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Padrão de

Instalações
Prediais
Padrão de Instalações
Prediais

PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Av. Nossa Senhora da Penha, 387/cobertura – Ed. Liberty Center
CEP: 29.055-131 – Praia do Canto – Vitória – Espírito Santo
Sumário
1. INTRODUÇÃO

1.1. HISTÓRICO DA CONCESSÃO


1.2. O GÁS NATURAL
1.2.1. O QUE É O GÁS NATURAL
1.2.2. COMBUSTÍVEL ECOLÓGICO
1.3. SISTEMA DE SUPRIMENTO DO GÁS NATURAL
1.3.1. PRODUÇÃO
1.3.2. PROCESSAMENTO
1.3.3. TRANSPORTE
1.3.4. DISTRIBUIÇÃO
1.3.5. ESPECIFICAÇÕES COMERCIAIS
1.3.6. VANTAGENS DO GÁS NATURAL COMO COMBUSTÍVEL

2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1. OBJETIVO DO PADRÃO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS NATURAL


2.2. CAMPO DE APLICAÇÃO
2.3. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
2.4. APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS
2.5. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
2.6. TERMINOLOGIA
2.7. SIMBOLOGIA

3. TIPO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS

3.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


3.1.1. REDE SECUNDÁRIA DE ALTA PRESSÃO
3.1.2. REDE SECUNDÁRIA DE BAIXA PRESSÃO
3.1.3. RAMAL EXTERNO
3.1.4. REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA.
3.2. INSTALAÇÃO TIPO 1
3.3. INSTALAÇÃO TIPO 2

4. RAMAL EXTERNO

5. ABRIGO DE MEDIDORES E REGULADORES

6. REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA

7 REGULARIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES E ADEQUAÇÃO DE AMBIENTES

7.1. INSTALAÇÃO E REGULARIZAÇÃO DE APARELHOS A GÁS


7.2. REQUISITOS DOS AMBIENTES PARA INSTALAÇÃO DE APARELHOS A GÁS
7.2.1. HABILITAÇÃO
7.2.2. REQUISITOS GERAIS
7.2.3. VENTILAÇÃO GERAL
7.2.4. EXAUSTÃO DOS PRODUTOS DE COMBUSTÃO
7.2.5. VERIFICAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS HIGIÊNICAS DE AQUECEDORES DE ÁGUA A GÁS NAS INSTALAÇÕES
RESIDENCIAIS.
7.3. EXAUSTÃO DOS PRODUTOS DA COMBUSTÃO
7.4. CHAMINÉ INDIVIDUAL COM TIRAGEM NATURAL
7.5. CHAMINÉ COLETIVA COM TIRAGEM NATURAL

8 INSTRUÇÕES TÉCNICAS

8.1. INSTALAÇÃO DE REGULADORES DE PRESSÃO


8.2. INSTALAÇÃO DE MEDIDORES VOLUMÉTRICOS
8.3. CARACTERÍSTICAS DOS MEDIDORES VOLUMÉTRICOS
8.4. DIMENSIONAMENTO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO
8.4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
8.4.2. FATOR DE SIMULTANEIDADE
8.4.3. CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO COM PRESSÕES: P > 7,5 KPA
8.4.4. CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO COM PRESSÕES: P ≤ 7,5 KPA
8.4.5. CÁLCULO DAS VARIAÇÕES DE PRESSÃO DEVIDO À ALTURA.
8.4.6. CÁLCULO DA VELOCIDADE DO GÁS NAS TUBULAÇÕES.
8.4.7. PARÂMETROS APLICÁVEIS AO DIMENSIONAMENTO
8.4.8. EXEMPLO DE CÁLCULO PARA UMA RESIDÊNCIA UNI FAMILIAR
8.4.9. DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DOS APARELHOS DE UTILIZAÇÃO.
8.4.10. DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE CADA TRECHO
1. Introdução

1.1 Histórico da Concessão

Em 16 de dezembro de 1993, a Petrobrás Distribuidora obteve a concessão para distribuição de gás natural
canalizado no Espírito Santo, por cinqüenta anos.
O fornecimento de Gás Natural Canalizado para o grande público em Vitória iniciou-se no ano de 2002, com
a adesão do sistema pelo hotel Comfort Inn, da rede Accor, localizado na orla de Camburi. Em fevereiro de 2003, foi a
vez do segmento residencial iniciar o consumo de Gás Natural, com o Condomínio Uirapuru inaugurando o setor.
A Petrobrás Distribuidora tem como missão o atendimento aos seus clientes com qualidade,
disponibilizando o gás natural com confiabilidade e segurança, trabalhando sempre com responsabilidade social e
respeito ao meio ambiente e garantindo práticas seguras baseadas em valores e princípios éticos.
Todas as atividades da Petrobrás Distribuidora são reguladas pela Agência de Serviços Públicos de Energia
do Estado do Espírito Santo – ASPE, órgão do governo estadual capixaba.

1.2 O Gás Natural


1.2.1 O que é o Gás Natural
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, que à temperatura ambiente e pressão atmosférica,
permanece no estado gasoso. É um combustível incolor, inodoro, de queima mais limpa que os combustíveis fósseis
tradicionais. É usado para aquecer e esfriar, produzir eletricidade, entre outras aplicações.

1.2.2 Combustível ecológico


São inúmeras as vantagens econômicas do uso do gás natural, porém a sua maior contribuição é a melhoria
dos padrões ambientais. Ao substituir, por exemplo, a lenha, o gás reduz o desmatamento. Principalmente nas
grandes cidades, ele diminui drasticamente a emissão de compostos de enxofre e particulados, sem gerar cinzas ou
detritos poluentes oriundos da utilização de outros combustíveis. O gás natural é o combustível mais ecologicamente
correto de que se pode dispor, em escala compatível com a demanda.
No mundo há grandes reservas de gás natural, o que vem fazendo com que a utilização deste combustível
assuma importância cada vez maior na matriz energética mundial.

1.3 Sistema de Suprimento do Gás Natural


1.3.1 Produção
Ao ser produzido, o gás deve passar inicialmente por vasos separadores, que são equipamentos projetados
para retirar a água, os hidrocarbonetos que estiverem em estado líquido e as partículas sólidas (pó, produtos
corrosão, etc.). Caso esteja contaminado por compostos de enxofre, o gás é enviado para Unidades de
Dessulfurização, onde esses contaminantes são retirados.
Após essa etapa, uma parte do gás é utilizada no próprio sistema de produção, em processos conhecidos
como reinjeção e gás lift, com a finalidade de aumentar a recuperação do petróleo no reservatório. O restante do gás
é enviado para processamento, que é a separação de seus componentes em produtos especificados e prontos para
utilização.

1.3.2 Processamento

Nesta etapa, o gás segue para unidades industriais, conhecidas como UPGN's / UTGN's (Unidades de
Processamento de Gás Natural e Unidades de Tratamento de Gás Natural), onde será desidratado (isto é, será
retirado o vapor d'água) e fracionado, gerando os seguintes produtos: metano e etano, que formam o gás processado
ou residual; propano e butano, que formam o gás liquefeito de petróleo e um produto na faixa da gasolina,
denominado C5+ ou gasolina natural.

1.3.3 Transporte
No estado gasoso, o transporte do gás natural é feito por meio de dutos ou da armazenagem
em cilindros de alta pressão, como gás natural comprimido (GNC). No estado líquido, como
gás natural liquefeito (GNL), pode ser transportado por navios, barcaças e caminhões
criogênicos, a -160°C, e seu volume é reduzido em cerca de 600 vezes, facilitando o
armazenamento. Nesse caso, para ser utilizado, o gás deve ser revaporizado em
equipamentos apropriados.

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1. Introdução

1.3.4 Distribuição
A distribuição é a etapa final do sistema de suprimento, quando o gás chega ao consumidor, que pode ser
residencial, comercial, industrial automotivo, ou a termelétricas (geração de energia). Nessa fase, o gás já deve
atender a padrões rígidos de especificação e estar praticamente isento de contaminantes, para não causar
problemas aos equipamentos, nos quais serão utilizados como combustíveis ou matérias-primas.

1.3.5 Especificações comerciais


A Agência Nacional do Petróleo, através da Portaria n.°104, de 8 de julho de 2002, estabelece a especificação do
gás natural, de origem nacional ou importado, a ser comercializado em todo o território nacional. A tabela
apresentada abaixo reproduz as disposições do Regulamento Técnico ANP n.° 3/2002 estabelecido pela citada
Portaria.

Limite
Características Unidade Norte Nordeste Sul/SE/CO

Poder calorífico superior (PCS) 34.000


kJ/m³ 35.000 a 42.000
a 38400

Índice de Wobbe kJ/m³ 40500 46500 a 52.500


a 45.000

Metano, min. % vol. 68,0 86,0

Etano, máx. % vol. 12,0 10,0

Propano, máx. % vol. 3,0

Butano e mais pesados, máx % vol. 1,5

Oxigênio, máx. % vol. 0,8 0,5

Inertes (N² + CO²),máx. % vol. 18,0 5,0 4,0

Nitrogênio % vol. Anotar 2,0

Enxofre total, máx. mg/m³ 70,0

Gás Sulfídrico (H²S), máx. mg/m³ 10,0 15,0 10,0

Ponto de Orvalho de água


a 01 atm, máx. °C -39 -39 -45

Observações gerais:
1 – Os limites são referidos a 293,15 K (20° C) e 101,325 kPa (1 atm) em base seca, exceto ponto de orvalho.
2 – Para a região Norte, o gás natural veicular deve atender os limites da região Nordeste.
3 – O gás odorizado não deve apresentar teor de enxofre total superior a 70 mg/m³.
4 – Para métodos de ensaio e outras observações ver Reg. Técnico ANP n.° 3/2002, anexo à Portaria n.° 104.

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1. Introdução

1.3.6 Vantagens do gás natural como combustível

O uso do gás natural como combustível é dominante, em substituição a praticamente todos os demais.
Essa preferência decorre da facilidade do seu manuseio e pelo limitado efeito ambiental da sua queima.
Enumerar as vantagens dessa utilização pode ser um exercício bastante complexo, pela variedade de enfoques
possíveis, mas fundamental para atender aos objetivos deste trabalho.

O quadro mostrado abaixo apresenta uma listagem das vantagens do uso do gás natural, levando em
consideração as condições brasileiras e os objetivos deste trabalho.

Vantagens Macroenconômicas

Diversificação da matriz energética


Fontes de importação regional
Disponibilidade ampla, crescente e dispersa
Desafogo dos sistemas de transporte rodo-ferro-hidroviário
Atração de capitais externos de risco
Melhoria do rendimento energético
Maior competitividade das indústrias
Geração de energia elétrica junto aos centros de consumo
Diversificação da matriz energética
Fontes de importação regional
Disponibilidade ampla, crescente e dispersa
Desafogo dos sistemas de transporte rodo-ferro-hidroviário
Atração de capitais externos de risco
Melhoria do rendimento energético
Maior competitividade das indústrias
Geração de energia elétrica junto aos centros de consumo

Vantagens Ambientais

Baixíssima presença de contaminantes


Combustão mais limpa
Não emissão de particulados (cinzas)
Não exige tratamento dos gases de combustão
Rápida dispersão de vazamentos
Emprego em veículos automotivos

Vantagens Diretas para o Usuário


Fácil adaptação das instalações existentes
Não investimento em armazenamento e menor uso de espaço
Menor corrosão dos equipamentos e menor custo de manutenção
Menor custo de manuseio do combustível
Menor custo das instalações
Combustão facilmente regulável
Elevado rendimento energético
Admite grande variação do fluxo
Pagamento após o consumo
Menores prêmios de seguro
Custo bastante competitivo com outras alternativas

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2. Informações Gerais

2.1 Objetivo do Padrão de Instalações Prediais de Gás Natural


Este Padrão de Instalações Prediais de Gás Natural apresenta os critérios e as recomendações técnicas que
deverão ser exigidas – no mínimo – para os estudos, projetos, dimensionamento, execução e inspeção das
instalações prediais de gás natural (GN) nos segmentos residencial e comercial, cujo abastecimento se dará através
das redes secundárias de baixa pressão da Petrobrás Distribuidora, considerando que a pressão máxima de
trabalho no interior dessas edificações seja a igual a 150 kPa (1,53 kgf/cm²).
Este Padrão, ainda no seu objetivo, considera e prioriza os seguintes fatores:

¦ A segurança do usuário, edificações, equipamentos e aparelhos de utilização a gás.


¦ A conveniência de localização e facilidade de operação dos diversos componentes da instalação.
¦ A funcionalidade da instalação, aliada à sua racionalidade e otimização.
¦ O atendimento aos projetistas e construtores e aos demais profissionais da construção civil
envolvidos com a instalação predial de gás.

2.2 Objetivo do Padrão de Instalações Prediais de Gás Natural


Este Padrão se aplica às instalações prediais de gás natural (GN) destinadas tanto às propriedades públicas
quanto às privadas.
Os critérios e as recomendações técnicas deste Padrão são aplicáveis às novas construções, bem como às reformas
e ampliações das instalações existentes.
Este Padrão não se aplica às instalações quando o gás for utilizado exclusivamente em processos
industriais.
A conversão para o gás natural (GN) das instalações anteriormente atendidas pelo gás liquefeito de petróleo
(GLP), também deverá atender aos critérios e às recomendações técnicas deste Padrão, bem como aos demais
quesitos das Normas referenciadas.

2.3 Atribuições e Responsabilidades


O estudo, projeto, dimensionamento, execução e inspeção das instalações, bem como sua modificação e
necessária manutenção, são de exclusiva competência de profissionais devidamente qualificados e registrados no
respectivo órgão de classe, devendo para tanto apresentar a devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
As alterações no projeto da rede de distribuição interna somente devem ser executadas após a aprovação
por profissional responsável, devendo tal alteração ser devidamente registrada.
A empresa responsável pela execução da rede de distribuição interna deve possuir procedimentos definidos
e pessoais devidamente qualificados para a execução dos serviços, bem como registros e evidências que possam
comprovar tal capacitação.
Após a execução do teste de estanqueidade, dever ser emitido o laudo técnico correspondente pelo
responsável registrado no respectivo órgão de classe, acompanhado da devida Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART).
A conversão das instalações prediais de gás é de exclusiva competência da Concessionária, com exceção
dos aparelhos de utilização a gás, que poderão ser adaptados por outros profissionais devidamente qualificados
(representantes de assistências técnicas, etc.).

2.4 Apresentação de Projetos de Instalações Prediais de Gás


Os projetos para instalações em edificações que serão abastecidos pelo Sistema de Distribuição de gás natural,
deverão ser constituídos pelos seguintes documentos:

¦ Fluxograma da Instalação Interna;


¦ Desenho isométrico (sem escala);
¦ Desenhos de implantação da Instalação Interna, nas áreas de servidão comuns do edifício;
¦ Desenhos de implantação Interna, no interior de cada Unidade Usuária a ser atendida;
¦ Planta de Locação do(s) Abrigo(s) de Medidores, indicando seu posicionamento em relação ao
logradouro onde está localizada a rede de distribuição secundária, que abastecerá a U
¦ Desenho de Detalhes do(s) Abrigo(s) de Medidores;
¦ Relação e Especificação Técnica dos materiais a serem utilizados;
¦ Memorial Descritivo;
¦ Memória de cálculo para dimensionamento da tubulação;
¦ ART – Anotação de Responsabilidade Técnica do Projeto da Rede de Distribuição Interna.

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2. Informações Gerais

2.5 Referências Normativas

O uso deste Padrão, naquilo que couber, não isenta o profissional da necessária consulta às Normas
Brasileiras e suas respectivas revisões, além das demais normas internacionais aplicáveis.

As Normas relacionadas a seguir contêm disposições e conceitos que, na medida em que são citadas
neste Regulamento, constituem prescrições aplicáveis ao referido documento.

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão.


NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
NBR 5580 – Tubos de aço carbono para usos comuns de condução de fluidos.
NBR 5883 – Solda branda.
NBR 5590 – Tubos de aço carbono com requisitos de qualidade para condução de fluidos.
NBR 6925 – Conexões de ferro fundido maleável de classe 150 e 300, com rosca NPT para tubulação.
NBR 6493 – Emprego de cores para identificação de tubulações.
NBR 6943 – Conexões de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISSO 7 – 1, para tubulações.
NBR 7541 – Tubo de cobre sem costura para refrigeração e ar condicionado.
NBR 8130 – Aquecedor de água a gás tipo instantâneo.
NBR 10542 – Aquecedor de água a gás tipo acumulação.
NBR 11720 – Conexões para unir tubo de cobre por soldagem ou brasagem capilar.
NBR 12727 – Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais – Dimensões.
NBR 12912 – Rosca NPT para tubos – Dimensões.
NBR 13103 – Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam gás combustível.
NBR 13127 - Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais - Especificações.
NBR 13128 – Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais – Método de ensaio.
NBR 13206 – Tubos de cobre leve médio e pesado para condução de água e outros fluidos.
NBR 13531 – Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas.
NBR 13723-1 – Aparelho doméstico de cocção a gás – Desempenho e segurança.
NBR13723-2 – Aparelho doméstico de cocção a gás – Uso racional de energia.
NBR 14177 – Tubo flexível metálico para instalações domésticas de gás natural.
NBR 14461 – Sistemas para distribuição de gás combustível para redes enterradas – Tubos e conexões de
polietileno PE 80 e PE 100 – instalação em obra por método destrutivo (vala a céu aberto).
NBR 14462 – Sistemas para distribuição de gás combustível para redes enterradas – Tubos de polietileno PE 80
e PE 100 – Requisitos.
NBR 14463 – Sistemas para distribuição de gás combustível para redes enterradas – Conexões de polietileno
PE 80 e PE 100 – Requisitos.
NBR 14745 – Tubo de cobre sem costura flexível para condução de fluidos – requisitos.
NBR 15277 – Conexões com terminais de compressão para uso com tubos de cobre – Requisitos.
NBR 15345 – Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Procedimento
NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais -
Projeto e execução
NBR NM-ISSO 7-1:200 – Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca – Parte 1:
Dimensões, tolerâncias e designação.
NBR IEC 60529 – Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP).
ANSI/ASME B16.3 – Malleable iron & flanged fittings
ANSI/ASME B16.5 – Pipe flanges & flanged fittings.
ANSI/ASME B16.9 – Factory-made wrought steel butt welding fittings.
ANSI/ASME/FCI.70.2 – American national standard for control valve seat leakage.
EN 331 – Manually operated ball valves and closed bottom taper plug valves for gas installations for buildings.
NR 6 – Equipamento de proteção individual (EPI).
NR 8 – Edificações – Condições de execução dos serviços no ambiente de trabalho.
NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas.
NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
NR 23 – Proteção contra incêndio.
NR 26 – Sinalização de segurança.
NR 27 – Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho e Previdência
Social.
NR 28 – Fiscalização e penalidades – Registro e responsabilidade civil e técnica dos serviços perante os órgãos
fiscalizadores.

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2. Informações Gerais

2.6 Terminologia

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.


Abrigo de medidores e/ou reguladores – Compartimento destinado à proteção de um ou mais medidores e/ou
reguladores com seus respectivos complementos.
Alinhamento – Linha de divisa entre o imóvel e o logradouro público, geralmente definido por muro ou gradil.
Altura Equivalente – Altura da chaminé, consideradas todas as resistências de seus componentes.
Analisador de Combustão – Aparelho destinado a analisar a composição dos gases da combustão e quantificar
seus componentes mais importantes, podendo ainda medir ou calcular outros parâmetros importantes da
combustão.
Aparelho a Gás ou Aparelho de Utilização a Gás – Aparelho instalado nas unidades consumidoras (UC) para
utilização de gás combustível.
Aparelhos de Circuito Aberto – São aparelhos a gás que utilizam o ar necessário para efetuar a combustão
completa, proveniente da atmosfera do próprio ambiente onde estão instalados, e que necessitam, portanto, de
determinadas condições de ventilação no ambiente, ou seja, entrada de ar e saída dos produtos da combustão.
Aparelhos de Circuito Fechado – São aparelhos a gás onde o circuito de combustão (entrada e saída dos
produtos de combustão) não tem qualquer comunicação com a atmosfera do ambiente onde estão instalados.
Aquecedor de Água – Aparelho à gás de circuito aberto ou fechado, destinado ao aquecimento de água para a
unidade consumidora. Esse aparelho pode ser do tipo instantâneo ou do tipo acumulação.
Autoridade Competente – Órgão, repartição pública ou privada, pessoa jurídica ou física investida de
autoridade pela legislação vigente, para examinar, aprovar, autorizar ou fiscalizar as instalações de gás, baseada
em legislação específica local. Na ausência de legislação específica, a autoridade competente é a própria
entidade pública ou privada que projeta e/ou executa a instalação predial de gás, as adequações de ambientes,
instalação de aparelhos e acessórios, bem como aquelas entidades devidamente autorizadas pelo poder público
a distribuir gás combustível.

BSP – (British Standard Pipe) – Tipo de rosca britânica que tem como característica filetes dispostos
paralelamente quando a rosca é interna e conicamente quando a rosca é externa.

Chaminé – Duto acoplado ao aparelho a gás que assegura o escoamento dos gases da combustão para o
exterior da edificação.
Chaminé Coletiva – É o duto que conduz para o exterior os gases provenientes de aquecedores a gás, através
da conexão das respectivas chaminés individuais.
Chaminé Individual – É o duto que conduz os gases provenientes de um aparelho de utilização para área livre
exterior, para prisma de ventilação ou para chaminé coletiva.
Chaminé Primária – Elemento de ligação entre o aquecedor a gás e o defletor.
Concessionária de Gás – Empresa pública ou privada responsável pelo fornecimento, abastecimento,
distribuição e venda de gás canalizado.
Consumidor – Pessoa física ou jurídica que, após solicitação formal encaminhada à concessionária, é
abastecida pela rede de gás natural, assumindo a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações pactuadas
no contrato de fornecimento.
Conversão – É a operação de adaptação de uma instalação ou aparelho de utilização para garantir seu pleno
funcionamento com outro tipo de gás combustível, distinto daquele originalmente utilizado. Esse processo
considera tanto os aspectos operacionais quanto os de segurança, previstos em norma e procedimentos
aplicáveis.
CRM – Conjunto de equipamentos, instalado pela Concessionária, nas dependências do usuário, destinado à
regulagem da pressão e à medição do volume de gás fornecido.

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2. Informações Gerais

2.6 Terminologia

Defletor – Dispositivo destinado a estabelecer o equilíbrio aerodinâmico entre a corrente dos gases de
combustão e o ar exterior.
Densidade Relativa do Gás – Relação entre a densidade absoluta do gás e a densidade absoluta do ar seco,
na mesma pressão e temperatura.

E
Economia – É a propriedade servindo de habitação ou ocupação para qualquer outra finalidade, podendo ser
utilizada independentemente das demais.
Exaustão Forçada – Retirada dos gases de combustão através de dispositivos eletromecânicos.
Exaustão Natural – Retirada dos gases de combustão sem a utilização de dispositivos eletromecânicos,
somente com a utilização de dutos ascendentes ou horizontais e ascendentes.

F
Fator de Simultaneidade (F) – Relação percentual entre a potência verificada, com que trabalha
simultaneamente um grupo de aparelhos, servidos por um determinado trecho de tubulação, e a soma da
capacidade máxima de consumo desses mesmos aparelhos. O coeficiente redutor assim definido, deverá ser
considerado nas avaliações, estudos, projetos ou execução das instalações prediais de gás.

Gás Natural (GN) – Hidrocarbonetos combustíveis gasosos, essencialmente metano, cuja ocorrência nos
depósitos subterrâneos pode estar associada ou não à ocorrência de petróleo. O gás natural não é um derivado
do petróleo.
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – Produto derivado do petróleo, constituído de hidrocarbonetos com três ou
quatro átomos de carbono (propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se em mistura entre si e
com pequenas frações de outros hidrocarbonetos.

Inspeção – Vistoria técnica efetuada por técnicos credenciados da concessionária ou contratados por esta,
durante ou após a fase de execução das instalações de gás, para verificação do cumprimento do projeto
aprovado previamente e observação da aplicação dos critérios e recomendações técnicas contidas neste
Regulamento e nas Normas Técnicas em vigor.
Instalação Interna – Trecho da instalação predial de gás no interior da propriedade (pública ou privada).
Instalação Predial – Conjunto de tubulações, válvulas, reguladores, medidores e aparelhos de utilização a gás,
com os necessários complementos, destinados à condução e ao uso de gás natural no interior de uma edificação
(comercial ou residencial), e que se inicia na rede secundária de baixa pressão, a partir do ramal externo.

Limite de Propriedade – Linha que separa a propriedade do logradouro público ou do futuro alinhamento já
previsto pela prefeitura.
Logradouro Público – Designação de todas as vias de uso público, oficialmente reconhecido pela prefeitura.

M
Medidor – Termo genérico designativo do aparelho destinado à medição do consumo de gás.
Medidor Coletivo – Aparelho destinado à medição do consumo total de gás de um conjunto de edificações.
Medidor Individual – Aparelho que mede o consumo total de gás de uma edificação.

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2. Informações Gerais

2.6 Terminologia

Número de WOBBE – Relação entre o poder calorífico superior do gás, expresso em kcal/m³, e a raiz quadrada
da sua densidade em relação ao ar.

Pedido de Ligação – Documento formalmente emitido pela Concessionária e que deverá ser preenchido pelo
futuro consumidor, antes do efetivo fornecimento de gás para a edificação.
Perda de Carga – Perda da pressão do fluido (ar, água, óleo ou gás), devido ao atrito ao longo da tubulação e
seus acessórios, e também pela restrição de passagem em válvulas, reguladores e queimadores.
Perda de Carga Localizada – Perda de pressão do fluido devido ao atrito nos acessórios da tubulação.
Plug (Bujão) – Elemento roscado destinado à vedação em extremidades de tubulações.
Poder Calorífico – Quantidade de calor que se desprende na combustão completa de uma unidade de volume
de gás. O poder calorífico é expresso em kcal/m³. Cada combustível possui seu próprio poder calorífico, que
corresponde à capacidade do combustível na geração de calor.
Poder Calorífico Inferior (PCI) – Quantidade de calor liberada pela combustão completa de uma unidade em
volume ou massa, permanecendo os produtos da combustão na forma gasosa e sem a condensação do vapor
d'água contido.
Poder Calorífico Superior (PCS) – Quantidade de calor liberada pela combustão completa de uma unidade em
volume ou massa, levando-se em conta os produtos da combustão, por resfriamento, à temperatura da mistura
inicial (condensação do vapor d'água).
Ponto de Água Fria – Extremidade da tubulação de água destinada a receber a conexão de entrada de água
fria dos aquecedores de água instantâneos (de passagem) ou de acumulação.
Ponto de Água Quente – Extremidade da tubulação de gás destinada a receber a conexão de entrada de água
quente dos aquecedores de água instantânea (de passagem) ou de acumulação.
Ponto de Entrega – Local de transferência de custódia do gás, localizado imediatamente à jusante do medidor
onde ocorre a medição para faturamento.
Ponto de Instalação – Extremidade da tubulação de gás destinada a receber o medidor.
Ponto de Utilização (Ponto de Gás) – Extremidade da tubulação de gás destinada à conexão de algum aparelho
de utilização de gás.
Potência Nominal – Quantidade de calor contida no combustível, consumida na unidade de tempo, pelo
aparelho de utilização a gás, com todos os queimadores acesos, devidamente regulados e com os registros
totalmente abertos, indicada pelo fabricante.
Potência Adotada (A) – Potência expressa em kW ou kcal/min, utilizada para o dimensionamento do trecho em
questão.
Potência Instalada (I) ou Potência Computada (C) – Somatório das potências máximas dos aparelhos de
utilização de gás, expresso em kW ou kcal/min, que potencialmente podem ser instalados a jusante do trecho em
questão.
Prisma de Ventilação – Também denominado poço de aeração, é o espaço situado no interior das edificações
que permite a ventilação de compartimentos diretamente ligados a ele e também permite a descarga das
chaminés dos aparelhos a gás.
Produtos da Combustão – produtos, no estado gasoso, resultante da combustão do gás.
Projeto da Instalação – Conjunto de documentos que definem e esclarecem todos os detalhes da instalação de
gás canalizado previsto para uma ou mais economias.
Prumada – Tubulação vertical, interna ou externa à edificação, parte constituinte da rede interna, que conduz o
gás para um ou mais pavimentos.
Prumada Individual – Prumada que abastece um único consumidor.
Prumada Coletiva – Prumada que abastece diversos consumidores.
Purga – Limpeza total de uma tubulação ou equipamento. É a expulsão do ar ou gás residual existente na
tubulação, para evitar a formação de mistura combustível/ar na condição em que se torna explosiva.

12
2. Informações Gerais

2.6 Terminologia

Q
Queda Máxima de Pressão – Queda de pressão admissível causada pela soma da perda de carga nas
tubulações e acessórios e pela variação de pressão com o desnível, devido à densidade relativa do gás.

Ramal Externo – Trecho de tubulação que deriva da Rede Primária ou Secundária e termina no conjunto de
regulagem e medição instalado pela Concessionária nas unidades usuárias.
Rede de Distribuição Interna – Conjuntos de tubulações e acessórios situados dentro do limite da propriedade
dos consumidores, após o regulador de primeiro estágio ou estágio único, para GLP, e após o regulador de
pressão e na inexistência dos mesmos após o limite de propriedade dos consumidores, para GN.
Rede Secundária de Alta Pressão – Conjunto de tubulações, válvulas, peças especiais e demais componentes,
com pressão maior que 7,0 kgf/cm² e menor ou igual a 19,0 kgf/cm², que conduz o gás da Estação Redutora
Primária até a Estação Redutora Secundária ou CRM.
Rede Secundária de Baixa Pressão – Conjunto de tubulações, válvulas, peças especiais e demais
componentes, com pressão menor ou igual 7,0 kgf/cm², que conduz o gás da Estação Redutora Primária ou
Estação Redutora Secundária até o CRM.
Regulador de 1º Estágio – Dispositivo instalado no CRM destinado à redução da pressão do gás conduzido
através do ramal, antes de sua entrada na rede interna primária, para uma valor máximo de 150 kPa
(1,53Kgf/cm²).
Regulador de 2º Estágio – Dispositivo instalado no interior da edificação destinado à redução da pressão do
gás, antes de sua entrada na rede interna secundária, para um valor adequado ao funcionamento dos aparelhos
de utilização nas unidades consumidoras (1,96 kpa; ou até 7,5 kPa).
Regulador de 3º Estágio ou Estabilizador – Dispositivo instalado no interior da edificação destinado à redução
da pressão do gás para um valor adequado ao funcionamento do aparelho de utilização nas unidades
consumidoras (1,96 kPa ou 200mmca ).
Regulador de Estágio Único - Dispositivo instalado no CRM destinado à redução da pressão do gás conduzido
através do ramal, antes de sua entrada na rede primária, para o valor máximo de 1,96 kpa (200 mmca) ou até
7,5 kpa (750 mmca).

S
Sistema de Distribuição de Gás - Conjunto de tubulações, reguladores de pressão e outros componentes que
recebem o Gás de Estação de Transferência de Custódia e o conduz até o Ramal Externo da edificação ou da
Unidade Consumidora.

T
Terminal de Chaminé – Dispositivo instalado na extremidade da chaminé, com a finalidade de impedir a entrada
de água da chuva e reduzir os efeitos adversos dos ventos na saída da chaminé.
Tubo Luva – Tubo no interior do qual a tubulação de gás é montada e cuja finalidade é não permitir o
confinamento de gás em locais não ventilados.
Tubo Flexível – Tubo de material metálico, facilmente articulável, com características comprovadas e aceitas em
conformidade com as Norma NBR 14177, e empregado para interligação do aparelho ao ponto de utilização.

V
Válvula de Alívio - Válvula projetada para reduzir rapidamente a pressão, a jusante dela, quando tal pressão
excede o máximo estabelecido.
Válvula de Bloqueio Manual – Válvula instalada com a finalidade de interromper o fluxo de gás mediante
acionamento manual.
Válvula de Bloqueio Automático (shut off) – Válvula instalada com a finalidade de interromper o fluxo de gás
sempre que a sua pressão exceder o valor pré-ajustado. O desbloqueio deve ser feito manualmente.
Volume Bruto de um Ambiente – É o volume delimitado pelas paredes, piso e teto. O volume da mobília ou
utensílios que estejam contidos no ambiente não deve ser considerado no cálculo.

13
2. Informações Gerais

2.7 Simbologia

14
3. Tipos de Instalações

3.1 Considerações Iniciais


Antes da apresentação dos diagramas típicos é necessário definir os limites de pressões (máximos)
ocorrentes nos diversos trechos da instalação predial, inclusive naqueles que a antecedem.
Os limites de pressões adotados pela Concessionária, aplicável a este Padrão e devidamente classificados,
são os seguintes:

3.1.1 Na Rede Primária


▪ Pressão de operação: Pressão > 19,0 kgf/cm².

3.1.2 Na Rede Secundária de Alta Pressão


▪ Pressão de operação: 7,0 kgf/cm² < Pressão ≤ 19,0 kgf/cm².

3.1.3 Na Rede Secundária de Baixa Pressão


▪ Pressão de operação: Pressão ≤ 7,0 kgf/cm².

3.1.4 No ramal Externo


▪ Pressão de Operação: 2,5 kgf/cm² < Pressão ≤ 7,0 kgf/cm².
▪ Construído pela Concessionária em logradouro público.

3.1.5 Na rede de Distribuição Interna


Para o trecho entre o regulador de pressão de 1.° estágio e o regulador de pressão de 2.° estágio,
pressão ≤ 150 kPa (1,53 kgf/cm²).
Para o trecho entre o regulador de pressão 2.° estágio e o aparelho de utilização, pressão ≤ 7,5 kPa
(0,0765 kgf/cm²).
Construída pelo cliente, através de empresa ou profissional devidamente capacitado, dentro do limite da
propriedade.

3.1 Instalação Tipo 1


Edificação onde a
redução de pressão
final – de 4,0 kgf/cm²
para 0,02 kgf/cm² -
ocorre CRM - sendo as
prumadas e as
medições
individualizadas, e o
fornecimento em baixa
pressão através do
regulador de estágio
único.
§ MEDIDORES INSTALADOS
E MANTIDOS PELA
CONCESSIONÁRIA (BR).

§ MEDIDORES UTILIZADOS
PARA A MEDIÇÃO FISCAL
(EMISSÃO DE CONTAS
INDIVIDUALIZADAS)

15
3. Tipos de Instalações

3.3 Instalação Tipo 2

Edificação onde a redução de pressão ocorre em dois ou três estágios consecutivos:


de 4,0 kgf/cm² para até 1,53 kgf/cm²; e de 1,53 kgf/cm² para 0,02 kgf/cm²; ou de 1,53 kgf/cm² para 0,0765 kgf/cm²
e de 0,0765 kgf/cm² para a pressão final de 0,02 kgf/cm² .

Na instalação Tipo 2, a prumada coletiva opera com a pressão máxima de 1,53 kgf/cm² e, a partir do
regulador de 2.° estágio localizado junto aos medidores individuais nos pavimentos, a pressão é rebaixada para
0,02 kgf/cm2.

3.3 3.1.Instalação Tipo 2

Edificação onde a

§ MEDIDORES INSTALADOS
E MANTIDOS PELO
CONDOMÍNIO PARA
RATEIO DA CONTA ÚNICA.

§ MEDIDOR ÚNICO INSTALADO E


MANTIDO PELA CONCESSIONÁRIA
(BR).

§ MEDIDOR UTILIZADO
PARA A MEDIÇÃO FISCAL
(EMISSÃO DE CONTA ÚNICA)

16
4. Ramal Externo

4.1
O dimensionamento, projeto e a construção do ramal externo deverão ser executados pela concessionária,
pois depende das condições de operação da rede secundária de baixa pressão.

4.2
Quando for inevitável a passagem do trecho do ramal externo, situado em terreno da edificação por
estruturas ou por locais, cuja pavimentação não possa ser danificada ou aberta (no caso de pisos raros, corredores
com movimento intenso ou outras situações semelhantes), a tubulação deverá ser inserida em tubo luva, cujo
diâmetro deverá ser 1” (25,4 mm) maior do que o diâmetro do ramal. Essa condição, em caso de vazamento, permitirá
a substituição de item ou remoção de trechos da tubulação.

4.3
O Ramal Externo é o trecho da tubulação que deriva da Rede Primária ou Secundária e termina no conjunto
de regulagem e medição instalado pela Concessionária nas unidades usuárias.

4.4
O Ramal Externo estará sempre definido pela existência de um ou mais clientes, aos quais deverá suprir com
o gás natural disponibilizado pelo Sistema de Distribuição.

4.5
A inserção do Ramal Externo no Sistema de Distribuição se dá através do Tê de serviço e junto a esse é
instalada uma válvula de bloqueio automático (GASTOP), cuja finalidade é interromper o fluxo de gás para a
edificação, em caso de excesso de vazão ocorrente à jusante.

4.6
Um desenho típico do Ramal Externo é mostrado na figura abaixo, onde são indicados os elementos
construtivos junto com o CRM padrão:

17
4. Ramal Externo

Desenho Típico do Ramal Externo


- Planta e Elevação -

18
5. Abrigos de Medidores e Reguladores

5.1
Todo projeto de edificações deverá prever local próprio para abrigar medidores e/ou reguladores, sejam eles
instalados pelo cliente ou instalados pela Concessionária.

5.2
O abrigo de medição coletiva, a ser instalado pela Concessionária poderá ter suas dimensões variando de
acordo o Tipo I ou Tipo II.

5.3
A instalação do CRM caracteriza um sistema de regulagem e medição coletiva, podendo ou não haver
medidores individuais, instalados pelo próprio cliente (unifamiliar) ou pela administração do condomínio
(multifamiliar).

5.4
O abrigo do CRM deverá ser construído, preferencialmente junto ao limite da propriedade e com a porta de
acesso voltada para o interior da referida propriedade.

5.5
Em casos especiais e a critério do projeto, o medidor ou o próprio abrigo poderá ser montado voltado para o
logradouro público, desde que garantida uma altura mínima de 0,80 m e ponto de visita. Tudo isso definido após a
elaboração de uma APR (Análise Preliminar de Risco).

5.6
O abrigo de medidores e/ou reguladores de uma edificação isolada deverá ser construído em local de fácil
acesso, pertencente à própria edificação e o mais próximo possível do limite da propriedade.

5.7
Os abrigos dos medidores individuais deverão ser alocados no pavimento térreo.
5.8
Somente em casos excepcionais, será permitida a localização de medidores no subsolo, desde que sejam
asseguradas iluminação e ventilação natural.
5.9
Junto à entrada de cada medidor, deverá ser instalada uma válvula de bloqueio manual pela Concessionária.

5.10
As dependências dos edifícios (corredores, entradas principais e de serviço, áreas cobertas, etc.),
destinadas à localização dos medidores, deverão ser mantidas amplamente ventiladas e iluminadas.

5.11
Os abrigos de medidores e/ou reguladores deverão permanecer limpos e não poderão ser utilizados para
depósito ou para qualquer outro fim que não seja aquele a que se destinam.

5.12
O acesso aos abrigos de medidores e/ou reguladores deverá permanecer desimpedido para facilitar a
inspeção, leitura de consumo e interrupção de fornecimento como medida preventiva de segurança em casos de
escapamento de gás.

19
5. Abrigos de Medidores e Reguladores

Desenho Típico de CRM


- Tipo I – (1,00 x 0,60 x 0,40)

Desenho Típico de CRM


- Tipo II – (0,70 x 0,60 x 0,30)

5.13
Será permitida a adoção de sistemas de medição do volume de gás à distância – telemetria – desde que
sejam observados os seguintes aspectos:

¦ Os medidores deverão ser instalados de acordo com as regras de segurança estabelecidos neste
regulamento
¦ .Inexistência de interferências elétrico-eletrônicas que prejudiquem a leitura.
¦ O local de medição e leitura do consumo de gás, quando a opção pela medição individual, deve
estar em área de servidão comum.

20
6. Rede de Distribuição Interna

6.1
Nas novas construções projetadas para operar com gás natural, a rede de distribuição interna deverá ser
construída pelo próprio cliente (construtora), a partir do abrigo do regulador e/ou medidor, conforme projeto a ser
apresentado e aprovado pela Concessionária.

6.2
Nas edificações existentes e abastecidas com GLP, porém com previsão de conversão para o gás natural, as
interligações dos conjuntos de regulagem e/ou medição com as redes existentes deverão ser precedidas de estudos
e dimensionamento da pressão e diâmetros, visando garantir o pleno funcionamento das instalações após a
operação de conversão.

6.3
Quando a rede de distribuição interna for aparente, os suportes deverão ter isolamento elétrico e devem
estar localizados, preferencialmente, nos trechos retos e o mais próximo possível das cargas concentradas, tais
como válvulas, reguladores e medidores.

6.4
A profundidade mínima dos trechos e tubulações enterradas da rede de distribuição interna deverá ser de 0.6
m a partir da geratriz superior do tubo. Nas situações em que os mesmos estejam sujeitos a cargas de veículos ou
similares, adotar uma profundidade mínima de 1m. Deve-se, ainda, considerar a proteção das tubulações com placa
de concreto.
6.5
A rede de distribuição interna deverá ser construída com tubos rígidos de cobre, sem costura, com espessura
mínima de 0,8 mm para baixa pressão e classes A ou I para média pressão, atendendo as especificações da NBR
13026.

6.6
O acoplamento de tubos e conexões de cobre deve ser feito por soldagem ou brasagem capilar:

a) SOLDAGEM CAPILAR: este processo pode ser usado somente para acoplamento de tubulações embutidas em
alvenarias com recobrimento mínimo de 0,05 m e pressão máxima de 500 mmca. O metal de enchimento deve ser
SnPb 50 x 50 conforme a NBR 5883 ou solda com ponto de fusão acima de 200° C;

b) BRASAGEM CAPILAR: este processo pode ser usado para acoplamento de tubulações aparentes ou embutido
onde o metal de enchimento deve ter ponto de fusão mínimo de 450° C.

6.7
As conexões de bronze somente poderão ser aplicadas em interligações roscadas

6.8
A interligação nas redes primárias, ou seja, redes que forem projetadas para operar com pressões entre 5kPa
(500mmca) e 150 kPa (1,53 kgf/cm²), deverão ser soldadas, obedecendo ao disposto no item 6.6.

6.9
Na rede de distribuição interna não será permitido o uso de tubos com diâmetro nominal inferior a ½”, quando
construída em aço, e 15mm, quando construída em cobre.

6.10
A rede de distribuição interna deverá atender também às seguintes exigências:

¦ Ser totalmente estanque e firmemente fixada;


¦ A tubulação, quer embutida ou aparente, deve ter um afastamento mínimo de 0,20 m das
canalizações de outra natureza;
¦ As tubulações de gás próximas umas das outras devem guardar entre si um espaçamento, pelo
menos, igual ao diâmetro da maior tubulação;

21
6. Rede de Distribuição Interna

6.10.1
É proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico.

6.10.2
Quando o cruzamento de tubulações de gás com condutores elétricos for inevitável, deverá ser colocado
entre eles um material isolante elétrico.

6.10.3
As tubulações devem:

a) Ter um afastamento mínimo de 0,30 m de condutores de eletricidade se forem protegidos por eletroduto, e
0,50 m nos casos contrários;
b) Ter material isolante elétrico quando do cruzamento de tubulações de gás com condutores elétricos;
c) Ter um afastamento das demais tubulações suficiente para ser realizada a manutenção das mesmas;
d) Ter um afastamento mínimo de 2 m de pára-raios e seus respectivos pontos de aterramento, ou conforme a
NBR 5419;
e) Ser envoltas em revestimento maciço, quando embutidas em paredes.

6.10.4
No caso de superposição de tubulações diversas, às de gás deverão ficar acima das demais.
6.10.5
As tubulações não deverão passar por pontos que as sujeitem a tensões inerentes à estrutura do prédio.

6.11
A tubulação da rede de distribuição interna não pode passar no interior de:

a) Dutos de lixo, ar condicionado, águas pluviais, tiragem de fumaça das escadas enclausuradas;
b) Reservatório de água;
c) Dutos para incinerador de lixo;
d) Poço de elevador;
e) Compartimento de equipamento elétrico;
f) Compartimento destinado a dormitório, exceto quando embutida ou destinada para ligação de aparelhos de
utilização hermeticamente isolados;
g) Poço de ventilação capaz de confinar o gás proveniente de eventual vazamento; h) qualquer vazio ou parede
contígua a qualquer vão formado ou inerente pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o solo, sem a devida
ventilação;
h) qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado ou inerente pela estrutura ou alvenaria, ou por
estas e o solo, sem a devida ventilação;
i) qualquer tipo de forro falso ou compartimento não ventilado, exceto quando utilizado tubo luva;
j) duto de sistema de ventilação de ar e, ainda, a menos de um metro de abertura para captação de ar;
k) todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado.

6.11.1
Nas paredes onde forem embutidos os trechos de tubulação, estes deverão ser envoltos em revestimento
maciço.

6.11.2
Quando a rede de distribuição interna tiver que passar por espaços desprovidos de ventilação adequada,
esta passagem deverá ser feita no interior de um tubo luva ou “shaft” provido de duas aberturas opostas que se
comuniquem com o exterior ou local amplamente ventilado.

22
6. Rede de Distribuição Interna

6.12
O tubo luva quando for utilizado, deve:

a) Possuir no mínimo, duas aberturas para atmosfera, localizadas fora da projeção horizontal da edificação, em
local seguro e protegido contra a entrada de água, animais e outros objetos estranhos;
b) Ter resistência mecânica adequada à sua utilização;
c) Ser estanque em toda a sua extensão, exceto nos pontos de ventilação;
d) Ser protegido contra corrosão;
e) Opcionalmente pode ser previsto dispositivo ou sistema que garanta a exaustão do gás eventualmente
vazado;
f) Ser executado com material incombustível;
g) Estar adequadamente suportado.

6.13
As tubulações que forem instaladas para uso futuro deverão ser fechadas nas extremidades com plug
(bujão), ou tampa roscada de metal.

6.14
Os registros, válvulas e reguladores de pressão deverão ser instalados de modo a permitir fácil conservação
e substituição a qualquer tempo.

6.15
Nas redes de distribuição interna existentes ou interligações, deverão ser previstas a instalação de válvula
de bloqueio manual, no trecho imediatamente após o abrigo e em local de fácil acesso.

6.16
As tubulações deverão receber proteção adequada (mecânica e anticorrosiva), e quando enterradas,
deverão ser revestidas com pintura a base asfáltica ou epóxi, fita de polietileno ou outro material que,
reconhecidamente, evite a corrosão.
6.17
A rede de distribuição interna só será aprovada depois de submetida pelos instaladores à prova preliminar de
estanqueidade, mediante emprego de ar comprimido ou gás inerte.

6.17.1
A pressão de teste para a rede de distribuição interna nova, trechos reformados ou ampliados deverá ser de 4
(quatro) vezes a pressão máxima da operação.

6.17.2
A pressão de teste para a rede de distribuição interna que tenha sido convertida de gás liquefeito de petróleo
para gás natural deverá ser de 1,5 (uma vez e meia) a pressão de operação.

6.17.3
Reguladores, válvulas ou dispositivos de bloqueio só poderão ser instalados após o teste pneumático de
estanqueidade, para não serem danificados, devendo ser testados posteriormente na pressão de trabalho.

6.17.4
Nos casos de instalações embutidas, essa prova deverá ser feita antes do revestimento.
6.17.5
Durante a realização do teste, a pressão deverá ser elevada, gradativamente, até atingir a pressão de
ensaio.

6.17.5.1
O manômetro a ser utilizado deverá possuir sensibilidade para registrar pequenas variações de pressão,
sendo indicados os de coluna d'água ou mercúrio para as redes secundárias.

23
6. Rede de Distribuição Interna

6.17.6
A fonte de pressão deverá ser removida da instalação quando a pressão do fluido atingir a pressão de teste.
6.17.7
A tubulação será considerada estanque quando não houver variação da pressão de teste durante 60
(sessenta) minutos.

6.17.8
Caso haja escapamento do fluido de teste, deverão ser feitos os reparos necessários na tubulação e repetido
o ensaio até a comprovação de sua estanqueidade.

6.18
A purga da instalação poderá ser feita com o gás combustível em trechos com volume hidráulico até 50 litros.
Acima deste volume, a purga deverá ser feita com gás inerte.

6.18.1
Caso a purga seja feita com gás combustível, os produtos desta deverão ser, obrigatoriamente, canalizados
para o exterior das edificações, em local seguro e arejado.

6.18.2
A purga deverá ser feita introduzindo-se o gás de forma lenta e contínua pelo técnico credenciado,
responsável pela operação.

6.18.3
Caso seja utilizado um cilindro de gás inerte, este deverá estar munido de regulador de pressão, válvula de
alívio e manômetro apropriado ao controle da operação de purga.

6.19
A conservação da rede de distribuição interna de gás compete ao consumidor, que só poderá modificá-la
mediante prévia consulta à Concessionária.

6.20
O dimensionamento da rede de distribuição interna deve ser realizado de acordo com as instruções da NBR
15526.

Desenho Típico de Rede de Distribuição Interna


Planta e 3D

24
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes
7.1 Instalação e Regularização de Aparelhos a Gás
7.1.1
Todos os aparelhos de utilização deverão ser ligados por meio de conexões rígidas à instalação interna de
gás ou através de tubo flexível inteiramente metálico (neste caso deverão ser cumpridos os requisitos das normas
NBR 7541 e NBR 14177 da ABNT), sendo, no entanto, indispensável a existência de válvula de esfera na
extremidade rígida da instalação onde é feita a ligação do tubo flexívels.

7.1.2
Todo aparelho deverá ser ligado através de uma válvula de bloqueio manual que permita isolá-lo, sem a
necessidade de interromper o abastecimento de gás aos demais aparelhos da edificação.

7.1.3
Para se efetuar a purga dos aparelhos de utilização com o gás combustível, deve-se deixar escapar todo o ar
neles contido por meio da abertura de suas válvulas de bloqueio manual, devendo os ambientes permanecer
plenamente arejados.

7.1.4
É terminantemente proibida a procura de escapamento de gás combustível por meio de chama.

7.1.5
Os pequenos aparelhos de natureza portátil, tais como fogareiro, ferro elétrico de engomar, pequenos
esterilizantes, maçaricos, bicos de Bunsen, aparelhos portáteis de laboratório e outros de uso doméstico, poderão
ser ligados com tubo flexível, sendo indispensável à existência de válvula de bloqueio manual na extremidade rígida
da instalação onde é feita a ligação do tubo flexível.

7.1.6
Recomenda-se que todos os aparelhos de utilização de gás sejam homologados e/ou certificados pelo órgão
competente.

7.1.7
As condições de ventilação, em particular, e de adequação, em geral, dos ambientes onde forem instalados
aparelhos a gás deverão obedecer a NBR 13103 da ABNT.

7.1.8
Após a ligação do gás, os aparelhos, antes de sua utilização habitual, deverão ser testados e regulados por
técnicos credenciados, de forma que os mesmos trabalhem dentro de suas condições normais de operação.

7.1.9
Os principais aparelhos residenciais existentes no mercado brasileiro são:

¦ Fogão de 4 e 6 queimadores;
¦ Aquecedores de água (de passagem e de acumulação);
¦ Secadoras de roupa;
¦ Aquecedores de ambiente.

7.1.10
Para estes aparelhos, os pontos de espera do gás ou ponto de utilização devem estar dispostos da seguinte
forma:

¦ Fogão: altura do piso: 72 cm, distância da parede lateral ou armário: 15 cm.


¦ Secadora: altura do piso: 50 cm, distância da parede lateral ou armário: 15 cm.
¦ Forno: altura do piso: 50 cm, distância da parede lateral ou armário: 15 cm.

25
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes

As figuras e detalhes abaixo são aplicáveis nas situações em que os fogões são embutidos. Nos casos dos
fogões instalados em vão livres, a válvula de bloqueio manual será instalada diretamente no ponto de gás e o flexível
a interligará diretamente ao fogão.

Figura 7- A
- Ponto de ligação de fogão –

Figura 7 - B
- Detalhes dimensionais -

26
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes

Figura 7 - C
- Detalhes da transposição do ponto –

7.1.11
Recomendações para instalação do tubo flexível:

¦ Durante a instalação é absolutamente essencial assegurar que o flexível seja instalado sem
torção;
¦ No trabalho de instalação ou de movimentos posteriores, não é permitido causar torção aos
flexíveis;
¦ É importante que tanto os terminais do flexível, como os movimentos alternativos estejam no
mesmo plano;
¦ Para assegurar uma instalação livre de torção, coloque momentaneamente, um dos lados do
flexível sem apertar;
¦ Aplique o movimento de duas a três vezes com o flexível vazio de forma que o tubo se ajuste, e
logo em seguida aperte o terminal;
¦ Em caso de união ou adaptadores é essencial evitar as torções, quando segurarmos uma das
partes, e para evitar, use uma segunda chave para formar trava;
¦ Os tubos flexíveis metálicos devem ser instalados de forma perpendicular ao movimento e nunca
de forma axial.

Para se obter uma melhor vida útil do flexível, devemos observar os seguintes exemplos:

Figura 7 - D
- Detalhes da Instalação do Tubo Flexível -

27
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes

Monte os flexíveis sem torção. Procure fixar os terminais com duas chaves para evitar a rotação do flexível.

Figura 7 - E
- Detalhes da Curvatura de Instalação do Tubo Flexível -

Evite as curvas após os terminais usando canos rígidos. Respeite o raio mínimo de curvatura para a
instalação do tubo.

Figura 7 - F
- Detalhes da Curvatura de Instalação do Tubo Flexível -

A direção do movimento e o eixo do flexível devem estar no mesmo plano. Com isto se evita torção que
danifica o flexível.

7.1.12
Instalação de Aquecedores de Passagem.

Figura 7 - G
- Configuração dos Pontos de Água e Gás -

28
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes
7.1.13
A conservação da rede interna de gás (prumadas e ramificações secundárias), medidores individuais e
aparelhos de utilização são de responsabilidade do consumidor, que deverá consultar a concessionária em caso de
modificação e substituição de aparelhos e/ou medidores individuais.

7.1.14
A freqüência das revisões e manutenções citadas no ítem anterior, sugeridas pela concessionária, deverá
ser anual para ás instalações comerciais e bi-anual para instalações residenciais.

7.2 Requisitos dos Ambientes para Instalação de Aparelhos a Gás


7.2.1 Habilitação
A instalação dos equipamentos e atendimento dos requisitos de ambientes onde serão instalados os
aparelhos que utilizam gás combustível, deve ser de responsabilidade de profissionais legalmente habilitados, com
registro no respectivo órgão de classe.

A instalação de aparelhos que utilizam gás combustível em residências, exige requisitos mínimos para
projeto, construção, ampliação, reforma e vistoria.

A norma ABNT NBR-13103 – “Instalação de aparelhos a gás para uso residencial – Requisitos dos
ambientes” especifica os requisitos mínimos exigíveis, atendendo aos seguintes limites máximos do somatório de
potência nominal dos aparelhos:

¦ 60,0 kW (859,84 kcal/min), para aparelhos de circuito aberto de exaustão;


¦ 80,0 kw (1146,67 kcal/min), para aparelhos de circuito aberto de exaustão forçada incorporado.

7.2.2 Requisitos gerais


Os aparelhos a gás, são classificados em função das suas características do sistema de combustão,
podendo ser de circuito aberto ou fechado.

Recomenda-se que os equipamentos sejam verificados quanto ao atendimento de Normas Brasileiras


aplicáveis.

7.2.2.1 Circuito aberto


Os aparelhos de circuito aberto podem ser divididos com ou sem duto de exaustão:

a) Fogão (conforme ABNT NBR 13723-1 e 2), limitado a 360 kcal/min;


b) Fogão com forno (conforme a ABNT NBR 13723-1 e 2) limitado a 360 kcal/min;
c) Fogão de mesa (conforme a ABNT NBR 13723-1 e 2) limitada a 360 kcal/min;
d) Forno limitado a 360 kcal/min;
e) Churrasqueira, limitado a 360 kcal /min;
f) Máquina de lavar roupa, limitada a 4.000 kcal/h;
g) Máquina de secar roupa, limitada a 4.000 kcal/h;
h) Refrigerador, limitado a 4.000 kcal/h;
i) Aquecedor de água a gás ou de ambiente para uso no interior de residências.

NOTA: Os fogões com capacidade superior a 360 kcal/min devem ter sua instalação complementada com
coifa ou exaustor para condução dos produtos de combustão para o ar livre ou prisma de ventilação.

Os aparelhos de circuito aberto com duto de exaustão são os seguintes

a) Aquecedor de água (conforme ABNT NBR 8130 ou ABNT NBR 10542);


b) Aquecedor de ambiente (que utilizam diretamente o calor gerado), até 6.000 kcal/h.

29
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes
7.2.2.2 Circuito fechado
Os aparelhos de circuito fechado podem ser os aquecedores de água.

7.2.3 Ventilação geral

A área total de ventilação é função do tipo e da potência dos equipamentos que estão sendo instalados no
ambiente. As aberturas de ventilação devem localizar-se, conforme requisitos da norma ABNT NBR 13103, de
maneira a assegurar a ventilação permanente. Devem ser consideradas as áreas efetivamente úteis existentes para
ventilação.

Os ambientes devem possuir ventilação superior para a saída do ar ambiente, proporcionando sua
renovação, e devem atender aos requisitos das normas citadas.

A norma da ABNT apresenta diversos tipos de ventilações a serem adotadas nas janelas ou portas.

A ventilação inferior é utilizada para fornecer ar para o ambiente, proporcionando sua renovação e também
atender aos requisitos da norma.

7.2.4 Exaustão dos produtos de combustão


Os ambientes que contenham aparelhos que exijam duto de exaustão para condução dos produtos de
combustão para o exterior dos ambientes, devem ser utilizados um dos dispositivos abaixo:

a) Chaminé individual ligada diretamente ao exterior da edificação;


b) Chaminé individual ligada às chaminés coletivas;
c) Chaminé individual ligada a um duto coletivo de ventilação do tipo shunt ou similar, projetado
especificamente parra exaustão dos produtos da combustão de combustíveis gasosos.

As aplicações, materiais, tipo de montagem das chaminés, terminais, dutos e dimensionamento, devem
estar de acordo com a norma da ABNT NBR 13103.

7.2.5 Verificação das características higiênicas de aquecedores de água a gás nas


instalações residenciais

Depois de concluídas as instalações dos aquecedores de água a gás nas instalações domiciliares, o sistema
de exaustão dos gases de combustão deve ser verificado segundo as suas características higiênicas.

Os níveis seguros de emissão de monóxido de carbono (CO) dos aquecedores de água a gás devem ser
avaliados por equipamentos aferidos e calibrados. A aceitação deve ser executada segundo critérios normalizados

Os procedimentos para a determinação dos níveis de CO, passam por fases desde a avaliação da instalação
dos aparelhos, instruções do fabricante, verificação da chama, determinação do nível de CO na chaminé, nível de CO
no ambiente onde estão instalados os aparelhos até a avaliação do resultado.

7.3 Exaustão dos Produtos da Combustão


7.3.1
O estudo das técnicas para proporcionar uma adequação de ambiente ideal é muito vasto, indo desde uma
simples ventilação por meio de janelas, frestas nas portas, até sistemas complexos e automatizados.

7.3.2
Para o dimensionamento e montagem de chaminés individuais e coletivas, deverão ser adotados os
procedimentos e instruções da NBR 13103: “Instalação de Aparelhos a Gás para Uso Residencial – Requisitos dos
Ambientes”.

30
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes
7.4 Chaminé individual com tiragem natural
A seguir estão descritos comentários e procedimentos necessários para exaustão dos produtos da
combustão de aparelhos a gás.

a) O projeto e a execução são de responsabilidade de profissionais legalmente habilitados.


b) Os aquecedores tipo de passagem ou de acumulação, preferencialmente, devem ser instalados na área de
serviço. Para que isso ocorra com segurança, devem-se seguir os volumes mostrados na tabela 7.1, pág. 71.
c) A chaminé individual deve ser implantada de modo a conduzir a totalidade dos gases de exaustão para o
exterior da edificação, através do menor percurso possível, evitando-se extensões horizontais e curvas. As
figuras 7- H, 7 – I, 7 – J e 7 – K mostram a instalação de chaminé individual de um aquecedor de passagem e
de um aquecedor de acumulação, respectivamente, instalados em uma área de serviço.
d) O trecho vertical da chaminé, que antecede o primeiro desvio, deve ter a altura mínima de 35 cm, a partir da
entrada de ar do defletor até a geratriz inferior do primeiro desvio.
e) O diâmetro mínimo da chaminé individual não pode ser inferior ao diâmetro de saída do defletor do aparelho
de utilização.
f) A projeção horizontal do percurso da chaminé deve ser no máximo de 2,0 metros, sendo permitido até 2
curvas de 90°.
g) Quando a chaminé tiver uma curva ou joelho de 90°, o seu comprimento máximo será de 3,0 metros, e neste
caso, todo o trecho horizontal deverá ter o seu diâmetro aumentado, de acordo com a relação:

D/d = L/2
Onde:
D = diâmetro que deve ter a chaminé
d = diâmetro de saída do defletor
L = comprimento horizontal em metros

h) O diâmetro máximo admitido é de 150 mm e o mínimo 75 mm, sendo permitidas seções retangulares
equivalentes.

Figura 7 - H
- Detalhes da instalação de um aquecedor de passagem –

31
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes

Figura 7 - I
- Detalhes da instalação de um aquecedor de passagem –
- Corte -

32
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes

Figura 7 – J
- Detalhes da instalação de um aquecedor de acumulação –

Figura 7 – K
-Detalhes da instalação de um aquecedor de acumulação –

33
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes
i) Os terminais de chaminés não devem ser instalados nas seguintes condições:

1. Abaixo de cumeeiras de telhados inclinados;


2. A menos de 0,25 m em coberturas planas sem obstrução;
3. A menos de 0,25 m de uma linha imaginária entre o ponto mais alto e o mais baixo dos obstáculos;
4. A menos de 0,25 m de um parapeito ou borda de telhado, quando a chaminé subir externamente.

j) É permitida a colocação do terminal nas faces das edificações, quando existir uma altura mínima de 0,80 m
entre a saída do aparelho e a base do terminal da chaminé.
k) O terminal da chaminé deve apresentar área livre igual à pelo menos duas vezes a área da seção da
chaminé.
l) A concessionária não recomenda a exaustão mecânica quando não for possível atender às disposições
descritas anteriormente.

7.4 Chaminé coletiva com tiragem natural

Para este tipo de chaminé, deve-se proceder, conforme descrito a seguir

a) Deve ser executada com materiais incombustíveis, resistentes a altas temperaturas e a corrosão;
b) Devem ser instaladas com juntas estanques e arrematadas uniformemente;
c) A chaminé individual que deve ser conectada a uma coletiva, deve ter uma altura mínima de 2,0 m, podendo
haver no máximo 2 chaminés individuais por pavimento. A figura 7 – L a seguir, mostra um modelo de
chaminé individual conectada a uma coletiva;
d) Cada chaminé coletiva deve atender a, no máximo, 9 pavimentos;
e) A ligação da chaminé a uma coletiva deverá ter inclinação igual ou maior do que 135°;
f) O trecho não vertical da chaminé individual deverá apresentar inclinação mínima de 30°;
g) Na parte inferior da chaminé coletiva deve existir uma abertura para ventilação, com área mínima de 100 cm².

34
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes

Figura 7 – L
- Detalhes da instalação de uma chaminé coletiva –
- Corte –

35
7. Regularização de Instalações
e Adequação de Ambientes
h) O dimensionamento das chaminés coletivas deve atender a tabela, a seguir.

- Tabela 7.1: Dimensionamento de chaminés coletivas –

Potência Máxima (kcal/ min) Seção Circular Seção Retangular

H < 10 m 10 < h < H > 20 m Diâmetro Área Área (cm²)


20 m interno (cm) (cm²)

até 250 até 250 até 250 8,5 57 63

até 416 até 416 até 416 10 79 87

até 500 até 500 até 666 11 95 105

até 666 até 666 até 1.000 12,5 123 135

até 833 até 1.000 até 1.333 14 154 169

até 1.000 até 1.333 até 1.750 15,5 189 208

até 1.166 até 1.750 até 2.083 17 226 249

até 1.333 até 2.083 até 2.583 18 255 280

até 1.666 até 2.583 até 3.000 20 314 345

até 2.000 até 3.000 até 3.550 22 380 418

até 2.333 até 3.483 até 4.316 24 452 497

até 2.716 até 4.016 até 5.000 26 531 584

- Tabela 7.2: Dimensionamento para potências maiores –

Potência Máxima (kcal/ min)

H < 10 m 10 < h < 20 m H > 20 m

3,5 cm² por 1,2 kW (17,2 2,5 cm² por 1,2 kW (17,2 2,0 cm² por 1,2 kW (17,2
cal/min). cal/min). cal/min).

36
8. Instruções Técnicas

INSTRUÇÃO TÉCNICA – IT 01

8.1 Instalação de Reguladores de Pressão

8.1.1
O abrigo do regulador de pressão de 1º estágio deverá ser construído o mais próximo possível do limite da
propriedade, em local de fácil acesso, amplamente ventilado e pertencente à própria edificação.

8.1.2
Caso a construção abrigue o regulador de 1º estágio e o medidor coletivo, ou o regulador de estágio único e o
medidor, o regulador deverá ser instalado à montante (antes) do medidor.

8.1.3

Os reguladores de pressão do gás deverão ser equipados ou complementados com um dos seguintes
dispositivos de segurança:

a) Um dispositivo (válvula) de bloqueio automático para fechamento rápido por sobre pressão, com rearme feito
manualmente, ajustado para operar com sobre pressões, na pressão de saída, dentro dos limites
estabelecidos na tabela 8.1;
b) Dispositivo de bloqueio automático incorporado ao próprio regulador de pressão com características e
condições de ajuste idênticas às mencionadas no item a;
c) Opcionalmente, desde que verificadas condições de instalação adequadas (identificação do ponto de saída,
cálculo do diâmetro de vazão, etc.), uma válvula de alívio, ajustada para operar com sobre pressões, na
pressão de saída, dentro dos limites estabelecidos na tabela 8.1.

- Tabela 8.1: Ajuste dos dispositivos de segurança –

Ajuste da válvula de alívio e do


Pressão nominal de saída dispositivo de bloqueio, em % da
pressão normal de saída.

mm.c.a kPa alívio “shut - off”

P < 500 P<5 170 200

500 < P < 3500 5 < P < 35 140 170

P > 3500 P > 35 125 140

8.1.4
Caso os reguladores de 2º estágio sejam instalados nos andares, como ocorre nas instalações que foram
inicialmente concebidas para uso de GLP, este deve ser dotado de dispositivo de proteção contra excesso de pressão
por bloqueio automático e rearme manual incorporado ou acoplado ao mesmo e instalado conforme a figura 8.1.

37
8. Instruções Técnicas

Figura 8 - 1
- Detalhes da instalação do regulador de 2.° estágio –

8.2 Instalação de Reguladores de Pressão

8.2.1
Os abrigos dos medidores deverão ficar em local devidamente iluminado, provido de aberturas para
ventilação, devendo ser obedecidos os desenhos que instruem a presente Instrução técnica.

8.2.2
A área das aberturas para ventilação dos abrigos de medidores deverá ser de, no mínimo, um décimo da área
da planta baixa do compartimento, sendo conveniente prover a máxima ventilação permitida pelo local.

8.2.3
Os abrigos de medidores localizados nos andares ou no interior das edificações (lojas do pavimento térreo)
deverão ser ventilados através de aberturas localizadas na parte baixa das portas, correspondente a 10% da área de
sua planta baixa.

8.2.4
Os abrigos localizados no interior da edificação, comunicando-se diretamente com o exterior, devem ser
ventilados através de aberturas, nas partes alta e baixa do lado externo e serem isolados do lado interno, mediante
porta estanque.

8.2.5
Alternativamente, no caso de abrigos não comunicantes com o exterior, a ventilação deve ser garantida
através de dutos de ventilação vertical, cuja seção mínima deve ser maior de 0,07m, podendo o mesmo atravessar
elementos vazados da edificação, como forros e rebaixos.

38
8. Instruções Técnicas

8.2.6
No caso das entradas e saídas de ar serem retangulares, seus lados menores (l), e o lado maior (L), devem
manter a seguinte proporção: 1 < L/l <1,5. Além disso, a menor dimensão da sua seção livre deve ser superior a 7,0
cm. Em todos os casos, deve ser garantida a estanqueidade em relação ao ambiente interno da edificação.

8.2.7
Adicionalmente ao item anterior, deverão também ser providos dutos de ventilação que interliguem o interior
das caixas com áreas livres (superior e inferior), de acordo com o desenho da figura 8 – 2.

Figura 8 - 2
- Detalhes do duto de ventilação nas caixas de medidores –

39
8. Instruções Técnicas

8.2.8
Nos casos em que não haja ventilação adequada nos pavimentos/corredores onde se localizam as referidas
caixas, estas deverão ser hermeticamente fechadas e sua exaustão será através dos dutos previstos no item
anterior.

8.2.9
Os abrigos de medidores deverão ser construídos de maneira a assegurar a completa proteção do medidor
contra choques, ação de substâncias corrosivas, calor, chama, sol, chuva ou outros agentes externos de efeitos
nocivos, bem como deverá permitir facilmente a leitura do consumo.

8.2.10
Em locais sujeitos à colisão, deverá ser construída uma proteção contra choques mecânicos (mureta, grade,
etc.) que garanta um espaço livre à frente dos medidores de no mínimo 1,0 m e que tenha, no máximo, 1,00 m de
altura. Vide figura 8 – 3.

Figura 8 - 3
- Mureta ou grade de proteção para abrigos de medidores –

8.2.11
No caso do abrigo abrir diretamente para o logradouro público, é obrigatório o emprego de porta metálica
com fechadura e visor para leitura.

8.2.12
No interior do abrigo de medidores não poderá existir hidrômetro.

8.2.13
Caso haja necessidade, o abrigo do medidor individual de gás poderá ficar sobre o abrigo do hidrômetro,
conforme a figura 8 - 4.

40
8. Instruções Técnicas

Figura 8 - 4
- Abrigo de Medidor conjugado com hidrômetro –

8.2.14
Nos abrigos de medidores não será permitida a colocação de qualquer outro aparelho, equipamento, ou
dispositivo elétrico/eletrônico, capaz de produzir centelha, além do necessário à iluminação, que deverá ser à prova
de explosão. Excetuam-se os casos em que a leitura dos medidores seja através de telemetria.

8.2.15
Os medidores poderão ser instalados no interior dos balcões dos estabelecimentos comerciais, desde que
sejam respeitadas as condições de segurança indicadas na figuras 8 – 5 e 8 – 6.

41
8. Instruções Técnicas

Figura 8 - 5
- Abrigo de medidor na projeção do balcão (acesso externo) –

Figura 8 - 6
- Abrigo de medidor fora da projeção do balcão (acesso interno) –

42
8. Instruções Técnicas

8.2.16
A concessionária deverá ser consultada para a adoção de sistema de medição do consumo de gás à
distância (telemetria).

8.2.17
O desenho do abrigo do regulador e do medidor coletivo, padrão de instalação adotado pela concessionária,
pode ser verificado na figura 8 – 7.

Figura 8 - 7
- Abrigo do Conjunto de Regulagem e Medição –

OBSERVAÇÃO: Os abrigos de medidores, sempre que possível, deverão estar localizados junto ao limite da
propriedade.

8.3 Características dos Medidores Volumétricos


Esses tipos de medidores, mais utilizados para medição de gás natural nos segmentos residencial e
comercial, possuem uma ampla faixa de medição com uma perda de carga reduzida, o que permite seu emprego nas
instalações internas de baixa pressão.

A tabela a seguir, informa as principais características dos medidores que podem ser utilizados no segmento
residencial

43
8. Instruções Técnicas

- Tabela 8.2: Características dos Medidores Tipo Diafragma –

Classe do Medidor Distância entre eixos (mm) Vazão Máxima (m³/h) Vazão Mínima (m³/h)

G – 1.0 100 1,6 0,016

G – 1.6 100 2,5 0,016

G – 2.5 150 4,0 0,025

G – 4.0 150 6,0 0,040

G – 6.0 150 10,0 0,060

Os valores tabelados referem-se à capacidade dos medidores com vazão de ar. Para gás natural a
capacidade é maior e pode ser calculada pela fórmula:

Qmáx (GN) = Qar x Ym -0,5

Onde:

Qmáx (GN) = Vazão máxima de GN


Qar = Vazão máxima de ar
Ym = Densidade relativa do GN.

INSTRUÇÃO TÉCNICA – IT 02

8.4 Dimensionamento da Rede de Distribuição

8.4.1 Considerações Iniciais

¦ O primeiro passo para o dimensionamento de uma instalação é a determinação da vazão de gás


que fluirá através do trecho a ser calculado.
¦ Para a determinação da vazão de gás consumida por um aparelho de utilização, deve-se dividir a
Potência Nominal do mesmo, pelo Poder Calorífico Inferior do Gás Combustível a se utilizar.
¦ A melhor referência para a potência do aparelho é o seu fabricante, porém se esta informação
não estiver disponível na fase de dimensionamento, como referência, pode-se utilizar os valores
conforme a NBR13933: 1997 e NBR 14.570:2000:

44
8. Instruções Técnicas

- Tabela 8.3: Potência Nominal de Aparelhos de Utilização –

Aparelhos Tipo Potência (kW) Potência (kcal/h) Vazão (Nm3/h)

Fogão 4 Bocas Com forno 8,1 7000 0,78

Fogão 4 Bocas Sem forno 5,8 5000 0,55

Fogão 6 Bocas Com forno 12,8 11000 1,22

Fogão 6 Bocas Sem forno 9,3 8000 0,89

Forno de Parede - 3,5 3000 0,33

Aquecedor acumulação 50l-75l 8,7 7500 0,83

Aquecedor acumulação 100l-150l 10,5 9000 1,00

Aquecedor acumulação 200l-300l 17,4 15000 1,67

Aquecedor de Passagem 6 l/min 10,5 9000 1,00

Aquecedor de Passagem 8 l/min 14,0 12000 1,33

Aquecedor de Passagem 10 l/min 17,1 14700 1,63

Aquecedor de Passagem 15 l/min 26,5 22000 2,44

Aquecedor de Passagem 25 l/min 44,2 38000 4,22

Aquecedor de Passagem 30 l/min 52,3 45000 5,00

Secadora de Roupa - 7,0 6000 0,67

8.4.2 Fator de Simultaneidade


O método aplicável está definido na NBR 15526:2007 e está limitado às seguintes condições:

¦ Sua utilização está restrita às unidades residenciais;


¦ Os consumos em caldeiras e equipamentos de grande consumo serão analisados
individualmente.

O fator de simultaneidade relaciona-se com a potência computada e com a potência adotada através da
seguinte fórmula:

A=CxF
Onde:
A é a potência adotada
C é a potência computada
F é o Fator de Simultaneidade

45
8. Instruções Técnicas

F a t o r d e S im u l t a n ie d a d e
F a to r d e S im u lta n ie d a d e (% )

120

100

80

60

40

20

8
2

1
13

32

70

89
19

26

38

45

51

57

64

77

83

96
6
0

10

12
10

11

12
P o te n c ia In s ta la d a (m 3 /h )

GRÁFICO FATOR DE SIMULTANEIDADE EM RELAÇÃO À VAZÃO DE GN.

As fórmulas de cálculos do fator de simultaneidade, conforme NBR 15526:2007, Anexo E, são:


C em Kcal/min.
F em valores percentuais (%)

C<350 F = 100

100
F=
350<C<9612 [1+ 0.001(C 349)0.8712 ]

100
F=
9612<C<20000 [1+ 0.4705(C 1055) 0.19931 ]

C>20000 F = 23

8.4.3 Cálculo para dimensionamento com pressões: P > 7,5 kPa


Conhecendo-se a pressão à montante de um trecho, a vazão máxima do gás que circula neste trecho e seu
respectivo diâmetro interno, é possível calcular a pressão no final deste trecho por meio da fórmula de Renouard.

2 2 5 1,82 4,82
P A –P B = 4,67 X 10 X SXLXQ /D
8.4.4 Cálculo para dimensionamento com pressões: P ≤ 7,5 kPa
Para o cálculo do dimensionamento de trechos de tubulação onde a pressão de operação seja menor ou
igual a 7,5 kPa, utiliza-se a fórmula:

0,9 -2 4,8 0,8 0,5


Q = 2,22 X 10 (H X D / S X L)
Onde:
Pa – Pressão Absoluta Inicial em cada trecho (kPa).
Pb – Pressão Absoluta Final em cada trecho (kPa).
S– Densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional), adotar 0,6 para o GN.
L– Comprimento do trecho acrescido de 10% para compensar as perdas localizadas, ou, quando for possível,
verificar as perdas localizadas nos acessórios da tubulação (m).
Q– Vazão do gás (Nm³/h).
D– Diâmetro interno do tubo (mm).
H– Perda de carga máxima admitida (kPa)

46
8. Instruções Técnicas

8.4.5 Cálculo das variações de pressão devido à altura


O Gás Natural, essencialmente constituído de Metano, é mais leve que o ar, sendo assim, nos trechos
verticais deve-se considerar uma variação de pressão positiva nos trechos ascendentes e uma variação negativa nos
trechos descendentes.

Devido a esta característica, é muito importante que no dimensionamento das prumadas coletivas ou
individuais seja considerada tal variação de pressão decorrente da diferença de densidade entre gás e ar. Para o seu
cálculo recorre-se, geralmente, à expressão:

P = 1,318 X 10-2 X H X (S – 1)

Onde:
H– Altura do trecho vertical (m)
S– Densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional) adotar 0,6 para o GN.

8.4.6 Cálculo da velocidade do gás nas tubulações


2
Para o cálculo da velocidade adota-se a fórmula:

V = 354 X Q / D
Onde:
V– Velocidade do gás (m/s)
Q– Vazão do gás na pressão de operação (m³/h)
D– Diâmetro interno do tubo (mm).

8.4.7 Parâmetros aplicáveis ao dimensionamento

¦ A pressão de entrada, na instalação a ser considerada no cálculo, deve ser obtida junto à
Concessionária ou conforme valores de saída dos reguladores de pressão previstos na
instalação.
¦ O poder calorífico inferior (PCI) do gás natural, a ser adotado nos cálculos de ver de 8.600
kcal/m³.
¦ Nos pontos de utilização admite-se a ocorrência de oscilações momentâneas de pressão entre
mais 15% e menos 25%.
¦ Aparelhos, cujos fabricantes recomendam diferentes pressões nominais do gás, não podem ser
abastecidos pelo mesmo regulador de último estágio.
¦ No dimensionamento da rede de distribuição interna, devem ser consideradas ainda, as seguintes
condições:

a) Perda de carga máxima admitida igual a 10% da pressão de operação, para rede com pressão de operação
até 7,5 kPa.
b) Perda de carga máxima admitida igual a 30% da pressão de operação, para rede com pressão de operação
acima de 7,5 kPa.
c) Deve ser respeitada a faixa de pressão de funcionamento dos aparelhos previstos nos pontos de utilização.
d) A velocidade máxima admitida para as redes é de 15 m/s.

47
8. Instruções Técnicas

8.4.8 Exemplo de cálculo para uma residência uni familiar

8.4.9 Determinação das vazões dos aparelhos de utilização

Obtemos as potências dos aparelhos de utilização, indicados no exemplo, a partir da tabela 8.3: “Potência
Nominal de Aparelhos de Utilização”. As vazões são calculadas a partir do PCI do gás natural.

- Tabela 8.4: Potência e Vazão dos Aparelhos de utilização –

Aparelhos Tipo Potência (kW) Potência (kcal/h) Vazão (Nm3/h)

Fogão 6 Bocas Com forno 12,8 11000 1,28

Aquecedor de Passagem 10 l/min 17,1 14700 1,71

Secadora de Roupa - 7,0 6000 0,70

48
8. Instruções Técnicas

8.4.10 Determinação da vazão de cada trecho


De acordo com o desenho isométrico utilizado no exemplo, a tubulação foi divida em trechos, sendo as
potências e respectivas vazões indicadas na tabela abaixo.
- Tabela 8.5: Potência e Vazão nos Trechos –

Trecho Aparelhos Potência (kcal/h) Vazão (Nm3/h)

AB Fogão 6 Bocas + 31700 3,69


Aquecedor + Secadora

BC Aquecedor + Secadora 20700 2,41

CD Secadora 6000 0,70

BB’ Fogão 11000 1,28

CC’ Aquecedor 14700 1,71

Antes do cálculo de dimensionamento da tubulação, é necessário verificar sobre o Fator de Simultaneidade


aplicável e o comprimento total da tubulação, considerando as perdas localizadas nos acessórios, para cada trecho
projetado.
Após definidas as vazões efetivas e os comprimentos equivalentes, devemos adotar um diâmetro teórico e
realizar as operações de cálculo para determinação das perdas de carga em cada trecho. Caso algum parâmetro de
projeto não esteja dentro dos limites normativos, adota-se outro diâmetro imediatamente superior e repete-se a
operação de cálculo. Essa operação se repete, até que todos os trechos estejam corretamente dimensionados.
No exemplo em questão, adotam-se inicialmente, uma tubulação de cobre com diâmetro nominal de 15 mm
classe I, e uma pressão inicial na entrada da residência igual a 200 mmca (1,96 kPa).

Grandezas Unidades Tubulação

Trecho - AB BC CD BB’ CC’

Potência calculada kcal/h 31.700 20.700 6.000 11.000 14.700

Fator Simultaneidade % 93,23 100,00 100,00 100,00 100,00

Potencia Adotada kcal/h 29.555 20.700 6.000 11.000 14.700

Vazão m³/h 3,44 2,41 0,7 1,28 1,71

Comprimento Tubos m 6,00 2,00 4,40 0,72 3,00

Comprimento Equivalente (+10%) m 0,60 0,20 0,44 0,07 0,3

Comprimento Total m 6,60 2,2 4,44 0,79 3,30

Pressão Inicial mmca 200,00 - - - -

DN mm 15 - - - -

Diâmetro Interno mm 13 - - - -

P / altura mmca 0 - - - -

Pressão Final mmca 163,74 - - - -

P mmca 36,26 - - - -

Velocidade m/s 7,0 - - - -

49
8. Instruções Técnicas

No nosso exemplo, a velocidade calculada está dentro do limite normativo – 7,0 m/s – porém a perda de
carga calculada – 36,26 mmca – ultrapassa o valor indicado pela norma NBR 15526.

Adotando-se outro diâmetro imediatamente superior – no nosso exemplo, cobre DN 22 mm classe A – e


refazendo os cálculos para o trecho inicial AB, teremos como resultados:

P = 4,37 mmca e Velocidade = 2,98 m/s.

A partir dessa etapa, adotando-se o mesmo procedimento para cada trecho do projeto, chegamos aos
resultados apresentados na Tabela 8.7.

- Tabela 8.7: Planilha de Cálculo da Residência –

Grandezas Unidades Tubulação

Trecho - AB BC CD BB’ CC’

Potência calculada kcal/h 31.700 20.700 6.000 11.000 14.700

Fator Simultaneidade % 93,23 100,00 100,00 100,00 100,00

Potencia Adotada kcal/h 29.555 20.700 6.000 11.000 14.700

Vazão m³/h 3,44 2,41 0,7 1,28 1,71

Comprimento Tubos m 6,00 2,00 4,40 0,72 3,00

Comprimento Equivalente (+10%) m 0,60 0,20 0,44 0,07 0,3

Comprimento Total m 6,60 2,2 4,44 0,79 3,30

Pressão Inicial mmca 200,00 195,63 189,26 187,87 187,14

DN mm 22 15 15 15 15

Diâmetro Interno mm 20,20 13 13 13 13

P / altura mmca 0 0 0 0 0

Pressão Final mmca 195,63 189,26 187,87 187,14 181,99

P mmca 4,37 6,37 1,39 0,73 5,15

Velocidade m/s 7,0 5,05 1,47 2,68 3,58

50
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