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o DESENVOLVIMENTO DE COMPORTAMENTOS

I)RÓ-SOCIAIS NA C RJANÇA: CONSIDERAÇÕES


SOBRE A NATUREZA DOS FATORES E DOS
PROCESSOS ENVOLVIDOS

VERA SILVIA RAAD BUSSAB


IPUSP-Deplo. de P.•;cologi(1 F.xperimrmtal

o DESENVOLVIMEl\TO DE COMPORTAMENTOS PRO-SOCIAIS NA


CRIANÇA: CONSIDERAÇÕES SOBRE ,\ NATIJRFZA DOS FATORES
E DOS PROCESSOS SUBJACENTES

O objetivo do presente trabalho é apresentar reflexôt:s sobre odesenv 01-


vim~nto de comportamentos pró-sociais na criam;:a, revendo as principais
tendência, dos estudos atuais. Inserido no simpósio sobre o tema '·0 mundo
socialdacriança:compürtamentospró-sociais,seusmediadores~eontextos de
emergcncia", este trabalho pretende chamara atenção pam o fato de que a
onlogênesedestespadrõeséapenasurnada,facetasdeumeomplexoprocesso,
devendo scr comprcendida dentro deste contexto mais gemI.
Muitosestudossobreodesenvolvimentoinfantiltêmdemonstradoque
par~~e fazerparteda nature7.a humana uma predisp-osição para eonereti7.ar este
desenvolvimento através da interaç1io social edo vinculo. Desde o nas cimento
a criança apreseuta uma alta prioridade para a interação social, reconhecimento
individual, formação progressiva de villeulações afelÍvas, comportamento
lúdico e exploratório, bem como uma tendência básica para compartilhamento
e empatia (Bussab, 19(0)
Mesmo recém -nascidos prematuros já apresentmn o plldrão básico de
reação dos bebes a Itnno para a p-osiÇàO face a face da màe e para a fala
maternal, abrindo mais os olhos e lIIantendo-se mais em estado de atenção
(Eckennan, 19(4). Embora os neonatos sejam Illuito dependent~s e fragi-
lizados de dive rsos p-ontos de vista, apresentalll inúmeras habilidades de
regulação 110 meio social. o que indica a importância que este meio represenlll
nacvolução e no desenvolvimento humanos,
As prcdisposiçõcsontogcnéticas humanas específicas estão relacio-
nadas a necessidadcs básicas, apreferênciasdefinidasea rcaçõcsd etenninadas
ás condições vigentes. O efeito da experiência sobr~ o curso do desenvolv i_
mento individual é modulado por estas predi,posições. Para esclarecer esta
idéia, serão eomentados a seguir dois exemplos: oda reação a estra nhoseoda
reação à qualidade do ajuste intcracional do adulto.

rema. em P,icolcygia(J997). n' J


Sabe-se que crianças tipi~amente reagem a estranhos. Hoje em dia. sabe·
se, também, que podem ser detect~dus sinais destas reações desde muito cedo:
análises detalhadas de expressões faciais e da temperatura da pele mustram que
crianças de 2 a 4 mescsja apresentam estas reações e uSllm a miíe como base de
segurança (Mizukami, Kobayashi, lshii & !\Vata, 1990), embura a resposta
mais notável ocorra em torno do oitavo mês. Esta caracteristica infantil confere
relevância à familiaridade das pessoas às quais a criança e exposta em seu dia a
dia. É evidente que mesmo esta reação universal das crianças a estranhos, que
pode ser considerada parte da narurcza infantil, requer e dcpende dc experiên-
cias de familiaridade para se constituir. Individuos criados em Instituições,
impedidos de fonnar vinculos, podem reagir diferentemente a desconhecidos.
A intensidade da reação também pude variarem diferentes culturas. Bebl's KUlIg,
um povo caçador colctor da Africa Sctelllrional, reagem mais fortemente a
desconhecidos do que criança, ocidentais. aparentemente pelo fato de terem
contato muito mais reduzido com estranhos em seu cotidiano (Konner, 1981)
O segundo exemplo se refere ao fato de que bebês reagem li qualidade do
ajuste interaciolla) do adulto durante as trocas sociais, utilb~ando-sc. inclusive,
de indicadores complexos e sutis. Ficld, Gu)' & Umbel ()985) demonstraram
que crianças de 3 meses e meio vocalizam mais e aumentam o numero de
sorrisos simultâneos em interação com a mi'le, quando esta imita ou iguala a
expressão facial exibida pela própria criança. Por outro lado, a ausência de
reaçõcs da mile 1I0S sinHis do bebê, como quando esta mamem uma face neutra
durante uma interação, produ7desconfortu na criança, qu~ desvia o olhar, voca-
liza e sorri mellos(Trevarthen.1984).
Em resumo, o fato de o bebê reagir a estranhos c à qualidade do ajuste interd-
dona) do outro e que toma familiaridade e sincronias interadonais fatores impor-
tames para o seu desenvolvimento. A compreensão dos efeitos da experiência
requer uma compreensão de~1as caracteristici:ls da natureza humana. Desse modo,
aocstudaraOlllogênese édecspecial interesse quese analisem tanto as CllTlIcteristi-
cas naturais du processo de dt:Sellvolvimcnto humano (Iwlflto os modos de criação
contemporâneos, ern particular no que se refere aos fatores que estas carnc1eristicas
deternlirJam como importantes no ambiente, sem esqwxer que as caractcristir.:.1S
deste processo também podem ser tTllnsfonnadas pela experiência
No momento, intcressa-r10S rcali7..ar esta analise, com destaque para a
em~rgi!ncia dus comportamentos pr6-sociais na criança.
Confomle revisão rcita por Lordclo c Carvalho (\989), sob este rótulo
têm sido estudados comportamentos tradicionalment~ denominados altruístas,
seja em um sentido estrito de beneficio ao outro em prcjuí/O próprio, seja em
um sentido mais genérico, emol\"endo algum tipo de favorecimento ao outro
Padrões deste tipo também têm sido estudados com outras denominações,
como, comportamentos empáticos, cooperativos ou de ajuda
Dentre estes padrõcs pTÓ-sociais, também lêm mertx:ido nossa atenção
aqueles em que a c.riança apresenta em relação à outra, padrõcs que mimeti7.am
ocomllOl1amento típico do adulto de cuidado e proteção dirigido aerianças
pequenas, incluindo cuid~dos físicos, ensinar. ajudar, contato afetuoso e
entreter, É interessante que nestes casos podem ocorrer também padrõcs
comunicativos semelhantes aos do cuidado adulto, na nivclação postural, na
posição face 8 face e na modulação vocal.
Inter.'cnçÕCsconfortadorasaparecem ao longo do segundoanodevid a:
nestes casos. as crianças podem t:lzcr pelo outro o que costumam gostar para
elas m",smas. Eibl-Eibesfeldt (1989) mostra uma sequência de fotos de uma
mcnina Yanomami de cerca de 15 meses, que ajuda um outro bebê que está
chorando,oferccendoo seio de sua prOpriamãe. Na \'erdadc. este aut orreúne
neste mesmo livro, "l1uman Ethology", farta documentaç~o fotográfica e
obscrvacionaldestcstiposdecolllportamCll1oclllrecriançaspequcnasdedifc-
f",nt",s culturas. Zhan-Waxl",r & Radka-YalTOlV (1990) mostraram diversos
componentes de padrõcs pró-sociais em um menino nol1e-~mericano de 21
meses, em resposta iI simulação de tristeza de sua mãe. incluindo perguntas,
tentativas de distraí-Ia com um brinquedo e um abraço. Pedrosa (1989)
descreveu, entre outros, um episódio filmado em creche brasil~ira. em que uma
menina de menos de uln anO,ouvindoochorodeoutracriança,gatinh apela
sala. passa por obstáculos. chega pt:rtoda outra e a acaricia.
O aparedmento relativamente precoce de comportamentos pró-sociais
no desenvolvimento humano, registrado nas mais diversas culturas. tem
merecido recentcmente alguma atenção por parte dos pesquisadores e tem
levantado uma série de questõcs intcressmlles.
A empatia tem sido considerada como mediadora do comportamento
pró-social (HotTman. 1981). Podc ser definida como uma resposta vicária à
emoção do outro. englobando componentes motivaciollais. cognitivos c
afeti~os (Santana, Olta c Bastos, 1993). llotTman consid",ra que existe ullla
predisposição biológica pora a empatia. O choro reflexo de recém-nascidos em
resposta ao choro de outro bebê é vi~to porcle como um precursor primitivo da
ativaç~oempática.
Uma cena capacidade de igualar aexprcssão facial do OUlro(irnitação
rudimentar) tem sido demonstrada em bebês (Meh70ff & Moere, 1977,1985)
apesar de persistir alguma controvérsia sobre o assunto (McKenzie & Over,
1983). Os adultos apresentam esta igualação expressiva nas int eraçõcsemque
se envolvem. inclusive nas interações com seus bebês. Papousek & Papousek
(1984) referiram-se a este fenômeno como um espelho biológico, importante
para o descnvolvimento da autoconsciéncia na criança. o material fotográfico
apresentado na pesquisa de Field, Woodson. Greenbcrg & Cohcn (1982)
aprcsenta bcbês de 36 horas igualando cxpressõcs de espanto,aborreei mentoe

T~mMe",1',jc<>iogja(!997)." · J
contentamento exibidas por modelos. Ao elUlminar estas fotos, tem-se a
impressão de que se tratam de expressões genuínas.
E poss ivel que esta igualação não represente apenas um fenômeno fae ial
J>eriférico e que esteja ocorrendo algum tipo de contágio emocional. que
também poderia s.crum indieadordc ati\ação empática precoce (Bussab, 1993)
A inda nesta mesma linha, Condon & Sanders (1974) demonstraram, já
em recem-nascidos, a ocorrência de sincronia interacional. ou seja, entrar.
quanto li movimentação geral do corpo. em ritmo com a fala ouvida. Esses
autores consideraf'dm ser este um importante fator de aculturação dos bebês,
pemlitindo a aquisi~ão da linguagem via participação imeraclollal
Acumulam-se, a meu ver, indicadores da presença. ainda que rudimentar.
de uma tendência para um compartilhamento interacional básico desde o nasci-
mento. que incluiria sincronizações. igualações e padrões empáticos. Acumu-
lam-se também evidências da importância deste compartilhamento, que inclui a
empatia, tanto para a continuidade e regulação da interação em andamento quanto
para o desenvolvimento subseqüente. Cada um dos autores citados chamou a
atenção para o efeito de algum aspecto deste compartilhamento básko sobre
alguma earacteristica espt:cifiea do desenvolvimento: igualaçõcs reciprocas e
desenvolvimento da autoeonsdência e da intencional idade ( Papousck &
Papousek. 1984); sincronia e aculturação e aquisição da linguagem (Condon &
Sanders, 1974): expressão de emoções e regulação interacional (Trevarthen,
1984). Contudo, é possivel que estes diversos efeitos estejam inter-relacionados
de maneira complexa, f37.cndO parte dc um processo mais global. Esta bem
demonstrado que este contexlo socioafetivo em que a criança se desenvolve. em
especial com as J>eSsoa.~ que cuidam dela, é o responS!Í\cl pelo desenvolvimento
do apego (a panirda teoria de Rowlby, 1984)equceste por sua vez se relaciona
com os demais aspectos do desenvolvimento como o cognitivo.
Assim, no que diz respeito a empatia, é possível que o~ processos cmpa-
tiws sejam mais do que mediadores de comportamentos pró-sociais. existindo
a possibilidade de eles serem mediadores de parcelas significativas da própria
interação social e do desenvolvimento posterior.
Dentro do panorama geral aqui apresentado, a ontogênese dos com porta-
merdos pró-sociais deve ser l'JItendida como parte integmnte do desenvolvi-
mento global do indivíduo.
A empatia tem sido vista como mediadora dos comportamentos pró-
sociais (Hoffman, 1981). Níveis altos de empatia correlacionam-se com
comportamento de ajuda (Slraycr & Sehrocdcr, 1989). Contu do, níveis altos de
angústia pessoal diante do sofrim~nlo do outro estão associados a "íveis mais
baixos de ajuda: a natureza 3versiva da angústia pessoal pude levar o individuo

T~"',,",e .. P.íçolng;Q(J997). n·3


a focalizar seus próprios sentimentos em detrimento do outro (Eisenbcrg,
Fabes., Carlo. Specr. Switzcr. Karbon & Troyer. 1993). Ao longo do segundo
ano de vida parece haver uma transição: diante de expressões de sofrimento do
outro, diminuem as reações de angústia pessoal e aumentam os padrõcs de
ajuda, o que também parece apoiar esta hipótese de oposição entre angústia
pessoa) e ajuda.
Entretanto, eonfonne Zhan-Wax1cr (1996), apesar de allgústia pessoal e
empatia serem vistas como incompativeis, esse contraste nem sempre lica tão
claramente delineado. Desaceleração cardíaca tem sido associada a foco de
atenção voltado para o outro, e à previsão de empatia e de comportamentos pró-
sociais. enquanto a 3(;eleração cardíaca tem sido tomada como um indicadorde
angústia pessoal. com foco na próprio indivíduo. Essas expe<:tativas ncm
sempre se conlimlam. Sob certas circunstàncias. a capacidade de focalizar o
outro em conjunção com 11 própria ansiedade pode refletir fonnas extrema'
mente pott:ntcs de prt:ocupação com ooutru. Meninas de 5 anos mostram maior
desaceleração cardiaca que os meninos, sugestiva de maior orielltação pró-
sociaL mas ~o mesmo tempo. também apreSt:ntam um nivel mais alto de
ativaçãu, suge~tivo de maior tensão
Neste caso. como nos demais a seguir. a controvérsia de resultados deve
ser entendida como indicadora da complexidade do processo.
Diferenças sexuais no desenvolvimento de comportamentos pró-sociais
têm sido bem documentadas na literatura. apesar dc alguns estudos niio consta-
tarem este efeito.
Na pré-escola, meninas são mais pró-sociais do que os meninos (Strayer
& Sehoreder, 1989; Blakemore, 1990; Ka!liopuska, 1991). Este mesmo tipo de
resultado foi encontrado por l<lrdelo (1986). com crianças brasileiras, bem
como por Carvalho (1996), na pesquba sobre o desenvolvimento de comporta-
mento de cuidado entre crianças em diferentes ambientes institucionais.
Estudos longitudinais com gêmeos constataram aumcnto com li idade de
preocupação, atos pró-sociais e expluração cognitiva em resposta aos sinais de
sofrimento do outro, com a idade, de 14 a 20 meses: as meninas obtiveram
índices mais altos na maioria das medidas (Zhan-Waxler. Robinson & Emde,
1992). Embora essas diferenças devam ser entendidas como resultantes de
fatores que incluem O ambiente familiar-cultural, tem se admitido que parece
haver base biológica hereditária. Constataram-se tambem outros ereitos da
hereditariedade, sendo verificada maior similaridade nos componamcntos
empáticos de gêmeos idênticos do que de fraternos.
Zhan-Waxlcr& Radke Yarrow( l99Q) analisaram as origens da preocu-
pação empática e consideraram que: a) o temperamento e o ambiente podem
contribuir para diferenças individuais: b) experiências iniciais de socialização

Temweml',icoJogia (1997).n· 3
podem levar a padrões ajustados ou desaj ustados de resposta ás necessidHdes do
outrocc)depressaodospais,discórdiaconjugalcmaus-tratossãoclementosde
risco. Essasautorasrevisaram trabalhossobreaquHlidadedoap ego aos pais em
famílias com maus-tratos e alTolaram evidências de comportamento inadequado
em relação ao sofrimento de pares nestes jovens. Como _cremos. contudo. todos
esses fatores uperam de modo ~omplexo, podendo produzir efeitos "ariados
Diversos aspectos da experiêneia inicial com os pais parecem afetar os
eomponamentos pró-sociais das crianças. A empatia da mãe pareee ser uma
variá_el impor1ante para este desenvolvimento no primeiro Hno de vida
(Trommsdorf. 1991). Uma eertaausênciadc disponibilidade emocional da mae
ou a presença de emoções extremas como tristeza parecem afetar o desenvol-
vimelllO da empatia na criança
rodavia. a complexidade destes efeitus deve ser salientada. Por exem-
plo. crianças que experiencinram niveis muito altos detristez.1 ou de raiva
maternas podem ser menos pró-sociais em classe com os colegas, segundo
alguns estudos. Porém, Í>to nem sempre acontece. FrankeL Lindahl & Harnton
(1992)nãoeonstataramdiferençasemempatiaentrcascriançasfilhas de mães
Jeprimidasnapré-escola.
Em primeiro lugar o fator deprcs.ão materna pode comportar diversas
variabilidades. com diferentes níveis de disponibilidade emocional da mãe. Em
segundo.acomposiçãodeste fator com outros podcproduzirefeitos variados.
O m~smo tipo de fenômeno ocorre quanto li outros fatores. Tem se
demonstrado que o comportamento da criança com seus parceiros pode ser
afctadopeloestilodeapegoqueacriançadesenvolveucomamiieoucomos
pais. I'arcce existir uma relação entreaqlllllidade do ap<.:go inkial eacapaei-
dade de responder empaticamcntc ao sofrimento dos colegas na pré-escola
(Kestcnballm.Farber&Sroufe.1989).
Entretanto.estecfeitopareceJepcndcrdcoutrascoisas.comoosexoda
criança. Naeseola,meninosdeapegoinsegurode4anossãomaisagressivos.
assertivos. disruptivos e controladores enquanto meninas nas mesmas
condiçõcs são maisdependcntc>. submissase expressam mais compor1amentos
positÍ\.·os. As crianças seguras são moderadamente controladoras. assertivas e
submissas (Turner. 1991)
Na verdade. todaslls relações entre os fatores precisam serrelativ izadHS
rudo aponta para uma análise mais global qlle possa renetir melhor os proces-
sossubjaccntes.Zhan-Waxler(1996).umadaspcsquisadorasquemaistemse
dedicado a este tema. comentou. em recente conferência, a importância dos
modelos eontextuais. ilustrandOC01l1 o seguinte exemplo. Castigos fisiços têm
sidu assocÍ<.dus Íl agressividade na \:fiança. Esta prcvis.ão se confinna com
crianças euro-americanas ma.; não com crianças afro-amcrieanas. Assim,
comportamentos parentais semelhantes poderiam passar diferentes mensagens
emambientesfmniliaresdifercntcsouemdiferente,eontextosétnico-cuhurnis.

TemaumPliCo/l>giu(1997)." "3
A análise do efeito de uma variável em um dado contexlo des \'e nd a
apenas uma pequena parcela do processo su bjacen te. Compreensões mais
amplas apenas podem ir sendo ad quiridas pela acumulalj'llo de dados referentes
às mais diversas possibil idades. com atenção especial às controvérsias. Por sua
vez, ao se pensar nos processos subjacentes també m parece ser preciso consi-
derá-lo com vários níve is de complexidade. Assim. ao ~ puxar o fio da meada
da empati a ou daorien talj'ão pró-social, talvez estejamos diante de um processo
psicológico mais gera l. que inclu i as mais di \ crsascaraclcrísl icas do nosso
dcsenvolvimcnto.

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