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TRAÇOS DA PRESENÇA ITALIANA EM PETRÓPOLIS (RJ) Por JOSÉ LUIZ D'AMICO Da Casa D'Italia Anita Garibaldi Di Petrópolis - em 10-09-2015
TRAÇOS DA PRESENÇA ITALIANA EM PETRÓPOLIS (RJ) Por JOSÉ LUIZ D'AMICO Da Casa D'Italia Anita Garibaldi Di Petrópolis - em 10-09-2015
Petrópolis
- Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro -
por José Luiz D’Amico1
Não poderia ter havido momento mais sinérgico e sedutor para que
dois empresários italianos, na verdade dois grandes visionários,
vislumbrassem a oportunidade de instalar em Petrópolis, à margem
lindeira da ferrovia, três grandes complexos fabrís, responsáveis pelo
boom da presença italiana em Petrópolis no início do Século XX:
duas unidades da Fábrica “Cometa-Petrópolis, Società Anonima”
(uma no Meio da Serra e, posteriormente, outra no Alto da Serra de
Petrópolis) e a Cia. Fábrica de Sedas Santa Elena (no bairro hoje
conhecido como Morin).
1D’AMICO, José Luiz Rebello. Médico, Jornalista, Vice-Presidente da Sociedade Médica de Escritores, Vice-Presidente da
Academia Brasileira de Poesia, Diretor Cultural da Casa D’italia Anita Garibaldi de Petrópolis – Estado do Rio de Janeiro – Brasil.
Não era só a ferrovia – como recurso seguro para a recepção de matérias-
primas e escoamento de produtos – o atrativo estratégico; mas também a
concomitante e contígua presença dos rios Caioaba (no meio da
serra) e Palatinato (no Morin), como recursos hídricos para o
fornecimento de água e geração da necessária energia elétrica às
centenas de teares, responsáveis pela produção de milhões de
metros de tecidos ao longo da História da indústria têxtil
petropolitana, que se confunde com a da própria Imigração Italiana
na Cidade de Pedro.
2 OLIVEIRA, Paulo Roberto Martins de. In Os Primeiros Italianos em Petrópolis – Instituto Histórico de Petrópolis – IHP, 2004.
3 BARONTO, Luigi. De acordo com registros históricos, feitor de estátuas (mestiere muito comum entre italianos) e primeiro
imigrante ítalo em Petrópolis, para onde veio, tudo permite supor, a suprir demandas por estátuas do cemitério que, por decreto
do Imperador, a cidade obrigava-se a possuir.
4 ATAS DO IMPÉRIO. Registros da Câmara dos Vereadores In Ata da 3ª Sessão, de 01/03/1861. Petrópolis (RJ), Brasil. 1861.
Inicialmente, predominavam os napolitanos, concidadãos de Sua
Majestade. Mas, com o correr do tempo, passaram a vir também
italianos das mais diversas regiões, trazendo consigo as
contribuições de sua ciência, de sua cultura, de seu regionalismo, sua
arte e seus costumes. E este fluxo imigratório em muito incluiu
Petrópolis como destino final; não só porque uma cidade então já
bem frequentada pela Corte, mas também pelo clima ameno e,
sobretudo, pelo surgimento de expressivo mercado de trabalho.
BIBLIOGRAFIA:
- ANPF. A História nos Trilhos. Associação Nacional de Preservação Ferroviária. 2004
- AVELLA, Aniello Angelo. Una Napoletana Imperatice ai Tropici. Èxòrma. 2011
- BOTAFOGO, A.J.S. O Balanço da Dynastia. Imprensa Nacional. 1890
- CENNI, Franco. Italianos no Brasil (“Andiamo in `Merica”). Edusp. 2003
- D’AMICO, José Luiz. Construtores de História – Famílias Italianas do Brasil. EST Edições. 2012
- DE CUSATIS, José. Os Italianos em Petrópolis. Edit. CMP. 1993
- OLIVEIRA, Paulo R. Martins. In Os Primeiros Italianos em Petrópolis – IHP. 2004
- PUPPIN, Douglas. Do Vêneto para o Brasil.Edit. EP Salesianas. 1981
- VANNI, Julio Cezar Vanni. Italianos no Rio de Janeiro. Ed. Comunità. 2000
- VILLA, Deliso. Storia Dimenticata. Ed. EST. 2002