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HIPOGLICEMIANTES Orais
HIPOGLICEMIANTES Orais
HIPOGLICEMIANTES
O diabetes tipo 2 é decorrê ncia de dois defeitos básicos: resistê ncia insuli ́nica e deficiê ncia insuli ́nica. Nas fases iniciais da
moléstia, predomina o fator resistê ncia, sendo indicado o uso de drogas sensibilizadoras da ação insuli ́nica
Ação da maioria dos hipoglicemiantes orais depende da integridade das células beta do pâncreas.
Geralmente a indicação dessas drogas é na DM tipo II
Medidas de estilo de vida, incluindo controle do peso, alimentação saudável e implementação de atividade
física são recomendadas durante todas as fases do tratamento no DM 2, para melhorar o controle glicêmico.
Efeito adverso comum de todos os fármacos: hipoglicemia
Muitos desses pacientes (40-60%) acabam evoluindo após cerca de anos para uma grave disfunção das células
beta, tornando-se refratários ao tratamento oral e necessitando de insulinoterapia
Em muitos pacientes com DM2 os níveis glicêmicos são controlados adequadamente com modificações no estilo de vida
e hipoglicemiantes não insulínicos, contudo deve-se adicionar a insulina quando a glicemia permanece inadequadamente
controlada por ≥ 3 fármacos.
Como escolher a medicação: depende dos valores das glicemias no jejum e pós prandial, da hemoglobina glicada, do
peso, da idade, de complicações e doenças associadas.
SULFONIUREIAS
Fármacos: glibenclamida e glimepirida
Mecanismo de ação:
Estimulam diretamente a secreção basal de insulina pelas células beta pancreáticas, quando se liga ao receptor SUR-1
da células beta pancreática, bloqueia de canais de K+ dependentes de ATP (“canais KATP”), o que promove
despolarização da célula beta e influxo de Ca2+, estímulo para a degranulação da insulina.
Todas as sulfonilureias promovem hiperinsulinemia e ganho de peso de 2 a 5 kg, o que, ao longo do tempo, pode
potencializar a resistência à insulina e limitar sua utilidade
GLINIDAS
Fármacos: repaglinida e nateglinida
Mecanismo de ação:
Estimulam diretamente a secreção basal de insulina pelas células beta pancreática, pois bloqueia canais de K+
dependentes de ATP (“canais KATP”), o que promove despolarização da célula beta e influxo de Ca2+, estímulo para a
degranulação da insulina.
Apresentam uma meia-vida bastante curta, por isso são utilizadas antes das refeições (café, almoço e janta) para o
controle da glicemia pós-prandial.
Patrícia Felipus- Turma Pi- 8º período LPF
BIGUANIDAS
Representante: METFORMINA
Vantagens:
Redução estimada de glicemia de jejum 60-70 mg/dL e HbA1c 1,5-2,0%
Potencialmente pode reduzir eventos cardiovasculares
Previne progressão para DM2
Melhora perfil lipídico
Não causa ganho de peso
Baixo custo
Efeitos adversos:
Sintomas gastrointestinais (diarreia, náusea, anorexia, gosto metálico)
Deficiência de vitamina B12
Acidose lática (rara)
Contraindicação:
TFG < 30
Deve-se interrompê-la temporariamente antes de procedimentos radiológicos que exigem o uso de agentes de
contraste!
TIAZOLIDINEDIONAS (GLITAZONAS)
Fármaco: pioglitazona
Efeitos adversos:
Ganho ponderal de 3,5 a 4 kg
Edema devido aumento da reabsorção de sódio
Anemia e redução de massa óssea (especialmente em mulheres após a menopausa)
Contraindicações:
Patrícia Felipus- Turma Pi- 8º período LPF
Não deve ser utilizada por pacientes com insuficiência cardíaca, pois pode causar descompensação, e também
por paciente com doença do fígado em atividade.
INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDASE
Representante: acarbose
Mecanismo de ação:
Inibem a ação das enzimas digestivas do tipo alfa-glicosidades presentes na borda em escova dos enterócitos, que
clivam polissacarídeos complexos (como o amido) em monossacarídeos. Com isso, lentificam a absorção intestinal de
glicose, fazendo reduzir a glicemia pós-prandial.
Os inibidores de alfa-glicosidase são menos eficazes que outros fármacos orais na redução da glicemia e os pacientes
geralmente interrompem sua utilização por apresentarem dispepsia, flatulência e diarreia. Contudo, esses fármacos são
seguros sob outros aspectos e podem ser usados em associação a todas as outras fármacos orais e insulina
Efeitos adversos:
Sintomas Gastro-intestinais: flatulência, meteorismo, diarreia.
Contraindicações:
Doença inflamatória intestinal
Doença intestinal associada a má absorção
DRC grave
Mecanismo de ação:
GLP-1 e GIP são peptídeos liberados pelo tubo digestivo, são chamados de incretinas, pois aumentam a secreção
pancreática de insulina em resposta a glicose. Ou seja, “incrementam” a secreção da insulina. Ambas as enzimas são
degradas pela enzima DPP4. As gliptinas inibem seletivamente a enzima DPP 4, ou seja, não degradam GPL1 e GIP. O
GLP-1 também reduz a secreçãodo glucagon.
Vantagens: não causam ganho de peso e não causam hipoglicemia e pode ser usado na insuficiência renal moderada a
grave
Representantes: exenatida (um hormônio incretina), lixisenatida, liraglutida, dulaglutida, albiglutida e semaglutida. A
semaglutina também está disponível por VO.
Há apresentações disponíveis para administração uma vez ao dia, duas vezes ao dia e semanal. Administram-se todos os
agonistas do GLP-1 por meio de injeções subcutâneas.
INIBIDORES DO SGLT2
Representantes:
Dapagliflozina
Empagliflozina
Canagliflozina
Patrícia Felipus- Turma Pi- 8º período LPF
Mecanismo de ação:
O SGLT-2 (cotransportador de sódio e glicose) é um canal presente na membrana apical das células do túbulo proximal
do néfron, responsável pela reabsorção de cerca de 90% da carga de glicose filtrada. Os fármacos inibem o receptor
SGLT-2, promovendo a glicosúria e natriurese.
Vantagens:
Perda de peso
Redução da PA
Diminuem mortalidade em pacientes com risco aumentado de doenças cardiovasculares
Previnem a progressão da doença renal crônica
Efeitos adversos:
Infeções urinárias (principalmente fúngicas)
Sintomas de hipotensão ortostática
Gangrena da Fournier