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É muito difícil definir quem é esse ser especial que modificou a minha vida e deu início
ao processo de expansão da minha consciência. Por não conseguir explicar e ter levado
muitos anos para entender o que se passou na noite em que o conheci, decidi escrever
O Rio Subterrâneo.
Ele é uma pessoa aparentemente igual a qualquer ser humano. No entanto, dele
emana uma força especial que é capaz de impactar a mente, paralisá-la sem falar e
manipular o ambiente, inclusive fazendo o tempo das pessoas presentes parar. Quem
ele é, não sei. Mestre, “extraterrestre”, imortal, não sei; apenas sei que igual a todos
nós ele não é.
PLANETA - Você é psicóloga, mas acabou penetrando num campo ainda bastante
polêmico no meio científico, a ufologia. O que fez com que seguisse nessa direção?
PLANETA - Essa ajuda dada por outros seres, muitas vezes, soa como manipulação,
ainda que voltada para uma boa causa. Isso não tiraria de nós o livre-arbítrio, uma
preciosa ferramenta da evolução humana?
Gilda - Essa ajuda soando como manipulação está ligada às nossas informações sobre
abduções e toda uma gama de distorções que muitas vezes são divulgadas, e não
relacionada com as pesquisas sérias. Os seres a que eu estou me referindo no livro
sempre estiveram por trás de toda a evolução da humanidade, seja ela consciente ou
não.
Os seres evoluídos obedecem as leis universais naturais, das quais o nosso livre-
arbítrio faz parte. O problema é que temos uma idéia muito superficial de quem
somos, de onde viemos e para onde vamos. Como podemos falar de um verdadeiro
livre-arbítrio se não enxergamos além dos nossos cinco sentidos? Nas camadas mais
profundas do nosso ser, quando atingimos o contato com o nosso ser essencial, essas
dúvidas cessam e entendemos todo o processo de comunicação que estamos
envolvidos. Somos responsáveis por essa realidade que criamos e eles estão apenas
auxiliando o nosso despertar.
Esse seqüestro, geralmente, se dá através de uma luz que suga a pessoa, e isso é
sentido fisicamente. Há uma indução de amnésia e a pessoa tem pouca memória do
que lhe ocorreu. Essas memórias são recuperadas em estado hipnótico. A partir desse
fato, consciente ou inconscientemente, a pessoa desenvolve uma série de sintomas
posteriores, que atualmente estão classificados como uma síndrome pós-abdução.
No contato de terceiro grau, a pessoa se encontra com uma nave e seres, vivendo a
experiência conscientemente. Muitas vezes ocorre o chamado contato de quinto grau
(contato apenas mental). Esse tipo de experiência é vivida como agradável, mas
também dá muito mais margem de se mesclar conteúdos e desejos da própria pessoa.
Somos interligados com todos da nossa espécie e com o universo. No caso específico
da ufologia, os estudos sérios conseguem separar o que é crença do indivíduo dos
aspectos projetados ou vivenciados por ele. De qualquer forma, continua sempre uma
grande dúvida: o que pertence somente à fantasia da pessoa ou o que foi projetado
nela por inteligência terrestre ou “extraterrestre”?
PLANETA - Em uma determinada passagem do seu livro, fica claro que você teria
recebido de extraterrestres um chip cerebral. Como isso ocorreu? Você chegou a ser
abduzida?
Gilda - Não me considero uma abduzida por que não tenho memórias típicas de
abdução. O que se passou comigo, que está descrito no livro, foram experiências muito
fortes e marcantes, e eu apenas relato as minhas observações subjetivas desses fatos.
PLANETA - Ao que parece, você acredita que teria sido escolhida por extraterrestres
para “ajudar na transformação da consciência das pessoas”. Qual o motivo de ter
recebido tal missão?
PLANETA - Você acredita que a Terra está condenada a uma grande catástrofe, como
querem os apocalípticos?
Gilda - Há dois anos parei o atendimento clínico devido às requisições por parte da
pesquisa. Eu tinha feito um grande trabalho de mapeamento cerebral de estados
alterados da consciência, vulgo estado de transe, não só das pessoas que tiveram
contato ou abdução, mas de outros grupos como paranormais, curadores, médiuns e
pessoas do Santo Daime.
Junto com o Dr. Norman Don (da Fundação Kairos), testei um total de 120 pessoas; é
o maior banco de dados de estados alterados da consciência. Tais trabalhos científicos
começaram a ser publicados recentemente, e ainda temos dados para analisar. Esses
estudos-pilotos foram feitos também com a ajuda do dr. Helio Bello, no Rio de Janeiro.
Atualmente estou prosseguindo os estudos de abdução com um grupo de cientistas
organizado por P.E.E.R., filiado à Universidade de Harvard, em Boston. Em junho,
deveremos repetir lá, com abduzidos americanos e a colaboração do dr. John Mack, o
mesmo tipo de testes que fizemos no Brasil.