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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GESTÃO FINANCEIRA: UM ESTUDO COM BASE NA EMPRESA ELFARO


INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

Alunas: Ester David Ribas


Daniela dos Santos Ferreira
Orientadora: Prof.ª Maria Aparecida Cardozo, Msc.

RESUMO

A contabilidade tem como objetivo o controle do patrimônio das entidades e para isso possui
ramificações que fazem parte desse controle, entre essas ramificações estão a contabilidade
financeira e a contabilidade gerencial que dispõem de ferramentas que demonstram as
movimentações e atividades financeiras. Nesse contexto a pergunta dessa pesquisa é: qual a
responsabilidade da gestão financeira no desenvolvimento de uma empresa do ramo de
industrial e comercial têxtil? O objetivo geral consiste em demonstrar a responsabilidade da
gestão financeira no desenvolvimento da empresa Elfaro Indústria e Comércio LTDA. Os
objetivos específicos são: enumerar as principais ações da gestão financeira estabelecida pela
literatura; identificar as ações da gestão financeira da empresa Elfaro Indústria e Comércio
LTDA, atualmente; apresentar atividades capazes de contribuir com o desenvolvimento da
empresa estudada. Quanto à metodologia trata-se de um estudo de é de natureza exploratória e
a, predominantemente teórico, possuindo lógica dedutiva. A coleta de dados deu-se
praticamente de forma primária, mas também houve alguns dados secundários. A abordagem
da pesquisa é de forma qualitativa, mas vale ressaltar que também houve aspectos
quantitativos, e seu resultado é de natureza aplicada. Os procedimentos técnicos utilizados
foram à pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso, já os dados oram coletados por
meio de um questionário semiestruturado e observação em documentos da empresa. O objeto
do estudo é a empresa Elfaro Indústria e Comércio LTDA, localizada em Garopaba - SC. A
respeito do resultado da pesquisa, como descrito pelos autores, o financeiro é uma peça
importante no desenvolvimento de qualquer organização e nesse caso destaca-se que este
departamento é responsável por gerar capacidade monetária que subsidiem o crescimento da
empresa.

Palavras-chave: Contabilidade, Gestão Financeira, Controle, Textil.

1 INTRODUÇÃO

Esse artigo trata da gestão financeira e sua responsabilidade dentro das organizações.
Sabe-se que a gestão das finanças de uma empresa é de grande valia para seus gestores, pois
através da análise dessas informações serão tomadas as decisões para o andamento de mais
um exercício.
O gestor utiliza à ferramenta contabilidade, como seus relatórios, demonstrações,
documentos fiscais, balanços, notas explicativas e demais mecanismos também desenvolvidos
através da contabilidade da empresa, tanto do presente exercício, quanto dos anteriores, para
assim tomar as suas decisões quanto ao futuro da organização, levantar um parecer, alguma
outra informação ou ato administrativo.
Para Morais (2010), a contabilidade e a auditoria que proporcionam ao gestor o
controle das finanças da empresa. Para ele a função do profissional contábil é desenvolver e
prover dados que sejam utilizados para mensurar o desenvolvimento da empresa.
Desta forma, o estudo tem como pergunta de pesquisa: qual a responsabilidade da
gestão financeira no desenvolvimento de uma empresa do ramo de industrial e comercial
têxtil.
Sendo assim, seu objetivo geral é demonstrar a responsabilidade da gestão financeira
no desenvolvimento da empresa Elfaro Indústria e Comércio LTDA.
Para atender ao objetivo geral têm-se os seguintes objetivos específicos: (a) enumerar
as principais ações da gestão financeira estabelecida pela literatura; (b) identificar as ações da
gestão financeira da empresa Elfaro Indústria e Comércio LTDA, atualmente; (c) apresentar
atividades capazes de contribuir com o desenvolvimento da empresa estudada.
A escolha do tema deu-se devido à crise econômica que a empresa tem enfrentado e a
necessidade de saber a sua real situação, para que desta forma sejam tomadas as decisões
corretas e conforme a possibilidade financeira da mesma. A importância acadêmica é destacar
a necessidade de que os futuros contadores, através das informações obtidas por técnicas
contábeis, estejam aptos a ajudarem os gestores na administração de suas finanças e decidir
cada passo da empresa.
Para a elaboração será utilizada a análise de em um questionário feito ao gestor
financeiro da empresa, Carlos Giovani Borges Marin, referente as atividades do financeiro e
sua gerência.
A empresa Elfaro a ser estudada, está localizada na cidade de Garopaba/SC, é
enquadrada como optante do Lucro Presumido, seu ramo de atividade é a indústria e comércio
atacado de vestuário, ligados a prática de esportes como o surf e performance.
A organização do trabalho é dividida em cinco capítulos, sendo eles: introdução,
embasamento teórico, métodos e técnicas de pesquisas, apresentação dos resultados e
considerações finais.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO

Nesta seção, tem-se o referencial teórico que norteia a pesquisa, apresentando-se da


seguinte forma: A evolução da contabilidade, seu conceito e objetivo; Contabilidade
gerencial; Contabilidade Financeira; Gestão financeira; Ferramentas para a Gestão Financeira;
Fluxo de Caixa e Demonstrativo de Resultados.

2.1 A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

Com base em Martinelli (2002), A contabilidade está ligada ao início da civilização


humana, desde as primeiras necessidades sociais de proteção da posse e manter e zelar dos
objetos que o homem sempre teve a intenção de alcançar. Juntamente com a evolução do
homem, a ciência chamada contabilidade foi se tornando cada vez mais praticada, como por
exemplo, na organização da agricultura e do pastoreio. A mesma também estava ligada a
necessidade do registro de comércio que era exercido nas principais cidades da antiguidade.
Segundo Marion (2009), a contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem.
Para Schimidt (2000), na Suméria já se praticavam alguns tipos de técnicas contábeis
por volta dos anos 3200 a.C. À medida que o tempo foi passando e a história da humanidade
se construindo, encontra-se seu registro, no Período Antigo, na Bíblia, no Período Medieval,
Moderno, Cientifico, na Escola Norte Americana até chegar ao Brasil.
Conforme Aloe (1966), a contabilidade teve seu destaque dentro de cada período. No
Período Medieval, destaca-se a participação do Frei Luca Pacioli que escreveu "Tratactus de
Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494,
evidenciando que a prática da teoria do débito e do crédito, corresponde a dos números
positivos e negativos. Mesmo sendo considerado o pai da contabilidade, não foi quem criou o
método das partidas dobradas, o método já era utilizado na Itália no Século XIV.
Segundo Almeida (2015), o método das partidas dobradas, significa o controle dos
movimentos financeiros e das contas patrimoniais sem usar valores negativos, mantendo seus
valores positivos e dessa forma, aumentando ou diminuindo o valor de cada conta, de acordo
com as suas contrapartidas.
Tendo como base Schimidt (2000), por volta de 1920 iniciou-se a predominância
Norte-Americana na Contabilidade. Com o declínio das escolas européias, surgiram as escolas
americanas, que eram favorecidas pela economia e pela política e por seu empenho e trabalho
sério de órgãos como American Institut of Certield Public Accountants, que se destacou no
desenvolvimento da contabilidade e dos princípios contábeis. No Brasil, com a vinda da
Família Real Portuguesa em 1808, incrementou a atividade colonial, aumentando os gastos
públicos e a necessidade de um aparato fiscal, marcando assim a criação do Tesouro Nacional
e Público e do Banco do Brasil. As Tesourarias de Fazenda nas províncias, contavam com a
participação de um contador e um procurador fiscal, responsáveis por arrecadação,
distribuição e administração financeira e fiscal.

2.1.1 Conceito e Objetivo da Contabilidade

Conforme Marion (2009), a contabilidade é conhecida como a ciência que tem por
finalidade contabilizar, organizar as variações quantitativas e qualitativas que ocorrem no
patrimônio das entidades, sendo elas pessoas físicas ou jurídicas, por meio das suas técnicas.
Por meio desta ciência, são fornecidas as informações úteis para análise e desempenho de um
estabelecimento. Resumindo, a contabilidade é abrangida por um conjunto de técnicas
desenvolvidas para controlar as organizações.
Para Franco (2009), seu objeto de estudo é o patrimônio e o campo onde ele se
aplicação as entidades econômicas e administrativas, tenham elas objetivo econômico ou
social, que utilizam de bens patrimoniais para a realização das suas atividades, independendo
de serem com ou sem fins lucrativos.
Ainda para Franco (2009), sua função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e
analisar, todas as variações que ocorrem no patrimônio das empresas, com o objetivo de
fornecer dados para a tomada de decisão de seus administradores.

2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL

Para Iudícibus (1998), a contabilidade gerencial é caracterizada por técnicas já


conhecidas e tratadas na contabilidade financeira, contabilidade de custos, na análise
financeira de balanço e entre outros. Entretanto, a contabilidade gerencial possui uma
perspectiva diferente e com um grau mais analítico, possibilitando a tomada de decisão.
Padoveze (2012) complementa que a contabilidade gerencial congrega todos os demais
instrumentos de contabilidade que complementam a contabilidade financeira para tornar
efetiva à informação contábil dentro das empresas em todos os processos de gestão.
A contabilidade gerencial é fundamental na vida econômica das entidades,
independente do seu regime tributário, mesmo para as empresas de pequeno porte, é
necessária à organização das informações, referente os seus bens ativos e também na
negociação com terceiros, sejam eles clientes ou fornecedores. Sua importância torna-se ainda
maior nas entidades de grandes portes e economia moderna, pois seus gestores precisam dos
dados contábeis para a sua tomada de decisão.
Para Crepaldi (2006), a contabilidade gerencial é um ramo da contabilidade que tem o
objetivo de fornecer apetrecho aos administradores das empresas que sejam utilizados em
funções gerenciais. É voltada para uma melhor utilização dos recursos que a empresa dispõe
para um adequado controle de informação gerencial.
Conforme Eldenburg e Wolcott (2007), a contabilidade gerencial é o processo de
coletar, resumir e fornecer as informações financeiras e não financeiras que serão utilizadas
internamente pelos gerentes nas tomadas de decisões.
Ainda com base em Eldenburg e Wolcott (2007), alguns dos métodos utilizados na
contabilidade gerencial são: controle de custos, de estoques, de folha de pagamentos, gastos
gerais, contas a pagar, contas a receber, orçamentos, fluxos de caixa e análise financeira.
Desta forma, o gestor se apropria de cada técnica, formando um conjunto de informações que
influenciam na formalização de uma solução com base em método sem perder a relação entre
as partes.
De acordo com Marques (2004), o interesse nos dados contábeis atinge um grau de
profundidade e análise, e também uma maior frequência, maior do que para os demais
usuários das informações geradas pela gestão por serem os agentes responsáveis pelas
decisões a serem tomadas nas organizações. O autor também destaca que as informações
cedidas pela contabilidade a um gestor, não se limita a balanço patrimonial e demonstração de
resultados.
Ainda com base em Marques (2004), além dos demonstrativos básicos a contabilidade
fornece a seus usuários um fluxo continuo de informações sobre os mais variados aspectos da
gestão financeira e econômica das organizações. Para ele o gestor que sabe usar a informação
contábil, mesmo conhecendo as suas limitações, utiliza de um poderoso instrumento de
trabalho, capaz de lhe orientar com relação ao futuro com maior segurança, além de conseguir
enxergar o grau de acerto e erros das suas decisões anteriores.
Conforme Padoveze (1996), a contabilidade gerencial tem por objetivo facilitar o
planejamento e do controle, avaliar o desempenho e a tomada de decisão, por meio de
relatórios e também de orçamentos, contabilidade com responsabilidade, desempenho,
relatórios, todos com a finalidade de facilitar a tomada de decisão.

2.3 CONTABILIDADE FINANCEIRA

Segundo Stickney e Weil (2008), as empresas fazem suas demonstrações financeiras


para diversos usuários externos: proprietários, credores, órgãos reguladores, empregados.
Desta forma pode-se dizer que são vários os dependentes das informações financeiras de uma
instituição.
De acordo com Cullers e Daniker (2000), a finalidade da contabilidade financeira é
fornecer informações quantitativas, para ajudar na tomada de decisões e que para ser
cumprida adequadamente suas funções. A contabilidade se envolve nos processos de
identificação, avaliação e comunicação das informações necessárias nas avaliações. Portanto,
de uma forma geral, costuma-se entender a contabilidade como um fornecedor de dados
financeiros utilizados no desenvolvimento das empresas.
Também com base em Cullers e Daniker (2000), A contabilidade produz informações
de natureza financeira para usuários internos e externos. Internos são aqueles que recebem a
informação para o desenvolvimento do processo de decisão interna de uma empresa como,
por exemplo: sócios, gerentes, gestores e empregados. Já os externos são agentes que estão
fora da entidade, são eles: fornecedores, bancos, governos, etc.
Segundo Stickney e Weil (2008), para a obtenção de recursos financeiros uma
empresa vem de duas principais fontes: proprietários e credores. São eles os maiores
geradores dos recursos utilizados por uma empresa.
Com base em Dias Filho (2000), as informações utilizadas por agentes internos e
externos vêm de relatórios gerados na contabilidade e são eles: balanços, balancetes,
demonstrações, relatórios e tantos outros que são resultados de estudos da contabilidade em
geral. Através de tais documentos todos os usuários conseguem saber a real situação da
empresa e tomar as suas devidas decisões e considerações. Para Blatt (2001), o balanço
patrimonial é considerado uma peça financeira enquanto as demonstrações dos resultados
representam a economia.
2.3.1 Gestão Financeira

Para Souza (2014), finança é a arte e a ciência que tem por finalidade os recursos de
uma empresa, conhecidos como ativos e passivos financeiros. Desta forma finanças abrange
instituições, governo, o mercado financeiro de um país ou internacional e dos indivíduos.
Com base em Gitman (1997), pode-se definir finanças como a arte e a ciência de
administrar fundos econômicos. Afinal qualquer pessoa pode obter receitas, levantar fundos,
gasta ou investem. Finanças também se ocupam do processo de instituições, mercados e
instrumentos envolvidos na distribuição de fundos entre pessoas, empresas e governos.
Morais (2010) afirma que uma empresa bem administrada pode passar vida a outros
setores, circulando constantemente, realizando as atividades necessárias, objetivando o lucro,
a maximização dos investimentos e acima de tudo, um controle eficaz das entradas e saídas de
recursos financeiros. Destacando-se o papel do administrador.
Segundo Souza (2014), quando se fala de estudo das finanças de uma empresa, é
comum à questão: qual o objetivo da empresa? E para tal pergunta, podem existir três
possíveis respostas, são elas: maximização do lucro em curto prazo, maximização da riqueza
do proprietário em longo prazo ou a criação de valores para acionistas. Mais uma vez destaca-
se a importância e o papel do administrador financeiro dentro da empresa.
Assim, para Morais (2010), a administração financeira, também conhecida como
gestão financeira, torna-se uma ferramenta para controlar de forma competente, a concessão
de créditos para o comprador, com planejamentos das análises de investimentos e também de
variáveis para a obtenção de recursos para o desenvolvimento das atividades exercidas pela
empresa. Desta forma destaca-se a gestão das finanças da empresa como o setor responsável
pelo desenvolvimento da empresa, visando cuidar da saúde financeira.

2.3.2 Ferramentas para a Gestão Financeira

Com base em Souza (2014), a sincronia entre os setores de compra, comercial, fiscal,
contas a pagar, contas a receber e controle de produção deve ser sempre 100%, pois é de suma
importância para o desenvolvimento e gestão financeira da empresa. Para fazer a ponte entre
esses setores, existem duas ferramentas: fluxo de caixa e demonstrativo de resultados.
Também Souza (2014), os usuários das demonstrações financeiras estão interessados
em saber como a empresa gera e utiliza caixa e seus equivalentes. E desta forma utilizam das
informações que constam em tais ferramentas.
2.3.2.1 Fluxo de caixa

Conceitualmente fluxo de caixa é um instrumento que controla os ingressos e


desembolsos dos recursos financeiros, ou seja, controla a entrada e saída de dinheiro da
empresa. Realizados em modelo com base na Lei 11.638/07, o caixa é formado pelo
numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis conforme Comitê de
Pronunciamentos contábeis (CPC, 2008).
Conforme Gitman (2010), o fluxo de caixa pode ser comparado como o sangue da
empresa. É o principal do gestor financeiro, seja nas gestões do dia-a-dia ou para o
planejamento e tomada de decisão. Sendo assim, o fluxo de caixa é: entradas e saídas de caixa
e equivalentes de caixa.
Controlar o fluxo de caixa é tão importante quanto planejar os passos de uma empresa,
portanto, se faz necessária a revisão do fluxo de caixa. Segundo Zdanowicz (2004) o controle
diário da movimentação bancária; boletim diário de caixa e bancos; e controle financeiro
diário, em termos de ingressos e desembolsos de caixa, para que as informações obtidas por
meio dele sejam de valia para as atividades do gestor.
Para Souza (2014), o fluxo de caixa está dividido em: atividades operacionais,
atividades de investimentos, e atividades de financiamentos. As atividades operacionais são as
principais atividades geradoras de receitas da empresa ou as que não se caracterizam como
investimento ou financiamento. As atividades de investimentos são referentes à aquisição e à
venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não inclusos nos equivalentes de
caixa, já as atividades de financiamentos, são os resultantes da estrutura de capital da
empresa.
Com base Stickney e Weil (2008), o fluxo de caixa operacional, trata das diferenças
entre as entradas e as saídas do caixa operacional e pode ser utilizado na aquisição de
edifícios e equipamentos, como também no pagamento de dividendos e entre outros. Já para
Souza (2014), o fluxo de caixa operacional representa o fluxo das atividades operacionais da
empresa, sem levar em conta os custos que são de origem investimentos ou financiamentos.
Ainda segundo Souza (2014), no fluxo de caixa financeiro, considera todos os
desembolsos, incluindo o custo de capital. Cada capital é utilizado conforme a fonte de
recurso, como por exemplo, capital próprio e capital de terceiros.

2.3.2.2 Demonstrativo de resultados


Conforme Oliveira, Hernandez e Silva (2007), as demonstrações contábeis geralmente
são conceituadas como forma resumida e ordenada de dados apontados pela contabilidade,
com o objetivo de informar os usuários os principais fatos apurados pela contabilidade. É por
meio das demonstrações que a contabilidade atinge seu objetivo de fornecer aos
administradores a informação para a tomada de decisão.
Com base em Oliveira, Hernandez e Silva (2007), a contabilidade gera informações
que devem proporcionar a seus usuários o conforto na tomada de decisões, compreendendo o
estado que se encontra a entidade por ele gerida, conhecendo seu desempenho, sua evolução,
seus ricos e suas oportunidades.
Portanto, pode-se afirmar que a as demonstrações contábeis, devem fornecer
informações úteis para serem utilizadas no processo de gestão de uma empresa, tanto as
demonstrações elaboradas, quanto as previstas em lei, como por exemplo, a Lei 6.404/1976
art. 187 que descreve a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Para Iudícibus e Marion (2004), a DRE é um resumo de disposto de receitas e
despesas de uma empresa com base em um determinado período. Ela se apresenta de forma
dedutiva (verticalmente), as receitas diminuem-se das despesas a seguir e indica o resultado
do exercício, demonstrando se a empresa obteve lucro ou prejuízo.

2.3.2.3 Orçamentos

O planejamento do orçamento para uma empresa é uma atividade essencial para um


gerenciamento eficaz onde os gestores têm as informações corretas. Conforme Anthony e
Govindarajan (2001), um orçamento é um plano organizacional para um específico período,
normalmente de um ano, o orçamento está diretamente ligado ao plano estratégico, onde são
usados informações e dados atuais. Para preparar o orçamento levam-se em conta vários
pontos da atividade financeira com base em um determinado período.
De acordo com Gitman (2010), O orçamento permite que a empresa consiga prever as
necessidades de caixa a curto prazo e com isso consiga exercer suas funções conforme a sua
capacidade. O orçamento é um elemento de destaque no sistema de controle gerencial,
portanto está presente em várias obras literárias. Destaca-se o entendimento de Frezatti
(2006), pois afirma que o orçamento faz parte da complementação do planejamento
estratégico de uma empresa, sendo ele então uma consequência do planejamento. Do qual tem
a finalidade de reunir os objetivos da empresa, para efetivar o plano e controle dos resultados.
Ainda com base em Frezatti (2006), o orçamento não tem a função apenas de prever
resultados, mas também estabelece e coordena objetivos ligados a todas as áreas da
instituição, de forma que todos busquem um mesmo resultado.
Mello (2002), contribui dizendo que o orçamento empresarial destaca todos os
gestores em cada nível dentro da instituição, e que tais gestores elaboram seus planos de ação
e estes por sua vez tem a finalidade os lucros e custos planejados em suas respectivas áreas,
informações que deverão ser confrontadas como realidade da empresa e por fim os lucros e
custos somados e alinhados em um só orçamento.
Por fim destaca-se a fragmentação dor orçamento, Warrem, Reeve, Fess (2001),
completam a linha de pensamento referente a orçamento empresarial, o fragmentando em
quatro fatias, sendo elas: Orçamento de vendas; Orçamento de compra de produtos;
Orçamentos de despesas e Orçamento de caixa.

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA

Esta seção trata do enquadramento metodológico e do respectivo procedimento de


pesquisa e análise de dados.

3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

É possível caracterizar este estudo pelos ângulos dos objetivos, da abordagem e dos
procedimentos empregados.
Quanto a natureza do objetivo a pesquisa é exploratória, pois gera conhecimento
referente a gestão financeira e suas aplicações a partir de um estudo de caso na empresa
Elfaro Indústria e Comércio LTDA. Conforme Andrade (1993), a pesquisa exploratória tem
por finalidade oferecer maiores informações sobre o assunto pesquisado e facilitar seu
entendimento.
Ao que se refere a natureza do artigo, trata-se de um estudo teórico e prático. Os
aspectos teóricos ficam em cargo de um embasamento que combina estudos conceituais
baseados em livros e artigos científicos relacionados que tratam do tema. Com base em
Barros e Lehfeld (2007), o estudo teórico-prático visa descobrir teorias, princípios e
discussões bem como a aplicação prática do conhecimento a partir da necessidade de entender
determinada situação.
A lógica da pesquisa se dá de forma dedutiva, pois parte de um conhecimento geral
para um estudo específico de análise de itens financeiros. Para Prodanov (2013), sendo uma
abordagem dedutiva pode-se iniciar com a formulação de um determinado problema de forma
clara, a fim de tratar-se de um modelo simples e que a identificação de outros conhecimentos
seja possível e auxiliando o pesquisador.
Quanto à coleta se dá a partir de dados primários e secundários, primários com base no
questionário feito ao gerente financeiro da empresa e secundários a utilização de pesquisa no
manual do colaborador da empresa. De acordo com Gerhardt e Silveira (2009), os dados
primários são aqueles que não recebem nenhum tipo tratamento analítico, como por exemplo:
gravações, desenhos técnicos, contratos, questionários e entre outros. Já os dados secundários,
que de alguma forma passaram por análises, como exemplo: relatórios em gerais da empresa.
Em relação à abordagem da pesquisa, o estudo classifica-se como qualitativo, uma vez
que não utiliza dados estatísticos complexos para que seu objetivo seja alcançado, possuindo
também uma análise descritiva dos seus resultados. Para Godoy (1995), a pesquisa qualitativa
busca compreender os materiais sob uma perspectiva em relação ao ambiente.
Quanto ao resultado da pesquisa, pode-se afirmar que se trata de um estudo aplicado,
pois gera conhecimento em relação a pergunta: “qual a responsabilidade da gestão financeira
no desenvolvimento de uma empresa do ramo de industrial e comercial têxtil?” De acordo
com Gil (2008) a principal característica da pesquisa aplicada é o interesse na aplicação,
utilização e consequências práticas dos conhecimentos obtidos.
Com relação aos procedimentos técnicos da pesquisa, foram utilizados de pesquisa
bibliográfica e estudo de caso. Bibliográfica, pois tem como um dos objetivos específico
adquirir conhecimento na literatura, livros e artigos científicos, dados estes que embasaram a
pesquisa no referencial teórico e estudo de caso, pois trata-se do estudo concentrado em um
caso específico. Com base em Beuren (2008), a pesquisa bibliográfica tem o objetivo de
recolher informações e conhecimentos para solução de um problema por meios de livros,
artigos e entre outros, e o estudo de caso se caracteriza no estudo concentrado em um único
caso, com intenção de se aprofundar e buscar uma solução ao estudo.

3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

No que se refere aos procedimentos relacionados à coleta de dados, é possível ligar ao


estudo de caso as pesquisas bibliográficas, documentais, questionários, relatórios e outras
formas de coleta de dados. Sendo assim pode-se afirmar que a pesquisa se iniciou de uma
entrevista ao antigo sócio da empresa, em seguida coletaram-se dados por meio de observação
para ser feita a caracterização da empresa, utilizando-se a pesquisa em manuais da empresa e
também dados específicos de determinados setores.
Para a elaboração do artigo, buscou-se o conhecimento aprofundado sobre o tema, nas
literaturas disponíveis a fim de construir o referencial teórico, com embasamento em livros
que completam a literatura voltada as áreas da ciências contábeis, de forma a conhecer melhor
a finalidade da contabilidade financeira e sua ligação com a gestão financeira. Em seguida
buscou-se caracterizar a empresa, descrever a sua função e o que ela representa para a
comunidade onde está inserida.
Na etapa seguintes, buscou-se dados para cumprir o que está proposto nos objetivos
específicos, buscando dados na literatura, mantando um questionário respondido pelo gestor
financeiro da empresa e destacando algumas atividades que podem ajudar a empresa na busca
por desenvolvimento financeiro.

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Essa seção está relacionada aos principais aspectos desse estudo, a fim de descrever
alguns pontos para melhor conhecimento da atividade desenvolvida e da empresa a ser
estudada, sua história e caracterização. Além disso, são apresentados os dados pesquisados e
coletados a fim de cumprir os objetivos específicos desse artigo, compondo, portanto, a
caracterização do objeto de estudo que tem a finalidade de descrever a empresa a ser
estudada, a formação dos da análise e discussão dos resultados, que tem a finalidade de
cumprir com os objetivos específicos e por fim a visão sistêmica aplicada ao caso, que faz
relação entra a contabilidade e a gestão financeira.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

Com uma produção de itens para esporte e performance, a Elfaro – Licenciada


Mormaii, possui uma gama de produtos dos mais variados segmentos, sejam eles de
esporte/performance, saúde, acessórios e suprimentos. Possui uma unidade fabril, com mais
de 5.000 m², localizada na cidade de Garopaba.
Iniciada em 2009, a Elfaro Indústria e Comércio LTDA surgiu em um projeto que
visava atender a demanda de produtos ortopédicos, como licenciados da Mormaii. Pelos
excelentes resultados alcançados em um ano de empresa, o proprietário da Mormaii
(Morongo) lançou a proposta da compra da fábrica Mormaii, a qual produzia e desenvolvia
roupas, acessórios de neoprene e a fabricação da matéria prima de neoprene, entre outros
materiais utilizados. Proposta aceita: em 2012 iniciou-se o trabalho de reestruturação contínua
da empresa.
A empresa produz e desenvolve roupas de neoprene, entre outros materiais
alternativos, para surf, mergulho, natação, corrida, bicicleta e demais esportes similares.
Inclui-se, também, na gama de produtos os acessórios, equipamentos para os esportes citados
acima, materiais ortopédicos e telas de neoprene. Os serviços de corte de neoprene, serigrafia
e desenvolvimento de roupas sob medida também são oferecidos pela empresa.
A missão da empresa é proporcionar melhores condições de vida a todos os
envolvidos no processo.
Já sua visão é crescer continuamente e tornar-se referência nos mercados em que
atuamos, desenvolvendo, fabricando e fornecendo produtos e serviços de alta qualidade;
Por fim, seus valores são: manter a Ética, Harmonia e a Ousadia em um ambiente de
liberdade com responsabilidade.
A empresa tem como seus maiores clientes de produtos esportivos, as franquias da
marca e empresas de E-commerce, que são responsáveis por uma quantia significativa de
pedidos anuais, além de indústrias de diversas regiões do país responsáveis pela compra das
telas de neoprene. Seus principais fornecedores de borracha estão localizados na China e
Tailândia. Tais fornecedores também têm uma participação na compra de tecidos, mas os
principais são empresas nacionais, que importam o fio e produzem em solo nacional, grande
parte em Santa Catarina o tecido utilizado nos produtos, além dos fornecedores de cola,
solventes, aviamentos e demais insumos utilizados na produção.
Hoje a empresa está presente em 11 países por meio da marca Mormaii,
desenvolvendo soluções em produtos de alta performance, Argentina, Chile, Panamá,
Paraguai, Peru, Venezuela, Inglaterra, Itália, Rússia, Suécia e Austrália.
Com uma capacidade anual de produzir 213.600 peças ao ano, sendo 48 mil telas,
81.600 wetsuitse (roupas de surf, mergulhos) e 84 mil acessórios, a indústria está dividida da
seguinte forma: diretoria, gerentes, administrativo, recursos humanos, departamento de
pessoal, comercial wetsuits, acessórios e techprene (telas de neoprene). Seu chão de fábrica
está dividido em duas produções, que são elas a de produtos acabados e de telas de neoprene
(matéria prima utilizada na própria empresa e vendida para outros estabelecimentos que
produzem itens do mesmo material). Nesses espaços estão localizados equipamentos
utilizados nas produções.
A produção de wetsuits está dividida em corte, cola, selaria, silicone, costura e
finalização, divididos em dois prédios da empresa. Já a produção da techprene é formada por
corte, laminação, estoura flex, dublagem e finalização do produto. A empresa também conta
com os setores de expedição, almoxarifado e desenvolvimento.
Sua contabilidade é externa e localizada na cidade de Florianópolis - SC. Os
documentos fiscais e financeiros recebidos e gerados na empresa são enviados semanalmente
para o escritório e os arquivos referente aos lançamentos (entrada de notas fiscais,
faturamento, conciliação de contas a pagar e a receber) são disponibilizados toda semana
em .txt por dropbox, para a importação no sistema utilizado pelo escritório contábil. Os
lançamentos referentes ao departamento de pessoas são feitos na empresa, assim como as
guias de INSS e FGTS e a exportados para a contabilidade uma vez por mês.
Com o número cento e trinta e nove funcionários contando com os jovens aprendizes,
a empresa tem sua responsabilidade social na cidade de Garopaba, estima-se que direta e
indiretamente a empresa é responsável por parte da renda familiar de aproximadamente
quinhentas pessoas residentes na cidade.

4.1.2 Descrição dos Setores

A empresa está distribuída da seguinte forma: diretoria, qualidade, jurídico,


comerciais, administrativo, financeiro, compras, expedição, gestão de pessoas e
produção/PCP. A diretoria é formada pelos sócios da empresa, sócios que gerem o negócio
com o auxílio de alguns gerentes, que são eles gerente de produção, gerente financeiro e
gerente comercial. Cada um deles tem a função de auxiliar os sócios nas tomadas de decisões
da empresa.
Os setores administrativos, financeiro, compras e expedições estão interligados, pois, a
partir desses setores ocorrem a movimentação que os demais setores precisam para exercerem
suas atividades. Hoje o setor administrativo da empresa conta com uma equipe que trabalha
diretamente com a parte fiscal da empresa (lançamentos, emissão de notas e outros relatórios
contábeis que auxiliam a contabilidade que é externa). O financeiro está formado por uma
equipe que cuida do contas a pagar, contas a receber e a conciliação dos documentos, além de
um gerente que elabora relatórios para a diretoria da empresa, como por exemplo o fluxo de
caixa. O setor de compras está formado por uma equipe que cuida das compras nacionais e
internacionais da empresa e a expedição com uma equipe responsável por organizar e expedir
todos os produtos vendidos pela empresa.
O jurídico da empresa trata-se de uma assessoria externa, assim como a contabilidade,
que ajuda também na tomada de decisões e auxilia com relação a procedimentos jurídicos e a
defesa da empresa. O setor de qualidade trabalha com o Sistema de Gestão de Qualidade
(SGQ) que visa organizar e registrar a maior parte da documentação da empresa, assim como
também manter a empresa dentro das normas da ISO, já que conta com o selo da ISO 9001.
O comercial da empresa está dividido em duas equipes, que são a equipe responsável
pela venda de produtos acabados, produtos relacionados ao esporte, as performances e a saúde
(ortopédicos) e uma segunda equipe responsável pela venda de Techprene que são telas,
chapas, tecido e outros itens. Como o comercial, a produção também está dividida em duas
equipes, Wetsuitse e Techprene, equipes responsáveis por toda a fabricação e produção da
empresa, contando com o auxílio de alguns terceirizados. Conforme figura 01:

Diretoria

Qualidade Jurídico

ADM, Financeiro,
Comercial Wet e Tech Gestão de Pessoas PCP - Wet e Tech
Compras e expedição

Figura 01 – Organograma da Empresa


Fonte: Manual do colaborador Elfaro 2016.

4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Essa seção apresenta a análise e discussão dos resultados da pesquisa. Para tanto segue
o cumprimento de cada objetivo específico proposto no estudo.

4.2.1 Principais Atividades da Gestão Financeira

O primeiro objetivo específico desse artigo tem como proposta enumerar as principais
atividades da gestão financeira estabelecidas pela literatura. Apesar de representar
embasamento do estudo e, portanto, parte do referencial teórico, a opção de abordagem desse
item na análise e discussão dos resultados se justifica como forma de facilitar a relação com
os demais objetivos específicos de forma ordenada e, portanto, facilitando o entendimento.
Para o desempenho de qualquer instituição privada ou pública a compreensão dessa
área traz clareza nas informações, segurança na tomada de decisões, possibilita a identificação
de pontos negativos e a resolução de tais. Enumerar e identificar as principais ações da gestão
financeira pode facilitar a gestão, pois teoricamente tem-se em mãos um passo a ser seguido,
com base em cada instituição.
Como primeira atividade encontrada a ser utilizada no processo de gestão, pode-se
destacar a ‘elaboração das informações’ contábeis para a qualidade na tomada de decisão.
Segundo Assaf Neto (2014), o procedimento de tomada de decisões é parte fundamental do
conceito de Administração. Administrar é decidir, e para que aja a continuidade da
organização, depende-se da qualidade das tomadas de decisões. Essas decisões são tomadas
com base em dados e informações que a Contabilidade fornece aos seus usuários. Ainda para
Assaf Neto (2014), desde o início as finanças são consideradas como fragmento do estudo das
Ciências Econômicas, e com o passar do tempo vêm se expondo um processo consistente de
técnica e evolução conceitual.
A segunda atividade trata da do ‘planejamento’. Para Lucion (2005 apud GITMAN
1997), nos dias de hoje a economia vem sofrendo modificações e alterações constantes,
mostrando-se vulnerável aos fatores globais, diante deste cenário as organizações devem ter
um planejamento financeiro muito bem estruturado, com isso o plano financeiro empresarial
vem ganhando cada vez mais visão e se tornando o primeiro plano a ser considerado no
momento de se tomar uma decisão.
Com base em Gitman (2010), a terceira atividade, trata da ‘concessão de crédito a um
cliente’. Para Lemes, Rigo e Cherobin (2005), as políticas de concessão de crédito de uma
empresa afetam diretamente em seu rendimento. Portanto devem estar baseadas nas condições
presentes e expectativas futuras da situação econômica e financeira da empresa, a fim de
manter a saúde financeira da empresa. Da mesma forma o recebimento de créditos por parte
de seus fornecedores.
A quarta atividade encontrada trata da ‘administração do capital de giro da empresa’.
O capital de giro é um montante de recursos que a empresa dispõe para que possa realizar
suas atividades em um determinado período, ou seja, a curto prazo. Para Assaf Neto (2010), a
administração do capital de giro integra as decisões de compra e venda e também as diversas
atividades operacionais e financeiras de uma empresa. Segundo Braga (1991), a administração
de capital de giro, envolve o processo de tomada de decisões voltadas para a para a proteção
da liquidez da empresa e também afeta na sua rentabilidade. Como conclusão, também para
Assaf Neto (2010), uma administração inadequada do capital de giro, pode trazer sérios
problemas financeiros à empresa, contribuindo para a inadimplência.
A quinta atividade é a ‘validação de propostas’, que para Gitman (2010), os
administradores financeiros têm como responsabilidade a administração das finanças de uma
empresa, sendo assim destaca a validação de propostas que envolvam grandes desembolsos.
Também com base em Gitman (2010), pode-se destacar a sexta atividade encontrada,
que é a ‘captação de fundos para financiar as operações da empresa’. Os recursos captados
podem ser usados em várias fases dentro da empresa, como por exemplo para subsidiar a
criação e desenvolvimento de um produto, como também na aquisição de um equipamento e
entre outros. Depende da necessidade da empresa.
Já a sétima atividade é a ‘tesouraria de uma empresa’. Com base em Lucion (2005), o
papel fundamental do Administrador financeira é pertinente a tesouraria da empresa, ou seja,
verdadeiramente encarrega-se do dinheiro, sua entrada e saída, e de forma lógica e racional
cuidar do retorno que é imposto pelos acionistas. Para que esse papel seja devidamente
desenvolvido é necessário que o Administrador Financeiro tenha um amplo conhecimento
sobre a administração de caixa da empresa e o custo ao qual esse fluxo está submetido. Pois a
administração de caixa está estreitamente unida ao ciclo operacional da organização e o custo
de capital aí financiamento desse ciclo.
Ter um propósito, saber onde a empresa deseja chegar, traçar estratégias claras,
objetivos e metas, pessoas competentes, gestão de qualidade, rotinas de trabalho, acompanhar
os resultados são algumas ações de uma gestão financeira que caminha em busca de
desempenho e desenvolvimento da organização, com um aproveitamento melhor de seus
recursos, para poder cumprir suas metas e objetivos. Além de utilizar sempre das ferramentas
disponibilizadas a um gestor financeiro, ferramentas citadas no subcapitulo 2.3.2 deste artigo,
que são as demonstrações, fluxos de caixa e orçamentos, afim de ter a informação concreta e
em tempo real.

4.2.2 Ações da Gestão Financeira Elfaro

O segundo objetivo específico proposto é identificar as ações da gestão financeira da


empresa Elfaro Indústria e Comércio LTDA, atualmente. Para cumprir esse objetivo foi
utilizado um questionário composto por onze questões abertas, onde o gerente financeiro da
empresa, Carlos Giovane Borges Marin, foi o responsável por respondê-las. Cabe destacar
que os quadros destinados às respostas as apresentam na íntegra e com cópia fiel.
A primeira pergunta é com caráter de conhecer melhor o funcionamento do setor financeiro.
“Como estão dividias as atividades do setor financeiro da empresa e quais são suas rotinas
(diárias, semanais, mensais e anuais)?”. O quadro 01 apresenta a descrição do respondente.

Quadro 01 - Resposta à primeira pergunta.


O departamento financeiro é dividido em contas a pagar, contas a receber, tesouraria, crédito e cobrança. Além
destes subsetores o departamento financeiro busca a implantação de um novo subsetor, a controladoria,
absorvendo atividades como planejamento e orçamento e emissão/análise de relatórios gerenciais.
As rotinas principais e recorrentes do departamento consistem em:
Diárias – Conciliações bancárias, pagamentos, cobranças, cadastro, avaliação de crédito, renegociações;
Semanais – Fechamentos conciliatórios semanais, avaliação de performance de vendas, planejamento semanal
de pagamentos e recebimentos;
Mensais – Fechamento de caixa e bancos, emissão de relatórios suporte para a contabilidade (adiantamentos,
saldos, extratos, empréstimos), fluxo de caixa previsto x realizado, fechamento de comissões, descontos em
folha.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018.

A segunda questão também é em caráter de conhecer as funções do setor financeiro da


empresa, está relacionada às funções do gestor financeiro da empresa: “Descreva sobre as
funções específicas da gerência financeira da empresa”. A resposta é apresentada no quadro
02.

Quadro 02 – Resposta à segunda pergunta.


Garantir da melhor forma possível o equilíbrio entre recebimentos e pagamentos; analisar e promover ações que
reduzam o prazo de recebimento, juros, taxas e inadimplência; Manter bom canal de relacionamento com
bancos, instituições financeiras, fornecedores e clientes; garantir com eficiência o funcionamento de todas as
rotinas ligadas a sua área de atuação; apresentar com clareza e confiança as informações financeiras da empresa
para que os sócios possam tomar decisões através de uma análise gerencial apurada; manter um bom ambiente
de trabalho junto a sua equipe e demais colaboradores.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

A terceira pergunta tem como base a primeira atividade encontrada no subcapitulo


4.2.1, que é a tomada de decisão. “O gestor financeiro da empresa, influencia, auxilia ou
participa das tomadas de decisões da empresa?”. O quadro 03 apresenta a resposta.

Quadro 03 – Resposta a terceira pergunta


No caso específico da empresa analisada o gestor financeiro participa da tomada de decisão. Em empresas
maiores que possuem uma estrutura mais verticalizada junto ao organograma, a decisão cabe ao diretor
financeiro, sendo o gerente financeiro uma fonte de informações confiável que pode influenciar e/ou auxiliar
na tomada de decisão.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018
Tendo como base as informações encontradas no subcapitulo 4.2.1 que trata das
ferramentas que são utilizadas pela gestão financeira, pode-se dizer que além de reunir as
informações necessárias para que os diretores da empresa possam tomar as decisões corretas
para o seu funcionamento, desempenho e desenvolvimento, o gestor financeiro também
participa diretamente da tomada de decisão na empresa juntamente com os sócios da empresa
Elfaro.
A quarta pergunta está relacionada à segunda atividade encontrada para a formação do
subcapitulo 4.2.1, e trata sobre o planejamento financeiro da empresa. “Como está estruturado
o planejamento financeiro da empresa?”. O quadro 04 apresenta a descrição do respondente.

Quadro 04 – Resposta à pergunta quatro.


O planejamento financeiro parte da premissa fundamental, a previsão de faturamento da empresa. Esta
previsão de faturamento é apresentada pelo departamento comercial, baseado na expectativa de performance
considerando fatores mercadológicos internos e externos a empresa, capacidade produtiva, histórico de
faturamento, bem como a necessidade de recursos necessários para a operação da empresa. Com base nesta
premissa principal é formulado o budget (orçamento empresarial) que consiste na modelagem financeira
(projeção de DRE, balanço e fluxo de caixa); demais premissas para elaboração do orçamento são baseados
no histórico e condições atuais da empresa calculadas de forma a cumprir as metas estipuladas. Através destes
relatórios o gestor financeiro tem capacidade de prever necessidades de aportes financeiros, fluxo de
pagamentos, capacidade de conceder prazos e descontos, entre outros.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

Assim como encontrado na literatura para a formação do subcapitulo 4.2.1, o


planejamento financeiro da empresa é tratado como peça fundamental para o exercício da
empresa durante o ano, com base nas informações recebidas de outros setores, que também
contribuem na formação do orçamento. Desta forma o planejamento financeiro da empresa é
uma das fontes de informações capazes de contribuir para a tomada de decisão, com base no
crescimento da empresa.
A quinta pergunta está relacionada a terceira atividade encontrada para a formação do
subcapitulo 4.2.1, referente a concessão de créditos a cliente. “Como funciona a concessão de
crédito para clientes?”. A resposta está apresentada no quadro 05.

Quadro 05 – Resposta a quinta pergunta.


O processo de concessão de crédito parte do cadastro inicial do cliente. O cliente deve ter um CNPJ valido,
endereço, informações do sócio, bem como referencias comerciais para facilitar a adoção do crédito. Após
tabulação e análise das informações prestadas é deliberado o volume de crédito e condição de pagamento
especifica para o cliente. Geralmente na primeira compra do cliente a condição de pagamento seria a vista.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

Vale destacar que as políticas de concessão de crédito afetam diretamente no


funcionamento da empresa, portanto, quanto maior o controle na hora de conceder o crédito,
melhor o retorno que a empresa terá no momento de seus recebimentos. A concessão de
crédito também está relacionada ao número de clientes inadimplentes que a empresa possui, já
que mesmo com um bom histórico, o cliente pode passar por dificuldades que o levam a ficar
inadimplentes. Sendo assim, pode-se dizer que o relacionamento direto como cliente, pode ser
uma chave na hora de conceder limites de crédito.
A sexta pergunta tem a proposta de complementar à quinta pergunta, destacando a
participação do financeiro na captação de fornecedores. “O setor participa ou influência a
captação de fornecedores? De qual forma?”. A descrição da resposta está no quadro 06.

Quadro 06 – Resposta a sexta pergunta.


Não. O departamento de compras e desenvolvimento é o responsável pela captação dos fornecedores. O
departamento financeiro possui apenas a interface no momento de negociar condição e forma de pagamento.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

Assim como a concessão de crédito, negociar as condições de pagamentos com


fornecedores também afetam no funcionamento da empresa. Vale lembrar que os
recebimentos das vendas não devem ser em prazos maiores do que os prazos recebidos para o
pagamento das compras. Para que se mantenha a saúde financeira da empresa e constante
crescimento. Influenciando diretamente na administração do capital de giro da empresa.
A sétima pergunta tem a finalidade de mostrar o posicionamento do financeiro da
empresa em relação aos demais setores. “O financeiro é integrado aos outros setores da
empresa? Qual a participação ou influência?” A resposta é apresentada no quadro 07.

Quadro 07 – Resposta a sétima pergunta


O departamento financeiro tem integração com diversos setores da empresa. A maior integração ocorre com o
departamento comercial, pois a concessão de crédito (limite, formas e condição de pagamento) e a cobrança
influenciam diretamente na performance comercial. Neste caso o departamento financeiro tem grande
influência. Outros exemplos importantes onde o departamento financeiro possui influencia seriam o
departamento de compras e departamento pessoal. Uma rescisão por exemplo, pode ser protelada caso o
departamento financeiro sinalize a necessidade. Outros setores como o fiscal o departamento financeiro está
integrado, mas possui pouca ou nenhuma influência.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

Com relação à integração e influência do financeiro sobre os outros setores da


empresa, destacam-se as relações com comercial, compras e departamento de pessoal, já que
esses setores influenciam diretamente no orçamento da empresa. Portanto, destaca-se a
importância do alinhamento das informações entre esses departamentos, já que cada decisão e
atividade desses setores refletem diretamente no fluxo financeiro da empresa. É valido
destacar também a integração com os outros setores da empresa.
A oitava pergunta está relacionada a quinta e a sexta atividade encontrada para
cumprir o objetivo especifica do subcapitulo 4.2.1, onde é destacada a importância da
validação de propostas e a captação de recursos. “Quais ações e formas de captação de
recursos e validação de propostas que envolvam movimentações financeiras?”. A resposta
está apresentada no quadro 08.

Quadro 08 – Resposta a oitava pergunta


Atualmente existem inúmeras formas para captação de recursos, dependendo da necessidade da empresa.
Principais linhas utilizadas pela empresa seria capital de giro para investimento, para aquisição de matérias
primas importadas, bem como financiamento aos clientes em suas compras a prazo (finimp, finame, operações
cambiais, capital de giro com garantias reais, entre outros). As instituições financeiras que oferecem estes
produtos e serviços possuem praticamente um mesmo critério para concessão e aprovação de crédito. Um
banco ao disponibilizar recursos aos seus correntistas espera ser renumerado por isso, bem como receber de
volta o capital empregado. Com isso se dá a importância das informações gerenciais (balanço e DRE), bem
como apresentar garantias que tornem a operação segura a instituição. Quanto maior a segurança, menor o
custo financeiro (juros, taxas, prazos, IOF) para a empresa.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

Com base nas informações obtidas através da resposta, destaca-se a importância da


validação das propostas no momento em que a empresa está em busca de captar recurso, já
que essa função pode aumentar ou não as despesas financeiras.
A nona pergunta está relacionada a uma das ferramentas citadas no subcapitulo 2.3.2,
que destaca a importância do orçamento para o funcionamento e desenvolvimento da
empresa, que é um plano de organização da empresa por um determinado período, geralmente
um ano. “A empresa trabalha com orçamentos? Destaque sua importância para o desempenho
da mesma”. A descrição do respondente está no quadro 09.

Quadro 09 – Resposta a nona pergunta.


Sim. Com a implantação do orçamento através da modelagem financeira (DRE, balanço, FC) projetada é
possível prever a necessidade de recursos, momentos de oscilação de receitas e despesas, apontar os
momentos mais oportunos para investimentos e/ou momentos que se deve praticar uma gestão mais austera.
Também possível identificar gargalos e oportunidades analisando a peça orçamentária.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

Vale destacar que o sistema orçamentário é um conjunto de orçamentos interligados,


que tem a finalidade de informação antecipada decorrente dos planos, metas e políticas
aplicadas para a obtenção de um resultado desejado. Portanto, destaca-se a importância de um
orçamento bem estruturado e com valores reais para que o andamento da empresa seja
conforme a sua capacidade.
A décima pergunta também está relacionada a uma das ferramentas citadas no
subcapitulo 2.3.2, que é o fluxo de caixa, ferramenta especifica da gestão financeira. “Qual
método é utilizado para a elaboração do fluxo de caixa? Destaque sua importância para o
desenvolvimento da empresa”. O quadro 10 apresenta a resposta.

Quadro 10 – Resposta a décima pergunta.


É utilizado o fluxo de caixa descontado projetado por pelo menos doze meses de modo analítico e três anos de
modo sintético.
A maioria das ações para melhoria de performance ou adequação da empresa a um novo processo demandam
recursos financeiros para execução. Tendo o fluxo de caixa “realista” como ferramenta para tomada de
decisão é muito mais fácil prever a possibilidade e o momento correto para executar tal ação.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

A importância de um fluxo de caixa realista reflete na expansão da empresa, já que


através dele os gestores conseguem ver de forma mais fácil a real situação do caixa da
empresa e ter base para a execução de seus projetos.
A décima primeira pergunta, tem como finalidade, destacar a utilidade das
informações obtidas através de relatórios contábeis para a empresa. “Como são utilizadas as
informações obtidas por meio de relatórios contábeis, na gestão financeira da empresa?”. A
resposta está apresentada no quadro 11.

Quadro 11 – Resposta a décima primeira pergunta.


Os relatórios contábeis fazem parte do dia a dia das ações do departamento financeiro. Além dos índices que
norteiam as principais ações do financeiro como inadimplência, prazo médio de recebimento e pagamento,
endividamento, liquidez, ebitda, o departamento financeiro deve ter total conhecimento de todas as
informações constantes no BP e DRE para dirimir dúvidas dos credores e parceiros.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2018

As ações da gestão financeira norteiam a decisões tomadas para o crescimento da


empresa, com base nos seus limites e nas capacidades que a empresa dispõe de financeiro. Por
meio delas a empresa consegue visualizar quais passos devem ser dados, o que se pode fazer e
também o que precisa esperar o momento ideal para ser realizado. Com base nos autores
citados nos capítulos anteriores, pode-se dizer que o financeiro é como o coração da empresa,
precisa estar saudável para bombear energia para todos os outros setores e assim ser possível a
realização de todo o planejamento.

4.2.3 Contribuição com o Desenvolvimento da Empresa

A empresa Elfaro está saindo de uma crise financeira que teve início no ano de 2016,
após a saída de um de seus sócios e juntamente com ele a venda de ortopédicos, produto esse
que era responsável por quase 50% do faturamento anual da empresa. Desta forma a empresa
teve que se adaptar a sua nova realidade, mudando por diversas vezes o seu quadro de
colaboradores e adotando novos produtos que pudessem substituir os ortopédicos.
Após alguns estudos e análises por parte da diretoria, encontrou-se a necessidade de
contratação de uma pessoa qualificada para gerenciar o setor financeiro e ajudar os sócios nos
processos decisórios. Desta forma destaca-se a contratação de Carlos Giovani Borges Marin,
como gerente financeiro da empresa. O investimento em capital intelectual fez-se necessário
devido a situação financeira da empresa, além de não ter um profissional capacitado para a
função, não possuía controles financeiros como fluxo de caixa e orçamentos integrados e
outras ferramentas também citadas nesse artigo, que depreciavam ainda mais a capacidade da
empresa se reerguer no mercado nacional.
Com a contratação do gestor financeiro, ouve a implantação das ferramentas e ações
descritas no subcapitulo 4.2.2. Ferramentas essas que permitiram que os sócios conhecessem a
real situação financeira da empresa e desta forma o que poderiam fazer em curto prazo para
melhor o seu funcionamento e também o que precisava de mais tempo e cautela. Vale
destacar que tais ferramentas foram inseridas no controle da empresa e de forma assertiva.
Atualmente a empresa vem se reestruturando financeiramente, aumentando o número
de produtos na sua carteira, buscando novos recursos e novas parcerias, tudo com base na sua
capacidade financeira, de forma ordenada e não impulsiva, em busca de um crescimento
econômico.
Com base em todas as informações encontradas referente a empresa, sua história e
comprometimento com a sociedade onde está inserida. Destaca-se a importância de um
financeiro saudável e capaz de atender as necessidades da empresa. Portanto seria produtivo a
empresa estudar a capacidade da implantação de um controle interno, um novo investimento
em capital intelectual para somar no time empresa. E também a possibilidade de a empresa
passar por uma auditoria financeira, já que o gerente financeiro é o único colaborador dentro
do setor que domina o conhecimento da área.
O terceiro objetivo específico tem a proposta de apresentar atividades capazes de
contribuir com o desenvolvimento da empresa estudada. Portanto para isso destaca-se a
importância de duas atividades que contribuem com o desenvolvimento das instituições onde
são inseridas. Sendo elas: controle interno e auditoria financeira.
Com base em Gil (2013), os usos das práticas de controle interno estão relacionados a
qualidade da gestão. Diante do cenário apresentando, pode-se afirmar a necessidade de um
controle interno na empresa, pois é uma função da gestão administrativa, afim de verificar o
desempenho das pessoas, dos departamentos, das oportunidades de execução de cada tarefa e
auxiliar os gestores na elaboração dos planos capazes de atingir suas metas e objetivos, de
forma responsável.
Já a auditoria financeira contribuiria com a certificação do sistema financeiro, das suas
transações e suas operações, assegurando a sua fidelidade nos registros e dando credibilidade
as demonstrações financeiras e a outros relatórios da gestão da empresa. Além de identificar
possíveis deficiências no processo, afim de corrigi-las.

4.3 VISÃO SISTÊMICA APLICADA AO CASO

Diante do estudo realizado para a construção desse artigo, observa-se claramente a


relação que a contabilidade tem com o tema escolhido, pois como citado no capitulo 2.1.1 o
objetivo de estudo da contabilidade é o patrimônio da organização. É através das ferramentas
que a contabilidade proporciona que são realizadas as devidas análises para conhecer a real
situação da empresa.
Um dos ramos da contabilidade é a gestão financeira e é através dela que o gestor vem
desenvolvendo técnicas capazes de controlar a organização, que influenciam no processo de
tomada de decisões necessárias para o desenvolvimento da empresa, sempre procurando estar
de acordo com as normas contábeis cabíveis e ao ramo de atividade da empresa.
Outro ramo da contabilidade que é utilizado para o gerenciamento da organização é a
contabilidade gerencial, como citado no 2.2, é ela que fornece os apetrechos ao administrator
para que ele possa desenvolver melhor a função de gerenciar, sabendo utilizar de uma maneira
mais proveitosa os recursos que a empresa fornece para um apropriado controle das
informações gerenciais e desta forma manter a empresa em constante desenvolvimento.
Destacando a ética e comprometimento com as informações e decisões que são tomadas
dentro de cada departamento e na empresa como um conjunto.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A gestão financeira está diretamente ligada a contabilidade financeira, de forma capaz


de produzir dados que são importantes para a gestão das empresas, dados como DRE, balaços
e relatórios financeiros com o fluxo de caixa. Dados esses que tem por finalidade demonstrar
a verdadeira capacidade e situação em que a instituição se encontra.
É fundamental que os gestores tenham conhecimento da real situação da empresa,
saibam os recursos que estão disponíveis a ser utilizados e até que ponto decisões podem ser
tomadas sem que aja o comprometimento do financeiro da empresa.
Considerando o conteúdo apresentado sabe-se, que o objetivo geral do artigo é
demonstrar a responsabilidade da gestão financeira no desenvolvimento da empresa Elfaro
Indústria e Comércio LTDA.
Contudo, destaca-se a algumas considerações, um dos pontos positivos encontrados
para a elaboração deste foi a recepção da empresa, a disponibilidade das informações e a
flexibilidade em atender as expectativas.
Pode-se dizer que o financeiro da empresa está bem estruturado em termos técnicos, e
que dispõem das formas, ações e atividades que são necessárias para um controle saudável e
capaz de atender as necessidades dos sócios e gestores. Além de manter a empresa no
caminho do desenvolvimento, mesmo que tenha passado por momentos difíceis e que
trouxeram resultados negativos para a empresa.
Portanto fica fácil identificar a participação do setor e da sua gestão, no
desenvolvimento da empresa, já que o mesmo chega a ser comparado como o coração da
organização e o setor que representa em números e valores, quais caminhos a empresa deve
tomar, quais estratégias devem ser verificadas e quais planos podem ser cumpridos a curto e
longo prazo.
Decisões produtivas, comerciais, administrativas devem ser tomadas com base na
capacidade financeira da instituição. São dependentes da realidade financeira todos os passos
a serem dados em busca do crescimento, desta forma pode-se destacar a participação do
financeiro em quase todos os setores da empresa, tendo como base as resposta do gestor da
empresa. O financeiro participa da captação de clientes, avaliação de créditos, tomadas de
decisões que envolvam o setor pessoal, produtivo e demais departamentos da empresa.
Com base no estudo feito, pode-se se afirmar que o desenvolvimento da empresa
depende da boa gestão financeira, com base em alguns dos autores citados nesse mesmo
artigo, o financeiro de uma empresa é setor responsável por gerar energia para a sobrevivência
de todos os outros, já que todas as decisões a serem tomadas na empresa dependem da sua
saúde financeira.
Sendo assim conclui-se que o financeiro da empresa Elfaro Indústria e Comércio
LTDA, é responsável por seu desenvolvimento, tendo em vista que todas as decisões tomadas
na empresa, dependem da sua capacidade monetária e tem como foco seu faturamento.
Destacando a contratação do gerente financeiro, que participa do processo de tomada de
decisões da empresa. Portanto, sua responsabilidade em relação ao crescimento da
organização é de gerar a valores que subsidiem suas ações em relação ao mercado em que está
inserida.
Como contribuição acadêmica, sugere-se a pesquisa do mesmo tema em empresas de
com atividades comerciais diferentes do que envolve a empresa Elfaro.

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