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TURISMO SEGURO

UFCD 3481
ÍNDICE

1. Fundamentos da Saúde e Segurança no Trabalho


2. Ambiente de Trabalho
3. Legislação – Animação Turística
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

1.1. Regulamento de saúde e segurança dos estabelecimentos comerciais, escritórios e serviços

Decreto-Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto

Aprova o Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços.
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Objetivo

❑ O presente Regulamento tem por


objetivo assegurar boas condições
de higiene e segurança e a melhor
qualidade de ambiente de trabalho
em todos os locais onde se desenvolvam
atividades de comércio, escritório e
serviços.
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Campo de aplicação

o O presente Regulamento aplica-se à Administração Pública, aos estabelecimentos ou locais


de trabalho, instituições e organismos seguintes, quer públicos, quer cooperativos ou
privados:

❑ Estabelecimentos ou locais onde os trabalhadores exerçam a atividade do comércio;

❑ Estabelecimentos ou locais, instituições e organismos onde os trabalhadores exerçam a


atividade de escritório;

❑ Todos os serviços ou locais de quaisquer estabelecimentos, instituições e organismos onde


os trabalhadores exerçam principalmente a atividade de escritório.
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Outras entidades abrangidas

o O presente Regulamento aplica-se igualmente aos estabelecimentos ou locais de trabalho,


instituições ou organismos:

❑ Que prestem serviços de ordem pessoal;


❑ Correios e serviços de telecomunicações;
❑ Hotéis, pensões e similares;
❑ Restaurantes, cantinas, cafés e noutros locais similares onde se sirvam refeições ou bebidas;
❑ Estabelecimentos ou locais destinados a espetáculos, divertimentos públicos ou recreativos.
❑ Os locais ou instalações de trabalho com características provisórias ficam abrangidos por este
Regulamento.
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❑ Condições Gerais dos Locais de Trabalho:

o Espaço unitário do trabalho - todo o trabalhador deve dispor de um espaço suficiente e


livre de qualquer obstáculo para poder realizar o trabalho sem risco para a sua saúde e
segurança.

o Assentos - devem ser postos à disposição dos trabalhadores assentos apropriados e em


número suficiente, de modo que possam sempre que seja compatível com a natureza do
trabalho (higienizáveis, confortáveis, funcionais, anatomicamente adaptados aos requisitos
do posto de trabalho e à duração do mesmo)
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o Condições Gerais dos Locais de Trabalho:

o Conservação e higienização;
o Limpeza diária e periódica e operações de limpeza e desinfeção;
o Desperdícios;
o Atmosfera de trabalho;
o Temperatura, humidade e alterações bruscas de temperatura;
o Pausas no horário de trabalho;
o Iluminação, iluminação de segurança e sinalização de emergência;
o Tonalidade das paredes;
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o Condições Gerais dos Locais de Trabalho:

o Superfície das instalações e planos de trabalho;


o Ruído, vibrações e ruído ambiente;
o Dispositivos de segurança;
o Métodos e ritmos de trabalho;
o Proteção técnica e individual;
o Recipientes;
o Utilização e manipulação de substâncias insalubres, tóxicas ou
perigosas;
o Locais subterrâneos, cegos ou sem janelas;
o Condições de trabalho e dispositivos de proteção individual;
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o Condições Gerais dos Locais de Trabalho:

o Armazenagem e armazenagem em instalações frigoríficas;


o Proteção do trabalhador e instrução dos trabalhadores;
o Substâncias explosivas e inflamáveis - Cuidados e medidas de
proteção;
o Armazéns, arrecadações e adegas - Condições gerais;
o Empilhamento;
o Equipamento de extinção de incêndios;
o Instalações sanitárias - Requisitos e equipamentos (chuveiros,
vestiários, refeitórios, …);
o Deveres de colaboração e dever das partes.
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1.2. Regime jurídico do enquadramento da segurança,


higiene e saúde no trabalho
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❑ Legislação Efetiva

o a) Lei dos Acidentes de trabalho


o b) Condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
o c) Prescrições mínimas de Segurança e Saúde no trabalho
o d) Organização e funcionamento das atividades de Segurança e Higiene no Trabalho
o e) Segurança e Saúde nos locais de trabalho
o f) Segurança e Saúde das condições de trabalho
o g) Prescrições mínimas de Segurança e Saúde
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1.3. Regime jurídico dos acidentes e das


doenças profissionais
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ A Constituição da República Portuguesa, no artigo 63.º, reconhece o direito à segurança


social, que abrange a proteção nos acidentes de trabalho e nas doenças profissionais.

❑ O artigo 59.º da Constituição consagra o direito de todos os trabalhadores à assistência


e justa reparação, quando vítimas de acidente de trabalho ou de doença profissional, bem
como à prestação de trabalho em condições de segurança, higiene e saúde, o que
envolve a adoção de políticas de prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças
profissionais.
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❑ De acordo com o Decreto-Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto, artigos 281 a 301, é “acidente de


trabalho o sinistro, entendido como acontecimento súbito e imprevisto, sofrido pelo
trabalhador que se verifique no local e no tempo de trabalho”.
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❑ São ainda considerados acidentes de trabalho os ocorridos (Lei 98/2009, 4 de setembro) :

o No trajeto de ida e de regresso para e do local de trabalho nos termos definidos em regulamentação específica;
o Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade
empregadora;
o No local de trabalho quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de representante dos trabalhadores, nos
termos da lei;
o No local de trabalho quando em frequência de curso de formação profissional, ou fora do local de trabalho, quando exista
autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência;
o Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com processo
de cessação de contrato de trabalho em curso;
o Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade
empregadora ou por esta consentidos.
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❑ A doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho, consta da
Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio) e causa
incapacidade para o exercício da profissão ou morte.

❑ A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não
incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e
direta, da atividade exercida e não representem normal.
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❑ Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho
em si.

❑ Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é
realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a
incapacidade para o trabalho.
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1.4. Risco efetivo e risco potencial


1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Uma avaliação de riscos é um exame sistemático de todos os aspetos do trabalho, com vista
a apurar o que poderá provocar danos, se é ou não possível eliminar os perigos e, em caso
negativo, que medidas preventivas ou de proteção podem ser tomadas para controlar o risco.
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❑ Neste âmbito:

o O risco potencial está associado ao facto de a resistência do corpo, eventualmente atingido,


ser inferior a uma determinada energia (causadora do acidente).

o O risco efetivo é a probabilidade do Homem, estar exposto a um risco potencial.


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1.5. Causalidade dos acidentes de trabalho


1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Podemos dizer que existem duas causas principais para acidentes: as causas básicas e as
causas imediatas.

o Causas Básicas - Podem dividir-se em fatores pessoais e fatores de trabalho.


❑ Os fatores pessoais relacionam-se com a falta de conhecimento, de motivação ou até tentar
poupar tempo sem as devidas precauções.
❑ Os fatores de trabalho têm haver com a falta de regulamentação, hábitos incorretos ou a
má utilização de materiais e produtos.

o Causas Imediatas - Estas são constituídas pelos atos inseguros e condições inseguras.
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❑ O ato inseguro, bem como, as condições inseguras são as causas que precedem ou ocasionam
os acidentes de trabalho.

o Atos Inseguros - são todas as ações levadas acabo pela profissional, sem os devidos cuidados
ou com total falta de atenção (trabalhar com anéis, fios ou objetos que podem ficar presos, não
respeitar a capacidade dos elevadores, não avisar acerca de situações graves observadas, etc.).

o Condições Inseguras – prendem-se com fatores de caráter técnico (condições inseguras, falta
de espaço para armazenar os produtos, pouca iluminação, armazenamento incorreto, etc.).
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1.6. Classificação dos acidentes de trabalho


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❑ Podemos classificar os acidentes de trabalho, segundo:

As A natureza da A localização da
A forma do acidente O agente material
consequências lesão lesão
• Morte. • Fraturas. • Cabeça. • Queda de pessoas ou • Máquinas.
• Luxações. • Olhos. objetos. • Meios de transporte e de
• Incapacidade • Entorses. • Pescoço (incluindo • Choques, pancadas ou manutenção (aparelhos
Permanente. • Amputações. garganta e vértebras entaladela num objeto ou elevatórios, meios de
• Traumatismos. cervicais). entre objetos. transporte por carris,...).
• Incapacidade • Contusões e • Membros superiores. • Esforços excessivos ou • Outros materiais (recipientes
Temporária. esmagamentos. • Mãos. movimentos em falso. sob pressão, fornos, fornalhas,
• Queimaduras. • Tronco. • Exposição a, ou contacto ferramentas, escadas,
• Outros casos. • Envenenamentos. • Membros inferiores. com temperaturas extremas, andaimes,...).
• Lesões. • Pés. com corrente elétrica ou • Materiais, substâncias e
• Outros … • Localizações com substâncias nocivas ou radiações (explosivos, poeiras,
múltiplas. radiações. gases,...).
• Lesões gerais. • Outras formas de acidentes • Ambientes de trabalho.
não classificados • Outros agentes não
classificados noutra parte
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1.7. Participação dos acidentes


1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Todos os acidentes de trabalho devem ser participados às entidades competentes. A


participação é feita de acordo com uma das seguintes modalidades:

o Participação por parte do sinistrado à entidade empregadora ou à pessoa que a represente na


direção do trabalho.

o Participação feita pela entidade empregadora à entidade seguradora que detém a apólice do
Seguro de Acidentes de Trabalho.

o Participação à respetiva instituição de previdência.


o Participação do acidente de trabalho ao tribunal competente.
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❑ Uma participação de acidente de trabalho deve conter toda a informação necessária à


caraterização do mesmo:

o Idade.
o Posto de trabalho.
o Local do acidente.
o Data e hora do acidente.
o Indicação de testemunhas.
o Descrição do acidente.
o Causas possíveis.
o Caraterização do acidente.
o Análise das causas.
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
❑ A empresa/organização deverá fazer o controlo e gestão da sua sinistralidade. Para tal deverá

manter série de registos e outros documentos que considere serem relevantes para os objetivos
a que se propõe. Alguns destes documentos poderão ser os seguintes:

o Relatório de acidente de trabalho.


o Registo individual de acidentes de trabalho.
o Registo de acidentes de trabalho e sua caraterização.
o Registo dos dias de baixa que vão para além do mês do acidente.
o Registo mensal e acumulado dos acidentes de trabalho e seus índices.
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

1.8. Controlo estatístico da sinistralidade


1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Estatística da U.E.

o Ocorre 1 acidente de trabalho em cada 5 segundos, na EU;


o Morre 1 trabalhador a cada 2 horas, vítima de acidente de trabalho, na EU;
o Dois terços das 30 000 substâncias químicas mais utilizadas na EU, não foram submetidas a
testes toxicológicos completos e sistemáticos;
o Um quinto dos trabalhadores da UE - 32 milhões de pessoas – estão expostos a agentes
cancerígenos.
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

❑ Estes riscos são agravados por uma informação e cumprimento inadequados das
normas de segurança. Um estudo, determinou que apenas 12% das empresas conheciam os
seus deveres legais.

❑ Estima-se que anualmente morrem cerca de dois milhões de homens e mulheres devido
a acidentes de trabalho e a doenças profissionais.

❑ Em todo o mundo ocorrem por ano cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho e são
registadas mais de 160 milhões de doenças profissionais.
2. AMBIENTE DE TRABALHO
2. AMBIENTE DE TRABALHO

2.1. Principais causas motivadoras de riscos


associados
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Define-se risco profissional como a possibilid​ade de um trabalhador sofrer um dano


provocado pelo trabalho que efetua. A segurança no trabalho só é garantida quando se
conhecem todos os riscos e se protegem adequadamente todos os trabalhadores contra eles
até que sejam eliminados.

❑ Todos os tipos de trabalho, como sejam os trabalhos laboratoriais, trabalhos elétricos, com
máquinas, trabalhos pontuais de construção civil ou outros, apresentam riscos para a
saúde dos trabalhadores, pelo que a prevenção dos mesmos resulta de uma análise
sistemática de tod​os os aspetos da atividade desenvolvida.
2. AMBIENTE DE TRABALHO
❑ Principais causas motivadoras de riscos associados

❑ Incêndios - a causa de incêndio é definida como o princípio de ação, material ou pessoal, que
produz ou transmite o fogo causador do incêndio. Estas causas podem ser naturais (originadas
por fenómenos da natureza), químicas (de origem química) ou pessoais (quando decorrem de um
acidente).

❑ Dentro das causas mais comuns de incêndios nos locais de trabalho podemos indicar:
 Sistemas de aquecimento e cozedura.
 Chaminés e sistemas de saída de fumos.
 Materiais inflamáveis.
 Aparelhos elétricos.
 Trabalhadores e outras pessoas fumadoras.
 Entre outros…
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Riscos elétricos

❑ As instalações elétricas estão concebidas e deverão ser verificadas e mantidas por forma a
evitar a ocorrência de acidentes pessoais decorrentes do uso normal, como eletrocussão,
explosão, queimaduras.

❑ A manobra dos equipamentos elétricos deve fazer-se sem perigo ou risco de lesões para os
utentes.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Trabalho com máquinas e equipamentos - as máquinas devem, de origem, estar aptas a


cumprir a função a que se destinam e não devem expor a riscos as pessoas que com elas
trabalham quando se efetua regulação ou manutenção.

❑ Riscos associados ao trabalho com máquinas:


❑ Esmagamento e cortes;
❑ Prisão em equipamento, pancadas;
❑ Perfuração e projeções de partículas;
❑ Choques elétricos;
❑ Riscos térmicos (chamas, explosões, radiações, etc.);
❑ Ruído e vibrações;
❑ Perigo de contacto ou inalação de fluidos, gases, fumos, substâncias tóxicas, nocivas, etc.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Movimentação manual de cargas - a ocorrência de acidentes neste tipo de movimentações é


consequência de movimentos incorretos ou esforços físicos exagerados, de grandes
distâncias de elevação, do abaixamento e transporte, bem como de períodos insuficientes de
repouso, especialmente quando se trata de cargas volumosas.

❑ A Movimentação Manual de Cargas pesadas implica o desenvolvimento de esforço muscular.

❑ Todo este quadro conduz à fadiga. A fadiga pode provocar uma redução da eficiência do
trabalho, que, em casos extremos, leva à ocorrência de acidentes de trabalho.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Movimentação mecânica de cargas

❑ Atualmente, existe uma grande oferta de meios de movimentação mecânica de cargas,

permitindo encontrar soluções ajustadas para cada problema de movimentação.

❑ No entanto, nem sempre as condições de instalação e de exploração permitem obter as

melhores condições de segurança nos locais de trabalho.


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Posturas no trabalho - os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão


relacionados com:

❑ Exigência de esforço físico intenso,


❑ Levantamento e transporte manual de pesos,
❑ Postura inadequada no exercício das atividades,
❑ Exigências rigorosas de produtividade,
❑ Períodos de trabalho prolongadas ou em turnos,
❑ Atividades monótonas ou repetitivas
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Iluminação

❑ Uma iluminação adequada no local de trabalho contribui para que as condições do mesmo não
provoquem tensões psíquicas e fisiológicas. Nesta perspetiva, todos os locais de trabalho devem
oferecer boa visibilidade aos seus funcionários.

❑ Caso a iluminação esteja adaptada ao local de trabalho esta pode proporcionar um aumento de
produtividade, motivação, desempenho geral, etc. Se a iluminação for inadequada pode conduzir a
eventuais atrasos na execução das tarefas, induzir stress, dores de cabeça, fadiga física e psíquica,
etc.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Trabalhos com equipamentos dotados de visor

❑ O avanço da tecnologia tem contribuído para o aperfeiçoamento das ferramentas de trabalho,


como é o caso dos computadores. No entanto, a sua instalação tem sido feita sem se ter em
atenção as regras básicas da ergonomia existentes sobre o assunto.

❑ Horas de trabalho contínuo com écrans podem levar não só à fadiga visual mas também à
fadiga postural, uma vez que se está muito tempo na mesma posição rígida ou estática.
2. AMBIENTE DE TRABALHO
❑ Produtos e Atmosferas perigosas - certas substâncias químicas, utilizadas nos processos de produção
industrial, são lançadas no ambiente de trabalho através de processos de pulverização, fragmentação ou
emanações gasosas. Essas substâncias podem apresentar-se nos estados sólido, líquido e gasoso.

❑ Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do trabalhador por:
Via respiratória, digestiva , Epiderme ou Via ocular.

❑ No âmbito dos riscos associados a agentes químicos existem quatro tipos de agentes, que pelo seu
elevado grau de perigosidade para o ser humano, devem ser referenciados, e são:
 Os cancerígenos;
 O cloreto de vinilo monómero;
 O amianto;
 O chumbo.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Ruído - é um agente físico que pode afetar de modo significativo a qualidade de vida.
Mede-se o ruído utilizando um instrumento denominado medidor de pressão sonora, e a
unidade usada como medida é o decibel ou abreviadamente dB.

❑ Sem medidas de controlo ou proteção, o excesso de intensidade do ruído, acaba por


afetar o cérebro e o sistema nervoso.

❑ Em condições de exposição prolongada ao ruído por parte do aparelho auditivo, os


efeitos podem resultar na surdez profissional cuja cura é impossível.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

2.2. Medidas de proteção e prevenção


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Proteção contra incêndio

o Consideram-se medidas de proteção contra incêndios:


• A formação do pessoal em assuntos de segurança do trabalho em geral e de incêndio em particular.

• O treino do pessoal em reação ao alarme.

• O treino das evacuações.

• O treino do pessoal na utilização de meios de combate a incêndios no seu inicio.

• O respeito por todo o pessoal das normas de atuação recomendadas para situações de alarme de
incêndio.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Princípios básicos do fogo:

o Combater de imediato nos primeiros cinco minutos;


o Dar o alarme de incêndio;
o Desligar a energia elétrica;
o Acionar os bombeiros;
o Avaliar o incêndio.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Prevenção de riscos elétricos …


2. AMBIENTE DE TRABALHO
❑ Prevenção de riscos elétricos

o O comando dos circuitos de iluminação é efetuado, normalmente, a partir dos respetivos quadros
elétricos, os quais se devem encontrar sempre fechados, e desimpedidos.

o Todas as massas metálicas devem estar ligadas à terra.


o Os aparelhos de iluminação e restantes equipamentos elétricos, localizados no exterior devem
ser estanques.

o O sistema de iluminação de emergência deverá funcionar durante o tempo suficiente para permitir
a evacuação em segurança de todos os ocupantes. Os equipamentos deste sistema devem ser
periodicamente testados, no mínimo duas vezes por ano.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Prevenção de riscos elétricos – continuação

o As instalações e os equipamentos elétricos deverão estar protegidos contra contactos


diretos, de modo a proteger as pessoas dos riscos de contacto com peças em tensão.

o Todos os equipamentos elétricos devem estar protegidos com dispositivos sensíveis a


correntes diferenciais/residuais, os quais deverão ser periodicamente testados, no mínimo duas vezes
por ano.

o Deverá ser substituída, imediatamente, toda a aparelhagem partida ou danificada.


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Proteção no trabalho com máquinas

o Medidas a aplicar aos trabalhadores:


❑ Informar as condições de utilização das máquinas

❑ Informar a conduta a seguir quer em situação normal, quer face aos incidentes previsíveis

❑ Informar sobre as conclusões retiradas da experiência, permitindo assim evitar certos riscos.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Proteção na movimentação manual de cargas

o De forma a minimizar os riscos e, consequentemente, as lesões, nas actividades de transporte de cargas,


existem várias medidas de prevenção que se deverão tomar:

❑ A redução das cargas (os valores-limite da carga variam consoante idade, sexo, duração da tarefa, frequência do
movimento de elevação e transporte e capacidade física do trabalhador);

❑ A correcta escolha do pessoal que desempenha essas actividades;

❑ A formação sobre técnicas correctas de movimentação de cargas;

❑ A utilização de Equipamentos de Protecção Individual adequado (vestuário, luvas e calçado);

❑ A utilização de meios mecânicos auxiliares (carros de mão, rolos, patins, ventosas, pinças ou garras, ou imans);

❑ A readequação do espaço de trabalho.


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Prevenção na movimentação mecânica de cargas

o Muitas das medidas de prevenção são comuns aos diversos tipos de equipamentos de
movimentação mecânica de carga, outras serão específicas de cada tipo. Das comuns são
exemplo:

❑ Não ultrapassar a carga máxima de funcionamento dos equipamentos.

❑ Não efectuar qualquer intervenção no equipamento com este em funcionamento.

❑ Utilização de EPI adequado, pelos trabalhadores.


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Prevenção de más posturas no trabalho

o A análise e intervenção ergonómica traduz-se em:


❑ Melhores condições de trabalho

❑ Menores riscos de incidente e acidente

❑ Menores custos humanos

❑ Formação com o objectivo de prevenir

❑ Maior produtividade

❑ Optimizar o sistema homem / máquina.


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Prevenção contra iluminação inadequada

o Para tarefas normais (leitura, montagens de peças e operações com máquinas) recomenda-se:

❑ 200 lux - para tarefas com bom contrastes, sem necessidade de percepção de muitos detalhes,

❑ Aumentar a intensidade luminosa à medida que o contraste diminui e se exige a percepção de muitos detalhes;

❑ Uma intensidade maior pode ser necessária - reduzir as diferenças de brilhos no campo visual, ex.: na presença de uma
lâmpada ou de uma janela no campo visual;

❑ As pessoas idosas e com deficiência visual requerem mais luz.

o Para aumentar a eficiência e a qualidade dos ambientes de trabalho deve-se usar a complementação entre a
luz artificial (lâmpadas e sistemas de controlo) e a luz natural (janelas, portas).
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Prevenção no trabalho com equipamentos dotados de visor

o Colocar o écran de modo a que:


❑ com a cabeça direita, os seus olhos estejam dirigidos para a parte superior do écran;

❑ ajustar o teclado de maneira a que os seus punhos e mãos estejam direitos quando escreve;

❑ certificar-se que os seus ombros e cotovelos estão relaxados;

❑ se tiver dificuldade em manter os punhos e mãos esticadas enquanto escreve, utilizar uma pequena
toalha junto ao teclado.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Proteção em atmosferas perigosas

o Com o fim de proteger o trabalhador, os Valores Limite de Exposição referenciados na legislação


portuguesa, devem ser cumpridos. Deve ser feita igualmente a identificação dos contaminantes para,
de seguida, se efetuar a respectiva medição da sua concentração.

o Mediante os valores obtidos há que tomar medidas, devendo recorrer-se a equipamento de protecção
individual sempre que possível, bem como a alterações no processo produtivo que permitam a redução
das emissões de poluentes. Estas alterações podem ser ao nível do equipamento ou de matérias-
primas.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Proteção contra o ruído

o Consoante os valores de ruído a que o trabalhador está sujeito, a organização deverá actuar da
seguinte forma:
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Prevenção no manuseio de produtos perigosos


o Através de uma correta manipulação dos produtos potencialmente perigosos, pretende-se minimizar os
riscos associados à exposição a essas substâncias.

Trabalho de grupo: Enuncie algumas regras gerais relativas ao manuseamento de substâncias químicas.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

2.3. Modos de atuação em caso de acidente


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Caso surja uma situação inesperada e súbita que tenha como consequência o aparecimento
de situações de perigo para os trabalhadores.

o O empregador deve analisar e tomar medidas que permitam evitar este tipo de
consequências nomeadamente no respeitante a primeiros socorros e à luta contra
incêndios e à evacuação dos trabalhos.

o Deve prever uma atuação rápida e eficaz para salvaguardar, em primeiro lugar, a
integridade e saúde dos trabalhadores, da população externa e, também, minimizar os
possíveis danos nas instalações no meio ambiente.
2. AMBIENTE DE TRABALHO
❑ Como agir em caso de incêndios
o Ao notar indícios de incêndio (fumos, cheiro a queimado, …), aproximar-se a uma distância segura para observar o que está
a queimar e a extensão do fogo e dar o alarme através do número de emergência 112.

o Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, sair do local, fechando todas as portas e janelas atrás de si, mas
sem trancá-las; desligar a eletricidade e o gás; verificar se existem pessoas em perigo e tentar salvá-las sem por em risco a
sua própria vida.

o Manter-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação.

o Procurar alcançar um espaço aberto através do uso de escadas. Não usar o elevador, pois a eletricidade é normalmente
cortada, podendo ficar parado, sem contar que existe o risco dele abrir justamente no andar em chamas.

o Se não puder sair, manter-se próximo de uma janela de preferência com vista para a rua e sinalizar sua posição. Fechar mas
não trancar a porta e, vedar as frestas desta com um cobertor ou tapete para não entrar fumos.

o Em caso de existência de fumos manter-se junto ao chão e utilizar um lenço ou toalha molhada sobre o nariz e boca.

o Atirar pela janela o que puder queimar facilmente como papéis, tapetes, cortina, mas com o cuidado para não atingir quem
estiver na rua.
2. AMBIENTE DE TRABALHO
❑ Como agir em caso de sismo

No interior de um edifício: No exterior de um edifício:

• Não deve tentar sair do edifício; • Não deve reentrar no edifício, mantendo-se no exterior;
• Não deve tentar sair pelas janelas; • Deve afastar-se de edifícios, muros, vedações, árvores,
• Deve afastar-se de janelas e painéis de vidro; postes e cabos elétricos;
• Deve afastar-se de armários, prateleiras, objetos pesados • Deve agachar-se ou deitar-se no solo e proteger a cabeça;
e outro mobiliário que possa cair; • Deve ir observando o que se passa em redor, mantendo-
• Não deve aceder às varandas; se alerta a possíveis perigos que o obriguem a
• Não deve utilizar os elevadores. movimentar-se.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

2.4. Técnicas de Socorrismo – caraterização e aplicação


2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Primeiro-socorro

o É um tratamento inicial e temporário ministrados a acidentados e/ ou vitimas de doenças súbita, num


esforço de preservar a vida, diminuir a incapacidade e minorar o sofrimento.

o Consiste, conforme a situação, na proteção de feridas, imobilização de fraturas, controlo de


hemorragias visíveis, desobstrução das vias respiratórias, reanimação e ventilação artificial.

o Um socorrista não substitui nem o médico nem a enfermeira, mas pode impedir toda e qualquer ação
intempestiva, alertar e ajudar, evitando o agravamento do acidente.
2. AMBIENTE DE TRABALHO

❑ Trabalho de grupo: Enuncie os procedimentos a ter perante uma situação de paragem


respiratória (em que se tem de proceder a uma respiração artificial boca-nariz, por exemplo) e
no caso de suspeita de fratura da coluna vertebral ou do pescoço (utilizar uma posição lateral
de segurança, por exemplo).
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

3.1. Direitos e deveres dos trabalhadores


3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Em matéria de segurança no trabalho, constituem direitos do trabalhador:

o Trabalhar em condições de segurança e saúde;

o Receber informação sobre os riscos existentes no local de trabalho e medidas de proteção adequadas;

o Ser informado sobre as medidas a adotar em caso de perigo grave e iminente, primeiros socorros, combate
a incêndios e evacuação de trabalhadores;

o Receber formação adequada em matéria de segurança e saúde no trabalho aquando da contratação e sempre
que exista mudança das condições de trabalho;

o Ser consultado e participar em todas as questões relativas à segurança e saúde no trabalho;


3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Em matéria de segurança no trabalho, constituem direitos do trabalhador:

o Ter acesso gratuito a equipamentos de proteção individual;

o Realizar exames médicos antes da sua contratação e depois periodicamente;

o Receber prestação social e económica em caso de acidente de trabalho ou doença profissional;

o Afastar-se do seu posto de trabalho em caso de perigo grave e iminente;

o Possuir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde, independentemente de ter um contrato
sem termo ou com carácter temporário;

o Recorrer às autoridades competentes (Autoridade para as Condições do Trabalho e Tribunais de Trabalho).


3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Neste âmbito, constituem deveres do trabalhador:

o Cumprir as regras de segurança e saúde no trabalho e as instruções dadas pelo empregador;

o Zelar pela sua segurança e saúde e por todos aqueles que podem ser afectados pelo seu trabalho;

o Utilizar correctamente máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros equipamentos e meios colocados
à sua disposição;

o Respeitar as sinalizações de segurança;

o Cumprir as regras de segurança estabelecidas e utilizar correctamente os equipamentos de protecção colectiva e individual;
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Neste âmbito, constituem deveres do trabalhador:

o Contribuir para a melhoria do sistema de segurança e saúde existente no seu local de trabalho;

o Comunicar de imediato superiormente todas as avarias e deficiências por si detetadas;

o Contribuir para a organização e limpeza do seu posto de trabalho;

o Tomar conhecimento da informação e participar na formação sobre segurança e saúde;

o Comparecer aos exames médicos;

o Prestar informações que permitam avaliar a sua aptidão física e psíquica para o exercício das funções que lhe são atribuídas.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

3.2. Tipo de vínculos contratuais


3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ O contrato de trabalho consiste num acordo entre a entidade patronal e o funcionário, onde
o funcionário compromete-se a prestar os seus serviços, intelectual ou manual, em troca de
uma retribuição monetária mensal.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contratos de trabalho:

o Contrato de trabalho a termo certo;


o Contrato de trabalho a termo incerto;
o Contrato de trabalho sem termo;
o Contrato de prestação de serviços;
o Contrato de trabalho de muita curta duração;
o Contrato de trabalho temporário;
o Contrato de trabalho a tempo parcial.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contrato de trabalho a termo certo

o Um contrato de trabalho a termo certo é um contrato celebrado entre a entidade


empregador e o funcionário para fins de satisfação de necessidades temporárias da empresa.
Um contrato a termo certo é celebrado e renovado por um período máximo de 3 anos.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contrato de trabalho a termo incerto

o Um contrato de trabalho com termo incerto é um contrato celebrado entre uma empresa e o
funcionário com o objectivo de suprir necessidades temporárias da empresa
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contrato de trabalho sem termo

o Um contrato de trabalho sem termo é um contrato celebrado entre a entidade patronal e o


funcionário sem uma duração pré-estabelecida.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contrato de prestação de serviços

o Contrato de prestação de serviço é aquele em que uma das partes se obriga a proporcionar
à outra certo resultado do seu trabalho intelectual ou manual, com ou sem retribuição.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contrato de trabalho de muita curta duração

o Este é o tipo de contrato mais curto e que é utilizado em situações muito próprias, tais como atividade agrícola
sazonal ou na realização de algum evento turístico, por exemplo. Não é obrigatório existir mesmo um
contrato escrito, porém, a empresa é sempre obrigada a comunicar a realização do mesmo à Segurança Social
através de um formulário electrónico que pode encontrar na Segurança Social Direta.

o O contrato de trabalho de muita curta duração não pode ser superior a 35 dias e, apesar de ser possível
celebrar outros contratos entre o mesmo colaborador e a mesma empresa, a duração total destes não pode exceder
os 70 dias de trabalho do ano civil. Caso ocorra incumprimento do ponto anterior, o contrato passa
automaticamente a ter o prazo de seis meses.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contrato de trabalho temporário

o Neste regime é celebrado um contrato entre o empregador e uma empresa de trabalho temporário que
realiza determinado serviço para um cliente.

o Grandes empresas recorrem a este tipo de empresas para gerir o recrutamento e seleção e, na maioria dos
casos, os primeiros contratos são feitos com a empresa de trabalho temporário, e não com o cliente
final. Assim, na prática, a agência que tratou do seu recrutamento será a sua entidade empregadora e será esta a
assumir as responsabilidades do seu contrato: pagamento, seguro em caso de acidente de trabalho e todos os
restantes direitos previstos na minuta do contrato.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Contrato de trabalho Tempo parcial

o Existe, também, a possibilidade de ter um contrato a tempo parcial, ou meio tempo. Se a


norma é a semana de trabalho ter 40 horas, neste contrato a part-time, o número de
horas de trabalho é inferior a essa dita norma. É um contrato que é obrigatório ser
feito por escrito e os dias de trabalho são acordados entre o empregado e o empregador.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Outros tipos de contrato menos comuns

o Contrato de trabalho com trabalhador estrangeiro


o Contrato de trabalho com pluralidade de empregadores
o Contrato de cedência ocasional de trabalhadores
o Contrato de trabalho intermitente
o Contrato de pré-reforma
o Contrato para a prestação subordinada de teletrabalho
o Contrato de trabalho por tempo indeterminado para contratação temporária
o Contrato de trabalho em comissão de serviço.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Em síntese, o contrato de trabalho tem como objeto a prestação de uma atividade, e como
elemento típico e distintivo, a subordinação jurídica do trabalhador, traduzida no poder
do empregador conformar ordens, diretivas e instruções, a prestação a que o
trabalhador se obrigou.

❑ Diversamente, no contrato de prestação de serviços, o prestador obriga-se à obtenção de


um resultado, que efetiva por si, com autonomia, sem subordinação à direcção da
outra parte.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

3.3. Condições específicas de exercício da profissão


3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Condições específicas de exercício da profissão

o Os prestadores de serviços de animação turística apresentam diferentes níveis de


organização, profissionalismo e exigências de licenciamento. Porém, todos têm de garantir que
as atividades são desenvolvidas sem ameaçar a saúde do praticante nem atentar contra a sua
segurança física.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Assim, devem garantir:

• Capacidade técnica para organizar as atividades que oferecem;

• Profissionais qualificados e com formação adequada;

• O cumprimento de regras de segurança e das práticas internacionalmente aceites;

• Equipamentos e instalações em boas condições e adequados aos participantes;

• Informação ao praticante sobre as atividades;

• Planos de emergência e evacuação, em caso de acidente;

• Uma prática não nociva à natureza.


3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Prevenção:

o Comparadas com outras práticas desportivas, estas atividades implicam um risco acrescido para
os praticantes, pois dependem da interação das forças da natureza instáveis com a atuação
do homem.

o Contudo, quando praticadas de acordo com procedimentos de segurança corretos e


formação adequada, apresentam níveis de segurança satisfatórios.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
❑ Fatores importantes a considerar para uma prática segura:

• Saber ler e interpretar as condições naturais do meio e de meteorologia;

• Ter consciência das capacidades físicas e psíquicas dos indivíduos que as praticam;

• Conhecer os tipos e níveis de intensidade das atividades a praticar para escolher as mais adequadas para
cada indivíduo;

• Ter qualificações adequadas às atividades a organizar,

• Saber usar corretamente o equipamento;

• Ter informação sobre os comportamentos e práticas adequadas;

• Saber atuar nos primeiros socorros e colaborar em situações de resgate consoante o nível de dificuldade da
atividade.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Fatores importantes a considerar para uma prática segura

o Não existe segurança absoluta nestes desportos. Mas é possível garantir uma prática mais segura,
adotando medidas que reduzam os riscos e minimizem os danos em caso de acidente.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Prevenção de acidentes

o Um acidente não acontece por acaso e com as devidas precauções pode ser evitado. Eis os principais
fatores a acautelar pelo prestador para oferecer um serviço seguro:

❑ Capacidade técnica para organizar as atividades;

❑ Formação dos profissionais;

❑ Verificar as condições do meio natural e do equipamento;

❑ Informação ao praticante;

❑ Emergência e resgate.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
❑ Capacidade técnica para organizar as atividades

o Todas as atividades têm de ser planeadas antecipadamente. Só assim saberá responder às


situações que podem ocorrer no decurso da prática. Deve ser feito um diagnóstico e identificados os
perigos humanos ou ambientais, para se definirem os níveis de risco.

o A responsabilidade e a partilha de tarefas dos profissionais envolvidos no terreno e das


equipas de apoio devem estar previamente definidas, por atividade e grupo de praticantes, com
indicação expressa do número de monitores.

oÉ importante realizar simulações e treinos prévios para familiarizar os praticantes com a


atividade. Também são determinantes para os profissionais acautelarem problemas que possam surgir.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
❑ Formação dos profissionais

o Um fator-chave para a oferta de um serviço de qualidade e com segurança é a formação dos seus
profissionais.

o Para isso, é indispensável que tenham qualificações ajustadas às atividades (tanto as equipas no
terreno como as que supervisionam). Indicamos-lhe as mais importantes:

• Estar habilitados para dominar tecnicamente as atividades;


• Conhecer e manusear os materiais;
• Ler e interpretar as condições naturais do meio;
• Conhecer a resistência dos materiais;
• Ter conhecimentos de primeiros socorros e de resgate, nomeadamente técnicas de reanimação, de acordo
com a atividade e o nível de dificuldade em que trabalham;
• Saber reagir em situações de fadiga e stresse.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Verificar as condições do meio natural e do equipamento:

o Deve ter capacidade técnica para avaliar as condições do meio natural e analisar os riscos
inerentes às condições físicas e climáticas (como descargas de barragens ou modificações das marés e
dos ventos).

o Deve caber nos procedimentos de segurança do prestador de serviços verificar as condições


técnicas dos equipamentos. A sua manutenção é muito importante, devendo existir um registo com
a sua periodicidade. O equipamento deve ser mantido em espaços de acondicionamento ou
armazenagem em boas condições.

o Todos os equipamentos devem ser adequados à função e cumprir as normas de certificação


internacionais.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
❑ Informação ao praticante:

o Muitos acidentes devem-se à falta de informação dos praticantes, por desconhecimento do uso correto
do equipamento ou comportamentos desadequados. Assim, a entidade que organiza as atividades deve
informar o praticante sobre:
• Contraindicações médicas e/ou físicas da atividade;
• Possíveis riscos inerentes à sua prática;
• Comportamentos seguros a adotar pelos praticantes;
• Práticas proibidas e prejudiciais aos outros participantes na atividade;
• Equipamento necessário (no rafting, por exemplo, o fato isotérmico de neoprene, um colete
homologado, capacete, botas isotérmicas);
• Instruções sobre o uso correto do equipamento e das infraestruturas ou espaços.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
❑ Emergência e resgate

o É fundamental prever planos de emergência e resgate para minimizar os danos de um acidente.


o O prestador tem de estar preparado para agir com rapidez e eficácia. Para isso, deve ter procedimentos de
emergência e evacuação organizados e prontos a implementar no terreno.

o Os planos de emergência devem incluir os primeiros socorros (como kit de primeiros socorros), técnicas de
reanimação e utilização de equipamento de regaste.

o Já os planos de evacuação devem permitir a ligação eficaz entre as zonas de prática dos desportos e o
sistema de emergência médica.

o Nestas situações, é essencial um sistema de comunicações e alerta. Assim, este deve assegurar uma rede de
comunicações que permita dar o alerta para a equipa de prevenção e para o sistema de emergência médica
(112).
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

3.4. Responsabilidades das unidades hoteleiras, unidades de restauração, transportadoras, etc.

Procedimentos de segurança em alojamento turístico


3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
❑ Proteção contra incêndios

o Para garantir a segurança dos hóspedes no que a incêndios diz respeito, todos os alojamentos turísticos devem:
❑ Ter um Plano de Segurança;
❑ Reduzir os riscos de deflagração de incêndios;
❑ Impedir a propagação de fogo e fumos;
❑ Permitir a evacuação rápida e segura de todos os ocupantes do estabelecimento;
❑ Permitir a intervenção eficaz dos serviços de bombeiros e de todos os que devam atuar em caso de emergência;
❑ Dispor de sistemas de alarme e de alerta apropriados;
❑ Dispor de iluminação e sinalização de segurança;
❑ Dispor de adequados meios de controlo de fumos;
❑ Afixar em lugares adequados instruções de segurança;
❑ Dispor de equipamentos técnicos (instalação elétrica, de gás, de ventilação, de aquecimento) e de aparelhos que
funcionem em boas condições de segurança;
❑ Dar instrução adequada ao pessoal relativamente às ações a desenvolver em caso de fogo.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ A probabilidade de incêndio deve ser uma hipótese sempre presente na mente de qualquer
colaborador de unidades de alojamento turístico. No caso de acontecer, o funcionário deve
manter a calma, agir rapidamente mas de uma forma serena e:

o Estabelecer caminhos de evacuação do estabelecimento;


o Garantir a estabilidade dos elementos estruturais do edifício em relação ao fogo;
o Não utilizar materiais altamente inflamáveis;
o Ajudar na evacuação rápida e segura de todos os ocupantes do estabelecimento;
o Ter instrução adequada relativamente às ações a desenvolver em caso de fogo.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Proteção contra roubos e furtos

o Para garantir a segurança dos hóspedes no que a roubos e furtos diz respeito, todos os
alojamentos turísticos devem:
❑ Ter cofres individuais nas habitações;
❑ Ter cofre do hotel, normalmente, instalado na portaria;
❑ Ter circuitos internos de televisão;
❑ Ter chaves eletrónicas para as habitações;
❑ Ter identificação para os hóspedes;
❑ Ter controlo das entradas e das áreas adjacentes.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA
❑ Procedimentos de segurança em unidades de restauração

o Todos os intervenientes numa cadeia alimentar têm a responsabilidade de assegurar a


segurança dos produtos alimentares nas fases em que intervêm, independentemente
das atividades que desenvolvem.

oA restauração, do ponto de vista sanitário é um setor muito complexo, devido à


quantidade e variedade de alimentos que são manipulados. Por isso, aplica-se as adequadas
medidas práticas de higiene na manipulação de alimentos essenciais.

o Cada estabelecimento tem as suas caraterísticas, estruturas e dimensões próprias; no


entanto, do ponto de vista da higiene e segurança alimentar, todos devem cumprir
um conjunto de requisitos mínimos definidos na legislação aplicável.
3. LEGISLAÇÃO – ANIMAÇÃO TURÍSTICA

❑ Procedimentos de segurança em unidades de restauração (continuação)

o As salas onde se presta o serviço de restauração e de bebidas, acompanhado do serviço de cafetaria,


devem possuir equipamento e mobiliário adequados ao fim a que se destinam.
o Todos os materiais utilizados nas referidas salas devem ser resistentes, laváveis e de fácil limpeza.
Estes locais devem ser suficientemente iluminados e continuamente ventilados.
oA Segurança Alimentar assume particular importância nos nossos dias sendo, cada vez mais, um
elemento obrigatório para os consumidores. A segurança dos alimentos deve ser uma exigência para
todos os intervenientes no sector agro-alimentar.
o Neste contexto, surge a Certificação que visa, entre outros aspectos, reforçar a protecção da saúde
humana e o consequente grau de confiança dos consumidores, constituindo uma evidência do
empenho da organização na obtenção de produtos de qualidade e seguros para a saúde dos
consumidores.

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