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Governos estaduais divulgaram na última semana protocolos de ações para combater ameaças à comunidade

escolar.
Em geral, a partir das características e estruturas de cada unidade federativa, foi proposto que as secretarias
atuem de forma integrada também com os órgãos de inteligência As alternativas incluem, por exemplo, ampliação do
policiamento escolar, telefones para denúncia e até medidas como o "botão do pânico".
Por outro lado, professores chamam a atenção para o fato de que é necessário aperfeiçoar medidas protetivas,
e que as secretarias atuem em rede.
Diretora do Sindicato dos Professores de Escolas Públicas do Distrito Federal, Luciana Custódio afirma que é
preciso evitar militarização de escolas, que tem se mostrado ineficiente. “Temos múltiplas realidades: escolas com
estrutura e outras sem condições, em comunidades desassistidas. É preciso que a escola seja, de fato, um ambiente de
paz.”
Nas administrações estaduais, o fluxo que deve ser seguido para dar agilidade às denúncias foi pormenorizado
para que as reações contra a violência sejam mais rápidas.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2023-04/violencia-nas-escolas-estados-definem-protocolos-de-combate

Violência escolar corresponde ao uso da força e/ou agressividade dentro do contexto/ambiente escolar e pode
se manifestar entre todos os atores sociais da comunidade escolar: estudantes, professores, coordenadores,
responsáveis e demais funcionários.
As consequências destas ações têm efeitos em todos os envolvidos: tanto nas vítimas quanto nos autores. Os
resultados vistos são: depressão, suicídios, distúrbios comportamentais, prejuízo às atividades em sala de aula e
abandono escolar.
[...]
As análises de questões que envolvem a violência escolar geralmente são feitas sob a ótica social e/ou psicológica.
Entretanto, não é possível definir uma única causa para esta questão: o problema da violência é profundo e complexo.
Há um conjunto de motivos que podem explicar a violência nas escolas, as causas são variadas e dependem do
contexto que as instituições estão inseridas.
Especialistas acreditam que o aumento do número de casos de violência nas escolas é reflexo da pandemia. Isso
porque durante o ensino remoto, período em que as escolas estavam fechadas, parte das crianças e adolescentes teriam
desaprendido a ouvir e controlar emoções, por exemplo.
https://www.politize.com.br/violencia-escolar/ (texto adaptado)

Foi confirmado também no estudo que ser adolescente negro, mulher ou LGBTQIA+ intensifica ainda mais a
vivência de violências na Grande São Paulo. Ao todo, 25% das mulheres e 37% dos entrevistados que se identificam como
LGBTQIA+ reportam já ter sofrido violência sexual. No recorte étnico, adolescentes negros foram duas vezes e meia mais
abordados por agentes de segurança pública em comparação com brancos.
“Estar exposto a alguns tipos de violência, como racismo, machismo, LGBTfobia pode ter impactos na construção
de uma imagem positiva de si. Além desses impactos, podemos olhar para a saúde mental. Esses jovens podem
apresentar maiores riscos de desenvolver quadros depressivos ou mesmo tendências suicidas”, afirma Tamires.
Assim, é possível notar que a violência na sociedade brasileira acaba recaindo com mais intensidade sobre as
minorias da população. “As pessoas que sofrem com isso diariamente têm essa percepção, mas acho que elas não
conseguem pautar esse tema na sociedade, porque são basicamente as pessoas mais pobres, que estão nas periferias da
cidade. Esse é um grande desafio que nós temos, um problema bem sério”, aponta o professor Dácar.
https://jornal.usp.br/atualidades/dados-mostram-que-oito-em-cada-dez-jovens-ja-presenciaram-atos-de-violencia-nas-escolas/

PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Caminhos
para combater a violência nas escolas brasileiras”. Apresente a proposta de intervenção social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto
de vista.

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