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Relatório Setor Hematologia
Relatório Setor Hematologia
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leucocitose deve ser adjetivada em discreta (ou leve), moderada e acentuada, de
acordo com os valores do leucograma (MOURA, 1982).
As leucocitoses ocorrem basicamente em três situações:
Leucocitose fisiológica – geralmente de grau leve é comum em gestantes,
RN, lactantes, após exercícios físicos e em pessoas com febre;
Leucocitose reativa – estão notadamente relacionadas com o aumento de
neutrófilos e se devem às infecções bacterianas, inflamações, necrose tecidual e
doenças metabólicas;
Leucocitose patológica – estão relacionadas a doenças mieloproliferativas
(leucemias mielóides, policitemia vera, mieloesclerose) e linfoproliferativas
(leucemias linfóides e alguns linfomas). Na vigência de leucocitoses é fundamental a
cuidadosa análise da morfologia leucocitária, distinguindo para os neutrófilos as
seguintes verificações: presença de neutrófilos jovens (bastões, metamielócitos,
mielócitos e promielócitos), granulações tóxicas, vacúolos citoplasmáticos e
inclusões anormais. Nas leucocitoses patológicas, especialmente aquelas que
derivam de leucemias agudas, é comum observar leucócitos jovens e com nucléolos
– os blastos. Em leucemias mielóides agudas a presença de blastos (ou
mieloblastos) é muito freqüente, da mesma forma que os blastos (ou linfoblastos)
nas leucemias linfóides agudas. Há necessidade de se ter muita segurança para
liberar no laudo a presença de células blásticas. Para evitar constrangimentos
desnecessários, sugere-se que na vigência de leucocitoses e presença de células
blásticas ou jovens se deva fazer um contato com o médico do paciente antes da
liberação do laudo (MOURA, 1982).
As infecções virais, por sua vez, induzem a linfocitose relativa, com ou sem
leucocitose e, às vezes, até leucopenias. Nesses casos a presença de linfócitos
atípicos que se caracterizam pelas morfologias alteradas nas formas do núcleo e da
célula, na relação núcleo/citoplasmática e intensa basofilia do citoplasma,
constantemente ultrapassa a 5% dos linfócitos contados. Muitas vezes as infecções
virais sensibilizam as células apresentadoras de antígenos as quais são
caracterizadas pela monocitose e linfocitose conjuntamente, como ocorrem na
mononucleose infecciosa (MOURA, 1982).
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A leucopenia muitas vezes se deve à diminuição dos neutrófilos e pode ser de
causas fisiológica ou induzida por drogas e poluentes, reativa e processos
imunológicos (MOURA, 1982).
As plaquetas constituem elementos anucleados oriundos da fragmentação
citoplasmática do megacariócito. Sua função após uma ruptura do vaso, é de
migrarem ao local da lesão e tem propriedade de aderir-se ao tecido subendotelial,
formando-se um tampão plaquetário de caráter irreversível, porém temporário. As
alterações plaquetárias dá-se clinicamente alguns aspectos, como a formação de
petéquias, sangramento espontâneo ou por traumas (ROSENFELD, 2007).
A contagem de reticulócitos no sangue periférico fornece informações sobre a
integridade funcional da medula óssea. Constitui um fator importante no diagnóstico,
classificação e monitorização do tratamento das anemias, na confirmação da
regeneração da medula óssea após quimioterapia ou transplante, e na
monitorização da terapêutica com eritropoietina humana recombinante
(ROSENFELD, 2007).
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OBJETIVO
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METODOLOGIA
DISTENSÃO SANGUÍNEA
(Fonte: http://goo.glesafe.com/?q=esfrega%C3%A7o%20sangu%C3%ADneo)
COLORAÇÃO MAY-GRUNDWALD-GIENSA
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Lavou-se logo após as lâminas com água de torneira utilizando-se um balão
de vidro;
Após retirar o excesso de água, cobriu-se a lâmina com Giensa;
Esperou-se 10 minutos e posteriormente retirou o corante com água de
torneira com auxílio de um balão de vidro;
Limpou-se a parte posterior da lâmina e esperou-se secar para realizar-se a
contagem celular.
Reticulócitos
Fônio
Hemácias(manual) Eritrócitos(aparelho)
X
x Plaquetas(manual)
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RESULTADO E DISCUSSÃO
CASO 2 – 123255-25
R. A. J., 50 anos, masculino.
HEMOGRAMA COMPLETO
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Monócitos 11.9 0.619 2 a 12 0.05 a 1.30
Outras 0 0.000 0 0
Plaquetas 255.000/mm3 140.000 a 450.000/mm3
VPM 9.2 fentolitros 6.0 a 11.0 fentolitros
COAGULOGRAMA
Método: Bell-Alton
Discussão:
A sigla RDW, que em inglês quer dizer red blood cell distribution
width (comprimento de distribuição de glóbulos vermelhos) é o índice que serve para
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indicar a anisocitose através da porcentagem que se encontra no exame de sangue.
A anisocitose é um termo médico usado para indicar a presença de glóbulos
vermelhos de diferentes tamanhos no hemograma. Esta situação é considerada
como algo anormal no sangue que costuma acontecer principalmente por causa de
alguma forma de anemia (VALLADA, 1993).
Já a macrocitose encontrada no hemograma é caracterizada por glóbulos
vermelhos suficientes e invulgarmente grandes. A ausência de células vermelhas do
sangue viáveis conduz à deficiência de oxigénio em todo o corpo. Com o tempo,
esta falta de oxigênio pode causar sintomas relacionados a vários sistemas
orgânicos (BAIN, 1982).
Os sintomas de macrocitose pode variar de muito leve a grave. Os sintomas
gerais de macrocitose estão relacionados com anemia e incluem fadiga, falta de
concentração, tonturas, palidez e falta de ar. Em casos graves, macrocitose pode
levar a sintomas neurológicos, como confusão, demência, depressão, perda de
equilíbrio, e dormência ou formigamento nos braços e pernas. Os sintomas
neurológicos de macrocitose devem receber atenção médica imediata, pois eles
podem se tornar permanente se não for tratada (FAILACE, 2003).
A macrocitose normalmente resulta de um problema com a deficiências de
vitamina B12 ou folato, dois nutrientes que são essenciais para a formação de
células vermelhas do sangue. Tais problemas podem resultar de danos ao aparelho
digestivo que interfere com a absorção eficiente desses nutrientes. Uma doença
hereditária chamada anemia perniciosa, em que o corpo não consegue absorver
suficiente vitamina B12, é uma das principais causas de macrocitose. Além disso, a
ingestão inadequada de vitamina B12 e ácido fólico pode levar a baixos níveis
desses nutrientes no organismo (FAILACE, 2003).
Portanto, o quadro clínico do hemograma acima, sugere o caso de um
paciente com um quadro de Anemia megaloblástica, onde há uma macrocitose
elevada, tendo um relativo aumento do RDW, causando uma anisocitose também
elevada. Porém, segundo FAILACE, há possibilidade quando o VCM excede 110 fL
e os eritrócitos são redondos, de aspecto normal mas tendo uma elevada
macrocitose, também pode-se sugerir uma macrocitose alcoólica que não é notado
ao microscópio, pois é um achado da tecnologia, sendo assim, neste caso a
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etiologia só pode ser confirmada por informação do médico, consulta ao paciente ou
à família.
CASO 2 – 014075-25
A.R., 6 anos, masculino
HEMOGRAMA COMPLETO
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Linf. Atípicos 0 0.000 0 0
Monócitos 8 0.208 2 a 12 0.05 a 1.30
Outras 0 0.000 0 0
Plaquetas 358.000/mm3 140.000 a 450.000/mm3
VPM 8.5 fentolitros 6.0 a 11.0 fentolitros
GLICOSE
Resultado: 96mg/dL VALOR DE REFERÊNCIA
65 á 99mg/dL
Método: Enzimático
TSH
Resultado: 6,2µUI/mL VALOR DE REFERÊNCIA
Método: Elisa
URINA TIPO I
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EXAME FÍSICO
pH 6,0 5,0 á 7,0
Glicose Negativo Negativo
Proteínas Negativo Negativo
Cetonas Negativo Negativo
Hemoglobina Negativo Negativo
Bilirrubinas Negativo Negativo
Nitrito Negativo Negativo
SEDIMENTOSCOPIA
Leucócitos <7.000/mL Até 7.000/mL
Hemácias <5.000/mL Até 5.000/mL
Cilindros Ausentes
Cristais Ausentes
Filamentos de Muco Ausentes
Cel. Epiteliais Raros
Parasitas Ausentes
Bactérias Ausentes
EXAME PARASITOLÓGICO
Helmintos: Negativo
Protozoários: Negativo
Material: Fezes
Discussão:
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identificação, e assim por diante (BAIN, 1995).
Os neutrófilos são o tipo mais comum de leucócitos, especializados no
combate a bactérias e fungos, envolvendo-as e matando-as.
Uma neutropenia (diminuição do número de neutrófilos) aparece
nas infecções bacterianas, sobretudo, nas inflamações e nas necroses de
tecidos. Pode também acontecer nos últimos meses de gravidez, nos
tratamentos por corticoides, tabagismo, desordens metabólicas, neoplasias,
hemorragia aguda ou hemólise, doenças mieloproliferativas como leucemia
mieloide crônica, policitemia vera, etc (RAVEL, 2000).
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos.
São responsáveis pela produção dos anticorpos que atuam contra
as infecções virais, detectam e destroem algumas células cancerosas.
Chama-se linfocitose o aumento do número de linfócitos. As linfocitoses
(aumento dos linfócitos) verificam-se nas doenças infecciosas. Uma
hiperlinfocitose duradoura em um adulto pode indicar
uma leucemia linfoide crônica, um linfoma não-Hodgkin ou uma tireotoxicose
(FAILACE, 2003).
A sugestiva do caso é que o paciente pode estar com um processo
inflamatório ou infeccioso, por isso mostra a alteração significativa de
neutrófilos e linfócitos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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