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Processo Legislativo

Orçamentário
Professores Marcel Guimarães
[AFO – Processo Legislativo Orçamentário]
✓Processo Legislativo Orçamentário;

✓ Regimento Comum do Congresso Nacional (Res. 1/1970 CN);

✓ Res. 01/2006-CN;

✓ Tramitação do PLOA na CMO;

✓ Emendas ao PLOA;

✓ Tramitação do pPPA e pLDO na CMO;

✓ Exercícios;

✓ Resumo Direcionado.
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Processo Legislativo
Orçamentário

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[Etapas do ciclo orçamentário]
O ciclo orçamentário, também denominado processo orçamentário, corresponde ao período
de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua
concepção até sua apreciação(avaliação) final.

Discussão, votação e
Elaboração da proposta
aprovação do projeto de lei
orçamentária
orçamentária

Controle e avaliação da
Execução orçamentária
execução orçamentária

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[Processo Legislativo Orçamentário]

Poder Executivo

Veto
Poder Exec. Sanção
encaminha
Publicação
projeto de lei ao
Deliberação executiva
Legislativo Promulgação

Fase de iniciativa Fase constitutiva Fase complementar

Deliberação
parlamentar

Discussão

Poder Legislativo Votação

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[Aprovação da Proposta Orçamentária]
MUDANÇAS NO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA

Enquanto o PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA tramita no Congresso Nacional, podem ocorrer


mudanças nele. Essas mudanças ocorrem em virtude de:

Alterações provocadas pelo


Poder
Emendas
Legislativo
no

PL provocadas pelo
(orçamentária) Mensagem Presidente da
República

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[Aprovação da Proposta Orçamentária]

CF/88 – ART. 166

§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer,
e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

apresentadas na apreciadas
Emendas CMO

emite parecer
2 casas do CN

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Regimento Comum do
Congresso Nacional

(Res. 1/1970 CN)


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[Resolução 01/1970 - CN]

Art. 1º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em
sessão conjunta para:

I − inaugurar a sessão legislativa (art. 57, § 3º, I, da Constituição);


II − dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos (arts. 57, § 3º, III, e 78 da
Constituição);
III − promulgar emendas à Constituição (art. 60, § 3º, da Constituição);
IV − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
V − discutir e votar o Orçamento (arts. 48, II, e 166 da Constituição);
VI − conhecer de matéria vetada e sobre ela deliberar (arts. 57, § 3º, IV, e 66, § 4º, da Constituição);
VII − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
VIII − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
IX − delegar ao Presidente da República poderes para legislar (art. 68 da Constituição);
X − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
XI − elaborar ou reformar o Regimento Comum (art. 57, § 3º, II, da Constituição); e
XII − atender aos demais casos previstos na Constituição e neste Regimento.

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[Processo legislativo orçamentário]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

CMO
Matéria orçamentária
(projetos de lei do PPA, LDO, LOA e créditos adicionais)
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[Já foi cobrado em prova...]
CESPE/IBAMA 2013/Cargo Cargo: Analista Administrativo

No Brasil, o orçamento público assumiu características peculiares, principalmente após a


promulgação da CF. Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem.

88 O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) deve ser aprovado em sessões ordinárias ou
extraordinárias separadas, primeiramente no plenário da Câmara dos Deputados, em seguida no
plenário do Senado Federal.

ERRADO

PLOA → aprovado em sessão conjunta do Congresso Nacional

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[Resolução 01/1970 - CN]

Art. 43. Nas deliberações, os votos da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal serão sempre computados separadamente.

§ 1º O voto contrário de uma das Casas importará a rejeição da matéria.

§ 2º A votação começará pela Câmara dos Deputados. Tratando-se, porém,


[de proposta de emenda à Constituição e de projeto de lei vetado, de
iniciativa de Senadores, a votação começará pelo Senado.

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Resolução

01/2006-CN
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[Comissão Mista de Orçamento - CMO]
CF/88 – ART. 72

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no
prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão


solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa


causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional
sua sustação.

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[Aprovação da Proposta Orçamentária]

CF/88 – ART. 166

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Projetos de lei

PPA

apreciados
LDO

LOA
2 casas do CN
Créd. Adic.
Res 01/2006 CN

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[Aprovação da Proposta Orçamentária]

CF/88 – ART. 166

§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as


contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

Projetos + Contas PR
PPA
examina
CMO
LDO
emite parecer
Comissão Mista de Planos,
LOA
Orçamentos Públicos e
Fiscalização
Créd. Adic.

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[Aprovação da Proposta Orçamentária]

CF/88 – ART. 166


II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e
de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

examina
planos e programas nacionais,
regionais e setoriais
emite parecer
CMO

Comissão Mista de Planos, acompanha


Orçamentos Públicos e orçamento
Fiscalização fiscaliza

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[Processo Legislativo Orçamentário]

Congresso Nacional

Envia, por
mensagem Fase constitutiva Emendas
Presidente da Parlamentares
República Mesa CN
- AO PLDO:
NÃO incompatível com PPA;
Projeto de lei (PPA,
- AO PLOA:
LDO, LOA, Cred Ad)
1) compat. PPA e LDO;
2) ind. fonte de rec. apenas anul desp (exc.
C.M.O. pessoal e enc.; serv dív; transf. trib. const).
Envia, por
mensagem 3) Relac com: a) Correção de
erros/omissões; b) Disposit. texto do PL.

Enquanto não iniciada a Plenário das 2 Casas do


Projeto de lei CN, forma regimental
votação, na CMO, da parte
MODIFICATIVO
cuja alteração é proposta.

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[Resolução n. 01/2006 CN]

Resolução 01/2006 - CN

Dispõe sobre a Comissão Mista Permanente a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição,
bem como a tramitação das matérias a que se refere o mesmo artigo.

Art. 1 Esta Resolução é parte integrante do Regimento Comum e dispõe sobre a tramitação
das matérias a que se refere o art. 166 da Constituição e sobre a Comissão Mista Permanente
prevista no § 1º do mesmo artigo, que passa a se denominar Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização - CMO.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Competências da CMO

Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e deliberar sobre:

I - projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual


e créditos adicionais, assim como sobre as contas apresentadas nos termos do art. 56,
caput e § 2º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;

II - planos e programas nacionais, regionais e setoriais, nos termos do art. 166, § 1º, II, da
Constituição;

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e deliberar sobre:

III - documentos pertinentes ao acompanhamento e fiscalização da execução orçamentária e financeira e


da gestão fiscal, nos termos dos arts. 70 a 72 e art. 166, § 1º, II, da Constituição, e da Lei Complementar nº
101, de 2000, especialmente sobre:

a) os relatórios de gestão fiscal, previstos no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;


b) as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União relativas à fiscalização de obras e
serviços em que foram identificados indícios de irregularidades graves e relacionados em anexo da lei
orçamentária anual, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias;
c) as demais informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União ou por órgãos e entidades
da administração federal, por intermédio do Congresso Nacional
d) os relatórios referentes aos atos de limitação de empenho e movimentação financeira, nos termos
do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000, e demais relatórios de avaliação e de
acompanhamento da execução orçamentária e financeira, nos termos da lei de diretrizes
orçamentárias; e
e) as informações prestadas pelo Poder Executivo, ao Congresso Nacional, nos termos dos §§ 4º e 5º
do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000;

IV - demais atribuições constitucionais e legais.


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[Resolução n. 01/2006 CN]
Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e deliberar sobre:

§ 1º A CMO organizará a reunião conjunta de que trata o art. 9º, § 5º, da Lei
Complementar nº 101, de 2000, em articulação com as demais Comissões Permanentes
das Casas do Congresso Nacional.

§ 2º A CMO poderá, para fins de observância do disposto no art. 17 da Lei Complementar


nº 101, de 2000, observados os Regimentos Internos de cada Casa, antes da votação nos
respectivos plenários, ser ouvida acerca da estimativa do custo e do impacto fiscal e
orçamentário da aprovação de projetos de lei e medidas provisórias em tramitação.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Exercício da competência

Art. 3º Para o exercício da sua competência, a CMO poderá:

I - determinar ao Tribunal de Contas da União a realização de fiscalizações, inspeções e


auditorias, bem como requisitar informações sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de fiscalizações, auditorias e
inspeções realizadas;

II - requerer informações e documentos aos órgãos e entidades federais;

III - realizar audiências públicas com representantes de órgãos e entidades públicas e da


sociedade civil;

IV - realizar inspeções e diligências em órgãos da administração pública federal, das


administrações estadual e municipal e em entidades privadas que recebam recursos ou
administrem bens da União.
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[Resolução n. 01/2006 CN]
Exercício da competência

Art. 3º Para o exercício da sua competência, a CMO poderá:

Parágrafo único. A CMO deverá manter atualizadas as informações relativas aos subtítulos
correspondentes a obras e serviços em que foram identificados indícios de irregularidades
graves e relacionados em anexo lei orçamentária anual.

Art. 4º A CMO realizará audiências públicas para o debate e o aprimoramento dos projetos
de lei orçamentária anual, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei do plano plurianual e
para o acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária e financeira.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Composição e Instalação

Art. 5º A CMO compõe-se de 40 (quarenta) membros titulares, sendo 30 (trinta) Deputados e 10 (dez)
Senadores, com igual número de suplentes.

Art. 6º Na segunda quinzena do mês de fevereiro de cada sessão legislativa, a Mesa do Congresso Nacional fixará
as representações dos partidos e blocos parlamentares na CMO, observado o critério da proporcionalidade
partidária.

§ 1º Aplicado o critério do caput e verificada a existência de vagas, essas serão destinadas aos partidos ou blocos
parlamentares, levando-se em conta as frações do quociente partidário, da maior para a menor.

§ 2º Aplicado o critério do § 1º, as vagas que eventualmente sobrarem serão distribuídas, preferencialmente, às
bancadas ainda não representadas na CMO, segundo a precedência no cálculo da proporcionalidade partidária.

§ 3º A proporcionalidade partidária estabelecida na forma deste artigo prevalecerá por toda a sessão legislativa.

Art. 7º Até o quinto dia útil do mês de março, os Líderes indicarão ao Presidente da Mesa do Congresso Nacional
os membros titulares e suplentes em número equivalente proporcionalidade de suas bancadas na CMO.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Composição e Instalação

Art. 8º A representação na CMO é do partido ou bloco parlamentar, competindo ao respectivo Líder solicitar, por
escrito, ao Presidente da Mesa do Congresso Nacional, em qualquer oportunidade, a substituição de titular ou
suplente.

Art. 9º O membro titular que não comparecer, durante a sessão legislativa, a 3 (três) reuniões consecutivas ou 6
(seis) alternadas, convocadas nos termos do art. 130, será desligado da CMO, exceto no caso de afastamento por
missão oficial ou justificado por atestado médico.

§ 1º Para efeito do disposto no caput , o Presidente comunicará imediatamente o fato ao respectivo Líder do partido
ou bloco parlamentar para que seja providenciada a substituição nos termos do art. 8º.

§ 2º O membro desligado não poderá retornar a CMO na mesma sessão legislativa.

Art. 10. A instalação da CMO e a eleição da respectiva Mesa ocorrerão até a última terça-feira do mês de março de
cada ano, data em que se encerra o mandato dos membros da comissão anterior.

Art. 11. Nenhuma matéria poderá ser apreciada no período compreendido entre a data de encerramento do
mandato dos membros da CMO e a data da instalação da comissão seguinte.
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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Composição e Instalação

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Direção da Comissão (CMO)

Art. 12. A CMO terá 1 (um) Presidente e 3 (três) Vice- Presidentes, eleitos por seus pares, com mandato
anual, encerrando-se na última terça-feira do mês de março do ano seguinte, vedada a reeleição, observado
o disposto no § 1º do art. 13.

Art. 13. As funções de Presidente e Vice-Presidente serão exercidas, a cada ano, alternadamente, por
representantes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, observado o disposto no § 1º deste artigo.

§ 1º A primeira eleição, no início de cada legislatura, para Presidente e 2º Vice-Presidente, recairá em


representantes do Senado Federal e a de 1º e 3º Vice-Presidentes em representantes da Câmara dos
Deputados.

§ 2º O suplente da CMO não poderá ser eleito para as funções previstas neste artigo.

Art. 14. O Presidente, nos seus impedimentos ou ausências, será substituído por Vice- Presidente, na
seqüência ordinal e, na ausência deles, pelo membro titular mais idoso da CMO, dentre os de maior
número de legislaturas.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Direção da Comissão (CMO)

Art. 13. As funções de Presidente e Vice-Presidente serão exercidas, a cada ano, alternadamente, por
representantes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, observado o disposto no § 1º deste
artigo.

§ 1º A primeira eleição, no início de cada legislatura, para Presidente e 2º Vice-Presidente, recairá em


representantes do Senado Federal e a de 1º e 3º Vice-Presidentes em representantes da Câmara dos
Deputados.
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Presidente senador deputado senador deputado
1º VP deputado senador deputado senador
2º VP senador deputado senador deputado

3º VP deputado senador deputado senador

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Indicação dos Relatores

Art. 16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:

I - as lideranças partidárias indicarão o Relator-Geral e o Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual, o
Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e o Relator do projeto de lei do plano plurianual;

II - o Relator do projeto de lei do plano plurianual será designado, alternadamente, dentre representantes do Senado
Federal e da Câmara dos Deputados, não podendo pertencer ao mesmo partido ou bloco parlamentar do Presidente;

III - o Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e o Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual não
poderão pertencer à mesma Casa, partido ou bloco parlamentar do Presidente;

IV - as funções de Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual e Relator do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias serão exercidas, a cada ano, alternadamente, por representantes do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados;

V - o Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual não poderá pertencer à mesma Casa, partido ou bloco
parlamentar do Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual;

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Indicação dos Relatores

Art. 16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:

VI - as lideranças partidárias indicarão os Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária anual


segundo os critérios da proporcionalidade partidária e da proporcionalidade dos membros de cada Casa
na CMO;

VII - os Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária anual serão indicados dentre os membros das
Comissões Permanentes afetas às respectivas áreas temáticas ou dentre os que tenham notória atuação
parlamentar nas respectivas políticas públicas;

VIII - o critério de rodízio será adotado na designação dos Relatores Setoriais do projeto de lei
orçamentária anual, de forma que não seja designado, no ano subseqüente, membro de mesmo partido
para relator da mesma área temática;

IX - o Relator das informações de que trata o art. 2º, III, b, não poderá pertencer bancada do Estado onde
se situa a obra ou serviço;
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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Indicação dos Relatores

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Indicação dos Relatores

Art. 16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:

X - cada parlamentar somente poderá, em cada legislatura, exercer uma vez, uma das seguintes funções:

a) Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual;


b) Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual;
c) Relator Setorial do projeto de lei orçamentária anual;
d) Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias;
e) Relator do projeto de lei do plano plurianual.

§ 1º Na ausência de dispositivo específico, a designação dos Relatores, para cada tipo de proposição, observará os
critérios da proporcionalidade partidária, o da proporcionalidade dos membros de cada Casa na CMO e o de rodízio
entre os membros da CMO.

§ 2º O suplente da CMO poderá ser designado Relator.

§ 3º Ouvido o Plenário da CMO, o Presidente poderá dispensar a designação de Relatores das matérias de que tratam
os incisos III, a, c, d e e, e IV do art. 2º.
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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Indicação dos Relatores

Art. 16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:

X - cada parlamentar somente poderá, em cada legislatura, exercer uma vez, uma das seguintes funções:

a) Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual;


b) Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual;
c) Relator Setorial do projeto de lei orçamentária anual;
d) Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias;
e) Relator do projeto de lei do plano plurianual.
pPPA pLDO pLOA
1 relator 1 relator 1 relator da receita
1 relator-geral
16 relatores setoriais

ATENÇÃO!!!
O suplente da CMO poderá ser designado Relator.
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[PLOA – Áreas Temáticas – Res 01/2006]
16 ÁREAS TEMÁTICAS (art. 26 da Resolução):

Art. 26. O projeto será dividido nas seguintes áreas temáticas, cujos relatórios ficarão a cargo dos
respectivos Relatores Setoriais:

I - Transporte;
II - Saúde;
III - Educação e Cultura;
IV - Integração Nacional;
V - Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Agrário; VI - Desenvolvimento Urbano;
VII - Turismo;
VIII - Ciência e Tecnologia e Comunicações;
IX - Minas e Energia;
X- Esporte;
XI - Meio Ambiente;
XII - Fazenda e Planejamento;
XIII - Indústria, Comércio e Micro e Pequenas Empresas;
XIV - Trabalho, Previdência e Assistência Social;
XV - Defesa e Justiça; e
XVI - Presidência, Poder Legislativo, Poder Judiciário, MPU, DPU e Relações Exteriores.
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[PLOA 2022 – Áreas Temáticas]

16 ÁREAS TEMÁTICAS:

I – Infraestrutura;
II - Saúde;
III – Desenvolvimento Regional;
IV - Educação;
V - Cidadania, Esporte e Cultura;
VI - Agricultura;
VII - Turismo;
VIII - Defesa;
IX - Justiça e Segurança Pública;
X - Economia;
XI - Ciência & Tecnologia e Comunicações;
XII - Meio Ambiente; Presidência e Relações Exteriores;
XIII - Presidência e Relações Exteriores;
XIV - Minas e Energia;
XV - Poderes; e
XVI - Mulheres, Família e Direitos Humanos.

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[Já foi cobrado em prova...]
CESPE/MJ 2013 - Cargo 2: ADMINISTRADOR

Julgue os itens a seguir, referentes ao processo orçamentário.

82 Justiça e Defesa é uma das áreas temáticas em que o projeto da lei orçamentária anual será dividido,
cujo relatório ficará a cargo do respectivo relator setorial.

CERTO

10 ÁREAS TEMÁTICAS: I - Infra-Estrutura; II - Saúde; III - Integração Nacional e Meio Ambiente; IV -


Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Esporte; V - Planejamento e Desenvolvimento Urbano; VI -
Fazenda, Desenvolvimento e Turismo; VII - Justiça e Defesa; VIII - Poderes do Estado e
Representação; IX - Agricultura e Desenvolvimento Agrário; X- Trabalho, Previdência e Assistência
Social.

Cada área temática → Relator Setorial → Apresenta Relatório Setorial

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[CMO]

CMO - Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização


4 comitês
40 membros
permanentes Comitê de Avaliação, Fiscalização e
(30 dep. + 10 sen.)
40 suplentes Controle da Execução Orçamentária

C.M.O.
Comitê de Avaliação da
Receita

Comitê de Exame da
Admissibilidade de Comitê de Avaliação das Informações
Emendas sobre Obras e Serviços com Indícios
de Irregularidades Graves

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Constituição e Funcionamento dos Comitês Permanentes

Art. 18. Serão constituídos os seguintes comitês permanentes:

[...]

§ 1º Os comitês serão constituídos por no mínimo 5 (cinco) e no máximo 10 (dez) membros, indicados pelos
Líderes, não computados os relatores de que trata o § 4º.

§ 2º O número de membros de cada comitê será definido pelo Presidente, ouvidos os Líderes.

§ 3º Cada comitê contará com um coordenador, escolhido obrigatoriamente dentre seus membros.

§ 4º Integrarão o Comitê de Avaliação, Controle e Fiscalização da Execução Orçamentária, além dos


membros efetivos designados, os Relatores Setoriais e o Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual.

§ 5º O Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual integrará e coordenará o comitê previsto no
inciso II do caput. [Comitê de Avaliação da Receita]

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orçamentária

Art. 22. Ao Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orçamentária cabe:

I - acompanhar, avaliar e fiscalizar a execução orçamentária e financeira, inclusive os decretos de limitação de empenho e
pagamento, o cumprimento das metas fixadas na lei de diretrizes orçamentárias e o desempenho dos programas
governamentais;

II - analisar a consistência fiscal dos projetos de lei do plano plurianual e da lei orçamentária anual;

III - apreciar, após o recebimento das informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União para o período
respectivo, e em relatório único, os Relatórios de Gestão Fiscal previstos no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

IV - analisar as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União acerca da execução orçamentária e financeira,
bem como do acompanhamento decorrente do disposto no inciso I do art. 59 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

V - analisar as demais informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União, exceto as relativas a obras e serviços
com indícios de irregularidades e as relativas à receita.

1º A análise da consistência fiscal de que trata o inciso II será feita em conjunto com o Comitê de Avaliação da Receita.

Prof. Marcel Guimarães 40


[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Avaliação da Receita

Art. 23. Ao Comitê de Avaliação da Receita cabe:

I - acompanhar a evolução da arrecadação das receitas;

II - analisar a estimativa das receitas constantes dos projetos de lei do plano plurianual e da
lei orçamentária anual;

III - analisar as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União concernentes


à arrecadação e à renúncia de receitas.

Parágrafo único. O Comitê realizará bimestralmente reuniões de avaliação de seus relatórios


com os representantes dos órgãos do Poder Executivo responsáveis pela previsão e
acompanhamento da estimativa das receitas.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves

Art. 24. Ao Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves
cabe:

I - propor a atualização das informações relativas a obras e serviços em que foram identificados indícios de
irregularidades graves e relacionados em anexo da lei orçamentária anual;

II - apresentar propostas para o aperfeiçoamento dos procedimentos e sistemáticas relacionadas com o controle
externo das obras e serviços;

III - apresentar relatório quadrimestral sobre as atividades realizadas pela CMO no período, referentes à
fiscalização de obras e serviços suspensos e autorizados por determinação do Congresso Nacional, assim como das
razões das medidas;

IV - exercer as demais atribuições de competência da CMO, no âmbito da fiscalização e controle da execução de


obras e serviços;

V - subsidiar os Relatores no aperfeiçoamento da sistemática de alocação de recursos, por ocasião da apreciação de


projetos de lei de natureza orçamentária e suas alterações.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Admissibilidade de Emendas

Art. 25. Ao Comitê de Admissibilidade de Emendas compete propor a inadmissibilidade das


emendas apresentadas, inclusive as de Relator, aos projetos de lei orçamentária anual, de
diretrizes orçamentárias e do plano plurianual.

Parágrafo único. Os relatórios das matérias de que trata o caput não poderão ser votados pela
CMO sem votação prévia do relatório do Comitê, salvo deliberação em contrário do Plenário da
CMO.

Quem propõe a Quem decide a inadssibilidade


Proposição
inadmissibilidade de emendas? de emendas?
Comitê de Admissibilidade de Plenário da CMO
PPA, LDO e LOA
Emendas
Créditos Adicionais Relator da matéria Presidente da CMO (declara)

Prof. Marcel Guimarães 43


[Resolução n. 01/2006 CN]
Deliberações da CMO

Art. 131. As deliberações da CMO iniciar-se-ão pelos representantes da Câmara dos


Deputados, sendo que o voto contrário da maioria dos representantes de uma das Casas
importará em rejeição da matéria.

Representantes da

Início das Deliberações


da CMO

Prof. Marcel Guimarães 44


Tramitação do
PLOA
na CMO

Prof. Marcel Guimarães 45


[Tramitação do PLOA na CMO]
Tramitação do PLOA na CMO

1. Leitura em Sessão do Senado Federal


2. Publicação e distribuição de avulsos
3. Realização de audiências públicas (início da apreciação na CMO)
4. Apresentação de emendas à Receita e de Renúncia de Receitas ao Projeto
5. Publicação e distribuição de avulsos das emendas à Receita e de Renúncia de Receitas
6. Apresentação, publicação e distribuição do Relatório da Receita
7. Votação do Relatório da Receita e suas emendas
8. Apresentação, publicação e distribuição do Relatório Preliminar
9. Apresentação de emendas ao Relatório Preliminar
10. Votação do Relatório Preliminar e suas emendas
11. Apresentação de emendas ao Projeto de Lei
12. Publicação e distribuição de avulsos das emendas
13. Apresentação, publicação, distribuição e votação dos Relatórios Setoriais
14. Apresentação, publicação, distribuição e votação do Relatório Final do Relator-Geral
15. Encaminhamento do Parecer da CMO à Mesa do CN
16. Implantação das decisões do Plenário do Congresso Nacional e geração de Autógrafos

Prof. Marcel Guimarães 46


[Já foi cobrado em prova...]
CESPE/MJ 2013 - Cargo 2: ADMINISTRADOR

Julgue os itens a seguir, referentes ao processo orçamentário.

79 O processo de apreciação do projeto de Lei Orçamentária Anual na Comissão Mista de Orçamento


inicia-se com a realização de audiências públicas.

CERTO

Tramitação do PLOA na CMO

1. Leitura em Sessão do Senado Federal


2. Publicação e distribuição de avulsos
3. Realização de audiências públicas (início da apreciação na CMO)
4. Apresentação de emendas à Receita e de Renúncia de Receitas ao Projeto
5. Publicação e distribuição de avulsos das emendas à Receita e de Renúncia de Receitas
(...)

Prof. Marcel Guimarães 47


Cronograma de Tramitação do PLOA 2021

48
48
[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA

1. Leitura em Sessão Conjunta Início da apreciação


Mesa CN do PLOA na CMO
do CN

C.M.O. 2. Public. e distrib. de 3. Realização de


avulsos audiências públicas
4. Emendas à Rec.
e de Ren Rec 6. Apresent. public e distrib.
do Relatório da Receita
Relatório da
Receita 7. Votação do Relatório da
5. Public. e distrib. de Receita e suas emendas
avulsos das emendas à
Receita e RR Parecer da Receita

Prof. Marcel Guimarães 49


[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA Projeto de lei
MODIFICATIVO

Envia, por
Mesa CN Enquanto não iniciada a
mensagem
votação, na CMO, do Relatório
Preliminar da CMO
C.M.O.
10. Votação do Relatório
Parecer da Receita
Preliminar e suas emendas

Relatório
Preliminar
9. Emendas ao
Relat. Preliminar
8. Apresent. Public. e
distrib. do Relatório Parecer Preliminar
Preliminar

Prof. Marcel Guimarães 50


[Aprovação da Proposta Orçamentária]
CF/88 – ART. 166

§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional


para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

provocadas pelo
Alterações Mensagem Presidente da
nos projetos República
do PPA, LDO,
LOA e créd.
Enquanto não iniciada a votação da
Adic.
parte cuja alteração é proposta

CMO

Prof. Marcel Guimarães 51


[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA

Mesa CN

Relatórios
C.M.O. Setoriais
Parecer da Receita 13. Apresent., public.,
distrib. e votação dos
Relatórios Setoriais
Parecer Preliminar Projeto de LOA
Relatório Final do
Relator-Geral
11. Apresentação de 14. Apres., public., distr. e
emendas ao Projeto de votação do Relatório Final
12. Public. e distrib. de
Lei do Relator-Geral
avulsos das emendas

Prof. Marcel Guimarães 52


[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA

Mesa CN

Parecer da C.M.O.
16. Implantação das
Receita decisões do Plenário do
CN e geração de
Parecer Autógrafos
Preliminar
PARECER DA CMO
Pareceres aprovação
Setoriais
15. Encaminhamento do Parecer
Parecer Final do
da CMO à Mesa do CN
Relator-Geral

Prof. Marcel Guimarães 53


Emendas ao PLOA

Prof. Marcel Guimarães 54


[Tipos de emendas ao PLOA]

Texto
Alteram o texto do projeto de lei ou seus quadros e tabelas.

Receita (art. 31 a 32)

Alteram a estimativa da receita. Estão incluídas aqui as emendas que propõem a


redução da receita estimada em decorrência da aprovação de projeto de lei.

Despesa (art. 38 a 40)


Acresce valor às dotações do projeto de lei; inclui novas programações e respectivas
dotações; e cancela dotações do projeto de lei orçamentária.

Três modalidades: remanejamento, apropriação e cancelamento.

Prof. Marcel Guimarães 55


[Tipos de emendas ao PLOA]

EMENDAS AO
TEXTO DA LEI TEXTO
PROGRAMAÇÃO

RECEITAS DESPESAS

PREVISTAS FIXADAS

EMENDAS DE
EMENDAS À REMANEJAMENTO
RECEITA EMENDAS DE
CANCELAMENTO
EMENDAS DE
EMENDAS DE RENÚNCIA DE APROPRIAÇÃO
RECEITA

Consultor Marcel Guimarães 56


[Emendas ao PLOA]
Recursos para atendimento de emendas - CF/88
Estabelece que as emendas de despesas somente serão aprovadas caso indiquem os recursos
necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas.

Reserva de Recursos (art. 56)


De acordo com a Resolução n. 1/2006 do SF:

Reserva de Recursos = recursos provenientes da reestimativa de receitas + Reserva de


Contingência + outros definidos em parecer preliminar.

EMENDAS PARLAMENTARES
De iniciativa de comissão, de bancada estadual ou individual.

Prof. Marcel Guimarães 57


[Emendas ao PLOA]
CF, art. 166, § 3º, III, As emendas ao PROJETO de lei do orçamento anual ou aos projetos que
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões;

Lei de Responsabilidade Fiscal


Art. 12, § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

Reserva de Recursos
De acordo com a Resolução n. 1/2006 do SF:

Reserva de Recursos = recursos provenientes da reestimativa de receitas + Reserva de


Contingência + outros definidos em parecer preliminar.

Prof. Marcel Guimarães 58


[Emendas ao PLOA – Reserva de Recursos]
PLOA
Reserva de recursos RECEITAS PREVISTAS DESPESAS FIXADAS

Reestimativa de Receitas

Reserva de contingência

Outros recursos
------------------------------------------------------

Total

Prof. Marcel Guimarães 59


[Tipos de Emendas ao PLOA]

PLOA

RECEITAS DESPESAS
Poder Executivo
PREVISTAS FIXADAS

Poder Legislativo Reestimativa de Reserva de


Receitas (Relatório da Contingência (PLOA)
Receita)
Cancelamentos de
dotações (Parecer
Preliminar)

Prof. Marcel Guimarães 60


[Parecer Preliminar – Destinação de Recursos]

FONTES USO
Emendas impositivas
Reestimativa de Receitas (Individuais e de bancada)
(Relatório da Receita)
Despesas obrigatórias

Outras despesas (definidas no Parecer


Reserva de Contingência Preliminar)
(PLOA)

25% - Emendas de Bancadas


Estaduais
Res.
Cancelamentos de dotações
(Parecer Preliminar) De
55% - Relatorias Setoriais

Recursos
20% Relatoria Geral

Prof. Marcel Guimarães 61


[Tipos de emendas ao PLOA]

REMANEJAMENTO (art. 38)


propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte exclusiva de
recursos, a anulação equivalente de dotações constantes do projeto, exceto as da Reserva de
Contingência. A emenda de remanejamento somente poderá ser aprovada com a anulação das
dotações indicadas na própria emenda, observada a compatibilidade das fontes de recursos.

APROPRIAÇÃO (art. 39)


propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte de recursos, a
anulação equivalente de recursos integrantes da Reserva de Recursos e de outras dotações.

CANCELAMENTO (art. 40)


propõe, exclusivamente, a redução de dotações constantes do projeto.

Prof. Marcel Guimarães 62


[Tipos de emendas de despesas ao PLOA]

PLOA
RECEITAS DESPESAS
Reserva de Recursos
PREVISTAS FIXADAS
EMENDAS DE
Obra A (R$ 1.000) APROPRIAÇÃO

Obra B (R$ 2.000) EMENDAS DE


REMANEJAMENTO
Obra C (R$ 2.000)
Obra D (R$ 3.000) EMENDAS DE
CANCELAMENTO

Prof. Marcel Guimarães 63


[Emendas ao PLOA]

EMENDAS PARLAMENTARES
De iniciativa de comissão, de bancada estadual, individual e do
Relator-Geral.

Emendas coletivas:

• comissão permanente da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal;

• comissão mista permanente do Congresso Nacional; e

• bancada estadual.

Prof. Marcel Guimarães 64


[Emendas ao PLOA]

Emendas Individuais

Art. 49. As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária terão como


montante 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente
líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, distribuído
pela quantidade de parlamentares no exercício do mandato. (“Caput” do
artigo com redação dada pela Resolução nº 3, de 2015-CN)

Parágrafo único. Cada parlamentar poderá apresentar até 25 (vinte e cinco)


emendas ao projeto de lei orçamentária anual. (Parágrafo único acrescido
pela Resolução nº 3, de 2015-CN)

Prof. Marcel Guimarães 65


[Emendas ao PLOA]
Emendas de Bancada Estadual

Art. 46. As Bancadas Estaduais no Congresso Nacional poderão apresentar emendas ao


projeto, relativas a matérias de interesse de cada Estado ou Distrito Federal.

Estado Emendas Estado Emendas Estado Emendas


BANCADA
AC 15 MA 16 RJ 18
ESTADUAL
AL 15 MG 19 RN 15
15/20 AM 15 MS 15 RO 15
emendas de AP 15 MT 15 RR 15
apropriação
BA 18 PA 15 RS 17
CE 16 PB 15 SC 15

3 emendas de DF 15 PE 16 SE 15
remanejamento ES 15 PI 15 SP 20
GO 15 PR 17 TO 15

Prof. Marcel Guimarães 66


[Emendas ao PLOA]

Das Emendas de Comissão

Art. 43. As comissões permanentes do Senado Federal e da Câmara dos


Deputados e as comissões mistas permanentes do Congresso Nacional, no
âmbito de suas competências regimentais, poderão apresentar emendas ao
projeto. (Artigo com redação dada pela Resolução nº 3, de 2015-CN)

Prof. Marcel Guimarães 67


[Emendas]
Emendas aos projetos de PPA , LDO, LOA e Créditos Adicionais
Comissões
Proposição Bancadas Estaduais Individuais
Permanentes
PPA Até 5 Até 5 Até 10
LDO
Até 5 Até 5 Até 5
(Anexo de Metas e Prioridades)
Até 4 (aprop) 15 a 20 (aprop)
LOA Até 25 (apropriação)
Até 4 (remanej) 3 (remanej)
Créditos Suplem. e Especiais 0 0 10
Créditos Extraord.
(p/ aumentar ou incluir 0 0 0
dotação)

Art. 126. Na falta de disposições específicas, aplicam-se, no que couber, às demais proposições mencionadas
nesta Resolução, as disposições relativas ao projeto de lei orçamentária anual.
68
[Emendas de Apropriação]

INDIVIDUAL AÇÕES COM ABRANGÊNCIA


(Deputado/Senador) MUNICIPAL/ESTADUAL/NACIONAL
25

BANCADA AÇÕES COM ABRANGÊNCIA ESTADUAL


15-20

COMISSÕES AÇÕES COM ABRANGÊNCIA


2-4 NACIONAL/INSTITUCIONAL

EMENDAS DE TEXTO E DE ERROS E OMISSÕES


NÃO HÁ LIMITES PARA O ORDEM
NÚMEROTÉCNICA
DEE LEGAL,
CANCELAMENTO EMENDAS OUTROS (PARECER PRELIMINAR)

Prof. Marcel Guimarães 69


[Emendas de Relator]
LDO 2020
Art. 7º. (...)
(...)
§ 4º O identificador de Resultado Primário - RP auxilia a apuração do resultado primário previsto
nos arts. 2º e 3º, o qual deve constar do Projeto de Lei Orçamentária de 2021 e da respectiva Lei em
todos os GNDs, e identificar, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de
financiamento, cujo demonstrativo constará anexo à Lei Orçamentária de 2021, nos termos do
disposto no inciso IX do Anexo I, se a despesa é:
II- primária e considerada na apuração do resultado primário para cumprimento da meta, sendo:

c) discricionária decorrente de programações incluídas ou acrescidas por emendas:

4. de relator-geral do projeto de lei orçamentária anual que promovam alterações em


programações constantes do projeto de lei orçamentária ou inclusão de novas, excluídas as de
ordem técnica (RP 9);
(Promulgação partes vetadas)
Prof. Marcel Guimarães 70
[LDOs 2020 e 2021]

Identif.
Caráter
Resultado Descrição
Impositivo
Primário
RP 0 Despesa financeira Sim
RP 1 Despesa primária obrigatória Sim
RP 2 Despesa primária discricionária Não
RP 6 Despesa primária discricionária – emendas individuais Sim
RP 7 Despesa primária discricionária – emendas de bancada estadual Sim
RP 8 Despesa primária discricionária – emendas de comissão Não
RP 9 Despesa primária discricionária – emendas de Relator Não

Prof. Marcel Guimarães 71


[Emendas de Relator – RP9]
Resolução n. 2, de 2021 do CN → Alterou a Res. 01/2006 do CN

Art. 53 (...)

IV – autorizar o relator-geral a apresentar emendas que tenham por objetivo a inclusão de


programação ou o acréscimo de valores em programações constantes do projeto, devendo
nesse caso especificar seu limite financeiro total, assim como o rol de políticas públicas
passível de ser objeto de emendas.

Parágrafo único. O limite financeiro de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor
total das emendas de que tratam os §§ 11 e 12 do art. 166 da Constituição Federal e não se
aplica às emendas elaboradas nos termos dos incisos I e II do art. 144.” (NR)

Emenda individual = 1,2% da RCL


Emenda de bancada = 1,0% da RCL

Logo: Teto da emenda de relator = 2,2% da RCL


Prof. Marcel Guimarães 72
Tramitação do
pPPA e pLDO
na CMO
Prof. Marcel Guimarães 73
[Processo Legislativo Orçamentário]

Congresso Nacional

Fase constitutiva
Envia, por Mesa CN
mensagem

C.M.O.
Presidente da
República

Projeto de
PPA/LDO

Prof. Marcel Guimarães 74


[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]
Tramitação do pPPA/pLDO na CMO

1. Leitura em Sessão do Senado Federal


2. Publicação e distribuição de avulsos
3. Realização de audiências públicas (início da apreciação na CMO)
4. Apresentação, publicação e distribuição do Relatório Preliminar
5. Apresentação de emendas ao Relatório Preliminar
6. Votação do Relatório Preliminar e suas emendas
7. Apresentação de emendas ao Projeto de Lei
8. Publicação e distribuição de avulsos das emendas
9. Apresentação, publicação, distribuição e votação do Relatório
10. Encaminhamento do Parecer da CMO à Mesa do CN

Prof. Marcel Guimarães 75


[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO

1. Leitura em Sessão Conjunta Início da apreciação


Mesa CN do PLOA na CMO
do CN

C.M.O. 2. Public. e distrib. de 3. Realização de


avulsos audiências públicas

Prof. Marcel Guimarães 76


[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO Projeto de lei
MODIFICATIVO

Envia, por
Mesa CN Enquanto não iniciada a
mensagem
votação, na CMO, do Relatório
Preliminar da CMO
C.M.O.
6. Votação do Relatório
Preliminar e suas emendas

Relatório
Preliminar
5. Emendas ao
Relat. Preliminar
4. Apresent. Public. e
distrib. do Relatório Parecer Preliminar
Preliminar

Prof. Marcel Guimarães 77


[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO

Mesa CN

C.M.O.

Parecer Preliminar
Projeto de LDO Relatório

7. Apresentação de 9. Apres., public., distr. e


emendas ao Projeto de votação do Relatório
8. Public. e distrib. de
Lei avulsos das emendas

Prof. Marcel Guimarães 78


[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO

Mesa CN

C.M.O.

Parecer
Preliminar

aprovação PARECER DA CMO

Parecer
10. Encaminhamento do Parecer
da CMO à Mesa do CN

Prof. Marcel Guimarães 79


[Emendas]
Emendas aos projetos de PPA , LDO, LOA e Créditos Adicionais
Comissões
Proposição Bancadas Estaduais Individuais
Permanentes
PPA Até 5 Até 5 Até 10
LDO
Até 5 Até 5 Até 5
(Anexo de Metas e Prioridades)
2 a 4 (aprop) 15 a 20 (aprop)
LOA Até 25 (apropriação)
2 a 4 (remanej) 3 (remanej)
Créditos Suplem. e Especiais 0 0 10
Créditos Extraord.
(p/ aumentar ou incluir 0 0 0
dotação)

Art. 126. Na falta de disposições específicas, aplicam-se, no que couber, às demais proposições mencionadas
nesta Resolução, as disposições relativas ao projeto de lei orçamentária anual.

80
Exercícios

Prof. Marcel Guimarães 81


[FGV - 2022 - TJ-TO - Contador – Distribuidor]

O processo orçamentário brasileiro tem suas bases definidas na Constituição da República de 1988, que
define as competências dos poderes nessa área. Nos últimos anos, o Poder Legislativo ampliou
significativamente sua influência nesse processo com alterações constitucionais que adicionaram cláusulas
impositivas quanto à aprovação e execução de emendas parlamentares ao orçamento.
Mais recentemente foram adicionadas regras relacionadas à inclusão das emendas de relator no
Orçamento (emendas RP9). As emendas de relator podem indicar execução de programações de despesa
oriundas de parlamentares, de agentes públicos ou da sociedade civil.
Considerando como base uma Receita Corrente Líquida de R$ 980 bilhões, as emendas de relator no
Orçamento têm um teto, em bilhões de reais, de:

A R$ 9,80;
B R$ 11,76; Teto das emendas de Relator = 2,2% da RCL
C R$ 21,56;
D R$ 43,12; = 2,2%*980 = 21,56 bilhões
E R$ 49,00.

LETRA C

Prof. Marcel Guimarães 82


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Com relação às competências e à composição da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e


Fiscalização (CMO) e de seu Comitê de Admissibilidade de Emendas, julgue os itens a seguir.

71 Compete ao Comitê de Admissibilidade de Emendas da CMO propor a inadmissibilidade das emendas


apresentadas aos projetos de lei orçamentária anual, de diretrizes orçamentárias e do plano plurianual, aí
incluídas as emendas de relator.

CERTO

Comitê de Admissibilidade de Emendas

Art. 25. Ao Comitê de Admissibilidade de Emendas compete propor a inadmissibilidade das emendas
apresentadas, inclusive as de Relator, aos projetos de lei orçamentária anual, de diretrizes orçamentárias e
do plano plurianual.

Prof. Marcel Guimarães 83


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Com relação às competências e à composição da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e


Fiscalização (CMO) e de seu Comitê de Admissibilidade de Emendas, julgue os itens a seguir.

72 A CMO poderá requerer informações e documentos aos órgãos e entidades federais, bem como ter
acesso às fiscalizações, inspeções e auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Neste
último caso, porém, a CMO deverá encaminhar o pedido por intermédio da Mesa Diretora do Congresso
Nacional em razão de lhe faltar competência para determinar diretamente ao TCU a realização desses atos.

ERRADO

Art. 3º Para o exercício da sua competência, a CMO poderá:

I - determinar ao Tribunal de Contas da União a realização de fiscalizações, inspeções e auditorias, bem


como requisitar informações sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de fiscalizações, auditorias e inspeções realizadas;

II - requerer informações e documentos aos órgãos e entidades federais;

Prof. Marcel Guimarães 84


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Com relação às competências e à composição da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e


Fiscalização (CMO) e de seu Comitê de Admissibilidade de Emendas, julgue os itens a seguir.

73 Observados os regimentos internos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a CMO poderá,
antes da votação nos respectivos plenários, ser ouvida acerca da estimativa do custo e do impacto fiscal e
orçamentário da aprovação de projetos de lei e medidas provisórias (MPs) em tramitação.

CERTO

Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e deliberar sobre:

§ 2º A CMO poderá, para fins de observância do disposto no art. 17 da Lei Complementar nº 101, de 2000,
observados os Regimentos Internos de cada Casa, antes da votação nos respectivos plenários, ser ouvida
acerca da estimativa do custo e do impacto fiscal e orçamentário da aprovação de projetos de lei e
medidas provisórias em tramitação.

Prof. Marcel Guimarães 85


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Com relação às competências e à composição da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e


Fiscalização (CMO) e de seu Comitê de Admissibilidade de Emendas, julgue os itens a seguir.

74 A CMO compõe-se de quarenta membros titulares, sendo vinte deputados e vinte senadores, com igual
número de suplentes, observado o critério da proporcionalidade partidária.

ERRADO

Art. 5º A CMO compõe-se de 40 (quarenta) membros titulares, sendo 30 (trinta) Deputados e 10 (dez)
Senadores, com igual número de suplentes.

Art. 6º Na segunda quinzena do mês de fevereiro de cada sessão legislativa, a Mesa do Congresso Nacional
fixará as representações dos partidos e blocos parlamentares na CMO, observado o critério da
proporcionalidade partidária.

Prof. Marcel Guimarães 86


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Ainda com referência à composição e às competências da CMO, julgue os seguintes itens.

75 Considere a seguinte situação hipotética. Uma autoridade governamental realizou certa despesa e a CMO, em
razão de indício de que esta não tinha sido autorizada, solicitou esclarecimentos à referida autoridade, que,
entretanto, não prestou os esclarecimentos solicitados. Nessa situação hipotética, a CMO poderá pedir ao TCU
que se pronuncie conclusivamente sobre a matéria e, adicionalmente, estará autorizada a propor ao Congresso
Nacional a sustação da despesa, se julgar que o gasto possa causar dano à economia pública.

CERTO

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá
solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos
necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal
pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável
ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Prof. Marcel Guimarães 87


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Ainda com referência à composição e às competências da CMO, julgue os seguintes itens.

76 Para o exercício de sua competência, a CMO pode realizar inspeções e diligências em órgãos da
administração pública municipal.

CERTO

Art. 3º Para o exercício da sua competência, a CMO poderá

II - requerer informações e documentos aos órgãos e entidades federais;

IV - realizar inspeções e diligências em órgãos da administração pública federal, das


administrações estadual e municipal e em entidades privadas que recebam recursos ou
administrem bens da União.

Prof. Marcel Guimarães 88


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Ainda com referência à composição e às competências da CMO, julgue os seguintes itens.

77 Na apreciação do projeto de lei orçamentária anual pelo Congresso Nacional, o relator da receita do
referido projeto integrará e coordenará o Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução
Orçamentária.

ERRADO

Art. 18. Serão constituídos os seguintes comitês permanentes:

§ 4º Integrarão o Comitê de Avaliação, Controle e Fiscalização da Execução Orçamentária, além dos


membros efetivos designados, os Relatores Setoriais e o Relator-Geral do projeto de lei orçamentária
anual.

§ 5º O Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual integrará e coordenará o comitê previsto no
inciso II do caput. [Comitê de Avaliação da Receita]

Prof. Marcel Guimarães 89


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Considerando as disposições do Regimento Comum do Congresso Nacional, julgue os itens


subsecutivos.

96 As deliberações da CMO iniciar-se-ão pelos representantes da Câmara dos Deputados, sendo


que o voto contrário da maioria dos representantes de uma das Casas importará na rejeição da
matéria.

CERTO

Art. 131. As deliberações da CMO iniciar-se-ão pelos representantes da Câmara dos Deputados,
sendo que o voto contrário da maioria dos representantes de uma das Casas importará em
rejeição da matéria.

Prof. Marcel Guimarães 90


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Considerando as disposições do Regimento Comum do Congresso Nacional, julgue os itens subsecutivos.

97 A apreciação das matérias, nas sessões conjuntas do Congresso Nacional, será feita em dois turnos de
discussão e votação, devendo os votos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ser computados
conjuntamente.

ERRADO

Art. 43. Nas deliberações, os votos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal serão sempre
computados separadamente.

§ 1º O voto contrário de uma das Casas importará a rejeição da matéria.

§ 2º A votação começará pela Câmara dos Deputados. Tratando-se, porém, [de proposta de emenda à
Constituição e] de projeto de lei vetado, de iniciativa de Senadores, a votação começará pelo Senado.

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[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Considerando as disposições do Regimento Comum do Congresso Nacional, julgue os itens


subsecutivos.

99 A mensagem do presidente da República encaminhando projeto de lei orçamentária deve ser


dirigida ao presidente do Senado Federal e ser recebida e lida em sessão conjunta, especialmente
convocada para esse fim, dentro de quarenta e oito horas de sua entrega.

CERTO

Regimento Comum

Art. 89. A Mensagem do Presidente da República encaminhando projeto de lei orçamentária será
recebida e lida em sessão conjunta, especialmente convocada para esse fim, a realizar-se dentro de
48 (quarenta e oito) horas de sua entrega ao Presidente do Senado.

Prof. Marcel Guimarães 92


[FGV/SENADO 2008 – CONSULTOR DE ORÇAMENTOS]

96 - De acordo com a Constituição Federal, para que as emendas ao projeto de lei orçamentária apresentadas à
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO sejam aprovadas, é necessário:

(A) que sejam indicados os recursos necessários sendo admitidos os provenientes de anulação de despesas, inclusive as
que incidam sobre serviço da dívida.
(B) que sejam compatíveis com o plano plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com a Lei de
Responsabilidades Fiscal.
(C) que sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com dispositivos do texto do projeto de lei.
(D) que sejam relacionadas a despesas sujeitas a cumprimento de limites mínimos obrigatórios estabelecidos na
Constituição.
(E) que sejam compensadas com recursos provenientes de anulação de despesas com pessoal e seus encargos.

LETRA C

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso: III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

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[FGV/SENADO 2008 – CONSULTOR DE ORÇAMENTOS]

97 - A Resolução 001/2006 apresenta as classificações das emendas com suas definições. Assinale a alternativa que
apresente a emenda com a respectiva definição.

(A) Emenda de remanejamento é a que propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte
exclusiva de recursos, a anulação equivalente de dotações constantes do projeto, excluídas as da Reserva de
Contingência.
(B) Emenda de compatibilização é a que é compensada com a anulação das dotações indicadas na própria emenda,
observada a compatibilidade das fontes de recursos.
(C) Emenda de apropriação é a que propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, unicamente, como fonte de recursos,
a anulação equivalente de recursos integrantes da Reserva de Recursos.
(D) Emenda de cancelamento é a que propõe, exclusivamente, o aumento de dotações constantes do projeto.
(E) Emenda de regularização é a que propõe a correção de erros e omissões verificadas no projeto.

LETRA A

EMENDA DE REMANEJAMENTO: propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte exclusiva
de recursos, a anulação equivalente de dotações constantes do projeto, exceto as da Reserva de Contingência.

EMENDA DE APROPRIAÇÃO: propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte de recursos,
a anulação equivalente de recursos integrantes da Reserva de Recursos e de outras dotações.
Prof. Marcel Guimarães 94
[FGV/SENADO 2008 – CONSULTOR DE ORÇAMENTOS]

97 - A Resolução 001/2006 apresenta as classificações das emendas com suas definições. Assinale a alternativa que 98 -
Complete as lacunas do texto com os dados apresentados a seguir.

A _________________________ será composta dos eventuais recursos provenientes da _____________________________,


da __________________ e outros definidos no parecer preliminar, deduzidos os recursos para atendimento de emendas
individuais de despesas obrigatórias e de outras despesas definidas naquele parecer.
I. reserva de contingência
II. reestimativa das receitas
III. reserva de recursos
Assinale a seqüência que complete corretamente as lacunas acima.

(A) I – III – II
(B) I – II – III
(C) III – II – I
(D) II – I – III
(E) III – I – II

LETRA C

Art. 56. A Reserva de Recursos será composta dos eventuais recursos provenientes da reestimativa das receitas, da Reserva
de Contingência e outros definidos no Parecer Preliminar, deduzidos os recursos para atendimento de emendas individuais, de
despesas obrigatórias e de outras despesas definidas naquele Parecer.
Prof. Marcel Guimarães 95
[FGV/SENADO 2008 – CONSULTOR DE ORÇAMENTOS]

99 - De acordo com a Resolução 01/06, não é atribuição do Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução
Orçamentária:

(A) acompanhar, avaliar e fiscalizar a execução orçamentária e financeira, inclusive os decretos de limitação de
empenho e pagamento, o cumprimento das metas fixadas na lei de diretrizes orçamentárias e o desempenho dos
programas governamentais.
(B) analisar a consistência fiscal dos projetos de Lei do Plano Plurianual, da Lei Orçamentária Anual, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias e dos planos de longa duração.
(C) apreciar, após o recebimento das informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União para o período
respectivo, e em relatório único, os Relatórios de Gestão Fiscal previstos no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de
2000.
(D) analisar as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União acerca da execução orçamentária e
financeira, bem como do acompanhamento decorrente do disposto no inciso I do art. 59 da Lei Complementar nº 101,
de 2000.
(E) analisar as demais informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União, exceto as relativas a obras e
serviços com indícios de irregularidades e as relativas à receita.

LETRA B

Art. 22. Ao Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orçamentária cabe:


II - analisar a consistência fiscal dos projetos de lei do plano plurianual e da lei orçamentária anual;
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Resumo Direcionado

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[Resolução 01/1970 - CN]

Art. 1º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em
sessão conjunta para:

I − inaugurar a sessão legislativa (art. 57, § 3º, I, da Constituição);


II − dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos (arts. 57, § 3º, III, e 78 da
Constituição);
III − promulgar emendas à Constituição (art. 60, § 3º, da Constituição);
IV − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
V − discutir e votar o Orçamento (arts. 48, II, e 166 da Constituição);
VI − conhecer de matéria vetada e sobre ela deliberar (arts. 57, § 3º, IV, e 66, § 4º, da Constituição);
VII − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
VIII − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
IX − delegar ao Presidente da República poderes para legislar (art. 68 da Constituição);
X − (revogado pela Constituição Federal de 1988);
XI − elaborar ou reformar o Regimento Comum (art. 57, § 3º, II, da Constituição); e
XII − atender aos demais casos previstos na Constituição e neste Regimento.

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[Resolução 01/1970 - CN]

Art. 43. Nas deliberações, os votos da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal serão sempre computados separadamente.

§ 1º O voto contrário de uma das Casas importará a rejeição da matéria.

§ 2º A votação começará pela Câmara dos Deputados. Tratando-se, porém,


[de proposta de emenda à Constituição e de projeto de lei vetado, de
iniciativa de Senadores, a votação começará pelo Senado.

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[Aprovação da Proposta Orçamentária]

CF/88 – ART. 166

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Projetos de lei

PPA

apreciados
LDO

LOA
2 casas do CN
Créd. Adic.
Res 01/2006 CN

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[Aprovação da Proposta Orçamentária]

CF/88 – ART. 166

§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as


contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

Projetos + Contas PR
PPA
examina
CMO
LDO
emite parecer
Comissão Mista de Planos,
LOA
Orçamentos Públicos e
Fiscalização
Créd. Adic.

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[Processo Legislativo Orçamentário]

Congresso Nacional

Envia, por
mensagem Fase constitutiva Emendas
Presidente da Parlamentares
República Mesa CN
- AO PLDO:
NÃO incompatível com PPA;
Projeto de lei (PPA,
- AO PLOA:
LDO, LOA, Cred Ad)
1) compat. PPA e LDO;
2) ind. fonte de rec. apenas anul desp (exc.
C.M.O. pessoal e enc.; serv dív; transf. trib. const).
Envia, por
mensagem 3) Relac com: a) Correção de
erros/omissões; b) Disposit. texto do PL.

Enquanto não iniciada a Plenário das 2 Casas do


Projeto de lei CN, forma regimental
votação, na CMO, da parte
MODIFICATIVO
cuja alteração é proposta.

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[Resolução n. 01/2006 CN]
Competências da CMO

Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e deliberar sobre:

I - projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual


e créditos adicionais, assim como sobre as contas apresentadas nos termos do art. 56,
caput e § 2º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;

II - planos e programas nacionais, regionais e setoriais, nos termos do art. 166, § 1º, II, da
Constituição;

Prof. Marcel Guimarães 103


[Resolução n. 01/2006 CN]
Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e deliberar sobre:

III - documentos pertinentes ao acompanhamento e fiscalização da execução orçamentária e financeira e


da gestão fiscal, nos termos dos arts. 70 a 72 e art. 166, § 1º, II, da Constituição, e da Lei Complementar nº
101, de 2000, especialmente sobre:

a) os relatórios de gestão fiscal, previstos no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;


b) as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União relativas à fiscalização de obras e
serviços em que foram identificados indícios de irregularidades graves e relacionados em anexo da lei
orçamentária anual, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias;
c) as demais informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União ou por órgãos e entidades da
administração federal, por intermédio do Congresso Nacional;
d) os relatórios referentes aos atos de limitação de empenho e movimentação financeira, nos termos do
art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000, e demais relatórios de avaliação e de acompanhamento
da execução orçamentária e financeira, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias; e
e) as informações prestadas pelo Poder Executivo, ao Congresso Nacional, nos termos dos §§ 4º e 5º do
art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000;
IV - demais atribuições constitucionais e legais.

Prof. Marcel Guimarães 104


[Resolução n. 01/2006 CN]
Exercício da competência

Art. 3º Para o exercício da sua competência, a CMO poderá:

I - determinar ao Tribunal de Contas da União a realização de fiscalizações, inspeções e


auditorias, bem como requisitar informações sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de fiscalizações, auditorias e
inspeções realizadas;

II - requerer informações e documentos aos órgãos e entidades federais;

III - realizar audiências públicas com representantes de órgãos e entidades públicas e da


sociedade civil;

IV - realizar inspeções e diligências em órgãos da administração pública federal, das


administrações estadual e municipal e em entidades privadas que recebam recursos ou
administrem bens da União.
Prof. Marcel Guimarães 105
[Resolução n. 01/2006 CN]
Exercício da competência

Art. 3º Para o exercício da sua competência, a CMO poderá:

Parágrafo único. A CMO deverá manter atualizadas as informações relativas aos subtítulos
correspondentes a obras e serviços em que foram identificados indícios de irregularidades
graves e relacionados em anexo lei orçamentária anual.

Art. 4º A CMO realizará audiências públicas para o debate e o aprimoramento dos projetos
de lei orçamentária anual, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei do plano plurianual e
para o acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária e financeira.

Prof. Marcel Guimarães 106


[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Composição e Instalação

Prof. Marcel Guimarães 107


[CMO]

CMO - Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização


4 comitês
40 membros
permanentes Comitê de Avaliação, Fiscalização e
(30 dep. + 10 sen.)
40 suplentes Controle da Execução Orçamentária

C.M.O.
Comitê de Avaliação da
Receita

Comitê de Exame da
Admissibilidade de Comitê de Avaliação das Informações
Emendas sobre Obras e Serviços com Indícios
de Irregularidades Graves

Prof. Marcel Guimarães 108


[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Direção da Comissão (CMO)

Art. 13. As funções de Presidente e Vice-Presidente serão exercidas, a cada ano, alternadamente, por
representantes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, observado o disposto no § 1º deste
artigo.

§ 1º A primeira eleição, no início de cada legislatura, para Presidente e 2º Vice-Presidente, recairá em


representantes do Senado Federal e a de 1º e 3º Vice-Presidentes em representantes da Câmara dos
Deputados.
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Presidente senador deputado senador deputado
1º VP deputado senador deputado senador
2º VP senador deputado senador deputado

3º VP deputado senador deputado senador

Prof. Marcel Guimarães 109


[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Indicação dos Relatores

Art. 16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:

X - cada parlamentar somente poderá, em cada legislatura, exercer uma vez, uma das seguintes funções:

a) Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual;


b) Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual;
c) Relator Setorial do projeto de lei orçamentária anual;
d) Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias;
e) Relator do projeto de lei do plano plurianual.
pPPA pLDO pLOA
1 relator 1 relator 1 relator da receita
1 relator-geral
16 relatores setoriais

ATENÇÃO!!!
O suplente da CMO poderá ser designado Relator.
Prof. Marcel Guimarães 110
[PLOA – Áreas Temáticas – Res 01/2006]
16 ÁREAS TEMÁTICAS (art. 26 da Resolução):

Art. 26. O projeto será dividido nas seguintes áreas temáticas, cujos relatórios ficarão a cargo dos
respectivos Relatores Setoriais:

I - Transporte;
II - Saúde;
III - Educação e Cultura;
IV - Integração Nacional;
V - Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Agrário; VI - Desenvolvimento Urbano;
VII - Turismo;
VIII - Ciência e Tecnologia e Comunicações;
IX - Minas e Energia;
X- Esporte;
XI - Meio Ambiente;
XII - Fazenda e Planejamento;
XIII - Indústria, Comércio e Micro e Pequenas Empresas;
XIV - Trabalho, Previdência e Assistência Social;
XV - Defesa e Justiça; e
XVI - Presidência, Poder Legislativo, Poder Judiciário, MPU, DPU e Relações Exteriores.
Prof. Marcel Guimarães 111
[Resolução n. 01/2006 CN]
Da Constituição e Funcionamento dos Comitês Permanentes

Art. 18. Serão constituídos os seguintes comitês permanentes:

[...]

§ 1º Os comitês serão constituídos por no mínimo 5 (cinco) e no máximo 10 (dez) membros, indicados pelos
Líderes, não computados os relatores de que trata o § 4º.

§ 2º O número de membros de cada comitê será definido pelo Presidente, ouvidos os Líderes.

§ 3º Cada comitê contará com um coordenador, escolhido obrigatoriamente dentre seus membros.

§ 4º Integrarão o Comitê de Avaliação, Controle e Fiscalização da Execução Orçamentária, além dos


membros efetivos designados, os Relatores Setoriais e o Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual.

§ 5º O Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual integrará e coordenará o comitê previsto no
inciso II do caput. [Comitê de Avaliação da Receita]

Prof. Marcel Guimarães 112


[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orçamentária

Art. 22. Ao Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orçamentária cabe:

I - acompanhar, avaliar e fiscalizar a execução orçamentária e financeira, inclusive os decretos de limitação de empenho e
pagamento, o cumprimento das metas fixadas na lei de diretrizes orçamentárias e o desempenho dos programas
governamentais;

II - analisar a consistência fiscal dos projetos de lei do plano plurianual e da lei orçamentária anual;

III - apreciar, após o recebimento das informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União para o período
respectivo, e em relatório único, os Relatórios de Gestão Fiscal previstos no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

IV - analisar as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União acerca da execução orçamentária e financeira,
bem como do acompanhamento decorrente do disposto no inciso I do art. 59 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

V - analisar as demais informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União, exceto as relativas a obras e serviços
com indícios de irregularidades e as relativas à receita.

1º A análise da consistência fiscal de que trata o inciso II será feita em conjunto com o Comitê de Avaliação da Receita.

Prof. Marcel Guimarães 113


[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Avaliação da Receita

Art. 23. Ao Comitê de Avaliação da Receita cabe:

I - acompanhar a evolução da arrecadação das receitas;

II - analisar a estimativa das receitas constantes dos projetos de lei do plano plurianual e da
lei orçamentária anual;

III - analisar as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União concernentes


à arrecadação e à renúncia de receitas.

Parágrafo único. O Comitê realizará bimestralmente reuniões de avaliação de seus relatórios


com os representantes dos órgãos do Poder Executivo responsáveis pela previsão e
acompanhamento da estimativa das receitas.

Prof. Marcel Guimarães 114


[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves

Art. 24. Ao Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves
cabe:

I - propor a atualização das informações relativas a obras e serviços em que foram identificados indícios de
irregularidades graves e relacionados em anexo da lei orçamentária anual;

II - apresentar propostas para o aperfeiçoamento dos procedimentos e sistemáticas relacionadas com o controle
externo das obras e serviços;

III - apresentar relatório quadrimestral sobre as atividades realizadas pela CMO no período, referentes à
fiscalização de obras e serviços suspensos e autorizados por determinação do Congresso Nacional, assim como das
razões das medidas;

IV - exercer as demais atribuições de competência da CMO, no âmbito da fiscalização e controle da execução de


obras e serviços;

V - subsidiar os Relatores no aperfeiçoamento da sistemática de alocação de recursos, por ocasião da apreciação de


projetos de lei de natureza orçamentária e suas alterações.

Prof. Marcel Guimarães 115


[Resolução n. 01/2006 CN]
Comitê de Admissibilidade de Emendas

Art. 25. Ao Comitê de Admissibilidade de Emendas compete propor a inadmissibilidade das


emendas apresentadas, inclusive as de Relator, aos projetos de lei orçamentária anual, de
diretrizes orçamentárias e do plano plurianual.

Parágrafo único. Os relatórios das matérias de que trata o caput não poderão ser votados pela
CMO sem votação prévia do relatório do Comitê, salvo deliberação em contrário do Plenário da
CMO.

Quem propõe a Quem decide a inadssibilidade


Proposição
inadmissibilidade de emendas? de emendas?
Comitê de Admissibilidade de Plenário da CMO
PPA, LDO e LOA
Emendas
Créditos Adicionais Relator da matéria Presidente da CMO

Prof. Marcel Guimarães 116


[Resolução n. 01/2006 CN]
Deliberações da CMO

Art. 131. As deliberações da CMO iniciar-se-ão pelos representantes da Câmara dos


Deputados, sendo que o voto contrário da maioria dos representantes de uma das Casas
importará em rejeição da matéria.

Representantes da

Início das Deliberações


da CMO

Prof. Marcel Guimarães 117


[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA

1. Leitura em Sessão Conjunta Início da apreciação


Mesa CN do PLOA na CMO
do CN

C.M.O. 2. Public. e distrib. de 3. Realização de


avulsos audiências públicas
4. Emendas à Rec.
e de Ren Rec 6. Apresent. public e distrib.
do Relatório da Receita
Relatório da
Receita 7. Votação do Relatório da
5. Public. e distrib. de Receita e suas emendas
avulsos das emendas à
Receita e RR Parecer da Receita

Prof. Marcel Guimarães 118


[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA Projeto de lei
MODIFICATIVO

Envia, por
Mesa CN Enquanto não iniciada a
mensagem
votação, na CMO, do Relatório
Preliminar da CMO
C.M.O.
10. Votação do Relatório
Parecer da Receita
Preliminar e suas emendas

Relatório
Preliminar
9. Emendas ao
Relat. Preliminar
8. Apresent. Public. e
distrib. do Relatório Parecer Preliminar
Preliminar

Prof. Marcel Guimarães 119


[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA

Mesa CN

Relatórios
C.M.O. Setoriais
Parecer da Receita 13. Apresent., public.,
distrib. e votação dos
Relatórios Setoriais
Parecer Preliminar Projeto de LOA
Relatório Final do
Relator-Geral
11. Apresentação de 14. Apres., public., distr. e
emendas ao Projeto de votação do Relatório Final
12. Public. e distrib. de
Lei do Relator-Geral
avulsos das emendas

Prof. Marcel Guimarães 120


[Tramitação do PLOA na CMO]

Congresso Nacional
Projeto de LOA

Mesa CN

Parecer da C.M.O.
16. Implantação das
Receita decisões do Plenário do
CN e geração de
Parecer Autógrafos
Preliminar
PARECER DA CMO
Pareceres aprovação
Setoriais
15. Encaminhamento do Parecer
Parecer Final do
da CMO à Mesa do CN
Relator-Geral

Prof. Marcel Guimarães 121


[Tipos de emendas ao PLOA]

EMENDAS AO
TEXTO DA LEI TEXTO
PROGRAMAÇÃO

RECEITAS DESPESAS

PREVISTAS FIXADAS

EMENDAS DE
EMENDAS À REMANEJAMENTO
RECEITA EMENDAS DE
CANCELAMENTO
EMENDAS DE
EMENDAS DE RENÚNCIA DE APROPRIAÇÃO
RECEITA

Consultor Marcel Guimarães 122


[Emendas ao PLOA]
CF, art. 166, § 3º, III, As emendas ao PROJETO de lei do orçamento anual ou aos projetos que
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões;

Lei de Responsabilidade Fiscal


Art. 12, § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

Reserva de Recursos
De acordo com a Resolução n. 1/2006 do SF:

Reserva de Recursos = recursos provenientes da reestimativa de receitas + Reserva de


Contingência + outros definidos em parecer preliminar.

Prof. Marcel Guimarães 123


[Tipos de emendas ao PLOA]

REMANEJAMENTO (art. 38)


propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte exclusiva de
recursos, a anulação equivalente de dotações constantes do projeto, exceto as da Reserva de
Contingência. A emenda de remanejamento somente poderá ser aprovada com a anulação das
dotações indicadas na própria emenda, observada a compatibilidade das fontes de recursos.

APROPRIAÇÃO (art. 39)


propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte de recursos, a
anulação equivalente de recursos integrantes da Reserva de Recursos e de outras dotações.

CANCELAMENTO (art. 40)


propõe, exclusivamente, a redução de dotações constantes do projeto.

Prof. Marcel Guimarães 124


[Emendas ao PLOA]

EMENDAS PARLAMENTARES
De iniciativa de comissão, de bancada estadual, individual e do
Relator-Geral.

Emendas coletivas:

• comissão permanente da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal;

• comissão mista permanente do Congresso Nacional; e

• bancada estadual.

Prof. Marcel Guimarães 125


[Emendas]
Emendas aos projetos de PPA , LDO, LOA e Créditos Adicionais
Comissões
Proposição Bancadas Estaduais Individuais
Permanentes
PPA Até 5 Até 5 Até 10
LDO
Até 5 Até 5 Até 5
(Anexo de Metas e Prioridades)
Até 4 (aprop) 15 a 20 (aprop)
LOA Até 25 (apropriação)
Até 4 (remanej) 3 (remanej)
Créditos Suplem. e Especiais 0 0 10
Créditos Extraord.
(p/ aumentar ou incluir 0 0 0
dotação)

Art. 126. Na falta de disposições específicas, aplicam-se, no que couber, às demais proposições mencionadas
nesta Resolução, as disposições relativas ao projeto de lei orçamentária anual.
126
[Emendas de Apropriação]

INDIVIDUAL AÇÕES COM ABRANGÊNCIA


(Deputado/Senador) MUNICIPAL/ESTADUAL/NACIONAL
25

BANCADA AÇÕES COM ABRANGÊNCIA ESTADUAL


15-20

COMISSÕES AÇÕES COM ABRANGÊNCIA


2-4 NACIONAL/INSTITUCIONAL

EMENDAS DE TEXTO E DE ERROS E OMISSÕES


NÃO HÁ LIMITES PARA O ORDEM
NÚMEROTÉCNICA
DEE LEGAL,
CANCELAMENTO EMENDAS OUTROS (PARECER PRELIMINAR)

Prof. Marcel Guimarães 127


[Emendas de Relator – RP9]
Resolução n. 2, de 2021 do CN → Alterou a Res. 01/2006 do CN

Art. 53 (...)

IV – autorizar o relator-geral a apresentar emendas que tenham por objetivo a inclusão de


programação ou o acréscimo de valores em programações constantes do projeto, devendo
nesse caso especificar seu limite financeiro total, assim como o rol de políticas públicas
passível de ser objeto de emendas.

Parágrafo único. O limite financeiro de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor
total das emendas de que tratam os §§ 11 e 12 do art. 166 da Constituição Federal e não se
aplica às emendas elaboradas nos termos dos incisos I e II do art. 144.” (NR)

Emenda individual = 1,2% da RCL


Emenda de bancada = 1,0% da RCL

Teto da emenda de relator = 2,2% da RCL


Prof. Marcel Guimarães 128
[Processo Legislativo Orçamentário]

Congresso Nacional

Fase constitutiva
Envia, por Mesa CN
mensagem

C.M.O.
Presidente da
República

Projeto de
PPA/LDO

Prof. Marcel Guimarães 129


[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO

1. Leitura em Sessão Conjunta Início da apreciação


Mesa CN do PLOA na CMO
do CN

C.M.O. 2. Public. e distrib. de 3. Realização de


avulsos audiências públicas

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[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO Projeto de lei
MODIFICATIVO

Envia, por
Mesa CN Enquanto não iniciada a
mensagem
votação, na CMO, do Relatório
Preliminar da CMO
C.M.O.
6. Votação do Relatório
Preliminar e suas emendas

Relatório
Preliminar
5. Emendas ao
Relat. Preliminar
4. Apresent. Public. e
distrib. do Relatório Parecer Preliminar
Preliminar

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[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO

Mesa CN

C.M.O.

Parecer Preliminar
Projeto de LDO Relatório

7. Apresentação de 9. Apres., public., distr. e


emendas ao Projeto de votação do Relatório
8. Public. e distrib. de
Lei avulsos das emendas

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[Tramitação do pPPA e do pPLDO na CMO]

Projeto de Congresso Nacional


PPA/LDO

Mesa CN

C.M.O.

Parecer
Preliminar

aprovação PARECER DA CMO

Parecer
10. Encaminhamento do Parecer
da CMO à Mesa do CN

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Obrigado
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Processo Legislativo
Orçamentário
Professores Marcel Guimarães
[Medidas Provisórias]
✓ Medidas Provisórias na CF/88;

✓ Créditos Extraordinários (Lei n. 4.320/64 e CF/88);

✓ Projetos de Lei de Créditos Adicionais na CMO (Res. 01/2006-CN);

✓ Medidas Provisórias – Res. 01/2002 – CN;

✓ Trâmite da MPV – Regra Geral;

✓ Trâmite Detalhado da Medida Provisória;

✓ Exemplo - MPV 1083/2021.

✓Exercícios;

✓Resumo Direcionado.
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Medidas Provisórias
na
CF/88
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[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional.

Poder Função Típica Função Atípica


Legislar (edição de Medidas Provisórias) e Julgar
Executivo Administrar
(julgamento de recursos em processos administrativos)
Administrar (provimento de cargos, concessão de
Legislativo Legislar e Fiscalizar férias e licenças) e Julgar (Presidente da República nos
Crimes de Responsabilidade)
Legislar (edição do seu Regimento Interno) e
Judiciário Julgar
Administrar (concessão de férias e licenças)

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[Medidas Provisórias]
As Medidas Provisórias (MPVs) são normas com força de lei editadas pelo Presidente da
República em situações de relevância e urgência. Apesar de produzir efeitos jurídicos
imediatos, a MPV precisa da posterior apreciação pelas Casas do Congresso Nacional
(Câmara e Senado) para se converter definitivamente em lei ordinária.

O prazo inicial de vigência de uma MPV é de 60 dias e é prorrogado automaticamente


por igual período caso não tenha sua votação concluída nas duas Casas do Congresso
Nacional. Se não for apreciada em até 45 dias, contados da sua publicação, entra em
regime de urgência, sobrestando todas as demais deliberações legislativas da Casa em
que estiver tramitando.

Art. 62 da CF → regras gerais de edição e apreciação das MPVs, definindo inclusive os


assuntos e temas sobre os quais não podem se pronunciar.

Resolução do Congresso Nacional n° 1 de 2002 → disciplinamento interno do rito de


tramitação (emendas, formação da comissão mista e prazos de tramitação).
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[Medidas Provisórias]

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[Medidas Provisórias]

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[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional.

Redação original da CF/88 → Antes da EC 32/2001

CF/88 - Original

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar


medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente
para se reunir no prazo de cinco dias.

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[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional.

Redação original da CF/88 → Antes da EC 32/2001

CF/88 - Original

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar


medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente
para se reunir no prazo de cinco dias.

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[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional.
Controle concentrado de constitucionalidade

A conversão de medida provisória em lei, com absorção de conteúdo, torna prejudicado o


debate sobre o atendimento dos pressupostos de sua admissibilidade.
[ADI 4.980, rel. min. Nunes Marques, j. 10-3-2022, P, DJE de 17-5-2022.]

Posicionamento anterior:

A conversão de medida provisória em lei não prejudica o debate jurisdicional sobre o


atendimento dos pressupostos de admissibilidade desse espécime de ato da ordem legislativa.
[ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto, j. 3-5-2012, P, DJE de 22-3-2013.]
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[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Esta Suprema Corte somente admite o exame jurisdicional do mérito dos requisitos de
relevância e urgência na edição de medida provisória em casos excepcionalíssimos,
em que a ausência desses pressupostos seja evidente.
[ADI 2.527 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 16-8-2007, P, DJ de 23-11-2007.]

Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos constitucionais


legitimadores da edição de medidas provisórias, vertidos nos conceitos jurídicos
indeterminados de "relevância" e "urgência" (art. 62 da CF), apenas em caráter
excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação
de poderes (art. 2º da CF).
[ADC 11 MC, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 28-3-2007, P, DJ de 29-6-2007.]
= ADI 4.029, rel. min. Luiz Fux, j. 8-3-2012, P, DJE de 27-6-2012

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[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Adoção de medida provisória por Estado-membro. Possibilidade. Arts. 62 e 84,


XXVI, da CF. EC 32, de 11-9-2001, que alterou substancialmente a redação do art.
62. (...) Inexistência de vedação expressa quanto às medidas provisórias.
Necessidade de previsão no texto da Carta estadual e da estrita observância
dos princípios e limitações impostas pelo modelo federal.

[ADI 2.391, rel. min. Ellen Gracie, j. 16-8-2006, P, DJ de 16-3-2007.]


= ADI 425, rel. min. Maurício Corrêa, j. 4-9-2002, P, DJ de 19-12-2003

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[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua publicação, a medida
provisória não pode ser "retirada" pelo presidente da República à apreciação do
Congresso Nacional. (...) Como qualquer outro ato legislativo, a medida provisória é
passível de ab-rogação mediante diploma de igual ou superior hierarquia. (...) A
revogação da medida provisória por outra apenas suspende a eficácia da norma ab-
rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para apreciação, caso caduque
ou seja rejeitada a medida provisória ab-rogante. Consequentemente, o ato
revocatório não subtrai ao Congresso Nacional o exame da matéria contida na medida
provisória revogada.

[ADI 2.984 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-9-2003, P, DJ de 14-5-2004.]

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[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Já se firmou a jurisprudência desta Corte (assim, nas ADI 1.204 MC, 1.370
MC e 1.636 MC) no sentido de que, quando medida provisória ainda pendente
de apreciação pelo Congresso Nacional é revogada por outra, fica suspensa a
eficácia da que foi objeto de revogação até que haja pronunciamento do Poder
Legislativo sobre a medida provisória revogadora, a qual, se convertida em lei,
tornará definitiva a revogação; se não o for, retomará os seus efeitos a medida
provisória revogada pelo período que ainda lhe restava para vigorar.

[ADI 1.665 MC, rel. min. Moreira Alves, j. 27-11-1997, P, DJ de 8-5-1998.]

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[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

A exigência de prévia autorização legislativa para a criação de fundos, prevista


no art. 167, IX, da Constituição, é suprida pela edição de medida provisória, que
tem força de lei, nos termos do seu art. 62. O argumento de que medida
provisória não se presta à criação de fundos fica combalido com a sua conversão
em lei; pois, bem ou mal, o Congresso Nacional entendeu supridos os critérios
da relevância e da urgência.
[ADI 1.726 MC, rel. min. Maurício Corrêa, j. 16-9-1998, P, DJ de 30-4-2004.]

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[Medidas Provisórias]
Julgados correlatos

O STF fixou entendimento no sentido de que não perde a eficácia a medida provisória, com
força de lei, não apreciada pelo Congresso Nacional, mas reeditada, por meio de nova medida
provisória, dentro de seu prazo de validade de trinta dias.
[RE 378.691 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 13-5-2008, 2ª T, DJE de 6-6-2008.]
= RE 588.943 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 15-2-2011, 1ª T, DJE de 18-3-2011

Conversão em lei das medidas provisórias, sem alteração substancial do seu texto: ratificação
do ato normativo editado pelo presidente da República. Sanção do chefe do Poder Executivo.
Inexigível.
Medida provisória alterada pelo Congresso Nacional, com supressão ou acréscimo de
dispositivos. Obrigatoriedade da remessa do projeto de lei de conversão ao presidente da
República para sanção ou veto, de modo a prevalecer a comunhão de vontade do Poder
Executivo e do Legislativo.
[RE 217.194, rel. min. Maurício Corrêa, j. 17-4-2001, 2ª T, DJ de 1º-6-2001.]
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[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. (...)

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I– relativa a:

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito


eleitoral;

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[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I– relativa a:

b) direito penal, processual penal e processual civil;

Repercussão geral reconhecida com mérito julgado

(...) o STF declarou a inconstitucionalidade do art. 9º da MP 2.164-41/2001 com base nos seguintes fundamentos:
(...) c) a matéria relativa à condenação em honorários advocatícios possui natureza processual civil, e a
jurisprudência desta Corte, antes mesmo da vedação imposta pela EC 32/2001, não admitia a utilização de medida
provisória para disciplinar questões processuais;
d) a competência para legislar sobre matéria de índole processual civil é privativa da União Federal, no âmbito do
Poder Legislativo (art. 22, I, da CF). Tais fundamentos devem ser adotados, in totum, neste caso, no qual se discute
situação idêntica, e também aos demais, conforme o disposto no art. 543-B do CPC, uma vez que, como ressaltei,
reconheceu-se a repercussão geral da questão constitucional nele versada.
[RE 581.160, voto do rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 20-6-2012, P, DJE de 23-8-2012, Tema 116.]
= ADI 2.736, rel. min. Cezar Peluso, j. 8-9-2010, P, DJE de 29-3-2011
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[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I– relativa a:

b) direito penal, processual penal e processual civil;

Julgado correlato

Medida provisória: sua inadmissibilidade em matéria penal, extraída pela doutrina


consensual da interpretação sistemática da Constituição, não compreende a de normas penais
benéficas, assim, as que abolem crimes ou lhes restringem o alcance, extingam ou abrandem
penas ou ampliam os casos de isenção de pena ou de extinção de punibilidade.

[RE 254.818, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 8-11-2000, P, DJ de 19-12-2002.]

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[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I– relativa a:

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a


garantia de seus membros;

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos


adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

RESSALVA → Créditos extraordinários

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[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou


qualquer outro ativo financeiro;

III – reservada a lei complementar;

IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e


pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

É permitida a edição de medidas provisórias sobre matéria objeto de projeto de lei


pendente de aprovação pelo Congresso Nacional.
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[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que


adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam


vedadas por esta Constituição.

§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os


serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.

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[Medidas Provisórias]
CF/88 – Art. 62

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos,


exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia
daquele em que foi editada.

Impostos dos art. 153, I, II, IV, V, e 154, II: Imp. de Importação, Exportação, IPI, IOF e I Ext Guerra

Controle concentrado de constitucionalidade

(...) já se acha assentado no STF o entendimento de ser legítima a disciplina de matéria de


natureza tributária por meio de medida provisória, instrumento a que a Constituição confere
força de lei (cf. ADI 1.417 MC).
[ADI 1.667 MC, rel. min. Ilmar Galvão, j. 25-9-1997, P, DJ de 21-11-1997.]
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[Medidas Provisórias]
CF/88 – Art. 62

Art. 62.

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão


eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de
sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período,
devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
relações jurídicas delas decorrentes.

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida


provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso
Nacional.

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[Medidas Provisórias]
CF/88 – Art. 62

§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais.

§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados
de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma
das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação,
todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

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[Medidas Provisórias]
CF/88 – Art. 62

Art. 62. (...)

§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos


Deputados.

§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as


medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem
apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do
Congresso Nacional.

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[Medidas Provisórias]
CF/88 – Art. 62

§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Controle concentrado de constitucionalidade


Impossibilidade de reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória revogada, nos termos do prescreve o art.
62, §§2º e 3º. Interpretação jurídica em sentido contrário, importaria violação do princípio da Separação de Poderes. Isso
porque o Presidente da República teria o controle e comando da pauta do Congresso Nacional, por conseguinte, das
prioridades do processo legislativo, em detrimento do próprio Poder Legislativo. Matéria de competência privativa das
duas Casas Legislativas (inciso IV do art. 51 e inciso XIII do art. 52, ambos da Constituição Federal). O alcance normativo
do § 10 do art. 62, instituído com a Emenda Constitucional 32 de 2001, foi definido no julgamento das ADI 2.984 e ADI
3.964, precedentes judiciais a serem observados no processo decisório, uma vez que não se verificam hipóteses que
justifiquem sua revogação. Qualquer solução jurídica a ser dada na atividade interpretativa do art. 62 da Constituição
Federal deve ser restritiva, como forma de assegurar a funcionalidade das instituições e da democracia. Nesse contexto,
imperioso assinalar o papel da medida provisória como técnica normativa residual que está à serviço do Poder Executivo,
para atuações legiferantes excepcionais, marcadas pela urgência e relevância, uma vez que não faz parte do núcleo
funcional desse Poder a atividade legislativa. É vedada reedição de medida provisória que tenha sido revogada, perdido
sua eficácia ou rejeitada pelo Presidente da República na mesma sessão legislativa.
[ADI 5.709, ADI 5.716, ADI 5.717 e ADI 5.727, rel. min. Rosa Weber, j. 27-3-2019, P, DJE de 28-6-2019.]
Prof. Marcel Guimarães 27
[Medidas Provisórias]
CF/88 – Art. 62
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto,
na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do
Congresso Nacional.

Controle concentrado de constitucionalidade

A norma inscrita no art. 67 da Constituição – que consagra o postulado da irrepetibilidade dos projetos rejeitados na
mesma sessão legislativa – não impede o presidente da República de submeter, à apreciação do Congresso Nacional,
reunido em convocação extraordinária (CF, art. 57, § 6º, II), projeto de lei versando, total ou parcialmente, a mesma
matéria que constituiu objeto de medida provisória rejeitada pelo Parlamento, em sessão legislativa realizada no ano
anterior. O presidente da República, no entanto, sob pena de ofensa ao princípio da separação de poderes e de
transgressão à integridade da ordem democrática, não pode valer-se de medida provisória para disciplinar matéria que já
tenha sido objeto de projeto de lei anteriormente rejeitado na mesma sessão legislativa (RTJ 166/890, rel. min. Octavio
Gallotti). Também pelas mesmas razões, o chefe do Poder Executivo da União não pode reeditar medida provisória que
veicule matéria constante de outra medida provisória anteriormente rejeitada pelo Congresso Nacional (RTJ 146/707-
708, rel. min. Celso de Mello).[ADI 2.010 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 30-9-1999, P, DJ de 12-4-2002.]
Prof. Marcel Guimarães 28
[Medidas Provisórias]
CF/88 – Art. 62

Art. 62. (...)

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta


dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas.

§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da


medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.

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Créditos Extraordinários

Lei n. 4.320/64 e CF/88


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[Créditos Adicionais]
Lei Orçamentária Anual
Receitas Valor Despesas Fixadas Dotação Dotação
Previstas Inicial Atualizada

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[Créditos Adicionais]
Lei Orçamentária Anual
Receitas Valor Despesas Fixadas Dotação Dotação
Previstas Inicial Atualizada 1.000
Pessoal 2.000 3.000 Créd. Suplementar

Nova despesa 4.000 Créd. especial

Nova despesa - 8.000 Créd.


urgente e extraordinário
imprevisível

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[Créditos Adicionais]
Tipo de Autorização Indicação de
Finalidade Abertura Vigência
Crédito prévia recursos
Decreto do
Reforço de
Sim → LOA ou Executivo
Suplementar dotação Fim do exercício Sim
lei específica (U → public. lei
insuficiente
específica)
Decreto do Fim do
Sim → lei Executivo exercício,
Nova dotação
Especial específica (U → public. lei exceto se Sim
(não previstas)
específica) autorizados nos
4 últ. meses
Despesas Fim do
urgentes e MP (Fed) ou Dec. exercício,
Não
Extraordinário imprevistas Não do Executivo exceto se
(facultativa)
(CF/88 → (autz e abre) autorizados nos
imprevisíveis) 4 últ. meses

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[Créditos Extraordinários]

Lei 4.320/64

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas,


em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

CF/88

Art. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será


admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, COMO as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

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[Créditos Extraordinários]
Lei 4.320/64

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder


Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Esfera Federal → MEDIDA PROVISÓRIA


CF/88

Art. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário SOMENTE será


admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, COMO as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
OBSERVADO O DISPOSTO NO ART. 62.

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[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional.

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I – relativa a:

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos


adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

RESSALVA → Créditos extraordinários


Prof. Marcel Guimarães 36
[Créditos Adicionais Extraordinários- Abertura]
Créditos extraordinários

Serão abertos por medida provisória na União e nos entes que possuem tal instrumento
(previsão na Constituição Estadual).

Nos demais entes, serão abertos por decreto do Poder Executivo.

ATENÇÃO

Estados que preveem em suas Constituições a possibilidade de edição de medidas provisórias:

• Acre - AC: art. 52 c/c art. 79 da Constituição Estadual;


• Maranhão – MA: art. 40 da Constituição Estadual;
• Paraíba – PB: art. 61 da Constituição Estadual;
• Piauí - PI: art. 73, V, c/c art. 75, § 4º, da Constituição Estadual;
• Santa Catarina - SC: art. 48, VI, c/c art. 51, § 1º, da Constituição Estadual;
• Tocantins - TO: art. 25, V, c/c art. 27, § 3º, da Constituição Estadual.

Prof. Marcel Guimarães 37


[Créditos Adicionais - Vigência]
Lei 4.320/64

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício


financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em
contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

SUPLEMENTARES → válidos somente até 31/12 do exercício em que foram abertos.

CF/88 → art. 167

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em


que forem autorizados, SALVO se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
Prof. Marcel Guimarães 38
[Créditos Adicionais - Reabertura]

CF/88 art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício


financeiro em que forem autorizados, SALVO se o ato de autorização for PROMULGADO nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

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Projetos de Lei de
Créditos Adicionais
na CMO
Prof. Marcel Guimarães 40
[Tramitação dos PLs de Créd. Adicionais na CMO]
Resolução 01/2006 – CN

Art. 106. Os projetos somente serão apreciados pela CMO até o dia 20 de novembro de cada ano.

Art. 107. Os projetos sobre os quais a CMO não emitir parecer no prazo de que trata o art. 106 serão
apreciados pelo Plenário do Congresso Nacional.

Dos Créditos Extraordinários Abertos por Medida Provisória

Art. 110. A CMO, no exame e emissão de parecer à medida provisória que abra crédito extraordinário,
conforme arts. 62 e 167, § 3º, da Constituição, observará, no que couber, o rito estabelecido em
resolução específica do Congresso Nacional.

Parágrafo único. A inclusão de relatório de medida provisória na ordem do dia da CMO será automática e
sua apreciação terá precedência sobre as demais matérias em tramitação.

Art. 111. Somente serão admitidas emendas que tenham como finalidade modificar o texto da medida
provisória ou suprimir dotação, total ou parcialmente.
Prof. Marcel Guimarães 41
Medidas Provisórias

Resolução 01/2002 - CN

Prof. Marcel Guimarães 42


[Resolução 01/2002 - CN]

Dispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, das Medidas Provisórias


a que se refere o art. 62 da Constituição Federal, e dá outras providências.

Art. 1º Esta Resolução é parte integrante do Regimento Comum e dispõe


sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, de Medidas Provisórias
adotadas pelo Presidente da República, com força de lei, nos termos do art.
62 da Constituição Federal.

Prof. Marcel Guimarães 43


[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 2º Nas 48 (quarenta e oito) horas que se seguirem à publicação, no Diário Oficial da União, de
Medida Provisória adotada pelo Presidente da República, a Presidência da Mesa do Congresso
Nacional fará publicar e distribuir avulsos da matéria e designará Comissão Mista para emitir
parecer sobre ela.

§ 1º No dia da publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União, o seu texto será enviado
ao Congresso Nacional, acompanhado da respectiva Mensagem e de documento expondo a
motivação do ato.

§ 2º A Comissão Mista será integrada por 12 (doze) Senadores e 12 (doze) Deputados e igual
número de suplentes, indicados pelos respectivos Líderes, obedecida, tanto quanto possível, a
proporcionalidade dos partidos ou blocos parlamentares em cada Casa.

§ 6º Quando se tratar de Medida Provisória que abra crédito extraordinário à lei orçamentária anual,
conforme os arts. 62 e 167, § 3º, da Constituição Federal, o exame e o parecer serão realizados pela
Comissão Mista prevista no art. 166, § 1º, da Constituição, observando-se os prazos e o rito
estabelecidos nesta Resolução.
Prof. Marcel Guimarães 44
[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 3º Uma vez designada, a Comissão terá o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para sua
instalação, quando serão eleitos o seu Presidente e o Vice-Presidente, bem como
designados os Relatores para a matéria.

§ 1º Observar-se-á o critério de alternância entre as Casas para a Presidência das


Comissões Mistas constituídas para apreciar Medidas Provisórias, devendo, em cada caso, o
Relator ser designado pelo Presidente dentre os membros da Comissão pertencentes à
Casa diversa da sua.

§ 2º O Presidente e o Vice-Presidente deverão pertencer a Casas diferentes.

§ 3º O Presidente designará também um Relator Revisor, pertencente à Casa diversa da do


Relator e integrante, preferencialmente, do mesmo Partido deste.

§ 4º Compete ao Relator Revisor exercer as funções de relatoria na Casa diversa da do


Relator da Medida Provisória.
Prof. Marcel Guimarães 45
[Resolução 01/2002 - CN]
MPV em geral, exceto abertura de Crédito Extraordinário

Comissão Mista

12 Senadores + 12 Deputados
igual número de suplentes
indicados pelos respectivos Líderes

MPV → abertura de Crédito Extraordinário

CMO

exame e parecer

Prof. Marcel Guimarães 46


[Resolução 01/2002 - CN]
MPV em geral, exceto abertura de Crédito Extraordinário

Comissão Mista
12 Senadores + 12 Deputados
igual número de suplentes
indicados pelos respectivos Líderes

→ alternância entre as Casas para a Presidência;

→ o Relator → designado pelo Presidente → Casa diversa da sua;

→ Presidente e o Vice-Presidente → Casas diferentes;

→ Relator Revisor → Casa diversa da do Relator e integrante, preferencialmente, do mesmo Partido deste.

MPV Presidente VP Relator Rel. Revisor


713 Deputado Senador Senador (PSDB) Deputado (PT)
714 Senador Deputado Deputado (PT) Senador (PT)
Prof. Marcel Guimarães 47
[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 4º (...)

§ 1º Somente poderão ser oferecidas emendas às Medidas Provisórias perante a Comissão


Mista, na forma deste artigo.

§ 4º É vedada a apresentação de emendas que versem sobre matéria estranha àquela tratada
na Medida Provisória, cabendo ao Presidente da Comissão o seu indeferimento liminar.

§ 5º O autor da emenda não aceita poderá recorrer, com o apoio de 3 (três) membros da
Comissão, da decisão da Presidência para o Plenário desta, que decidirá, definitivamente, por
maioria simples, sem discussão ou encaminhamento de votação.

§ 6º Os trabalhos da Comissão Mista serão iniciados com a presença, no mínimo, de 1/3 (um
terço) dos membros de cada uma das Casas, aferida mediante assinatura no livro de
presenças, e as deliberações serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta
dos membros de cada uma das Casas.

Prof. Marcel Guimarães 48


[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 5º A Comissão terá o prazo improrrogável de 14 (quatorze) dias, contado da publicação da Medida
Provisória no Diário Oficial da União para emitir parecer único, manifestando-se sobre a matéria, em
itens separados, quanto aos aspectos constitucional, inclusive sobre os pressupostos de relevância e
urgência, de mérito, de adequação financeira e orçamentária e sobre o cumprimento da exigência
prevista no § 1º do art. 2º. (Declarado inconstitucional pelo STF no âmbito da Adin 4.029 – publicada
no DOU de 16/3/2012)

§ 1º O exame de compatibilidade e adequação orçamentária e financeira das Medidas Provisórias


abrange a análise da repercussão sobre a receita ou a despesa pública da União e da implicação quanto
ao atendimento das normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a conformidade com a
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes
orçamentárias e a lei orçamentária da União.

§ 2º Ainda que se manifeste pelo não atendimento dos requisitos constitucionais ou pela inadequação
financeira ou orçamentária, a Comissão deverá pronunciar-se sobre o mérito da Medida Provisória.

§ 3º Havendo emenda saneadora da inconstitucionalidade ou injuridicidade e da inadequação ou


incompatibilidade orçamentária ou financeira, a votação far-se-á primeiro sobre ela.
Prof. Marcel Guimarães 49
[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 5º (...)

§ 4º Quanto ao mérito, a Comissão poderá emitir parecer pela aprovação total ou parcial ou
alteração da Medida Provisória ou pela sua rejeição; e, ainda, pela aprovação ou rejeição de
emenda a ela apresentada, devendo concluir, quando resolver por qualquer alteração de seu
texto:

I - pela apresentação de projeto de lei de conversão relativo à matéria; e


II - pela apresentação de projeto de decreto legislativo, disciplinando as relações
jurídicas decorrentes da vigência dos textos suprimidos ou alterados, o qual terá sua
tramitação iniciada pela Câmara dos Deputados.

§ 5º Aprovado o parecer, será este encaminhado à Câmara dos Deputados, acompanhado do


processo e, se for o caso, do projeto de lei de conversão e do projeto de decreto legislativo
mencionados no § 4º.

Prof. Marcel Guimarães 50


[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
1. Publicação da medida provisória no Diário Oficial da União. Art. 2º, § 1º, da Res. nº 1/2002
(Presidente da República)
Data da publicação
2. Envio do texto da medida provisória ao Congresso Nacional por
meio da mensagem.
1º dia (até às doze Indicação dos membros da comissão mista pelos líderes dos partidos Art. 2º, § 4º, da Res. nº 1/2002
horas) ou blocos parlamentares
1. Designação da comissão mista. Art. 2º, caput, da Res. nº
2º dia (48 horas) 2. Publicação e divulgação de avulsos. 1/2002
Art. 62, § 9º, da CF
1. Instalação da comissão mista. Art. 3º, caput, da Res. nº
24 horas a partir da
2. Eleição do Presidente e Vice-Presidente. 1/2002
designação da
3. Designação dos Relatores.
comissão

Prazo final para o órgão de consultoria e assessoramento Art. 19 da Res. nº 1/2002


5º dia orçamentário encaminhar nota técnica acerca da adequação
financeira e orçamentária da Medida Provisória.
Prazo final para apresentação de emendas. Art. 4º, caput, da Res. nº
6º dia Prazo final para o autor de projeto solicitar a tramitação, sob a forma 1/2002
de emenda, em conjunto com a Medida Provisória. Art. 4º, § 2º, da Res. nº 1/2002

Prof. Marcel Guimarães 51


[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
1. Prazo final para emissão do parecer único pela comissão mista. Art. 5º, caput, da Res. nº
1/2002
14º dia *ADIN 4029/STF declarou inconstitucional o Art 5º, caput da Res. nº
1/2002, consequentemente, o 14º dia da tramitação da medida
provisória não é o prazo final para a comissão mista emitir parecer.
1. Início dos trabalhos na Câmara dos Deputados. Art. 6º, caput e § 1º, da Res. nº
2. Publicação do parecer da comissão mista, em avulsos e no Diário 1/2002.
da Câmara dos Deputados.
15º dia Art. 62, § 8º, da CF.
*ADIN 4029/STF declarou inconstitucional o Art 6 º, §1º da Res. nº
1/2002, consequentemente, a exigência do início da tramitação da
medida provisória na Câmara dos Deputados no 15º dia.
Prazo para encerramento dos trabalhos na Câmara dos Deputados. Art. 6º, caput, da Res. nº
28º dia
1/2002.
Data permitida para início da discussão da Medida Provisória no Art. 7º, § 2º, da Res. nº
29º dia Senado Federal. 1/2002.

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[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
Prazo final para apreciação da medida provisória pelo Senado Federal. Art. 7º, caput, da Res.
42º dia
nº 1/2002.
3 dias após o Prazo para apreciação, pela Câmara dos Deputados, das modificações Art. 7º, § 4º, da Res. nº
recebimento pela efetuadas pelo Senado no texto aprovado pela Câmara. 1/2002.
Câmara
Início do regime de urgência e do sobrestamento das deliberações Art. 9º da Res. nº
legislativas na Casa em que se estiver tramitando a medida provisória. 1/2002.

*Baseado na ADIN 4029/STF, o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Art. 62, § 6º, da CF.
46º dia
Maia, proferiu decisão que apenas sobrestarão a pauta da Casa aquelas
medidas provisórias encaminhadas pela comissão mista, momento em que a
medida provisória inicia efetivamente sua tramitação na Câmara dos
Deputados e que já tenham mais de 45 dias de sua tramitação
1. Início da prorrogação automática, por 60 dias, da vigência da medida Art. 10, caput e §
provisória cuja votação ainda não foi concluída pelo Congresso Nacional. 1º,da Res. nº 1/2002.
60º dia 2. Edição de Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional, a ser
publicado no Diário Oficial da União, comunicando a prorrogação. Art. 62, §§ 3º e 7º, da
CF.

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[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
Fim do período prorrogado de vigência da medida provisória. Art. 10, caput, da Res. nº
1/2002.
120º dia
Art. 62, § 7º, da CF.
15 dias contados da 1. Prazo para a comissão mista apresentar projeto de decreto Art. 11, § 1º,da Res. nº 1/2002.
perda da eficácia, da legislativo, regulando as relações jurídicas decorrentes da
rejeição ou medida provisória não apreciada, rejeitada ou modificada.
modificação da 2. Decorrido tal prazo, qualquer Deputado ou Senador poderá
medida provisória. oferecer projeto de decreto legislativo.

60 dias após a rejeição 1. Fim do prazo para edição de decreto legislativo. Art. 11, §§ 2º e 3º,da Res. nº
ou perda de eficácia da 2. Extinção da comissão mista (que poderá se extinguir antes, se for 1/2002.
medida provisória editado o decreto legislativo).

Suspensão dos prazos Art. 18 da Res. nº 1/2002.


durante o recesso do
Congresso Nacional. Art. 62, § 4º, da CF.

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Trâmite da
Medida Provisória
Regra Geral

Prof. Marcel Guimarães 55


[MPV]

ANÁLISE PELA COMISSÃO MISTA

• Inicialmente, a medida provisória é analisada por uma


comissão mista (de deputados e senadores), onde são
apresentadas as sugestões de mudança (emendas). A
comissão mista aprova um parecer, que será submetido
aos plenários da Câmara e depois do Senado.
PUBLICAÇÃO: quem pode propor
• Se o Senado alterar o texto da Câmara, a MP volta para
O presidente da República pode publicar a Câmara, que analisa as mudanças e pode ou não
medidas provisórias em caso de relevância recuperar seu texto, antes de enviar para a sanção
e urgência. Elas têm força de lei desde a presidencial.
edição. As MPs valem por até 120 dias. Se
não forem aprovadas pela Câmara e pelo • Depois do 45º dia, a MP tranca a pauta do Plenário da
Senado nesse período, ou se forem Câmara, se já tiver sido aprovada na comissão mista.
rejeitadas, perdem a validade. Caso todo o prazo de 45 dias transcorra antes de chegar
ao Senado, ela já chega àquela Casa trancando a pauta.
Prof. Marcel Guimarães 56
[MPV]

Câmara dos
Deputados

VOTAÇÃO NO PLENÁRIO DA CÂMARA

A votação no Plenário é semelhante à do projeto de lei ordinária. O quórum para votação é de maioria
absoluta, ou seja, 257 deputados presentes. Para aprová-la, é necessária a maioria dos votos, em turno único.
Prof. Marcel Guimarães 57
[MPV]
Câmara dos Deputados

Quando o texto da MP é alterado,


Se a MP for aprovada sem alterações, ela passa a se chamar projeto de lei
é promulgada pelo Congresso. de conversão (PLV) e precisa ser
enviado ao presidente da
República para sanção ou veto.

Presidência da República
Prof. Marcel Guimarães 58
[MPV]
Senado ou Câmara dos Deputados

As regras do veto são as mesmas dos projetos de lei, ou seja, o


presidente da República tem o prazo de 15 dias úteis para sancionar ou
vetar o projeto, no todo ou em partes.
Prof. Marcel Guimarães 59
Trâmite Detalhado
da
Medida Provisória
Prof. Marcel Guimarães 60
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

CM (MPV Geral) ou CMO (Créd. Extraordinário)


exame e parecer
Parecer único que contemplará 4 aspectos:

• constitucionais (pressupostos de relevância e urgência)


• mérito;
• adequação financeira e orçamentária ;e
Prof. Marcel Guimarães • envio da MP ao CN (texto acompanhado da Mensagem e exposição de motivos)
61
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

CM ou CMO
Apresentação de Emendas:

• só é possível nesta etapa, perante a CM (art. 4º, §1º)


• no prazo de 6 dias da publicação da MP (art. 4º)

Prof. Marcel Guimarães 62


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

CM ou CMO Plenário da CD

O parecer da CM ou da CMO pode concluir, no mérito:

• aprovação total da MPV como foi editada pelo Poder Executivo;


• apresentação de Projeto de Lei de Conversão (PLV), quando o
texto original da MPV é alterado; ou
• rejeição da matéria, com o parecer sendo obrigatoriamente
encaminhado à apreciação do plenário da Câmara dos Deputados
Prof. Marcel Guimarães 63
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

• publica o parecer da Comissão e


examina a matéria

• aprecia a MPV e a encaminha ao SF,


se aprovada
(Prazo: 28 dias da publicação)

Prof. Marcel Guimarães 64


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

Conclusões da deliberação da matéria incluem:

• rejeição vigência e tramitação encerradas


→ proposição é arquivada

• aprovação na íntegra (nos termos da MPV


editada), ou
Plenário do SF
• aprovação de projeto de lei de conversão –
PLV (com alteração do texto originalmente
publicado).
Prof. Marcel Guimarães 65
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

• aprecia a MPV
(Prazo: 42 dias da publicação)

Prof. Marcel Guimarães 66


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

MPV MPV é enviada à promulgação


(pelo Presidente do CN) e
Resultado da votação:
se torna lei;
vigência e tramitação encerradas
• rejeição
→ proposição é arquivada
• aprovação na íntegra (nos termos da edição original)
a matéria retorna à CD,
• aprovação de PLV que delibera, exclusivamente,
sobre o PLV oferecido pelo SF
Prof. Marcel Guimarães 67
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados
o texto é remetido à sanção do
Presidente da República

PLV
Resultado da votação
vigência e tramitação encerradas
• rejeição
→ proposição é arquivada
• aprovação do PLV recebido da CD sem alterações de mérito CD deliberará exclusivamente sobre:

• aprovação do PLV recebido da CD com emendas de mérito • emendas


• aprovação da MPV (preferência sobre o PLV) • MPV
• aprovação de novo PLV • PLV oferecido pelo SF
Prof. Marcel Guimarães 68
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados
o texto do PLV é remetido à
sanção do
Presidente da República

MPV é enviada à promulgação Retorno à CD


(pelo Presidente do CN) e
se torna lei Alterações promovidas pelo SF
(emenda no PLV, MPV ou novo PLV):

• aprovação do PLV

• aprovação da MPV original


vigência e tramitação encerradas
→ proposição é arquivada • Rejeição
Prof. Marcel Guimarães 69
[Processo Legislativo Orçamentário]

Congresso Nacional

Fase constitutiva
Presidente da MPV
República

MPV

Projeto de Lei de Conversão


Enviado à sanção
do Presidente da República
pela Casa onde houver sido concluída a votação

Prof. Marcel Guimarães 70


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

Presidência do CN
• promulgar e publicar como lei ordinária no caso de aprovação da MPV
sem alteração de mérito (art. 12) OU
• caso expirado o prazo total de vigência da MPV, comunicar ao
Presidente da República e publicar ato declaratório de encerramento do
prazo de vigência da MPV (parágrafo único do art. 14)
Prof. Marcel Guimarães 71
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

Decreto Legislativo
Se houver a aprovação de PLV, rejeição ou perda de eficácia da MPV, o Congresso Nacional detém a
prerrogativa de disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes de sua edição.

Não se materializando a edição do referido decreto legislativo no prazo de 60 dias, as relações jurídicas
constituídas durante o período de vigência conservam-se regidas pela MPV.

Cabe destacar, ainda, que aprovado um PLV, a MPV mantém-se integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.
Prof. Marcel Guimarães 72
[Ato Conjunto 01/20 - CN]
MPs durante a pandemia do Covid-19

No período da emergência em saúde pública devido à pandemia de Covid-19, os


presidentes da Câmara e do Senado definiram novas regras de tramitação de MP para
nortear os trabalhos legislativos, de forma a dar celeridade ao processo de análise e votação
de medidas provisórias. Continuaram valendo, no entanto, os prazos de validade definidos
na Constituição Federal.

De acordo com o Ato Conjunto 01/20, o Plenário da Câmara dos Deputados terá nove dias
para votar uma MP a partir de sua data de publicação. O parecer da comissão mista será
apresentado diretamente em Plenário. No Senado, o prazo para votação será do momento
em que a matéria chegar da Câmara até o 14º dia de tramitação, contado da edição da MP.
Se os senadores fizerem mudanças que precisam de uma nova votação pelos deputados,
estes terão mais dois dias úteis para votar as mudanças. Caso haja a necessidade de
prorrogação formal do prazo de vigência de medida provisória, caberá à Presidência do
Congresso Nacional avaliar sua pertinência.
Prof. Marcel Guimarães 73
Exemplo

MPV 1083/2021
Prof. Marcel Guimarães 74
[Exemplo – MPV 1083/21]
Câmara aprova MP que destina R$ 6,4 bilhões para compra de vacinas contra
Covid-19
A medida provisória seguirá para o Senado

10/05/2022 - 18:01 • Atualizado em 10/05/2022 - 19:28

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) a Medida Provisória 1083/21, que abre crédito
extraordinário de R$ 6,41 bilhões para a compra de vacinas contra a Covid-19. A MP, editada em
dezembro do ano passado, será enviada ao Senado.

A relatora da MP, deputada Dra. Soraya Manato (PTB-ES), recomendou a aprovação da medida na
forma enviada pelo Poder Executivo, sem mudanças.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

https://www.camara.leg.br/noticias/873648-camara-aprova-mp-que-destina-r-64-bilhoes-para-compra-
de-vacinas-contra-covid-19-acompanhe/
Prof. Marcel Guimarães 75
[Exemplo – MPV 1083/21]

Prof. Marcel Guimarães 76


[Exemplo – MPV 1083/21]

Prof. Marcel Guimarães 77


[Exemplo – MPV 1083/21]

Prof. Marcel Guimarães 78


[Exemplo – MPV 1083/21]

Prof. Marcel Guimarães 79


[Exemplo – MPV 1083/21]

Prof. Marcel Guimarães 80


[Exemplo – MPV 1083/21]

Prof. Marcel Guimarães 81


[Exemplo – MPV 1083/21]
EM nº 00380/2021 ME

2. A medida tem por objetivo viabilizar, no âmbito da Fundação Oswaldo Cruz, a produção e fornecimento
de 120 milhões de doses de vacina, e no Fundo Nacional de Saúde, a aquisição de doses de vacinas junto
a fornecedores privados e outras despesas necessárias para o esforço de imunização contra a COVID-19.

5. O enfrentamento desse quadro constituiu desafio inédito ao Sistema Único de Saúde (SUS), requerendo
enorme mobilização de profissionais, equipamentos e recursos financeiros. Ao longo de 2020 e 2021 foram
editados créditos extraordinários com suplementação da ordem de R$ 89,6 bilhões, destinados a cobrir
despesas excepcionais do Ministério da Saúde com o combate à doença. Desse total, R$ 30,0 bilhões foram
direcionados ao desenvolvimento ou à aquisição de vacinas contra a COVID-19 ou a outras despesas
necessárias ao esforço de imunização.

2º As operações de crédito realizadas para custear o aumento de limite referido no § 1º deste artigo ficam
ressalvadas do estabelecido no inciso III do caput do art. 167 da Constituição Federal.

§ 3º As despesas de que trata o § 1º deste artigo deverão ser atendidas por meio de créditos
extraordinários e ter como fonte de recurso o produto de operações de crédito.

Prof. Marcel Guimarães 82


Exercícios

Prof. Marcel Guimarães 83


[FGV - 2022 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto]

A Lei federal nº XX foi impugnada em sede de ação direta de inconstitucionalidade (ADI), que se encontrava em
tramitação no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Durante essa tramitação, foi editada a Medida Provisória nº YY, que
dispôs, em seu último artigo, que estava revogada a Lei federal nº XX.
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que:

A com a revogação da Lei federal nº XX, a ADI perdeu o objeto;


B a ADI deve ser suspensa até que a Medida Provisória nº YY seja apreciada pelo Poder Legislativo;
C deve ocorrer o aditamento da petição inicial da ADI, para nela incluir a Medida Provisória nº YY;
D a Medida Provisória nº YY apenas suspendeu a eficácia da Lei federal nº XX, não afetando o trâmite da ADI;
E diplomas normativos independentes, surgidos de processos legislativos diversos, não influem em ADIs.

LETRA D

Porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua publicação, a medida provisória não pode ser "retirada"
pelo presidente da República à apreciação do Congresso Nacional. (...) Como qualquer outro ato legislativo, a medida
provisória é passível de ab-rogação mediante diploma de igual ou superior hierarquia. (...) A revogação da medida
provisória por outra apenas suspende a eficácia da norma ab-rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste
para apreciação, caso caduque ou seja rejeitada a medida provisória ab-rogante. Consequentemente, o ato revocatório
não subtrai ao Congresso Nacional o exame da matéria contida na medida provisória revogada.
[ADI 2.984 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-9-2003, P, DJ de 14-5-2004.]
Prof. Marcel Guimarães 84
[FGV - 2021 - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo - Tecnologia da Informação]

O Presidente da República editou a Medida Provisória nº XX/2021 e a encaminhou para a apreciação do


Congresso Nacional.
À luz da sistemática constitucional, o referido ato normativo, preenchidos os demais requisitos exigidos:

A se tornará definitivo, sendo convertido em lei, caso não seja apreciado em sessenta dias;
B perderá a eficácia se não for apreciado em trinta dias, prorrogáveis por igual período;
C perderá a eficácia se não for convertido em lei em sessenta dias, prorrogáveis por igual período;
D somente não será convertido em lei pelo voto contrário da maioria absoluta do Congresso Nacional;
E começará a produzir efeitos no momento em que for iniciada a sua apreciação pelo Congresso Nacional.

LETRA C

Art. 62. § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se
não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual
período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas
decorrentes.

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os


períodos de recesso do Congresso Nacional.
Prof. Marcel Guimarães 85
[FGV/SENADO FEDERAL 2012 - AN. LEGISLATIVO – PROCESSO LEGISLATIVO]

45 A Emenda Constitucional 32/2011 introduziu significativas mudanças na disciplina das medidas provisórias. A propósito da
regência atual, é correto afirmar que

(A) Se a medida provisória não for apreciada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, cada qual sucessivamente, em
até 45 dias, ficarão sobrestadas todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa.
(B) Medidas provisórias podem dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre União, os Estados, e
Distrito Federal e os Municípios.
(C) As medidas provisórias perderão a eficácia desde a edição se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias,
prorrogável uma vez por igual período, contando-se o prazo inclusive nos períodos de recesso do Congresso Nacional.
(D) Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta se manterá integralmente em
vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
(E) É possível a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha perdido sua eficácia por decurso de
prazo, mas não de medida provisória que tenha sido rejeitada.

LETRA D

§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de
urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a
votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente
em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
Prof. Marcel Guimarães 86
[FGV/SENADO FEDERAL 2012 - AN. LEGISLATIVO – PROCESSO LEGISLATIVO]

69 A medida provisória tem, por disposição constitucional, força de lei. A Resolução 01/2002-CN dispõe sobre a
Comissão Mista responsável por emitir parecer sobre medida provisória, sendo correto afirmar que

(A) O parecer da Comissão Mista será, no mérito, pela aprovação total, aprovação parcial ou alteração da medida
provisória, bem como pela aprovação ou rejeição de emenda a ela apresentada.
(B) Se a medida provisória não for convertida em lei no prazo de sessenta dias a contar de sua publicação, prorrogável
por mais sessenta dias, perde a eficácia a partir do término desse prazo final.
(C) A Comissão Mista se limita a examinar se foram observados os pressupostos de relevância e urgência na edição da
medida provisória.
(D) A qualquer tempo pode ser oferecida emenda à medida provisória, prazo no qual o autor de eventual projeto em
tramitação pode solicitar que ela tramite sob a forma de emenda em conjunto com a medida provisória.
(E) Medida provisória não pode cuidar de matéria reservada a lei complementar, podendo, todavia, tratar sobre
normas orçamentárias.

LETRA E

Art. 5º (...)
§ 4º Quanto ao mérito, a Comissão poderá emitir parecer pela aprovação total ou parcial ou alteração da Medida
Provisória ou pela sua rejeição; e, ainda, pela aprovação ou rejeição de emenda a ela apresentada, devendo concluir,
quando resolver por qualquer alteração de seu texto:
Prof. Marcel Guimarães 87
[CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-RR - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais]

O princípio das fontes formais primárias ou principais do direito tributário deve ser observado quando o auditor
for chamado pelo chefe do Poder Executivo estadual para ajudar na elaboração de dispositivo legal em matéria
tributária. Em relação a esse assunto, é correto afirmar que é permitida a edição de medida provisória pelo
governador,

A desde que exista a respectiva previsão na constituição estadual.


B desde que exista a respectiva previsão na CF.
C desde que exista a respectiva previsão tanto na constituição estadual quanto na CF.
D independentemente de existir a respectiva previsão na constituição estadual ou na CF.
E desde que haja autorização formal do presidente da República.

LETRA A

Adoção de medida provisória por Estado-membro. Possibilidade. Arts. 62 e 84, XXVI, da CF. EC 32, de 11-9-
2001, que alterou substancialmente a redação do art. 62. (...) Inexistência de vedação expressa quanto às
medidas provisórias. Necessidade de previsão no texto da Carta estadual e da estrita observância dos princípios
e limitações impostas pelo modelo federal.
[ADI 2.391, rel. min. Ellen Gracie, j. 16-8-2006, P, DJ de 16-3-2007.]
= ADI 425, rel. min. Maurício Corrêa, j. 4-9-2002, P, DJ de 19-12-2003
Prof. Marcel Guimarães 88
[CESPE / CEBRASPE - 2021 - PGE-MS - Procurador do Estado]

Se o Congresso Nacional aprovar medida provisória (MP) cujo texto original, durante o curso do processo legislativo,
tenha sofrido significativa alteração, os preceitos normativos inseridos nessa MP mediante referida alteração

A serão válidos, ainda que possuam conteúdo temático estranho ao objeto originário da MP, por inexistir vedação
constitucional quanto a essa prática.
B serão nulos, possuindo ou não conteúdo temático estranho ao objeto originário da MP, por vício material de
constitucionalidade.
C serão nulos, caso possuam conteúdo temático estranho ao objeto originário da MP, por vício formal de
constitucionalidade.
D serão nulos, possuindo ou não conteúdo temático estranho ao objeto originário da MP, por vício formal de
constitucionalidade.
E serão nulos, caso possuam conteúdo temático estranho ao objeto originário da MP, por vício material de
constitucionalidade.

LETRA C

As emendas parlamentares apresentadas durante a análise de medidas provisórias devem guardar pertinência
temática com a matéria originalmente versada. O objetivo da análise da pertinência temática é evitar que matérias
dissociadas do tema tratado na medida provisória, com tramitação diferenciada, sejam aprovadas sem o debate
democrático pertinente, sob pena de inconstitucionalidade formal.
Prof. Marcel Guimarães 89
[CESPE / CEBRASPE - 2019 - MPC-PA - Analista Ministerial – Direito]

Com relação à medida provisória, assinale a opção correta.

A A edição de medida provisória por governador de estado é estritamente vedada.


B O prazo máximo para que medida provisória seja convertida em lei é de 180 dias após a sua publicação.
C Não sendo editado decreto legislativo para regulamentar as relações jurídicas após a perda de eficácia de
medida provisória, os atos praticados durante sua vigência permanecerão por ela regidos.
D Em caso de edição de medida provisória os parlamentares serão convocados extraordinariamente para
deliberar sobre a medida provisória caso estejam em recesso.
E Compete à Comissão de Constituição e Justiça da casa legislativa apreciar os aspectos constitucionais de
medidas provisórias.

LETRA C

Art. 62. (...)

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de
eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante
sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
Prof. Marcel Guimarães 90
[CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário Federal]

O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal”.

Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele
decorrentes, julgue o item que se segue.

O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida provisória
para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente
após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional.

ERRADO

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I– relativa a:

b) direito penal, processual penal e processual civil;


Prof. Marcel Guimarães 91
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7]

A Constituição Federal de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que

A verse sobre a seguridade social.


B trate das diretrizes e bases da educação nacional.
C regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado.
D implique a instituição ou majoração de impostos.
E regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.

LETRA C

Art. 25. (...)

§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

Prof. Marcel Guimarães 92


[CESPE - 2018 - EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio ]

No que se refere à organização dos poderes, julgue o item que segue.

Medida provisória que perca sua eficácia por decurso de prazo somente poderá ser reeditada na
mesma sessão legislativa, em caso de interesse público relevante.

ERRADO

CF/88, Art. 62 (...)

§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Prof. Marcel Guimarães 93


[CESPE / CEBRASPE - 2017 - SJDH- PE - Agente de Segurança Penitenciária]

É permitida a edição de medida provisória que verse sobre

A retenção de bens de poupança ou de ativo financeiro.


B organização do Poder Judiciário e do Ministério Público.
C direitos políticos e partidos políticos.
D instituição e majoração de impostos.
E nacionalidade, cidadania e direito eleitoral.

LETRA D

Art. 62

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos


nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Prof. Marcel Guimarães 94


[CESPE - 2017 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa]

É permitida, observados os pressupostos constitucionais, a edição de medidas provisórias sobre


matéria

A relativa à organização do Poder Judiciário.


B relativa à nacionalidade e à cidadania.
C que vise ao sequestro de bens.
D objeto de projeto de lei pendente de aprovação pelo Congresso Nacional.
E relativa a partidos políticos e direito eleitoral.

LETRA D

Art. 62 (...)

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou


veto do Presidente da República.
Prof. Marcel Guimarães 95
[CESPE - 2016 - PC-GO - Agente de Polícia Substituto]

Acerca do processo legislativo pertinente a medidas provisórias, assinale a opção correta.

A O decreto legislativo editado para regular as relações nascidas a partir do período de vigência de medida provisória posteriormente
rejeitada cria hipótese de ultratividade da norma, capaz de manter válidos os efeitos produzidos e, bem assim, alcançar situações
idênticas futuras.
B Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser retirada pelo presidente da República da apreciação do
Congresso Nacional, nada obsta que seja editada uma segunda medida provisória que ab-rogue a primeira para o fim de suspender-
lhe a eficácia.
C Por força do princípio da separação de poderes, é vedado ao Poder Judiciário examinar o preenchimento dos requisitos de urgência
e de relevância por determinada medida provisória.
D Em situações excepcionais elencadas no texto constitucional, a medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional somente
poderá ser reeditada na mesma sessão legislativa de sua edição.
E A proibição de edição de medida provisória sobre matéria penal e processual penal alcança as emendas oferecidas ao seu
correspondente projeto de lei de conversão, as quais ficam igualmente impedidas de veicular aquela matéria.

LETRA B

Porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua publicação, a medida provisória não pode ser "retirada" pelo presidente
da República à apreciação do Congresso Nacional. (...) Como qualquer outro ato legislativo, a medida provisória é passível de ab-
rogação mediante diploma de igual ou superior hierarquia. (...) A revogação da medida provisória por outra apenas suspende a
eficácia da norma ab-rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para apreciação, caso caduque ou seja rejeitada
a medida provisória ab-rogante. Consequentemente, o ato revocatório não subtrai ao Congresso Nacional o exame da matéria contida
na medida provisória revogada. [ADI 2.984 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-9-2003, P, DJ de 14-5-2004.]
Prof. Marcel Guimarães 96
[CESPE - 2015 - Telebras – Advogado]

Julgue o item seguinte, referente ao habeas data, aos mecanismos de freios e contrapesos, ao
processo legislativo, bem como à ação direta de inconstitucionalidade.

Segundo entendimento do STF, os requisitos constitucionais legitimadores da edição de medidas


provisórias, quanto aos conceitos jurídicos indeterminados de relevância e urgência, apenas em
caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força do princípio da separação
de poderes.

CERTO

Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos constitucionais legitimadores da


edição de medidas provisórias, vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de "relevância" e
"urgência" (art. 62 da CF), apenas em caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder
Judiciário, por força da regra da separação de poderes (art. 2º da CF).
[ADC 11 MC, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 28-3-2007, P, DJ de 29-6-2007.]
= ADI 4.029, rel. min. Luiz Fux, j. 8-3-2012, P, DJE de 27-6-2012
Prof. Marcel Guimarães 97
[CESPE - 2015 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais]

Julgue o próximo item , relativo ao regime das leis e atos normativos previstos na CF.

Os estados não são obrigados a prever medida provisória no seu processo legislativo. Entretanto,
caso optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo legislativo estadual, eles
devem observar os princípios e limites estabelecidos a esse respeito na CF.

CERTO

Adoção de medida provisória por Estado-membro. Possibilidade. Arts. 62 e 84, XXVI, da CF. EC
32, de 11-9-2001, que alterou substancialmente a redação do art. 62. (...) Inexistência de vedação
expressa quanto às medidas provisórias. Necessidade de previsão no texto da Carta estadual e
da estrita observância dos princípios e limitações impostas pelo modelo federal.

[ADI 2.391, rel. min. Ellen Gracie, j. 16-8-2006, P, DJ de 16-3-2007.]


= ADI 425, rel. min. Maurício Corrêa, j. 4-9-2002, P, DJ de 19-12-2003

Prof. Marcel Guimarães 98


[CESPE - 2015 - TRE-GO – A. Jud. - Área Administrativa – Conhec. Específicos

Julgue o item a seguir, relativos à organização político-administrativa do Estado brasileiro, às


disposições gerais dos servidores públicos e ao processo legislativo.

Embora a CF permita ao ocupante da Presidência da República a adoção de medidas provisórias com


força de lei em casos de relevância e urgência, o texto constitucional proíbe a edição desse tipo de
instrumento com relação ao direito eleitoral.

CERTO

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I– relativa a:

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;


Prof. Marcel Guimarães 99
[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Acerca da apreciação de MPs pelo Congresso Nacional, conforme disposto na Resolução n.º
1/2002-CN, julgue os itens subsequentes.

78 É vedada a apresentação de emendas que versem sobre matéria estranha àquela tratada na
MP, cabendo ao plenário da comissão mista que irá emitir parecer o seu indeferimento liminar.

ERRADO

Art. 4º (...)

§ 4º É vedada a apresentação de emendas que versem sobre matéria estranha àquela tratada na
Medida Provisória, cabendo ao Presidente da Comissão o seu indeferimento liminar.

Prof. Marcel Guimarães 100


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Acerca da apreciação de MPs pelo Congresso Nacional, conforme disposto na Resolução n.º 1/2002-CN,
julgue os itens subsequentes.

79 Nas quarenta e oito horas que se seguirem à publicação de MP, o presidente da Mesa do Congresso
Nacional designará uma comissão mista para sobre ela emitir parecer, salvo se se tratar de MP que abra
crédito extraordinário à lei orçamentária anual, caso em que ela será examinada e receberá parecer da
CMO.

CERTO

Art. 2º Nas 48 (quarenta e oito) horas que se seguirem à publicação, no Diário Oficial da União, de Medida
Provisória adotada pelo Presidente da República, a Presidência da Mesa do Congresso Nacional fará
publicar e distribuir avulsos da matéria e designará Comissão Mista para emitir parecer sobre ela.

§ 6º Quando se tratar de Medida Provisória que abra crédito extraordinário à lei orçamentária anual,
conforme os arts. 62 e 167, § 3º, da Constituição Federal, o exame e o parecer serão realizados pela
Comissão Mista prevista no art. 166, § 1º, da Constituição, observando-se os prazos e o rito estabelecidos
nesta Resolução.
Prof. Marcel Guimarães 101
[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Acerca da apreciação de MPs pelo Congresso Nacional, conforme disposto na Resolução n.º 1/2002-
CN, julgue os itens subsequentes.

80 A eleição para a presidência das comissões mistas constituídas para apreciar MPs observará o
critério de alternância entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, devendo o relator ser
designado pelo presidente, em cada caso, entre os membros da comissão pertencentes à Casa diversa
da sua.

CERTO

Art. 3º Uma vez designada, a Comissão terá o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para sua instalação,
quando serão eleitos o seu Presidente e o Vice-Presidente, bem como designados os Relatores para a
matéria.

§ 1º Observar-se-á o critério de alternância entre as Casas para a Presidência das Comissões Mistas
constituídas para apreciar Medidas Provisórias, devendo, em cada caso, o Relator ser designado pelo
Presidente dentre os membros da Comissão pertencentes à Casa diversa da sua.
Prof. Marcel Guimarães 102
[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Acerca da Resolução n.º 1/2002-CN, que dispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, das MPs
a que se refere o artigo 62 da CF, julgue os próximos itens.

81 Se a Câmara dos Deputados aprovar MP editada pelo presidente da República e encaminhá-la ao


Senado Federal, e, neste, houver modificação do texto, a MP terá de ser reconduzida à casa iniciadora,
onde a alteração, sob a forma de emenda, deverá ser apreciada em turno único, vedadas quaisquer
novas alterações.

CERTO

Art. 7º

§ 3º Havendo modificação no Senado Federal, ainda que decorrente de restabelecimento de matéria


ou emenda rejeitada na Câmara dos Deputados, ou de destaque supressivo, será esta encaminhada
para exame na Casa iniciadora, sob a forma de emenda, a ser apreciada em turno único, vedadas
quaisquer novas alterações.

Prof. Marcel Guimarães 103


[CESPE/CÂM. DEPUT. 2014 – AN. LEGISLATIVO – CONSULTOR DE ORÇAMENTO]

Acerca da Resolução n.º 1/2002-CN, que dispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, das MPs a
que se refere o artigo 62 da CF, julgue os próximos itens.

82 Caso o presidente da República edite duas MPs, uma que altere dispositivos do Regime Jurídico Único
dos Servidores Públicos Federais e outra que abra crédito extraordinário à lei orçamentária anual, caberá à
Presidência da Mesa do Congresso Nacional designar comissão mista para emitir parecer sobre ambas as
MPs.

ERRADO

Art. 2º Nas 48 (quarenta e oito) horas que se seguirem à publicação, no Diário Oficial da União, de Medida
Provisória adotada pelo Presidente da República, a Presidência da Mesa do Congresso Nacional fará
publicar e distribuir avulsos da matéria e designará Comissão Mista para emitir parecer sobre ela.

§ 6º Quando se tratar de Medida Provisória que abra crédito extraordinário à lei orçamentária anual,
conforme os arts. 62 e 167, § 3º, da Constituição Federal, o exame e o parecer serão realizados pela
Comissão Mista prevista no art. 166, § 1º, da Constituição, observando-se os prazos e o rito estabelecidos
nesta Resolução.
Prof. Marcel Guimarães 104
Resumo Direcionado

Prof. Marcel Guimarães 105


[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá


adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional.

Poder Função Típica Função Atípica


Legislar (edição de Medidas Provisórias) e Julgar
Executivo Administrar
(julgamento de recursos em processos administrativos)
Administrar (provimento de cargos, concessão de
Legislativo Legislar e Fiscalizar férias e licenças) e Julgar (Presidente da República nos
Crimes de Responsabilidade)
Legislar (edição do seu Regimento Interno) e
Judiciário Julgar
Administrar (concessão de férias e licenças)

Prof. Marcel Guimarães 106


[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar


medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.

Controle concentrado de constitucionalidade

A conversão de medida provisória em lei, com absorção de conteúdo, torna prejudicado o


debate sobre o atendimento dos pressupostos de sua admissibilidade.
[ADI 4.980, rel. min. Nunes Marques, j. 10-3-2022, P, DJE de 17-5-2022.]

Posicionamento anterior:

A conversão de medida provisória em lei não prejudica o debate jurisdicional sobre o


atendimento dos pressupostos de admissibilidade desse espécime de ato da ordem legislativa.
[ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto, j. 3-5-2012, P, DJE de 22-3-2013.]
Prof. Marcel Guimarães 107
[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Esta Suprema Corte somente admite o exame jurisdicional do mérito dos requisitos de
relevância e urgência na edição de medida provisória em casos excepcionalíssimos,
em que a ausência desses pressupostos seja evidente.
[ADI 2.527 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 16-8-2007, P, DJ de 23-11-2007.]

Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos constitucionais


legitimadores da edição de medidas provisórias, vertidos nos conceitos jurídicos
indeterminados de "relevância" e "urgência" (art. 62 da CF), apenas em caráter
excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação
de poderes (art. 2º da CF).
[ADC 11 MC, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 28-3-2007, P, DJ de 29-6-2007.]
= ADI 4.029, rel. min. Luiz Fux, j. 8-3-2012, P, DJE de 27-6-2012

Prof. Marcel Guimarães 108


[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Adoção de medida provisória por Estado-membro. Possibilidade. Arts. 62 e 84,


XXVI, da CF. EC 32, de 11-9-2001, que alterou substancialmente a redação do art.
62. (...) Inexistência de vedação expressa quanto às medidas provisórias.
Necessidade de previsão no texto da Carta estadual e da estrita observância
dos princípios e limitações impostas pelo modelo federal.

[ADI 2.391, rel. min. Ellen Gracie, j. 16-8-2006, P, DJ de 16-3-2007.]


= ADI 425, rel. min. Maurício Corrêa, j. 4-9-2002, P, DJ de 19-12-2003

Prof. Marcel Guimarães 109


[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua publicação, a medida
provisória não pode ser "retirada" pelo presidente da República à apreciação do
Congresso Nacional. (...) Como qualquer outro ato legislativo, a medida provisória é
passível de ab-rogação mediante diploma de igual ou superior hierarquia. (...) A
revogação da medida provisória por outra apenas suspende a eficácia da norma ab-
rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para apreciação, caso caduque
ou seja rejeitada a medida provisória ab-rogante. Consequentemente, o ato
revocatório não subtrai ao Congresso Nacional o exame da matéria contida na medida
provisória revogada.

[ADI 2.984 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-9-2003, P, DJ de 14-5-2004.]

Prof. Marcel Guimarães 110


[Medidas Provisórias]
Controle concentrado de constitucionalidade

Já se firmou a jurisprudência desta Corte (assim, nas ADI 1.204 MC, 1.370
MC e 1.636 MC) no sentido de que, quando medida provisória ainda pendente
de apreciação pelo Congresso Nacional é revogada por outra, fica suspensa a
eficácia da que foi objeto de revogação até que haja pronunciamento do Poder
Legislativo sobre a medida provisória revogadora, a qual, se convertida em lei,
tornará definitiva a revogação; se não o for, retomará os seus efeitos a medida
provisória revogada pelo período que ainda lhe restava para vigorar.
[ADI 1.665 MC, rel. min. Moreira Alves, j. 27-11-1997, P, DJ de 8-5-1998.]

Prof. Marcel Guimarães 111


[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. (...)

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

I– relativa a:

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito


eleitoral;

b) direito penal, processual penal e processual civil;

Prof. Marcel Guimarães 112


[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I– relativa a:

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a


garantia de seus membros;

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos


adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

Prof. Marcel Guimarães 113


[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou


qualquer outro ativo financeiro;

III – reservada a lei complementar;

IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e


pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

Prof. Marcel Guimarães 114


[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que


adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam


vedadas por esta Constituição.

§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os


serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.

Prof. Marcel Guimarães 115


[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos,


exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia
daquele em que foi editada.

Impostos dos art. 153, I, II, IV, V, e 154, II: Imp. de Importação, Exportação, IPI, IOF e I Ext Guerra

Controle concentrado de constitucionalidade

(...) já se acha assentado no STF o entendimento de ser legítima a disciplina de matéria de


natureza tributária por meio de medida provisória, instrumento a que a Constituição confere
força de lei (cf. ADI 1.417 MC).
[ADI 1.667 MC, rel. min. Ilmar Galvão, j. 25-9-1997, P, DJ de 21-11-1997.]
Prof. Marcel Guimarães 116
[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62.

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão


eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de
sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período,
devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
relações jurídicas delas decorrentes.

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida


provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso
Nacional.

Prof. Marcel Guimarães 117


[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais.

§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados
de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma
das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação,
todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

Prof. Marcel Guimarães 118


[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. (...)

§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos


Deputados.

§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as


medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem
apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do
Congresso Nacional.

Prof. Marcel Guimarães 119


[Medidas Provisórias]
CF/88

§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Prof. Marcel Guimarães 120


[Medidas Provisórias]
CF/88

Art. 62. (...)

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta


dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas.

§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da


medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.

Prof. Marcel Guimarães 121


[Créditos Extraordinários]

Lei 4.320/64

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas,


em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

CF/88

Art. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será


admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, COMO as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

Prof. Marcel Guimarães 122


[Créditos Extraordinários]
Lei 4.320/64

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder


Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Esfera Federal → MEDIDA PROVISÓRIA


CF/88

Art. 167, § 3º - A abertura de crédito extraordinário SOMENTE será


admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, COMO as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
OBSERVADO O DISPOSTO NO ART. 62.

Prof. Marcel Guimarães 123


[Tramitação dos PLs de Créd. Adicionais na CMO]
Resolução 01/2006 – CN

Art. 106. Os projetos somente serão apreciados pela CMO até o dia 20 de novembro de cada ano.

Art. 107. Os projetos sobre os quais a CMO não emitir parecer no prazo de que trata o art. 106 serão
apreciados pelo Plenário do Congresso Nacional.

Dos Créditos Extraordinários Abertos por Medida Provisória

Art. 110. A CMO, no exame e emissão de parecer à medida provisória que abra crédito extraordinário,
conforme arts. 62 e 167, § 3º, da Constituição, observará, no que couber, o rito estabelecido em
resolução específica do Congresso Nacional.

Parágrafo único. A inclusão de relatório de medida provisória na ordem do dia da CMO será automática e
sua apreciação terá precedência sobre as demais matérias em tramitação.

Art. 111. Somente serão admitidas emendas que tenham como finalidade modificar o texto da medida
provisória ou suprimir dotação, total ou parcialmente.
Prof. Marcel Guimarães 124
[Resolução 01/2002 - CN]
MPV em geral, exceto abertura de Crédito Extraordinário

Comissão Mista

12 Senadores + 12 Deputados
igual número de suplentes
indicados pelos respectivos Líderes

MPV → abertura de Crédito Extraordinário

CMO

exame e parecer

Prof. Marcel Guimarães 125


[Resolução 01/2002 - CN]
MPV em geral, exceto abertura de Crédito Extraordinário

Comissão Mista
12 Senadores + 12 Deputados
igual número de suplentes
indicados pelos respectivos Líderes

→ alternância entre as Casas para a Presidência;

→ o Relator → designado pelo Presidente → Casa diversa da sua;

→ Presidente e o Vice-Presidente → Casas diferentes;

→ Relator Revisor → Casa diversa da do Relator e integrante, preferencialmente, do mesmo Partido deste.

MPV Presidente VP Relator Rel. Revisor


713 Deputado Senador Senador (PSDB) Deputado (PT)
714 Senador Deputado Deputado (PT) Senador (PT)
Prof. Marcel Guimarães 126
[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 4º (...)

§ 1º Somente poderão ser oferecidas emendas às Medidas Provisórias perante a Comissão


Mista, na forma deste artigo.

§ 4º É vedada a apresentação de emendas que versem sobre matéria estranha àquela tratada
na Medida Provisória, cabendo ao Presidente da Comissão o seu indeferimento liminar.

§ 5º O autor da emenda não aceita poderá recorrer, com o apoio de 3 (três) membros da
Comissão, da decisão da Presidência para o Plenário desta, que decidirá, definitivamente, por
maioria simples, sem discussão ou encaminhamento de votação.

§ 6º Os trabalhos da Comissão Mista serão iniciados com a presença, no mínimo, de 1/3 (um
terço) dos membros de cada uma das Casas, aferida mediante assinatura no livro de
presenças, e as deliberações serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta
dos membros de cada uma das Casas.

Prof. Marcel Guimarães 127


[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 5º A Comissão terá o prazo improrrogável de 14 (quatorze) dias, contado da publicação da Medida
Provisória no Diário Oficial da União para emitir parecer único, manifestando-se sobre a matéria, em
itens separados, quanto aos aspectos constitucional, inclusive sobre os pressupostos de relevância e
urgência, de mérito, de adequação financeira e orçamentária e sobre o cumprimento da exigência
prevista no § 1º do art. 2º. (Declarado inconstitucional pelo STF no âmbito da Adin 4.029 – publicada
no DOU de 16/3/2012)

§ 1º O exame de compatibilidade e adequação orçamentária e financeira das Medidas Provisórias


abrange a análise da repercussão sobre a receita ou a despesa pública da União e da implicação quanto
ao atendimento das normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a conformidade com a
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes
orçamentárias e a lei orçamentária da União.

§ 2º Ainda que se manifeste pelo não atendimento dos requisitos constitucionais ou pela inadequação
financeira ou orçamentária, a Comissão deverá pronunciar-se sobre o mérito da Medida Provisória.

§ 3º Havendo emenda saneadora da inconstitucionalidade ou injuridicidade e da inadequação ou


incompatibilidade orçamentária ou financeira, a votação far-se-á primeiro sobre ela.
Prof. Marcel Guimarães 128
[Resolução 01/2002 - CN]
Art. 5º (...)

§ 4º Quanto ao mérito, a Comissão poderá emitir parecer pela aprovação total ou parcial ou
alteração da Medida Provisória ou pela sua rejeição; e, ainda, pela aprovação ou rejeição de
emenda a ela apresentada, devendo concluir, quando resolver por qualquer alteração de seu
texto:

I - pela apresentação de projeto de lei de conversão relativo à matéria; e


II - pela apresentação de projeto de decreto legislativo, disciplinando as relações
jurídicas decorrentes da vigência dos textos suprimidos ou alterados, o qual terá sua
tramitação iniciada pela Câmara dos Deputados.

§ 5º Aprovado o parecer, será este encaminhado à Câmara dos Deputados, acompanhado do


processo e, se for o caso, do projeto de lei de conversão e do projeto de decreto legislativo
mencionados no § 4º.

Prof. Marcel Guimarães 129


[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
1. Publicação da medida provisória no Diário Oficial da União. Art. 2º, § 1º, da Res. nº 1/2002
(Presidente da República)
Data da publicação
2. Envio do texto da medida provisória ao Congresso Nacional por
meio da mensagem.
1º dia (até às doze Indicação dos membros da comissão mista pelos líderes dos partidos Art. 2º, § 4º, da Res. nº 1/2002
horas) ou blocos parlamentares
1. Designação da comissão mista. Art. 2º, caput, da Res. nº
2º dia (48 horas) 2. Publicação e divulgação de avulsos. 1/2002
Art. 62, § 9º, da CF
1. Instalação da comissão mista. Art. 3º, caput, da Res. nº
24 horas a partir da
2. Eleição do Presidente e Vice-Presidente. 1/2002
designação da
3. Designação dos Relatores.
comissão

Prazo final para o órgão de consultoria e assessoramento Art. 19 da Res. nº 1/2002


5º dia orçamentário encaminhar nota técnica acerca da adequação
financeira e orçamentária da Medida Provisória.
Prazo final para apresentação de emendas. Art. 4º, caput, da Res. nº
6º dia Prazo final para o autor de projeto solicitar a tramitação, sob a forma 1/2002
de emenda, em conjunto com a Medida Provisória. Art. 4º, § 2º, da Res. nº 1/2002

Prof. Marcel Guimarães 130


[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
1. Prazo final para emissão do parecer único pela comissão mista. Art. 5º, caput, da Res. nº
1/2002
14º dia *ADIN 4029/STF declarou inconstitucional o Art 5º, caput da Res. nº
1/2002, consequentemente, o 14º dia da tramitação da medida
provisória não é o prazo final para a comissão mista emitir parecer.
1. Início dos trabalhos na Câmara dos Deputados. Art. 6º, caput e § 1º, da Res. nº
2. Publicação do parecer da comissão mista, em avulsos e no Diário 1/2002.
da Câmara dos Deputados.
15º dia Art. 62, § 8º, da CF.
*ADIN 4029/STF declarou inconstitucional o Art 6 º, §1º da Res. nº
1/2002, consequentemente, a exigência do início da tramitação da
medida provisória na Câmara dos Deputados no 15º dia.
Prazo para encerramento dos trabalhos na Câmara dos Deputados. Art. 6º, caput, da Res. nº
28º dia
1/2002.
Data permitida para início da discussão da Medida Provisória no Art. 7º, § 2º, da Res. nº
29º dia Senado Federal. 1/2002.

Prof. Marcel Guimarães 131


[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
Prazo final para apreciação da medida provisória pelo Senado Federal. Art. 7º, caput, da Res.
42º dia
nº 1/2002.
3 dias após o Prazo para apreciação, pela Câmara dos Deputados, das modificações Art. 7º, § 4º, da Res. nº
recebimento pela efetuadas pelo Senado no texto aprovado pela Câmara. 1/2002.
Câmara
Início do regime de urgência e do sobrestamento das deliberações Art. 9º da Res. nº
legislativas na Casa em que se estiver tramitando a medida provisória. 1/2002.

*Baseado na ADIN 4029/STF, o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Art. 62, § 6º, da CF.
46º dia
Maia, proferiu decisão que apenas sobrestarão a pauta da Casa aquelas
medidas provisórias encaminhadas pela comissão mista, momento em que a
medida provisória inicia efetivamente sua tramitação na Câmara dos
Deputados e que já tenham mais de 45 dias de sua tramitação
1. Início da prorrogação automática, por 60 dias, da vigência da medida Art. 10, caput e §
provisória cuja votação ainda não foi concluída pelo Congresso Nacional. 1º,da Res. nº 1/2002.
60º dia 2. Edição de Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional, a ser
publicado no Diário Oficial da União, comunicando a prorrogação. Art. 62, §§ 3º e 7º, da
CF.

Prof. Marcel Guimarães 132


[Quadro de Prazos de Tramitação de MPVs]
Data/ Prazo Etapa/Atos Referência
Fim do período prorrogado de vigência da medida provisória. Art. 10, caput, da Res. nº
1/2002.
120º dia
Art. 62, § 7º, da CF.
15 dias contados da 1. Prazo para a comissão mista apresentar projeto de decreto Art. 11, § 1º,da Res. nº 1/2002.
perda da eficácia, da legislativo, regulando as relações jurídicas decorrentes da
rejeição ou medida provisória não apreciada, rejeitada ou modificada.
modificação da 2. Decorrido tal prazo, qualquer Deputado ou Senador poderá
medida provisória. oferecer projeto de decreto legislativo.

60 dias após a rejeição 1. Fim do prazo para edição de decreto legislativo. Art. 11, §§ 2º e 3º,da Res. nº
ou perda de eficácia da 2. Extinção da comissão mista (que poderá se extinguir antes, se for 1/2002.
medida provisória editado o decreto legislativo).

Suspensão dos prazos Art. 18 da Res. nº 1/2002.


durante o recesso do
Congresso Nacional. Art. 62, § 4º, da CF.

Prof. Marcel Guimarães 133


[MPV]

ANÁLISE PELA COMISSÃO MISTA

• Inicialmente, a medida provisória é analisada por uma


comissão mista (de deputados e senadores), onde são
apresentadas as sugestões de mudança (emendas). A
comissão mista aprova um parecer, que será submetido
aos plenários da Câmara e depois do Senado.
PUBLICAÇÃO: quem pode propor
• Se o Senado alterar o texto da Câmara, a MP volta para
O presidente da República pode publicar a Câmara, que analisa as mudanças e pode ou não
medidas provisórias em caso de relevância recuperar seu texto, antes de enviar para a sanção
e urgência. Elas têm força de lei desde a presidencial.
edição. As MPs valem por até 120 dias. Se
não forem aprovadas pela Câmara e pelo • Depois do 45º dia, a MP tranca a pauta do Plenário da
Senado nesse período, ou se forem Câmara, se já tiver sido aprovada na comissão mista.
rejeitadas, perdem a validade. Caso todo o prazo de 45 dias transcorra antes de chegar
ao Senado, ela já chega àquela Casa trancando a pauta.
Prof. Marcel Guimarães 134
[MPV]

Câmara dos
Deputados

VOTAÇÃO NO PLENÁRIO DA CÂMARA

A votação no Plenário é semelhante à do projeto de lei ordinária. O quórum para votação é de maioria
absoluta, ou seja, 257 deputados presentes. Para aprová-la, é necessária a maioria dos votos, em turno único.
Prof. Marcel Guimarães 135
[MPV]
Câmara dos Deputados

Quando o texto da MP é alterado,


Se a MP for aprovada sem alterações, ela passa a se chamar projeto de lei
é promulgada pelo Congresso. de conversão (PLV) e precisa ser
enviado ao presidente da
República para sanção ou veto.

Presidência da República
Prof. Marcel Guimarães 136
[MPV]
Senado ou Câmara dos Deputados

As regras do veto são as mesmas dos projetos de lei, ou seja, o


presidente da República tem o prazo de 15 dias úteis para sancionar ou
vetar o projeto, no todo ou em partes.
Prof. Marcel Guimarães 137
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

CM (MPV Geral) ou CMO (Créd. Extraordinário)


exame e parecer
Parecer único que contemplará 4 aspectos:

• constitucionais (pressupostos de relevância e urgência)


• mérito;
• adequação financeira e orçamentária ;e
Prof. Marcel Guimarães • envio da MP ao CN (texto acompanhado da Mensagem e exposição de motivos)
138
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

CM ou CMO
Apresentação de Emendas:

• só é possível nesta etapa, perante a CM (art. 4º, §1º)


• no prazo de 6 dias da publicação da MP (art. 4º)

Prof. Marcel Guimarães 139


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

CM ou CMO Plenário da CD

O parecer da CM ou da CMO pode concluir, no mérito:

• aprovação total da MPV como foi editada pelo Poder Executivo;


• apresentação de Projeto de Lei de Conversão (PLV), quando o
texto original da MPV é alterado; ou
• rejeição da matéria, com o parecer sendo obrigatoriamente
encaminhado à apreciação do plenário da Câmara dos Deputados
Prof. Marcel Guimarães 140
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

• publica o parecer da Comissão e


examina a matéria

• aprecia a MPV e a encaminha ao SF,


se aprovada
(Prazo: 28 dias da publicação)

Prof. Marcel Guimarães 141


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

Conclusões da deliberação da matéria incluem:

• rejeição vigência e tramitação encerradas


→ proposição é arquivada

• aprovação na íntegra (nos termos da MPV


editada), ou
Plenário do SF
• aprovação de projeto de lei de conversão –
PLV (com alteração do texto originalmente
publicado).
Prof. Marcel Guimarães 142
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

• aprecia a MPV
(Prazo: 42 dias da publicação)

Prof. Marcel Guimarães 143


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

MPV MPV é enviada à promulgação


(pelo Presidente do CN) e
Resultado da votação:
se torna lei;
vigência e tramitação encerradas
• rejeição
→ proposição é arquivada
• aprovação na íntegra (nos termos da edição original)
a matéria retorna à CD,
• aprovação de PLV que delibera, exclusivamente,
sobre o PLV oferecido pelo SF
Prof. Marcel Guimarães 144
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados
o texto é remetido à sanção do
Presidente da República

PLV
Resultado da votação
vigência e tramitação encerradas
• rejeição
→ proposição é arquivada
• aprovação do PLV recebido da CD sem alterações de mérito CD deliberará exclusivamente sobre:

• aprovação do PLV recebido da CD com emendas de mérito • emendas


• aprovação da MPV (preferência sobre o PLV) • MPV
• aprovação de novo PLV • PLV oferecido pelo SF
Prof. Marcel Guimarães 145
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados
o texto do PLV é remetido à
sanção do
Presidente da República

MPV é enviada à promulgação Retorno à CD


(pelo Presidente do CN) e
se torna lei Alterações promovidas pelo SF
(emenda no PLV, MPV ou novo PLV):

• aprovação do PLV

• aprovação da MPV original


vigência e tramitação encerradas
→ proposição é arquivada • Rejeição
Prof. Marcel Guimarães 146
[Processo Legislativo Orçamentário]

Congresso Nacional

Fase constitutiva
Presidente da MPV
República

MPV

Projeto de Lei de Conversão


Enviado à sanção
do Presidente da República
pela Casa onde houver sido concluída a votação

Prof. Marcel Guimarães 147


[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

Presidência do CN
• promulgar e publicar como lei ordinária no caso de aprovação da MPV
sem alteração de mérito (art. 12) OU
• caso expirado o prazo total de vigência da MPV, comunicar ao
Presidente da República e publicar ato declaratório de encerramento do
prazo de vigência da MPV (parágrafo único do art. 14)
Prof. Marcel Guimarães 148
[MPV]
Congresso Nacional
Senado Federal
Câmara dos Deputados

Decreto Legislativo
Se houver a aprovação de PLV, rejeição ou perda de eficácia da MPV, o Congresso Nacional detém a
prerrogativa de disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes de sua edição.

Não se materializando a edição do referido decreto legislativo no prazo de 60 dias, as relações jurídicas
constituídas durante o período de vigência conservam-se regidas pela MPV.

Cabe destacar, ainda, que aprovado um PLV, a MPV mantém-se integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.
Prof. Marcel Guimarães 149
Obrigado
Marcel Guimarães
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