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Introdução

A impotência sexual, também conhecida


como disfunção erétil, é a incapacidade do homem em
iniciar ou manter uma ereção do pênis suficiente para
haver relações sexuais.

A impotência masculina é uma condição bastante


comum, que pode afetar de forma importante a
autoestima e a qualidade de vida dos pacientes, assim
como os seus relacionamentos.

Existem várias causas para a impotência masculina,


incluindo idade avançada, problemas físicos e distúrbios
psicológicos. Algumas das causas físicas incluem
diabetes, doenças cardíacas e hipertensão arterial. As
causas psicológicas incluem ansiedade, estresse,
depressão e problemas de relacionamento.

O tratamento para a impotência masculina depende da


causa subjacente da condição. Algumas opções de
tratamento incluem medicamentos prescritos, terapia
sexual, mudanças no estilo de vida, como exercícios
físicos e alimentação saudável, e cirurgia em casos
extremos.

Se você está enfrentando problemas de impotência


masculina, é importante conversar com seu médico. Com
o tratamento adequado, é possível superar essa
condição e recuperar uma vida sexual satisfatória.

Neste artigo, exploraremos as causas, sintomas e opções


de tratamento da impotência masculina. Continue lendo
para descobrir como lidar com essa condição e recuperar
sua autoconfiança.
Disfunção erétil
Os homens apresentam quatro grandes grupos de
problemas sexuais:

 Disfunção erétil.
 Ejaculação precoce .

 Falta de libido.

 Dificuldades para ejacular.

Cuidar da saúde sexual é essencial para uma vida plena


e satisfatória. Infelizmente, a impotência sexual pode se
tornar um obstáculo significativo, afetando a qualidade
dos relacionamentos e prejudicando a autoestima. Além
disso, a disfunção erétil pode levar à depressão e outros
problemas emocionais. Embora não seja uma condição
que represente riscos à vida, a impotência sexual merece
atenção e tratamento adequado para garantir o bem-
estar e a felicidade do paciente.

É importante salientar que ter dificuldades eventuais na


ereção não é considerado impotência. Para ser
considerada disfunção erétil, o homem precisa ser
incapaz de ter ou manter ereções em pelo menos 75%
das tentativas. Não conseguir ter ereção satisfatória por
vez ou outra é completamente normal e acontece com
todos os homens, mesmo os mais jovens.

Também é importante diferenciar a impotência sexual da


falta de libido. Na disfunção erétil, o homem sente desejo
sexual, mas é incapaz de manter ou iniciar uma ereção
satisfatória. Na falta de libido, a ereção não ocorre por
ausência de interesse sexual.

A prevalência da impotência sexual aumenta com a idade


e com a presença de outras doenças, como diabetes,
hipertensão, doenças cardíacas, obesidades, etc. Estima-
se que entre 30 a 40% dos homens acima dos 40 anos
apresentam algum grau de disfunção erétil.

Como se dá a ereção do pênis?


A função sexual masculina é controlada pela interação
dos sistemas neurológico, hormonal, vascular e
psicológico. Qualquer distúrbio em um desses sistemas
pode causar problemas de ereção.

Saber como surge a ereção é importante para entender a


impotência sexual e como funcionam os atuais
tratamentos, como o Viagra.

Grosso modo, podemos resumir a ereção como um


evento vascular, desencadeado por sinais neurológicos e
facilitado por um adequado meio hormonal e psicológico.
Explico.

A ereção do pênis ocorre quando o corpo cavernoso,


duas estruturas esponjosas em forma de cilindros
paralelos dentro do pênis, ficam cheios de sangue. O
pênis enche-se de tal modo que comprime as suas veias,
impedindo que o sangue retorne para o resto do
organismo.

Anatomia do pênis
O corpo cavernoso fica, assim, cheio de sangue,
mantendo a ereção até o final do estímulo sexual.
Quando há um orgasmo ou quando o estímulo para a
ereção acaba, o corpo cavernoso se esvazia, o pênis
volta a ficar flácido.

Para o corpo cavernoso se encher de sangue, é preciso


um sinal do sistema nervoso central, liberando uma
substância chamada óxido nítrico. Esse
neurotransmissor age relaxando os vasos sanguíneos do
corpo cavernoso, facilitando a entrada de sangue no
mesmo. Enquanto houver óxido nítrico no corpo
cavernoso, o pênis se manterá cheio de sangue e,
consequentemente, ereto; quando os níveis de óxido
nítrico caem, a ereção termina.

Fatores psicológicos e hormonais, como alterações nos


níveis de testosterona e dos hormônios da tireoide, por
exemplo, podem interferir nesse eixo neurológico-
vascular da ereção.

Ereção noturna
A ereção noturna do pênis é um fenômeno normal que
ocorre durante o sono profundo e não está relacionada a
existência de sonhos eróticos. Este tipo de ereção inicia-
se na adolescência e persiste por boa parte da vida.

A presença de ereções noturnas normais em homens


com disfunção erétil fala a favor de causas psicológicas
para a mesma, enquanto homens que não apresentam
ereções nem durante o sono, normalmente têm algum
problema orgânico por trás. Homens com dificuldades em
atingir estágios de sono profundo também podem não
apresentar esse tipo de ereção.

Causas e fatores de risco


Apesar de a idade ser popularmente conhecida como o
principal fator de risco para a disfunção erétil, na
verdade, o envelhecimento em si não é tão culpado
quanto as doenças que surgem com ele.

Uma pessoa mais velha e completamente saudável, sem


medicamentos, é plenamente capaz de conseguir
ereções satisfatórias na maioria dos casos. Um homem
saudável de 65 anos pode ter mais “potência” que um
homem de 40 anos com histórico de diabetes e doenças
cardiovasculares.

Entre as doenças e problemas mais relacionados à


disfunção erétil podemos citar:

 Diabetes mellitus .
 Hipertensão .

 Obesidade .

 Doença cardiovascular.

 Dislipidemia .

 Tabagismo .

 Alcoolismo .

 AVC.

 Insuficiência renal crônica .

 Doenças da tireoide .

Qualquer doença crônica pode aumentar o risco de


impotência sexual; para piorar o quadro, muitos dos
medicamentos usados no tratamento dessas doenças
também colaboram para a disfunção erétil. Estima-se que
até 1/4 dos casos de impotência sejam causados por
fármacos. Antidepressivos e medicamentos para
hipertensão (todas as classes) são os principais vilões.

Falamos mais especificamente da impotência provocada


por fármacos no artigo: 86 Medicamentos que podem
causar disfunção erétil .
Existem ainda outras causas para a disfunção erétil,
entre elas, traumas na região pélvica,
quimioterapia, radioterapia na região pélvica, cirurgias
para câncer de próstata , cirurgias na região pélvica e
andar de bicicleta por demasiado tempo (ciclistas
profissionais).

Grande parte dessas doenças causam distúrbios em um


dos dois principais sistemas da ereção:

 Impedem uma boa vascularização do pênis.


 Interferem na produção e na liberação do óxido
nítrico.
Impotência de origem psicológica
Nem toda disfunção erétil está relacionada a alguma
doença orgânica; fatores psicológicos também podem ser
os responsáveis. Estresses do dia a dia podem causar
perda de concentração e queda na libido, interferindo no
desempenho masculino. Problemas profissionais,
financeiros ou matrimoniais são as causas mais comuns.

Além dos estresses cotidianos, a ansiedade pelo ato


sexual também é uma causa comum de impotência. A
obrigação que a sociedade impõe ao homem de sempre
ter que estar pronto para satisfazer a mulher,
transformando uma falha em algo vergonhoso, acaba
sendo muita pressão para algumas pessoas.

A ansiedade em relação ao desempenho sexual acaba


crescendo se o homem já experimentou dificuldades de
ereção anteriormente. Em alguns casos, a preocupação
em ter e manter a ereção acaba se tornando o principal
foco, fazendo com que o ato sexual em si torne-se
secundário. Esse nervosismo se transforma em uma bola
de neve, causando novos episódios de impotência, que
por sua vez, levam à mais ansiedade.
A depressão é outra causa comum de disfunção erétil.
Assim como na ansiedade, esse processo pode se
autoalimentar. Muitos homens não aceitam que seu
desempenho sexual irá diminuir com o passar dos anos,
e, em alguns casos, episódios de incapacidade para
manter a ereção podem levar a quadros depressivos.

Antes de seguirmos, veja esse vídeo com dicas para o


tratamento da disfunção erétil de origem psicológica.

Tratamento
Durante muitos anos tratamos a impotência sexual como
uma consequência natural do envelhecimento, como se
pessoas mais velhas não tivessem direito a uma vida
sexual ativa. Até há alguns anos pessoas idosas não
procuravam ajuda médica quanto desenvolviam
impotência, aceitando a disfunção erétil como algo
inevitável e incontornável.

Como já explicado, na maior parte dos casos de


disfunção erétil, há uma causa orgânica por trás. Quando
não há uma doença crônica conhecida, a dosagem
sanguínea dos hormônios da tireoide, da testosterona e
da prolactina são necessários para se determinar se há
uma ambiente hormonal adequado para a ereção.

Um melhor controle das doenças crônicas, do ambiente


hormonal e a suspensão, quando possível, de
medicamentos que possam estar atrapalhando, são
importantes no tratamento da disfunção erétil.

Perder peso, praticar exercícios regularmente e parar de


fumar são medidas que comprovadamente melhoram a
disfunção sexual.

Inibidores da Fosfodiesterase Tipo 5


No final da década de 1990 houve uma revolução no
tratamento da impotência sexual com o advento dos
fármacos da classe dos inibidores da fosfodiesterase
tipo 5 (inibidores da PDE5).

Os principais inibidores da PDE5 disponíveis no mercado


são:

 Sildenafil (Viagra®).
 Vardenafil (Levitra®).

 Tadalafil (Cialis®).

 Avanafil (Spedra®).

A fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) é uma substância que


age eliminando o óxido nítrico da circulação sanguínea,
provocando diminuição da quantidade de sangue no
corpo cavernoso. Portanto, medicamentos que inibam a
ação da PDE5, aumentam o tempo de permanência do
óxido nítrico e, consequentemente, facilitam o início e
manutenção da ereção.
Esses novos medicamentos para impotência não devem
ser usados sem avaliação médica, não só pelos riscos de
efeitos adversos, mas também porque, sem uma
completa avaliação, eles podem ser ineficazes.

Se o paciente apresenta, por exemplo, deficiência de


testosterona, somente um remédio para impotência não
irá resolver o problema. Nos diabéticos, apenas 50%
apresentam resposta aos comprimidos. Se o problema for
de ordem vascular, nem sempre aumentar o óxido nítrico
irá resultar.

1. Sildenafil (Viagra®): foi a primeira droga dessa classe


a ser lançada. Deve ser tomada 1 hora antes das
relações e sua ação inicia-se após 30 minutos e dura em
média 4 horas.

2. Vardenafil (Levitra®): é um fármaco semelhante ao


sildenafil, com mais ou menos a mesma eficácia, tempo
de ação e efeitos colaterais.

3- Tadalafil (Cialis®): apresenta como principal


diferencial o fato da ação da droga iniciar-se com apenas
15 minutos, podendo durar por até 36 horas. Isto não
significa que o paciente terá uma ereção que dure 36
horas, mas sim que, dentro de um intervalo de 36h, ele
terá mais facilidade em ter ereções quando houver
estímulo sexual.

4. Avanafil (Spedra®): é o mais novo fármaco da classe


e apresenta rápido efeito, podendo ser tomado 15
minutos antes da relação. Desta classe de fármacos
parece ser o que tem maior ação sobre a PDE5.

No final das contas, as quatro opções apresentam


eficácia semelhantes, ficando a critério do paciente
escolher aquela que ele mais se adapta, considerando o
preço e a posologia.

Os inibidores da PDE5 podem causar queda da pressão


arterial e nunca devem ser tomados por pacientes que
usam nitratos. Pacientes com doenças cardíacas ou
medicados com medicamentos para hiperplasia da
próstata também devem ter cuidado com este
medicamento.

Para saber mais detalhes sobre o Viagra, Cialis e Levitra,


leia: Remédios para impotência: Viagra, Cialis e
Levitra

Os inibidores da PDE5 são atualmente a primeira escolha


no tratamento da disfunção erétil e apresentam taxa de
eficácia acima de 70%.

Quando não há resposta ou quando o paciente não pode


tomar essas drogas, existem outras opções para o
tratamento da impotência; entre elas podemos citar a
administração de drogas com injeção intra peniana ou
intra uretral. Existem também alguns aparelhos que agem
criando vácuo, favorecendo a circulação de sangue para
o pênis.

A implantação de uma prótese peniana é atualmente um


tratamento de 3ª linha, sendo indicado apenas quando os
tratamentos descritos anteriormente não apresentam
sucesso.

- P U B L I C I D A D E -

Referências

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