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A EXPLORAÇÃO TRABALHISTA NA SOCIEDADE MODERNA

A Revolução Industrial foi um período de grande desenvolvimento tecnológico que se iniciou


na Inglaterra entre os séculos XVIII e XIX. Tal período é responsável pela consolidação do
capitalismo, uma vez que a criação de grandes fábricas e o início do êxodo rural se destacam
nesse processo. Porém, a insalubridade e desumanização dos operários foram grandes
antagonistas da industrialização. No contexto contemporâneo nacional, essas práticas
antiéticas ainda são encontradas dentro do ambiente de trabalho, em viés da impunidade e
pensamento individualista.

Em primeiro plano, evidencia-se que a impunidade configura um grande empecilho ao que diz
o tema, pois como há muito Marques de Maricá cunhou, esta prática promove os crimes e os
justificam. Nesse sentido, é visível que no Brasil existe uma grave insuficiência nas leis, já que
em grande parte dos casos de exploração trabalhista, a promoção de denúncias e condenação
aos praticantes não é realidade. Como no início de 2022, onde a emissora Globo exibiu uma
matéria que continha relatos de um grupo de empregadas domésticas que sofriam constantes
humilhações no ambiente de trabalho, sendo elas libertas somente após a morte do criminoso.

Além disso, outro fator influenciador é o pensamento individualista. A esse respeito, o


sociólogo Georg Simmel criou o termo “atitude blasé” para generalizar a forma volátil e
hierárquica que as pessoas se relacionam na sociedade capitalista, onde o dinheiro age como
nivelador social. À luz dessa ótica, é possível perceber que existe um entrave entre as classes
sociais, onde os mais ricos, os praticantes comuns desse crime, se acham melhores que os
menos afortunados, que se configuram como a vítima na maioria das vezes.

Portanto, é imprescindível que atitudes sejam tomadas para mitigar essa realidade, cabendo
ao Senado Federal uma ampla transformação nas leis trabalhistas, de modo a cumprir o seu
papel e condenar de cinco a dez anos de reclusão quem às ferir, sendo a pena também
inafiançável. Paralelamente, deve o Ministério das Comunicações criar propagandas e debates
televisivos acerca do assunto, a fim de trabalhar na empatia dos cidadãos e fazê-los
trabalharem juntos para que as práticas desumanas que começaram na Revolução Industrial
não sejam mais realidade, tornando assim a convivência mais satisfatória e pacífica.

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