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9 LIMITE E CONTINUIDADE 9.1. LIMITE Esta segdo é quase uma reprodugdo dos t6picos abordados no Cap. 3 sobre limite de fungdes de uma varidvel real, razio pela qual a maioria dos resultados sera enunciada em forma de exercicios. Definigio. Sejam f:4 C J? > RQ uma fungdo, (xo, yo) um ponto de acumulagdo de A ¢ Zum niimero real Definimos [ Para todo € > 0, existe 6 > 0 tal que. para todo POLY) HLS FONE Dy, O< MC, y) = (X. Yo) <3 Lf (ay) — Lice lim (5.9) Gos Yo) lim f(wy= (49) 4 9,90) em JL ~¢, L + €{ quando (x, y), (x, y) # (xo, yo), varia na bola aberta de centro (xp, yo) € raio 3. L significa: dado ¢ > 0, existe 6 > 0 tal que f (x, ») permanece Observagdo. De agora em diante, sempre que falarmos que f tem limite em (xo, yo), fica implicito que (xo, yo) € ponto de acumulagao de Dj. EMPLO 1. Se f(x, y) = é uma fiangdo constante, entdo, para todo (xo, yo) em’, Jim k=k, (9) Gin. Yo) Solugdo Lf, ») — k=] kk] 0; assim, dado €> 0 e tomando-se um d > 0 qualquer, 0<|| & ¥)— Go, yo) | <9 = [FG y) —k I Cos Yo) YF Cos ¥o) EXEMPLO 2. Se f(x, y) =x, para todo (x0, yo) ER’, lim f(wy)= dim x= xp. (9) Go. vo) (4) 4 Go.30) Solugdio Para todo (x, y) em’, |x — x0 | S|] (x, ») — (%o, Yo) |}. (Verifique.) Entao, dado ¢ > 0 e tomando-se 6 =¢ vem: 0<||@& Y)— Go, yo) | |x — x0] <€ ou seja, 0<[1@& ¥) — Go, Yo) |< 5 > fy) — x0 | + para todo x #0; se L>0,|f(0,y)—L|> + para todo y #0. Assim, para todo real L, a afirmagao “We>0,58>0,(y) € Dy, 0 0, existe 6, > 0 tal que o 0<1(& y) — Oo. yp) <8, SIF, y) —Li 0 acima, existe > 0 tal que [t= I< 8S yO — Vi) 0 e M> 0 sao reais fixos, entio ZL limitada lim fy) gory) =0 (6.9) 9 Wo. Yo) lim f(uy)=0 lim | fq =O, (x,y) > (x0, Ya) (2,9) (re, Yo) . 4. lim f(x yaLe lim [f(x y- L]= “(9 Gos Va) (4 9) 9 Gos Yn) lim f(yy=Le lim flay thyy tha (GY) (os Yo) th, k)— (0,0) . 6.se lim f(x yy=Ly elim g(a. y) = Ly, entto, 7" (1, 9) (Sas Yo) (x, ¥) 9 Ot, Yo) 7 a lim [flay +¢@y]=L) +L. (9) 3.06.30) b) jim Kf (x,y) = kL). (k constante) (9) Guy) Oo lim fa yga.y=LyL>. (6.9) 9 Gon v0) d) jim: Ly 1, desde que Ly + 0. (3 0.90) Lh 7. (Conservagao do sinal.) Se ,, ,, ue \ se Y=L 1 > 0, entio existira 5 > 0, (a ano tal que, para todo (x, y) € Ds O0. 3 EXEMPLO 5. Calcule, caso exista, lim". (xy) (0,0) ar + Solucdo ; para todo (x, y) # (0, 0). Assim, jim x (930.0) imitada ii im (2.9) > (0,0) EXEMPLO 6. Calcule, caso exista, lim (ny) 30.0) Solugéo Seja fix, y) = etomemos y (1)=(0, ey ()=(t, 0). 1 2 fim F1@)= jim, lim, £0200) = lim, aie Logo, jim —5— nao existe. @YFO0 x ty CUIDADO: = nto € limitada! ery Exercicios 9.1 1 Caleule, caso exista x a) tim sen b) tim (9) 0.9) (9) 10.9) lim dim (2.993 0.0) (3) 10.9) aty lim lim yoo x4 + y4 P ash en ay lim hy) tim 6.9) 0,0) Y— > 6.9) 0,0) 2 —¥ 2ay? . Seia f(x, y) = 2" (vein Exemplo 9 — Sesto 8.2) wty a) Considere a reta 7 (D) 1, bf), com a2 + b2 > 0; mostre que, quaisquer que sejam ae b, lim f(y(0) = 0. a0 ‘Tente visualizar este resultado através das curvas de nivel de f ) Caleule ii, F(5(D) onde 5 (0 = (2,0. (Annes de cabularo ite, tents prevero resukado ohand para as cuvas de nWvel def) ° ay? lim —~"_ existe? Por que? Gy 30,.0 27 +9" 3. Sejam yi e y2 curvas satisfazendo as condigdes do Exemplo 4. A afirmagao: * Fim fq) (0) = lim fQ@)=LS tim f(y y= tty it (59) 3 OI) 6 falsa ou verdadeira? Justifique. th y+k)— fw y)—2xh-k 2 * Calle tim — LEB YAH =f = BNE ie pe yyae ty. (hk) 300.0) (A, ADIL i i fk) ‘ Caleue, caso exist, fim — onde 76 dada por f(x, y (i. )9(0,0) UC, ADM si tim f(x,yy=ae lim g(u)= a © suponha (5,5) Sg HNO ae Him 8) =L. com g nto definida em ae Im fC >. Prove que lim g (f(y) = lim go. (3) 9 Gqe dp) asa Prove, ainda, que o resultado acima continua vilido se supusermos g definida em a, com g continua em a. sen (x2 + y2) 7. Calevle Lim (ay) (0.0) bane Sea (06) = fe 0 9.2. CONTINUIDADE DefinigZo. Seja f uma fungdo de duas variiveis reais a valores reais e seja (v0, yo) € Dy, com (x0, y0) ponto de acumulagdo de Ds. Definimos: yo lim La 9) > ge 9) ‘feontinua em*0> Se f for continua em todos os pontos de um subconjunto A de Ds diremos que f é continua em A. Diremos, simplesmente, que f ¢ continua se 0 for em todos os pontos de seu dominio. EMPLO 1. A fimgdo constante f (x, y) =k & continua, pois, lim f(x y)=k=f Co. ¥0) (9) (xg ¥q) para todo (xo, yo) emf’. (Veja Exemplo 1, Sedo 9.1.) . EXEMPLO 2. A fungdo f(x, y) =x & continua, pois, lim fixyy= lim x= x)= f(%.%) NOI) (> qs In) a m9 para todo (xo, yo) em Rf. (Veja Exemplo 2, Seco 9.1.) . se (1.9) #,0) « EXEMPLO 3. A fungo f(x,y) = & continua em (0, 0)? se (x,y) = (0,0) Justifique. Solugao Tomando-se 7; (t) = (t, 0) € y2 (t) = (0, t) vem, li = Ii (it O10) = i, e lim f(y2()= lim — 1 130 30 0 fim | 9) na io 6 conti Logs, geal nf no existe, e, portanto, fndo é continua em (0, 0). O préximo teorema nos diz que se g (u) ef (x, y) forem continuas ¢ se Im f C Dy, entio a fungdo composta h (x, y) = g (F(x, y)) também o sera. Teorema 1. Sejamf:A C2 + Reg: BC J ~ [RR duas funcdes tals que Im f C Dg. Se f for continua em (xo, yo) € g continua em f (xo, yo), entao a composta h (x, y) = g (f (x, y)) sera continua em (xo, yo). Demonstragao Como g (x) é continua em f (xo, yo), dado € > 0, existe J; > 0 tal que oO lu f(g, | <8, 3 1g WW — 8 Fey) 1 0 acima, existe 3 > 0 tal que @ HG, ¥) = Gov <8 SI FG, ») — Fg Yo)! < 8 De @e @ resulta, IQ, y) = Qo Yo) IS ESI 8 (FAD) — 8 FO. Yo) Rg, h: BCR’ — R trés fungées tais que (g (x. y), A (x, y)) € A, para todo (x, y) € B. Sem nenhuma dificuldade, demonstra-se que se ge h forem continuas em (xp, yo) ¢f continua em (g (xo, Yo), / (Xo, ¥0)), entdo a composta f(g (x, »), h (&, y)) sera, também, continua em (xo, yo). Este resultado, bem como os teoremas 1 ¢ 2, sdo casos particulares de um teorema mais geral sobre continuidade de fiungdes compostas, que nao enunciaremos aqui. B0.20 —— 1. Determine © conjunto dos pontos de continuidade. Justfique a resposta, a)f (x y) = 3x°y? — Sey t+ 6 B)FOuy) = {6 — 2x? — By? Of (sy) = In 2 a f(y) = Pty : 0,0 are se (3, y) #0, 0) se (1, y) = (0,0) [ones Aree | Ie SH NFOO) 1 se (x,y) # (0,0) Of&y)= re se r<1 onde r =II(x, y)Il o se rel 2 {sen (x? +92) se (a FO, %, continua em (0, 0)? Justifique. u se (a, y) # (0,0) 3. Prove que se for continua em (xo, yo) e Sef (0,30) > 0, eno exstré r > O tal que f(x, ) > O para ll (9) ~ G0, y0) 0 converge a (T, J) se, dado € > 0, existe um natural 9 tal que n> t= | Gp Yn) — GF) I< e © que (vn yn) € Dypara 7. Suponta f continua no etingule = (x, 9) © R2la<4 0 tal que [f (x, ») [SM em 4.) (Sugestdo: suponha, por absurdo, que f nio seja limitada em 4, Eno, existré (x1, y1) em A tal que [fGxt, y1) | > 1. Tomando-se © ponto médio de cada lado, divida o retingulo 4 em 4 retingulos iguais; em um deles, batizado 42, fnio sera limitada, logo existiré (x2, y2) € 2 tal que | f (v2, y2) |> 2 ete.) 8. (Teorema de Weierstras: Seja f como no Exercicio 7. Prove que f assume em A valor maximo e valor (Sugestao: veja Apéndice A2.4— Volume 1.)

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