Teresina, Piauí, SÁBADO E DOMINGO, 15 E 16 DE JUlHO DE 2023
com 5
Doadoras de leite materno
terão direito à meia-entrada
em eventos no Piauí
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Aplicação da meia-entrada está sujeito à apresentação
de comprovante emitido pelo Banco de Leite
Maria Clara Estrêla
Repórter
Foi sancionada pelo governador Rafael Fonteles
(PT) a lei nº 8.051/2023, que trata sobre a conces-
são do pagamento de meia-entrada em eventos às
doadoras de leite de materno no Piauí. Com a san-
ção da lei, as mulheres que doam leite materno ao
Banco de Leite do Estado poderão pagar somente
50% do valor do ingresso cobrado para acessar espe-
táculos e eventos.
De autoria do deputado estadual Aldo Gil (Pro-
gressistas), a lei vem como um incentivo à doação de
leite materno no Piauí.
A meia-entrada de que trata a lei vale para locais
de espetáculos teatrais e musicais, shows, exposi-
>>> parque itararé
Tiro que matou idosa
pode ter sido disparado por
policial civil, diz delegado
O tiro que matou a senhora Maria de Jesus P. de
Sousa, 67 anos, pode ter partido da arma de um poli-
cial civil. A informação foi confirmada pelo delegado
Francisco Baretta, coordenador do Departamento de
Homicídios (DHPP). De acordo com ele, o policial
civil teria sido abordado pelos criminosos anunciando
o assalto, reagiu e, ao atirar, acabou atingindo a idosa
que estava na porta de casa.
O delegado Baretta não informou o nome do poli-
cial, mas disse que ele se apresentou nessa sexta-feira
(14) cedo na Central de Flagrantes para prestar escla-
recimento e entregar sua arma para perícia. “Ele pres-
tou um depoimento esclarecedor. A investigação está
começando, vamos ouvir as pessoas, requisitar os exa-
mes, ver se o projétil ficou alojado na vítima e, se tiver
ficado, vamos verificar através de exame balístico se
foi o mesmo projétil que partiu da arma do policial”,
explicou Baretta. Questionado sobre a responsabiliza-
ção do policial civil pela morte da senhora Maria de
Jesus, o delegado Baretta afirmou apenas que o agente
da segurança tem por dever legal proteger e defender a
sociedade. “Neste caso, além da defesa social, ele tam-
bém estava na condição de vítima do assalto, segundo
consta. Vamos ver se houve legítima defesa de si ou
um excesso culposo por parte do policial”, finaliza o
coordenador do DHPP. O caso será investigado pelo
Núcleo de Feminicídio e será presidido pela delegada
Nathalia Figueiredo. (Maria Clara Estrêla)
Geral
Divulgação/MDER
ções de arte, exibições cinematográficas, circenses,
eventos esportivos, de lazer, cinema, entretenimen-
to e demais manifestações culturais no Piauí.
De acordo com a lei, a aplicação da meia-entrada
se estende às atividades que ocorrerem no período
de até dois anos após a última doação comprovada.
Para garantir o direito à meia-entrada, as doadoras
de leite materno devem apresentar a carteira ou de-
claração emitida pelo Banco de Leite que comprove
sua condição de doadora. Caso essa comprovação
não seja feita, a mulher estará sujeita às sanções pelo
descumprimento da norma. O texto não discrimina
que sanções são estas.
>>> pi-114
Mãe e bebê de dois meses
morrem após caírem de
moto em Campo Maior
Isabela Lopes
Repórter
Uma jovem de apenas 19 anos, identificada
como Antonia Kaline da Silva Moura, e sua filha,
de apenas dois meses, Ana Lis Silva Rodrigues,
morreram após caírem em um buraco na PI-114,
estrada que liga os municípios de Campo Maior e
Cabeceiras do Piauí. O acidente ocorreu na noite
desta quinta-feira (13). As duas estavam em uma
motocicleta conduzida pelo esposo de Kaline,
Kauã Rodrigues Viana, de 20 anos.
Segundo o condutor da motocicleta, ele teria
tentado desviar de um buraco na estrada quan-
do um caminhão surgiu repentinamente, fazendo
com que sua esposa e filha caíssem do banco tra-
seiro. Com a queda, as duas sofreram traumatismo
craniano e morreram ainda no local. Kauã Rodri-
gues sofreu escoriações pelo corpo.
A Polícia Militar esteve no local e isolou a área.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU) foi acionada para atender
as vítimas e encaminhar os corpos ao hospital da
região.
A família estaria voltando do município de Nos-
sa Senhora de Nazaré, onde residem os familiares
de Kaline.
Editor: Luiz Carlos de Oliveira - jornal@portalodia.
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Arbitragem é exceção e não regra como
ambiente para resolução de conflitos
nas maiores empresas do país
Pesquisa inédita do Anuário da Justiça Direito Empresarial, or-
ganizada pela revista eletrônica Consultor Jurídico, aponta que
mais da metade das companhias deixaram de prever esse
mecanismo privado de solução de controvérsias. Os números
revelam que, nas maiores empresas do país, a arbitragem
é exceção e não regra como ambiente para resolução de
conflitos: apenas 27% das corporações fazem com frequência
(sempre: 4%; na maior parte das vezes: 23%) previsão de foro
arbitral via termo compromissório em seus contratos. Parcela
expressiva de 66% o faz com pouca frequência (na menor
parte das vezes: 44%; só quando o contratante exige: 22%). E
outros 4% nunca fazem essa previsão.
A conciliação mostrou-se o método alternativo mais
usado, com média de uso de 5,4 (em escala de 0 a 10),
enquanto a arbitragem recebeu média de 3,4 e a mediação
média de 2,9.
A pesquisa integra a primeira edição do Anuário da Justiça
Direito Empresarial, um levantamento completo sobre os
impactos das decisões judiciais no dia a dia das empre-
sas. Além da satisfação com as soluções oferecidas pela
Justiça ou suas alternativas, a publicação também mostra
a dinâmica dos departamentos jurídicos com outras áreas
das companhias. As incertezas que hoje rondam arbitra-
gem também são percebidas pela comunidade jurídica.
Em sua palestra no XI Fórum Jurídico de Lisboa, o presi-
dente da Comissão Constitucional da OAB, Marcus Vinícius
Furtado Coêlho cobrou cumprimento rigoroso do dever de
revelação em arbitragens sob pena de anulação do proce-
dimento e redução do uso do instituto pelas empresas.
“Se esse mínimo controle, que é o único que existe hoje na
legislação brasileira, não for cumprido adequadamente, en-
tão nós iremos estimular o fenômeno que hoje já se revela
nas pesquisas. O Ipespe, a FGV e a ConJur fizeram recen-
temente uma pesquisa com as empresas brasileiras e os
dados não são animadores: a ampla maioria não quer mais
utilizar arbitragem. Há um decréscimo na adesão”, alertou.
O Anuário da Justiça do Direito Empresarial será lançado
em agosto e contou com consultoria do Ipespe (Instituto
de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) e da Funda-
ção Getulio Vargas.
Levantamento também traz dados
sobre políticas de proteção de dados
O Anuário da Justiça do Direito Empresarial também mos-
tra o que pensam os executivos sobre políticas de proteção
de dados, compliance e governança; o papel dos departa-
mentos jurídicos e relações com o público interno e externo
das empresas; e percepções sobre o papel de agências
reguladores e tribunais administrativos.
O levantamento trata ainda sobre o crescimento dos pedidos
de recuperação judicial e de falências no país, mostra quem
são os juízes e desembargadores especializados no tema em
todo o Poder Judiciário e as tendências nas suas decisões.
Na área concorrencial, a pesquisa traz um perfil do Con-
selho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e dos
negócios que têm chegado atualmente para sua análise.
Os impactos do sistema tributário, das novas relações
de trabalho e das milhares ações de consumo no mundo
empresarial mereceram capítulos especiais.
(CONJUR)
Inteligência Artificial: CONAR abre
processo contra Volkswagen por
propaganda com Elis Regina
Uma rápida olhada nas redes sociais e você vai se deparar
com as pessoas usando a inteligência artificial para criar
imagens futuristas ou combinações sobre como seriam
seus filhos, entre outras peripécias virtuais. De fato, a Inteli-
gência artificial generativa é a bola da vez. Mas nada foi tão
impactante na última semana quanto o comercial de 70
anos da Volkswagen, que colocou nada mais nada menos
que a cantora Maria Rita e a sua mãe, Elis Regina - repro-
duzida com o uso de IA - dirigindo lado a lado e cantando a
música “Como Nossos Pais”.
Um misto de emoção, mas também de questionamentos
e impressões sobre o uso dessas tecnologias para recriar
situações, momentos e encontros quase que reais com
pessoas que amamos e que já não estão mais nesse
plano. Não dá pra negar que é um negócio fantástico, mas
também assustador.
Elis Regina faleceu em 1982 e os consumidores questiona-
ram se é ético o uso da inteligência artificial para reproduzir
a imagem de pessoa falecida. Por causa disso, o Conselho
Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu
um processo ético contra a Volkswagen para avaliar se a
propaganda violou de alguma forma o Código Brasileiro de
Autorregulamentação Publicitária.
O processo também deve analisar se herdeiros podem
autorizar o uso da imagem de uma pessoa que já morreu
para uma peça criada por meio de IA em cenas das quais
ela não participou em momento algum de sua vida e que
são, na verdade, ficcionais.
De acordo com o conselho, que regulamenta a atividade
das agências de publicidade, o caso será examinado à luz
do código que regulamenta a propaganda no país, à luz
dos "princípios de respeitabilidade, no caso o respeito à
personalidade e existência da artista, e veracidade".
O Conar deve avaliar, por fim, o fato de a publicidade não ter
alertado os espectadores de que usava Inteligência Artifi-
cial para criar a cena - o que pode ter gerado confusão a
parte do público entre ficção e realidade, sobretudo os que
não conhecem Elis e foi levado a acreditar que se trata de
pessoa real e que ainda está viva. Segundo o Conar, o caso
deve ser julgado em até 45 dias.
(Com informações do Migalhas)