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ACRE

Acre

Acre é uma das 27 unidades federativas do Brasil.Localiza-se no sudoeste da Região Norte, fazendo
divisa com duas unidades federativas: Amazonasao norte e Rondônia a leste; e faz fronteira com dois
países: a Bolívia a sudeste e o Peru ao sul e a oeste.Sua área é de 164 123,040 km², que equivale
aproximadamente ao Nepal. Essa área responde inferiormente a 2% de todo o país.De acordo com
os geógrafos, se trata de um dos estados com menor densidade demográfica do Brasil e foi o mais
recente que os brasileiros povoaram de maneira efetiva. Nele localiza-se a extremidade ocidental do
Brasil.A cidade onde estão sediados os poderes executivo, legislativo e judiciário estaduais é a capi-
tal Rio Branco.Outros municípios com população superior a trinta mil habitantes são: Cruzeiro do
Sul, Feijó, Sena Madureira e Tarauacá.

Somente em 1877 teve início no Acre — que naquela época pertencia à Bolívia — a chegada da
quase totalidade dos migrantes que, oriundos do Nordeste do Brasil, mais precisamente do Ceará,
colonizaram a região para buscar a borracha que se encontrava na Floresta Amazônica. Nas últimas
décadas do século XIX, moravam cinquenta mil brasileiros na região. Os seringueiros, lutaram com as
tropas para realizar a ocupação da região e, em 1903, ao lado do último líder da Revolução Acriana,
o gaúcho Plácido de Castro, foram os autores da proclamação do Estado Independente do Acre.En-
tão, a região foi ocupada militarmente pelo governo brasileiro e depois o Brasil estabeleceu diálogo
diplomático com a Bolívia.Em consequência, o Brasil assumiria o controle do Acre.

O governo brasileiro decidiu criar o Território Federal do Acre em 1904.Por força da lei federal n.º 4
070, o presidente do Brasil João Goulart elevou o Território Federal do Acre à categoria de Estado em
1962.Foi promovido pela borracha produzida que o estado tinha sido ocupado e se desenvolveu. A
produção de borracha declinou desde 1913. Porém, ainda em tempos atuais, o Acre é um dos esta-
dos brasileiros que mais produzem e exportam borracha (hévea-latex coagulado).

A altitude média de 200 metros, sendo uma forma de relevo com definição de planalto é o relevo do-
minante da maioria do território acriano. Juruá, Tarauacá, Muru, Embirá e Xapuri são os rios de maior
importância do estado.As principais atividades econômicas do estado são o trabalho de extrair borra-
cha e castanha, a pecuária e a agricultura.Com duas horas anteriores ao fuso horário de Brasí-
lia (DF), nele está localizada a última localidade brasileira a ter visão do sol nascente, na serra da
Moa, na fronteira com a República do Peru. A intensidade do extrativismo vegetal, que tem atingido o
ponto mais alto no século XX, constituiu-se em atração para os brasileiros que, vindos de uma varie-
dade de regiões, chegaram ao estado. Misturando tradições vindas da Região Sul do Brasil, de São
Paulo, da Região Nordeste do Brasil e dos grupos étnicos indígenas, deu-se o surgimento de uma cu-
linária com muitas diversidades, que põe junto a carne-de-sol com o pirarucu, peixe característico da
região, pratos que acompanham-se com tucupi, molho cujo ingrediente é a mandioca. O trans-
porte fluvial, que se concentra nos rios Juruá e Moa, no oeste do estado, e Tarauacá e Envira, no no-
roeste, é um dos mais importantes meios de transporte, junto à BR-364, ligando de Rio Branco até
Cruzeiro do Sul e que o governo brasileiro recentemente asfaltou e construiu as pontes onde antiga-
mente era preciso atravessar por meio de balsas.

Etimologia

Mapa da Bacia Amazônica com o Rio Acre em destaque.

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O topônimo Acre, que foi passado do rio para o território federal, em 1904, e para a unidade federa-
tiva, em 1962, é derivado, talvez, da palavra tupi a'kir ü que significa "rio verde" ou de a'kir, do
verbo ker que significa "dormir, sossegar". Mas é quase certeza de que essas raízes etimológicas são
as que deformam a palavra Aquiri, que é a corruptela do vocábulo do dialeto Ipurinã Umákürü, Uakiry,
feita pelos exploradores que chegaram à região. Também existe a opinião da raiz etimológica
de Aquiri a partir das palavras Yasi'ri, Ysi'ri, que significam "água corrente, veloz".

Na viagem feita por João Gabriel de Carvalho ao rio Purus, em 1878, foi escrita uma carta pelo colo-
nizador que teve como destinatário o comerciante paraense visconde de Santo Elias. Na carta que o
colonizador nordestino escreveu, registra-se o pedido de mercadorias que chegaram à "boca do rio
Aquiri”. Devido à incapacidade de entendimento pela letra de João Gabriel na observação do proprie-
tário e das pessoas que trabalhavam no estabelecimento comercial sediado em Belém, ou por causa
da grafia errônea desse colonizador que escreveu às pressas como Acri ou Aqri, no lugar de Aquiri, o
destino de chegada das mercadorias e das faturas foi o Rio Acre.

O Acre possui alguns apelidos: Extremo do Brasil, Estado das Seringueiras, Estado do Látex e Ex-
tremo Oeste.

Os habitantes naturais do Acre são denominados acreanos pela lei estadual,embora o acordo orto-
gráfico defina a grafia como acrianos. Até a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, a grafia
correta era acreano no singular e no plural acreanos.Em 2009, com o novo acordo ortográfico, a mu-
dança do gentílico gerou polêmica entre a Academia Acriana de Letras e a Academia Brasileira de
Letras, alegando que a mudança significaria a negação das raízes históricas e culturais do estado,
mudando a última letra do topônimo de "E" para "I".A mudança gerou discussões sobre o assunto, e é
notório que a imensa maioria da população do estado não gostou e não adotou o "novo" gentílico,
continuaram a se autodenominarem acreanos,e então foi oficializado localmente a grafia com "E" pelo
governo do estado do Acre como patrimônio histórico e cultural.

História

Geoglifos em terras desmatadas na floresta amazônica do Acre, no Brasil

Na região do atual estado do Acre, foram encontrados inúmeros Geoglifos (estruturas feitas no solo)
com idade variável em até 2 100 anos. Pela complexidade, remetem às civilizações pré-colombianas,
demonstrando de elevado grau de conhecimento em várias áreas e domínio de avançadas técnicas
de movimentação de terra e água. As últimas escavações fizeram uma descoberta importante em Xa-
puri: um buraco de esteio em boas condições foi localizado em um geoglifo de formato redondo, refor-
çando a tese de que os índios daquela época poderiam ter usado fortificações paliçadas para habita-
ção e segurança.

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Povoamento inicial

As secas nordestinas e o apelo econômico da borracha — produto que, no fim do século XIX, come-
çava sua trajetória de preços altos nos mercados internacionais — inscrevem-se entre as causas pre-
dominantes na movimentação de massas humanas em busca do Eldorado acriano.As penetra-
ções portuguesas do período colonial já haviam atingido seus pontos máximos no Brasil durante o sé-
culo XVIII. Consequência inevitável foi a dilatação do horizonte geográfico na direção oeste, atingindo
terras de posse espanhola, fato que se tornou matéria dos tratados de Madri (1750) e de Santo Ilde-
fonso (1777). Ambos os tratados, partindo das explorações feitas por Manuel Félix de Leme nas ba-
cias do Guaporé e do Madeira, estabeleceram como linha divisória das possessões respectivas, na
área em questão, os leitos do Mamoré e do Guaporé até seu limite máximo ocidental, na margem es-
querda do Javari.

O povoamento da zona, estimulado pela criação da nova capitania real de Mato Grosso (1751), deu-
se na direção da fronteira, surgindo alguns centros importantes: Vila Bela(1752), às margens do Gua-
poré, Vila Maria (1778), no rio Paraguai, e Casalvasco (1783). Até meados do século XIX não se pen-
sou em povoamento sistemático da área. Nessa época, o grande manancial virgem de borracha que
aí se encontra atraíra o interesse mundial, provocando sua colonização de modo inteiramente espon-
tâneo.

A política econômica do império, orientada para a atividade agrário-exportadora com base no café,
não comportava o aproveitamento e a incorporação dos territórios do extremo ocidental. Desse des-
caso, resultou que, no Atlas do Império do Brasil (1868), de Cândido Mendes de Almeida, modelar em
seu tempo, não figurassem o Rio Acre e seus principais tributários, completamente desconhecidos
dos geógrafos.

Apesar de tal política, alguns sertanistas brasileiros exploravam aquela região agreste e despovoada,
desconhecendo se pertenciam ao Brasil, ao Peru ou à Bolívia. Assim, ainda em meados do século
XIX, no impulso que a procura da borracha ocasionou, solicitada que era no mercado internacional,
várias expedições esquadrinharam a área, buscando facilitar a instalação dos colonos. Nessa época,
João Rodrigues Cametá iniciou a conquista do rio Purus; Manuel Urbano da Encarnação, ín-
dio mura grande conhecedor da região, atingiu o Rio Acre, subindo-o até as proximidades do Xa-
puri; e João da Cunha Correia alcançou a bacia do alto Tarauacá.Todo esse desbravamento se deu,
na maior parte, em terras bolivianas.

As atividades exploradoras, a importância industrial das reservas de borracha e a penetração de colo-


nos brasileiros na região suscitaram o interesse da Bolívia, que solicitou melhor fixação de limi-
tes. Após várias negociações fracassadas, em 1867 assinou-se o Tratado de Ayacucho, que reconhe-
cia o uti possidetis colonial. A divisória foi estabelecida pelo paralelo da confluência dos rios Beni-Ma-
moré, em direção ao leste, até a nascente do Javari, embora ainda não fossem conhecidas as cabe-
ceiras desse rio.

A questão do Acre

Mapa do final do século XIX, em que o Acre aparece como parte da Bolívia.

Mas em 1903, o exagero do extrativismo descontrolado no Brasil quase provocaria um conflito inter-
nacional, devido os trabalhadores brasileiros adentrarem nas florestas bolivianas, em busca de novas

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seringueiras, gerando pequenos conflitos fronteiriças, chamados de Questão do Acre (semelhante à


anexação do Texas nos Estados Unidos).

A nova república brasileira tirava o máximo proveito das riquezas com a venda da borracha, mas a
Questão do Acre preocupava. Então houve a intervenção do diplomata Barão do Rio Branco e do em-
baixador Assis Brasil, em parte financiados pelos Barões da borracha e pelo governo dos Estados
Unidos, que culminou na assinatura do Tratado de Petrópolis em novembro de 1903, Pondo fim à
contenda com a Bolívia, efetivando a aquisição do território por parte do Brasil, em troca de dois mi-
lhões de libras esterlinas e de terras de Mato Grosso e do compromisso de construir uma ferrovia
para acesso das mercadorias bolivianas aos portosbrasileiros do Atlântico; inicialmente na foz do rio
Amazonas em Belém (Pará).Sendo integrado ao Brasil como território dividido em três departamen-
tos.

A disputa pelo Acre não limitou-se à esfera jurídica da aplicação de tratados e teve uma dimensão de
interesses políticos e geo-estratégicos importantes: para a conclusão das fronteiras, para as relações
do Brasil com os Estados Unidos, para a proteção de brasileiros em território até então estrangeiro, à
importância da região amazônica e, na orientação da política externa brasileira. A Questão foi resol-
vida com diplomacia e não pelas armas, como esperava o Presidente Getúlio Vargas.As cidades
deste novo Estado foram então nomeadas com nome dos solucionadores da Questão Acre em home-
nagens póstumas,a capital recebeu o nome de Rio Branco e dois municípios receberam o nome
de Assis Brasil e Plácido de Castro.

Assim, o Acre representou uma das principais fonte de borracha dos Aliados durante a guerra. Em
reconhecimento à contribuição produtiva do Acre em prol da vitória aliada, o Brasil conseguiu recur-
sos norte-americanos para construir a Companhia Siderúrgica Nacional, com os Acordos de Washing-
ton, e assim alavancar a industrialização estagnada do Centro-sul, sem indústrias pesadas de base.

Ocupação nordestina

À proporção que subia no mercado o preço da borracha, crescia a demanda e aumentava a corrida
para a Amazônia.Os seringais multiplicavam-se, assim, pelos vales do Acre, do Purus e, mais a
oeste, do Tarauacá: em um ano (1873-1874), na bacia do Purus, a população subiu de cerca de mil
para quatro mil habitantes. Por outro lado, o governo imperial, já sensível às ofertas decorrentes da
procura da borracha, considerou brasileiro todo o vale do Purus.

Também na segunda metade do século XIX registraram-se perturbações no equilíbrio demográfico e


geo-econômico do império, com o surto cafeeiro no Sul canalizando os recursos financeiros e
de mão-de-obra, em detrimento do Nordeste.O empobrecimento crescente dessa região impulsionou
ondas migratórias em direção aos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.O movi-
mento de populações tornou-se particularmente ativo durante a seca prolongada no interior nordes-
tino, de 1877 a 1880, expulsando centenas de nordestinos, que rumaram para os seringais em busca
de trabalho.

O avanço da migração nordestina processou-se até as margens do Juruá e acelerou a ocupação das
terras que mais tarde a Bolívia reclamaria.Os grandes leitos fluviais e a rede de seus tributários eram
então intensamente trafegados por flotilhas de embarcações do mais variado porte, transportando co-
lonos, mercadorias e material de abastecimento para os núcleos mais afastados. Os governos
do Amazonas e do Pará logo instituíram as chamadas casas aviadoras, que financiavam vários tipos
de operações, garantiam créditos e promoviam o incentivo comercial nos seringais.

Planta nativa, a seringueira escondia-se no emaranhado de outras árvores, igualmente nativas, obri-
gando o homem que saía no encalço da borracha a construir um verdadeiro labirinto, com trilhas
em ziguezague na selva.Do seringal surgiu a figura humana do seringueiro, associado à planta para
explorá-la. Seringueiro-patrão, beneficiário do crédito da casa aviadora, e seringueiro-extrator, aviado,
por sua vez, do patrão.Um morando no barracão, sempre localizado à beira do rio, com aparências
de domínio patriarcal, outro, na barraca, de construção tosca, no meio da selva.(De 1920 em diante
usa-se o neologismo seringalista para designar o patrão.)

Completara-se, assim, antes de findar o século XIX, a ocupação brasileira do espaço geográfico do
Acre, onde mais de cinquenta mil pessoas formavam, no recesso da mata dos três vales hidrográfi-
cos, uma sociedade original, cujo objetivo único era produzir borracha.[54] Todo esse labor, porém,

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se operava no solo da Bolívia, país que, por fatalidade da geografia, não pudera completar a integra-
ção social e econômica, e mesmo política e geográfica, dos extensos vales do Acre, do alto Purus e
do alto Juruá na comunidade nacional.

Com efeito, o artigo 2.º do Tratado de Ayacucho, concluído pelo Brasil e pela Bolívia em 1867, man-
dara que a linha de fronteira fosse uma paralela tirada da foz do rio Beni com o Mamoré (10º20'), até
encontrar a nascente do Javari.Com um adendo: se o Javari tivesse as nascentes ao norte dessa li-
nha leste-oeste, a fronteira correria, desde a mesma latitude, por uma reta a buscar a origem principal
do Javari.

No ano de 1877, no entanto, época dos primeiros estabelecimentos de brasileiros no Acre, ninguém
sabia por onde passava o limite previsto naquele tratado. Ignorava-se, por outra parte, a exata lati-
tude da nascente do Javari. Eram problemas técnico-geográficos difíceis de solver com presteza, de-
vido à falta de recursos materiais. A direção dos rios da borracha foi a trilha natural da conquista nor-
destina (sobretudo do cearense), da qual também participaram grupos de paraenses e amazonenses.

Revolução Acriana

Gálvez, presidente do Acre

Em 1890, um oficial boliviano, José Manuel Pando, alertou seu governo para o fato de que na bacia
hidrográfica do Juruá havia mais de 300 seringais, com a ocupação dos brasileiros implantando-se
cada vez mais rapidamente em solo da Bolívia.A penetração brasileira avançara em profundidade
para oeste do meridiano de 64º até além do de 72º, numa extensão de mais de mil quilômetros, muito
embora já estivessem fixadas as fronteiras acima da confluência do Beni-Mamoré, segundo o tratado
de 1867.

Em 1895, criou-se uma comissão para o ajuste da divisa.O representante brasileiro, Gregório Tauma-
turgo de Azevedo, demitiu-se após verificar que a ratificação do tratado de 1867 iria prejudicar os se-
ringueiros ali estabelecidos.

Em 1899, os bolivianos estabeleceram um posto administrativo em Puerto Alonso, cobrando impostos


e lançando taxas aduaneiras sobre as atividades dos brasileiros.No ano seguinte, o Brasil aceitou a
soberania da Bolívia na zona, quando reconheceu oficialmente os antigos limites na confluência Beni-
Mamoré. Os seringueiros, alheios às tramitações diplomáticas, julgaram lesados seus interesses e
iniciaram movimentos de rebeldia, ocorrendo duas sérias contestações.

Palácio Rio Branco, sede do governo, e obelisco em homenagem aos heróis da Revolução Acriana.

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Em abril de 1899, um advogado cearense, José Carvalho, liderou uma ação armada, que culminou na
expulsão das autoridades bolivianas. Logo depois a Bolívia iniciou negociações com um truste anglo-
americano, o Bolivian Syndicate, a fim de promover, com poderes excepcionais (cobranças de impos-
tos, força armada), a incorporação política e econômica do Acre a seu território. O governador
do Amazonas, José Cardoso Ramalho Júnior, informado do ajuste por um funcionário do consulado
bolivianoem Belém, o espanhol Luis Gálvez Rodríguez de Arias, enviou-o à frente de contingentes
militares para ocupar Puerto Alonso.

Gálvez proclamou ali a República do Acre, tornando-se seu presidente com o apoio dos seringalistas.
O novo estado tinha o objetivo de afastar o domínio boliviano para depois pedir anexação ao Brasil, a
exemplo do que fizera o Texas, na América do Norte. Em março de 1900, devido protestos da Bolívia,
o presidente Campos Sales extinguiu a efêmera república (oito meses após a criação). Luis Gálvez
teve que capitular e retirou-se para a Europa.

Reinstalaram-se os bolivianos na região, mas sofreram em seguida o ataque de outra expedição que
se constituíra em Manaus, com a ajuda do novo governador Silvério Néri, que também se opunha,
nos bastidores, ao domínio da Bolívia sobre o Acre, de onde provinham, em forma de impostos, gran-
des quantias para o tesouro estadual. Em dezembro de 1900, composta de moços intelectuais, da
boêmia de Manaus, a "Expedição dos Poetas" desbaratou-se após rápido combate em frente a Pu-
erto Alonso.

Ação de Plácido de Castro e intervenção diplomática

Por fim, comerciantes e proprietários no Rio Acre resolveram entregar a chefia de nova insurreição a
um ex-aluno da Escola Militar de Porto Alegre, José Plácido de Castro, gaúcho de São Gabriel, que, à
frente de um corpo improvisado de seringueiros, iniciou operações na vila de Xapuri, no alto Acre, e
aí prendeu as autoridades bolivianas (agosto de 1902). Depois de combates esparsos e bem-sucedi-
dos, Plácido de Castro assediou Puerto Alonso, logrando a capitulação final das forças bolivianas (fe-
vereiro de 1903).

Influíra no espírito de Plácido de Castro o fato de haver a Bolívia arrendado o território do Acre a um
sindicato estrangeiro (chartered company), semelhante aos que operavam na Ásia e na África. O Boli-
vian Syndicate, constituído por capitais ingleses e americanos, iria empossar-se na administração do
Acre, dispondo de forças policiais e frota armada. Representantes dessa companhia chegaram à vila
de Antimari (Rio Acre), abaixo de Puerto Alonso, mas desistiram da missão porque os revolucionários
dominavam todo o rio, faltando pouco para o fim da resistência boliviana.

Ministro Barão do Rio Branco.

Aclamado governador do Estado Independente do Acre, Plácido de Castro organizou um governo em


Puerto Alonso. Daí por diante a questão passou à esfera diplomática. O Barão do Rio Branco assu-
mira o Ministério do Exterior e seu primeiro ato foi afastar o Bolivian Syndicate. Os banqueiros res-
ponsáveis pelo negócio aceitaram em Nova York a proposta do Brasil: dez mil libras esterlinas como
preço da desistência do contrato (fevereiro de 1903).

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Subsequentemente, Rio Branco ajustou com a Bolívia um modus vivendi que previa a ocupação mili-
tar do território, até o paralelo de 10º20', por destacamentos do Exército Brasileiro, na zona que se
designou como Acre Setentrional. Do paralelo 10º20, para o sul — o Acre Meridional — subsistiu a
governança de Plácido de Castro, sediada em Xapuri.

Em novembro de 1903, Rio Branco e o plenipotenciário Assis Brasil assinaram com os representan-
tes da Bolívia o Tratado de Petrópolis, pelo qual o Brasil adquiriu o Acre por compra (dois milhões
de libras esterlinas, ou 36.268 contos e 870 mil-réis em moeda e câmbio da época), e por troca de
territórios (pequenas áreas no Amazonas e no Mato Grosso).

Em consequência, dissolveu-se o Estado Independente, passando o Acre Meridional e o Acre Seten-


trional a constituírem o território brasileiro do Acre, organizado, segundo os termos da lei n° 1.181, de
25 de fevereiro de 1904, e do decreto 5 188, de 7 de abril de 1904, em três departamentos adminis-
trativos: o do Alto Acre, o do Alto Purus e o do Alto Juruá, chefiados por prefeitos da livre escolha e
nomeação do presidente da república.

Solucionada a parte da Bolívia, um outro caso tinha de ser resolvido com o Peru. O governo de Lima,
alegando validez de títulos coloniais, reivindicava todo o território do Acre e mais uma extensa área
do estado do Amazonas.Delegações administrativas e militares desse país tentaram estabelecer-se
no Alto Purus (1900, 1901 e 1903) e no Alto Juruá (1898 e 1902). Os brasileiros, com seus próprios
recursos, forçaram os peruanos a abandonar o Alto Purus (setembro de 1903).

Rio Branco, para evitar novos conflitos, sugeriu um modus vivendi para a neutralização de áreas no
Alto Purus e no Alto Juruá e o estabelecimento de uma administração conjunta (julho de 1904). Isso
não impediu um conflito armado entre peruanos e um destacamento do exército brasileiro em serviço
no recém-criado departamento do Alto Juruá. A luta findou com a retirada das forças peruanas.

À luz dos títulos brasileiros e dos estudos das comissões mistas que pesquisaram as zonas do Alto
Purus e do Alto Juruá, Rio Branco propôs ao governo do Peru o acerto de limites firmado a 8 de se-
tembro de 1909.Com esse ato completou-se a integração político-jurídica do território na comunidade
brasileira.

Movimento Autonomista - De Território a Estado

Memorial dos Autonomistas, localizado na capital Rio Branco.

Entre 1904 e 1920 o Acre não teve uma única capital, com as capitais dos três departamentos se re-
portando diretamente ao governo federal.

A evolução do Acre aparece como fenômeno típico de penetração moderna na história do Brasil,
acompanhada de importantes contribuições na projeção econômica do país. Exercendo papel de des-
taque na exportação nacional até 1913, quando se iniciou da borracha nos mercados europeu e
norte-americano, o Acre conheceu um período de grande prosperidade: na passagem do século, em
menos de um década contava com mais de 50.000 habitantes.

Logo após a anexação do Acre ao Brasil, os acrianos esperavam pela sua elevação a Estado o mais
rápido possível, uma vez que, nessa época (Auge do Ciclo da Borracha), o Acre representava 1/3 do
PIB brasileiro. Porém isso não aconteceu. Atendendo às disposições jurídicas do Tratado de Petrópo-
lis, o presidente Rodrigues Alves sancionou a lei que criava o Território do Acre (1904) - o primeiro do
país - dividindo o território em três departamentos: o do "Alto Acre", o do "Alto Purus" e o do "Alto Ju-
ruá", este último desmembrado para formar o do "Alto Tarauacá" em 1912. A administração departa-
mental exercia-se, até 1921, por prefeitos designados pelo Presidente da República.

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Essa subjugação causou intensas revoltas da população. Foi o caso da revolta de Cruzeiro do Sul,
em 1910, que depôs o Prefeito Departamental do Alto Juruá e proclamou criado o Estado do Acre (a
chamada Revolta do Alto Juruá). Cem dias depois, entretanto, as tropas federais atacaram os revolto-
sos e restabeleceram a "ordem" e a tutela. Em 1913, um movimento de revolta ocorreria no Purus,
em Sena Madureira, por motivos muito semelhantes ao do Alto Juruá. Em 1918, seria a vez da luta
autonomista chegar ao vale do Acre, em Rio Branco, que protestou intensamente contra a manuten-
ção daquela situação de subjugação ao governo federal. Porém ambas as revoltas foram igualmente
sufocadas à força pelo governo brasileiro.

A partir do fracasso das revoltas, a luta pela autonomia não recorreu mais às armas. Depois disso, a
reforma política de 1920 - que unificou as quatro prefeituras departamentais em um único governo
territorial - serviu para acalmar o vale do Acre, que foi beneficiado pela reforma, já que, para capital
do território, foi escolhida Rio Branco.

Com a queda do Ciclo da Borracha (1920), o movimento autonomista foi perdendo força, ressurgindo
apenas uma década mais tarde, quando a Revolução de 1930 alterou completamente os rumos da
república brasileira. Nesse momento, os acrianos acreditaram que poderiam, enfim, conquistar a tão
sonhada autonomia. Mas foi em vão.

Com a constituição de 1934, o Acre só obteve o direito de eleger dois deputados federais para repre-
sentá-lo na Câmara Federal, sem alterar o regime de indicação dos governadores do território. Se-
guiu-se mais um longo período em que as discussões autonomistas não passavam de conversas em
intermináveis reuniões e de fundações de agremiações políticas e jornais que tinham como bandeira
maior o autonomismo. Multiplicaram-se os simulacros de partidos políticos: Legião Autonomista, Par-
tido Construtor, Partido Autonomista, Partido Republicano do Acre Federal, Comitê Pró-autonomia,
etc. Assim como se multiplicavam os títulos de jornais com apelo autonomista, como por exemplo: O
Estado, O Autonomista, O Estado do Acre etc.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os seringais da Malásia foram ocupados pelos japo-
neses e, a Tailândia um grande produtor de borracha, participou da guerra ao lado do Eixo. Assim, o
Acre representou uma das principais fonte de borracha dos Aliados durante a guerra.Em reconheci-
mento à contribuição produtiva em prol da vitória aliada, o Brasil conseguiu recursos norte-america-
nos para construir a Companhia Siderúrgica Nacional, e assim alavancar a industrialização estagnada
do Centro-sul, sem indústrias de base.Para solucionar o impasse e, também para suprir a borracha
para o material bélico dos Forças Aliadas, em maio de 1941 o governo brasileiro fez acordos com o
governo dos Estados Unidos, os Acordos de Washington,iniciando outra operação em larga escala de
extração de látex na Amazônia, a Batalha da Borracha.

Impulso mesmo o movimento autonomista só voltaria a ter em meados da década de 50, quando
o Partido Social Democrático, do ex-governador José Guiomard dos Santos, resolveu assumir essa
bandeira e elaborar um projeto de lei que transformava o Acre em Estado. Esse projeto causou
grande movimentação política em todo o Acre e chegou ao Congresso Nacional em 1957, provo-
cando uma intensa disputa política entre o PTB de Oscar Passos e o PSD de Guiomard Santos,
tendo o primeiro se posicionado contra a lei de transformação do Acre em Estado.

Depois de muitas disputas no Congresso Nacional, finalmente em 1962, durante a fase parlamenta-
rista do governo João Goulart, foi assinada a lei 4 070, de autoria do então deputado Guiomard San-
tos. Por uma ironia política, o presidente João Goulart era do Partido Trabalhista Brasileiro, o partido
que, a nível nacional, se colocava contra o tal projeto. Ainda assim, o projeto foi aprovado e passou a
vigorar a partir do dia 15 de junho de 1962.

O PTB, todavia, não foi de todo derrotado. Nas primeiras eleições livres e diretas realizadas na histó-
ria do Acre, o PTB foi o grande vencedor, fazendo o primeiro governador constitucional do Acre, o
Professor José Augusto de Araújo, além de todas as prefeituras municipais acrianas.

Na década de 1960, iniciou-se o segundo ciclo de esforços para acelerar o progresso da área amazô-
nica, com a criação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM,1966). Procu-
rou-se melhor entrosar os subsetores regionais dentro do próprio Estado, concorrendo para isso os
ramais da Transamazônica, que ligaram Rio Branco e Brasileia, no alto curso do Acre, e Cruzeiro do
Sul, às margens do Juruá, cortando os vales do Purus e do Tarauacá. Incrementou-se a política de

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planejamento, destinada a corrigir as distorções demográficas, econômicas e políticas da integração


nacional.

Na década de 1980, o governo do Acre venceu uma ação judicial contra o Amazonas, onde reivindi-
cava nova demarcação dos limites territoriais, sob a alegação de que deveriam ser acima da linha
Cunha Gomes.O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou ser procedente.

História recente

Em 2005, foi iniciada a construção da Estrada do Pacífico, que dá ao Brasil, pelo Acre, acesso a
três portos peruanos no Oceano Pacífico (Ilo, Maratani e San Juán) para facilitar as exportações para
a Ásia. A estrada foi concluída em 2011.

Em 2007, a assembleia legislativa do estado aprovou uma regularização fundiária para legitimar a
posse e a alienação de propriedades públicas rurais, que beneficia 600 famílias em cerca de dez mu-
nicípios acrianos, um feito inédito no país.Em junho de 2008, entrou em vigor a lei que alterou os fu-
sos horários brasileiros e o Acre passou a ter uma hora a menos, e não duas, em relação ao fuso
de Brasília.Apesar do referendo, o Acre mantém o antigo fuso horário.

A partir de 2008, o Brasil reforçou o efetivo do Exército na fronteira do Acre com o departamento boli-
viano de Pando.Essa região da fronteira se tornara instável com o massacre de 30 camponeses boli-
vianos, feito por opositores ao referendo de aprovação de uma nova Constituição,mas os conflitos se
dissiparam com a realização do referendo na Bolívia, em janeiro de 2009.[

Em abril de 2008, o Acre vence uma questão judicial com o Estado do Amazonas em relação ao lití-
gio em torno da linha Cunha Gomes, em uma disputa territorial de 26 anos, anexando os municípios
de Envira, Guajará, Boca do Acre, Pauini, Eirunepé e Ipixuna.A redefinição territorial consolidou a in-
clusão de 1,2 milhão de hectares do complexo florestal Liberdade, Gregório e Mogno ao território do
Acre, o que corresponde a 11 583,87 quilômetros quadrados.

Em outubro de 2014, Tião Viana (PT) foi reeleito governador, com 51,29% dos votos válidos contra o
seu adversário, o candidato Marcio Bittar (PSDB).

Geografia

Mapa climático do Acre.

O estado do Acre ocupa uma área de 152.581 km², localizado no extremo oeste do Brasil, localiza-se
a 70º00'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 09º00'00" de latitude sul da Linha do
Equador e com fuso horário -5 horas em relação a hora mundial GMT. Dista 10º00'00" ao sul da Linha
do Equador. No Brasil, o estado faz parte da região Norte, fazendo divisa com os estados do Amazo-
nas e Rondônia e fronteira com dois países: Peru e Bolívia.

Praticamente todo o relevo do estado do Acre se integra no baixo platô arenítico, ou terra firme, uni-
dade morfológica que domina a maior parte da Amazônia brasileira. Esses terrenos se inclinam, no
Acre, de sudoeste para nordeste, com topografia, em geral, tabular. No extremo oeste se encontra

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a Serra da Contamana ou do Divisor, ao longo da fronteira ocidental, com as maiores altitudes do es-
tado (609 m). Cerca de 63% da superfície estadual fica entre 200 e 300m de altitude; 16% entre 300
e 609; e 21% entre 200 e 135.

O clima é quente e muito úmido, do tipo Am de Köppen, e as temperaturas médias mensais variam
entre 24 °C e 27 °C, sendo a menor média da Região Norte. As chuvasatingem o total anual de
2.100mm, com uma nítida estação seca nos meses de junho, julho e agosto. A Floresta Amazô-
nica recobre todo o território estadual. Muito rica em seringueiras da espécie mais valiosa (Hevea bra-
siliensis) e Castanheiras (Bertholletia excelsa), a floresta garante ao Acre o lugar de maior produtor
nacional de borracha e castanha. Os principais rios do Acre, navegáveis principalmente nas cheias
(Juruá, Tarauacá, Envira, Purus, Iaco e Acre), atravessam o estado com cursos quase paralelos e
que só vão confluir fora de seu território.

Demografia

Crescimento populacional

Censo Pop. %±

1920 92 379 —

1940 79 768 -13,7%

1950 114 755 43,9%

1960 160 208 39,6%

1970 218 006 36,1%

1980 306 893 40,8%

1991 417 165 35,9%

2000 557 226 33,6%

2010 733 559 31,6%

Est. 2017 829 619 [79] 13,1%

De acordo com o Censo brasileiro de 2010, o Acre era habitado por 733 559 habitantes, sendo que
haviam 532 279 habitantes em área urbana e 201 280 habitantes em área rural. Quanto à questão de
gênero, haviam 368 324 homens e 365 235 Mulheres. Foram identificados 221 108 domicílios, sendo
que apenas 191 169 deles eram ocupados, gerando um deficit habitacional de 29 939 domicílios. A
média de habitantes por domicílio era de 3,82 pessoas.A capital, Rio Branco, é a maior e mais popu-
losa cidade do estado, com quase 350 mil habitantes, sendo a sexta maior cidade na Região Norte.

De 1991 a 2010, o crescimento demográfico experimentado pelo Acre foi considerado muito alto, atin-
gindo 3,3% ao ano, acima da média nacional. Em 1991, foram contados 417.165 habitantes. 48% da
população do estado vive na capital. No interior, a população vive dispersa ao longo dos rios, ocu-
pada na extração de borracha, castanha e madeiras.

As densidades demográficas, em 2006, mostravam-se bastante homogêneas. Na região mais povo-


ada, a do baixo Acre, havia 17,2 hab./km² e, na menos povoada, a do alto Purus, 1,1 hab./km².

Na formação da população acriana entraram, além dos índios, os nordestinos - principalmente cea-
renses - que aí chegaram maciçamente durante o período áureo da borracha (1880-1913) e os sulis-
tas, que chegaram maciçamente durante a década de 70 em diante.

Houve também imigrações de árabes (principalmente sírios-libaneses) e italianos (sendo ambas as


maiores na Região Norte), além de japoneses, alemães e eslavos (esses em pequena escala)

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Principais centros urbanos

 Rio Branco, capital e centro administrativo, econômico e cultural, e também o mais populoso
município, com 370 550 habitantes, quase metade da população estadual.

 Cruzeiro do Sul é a segunda maior cidade acriana e um porto do rio Juruá, sendo também a
mais desenvolvida da mesorregião que recebe o mesmo nome.

Outros municípios mais populosos são (IBGE 2015): Sena Madureira, com 41 750 habitantes; Tarau-
acá, com 38 819 habitantes; Feijó com 32 385 habitantes e Brasileia, com 23 849 habitantes.

Desenvolvimento Humano

O IDH do Acre é de 0.719, posicionando-se na vigésima primeira posição no ranking brasileiro, sendo
que 20 estados estão em situação melhor, e 6 estados estão em situação pior ou igual: As cidades
com melhor desempenho são: Rio Branco, Senador Guiomard, Epitaciolândia, Plácido de Cas-
tro e Acrelândia.

Posição no ranking brasileiro Município IDH

1767 Rio Branco 0,754

2980 Senador Guiomard 0,701

3244 Epitaciolândia 0,684

3266 Plácido de Castro 0,683

3291 Acrelândia 0,68

Etnias

Cor/Raça (IBGE 2006) Porcentagem

Pardos 57,5%

Brancos 33,0%

Negros 7,8%

Amarelos ou indígenas 1,7%

Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).

Existem no Acre, 34 terras indígenas ocupadas por mais de 12.000 índios, que representam 2% da
população total do Estado. Esse contingente populacional pertence a 14 diferentes etnias, de línguas
Pano, Aruak e Arawá: (Yaminawa, Manchineri, Kaxinawá, Ashaninka, Shanenawa, Katu-
kina, Arara, Nukini, Poyanawa, Nawa, Jaminawa-Arara e Isolados). As etnias isoladas, sem contato
com a sociedade, têm o seu território tradicional ao longo da fronteira internacional Brasil-Peru.

Política

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Palácio Rio Branco, primeira sede do governo do Acre. Em 1962, o antigo Território do Acre se tornou
estado.

O Acre é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, o legislativo e o ju-
diciário. Por meio de referendos e plebiscitos, é permitida a participação popular nas decisões de go-
verno.A atual constituição do Acre foi promulgada em 1989, acrescida das alterações resultantes de
posteriores Emendas Constitucionais. O poder executivo acriano está centralizado no governador do
estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela população para mandatos de
até quatro anos de duração, e podem ser reeleitos para mais um mandato. Sua sede é o Palácio Rio
Branco, que desde 1930 é a sede do governo acriano. O poder legislativo do estado é unicameral,
constituído pela Assembleia Legislativa do Acre, localizado no centro de Rio Branco. Ela é constituída
por 24 deputados, que são eleitos a cada 4 anos. No Congresso Nacional, a representação acriana é
de 3 senadores e 8 deputados federais. A maior corte do poder judiciário acriano é o Tribunal de Jus-
tiça do Estado do Acre, localizado no centro de Rio Branco. Compõem o poder judiciário os desem-
bargadores e os juízes de direito.

Com 241 196 eleitores, Rio Branco é o município com o maior número de eleitores. É seguido por
Cruzeiro do Sul, com 54,1 mil eleitores, Sena Madureira (27,5 mil eleitores), Tarauacá (24,9 mil eleito-
res) e Feijó, Brasiléia e Senador Guiomard, com 19,7 mil, 16,2 mil e 13,5 mil eleitores, respectiva-
mente. O município com menor número de eleitores é Santa Rosa do Purus, com 3,1 mil.

Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação
no estado.Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em da-
dos de outubro de 2016, o partido político com maior número de filiados no Acre é o Partido dos Tra-
balhadores (PT), com 10 297 membros, seguido do Partido do Movimento Democrático Brasi-
leiro (PMDB), com 8 616 membros e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), com 8 047 filiados.
Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão
o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 5 954 membros; e o Partido Socialista Brasi-
leiro (PSB), com 3 964 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido
Novo (NOVO) e o Partido da Causa Operária(PCO) são os partidos políticos com menor representati-
vidade na unidade federativa, com 4 e 25 filiados, respectivamente.

Subdivisões

Divisão das regiões intermediárias e imediatas.

Legenda:

Região Imediata de Rio Branco

Região Imediata de Brasileia

Região Imediata de Sena Madureira

Região Imediata de Tarauacá

Região Imediata de Cruzeiro do Sul

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Região geográfica intermediária é, no Brasil, um agrupamento de regiões geográficas imediatas que


são articuladas através da influência de uma ou mais metrópoles, capitais regionais e/ou centros ur-
banos representativos dentro do conjunto, mediante a análise do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística(IBGE).

As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão re-
gional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor
desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregi-
ões. A divisão de 2017 teve o objetivo de abranger as transformações relativas à rede urbana e sua
hierarquia ocorridas desde as divisões passadas, devendo ser usada para ações de planejamento e
gestão de políticas públicas e para a divulgação de estatísticas e estudos do IBGE.

O Acre é dividido oficialmente em duas regiões geográficas intermediárias: a Região Geográfica Inter-
mediária de Rio Branco e a Região Geográfica Intermediária de Cruzeiro do Sul. A primeira se divide
em três regiões intermediárias: as de Rio Branco, Brasiléia e a de Sena Madureira. Já a segunda se
divide em duas regiões imediatas: a de Cruzeiro do Sul e a de Tarauacá.

O Acre é formado pela união de vinte e dois municípios, desde a última alteração feita em 1992, atra-
vés das lei estaduais n.º 1.025, 1.026, 1.027, 1.028, 1.029, 1.030, 1.032, 1.033, 1.034, que criaram
dez novos municípios no estado (Acrelândia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Jordão, Marechal
Thaumaturgo, Porto Acre, Porto Walter, Rodrigues Alves e Santa Rosa do Purus).

Economia

Passarela Joaquim Macedo, símbolo da capital acriana, Rio Branco, centro político e financeiro do
estado.

Exportações do Acre - (2012)

O Acre possui o 25.º maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, baseado principalmente na explora-
ção de recursos naturais e no setor primário. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2014, o PIB
acriano era de 13.459.000 bilhões, enquanto o PIB per capita era de 17.034 reais.Apesar de possuir
uma das maiores taxas de aumento de economia (4,4% em 2014) e um PIB per capita tido como alto,
este último é o segundo menor valor entre os estados de sua macrorregião, superando apenas o
Pará. Além disto, a economia do estado é avaliada como a terceira pior entre todas as unidades fede-
rativas brasileiras e sua capital, Rio Branco, está na última posição entre as capitais estaduais no
quesito PIB per capita.

O modelo de desenvolvimento econômico baseia-se, primordialmente, no extrativismo, com destaque


para extração de madeira por meio de manejo florestal, o que, teoricamente, garante o uso econô-
mico sustentável da floresta.

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O Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID - financia um projeto de US$ 106 milhões no Es-
tado, visando dotá-lo de infraestrutura física e institucional que viabilize o sucesso do projeto de de-
senvolvimento sustentável.

Controvérsias sobre o modelo de desenvolvimento escolhido passa por questões como a ausência de
consenso quanto à recuperação das áreas exploradas pelos planos de manejo e pela exclusão, na
prática, de efetivos benefícios às populações locais (apesar de previsão no projeto).

A economia acriana repousa na exploração de recursos naturais. Os mais importantes são a borra-
cha e a castanha, produtos nos quais se basearam o povoamento da região. A extração da borracha
se faz ao longo dos rios, pois a seringueira é árvore de mata de igapó. Os tipos produzidos são cau-
cho, cernambi caucho, cernambi rama e cernambi seringa. A maior parte da produção estadual cabe
à bacia do rio Purus. Nessa região destaca-se o vale do Rio Acre, que, além de possuir o maior nú-
mero de seringueiras, é também região rica em castanheiras, fazendo do estado o maior produtor e
exportador nacional de castanha. A floresta acriana é também objeto de exploração madeireira, e
a caça nela praticada parece contribuir de forma substancial para a alimentação local.

A agricultura reduz-se a pequenas culturas de mandioca, feijão, cana-de-açúcar e arroz. A indústria


de transformação compreende pouco mais que algumas serrarias e pequenas fábricas de rapadura e
de farinha de mandioca.

A pauta de exportação do Acre é composta, principalmente, por coco, castanha e caju (29,80%), ma-
deira serrada (23,34%), madeira perfilada (19,71%), madeira compensada (9,31%) e produtos farma-
cêuticos de origem animal (4,97%).

Como os rios mantêm no estado cursos aproximadamente paralelos, as comunicações entre os diver-
sos vales se fazem pelas confluências, o que envolve longos percursos. Com a conclusão das estra-
das que integram a ligação Rio Branco-Porto Velho-Cuiabá-Limeira, o Acre passou a contar
com transporte rodoviário para o Sudeste do Brasil.

Agricultura

Extração de látex da seringueira.

Um dos principais produtores de borracha (Hevea brasiliensis) no país, o Acre apresentou em 2008 a
produção de 845 t,representando pouco mais de um quarto do total nacional. Na região de Abunã,
um seringueiro chega a produzir 1,5 t de borracha por safra. Os tipos produzidos são "caucho", "cer-
nambi caucho", "cernambi rama" e "cernambi seringa". A coagulação ainda é feita pelo processo
da defumação. A produtividade média é de dois quilos de látex por hévea.

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Imagens de Rio Branco, capital do Estado.

A coleta de Castanha-do-Brasil é também atividade importante, realizada, em geral, pelo seringueiro,


como ocupação subsidiária, na época das chuvas. Sua safra não é regular. A produção acriana
em 2009 foi de 20 t, representando 20% de toda a produção nacional, sendo a maior do Brasil.A ma-
deira tem também importância econômica na região, sendo a produção de lenha em 2008 de 679.077
m³.O método de extração é rudimentar, sendo usadas serras manuais e, assim mesmo, só nos cen-
tros mais adiantados. A lavoura é, em geral, de subsistência, não tendo condições para se manter di-
ante dos altos rendimentos da atividade extrativa. Os principais produtos agrícolas do Acre, em 2008,
apresentaram os seguintes resultados: arroz (28.569 t), cana-de-açúcar (52.609 t), feijão (5.779 t),
mandioca (730.434 t) e milho (61.088 t).

Pecuária, pesca e mineração

A pecuária começou a ser desenvolvida só a partir da década de 1970. O solo utilizado nos plan-
tios desgasta-se pelas derrubadase queimadas e passa a construir área de magra pastagem. Não há
campos naturais e os que são abertos na mata, se ainda não esgotados pela lavoura, são facilmente
invadidos pela capoeira. Em 2008, contava o Acre com 155.861 suínos, 2.425.687 bovinos,
77.623 ovinos, 7.201 muares, 60.668 equinos e 15.433 caprinos.

A pesca é praticada em pequena escala, sendo na maioria dos casos de subsistência. Em 2005, fo-
ram produzidas 3.510 t de pescado,a antepenúltima produção do país. A mineração é escassa e ca-
racterizada pela garimpagem mais primitiva — feita através de bateias —, sendo desconhecidos da-
dos estatísticos de sua produção.

Indústria

A indústria do estado, em 2009, ocupava 13 mil pessoas em 1416 estabelecimentos e unidades,que


produziram bens no valor de R$ 773 milhões. A indústria ainda é de pouca escala no estado, sendo
em grande parte de produtos alimentícios, como queijos, manteiga, refrigerantes e outros; e à trans-
formação rudimentar de alguns produtos agrícolas, como a farinha de mandioca e o açúcar bangüê.
O estado também possui indústrias na produção de barcos, carrocerias de caminhões, laminados e
pisos de madeira,móveis, vidros temperados, preservativos (sendo a única do mundo a usar borracha
natural proveniente de látex nativo), dentre outros produtos. Nas colônias mais importantes do
Alto Juruá e do Alto Purus, ou mesmo em locais que possam atender em várias colônias, estão insta-
lados "conjuntos mecânicos", pertencentes quase todos ao governo. Nos conjuntos mecânicos encon-
tram-se máquinas para debulhar o milho, descorticar o arroz, ralar, prensar e cozer a mandioca, além
de moendas e tochas para o fábrico de açúcar de cana. A potência instalada das usinas geradoras
em 2004 é de 331 GWh, com um consumo mínimo de 405 GWh.Atualmente o estado possui 2 Distri-
tos Indústriais: 1 na capital Rio Branco e outro no município de Acrelândia.

No estado está sendo criada a chamada ZPE (Zona de Processamento para Exportação), um Distrito
Industrial incentivado, onde as empresas localizadas operam com redução/suspensão de impostos e

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contribuições federais e liberdade cambial (podem manter no exterior 100% das divisas obtidas nas
exportações), com a condição de destinarem pelo menos 80% de sua produção de bens e serviços
ao mercado externo, pretendendo levar os produtos fabricados no Acre para os mercados da Bolívia,
Peru e os países asiáticos, quando concluída a Estrada do Pacífico. A ZPE do Acre será localizada
na BR-317, entre a capital Rio Branco e o município de Senador Guiomard.

Comércio

A quase totalidade do comércio do estado é feita por via fluvial e em pequena escala por via aérea. O
Acre exporta quase tudo o que produz e importa praticamente tudo que consome. A pauta de expor-
tação resume-se na madeira compensada e perfilada (49%), madeira serrada ou em folha (27%), fru-
tas (21%) e outros (3%),convergindo na totalidade para os estados do Amazonas e Pará, de preferên-
cia para Belém, origem também da maioria de suas compras. O comércio com o limita-se a compra
de gado em pé e gêneros alimentícios da Bolívia, frequentemente de caráter ilegal. Em março
de 2010o valor da exportação por cabotagem foi de US$ 15.727.499 e a importação de US$
15.059.156.

Produto Interno Bruto

Evolução do PIB do Estado do Acre

Infraestrutura

Educação

O ensino fundamental contava em 2008 com 1.593 escolas, com o corpo docente de 7.476 professo-
res e 164.043 alunos matriculados. Contava o ensino médio com 111 escolas, 1.594 professores e
33.113 matrículas. O ensino infantil calculava 275 pré-escolas, 1.052 professores e 22.104 alunos.
O ensino superior era ministrado em 2007, em 9 estabelecimentos, com 17.840 alunos matriculados.

Em 2008, a taxa de analfabetismo no estado é de 13%, uma das mais equilibradas do Brasil. Da po-
pulação, 36,2% dos acrianos são analfabetos funcionais.

As principais universidades do Acre são: Instituto Federal do Acre, Universidade Federal do Acre (pú-
blicas), União Educacional do Norte e Instituição de Ensino Superior do Acre (particulares).

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Saúde

Em 2005, havia no estado 337 estabelecimentos hospitalares, sendo 282 públicos e 55 particulares,
com um total de 1.561 leitos. Dos 337 hospitais, 227 eram de finalidade geral e 221 eram especializa-
dos. Dos 7 municípios existentes em 1970, apenas Rio Branco possuía abastecimento de água enca-
nada, embora não possuía serviço de esgoto, o que impede o controle de disenteria amebiana endê-
mica. Em 2005, o estado possuía 48% de acesso à água 44,3% de acesso à rede de esgoto.
Em 2006, a mortalidade infantilera de 20,7 por 1.000 nascidos vivos, sendo a malária a principal
causa de morte. Povoações distantes entre si por dia de caminhada na floresta, e que por vezes, no
período das chuvas, ficam completamente isoladas, dificultam a irradiação da saúde pública.

Uma pesquisa promovida pelo IBGE em 2008 revelou que 73,4% da população do estado avalia
sua saúde como boa ou muito boa; 61% da população realiza consulta médica periodicamente;
35,6% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 5,8% da população esteve internado em
leito hospitalar nos últimos doze meses.Ainda conforme dados da pesquisa, 24,2% dos habitantes de-
clararam ter alguma doença crônica e apenas 12,6% possuíam plano de saúde. Menos da metade
dos domicílios particulares no estado são cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família:
46,7%.

Na questão da saúde feminina, 27% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das
mamas nos últimos doze meses; 30,4% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamo-
grafia nos últimos dois anos; e 77,7% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo
para câncer do colo do útero nos últimos três anos.

Segurança pública

Brasão da Polícia Militar do Estado do Acre.

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Brasão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre.

Segundo o Exército Brasileiro, o Acre integra o Comando Militar da Amazônia, que tem sede em Ma-
naus, destacando os pelotões de fronteira.De acordo com a Força Aérea Brasileira, o estado integra o
VII Comando Aéreo Regional (VII COMAR), também sediado em Manaus, se destacando o Destaca-
mento de Controle de Espaço Aéreo de Rio Branco (DTCEA-RB) e o Destacamento de Controle de
Espaço Aéreo de Cruzeiro do Sul (DTCEA-CZ), ambos pertencentes ao Centro Integrado de Defesa
Aérea e Controle de Tráfego Aéreo IV (CINDACTA IV), o estado não possui uma Base Aérea. Não
existem, no estado, unidades da Marinha.

A Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a
preservação da ordem pública no Estado do Acre. Para fins de organização é uma Força Auxiliar e
Reserva do Exército Brasileiro, assim como suas coirmãs e integra o Sistema de Segurança Pública e
Defesa Social brasileiro e está subordinada ao Governo do Estado do Acre. Seus integrantes são de-
nominados militares estaduais (artigo 42 da CRFB), assim como os membros do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Acre.

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBMAC) é uma Corporação cuja principal missão
consiste na execução de atividades de Defesa Civil, Prevenção e Combate a Incêndios, Buscas, Sal-
vamentos e Socorros Públicos no âmbito do estado do Acre. Ele é Força Auxiliar e Reserva do Exér-
cito Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes
são denominados Militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os membros
da Polícia Militar do Estado do Acre.

A Polícia Civil do Estado do Acre, é uma das polícias do estado do Acre, Brasil, órgão do sistema de
segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4.º, da Constituição Federal e ressal-
vada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações
penais, exceto as de natureza militar.

A mais importante instituição penitenciária é a Colônia Penal e Agrícola Evaristo de Morais, em Rio
Branco.

Transportes

Acesso a Senador Guiomard pela rodovia estadual AC-040.

As principais rodovias do Acre são:

 BR-364 - Juntamente com a BR-317 é a principal rodovia do Acre. A leste liga Rio Branco ao
estado de Rondônia e ao restante do país. A oeste corta todo o estado, ligando a capital do estado

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a Cruzeiro do Sul, segunda principal cidade do estado, passando pelos municípios de Bujari, Sena
Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá e Rodrigues Alves.

 BR-317 - Tem extensão de 330 km, liga a capital ao sul do estado, passando pelos municí-
pios de Senador Guiomard, Capixaba, Brasileiana fronteira com a República da Bolívia, a partir de
Brasileia a estrada continua por mais 110 km até chegar na cidade de Assis Brasil, já na fronteira com
o Peru. A rodovia tornar-se-á um importante eixo de exportação do Brasil, pois quando a estrada no
lado peruano estiver concluída (estima-se que em 2011), o Brasil estará totalmente ligado a Cuzco e
aos dois principais portos do país vizinho.

 AC-040 - Possui extensão de 100 km, liga Rio Branco até a cidade de Plácido de Castro tam-
bém fazendo fronteira com a Bolívia.

 AC-401 - Também chamada de estrada do agricultor, com extensão de 50 km, liga a cidade
de Plácido de Castro à cidade de Acrelândia, já próxima da BR-364.

 AC-010 - Tem extensão de 55 km, Ligando Rio Branco até a cidade história de Porto Acre, já
na divisa com o Amazonas.

Comunicações

Os principais jornais do estado são: O Estado (semanal), A Gazeta, O Rio Branco, A Tribuna, Jornal
Opinião, Jornal Página 20 (diários). As principais estações e emissoras de televisão do estado
são: TV Aldeia(afiliada da TV Cultura), TV Acre (afiliada da Rede Globo), TV 5 (afiliada da Band), TV
Rio Branco (afiliada do SBT), TV Gazeta (afiliada da Rede Record), ABC TV (afiliada da RedeTV!)
e TV União Rio Branco(emissora local que não é afiliada a nenhuma das grandes redes), na cidade
de Rio Branco; TV Cruzeiro do Sul (afiliada da Rede Globo), TV Ituxi (afiliada do SBT) e TV Integra-
ção (afiliada da Band), estas na cidade de Cruzeiro do Sul. As principais estações de rádio do estado
são: Rádio Gameleira FM, Rádio Aleluia FM, Rádio Gazeta FM, Rádio União FM, Rádio Aldeia FM,
Rádio CBN Amazônia Rio Branco, Rádio EcoAcre FM, Rádio Cidade FM, Rádio Boas Novas FM, Rá-
dio Progresso AM, Rádio Líder AM, Rádio Universitária Metropolitana AM, Juruá FM, Verdes Flores-
tas, Integração FM, sendo que as três últimas estão localizadas em Cruzeiro do Sul e as demais em
Rio Branco.

Cultura

A cultura do Acre é muito parecida com a dos outros Estados da Região Norte, porém há um alto con-
sumo de cultura nordestina. A comida típica utiliza o pato e o pirarucu, que herdou dos índios, e o
bobó de camarão, vatapá e carne de sol com macaxeira, trazido do Nordeste brasileiro logo quando
iniciou a extração do látex, já que muitos nordestinos migraram para o Acre tentando uma me-
lhor qualidade de vida.

Usina de arte João Donato, importante polo de produção e difusão cultural.

No artesanato os artigos confeccionados com materiais extraídos da floresta amazônica. Do serin-


gal surgiu a figura do seringueiro, que colaborou em momentos importantes da história brasileira para
o desenvolvimento do país, trabalhando duro na extração do látex na floresta amazônica. Da floresta
também surgiu Chico Mendes, que hoje é considerado referência internacional na luta em defesa da
Amazônia; Chico Mendes foi assassinado em 22 de dezembro de 1988 e ganhou um prêmio único
da ONU, o Prêmio Global 500 Anos, por defender e proteger a floresta amazônica.

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Em Rio Branco encontra-se uma comunidade religiosa chamada Alto Santo (Centro de Iluminação
Cristã Universal) que pratica o Ritual do Santo Daime, típico do Acre, de origem indígena, que usa o
Daime, um chá natural feito com folhas e cipó, usado pelos índios como forma de aproximação a
Deus. Todos tomam o chá, inclusive as crianças e os idosos. Os integrantes usam fardas e cantam o
hinário.

O Acre já foi retratado como cenário histórico no cinema e na televisão, interpretado por um nume-
roso elenco de atores consagrados na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), da
mesma autora das telenovelas América (2005) e Caminho das Índias (2009), a acriana Glória Perez.

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