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Súmulas STF
Súmulas STF
DIREITO CIVIL
1) Caso o locador, utilizando prédio próprio para residência ou atividade comercial, pede o
imóvel locado para uso próprio, deve provar a necessidade?
RESPOSTA: Não, conforme entendimento sumulado do STF (410), essa necessidade é
presumida.
SÚMULA Nº 410: SE O LOCADOR, UTILIZANDO PRÉDIO PRÓPRIO PARA
RESIDÊNCIA OU ATIVIDADE COMERCIAL, PEDE O IMÓVEL LOCADO PARA USO
PRÓPRIO, DIVERSO DO QUE TEM O POR ELE OCUPADO, NÃO ESTÁ OBRIGADO A
PROVAR A NECESSIDADE, QUE SE PRESUME.
4) Foi registrado um loteamento que, entretanto, nunca foi implantado. Judas e sua família
construíram e começaram a morar numa área que seria destinada a ser um logradouro público.
Após 10 anos de ocupação mansa e pacífica, mediante moradia com sua família, Judas ajuizou
uma ação de usucapião. Cabe reconhecimento da usucapião?
RESPOSTA: Não, uma vez que conforme entendimento sumulado do STF (340), desde a
vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser
adquiridos por usucapião.
Usucapião: é um modo de aquisição da propriedade e ou de qualquer direito real que se dá
pela posse prolongada da coisa, de acordo com os requisitos legais, sendo também denominada
de prescrição aquisitiva.
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Demais súmulas:
PROCESSO CIVIL
1) O réu revel pode produzir provas? Até qual fase o revel pode intervir no processo?
Resposta: Segundo entendimento sumulado do STF (231), o réu revel, em processo cível,
pode produzir provas, desde que compareça em tempo oportuno. Ademais, o CPC aduz em seu
art. 346, §ú que o revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado
em que se encontrar.
4) É cabível ação rescisória contra sentença transitada em julgado, ainda que contra ela não tenha
se esgotado todos os recursos?
Resposta: Sim, conforme entendimento sumulado do STF (514).
5) Caso só um dos litisconsortes tenha subsumido, o prazo se contra em dobro para recorrer?
Quais as hipóteses de cabimento de litisconsórcio?
Resposta: Não, conforme entendimento sumulado do STF (641), que aduz não se contar em
dobro o prazo para recorrer quando só um dos litisconsórcios haja sucumbido.
As hipóteses estão previstas no CPC em seu art. 113, quais sejam:
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou
passivamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
11) Cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado? Há alguma
exceção?
RESPOSTA: Nos termos da súmula 268 do STF, é incabível MS contra decisão judicial
transitada em julgado. Contudo, o art. 59 da Lei 9.099/95 veda a propositura de ação rescisória
contra decisões prolatadas no âmbito dos Juizados Especiais. Por conta disso, o STJ admite a
impetração de MS no TJ para o exercício do controle da competência dos Juizados Especiais,
ainda que a decisão a ser anulada já tenha transitado em julgado (STJ, AgRg no RMS
28.262/RJ, julgado em 06/06/2013).
12) Imagine que a Mesa Diretora delegou a um servidor da Câmara dos Deputados a competência
para executar determinado ato. O servidor, no exercício dessa competência delegada, pratica o
ato. Contra quem caberá a impetração de MS ou medida judicial? Cabe condenação de
honorários de advogado em MS?
RESPOSTA: Nos termos da súmula 510 do STF, considera-se que quem praticou o ato foi a
autoridade delegada (o servidor), e não a Mesa Diretora. Logo, o mandado de segurança será
impetrado contra o servidor e não será julgado pelo STF (e sim pela Justiça Federal de 1ª
instância). Ademais, não cabe condenação de honorários de advogado em MS, nos termos da
súmula 512 do STF.
13) Aborde sobre a questão da legitimidade da entidade de classe impetrar MS coletiva a favor dos
associados.
RESPOSTA: Nos termos da súmula 629 do STF, a
impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes. Isso porque se trata de substituição processual, situação na
qual a entidade defenderá, em nome próprio, interesse alheio (de seus associados) e, portanto,
não é necessária autorização dos associados. Ademais, a legitimidade permanece ainda que a
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria, nos termos da súmula
630 do STF.
Demais súmulas: