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CENTRO UNIVERSITARIO MAURICIO DE NASSAU

Bacharelado em Odontologia

AURILENE SILVA
KAROLLAYNE MARIA
SAMMYA TAMIRES
TALINE VIEIRA

IMPORTÂNCIA DOS PROTOCOLOS CLINICOS PARA OS


PROCEDIMENTOS DE CLAREAMENTO DENTAL
REVISÃO DE LITERATURA

Teresina – PI, 04 de Junho de 2020


IMPORTÂNCIA DOS PROTOCOLOS CLINICOS PARA OS
PROCEDIMENTOS DE CLAREAMENTO DENTAL

IMPORTANCE OF CLINICAL PROTOCOLS FOR DENTAL


CLARIFICATION PROCEDURES

Aurilene Lima¹, Carolina Veloso², Karollayne Maria³, Sammya Tamires⁴, Taline Vieira⁵

1. Graduanda do Curso de Odontologia no Centro Universitário Mauricio de


Nassau.
2. Professora Doutora na disciplina Dentista Laboratorial no Centro Universitário
Mauricio de Nassau.
3. Graduanda do Curso de Odontologia no Centro Universitário Mauricio de
Nassau.
4. Graduanda do Curso de Odontologia no Centro Universitário Mauricio de
Nassau
5. Graduanda do Curso de Odontologia no Centro Universitário Mauricio de
Nassau.

RESUMO
Na atualidade a estética dentária é cada vez mais valorizada, o clareamento Dental é
uma das técnicas que vem se tornando muito popular e de fácil acessibilidade.
Visando o melhor resultado final dos tratamentos clareadores esse artigo vem por
meio da revisão de literatura evidenciar a importância do protocolo clínico tanto nos
procedimento caseiro como o de consultório. A metodologia consistiu em revisão
bibliográfica através de bases de dados Medline/Pubmed, Scielo, periódico CAPES e
Lilacs. Conclui-se que para ter um tratamento eficaz é necessário que o procedimento
seja supervisionado pelo Cirurgião Dentista, pois ele saberá concluir todas as etapas
dos protocolos de forma correta, evitando possíveis reações negativas durante e após
o procedimento de clareamento dental.
Palavras-chaves: Clareamento Dental, estética, protocolo.

ABSTRACT
Nowadays dental aesthetics are increasingly valued, Dental whitening is one of the
techniques that has become very popular and easily accessible. Aiming at the best
final result of the bleaching treatments, this article comes through the literature review
to highlight the importance of the clinical protocol in both home and office procedures.
The methodology consisted of bibliographic review through Medline / Pubmed, Scielo,
CAPES and Lilacs databases. It is concluded that in order to have an effective
treatment, it is necessary that the procedure is supervised by a dental surgeon, as he
will know how to complete all the steps of the protocols correctly, avoiding possible
negative reactions after the tooth whitening procedure.
Keywords: Dental Whitening, aesthetics, protocol.
INTRODUÇÃO
Na atualidade encontra-se diversos métodos para clarear os dentes, a técnica
é nomeada no Brasil como Clareamento Dental, sendo um procedimento
estético que está sendo utilizando ao longo do tempo, A busca pelo padrão
estético dos dentes aumenta a cada dia, o tratamento não é complexo e pode
ser executado por Cirurgião Dentista clínico no consultório ou até mesmo
caseiro quando supervisionado pelo profissional da área. Em 1989 Haywood
Heymann apresentou o clareamento dental em artigo cientifico marcando uma
grade evolução para este tratamento.
A escolha da melhor técnica dependerá de cada caso clínico, por isso é de
suma importância seguir todos os passos dos protocolos clínicos, e indentificar
as causas dos manchamentos dentais, sendo eles de caráter endógena e
exógena como por exemplo: o fumo, café em excesso, alimentação rica em
corantes, ou problemas endógenas como fluorose dental, eritoblastose fetal,
hipoplasia do esmalte dentre outros (ASQUALI,2014).
O Clareamento caseiro supervisionado é o mais utilizado pois além de ser
fácil a aplicação é mais barato, usado em uma baixa concentração de peróxido
de carbamida (10 a 16%) empregando o material em moldeira de acetato,
manuseado pelo próprio paciente. Já o clareamento de consultório tem ação
mais rápida por se usar concentração superior ao caseiro comumente o
peróxido de hidrogênio a 35%, a aplicação é feita em uma única sensação ou
mais, porém é uma técnica que causa maior sensibilidade ao paciente pois a
concentração e bem mais elevada (BARATIERI,2017).
Visto que o acesso a esses produtos está cada vez mais fácil para a
população, o uso inadequado e infinitas informações sem fundamento literário
vem causando vários efeitos negativos nos resultados finais dos tratamentos
de clareamento caseiros. Através da revisão de literatura buscaremos explanar
a importância do protocolo clínico no tratamento de Clareamento Dental,
visando afirmar que é indispensável a consulta e supervisionamento do
profissional especifico.
METODOLOGIA

Utilizou-se pesquisa bibliográfica e pesquisa qualitativa usando as seguintes


palavras-chaves: Clareamento Dental, estética, protocolo.
Fez – se uso das bases de dados: Medline/Pubmed, Scielo, periódico CAPES
e Lilacs. As publicações foram restritas apenas para a língua portuguesa e
anos de 2014 a 2019. Desfrutou – se das pesquisas sobre o tema, entre estes
foram selecionados 15 artigos entre as pesquisas mais recentes. Artigos que
não corresponderão com a temática foram descartados.

CLAREAMENTO DENTAL

É um tratamento que conserva as estruturas sadias dos dentes, deixando as


intactas, sendo acessível e de fácil realização, tem se observado uma busca
constante na atualidade, pois como o próprio nome diz, ele tem a função de
clarear dentes mais amarelados, e está classificado com um tratamento não
tão agressivo que possibilita o profissional oferecer uma boa estética para o
paciente, as técnicas que são utilizadas para dentes vitais estão classificadas
em: clareamento caseiro e clareamento de consultório, para que seja realizado
de maneira correta é necessário que se tenha um bom planejamento, como por
exemplo: caso o paciente tenha restaurações extensas de resina na face
vestibular, o ideal é que se faça primeiro o clareamento e depois troque esta
restauração para obter um melhor resultado, pode ser um tratamento único
quando o paciente busca apenas mudar a cor dos dentes, e também pode ser
associados a outros tratamentos.

Quando se pensa neste tipo tratamento de estético observa – se que desde


1860 existia métodos que proporcionavam clarear dentes escuros, usava vários
tipos de compostos (cloreto de cálcio, cloreto de alumínio, cloro, dióxido de
enxofre e hipoclorito de sódio). Em 1872 e 1878 BOGUE e CHARPEL ,
empregaram ácido oxálico para clarear dentes vitais e não vitais, ao longo dos
anos houve vários progressos, até que pode se chagar na técnica de
Clareamento caseiro e supervisionado que foram impostas por HAYWOOD e
HEYMANN no ano de 1989, onde se utilizava peróxido de carbamida a 10% ,
este tratamento surgiu através de uma análise feita por um ortodontista
chamado Dr. Bill klusmier durante um tratamento para pacientes com doenças
gengivas ele indicava um antisséptico bucal (gly- oxide) sendo observado
por ele que além de tratar as inflamação também clareava os dentes sendo
uma técnica de Grande evolução na odontologia.

É de grande importância que o profissional esteja atento às alterações que


ocorre na cor dos dentes, pois a cor e estabelecida pela a dentina que é mais
amarelada e o esmalte que mais translúcido, com o passar do tempo o esmalte
sofre alterações como degradação ficando mais evidente a coloração da
dentina, onde estás alterações elas podem ser endógenas e exógenas , sendo
que as endógenas ocorre ao longo do desenvolvimento dos germes dentários
como por exemplo amelogense imperfeita que é um Conjunto de Deficiência
no esmalte apresentando modificação de cor das coroas, hiperplasia do
esmalte que e uma modificação da matriz orgânica do esmalte, fluorose dental
que ocorre por grandes ingestão de flúor durante as formação dos dentes
decíduos, alteração por tetraciclinas pois elas atravessam a barreira
planetária causando uma maior deposição nos dentes e osso causando uma
descoloração.

As alteração exógenas que ocorre depois do desenvolvimento dos dentes


onde se classifica como extrínsecas e intrínsecas, onde as extrínsecas são
manchas externas observadas nas coroas, causadas por corantes como o
café, coca cola, sucos , cigarros, também por matérias odontológico como o
amálgama e o eugenol, e as intrínsecas tem origem nas câmaras pulpares com
hemorragias internas, necrose, calcificação Distrófica da polpa , estas
mudanças também podem ocorrer por desgastes fisiológicos causando uma
exposição da dentina que é mais amarelada.
MECANISMOS DE AÇÃO DOS AGENTES CLAREADORES

Podem ser escolhido de acordo com o planejamento do cirurgião dentista,


alguns agentes clareadores podem se diferenciar na concentração e no tempo
de ação.
O manchamento dental ocorre devido a constituição de estruturas
quimicamente estáveis, responsáveis pela instalação progressiva de manchas
na coroa dental. O processo do clareamento envolve a oxidação, que consiste
em um processo químico onde os materiais orgânicos são transformados em
dióxido de carbono e água. Os pigmentos são compostos de muitas
quantidades de moléculas de carbono. Essas são divididas e
convertidas em compostos intermediários que são mais translúcido. A
reação química muda o número, e a posição dos átomos que constitui essas
moléculas.
Ao continuar o procedimento de clareamento as cadeias de carbono são
transformada em CO2 e H2O, sendo liberado aos poucos junto com o oxigênio
nascente. O ponto de saturação é a fase em que ocorre o limite do
clareamento, a partir dessa etapa os pigmentos não são mais clareados e o
agente clareador começa a atuar em outros compostos que apresentam
cadeias de carbono, como as proteínas da matriz do esmalte.
O correndo então a perda de estrutura dental, por isso é necessário saber
quando cessar o processo, pois, no momento em que há perda de estrutura
dental perde - se todo as vantagens estéticas do clareamento.
Além do estudo do mecanismo de ação das alterações de cores e os
mecanismos envolvidos no clareamento pode - se apontar que a eficácia da
técnica depende: de um adequado diagnóstico de qualidade, tratamento com
bom plano, seleção da técnicas adequada, associada ao potencial do agente
clareador e documentação completa do caso incluindo radiografias e
fotografias iniciais. Para a eficácia do tratamento deve-se ser dadas
orientações aos paciente e sua participação durante o processo clareador é
de grande relevância.
TIPOS

Podemos classificar o clareamento dental em dois tipos: Clareamento dental


interno e clareamento dental externo, dependendo da necessidade de cada
paciente, sendo assim as seguintes especificações.

Clareamento dental interno, é indicado para pacientes que passaram por


tratamento endodôntico (tratamento de canal), o produto clareador é
administrado no interior dos dentes, inserido na “câmera pulpar” acima da
junção almelodentinaria, aproveita – se o acesso já utilizado anteriormente para
obter melhores resultados.

Clareamento dental externo, é todo procedimento utilizado fora do dente, é o


mais comum, são procedimentos que podem ser executados no consultório
odontológico ou até mesmo na casa do paciente com o auxílio de moldeiras
que é depositado o produto clareador (gel oxidante). A carbamida como agente
clareador geralmente está presente nos clareadores caseiros, já o peróxido de
hidrogênio nos clareadores de consultório. Justamente devido a concentração.
A combinação das técnicas poderá ser feita dependendo da avaliação clínica,
não há protocolo pronto é um tratamento individual.

PROTOCOLO DE CLAREAMENTO DENTAL EM DENTES VITAIS


E EM DENTES NÃO VITAIS

A busca pelo clareamento dos dentes aumenta cada vez mais, pois os
pacientes procuram restabelecer a harmonia estética, aumentando assim sua
autoestima; dessa forma é dever do profissional da odontologia realizar um
tratamento satisfatório e sem iatrogênicas no procedimento; pensando nisso,

foram realizados protocolos de cada tratamento de clareamento .


PROTOCOLO DE CLAREAMENTO DE CONSULTÓRIO

Paciente que busca por um clareamento dos dentes em pouco tempo, o mais
indicado é clareamento de consultório, onde a concentração do produto é maior
em relação ao clareamento caseiro; além disso, o Cirurgião Dentista tem um
maior controle do procedimento.

Para que ocorra sucesso no tratamento do clareamento dental, é importante


que o profissional siga todos os passos do protocolo de forma criteriosa. Como:

1. Realizar anamnese e exame clinico;


É necessário um planejamento antes de iniciar as sessões de
clareamento, observando se o paciente tem restaurações que devam ser
trocadas no final do tratamento;
Observar se o paciente possui doença periodontal, ou outro tipo de
problema que interfira no tratamento de clareamento, como sensibilidade
dentária, fluorose;
2. Realizar uma profilaxia de todos os dentes, com a pedra pomes
misturada com água;
3. Registro da cor do dente; utilizando escada de cores Vita Clássica, e
uma fotografia antes do procedimento de clareamento;
É importante o profissional registrar o tratamento antes de inicia-lo para
fazer uma comparação do antes e do depois, e mostrar para o paciente
o resultado.
4. Isolamento dos tecidos gengivas; com protetor gengival TopDam, e foto
polimerizar para que o material pegue presa; fazer uso de afastador
labial e língua.
Essa etapa é de extrema importância para evitar o contato do material
de clareamento com os tecidos moles;
5. Aplicação do material clareador nos dentes, o Peróxido de Hidrogênio a
35%, na face vestibular, de segundo pré-molares à segundo pré-
molares; fazer uso de luz ultravioleta para acelerar a reação foto-fenton,
por 30 a 50 minutos;
6. Se necessário, a remoção e reaplicação do material;
7. Remover o material com um sugador;
É necessário remover o produto antes com o sugador para não ocorrer
de entrar em contato com os tecidos moles da cavidade bucal, e
ocasionar lesões e irritações;
8. Remover a barreira gengival e o afastador labial e lingual; lavar os
dentes com água;
9. Fazer polimento com uma pasta diamantada e disco de feltro;
10. Aplicação de flúor neutro nos dentes;
11. No final do procedimento é importante o profissional dar recomendações
para o paciente;
Como não usar alimentos ou bebidas ácidas, com corantes; e manter
uma boa higiene oral.

PROTOOCOL DE CLAREAMENTO CASEIRO SUPERVISIONADO

O clareamento caseiro ocorre de uma forma mais lenta, devido a uma menor
concentração do produto, normalmente é usado o peróxido de hidrogênio, e
peroxido de carbomida 10% - 16%, além disso, existe um produto (carbopol),
que torna o processo mais lento, prolongando a liberação de oxigênio; outra
desvantagem desse clareamento é a dependência do processo com o
paciente, pois o Cirurgião Dentista não tem o controle do procedimento (SILVA,
2014).

É necessário seguir passo a passo para um tratamento eficaz; como:

1. Fazer anamnese e exame clinico do paciente; realizando um diagnóstico


e o planejamento;
2. Realizar a profilaxia dos dentes com pedra pomes e água;
3. Registrar a cor do dente inicial com uma escala de cor Vita Clássica, e
tirar fotografias;
4. Realizar moldagens com alginato, das arcadas dos dentes superiores e
inferiores, para obter os modelos de gesso;
5. Confeccionar as moldeiras individuais através de placa base de silicone
ou de acetato de 0,9mm na plastificadora a vácuo;
6. Recorte das moldeiras, com 1mm acima da margem da gengiva;
7. Fazer a prova das moldeiras no paciente, caso necessário realizar
ajustes nas moldeiras;
8. Entregar 1 seringa do material peroxido de carbomida 16% para uma
semana
9. Fazer instruções escritas para o paciente quanto ao uso do gel clareador
e os cuidados que ele deve tomar (usar de 3-4 horas por dia; não fazer
uso de alimentos e bebidas com corantes, ou que sejam ácidas; usar o
produto apenas na face vestibular dos dentes, na quantidade de meio
grão de arroz no centro de cada dente é suficiente; realizar a higiene dos
dentes corretamente e das moldeiras com água; voltar no consultório
depois de uma semana).

INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES PARA DENTES VITAIS

O clareamento de consultório é indicado para pacientes com dentes na


alterações de coloração em vários elementos, causado principalmente por
fatores extrínsecos, como corantes de alimentos e bebidas; cigarro; pacientes
com alteração da pigmentação por tetraciclina; fluorose suave. Mas é contra
indicado para pacientes que possuem alta sensibilidade dentária, dentes com
comprometimento pulpar; dentes com lesões de erosão, abfração e abração e
pacientes com amplas restaurações na face vestibular do dente.

O clareamento caseiro supervisionado é indicado para pacientes que possui


sensibilidade nos dentes, pois a concentração do agente clareado é menor. Ele
tem o mesmo efeito do clareamento de consultório, entretanto o resultado é
mais lento. É contra indicado para pacientes com xerostomia; pacientes com
lesões na mucosa.

PROTOCOLO DE CLAREAMENTO DE DENTES NÃO VITAIS


Esse tipo de clareamento é realizado no interior do dente, na câmara pulpar,
tem como finalidade remoção de pigmentos cromóforos, causados por traumas,
restos de materiais deixado na hora de um tratamento endodôntico,
extravasamento de sangue da câmara pulpar; essa remoção é feita com
materiais oxidantes (REIS, LOGUERCIO, 2009).
Existe duas técnicas de clareamento de dentes não vitais, a técnica imediata
(POWER BLEACHING) e a técnica mediata (WALKING BLEACH). Na técnica
imediata é usado fonte de calor para aumentar a liberação de oxigênio e a
permeabilidade do dente, diminuindo o tempo do clareamento (GARONE,
2002).
Antes do profissional iniciar o tratamento, deve informar ao paciente de que o
dente pode mudar novamente de cor com o tempo, e que existe alguns riscos
no tratamento, como a reabsorção externa da raiz; para que não ocorra
nenhuma falha no tratamento de clareamento de dentes não vitais é importante
o profissional realizar todos os passos corretamente; por isso é importante um
protocolo das etapas.

1. Fazer anamnese, exame clinico e radiografia;


2. Realizar profilaxia dos dentes, com pedra pomes e água;
3. Registro da cor do dente do paciente, usando escala de cor Vita
Clássica, realizar fotografia inicial;
4. Registro da altura da coroa clínica;
5. Abertura coronária, para ter acesso a câmara pulpar, usando
instrumento rotatório de alta velocidade, com acesso pela
palatina/lingual ou centro de fossa;
6. Fazer o isolamento absoluto, ou relativo;
7. Acesso ao canal radicular, desobturação de 2-3 mm do conduto
radicular, fazer um selamento cervical com ionômero de vidro ou com
resina composta, para impedir que o matéria clareador passe para a
junção cemento esmalte, e para os ligamentos periodontais evitando
causar reabsorção externa da raiz;
8. Fazer a lavagem da cavidade e do conduto com água oxigenada a
3% ou hipoclorito de sódio a 1%;
9. Aplicação de ácido fosfórico à 37% por 15 segundos e lavar por 30
segundos, apenas na primeira sessão;
10. Aplicação do material clareador (pasta de perborato de sódio +
peróxido de hidrogênio à 30%) na câmara pulpar, nas faces
vestibular e palatina (walking bleach);
11. Se necessário fazer a troca de curativo por 1 ou mais sessões;
12. Repetir o tratamento semanalmente (por 6 semanas);
13. Remoção do agente clareador da câmera pulpar;
14. Aplicação de hidróxido de cálcio com água destilada ou soro
fisiológico com restauração provisória por uma semana
15. Remoção e limpeza da do hidróxido de cálcio, e restauração
definitiva.

MICROABRASÃO DO ESMALTE

A microabrasão não é um procedimento de clareamento em si, mas pode estar


associado a esse tratamento; pois tem como finalidade remover manchas
extrínsecas e intrínsecas da parte superficial do esmalte, que é causada por
diferentes fatores, como uso de fumo excessivo, alimentos com corantes, lesão
de cárie branca, manchas por administração de Tetraciclina, mal formação de
tecidos dentários, fluorose de grau leve e moderado; A microabrasão do
esmalte é um processo de desgaste mecânico e químico feito com ácidos
clorídrico e partículas de sílica abrasivas ou ácido fosfórico 37% com pedra
pomes; realizado em uma única sessão( MARSO et al).
Esse procedimento é realizado por algumas etapas importantes:
1. Fazer a anamnese e exame clínico; usar foto polimerizador na face
palatina dos dentes afetados para descobrir profundidade da mancha;
2. Fazer registo inicial com escala de cor e fotografia;
3. Fazer uso do óculos de proteção no paciente e no profissional;
4. Realizar profilaxia dos dentes;
5. Proteger os tecidos gengivais com vaselina para evitar irritação gengival
e fazer isolamento absoluto;
6. Usar o produto de microabrasão na face vestibular dos dentes afetados
pela mancha;
7. Realizar a abrasão do esmalte por 10 a 20 segundos com uma pontas
de silicone em baixa rotação;
8. Lavar com água todo o material;
9. Verificar se é necessário uma nova aplicação;
10. Realizar polimento com pastas diamantadas e discos de feltro nos
dentes;
11. Fazer uma aplicação tópica de flúor neutro.

Esse tratamento é indicado para pacientes com manchamento superficial,


causado por fluorose leve e moderada, trauma, alimento e bebidas com
corantes, fumo, cáries brancas, após-remoção de braquetes ortodônticos;
antes é possível a remoção através da microabrasão. É contra indicado para
pacientes com manchas profundas, como caso de fluorose grave e em casos
de hipoplasia (SUNDFELD, R.H. et al).

INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇOES EM DENTES NÃO VITAIS

A maior preocupação dos profissionais com o clareamento dos dentes


despolpados é o risco de ocorrer reabsorção externa da raiz em até 7 anos
após o tratamento de canal (BARATIERI, et al., 2017).

A causa de hemorragia na câmara pulpar; alteração da cor por materiais


Esse tipo de clareamento é indicado para dentes tratados endodôntico, onde
ficou restou de materiais no interior da coroa proporcionando o escurecimento
do dente; alteração da cor por causa de trauma no dente; escurecimento do
dente por restauradores e presença de prata ou eugenol no conduto radicular
quando o dente for obturado (REIS, LOGUERCIO, 2009).

O tratamento clareador é contraindicado para pacientes que apresentam


presença de cáries e lesões periapicais; com histórico de reabsorção radicular
externa e com sensibilidade dental; pacientes com dentes trincados ou com
exposição dentinária; pacientes com câncer; para pacientes que possuem
dentes com manchas severas causado por tetraciclinas (Grau IV); em dentes
com pouco remanescente dentário e dentes com grandes perdas coronária
(LEONARDO, MARIO ROBERTO, 2005).

CONCLUSÕES
De acordo com pesquisas realizadas na literatura, concluímos que a auto
estima é um fator crucial para a qualidade de vida de cada indivíduo, cabe ao
Cirurgião Dentista proporcionar um atendimento satisfatório e seguro, sem
nenhuma iatrogênica no procedimento; apesar do tratamento clareador ser
considerado seguro e não traumático, existem alguns riscos que podem levar
a falhas, como reabsorção externa da raiz em dentes despolpados e
extravasamento de material clareador para os tecidos moles; esses tipos de
problemas podem ser evitados pelo profissional que segue os passos dos
protocolos de atendimento para o tratamento de clareamento dental, tendo
resultados amplamente satisfatórios. Porém constatamos a necessidade de
mais estudos nessa área, com pesquisas aprofundadas sobre o mecanismo de
ação dos materiais clareadores.

Referências
BARATIERI, L. N.; MONTEIRO JUNIOR, S. et al. Odontologia Restauradora:
Fundamentos e Possibilidades. 2ª edição. São Paulo: Santos, 2017.
REZENDE, A. R. R.; SANTOS, C. F.S.; carreamento de dentes despolpados:
revisão de literatura. Rio de janeiro, 2019.
REIS, A.; LOGUERCIO, A. D. Materiais Dentários Diretos: dos Fundamentos à
Aplicação Clínica. 1ª edição. São Paulo: Santos, 2007.
SILVA, Marcelo B. avaliação do clareamento dental caseiro com diferentes
protocolos de utilização: ensaio clínico randomizado. Porto Alegre, 2014.
ASQUALI, E. L.; BERTAZZO, C. A.; ANZILIERO, L. Estudo dos efeitos do
clareamento dental sobre o esmalte: uma revisão das evidências para a
indicação clínica, v.38, n.141, p. 99-108, 2014.

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