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Química Básica
Química Básica
3
A matemática é a linguagem da ciência. Qualquer estudo da verdadeira ciência
deve usar a matemática como uma ferramenta inescapável. A ciência mais fundamental
é a física, o estudo da matéria e da energia. Em seguida, avançamos para o estudo da
descrição da matéria e como ela pode mudar - isso é química. A partir desse ponto, muitas
direções são possíveis.
Você quer se aprofundar no estudo da química dos seres vivos? Isso é bioquímica.
Na química das rochas e solo? Isso é geologia. A química de como os compostos funcionam
em nosso corpo? Isso é farmacologia e toxicologia. Existem conexões entre ciências mais
fundamentais e outras, por exemplo, geofísica, astroquímica, biomedicina e assim por
diante. Porém, um mapa das ciências e suas interconexões mostra os ramos mais óbvios
depois da química. É por isso que nós químicos consideramos a química como uma ciência
central. Portanto, um curso de nivelamento, com o objetivo de revisar alguns dos conceitos
mais simples dessa ciência central, é de suma importância.
Bons estudos!
Plano de Estudo:
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SUMÁRIO
TÓPICO 1
Átomos, Moléculas e Íos
TÓPICO 2
Conceitos Básicos de Ligações
Químicas
TÓPICO 3
Estequiometria
TÓPICO 4
Soluções Aquosas
................
...............
................
................
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TÓPICO
Introdução
Segundo método: Thomson desviou a trajetória dos raios catódicos através de uma
região sujeita à ação de um campo elétrico e um campo magnético. O resultado encontrado
de e/m foi igual a 1,0 1011 C kg-1. O valor atualmente obtido, com aparelhos sofisticados, é
de 1,7588 1011 C kg-1.
Enquanto a relação e/m dos diversos íons (átomos carregados) eram diferentes, a
relação e/m para os raios catódico era sempre uma constante, independente da natureza
do gás usado no tubo de descarga elétrica. Estes fatos levaram Thomson à conclusão, de
que os raios catódicos não eram formados por átomos eletricamente carregados, mas por
fragmentos corpusculares de átomos, atualmente denominados de elétrons.
Thomson forneceu uma explicação sucinta e um comentário sobre a importância
de seus resultados:
Embora os elétrons tenham carga negativa, a carga total dos átomos é zero,
isso significa que o átomo deve conter carga positiva suficiente para neutralizar a carga
negativa. Onde, porém, estaria essa carga positiva? Thomson sugeriu que os elétrons
estavam embebidos em um fluido que continha a maior parte da massa do átomo e possuía
cargas positivas suficientes para torná-lo eletricamente neutro.
Um dos problemas do modelo de Thomson é que as forças eletrostáticas não eram
capazes de manter o sistema em equilíbrio estável; assim, as cargas atômicas tinham que
estar em movimento, e esse movimento tinha que ser acelerado para que não escapassem
do átomo. Ora, de acordo com a teoria eletromagnética, cargas aceleradas emitem radiação
e, portanto, o átomo teria que irradiar energia continuamente, o que não era observado na
prática. Mesmo deixando de lado essa dificuldade, a verdade é que Thomson não conseguiu
encontrar uma configuração de cargas cujos modos normais de vibração reproduzem as
frequências dos espectros atômicos e moleculares observados.
Fonte: RUTHERFORD, E.; CHADWICK, J. ELLIS, C.D. Radiations from radioactive substances
(Cambridge: Inglaterra) (Cambridge University Press, 1930, cap I, II e VIII).
Fonte: (PERUZZO & CANTO, química na abordagem do cotidiano, volume 1, página 100, 2006).
A=p+n
“Os ânions são formados quando o átomo ganha elétrons, enquanto os cá-
tions são formados quando o átomo perde elétrons, veja a figura a seguir.”
FIGURA 4: ÍONS POSITIVOS OU NEGATIVOS SÃO FORMADOS PELA PERDA OU PELO GANHO
DE ELÉTRONS, RESPECTIVAMENTE.
1°) Cada elemento que forma cátions é um metal, exceto um (hidrogênio), enquanto
cada elemento que forma ânions é um não-metal. Esta é, na verdade, uma das propriedades
químicas dos metais e não-metais: os metais tendem a formar cátions, enquanto os não-
metais tendem a formar ânions;
1) Para um cátion, basta usar o nome do elemento e adicionar a palavra íon (ou
se quiser ser mais específico, adicione cátion) após o nome do elemento. Então Na+ é o
íon sódio; Ca2+ é o íon cálcio. Se o elemento tiver mais de uma carga possível, o valor da
carga, em algarismos romanos, depois do nome do elemento. Assim, Fe2+ é o íon de ferro
(II), enquanto Fe3+ é o íon de ferro (III);
1.5 Moléculas
Existem muitas substâncias que se apresentam como dois ou mais átomos
conectados tão fortemente, que se comportam como uma única partícula. Essas combinações
de múltiplos átomos são chamadas de moléculas. Uma molécula é a menor parte de uma
substância que possui as propriedades físicas e químicas dessa substância.
Alguns elementos existem naturalmente como moléculas diatômicas. Por
exemplo, hidrogênio, oxigênio, flúor, nitrogênio e cloro existem como moléculas de dois
átomos, sendo chamadas de moléculas diatômicas, que podem ser escritas de acordo com
suas fórmulas moleculares: H2, O2, F2, N2 e Cl2, respectivamente. A fórmula molecular do
hidrogênio elementar é H2, com H sendo o símbolo do hidrogênio e o subscrito 2, implicando
que existem dois átomos desse elemento em uma molécula.
Outros elementos existem como moléculas poliatômicas. Por exemplo, o enxofre
normalmente existe como uma molécula de oito átomos, S8, enquanto o fósforo existe
como uma molécula de quatro átomos, P4.
Principais conclusões:
● A química é uma ciência baseada na teoria atômica moderna, que afirma que
toda matéria é composta de átomos;
● Os próprios átomos são formados por prótons, nêutrons e elétrons;
● Cada elemento tem seu próprio número atômico, que é igual ao número de
prótons em seu núcleo;
● Os isótopos de um elemento contém diferentes números de nêutrons;
● Os elementos são representados por um símbolo atômico;
● A tabela periódica é uma tabela que organiza todos os elementos em ordem
crescente de número atômico;
● Moléculas são grupos de átomos;
● Alguns elementos existem como moléculas diatômicas.
2
TÓPICO
INTRODUÇÃO
Os pontos, representando os elétrons de valência, podem ser colocados nos quatro lados
do símbolo atômico: acima, abaixo e dos lados esquerdo e direito. Cada lado pode acomodar até
2 elétrons de valência; a escolha de qual lado “acomodar” primeiro os elétrons é arbitrária.
Como observado, para determinar o símbolo de Lewis você deve:
Os átomos podem ganhar, perder ou compartilhar seus elétrons de valência para
atingir a configuração eletrônica do seu gás nobre mais próximo na tabela periódica. Os
gases nobres têm distribuições eletrônicas muito estáveis, isso é observado pelas elevadas
energias de ionização, baixas afinidades eletrônicas e baixas reatividades químicas. Como
todos os gases nobres possuem 8 elétrons de valência (com exceção do hélio, He, que
possui 2), os químicos estabeleceram uma regra baseada em observações experimentais,
conhecida como regra do octeto.
Existem muitas exceções à regra do octeto, porém ela fornece uma estrutura útil
para introduzir muitos conceitos importantes de ligação química.
Com exceção a isso, é o elemento hélio (Z=2). Seus átomos apresentam 2 elétrons
na última camada, mas ele não é colocado no grupo 2. Pois, suas propriedades não se
assemelham às dos elementos daquele grupo (Be, Mg, Ca, Sr, Ba e Ra), mas sim às dos
gases nobres (Ne, Ar, Kr, Xe e Rn). Por essa razão, o hélio é considerado gás nobre e é
incluído no grupo 18 da tabela periódica.
A tabela periódica é um importante instrumento de pesquisa e consulta, ela nos
informa, entre outras coisas, o número de elétrons de valência. A simbologia de Lewis para
os elementos representativos é mostrada a seguir com correlação à tabela periódica.
Nenhum deles está estável, de acordo com a regra do octeto. Contudo, se houver
uma transferência de 1 elétron do sódio para o cloro, ambos atingirão a estabilidade:
Os íons Na+ e Cl- possuem cargas elétricas opostas; portanto se atraem mutuamente.
Essa atração mantém os íons unidos, formando uma substância muito conhecida, o
cloreto de sódio (comercializado como sal de cozinha), representado pela fórmula NaCl.
Fonte: O autor (2022).
Assim como a presença dos elétrons entre dois átomos os mantêm unidos
numa ligação covalente, é a presença do mar de elétrons que mantém os átomos metálicos
unidos, em um tipo de ligação química denominada ligação metálica. Contudo, num
pedaço de metal, os átomos não se encontram com o octeto completo. A regra do octeto
não é satisfatória para explicar a ligação metálica.
As substâncias metálicas, como ferro (Fe), prata (Ag), alumínio (Al), ouro (Au),
platina (Pt), e outros apresentam propriedades características como:
● Brilho característico: se polidos, os metais refletem muito bem a luz. Essa
propriedade é fácil de ver, por exemplo, em bandejas e espelhos de prata;
● Alta condutividade térmica e elétrica: são propriedades que se devem aos
elétrons livres. Seu movimento ordenado constitui a corrente elétrica e sua agitação
permite a rápida propagação do calor através dos metais;
● Altos pontos de fusão e de ebulição: em geral, são características dos
metais (embora haja exceções, como mercúrio, PF = -39 °C; gálio, PF = 30 °C; e
potássio, PF = 63 °C). Devido a essa propriedade e à boa condutividade térmica,
alguns metais são usados em panelas e em radiadores de automóveis;
Principais conclusões:
● A ligação química é estabelecida quando átomos estão muito próximos;
● Ligação iônica é formada quando íons positivos e negativos se aproximam;
● A ligação iônica é mantida entre um metal e um não-metal;
● Ligação covalente é formada quando não-metais estão compartilhando elé-
trons;
● Ligação metálica é estabelecida apenas com átomos metálicos;
● Os elétrons de valência são representados pela estrutura de Lewis;
● O tipo de ligação química pode ser melhor compreendido pela regra do octeto.
3
TÓPICO
ESTEQUIOMETRIA
.
.....
.....
.....
Nas entrelinhas, os átomos não são criados e nem destruídos na reação química,
ou seja, a equação química deve ter as mesmas quantidades de átomos de cada elemento
de ambos os lados. A expressão resultante é a equação balanceada.
TÓPICO 3 ESTEQUIOMETRIA 34
Para o balanceamento das equações químicas é importante frisar, que apenas o
coeficiente estequiométrico é alterado, os indicies inferiores não devem ser mudados para
não alterar a identidade química. Vejamos a reação química que ocorre quando o metano
(CH4 ) é exposto ao oxigênio (O2).
Para balancear essa equação, inicialmente começamos pelo elemento que aparece
em menor quantidade, nesse caso o carbono (C). Em ambos os lados ele aparece em
quantidades iguais, deste modo, podemos ir para o hidrogênio que completa a molécula
de metano. Podemos observar que do lado dos reagentes a quantidade de H é 4 e nos
produtos 2, dessa forma devemos colocar um coeficiente estequiométrico que satisfaça
a mesma quantidade de ambos os lados. Se colocarmos o 2 na frente da água H_2 O, a
mesma quantidade de H é satisfeita.
Observe que neste caso, que todos os elementos dentro dos parênteses são multi-
plicados pelo índice inferior 2.
TÓPICO 3 ESTEQUIOMETRIA 35
3.4 Mol
O mol foi criado pelos químicos como uma unidade que descreve a quantidade
de matéria microscópica, ou seja, número de átomos, íons ou moléculas em uma amostra. Para
chegar ao valor de átomos presentes em 1 mol, os cientistas inicialmente partiram da massa de
1 átomo de C-12, que é . Desta forma, em 12 g de C-12 o número de átomos é:
TÓPICO 3 ESTEQUIOMETRIA 36
3.6 Estequiometria
A estequiometria examina as quantidades das substâncias consumidas e
produzidas nas reações químicas. Baseia-se nos conceitos de: massas atômicas, fórmulas
químicas e na lei da conservação das massas.
A partir dos conceitos de balanceamento de equação, mol e massa molar, é possível
determinar as quantidades de reagentes e produtos envolvidos na reação. Vejamos a reação
a seguir, sabendo que a massa inicial de C4 H10 é de 1 g, e que gostaríamos de saber a
massa de CO2 produzida, sabendo que a reação de consumo de C4H10 para formação de
CO2 segue a seguinte reação de combustão:
O número de mol para C4 H10 pode ser calculado usando a massa molar e a massa
já conhecida:
Portanto,
TÓPICO 3 ESTEQUIOMETRIA 37
................
...............
................
................
4
TÓPICO
SOLUÇÕES AQUOSAS
.
.....
.....
.....
Introdução
Concentração mássica:
Uma das maneiras mais usadas para expressar a concentração (C) de uma solução
é por meio da massa de soluto (msoluto), dissolvida em certo volume dessa solução (vsolução):
Concentração molar:
A concentração molar, ou concentração em quantidade de matéria, expressa a
quantidade de soluto, em mol, dividido pelo volume total da solução. Como segue:
Essa concentração molar pode ser expressa por colchetes. Por exemplo, uma
solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L pode ser expressa como:
Fonte: (BROWN, Theodore; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E. Química: a ciência central. 9
ed. Prentice-Hall, 2005).
PAULING, L. The Nature of the Chemical Bond, Journal of the American Chemical Society,
53, 1367-1400, 1931
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