1
Rosana Borges Simões1
Bruna Almeida2

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É de conhecimento geral que nos dias atuais a violência em ambientes escolares no país em
que vivemos aumenta a cada dia e é cada vez mais frequente. Dentro do cenário escolar, os tipos de
violência se manifestam por agressões físicas, verbais, sociais e psicológicas além do bullying,
cyberbullying e o vandalismo. De acordo com Debarbieux (2011) “Elas são múltiplas e determinadas
pela soma de certo número de fatores de risco presentes no cotidiano dos envolvidos. Um deles é o
pessoal, ligado ao temperamento de cada um, mas também influenciado pelas relações familiares e
pelo meio social.”
Visto que a violência se apresenta de várias formas no âmbito escolar, é possível pontuar
também que acontecem conflitos interpessoais, sejam eles entre alunos(a), aluno(a) e professor(a) e
entre professores. Como já citado, os atos violentos existentes no cotidiano escolar são decorrentes
de variados fatores e não vinculado somente a um, pois é um cenário que envolve a família, a
sociedade e as atitudes do poder público em relação a essas questões. Os alunos podem estar inseridos
em ambientes que favorecem os mesmos a sofrerem violências, assim deixando-os vulneráveis a
praticá-las dentro da sala de aula ou até mesmo em todos os espaços dentro da escola. O abandono
por parte dos familiares e a negligência dos mesmos não proporcionam condições necessárias para as
crianças e adolescentes como alimentação e higiene, é uma das influências que acarretam no
sentimento de rejeição e revolta do aluno que futuramente irá se manifestar de forma agressiva na
escola e na sociedade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 determina, no Art. 4 da Lei n° 8.069, que:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990, Art. 227).

1 Acadêmicas do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso pedagogia (FLC9147) – Prática
Introdução à Pesquisa - 21/10/21

2 Tutora externa do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso pedagogia (FLC9147) – Prática
Introdução à Pesquisa - 21/10/21
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Os atos de violência dentro de uma escola podem ocorrer dos mais simples aos mais
complexos e perigosos que podemos imaginar, entrando em um contexto onde todo o ato violento,
comportamento agressivo e antissocial considera-se incluso no quadro de violência nas escolas. Um
empurrão ou até mesmo um apelido maldoso já é considerado como violência por parte dos alunos e
é o que retrata o bullying que hoje em dia é muito comentado por conta da frequência em que
acontece. Mas há também acontecimentos que acabam se tornando apavorantes quando se trata da
gravidade dos casos, como foi de conhecimento do mundo todo e que deixou todos espantados, hoje
é um fato histórico que ficou conhecido como o massacre de Columbine, no qual dois estudantes
invadiram a escola em que estudavam e causaram a morte de 15 pessoas entre eles alunos e professor,
e também o caso de uma escola na cidade de Suzano, no Brasil que possui detalhes que coincidem
com alguns do que o caso citado anteriormente. As duas tragédias como muitas outras que
infelizmente já aconteceram e ainda acontecem possuem um detalhe que concorda, conforme afirmam
Langman e Palomba (2019) os alunos que cometem esses atos violentos têm alguma ligação com a
instituição que é atacada pelos mesmos, estudam ou já estudaram na escola e acabam fazendo dela
um palco para exteriorizar seu sentimento de revolta sobre algum acontecimento em sua vida, como
pode servir de exemplo traumas familiares, a rejeição ou até mesmo abusos, conflitos com
professores, funcionários ou colegas e até mesmo inspiração em outros massacres que se sucederam.
Todos esses fatos e decorrências são assuntos estudados e também incluem alguns tipos de transtornos
mentais que os alunos sofrem.

REFERÊNCIAS
BRASILIA . Art 4 da Lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990. ECA. 16 de Março de 2019;
p.16
Disponível em:
https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-
crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf
Acesso em: 13 de outubro de 2021

DIAS, Fabiana. Legislação que dispõe sobre direitos e deveres de crianças e adolescentes.
Educa Mais Brasil, 20 de jul. de 2020.

MARTINS, Ana Caroline Carvalho; TORRES, Maria Carolina Bastos Santana. Violência
escolar: uma reflexão sobre suas causas e o papel do Estado. Jus, 2016.

MÜZELL, Lúcia, Eric Debarbieux fala sobre o combate ao bullying, Nova Escola, 01 de dez.
de 2011.
Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/893/eric-debarbieux-fala-sobre-o-combate-ao-bullying
Acesso em: 13 de outubro de 2021

PERES, Paula; MINOZZO, Paula. Por que a escola é escolhida como alvo de massacres?
Nova escola, 13 de mar. De 2019.
Disponível em:
3

https://novaescola.org.br/conteudo/16082/por-que-a-escola-e-escolhida-como-alvo-de-
massacres
Acesso em: 13 de outubro de 2021

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