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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA

COMARCA DE BETIM - MG

Nome, brasileiro, união estável, autônomo, nascida em 28/06/1979, inscrita no C.P.F. n.°.
000.000.000-00, RG 00000-00, filho de Nome e Nome, residente e domiciliada na Endereço
00000-00 , por intermédio de seu advogado, constituído nos termos da anexa procuração
judicial, vem, a presença de Vossa Excelência, promover a presente

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE SOCIOAFETIVA COM RETIFICAÇÃO

DE REGISTRO

com fundamento nas Leis Federais 6015/73, 9708/98, 12100/09, lei 11924/09, artigo 4° da
LICC, artigo 126, do Código de Processo Civil, Inciso XXXV, artigos 5, 226 e

Nome, brasileira, solteira, ajudante de cozinha, nascida em 14/02/1995, inscrita no C.P.F. n.°.
000.000.000-00, filha de Rosemary Giantomaso Ci-Polansky, residente e domiciliada na
Endereço 00000-00, pelos fatos e fundamentos de fato e de direito a seguir alinhavados:

I- DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente a parte autora declara-se pobre na forma da lei tendo em vista não ter condições
de arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de
sua família.

Assim requer preliminarmente, os benefícios da gratuidade judiciária (art. 1a e 3°, lei 1060/50),
tendo em vista enquadra-se na situação legal prevista para sua concessão (art. 4°, lei 1060/50
e artigo 98 caput e §1° e 5° do NCPC).

II- DOS FATOS


O requerente é casado com a genitora da parte ré e sempre cuidou da filha de sua esposa,
como se dele fosse. Tratando com muito amor e carinho da mesma forma que dispensado a
um filho biológico.

Sempre houve o desejo de tanto da parte da mãe como da parte da filha de que o requerente
pudesse ter seu nome, como pai socioafetivo da Sra. Nome.

testemunhas e com o depoimento da própria requerida. O sentimento socioafetivo é mutuo


entre as partes bem como a vontade de se concretizar a paternidade socioafetiva.

O amor do autor pela requerida é visível na sociedade onde convive, tanto é que poucas
pessoas sabem que a mesma não é sua filha biológica. Além do que, a mesma tem muita
vontade de ter o nome do requerido como pai, já que, desde pequena, tem a figura do
requerente como sendo seu pai.

Criou-se um laço muito forte entre a requerida e o requerente que vai além do sangue, pois,
como sabemos, pai é quem cria e dá amor.

Diante disso, por questão de direito e de dignidade da pessoa humana que se pede o
reconhecimento voluntário de paternidade socioafetivo.

III- DO DIREITO

O artigo 57 da Lei 6015/73 em seu §8° traz em seu conteúdo que:

"o enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§2° e 7° deste artigo,
poderá requerer ao juiz competente que, no

registro de nascimento seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta,
desde que haja expressa concordância destes, sem prejuízo de seus apelidos de família.
No caso em tela, o padrasto com o consentimento da enteada, também pode requerer o que
dispõe na lei.

Devido o grande clamor da sociedade evoluída, como exemplo as várias decisões judiciais em
que se reconhece o laço afetivo superior ao laço biológico em ações de investigação de
paternidade. Assim , o interessado em ver reconhecimento de sua paternidade.

Ora, o posicionamento acerca da verdadeira paternidade não despreza o liame biológico da


relação paterno- filial, mas dá noticia do incremento da

paternidade socioafetiva, da qual surge um novo personagem a desempenhar o importante


papel de pai (pai social, que é o pai de afeto, aquele que constrói

uma relação com o filho, seja biológica ou não, moldada pelo amor, dedicação e carinho
constantes).

A legislação não exclui da formação do liame de filiação os laços

socioafetivos, vejamos que o art. 1593 e 1605 do código civil demonstra a

possibilidade dessa relação, vejamos:

"art. 1593 - o parentesco é natural ou civil, conforme resulte de

consanguinidade ou outra origem.

Art. 1605 - na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por
qualquer modo admissível em direito (...)
II- quando existirem veementes presunções resultantes e fatos já certos."

Verifica-se, portanto, que a lei privilegia situações de fatos já certos, como o presente caso,
segundo se comprova com a documentação coligida com esta inicial e as demais provas a
serem produzidas no decorrer da instrução.

Entende-se por verdade sociológica, a constatação de que ser pai ou mãe, não se pauta apenas
no vínculo genético com a criança, mas naquela pessoa que cria, educa, dá amor, carinho,
dignidade e condição de vida, realmente

exercendo a função de pai ou de mãe levando em consideração o melhor

interesse da criança.

É possível notar que, muitas vezes os laços de afetividade que unem pai e filho, são mais fortes
que os vínculos consanguíneos que, porventura, possam existir.

Existem na doutrina atual três elementos que caracterizam o estado do filho: nome, trato e
fama.

filho de criação que dispensava aos filhos biológicos, dando as mesmas

condições, carinho, afeto.

Por sua vez, a fama deve ser atentado se a pessoa que „adotou" outra externava sua atitude
de pai ou mãe, de modo que a sociedade e o círculo de relacionamento do "adotante"
reconheça este tratamento, o que será

devidamente comprovado no momento adequado.


Não obstante as provas a serem produzidas no momento oportuno, o

requerente junta aos autos, testemunhas que comprovam o relacionamento ora alegado e
suas assertivas, demonstrando que tem muito amor pela requerida.

Ressalte-se que, o requerido sempre foi o responsável pela educação da requerida e esta
sempre esteve ao seu lado.

Vejamos entendimento jurisprudencial neste sentido:

APELAÇÃO CIVEL. ADOÇÃO SOCIOAFETIVA. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE


ADOÇÃO PÓSTUMA. Presente prova inequívoca da relação mãe e filha, revelando o vínculo
afetivo e familiar e a vontade da falecida na manutenção do vínculo, é de ser deferido o pedido
de adoção póstuma. Precedentes. Apelo desprovido, de plano. (Apelação Cível n° (00)00000-
0000, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luis Dall"Agnol, Julgado
em 13/07/2012) (TJ- RS- AC: (00)00000-0000 RS, Relator:

Jorge Luís Dall"Agnol, Data de Julgamento: 13/07/2012, Sétima Câmara

Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 16/07/2012).

Ora, a paternidade sociológica é um ato de opção, fundando-se na

liberdade de escolha de quem ama e tem afeto, o que não acontece, às vezes, com quem
apenas é a fonte geratriz.

No caso dos autos, desde antes do matrimônio, o requerente foi o


corresponsável pela educação da requerente, estando sempre ao seu lado, acompanhando-a
nas idas e vindas da escola, consultas médicas, passeios de fim de semana, reuniões escolares,
além de participar de forma efetiva da vida reconhecida através do registro civil da mesma.

Além disso, a trata publicamente como sua filha, bem como desta recebe tratamento
condizente com o de pai, de modo que não há ninguém na

sociedade, muito menos nas respectivas famílias do requerente e da genitora, que ouse dizer
que ambos não são pai e filha.

Portanto, na lição de Luiz Edson Facchin, o caso em tela demonstra o

preenchimento dos pressupostos da posse do estado de filho, que são o

tratamento de filho legítimo e ser reconhecida pela família e sociedade como tal.

A paternidade socioafetiva é tema pacificado na jurisprudência pátria, modo que o STF, no


julgamento do RE 898.060, com repercussão geral reconhecida, assentou tese de que é
perfeitamente possível a coexistência entre as paternidades socioafetiva e biológica, não
havendo que se falar em hierarquia entre estas.

No mesmo compasso, o STJ, em vários julgados, entre eles no REsp 1622330/RS, de relatoria
do Min. Ricardo Villas Boas Cueva (3a Turma), assim dispôs:

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. PATERNIDADE SOCIOAFETIVA


E BIOLÓGICA. COEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE. REGISTRO CIVIL. AVERBAÇÃO.

1. A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o


reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com todas
as suas consequências patrimoniais e extrapatrimoniais. 2. Agravo interno não provido. (DJe
02/02/2018)
Do mesmo modo, a jurisprudência dos tribunais de justiça dos Estados tem se inclinado,
merecendo destaque o julgamento no TJRS da Apelação Cível n°

(00)00000-0000, de lavra do Des. José Nome Teixeira Giorgis, que assim determina:

a paternidade sociológica é um ato de opção, fundando-se na liberdade de escolha de quem


ama e tem afeto, o que não acontece, às vezes, com quem apenas é a fonte geratriz. Embora o
ideal seja a concentração entre formas é a "posse do estado de filho " , que é a exteriorização
da condição filial, seja por levar o nome, seja por ser aceito como tal pela sociedade, com
visibilidade notória e pública. Liga-se ao princípio da aparência, que corresponde a uma
situação que se associa a um direito ou estado, e que dá segurança jurídica, imprimindo um
caráter de seriedade à relação aparente. Isso ainda ocorre com o „estado de filho afetivo " ,
que além do nome, que não é decisivo, ressalta o tratamento e a reputação, eis que a pessoa é
amparada, cuidada e atendida pelo indigitado pai, como se filho fosse".

III. I - DA NECESSIDADE DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL

O artigo 109, da Lei 6015/73, disciplina a possibilidade de retificação

assentamento no Registro Civil, in verbis:

Art. 109. Quem pretender que se restaure, supra ou retifique assentamento no Registro Civil,
requererá, em petição fundamentada e instruída com documentos ou com indicação de
testemunhas, que o juízo o ordene, ouvido o órgão do Ministério Público e os interessados, no
prazo de cinco dias, que correrá em cartório.

No caso em apreço, existe a necessidade de retificação de Registro Civil da requerida, uma vez
que entende que o nome de seu pai aquele que agiu com afetividade que forneceu as coisas
básicas tanto afetivas como materiais para que se torna-se uma mulher adulta integra deve
constar em seu registro civil.
Diante disso, se faz necessário a alteração do registro civil para que conste como pai da autora
o pai biológico e o pai afetivo, dessa maneira a autora passará a ter registrado dois pais em seu
documento civil.

Ora, a paternidade socioafetiva é aquela que se constitui pela convivência familiar duradoura,
independente da origem do filho. No contexto atual, a família

Se faz necessário, diferenciar o genitor do pai, onde este ultimo é quem efetivamente cria,
educa, auxilia e demonstra afeto.

III.I DO DIREITO PERSONALÍSSIMO

Ora, o nome é direito personalíssimo, sendo um dos principais meios de identificação de uma
pessoa. Visando a garantia da segurança jurídica, presente no artigo 5°, caput, da Constituição
Federal.

Vejamos:

Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

É inegável a importância da regra de imutabilidade do nome, na forma disciplinada pela lei


6015/73, conforme as hipóteses de alteração do nome, que devem ser excepcionais e
motivadas, porquanto o nome se presta a identificação do individuo e de sua origem familiar.

Vejamos o art. 57 da referida lei:

Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após
audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o
registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a
hipótese do art. 110 desta Lei. (Redação dada pela Lei n° 12.100, de 2009).
Contudo, não se pode olvidar que, sendo o direito ao nome incluído nos direitos da
personalidade, está diretamente ligado ao princípio da dignidade da pessoa humana.

Art. 11: os direitos da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo Código Civil, são
expressões da clausula geral de tutela da pessoa humana contida no art.1°, inciso III, da
Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana). Em caso de colisão entre eles, como
nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da ponderação."

Nesta linha, cabe uma leitura constitucional do direito registral, de modo a que a rigidez e a
tecnicidade desse ramo jurídico não sejam fins em si mesmos, mas instrumentos para a
efetivação dos princípios da segurança jurídica e da dignidade da pessoa humana.

Dessa forma, é possível que uma decisão estritamente técnica esteja em descompasso com
valores constitucionalmente prestigiados, se baseada exclusivamente na letra seca da lei.

A questão aqui tratada envolve a proteção a entidade familiar, princípio que é amplamente
amparado pelo Constituição Federal no art. 203, inciso I.

No caso, inexistente restrição ao nome, de modo que os direitos de terceiros estarão


preservados, e, afastada e má-fé, que não se presume, conforme demanda o princípio da
segurança jurídica, patente que a pretensão da parte autora visa à adequação da identificação
merece prosperar, conforme requerido.

Como cediço, a regra é a imutabilidade do prenome conforme preceitua o art.58 da Lei


9708/98 que busca assegurar a perfeita identificação da pessoa, propiciando segurança e a
estabilidade nas relações sociais.

O nome da pessoa apresenta interesse público, pois se constitui em um dos fundamentais


direitos de personalidade.

permitir a perfeita e induvidosa identificação do individuo.


Efetivamente, o nome transcende a pessoa, representando, antes de tudo, um interesse
público. Dessa forma, tem o interesse social e público em que ele, no decorrer da existência da
pessoa não experimente significativas alterações capazes de dificultar uma perfeita
identificação ou tumultuar os registros importantes de sua vida.

O nome é direito de qualquer cidadão e o acompanha em todos os atos da sua vida civil, não
parece justo que não haja a inclusão do apelido ou alteração de prenome, sobremodo quando
não se vislumbra na alteração qualquer prejuízo a terceiros.

Os direitos das personalidades estão consagrados no Código Civil como conjunto de direitos
inerentes a pessoa humana e que estão a ela ligados de modo que sem os quais ela não
existiria, por isto são inalienáveis, intransmissíveis, imprescritíveis e irrenunciáveis.

A lei de registros públicos, que versa sobre a inscrição do nome da pessoa nos registros
públicos, dispõe em seu artigo 58, que o prenome é definitivo, consagrando o princípio da
imutabilidade do nome, admitindo exceção concernente aos apelidos públicos notórios.

Ocorre que a doutrina passou a interpretar a referia lei de registros públicos para defender a
possibilidade de alteração do nome em outros casos específicos decorrentes de situações
fáticas que ensejavam a substituição do prenome por motivos igualmente, ou até mais
relevantes, do que a utilização de apelido notório.

Vejamos entendimentos jurisprudenciais:

EMENTA: RETIFICAÇAO DE REGISTRO CIVIL. PEDIDO DE INCLUSÃO DO PATRONÍMICO DO


PADRASTO DO AUTOR. SENTENÇA QUE JULGOU EXTINTO O

retificação de seu registro civil para a inclusão do patronímico de seu padrasto, por ter sido ele
a pessoa que lhe prestou assistência moral e material desde sua tenra idade. A imutabilidade
do nome e dos apelidos de família não é mais tratada como regra absoluta. Tanto a lei,
expressamente, como a doutrina buscando atender a outros interesses sociais mais relevantes,
admitem sua alteração em algumas hipóteses. Assim, a despeito de a Lei de Registros Públicos
prever no art. 56 que o interessado, somente após a maioridade civil, pode alterar o nome,
desde que não prejudique os apelidos de família, a menoridade, por si só, não implica em
obstáculo a alteração pretendida, desde que plenamente justificado o motivo da alteração. "O
enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§2° e 7° deste artigo,
poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de
família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa concordância destes,
sem prejuízo de seus apelidos de família" (art. 57, §8°, da Lei 6015/73). O pedido formulado
pelo autor é juridicamente possível. Contudo, a pretensão do autor exige a concordância
expressa do padrasto que não integrou a lide. Nesse contexto, a sentença deve ser anulada a
fim de que o autor, agora com dezessete anos de idade, possa providenciar a inclusão de seu
padrasto no polo passivo da ação, a fim de que seja citado e tenha a oportunidade de se
manifestar. Sentença anulada. Recurso provido. (TJ-SP - Apelação APL 00051202220118260363
SP 0005120-22.2011.8.26.0363 (TJ-SP) Relator: Carlos Alberto Garbi, Data de Julgamento:
18/03/2014, 10a Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/03/2014).

APELAÇÃO - Ação de Retificação de Registro Civil - Pretensão á inclusão do patronímico do


padrasto ao nome do menor - Sentença de procedência - Possibilidade de ajuizamento da ação
por menor, devidamente representado - Desnecessária a participação do pai biológico -
Concordância expressa do padrasto - Cabível a retificação pleiteada - Recurso desprovido. ( TJ -
SP- APL: 10041428920158260071 SP

Publicação: 22/02/2016)

Verifica-se assim, que é possível a retificação no registro civil para acrescentar o nome do
padrasto no registro de nascimento da filha, tendo em vista que a jurisprudência e a lei
registral são categóricas quanto a essa possibilidade.

A ação de retificação de registro público é um processo de jurisdição voluntária em que


deverão ser ouvidos eventuais interessados e o Ministério Público.

Dessa maneira, deve se atentar as regras de jurisdição voluntária que tem o rito previsto no
Código de Processo Civil e na Lei de Registros Públicos.

Ao poder judiciário e ao Ministério Público, apresentado o motivo, basta a certeza de que o


pleito não visa, em ultima analise, a lograr objetivos torpes ou ilícitos, certeza esta passível de
fiscalização, por meio de documentos oficiais que são aptos a comprovar ou não a idoneidade
do postulante.

Desta forma, como a pretensão está enquadrada no rol dos direitos de personalidade, cujo
exercício é condicionado a manifestação de vontade cabendo ao judiciário e ao Ministério
Público, analisar a ausência de prejuízo ao interesse publico e aos apelidos de família para
conceder.

Por todo o exposto, diante da abastada doutrina e jurisprudência pacíficas no sentido do


objeto desta ação, vem o requerente pugnar pela procedência do pedido, afim de que seja
declarada a paternidade socioafetiva e a alteração do registro civil da autora desta demanda.

IV- DOS PEDIDOS

I) Seja deferida ao Requerente da presente demanda assistência judiciária gratuita, com fulcro
no art. 5°, LXXIV da Constituição da República e na Lei n° 1.060/50, por se tratar de pessoa
pobre na acepção da lei, de forma que o valor das custas irão onerar em muito seu orçamento
mensal, uma vez comprovada a insuficiência de recursos.

II) A procedência dos pedidos da Presente AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE


SOCIOAFETIVA C/C RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL.

III) A citação da Requerida, no endereço descrito no preâmbulo desta peça, para apresentar
resposta aos termos da Ação dentro do prazo legal.

IV) O deferimento da produção de todos os meios de prova em Direito admitidos, em especial


a documental, juntada posterior de documentos, expedição de ofícios, depoimentos pessoais
das partes e outras que se façam necessárias, bem como a oitiva de testemunhas.

Dá a causa o valor de R$ 00.000,00.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Betim, 03 de outubro de 2018

DR. Nome DRA. Nome

00.000 OAB/UF

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