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Teoria Geral Do Crime - 02 - 03
Teoria Geral Do Crime - 02 - 03
PROF: VALDECIR JR
CONCEITOS HISTÓRICOS – TEMPOS PRIMITIVOS
Período da Vingança
“A maldade é a vingança do homem contra a sociedade, pelas restrições que ela impõe. As mais desagradáveis
características do homem são geradas por esse ajustamento precário a uma civilização complicada. É o resultado do
conflito entre nossos instintos e nossa cultura…” Sigmund Freud
Tendo início nos tempos primitivos, nas primórdios da humanidade, o Período da Vingança prolonga-se até o
século XVIII. Podem-se distinguir as diversas fases de evolução da vingança penal, como a seguir:
· Fase da vingança privada;
· Fase da vingança divina;
· Fase da vingança pública.
DIREITO PENAL ROMANO, GERMANICO, CANONICO, COMUM
• Derivado da palavra kánon, que significava regra e norma, com a qual originariamente se indicava qualquer
prescrição relativa à fé ou à ação cristã.
Tinha o caráter meramente disciplinar, porém com o fortalecimento do poder do papa, este direito passou atingir a
todos da sociedade. O principal objetivo era recuperar os criminosos através do arrependimento, mesmo que fosse
necessária a utilização de penas e métodos severos - (AGUIAR, Leonardo, 2016)
• Delicta eclesiástica
• Delicta mixta
Direito comum – humanitario
• Fins do século XVII, com a propagação dos ideais iluministas, ocorreu uma conscientização quanto
às barbaridades que vinham acontecendo. Almejava-se uma lei penal que fosse simples, clara,
precisa e escrita em língua pátria. Deveria ser também severa o mínimo necessário para combater a
criminalidade.
• Teoria do Contrato Social
• César de Bonesana, o Marques de Beccaria foi um marco decisivo para a modificação do Direito
Penal
ESCOLAS PENAIS: CLASSICA, POSITIVA, TECNICO-JURIDICA
Escola Clássica
“Também chamada de Idealista, Filosófico-jurídica ou Crítico Forense, essa escola nasceu sob os
ideais iluministas. Para a Escola Clássica a pena é um mal imposto ao indivíduo merecedor de um
castigo por motivo de uma falta considerada crime, cometida voluntária e conscientemente.”
(AGUIAR, Leonardo. 2016)
• A finalidade da pena é o restabelecimento da ordem externa na sociedade.
• Filosófico ou teórico:
• Jurídico ou prático
Escola Positivista
• Esta nova corrente filosófica teve como precursor Augusto Comte, que representou a ascensão da
burguesia emergente após a Revolução de 1789.
• Nessa epóca o crime começou a ser examinado sob o ângulo sociológico
• O médico Cesare Lombroso (1835-1909) trouxe a idéia de um criminoso nato, que seria aquele que já
nascia com esta predisposição orgânica. Era um ser atávico, uma regressão ao homem primitivo.
Lombroso estudou o cadáver de diversos criminosos procurando encontrar elementos que os distinguissem dos
homens normais. Após anos de pesquisa declarou que os criminosos já nasciam delinqüentes e que apresentam
deformações e anomalias anatômicas.
Os destaques para esses estudos são:
• Aspectos físicos
• Aspectos psicológicos
Seguindo a linha do médico Lombroso, têm-se agora a Sociologia Criminal, objeto de
estudo de Enrico Ferri (1856-1929). Nesse estudo ele classifica os criminosos em:
• Natos
• Loucos
• Habitual
• Ocasional
• Passional
Escola Técnico-Jurídica
• Nesse campo, observa-se o que o direito penal alicerça nos dias de hoje.
• Esta escola inicia-se em 1905 e é uma reação à corrente positivista. Procura restaurar o critério propriamente jurídico da ciência
do Direito Penal.
• O Direito penal seria aquele expresso na lei, e o jurista deve-se ater apenas a ela.
• Essa escola tem como objetivo desenvolver a ciência penal como instituto autônomo e com metodos próprios, sendo única e não
se misturando com outras ciências, como antropologia, sociologia, filosofia… numa verdadeira desorganização. Nesse sentido,
o direito penal tinha tudo, menos direito. (AGUIAR, Leonardo. 2016)
• No entanto, Arturo Rocco (pensador da epóca) propõe uma reorganização no qual o direito penal seria restrito ao direito
positivo, apenas.
Destaques para os estudo dividido em três partes:
• Exegese
• Dogmática
• Crítica
CONTEXTO FILOSÓFICO
DESTAQUE PARA ALGUNS DOS PRINCIPAIS FILOSOFOS QUE TIVERAM SUAS OBRAS COMO
BASE PARA O DIREITO.
Locke, filósofo inglês, foi considerado o pai do iluminismo, e escreveu a obra intitulada como “Ensaio sobre
o Entendimento Humano”.
Montesquieu, jurista francês, escreveu: “O Espírito das Leis”, defendendo a separação dos três poderes do
Estado.
Voltaire, pensador francês, ficou reconhecido e eternizado pela história pelas críticas ao clero católico, à
intolerância religiosa e à prepotência dos poderosos.
Rousseau, filósofo francês, célebre defensor da pequena burguesia e inspirador dos ideais da revolução
Francesa, foi autor da obra “O Contrato Social” e “Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os
Homens”.
Por fim, Diderot e D’Alembert foram os principais organizadores da “Enciclopédia”, obra que resumia os
principais conhecimentos artísticos, científicos e filosóficos da época.
QUESTÃO 1
• Segundo a teoria da tipicidade conglobante proposta por Eugenio Raúl Zaffaroni, em que apenas a
Legítima defesa e o Estado de Necessidade excluem a ilicitude e o Estrito cumprimento do dever legal e o
Exercício regular de direito excluem a tipicidade, quando um médico, em virtude de intervenção cirúrgica
cardíaca por absoluta necessidade corta com bisturi a região torácica do paciente, é CORRETO afirmar
que:
b) não responde por nenhum crime, pois está albergado pela causa de exclusão de ilicitude do exercício regular
de direito.
c) não responde por nenhum crime, carecendo o fato de tipicidade, já que não podem ser consideradas típicas
aquelas condutas toleradas ou mesmo incentivadas pelo ordenamento jurídico.
d) não responde por nenhum crime, pois estará agindo em erro de tipo provocado por terceiro.
e) não responde por nenhum crime, pois está albergado pela causa de exclusão de ilicitude do estado de
necessidade.
DIREITO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
b) não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal.
d) determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela
prática do fato.
e) a pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo
juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico
QUESTÃO 4
O princípio da proporcionalidade:
b) determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que
atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição
físico-psíquica dos condenados.
a) O direito penal só deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurídico,
não sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.
e) Para que haja crime e seja imposta pena é preciso que o fato tenha sido
cometido depois de a lei entrar em vigor.
QUESTÃO 7
Analise as afirmações e marque a alternativa correta.
a) não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal.
b) a pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo
juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.
b) determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a
dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos
condenados.
c) determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela
prática do fato.