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FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Ensino Religioso Disciplina: Didatica do Ensino Religioso Modalidade de Curso Capacitagao Profissional E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizagao. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza dirctoria@faculdadesouza.com.br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO_ Pagina 1 de 26 Caro (a) aluno (a), parabéns pela escolhal Comecamos agora uma jornada de sucesso e muito aprendizado, lembrando que vocé j4 6 um vencedor, pois o conhecimento é um bem que melhora nossa autoestima, nossa vida profissional e, principalmente, enriquece a nossa alma sem que ninguém possa tira-lo de nés, ou seja, uma vez adquirido é um tesouro atemporal em nossa existéncia. Seu curso é composto de quatro disciplinas e uma avaliagao de dez questées que pode abordar um resumo do contetido das quatro ou de uma delas por uma questéo metodolégica. Esteja atento (a) e leia as apostilas com muita atengo. Seja bem-vindo(a) e bons estudos! 1 - Didatica do Ensino Religioso Caro aluno, leia 0 texto disponivel no link abaixo, nele voc8 vai encontrar a legislacao pertinente ao Ensino Religioso como area de conhecimento do curriculo escolar e reflita sobre a pratica docente e suas especificidades. Disponivel em: http://portal. mec. gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01 .pdf Assista ao video da Profa. Diné Raquel Daudt da Costa Disponivel em: ‘hitos/www.voutube.com/watch?v=2LS 1cJe3DCY 14.1 - © que discute a disciplina Didatica do Ensino da Religioso? A disciplina de Didatica do ensino religioso se dedica no desenvolvimento de Metodologias para o ensino religioso e tem como objetivo discutir as diversas fases historicas da educagdo religiosa no Brasil, respeitando nossa diversidade cultural, A E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 2 de 26 LDB, Lei n. 9.394/96 (BRASIL, 1996), 0 assegura no ensino fundamental (Artigo 33, com nova redagao dada ao referido artigo pela Lei n. 9.475/97, BRASIL, 1996) e o Conselho Nacional de Educagao, pelo seu Parecer 04/98 (BRASIL, 1998), ao estabelecer as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental, define a Educagao Religiosa como uma das dez Areas de conhecimento. Gradativamente, também se abrem espacos em estados e em municfpios para concursos @ para a criagao de cargo especifico de professor de Ensino Religioso. Assim caracterizar os sujeitos do espaco escolar, identificar os diversos métodos e técnicas que contribuem no melhoramento da pratica docente e no reconhecimento de planejamentos para os varios niveis de ensino. 1.2 - Pequena Historia do Ensino Religioso no Brasil O ensino religioso nas escolas sempre tem sido alvo de controversias. Seria mesmo uma continuagéo do que se aprende nas igrejas, pelo motivo do seu préprio surgimento conturbado. Entre 1500 a 1800, o ensino religioso no pais buscava integrar escola, igreja, socledade politica e econdmica. O objetivo dessa época era fazer com que os alunos internalizassem os valores da sociedade. Percebe-se, que © projeto religioso da educacéo n&o conflitava com os interesses dos reis e da aristocracia. O que prevalecia no ensino religioso era a evangelizacdo da religiéo oficial, ou seja, da Igreja Catblica e ndo dos protestantes, judeus, espiritas, entre outros. Em 1800 se estendendo até 1964, a educacdo estava ligada ao Estado-Nagao, pois a escola seria publica, gratuita, laica para todos. A burguesia tomou o lugar da hierarquia religiosa e a educagao manteve vinculada ao projeto da sociedade. Em 1890 a 1930 © ensino religioso passou por grandes controvertidos questionamentos, uma vez tomado como principal impedimento para a implantago do novo regime em que a separagao entre Estado e Igreja se deu pelos ideais positivistas. Mesmo com a existéncia da laicidade do ensino nos estabelecimentos oficiais, o ensino da religiéo permaneceu ligado aos ensinamentos do catolicismo. E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO_ Pagina 3 de 26 De 1930 a 1937 0 ensino religioso é de cardter facultativo, pois as aulas so ministradas conforme os principios da confissdo religiosa do aluno, manifestadas pelos pais e responsdveis. O ensino religioso seria uma disciplina ministrada nas escolas publicas primérias, secundérias, profissionais e normais. Mais adiante, os escolanovistas, através do Manifesto da Escola nova assinado por Anisio Teixeira e Fernando Azevedo e outros educadores, foram contrarios ao ensino religioso nas escolas publicas, o motivo da laicidade, obrigatoriedade, a diversidade cultural e gratuidade do ensino publico. No Estado Novo (1937-1945) 0 ensino religioso deixou de ser obrigatério para os alunos. Sendo que no terceiro periodo republicano (1946-1964) 0 ensino religioso foi contemplado como dever do Estado para com a liberdade religiosa do cidadao que frequenta a escola. A laicidade do Estado é legitima, mas nao excludente do tipo de educagao pleiteado pelo cidadao que frequenta a escola piiblica. Durante 0 quarto periodo republicano (1964-1984) o ensino religioso passou a ser obrigat6rio para a escola, pois 0 aluno poderia decidir em fazer ou no, no ato da matricula, 0 ensino religioso. De 1986 a 1996, o ensino religioso buscou a sua redefinicdo como disciplina regular do conjunto curricular. © Ensino Religioso passou a ser facultative, sendo uma disciplina dos hor hist6rico na Constituigao Federal de 1988. ‘ios normais das escolas publicas do ensino Fundamental. Marco A partir de 1996, com a nova LDB 9394/96 ocorreram transformagées profundas, a escola deixou de ser um espaco unitario e tornou-se diversa, falando nao da religiéo de um grupo privilegiado e sim das muitas religiées concorrentes e essas contradigbes da sociedade foram trazidas para as escolas. O fim da hegemonia do catolicismo sobre a escola e a educagao. No Brasil, existem grandes esforgos pela renovagao do conceito do ensino religioso, da sua pratica pedagégica, da definicéo de seus contetdos, natureza e metodologia adequada ao universo escolar. E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO_ Pagina 4 de 26 Partindo para os sujeitos do espago escolar, é importante enfatizar que a educagao 6 importante para o desenvolvimento do ser humano e da sociedade. Os dois principais personagens que fazem parte deste desenvolvimento sao: 0 professor ¢ 0 aluno. Na década de 2000, o professor deveria ser preparado, em seu curso de formagao, para lidar com imprevistos de sua carreira, inovando sempre o seu cotidiano. Esta mesma postura também servia para o professor de Ensino Religioso, jA que o mesmo faz parte do processo de transformacao que a educagao determina. O professor de Ensino Religioso, no exercicio de sua pratica pedagégica, precisa ser 0 mediador que envolva ¢ eve o aluno interagir com 0 conhecimento religioso de maneira transparent, assim aceitando as diversidades étnica e cultural. Percebe-se que o aluno € 0 sujeito desta praxis religiosa em suas familias e esta em interagaio com 0 outro, nas igrejas e tempos que ele frequentar e a mesma contribui para a construg&o de seu arcabouco cultural. Todas as disciplinas devem participar desta interagao, conduzidas pelo Ensino Religioso. Para ocorrer tal interac&o, a escola deve promover situages de aprendizagem que favoregam o desenvolvimento das dimensdées afetiva, fisica, intelectual, social e religiosa do aluno. A uitima 6 responsavel pelo dialogo religioso, mostrando ao aluno uma nova forma de pensar e viver dentro da pluralidade religiosa existente nas escolas, nas ruas, nas proprias familias, ou seja, no seu habitat. Identificar as metodologias que podem contribuir para 0 melhoramento da pratica docente é de suma importéncia para essa analise. Apesar de todos os conhecimentos e temas serem apresentados pelo professor, os alunos recebem as informagées. Porém, nao precisam ser passivos nas aulas, podem realizar suas atividades de forma independente, coletiva, nisto é imprescindivel a orientagao do professor. As técnicas de ensino podem ser desenvolvidas em forma de discussao, onde os pequenos grupos debatem um determinado assunto, pois todas as ideias séo aceitas e analisadas sob diversos Angulos, podendo ocorrer nessas discussdes conflitos com qualquer regra previamente adotada. E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 5 de 26 Os alunos juntamente com o seu professor, podem realizar diversos outros trabalhos expositives, como 0 trabalho de discussio circular, de cochicho, Phillips 66, grupo de verbalizacao e de observagao, semindrios, entre outros. Esses trabalhos mencionados podem ser desenvolvidos em todas as disciplinas, em conexéo com o Ensino Religioso. Sua fungéo € fazer com que os alunos reconhegam suas préprias capacidades e disposicéo para desenvolvé-las com dedicagao, tomando a consciéncia das necessidades basicas do ser humano, reconhecer que todos possuem os mesmos direitos e deveres, respeitar as datas especiais como momentos de alegria e maior aproximagao entre as pessoas, entre ‘outros. © Ensino Religioso tem como objetivo favorecer a discuss em torno do contexto social existente e do desenvolvimento do censo critico possibilitando a descoberta do diferente em nosso meio, evidenciando situagdes em que se manifeste a inexisténcia da ética e criando uma nova forma de convivéncia afim de que possamos viver como irmaos no exercicio da cidadania. A disciplina em foco também propée a viabilizagao e a reconstrugéo de uma ética no espaco escolar, comprometida com o seu projeto pol para participar como sujeito e artifice da sua prépria formacao buscando liberdade e na responsabilidade a dimensdo ética na construgdo do ser e na revitalizacéo de uma sociedade justa e solidaria. ico-pedagégico, visando capacitar 0 educando 1.3 - Diversidade religiosa e cultural Assista ao video e reflita sobre a Declaracao dos Direitos universais. Disponivel em: https //www.youtube.com/watch?v=QeTkdpcO2TY_- Diversidade religiosa e cultural no Brasil E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza dirctoria@faculdadesouza.com.br 9 FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 6 de 26 Foto: Manifestacao cultural - carnaval no Rio de Janeiro* A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinaria, manifestacées religiosas, tradig6es, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso territorio, apresenta diferengas climaticas, econémicas, sociais e culturais entre as suas regides. Os principais disseminadores da cultura brasileira so os colonizadores europeus, a populagao indigena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, jJaponeses, alemaes, poloneses, arabes, entre outros, contribuiram para a pluralidade cultural do Brasil. Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regides brasileiras seréo abordados. 1.3.1 - Regido Nordeste Entre as manifestagdes culturais da regiao estao dancas e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. Algumas manifestag6es religiosas so a festa de lemanjé e a lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel 6 outro elemento forte da cultura nordestina. O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos tipicos sdo: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapa, cururu, feijao-verde, canjica, arroz- E expressamente proibida a reproduco total ou parcial, sem autorizacao. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & (9 3822.7194 (29 97398-9505 QO Fesouza dirctoria@faculdadesouza.com.br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 7 de 26 doce, bolo de fubé cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outros. Foto: Festa do Nosso Senhor do Bonfim, Salvador, Bahia. 1.3.2 - Regio Norte A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte so 0 Cirio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi-bumbé do pais, que ocorre em junho, no Amazonas. Outros elementos culturais da regio Norte s4o: 0 carimb6, 0 congo ou congada, a folia de reis e a festa do divino. A influéncia indigena é fortissima na culinaria do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos tipicos do povo nortista sao: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacé (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarao seco ¢ pimenta-de-cheiro. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr Pagina 8 de 26 TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO © FaSouza Foto: Festival de Parintins (AM) 1.3.3 - Regiao Centro-Oeste A cultura do Centro-Oeste brasileiro ¢ bem diversificada, recebendo contribuicdes principalmente dos indigenas, paulistas, mineiros, gatichos, bolivianos e paraguaios. So manifestagées culturais tipicas da regido: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goids; eo cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culindria regional 6 composta por arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, maria-isabel, empadao goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como © pintado, pacu, dourado, entre outros. Foto: Procissao do Fogaréu E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & (9 3822.7194 (29 97398-9505 QO Fesouza dirctoria@faculdadesouza.com.br © FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 9 de 26 1.3.4 - Regio Sudeste Os principais elementos da cultura regional sao: festa do divino, festejos da pascoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, pedo de boiadeiro, danga de velhos, batuque, samba de lengo, festa de lemanja, folia de reis, caiapé. A culinaria do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influéncia do indio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiaticos. Entre os pratos tipicos se destacam a moqueca capixaba, po de queijo, feljao-tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinno de bacalhau, picadinho, virado a paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etc. Foto: Feijoada 1.3.5 - Regido Sul © Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhéis e, principalmente, alemdes e italianos. As festas tipicas sao: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alema). Também integram a cultura sulista: o fandango de influéncia portuguesa, a tirana eo anuo de origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, 0 boi-de-mamao, a danga de fitas, boi na vara. Na culinaria esto presentes: churrasco, chimarrao, camarao, pirao de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho. E expressamente proibida a reproducao total ou parcial, sem autorizagao. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & (9 3822.7194 (29 97398-9505 QO Fesouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 10 de 26 Oktoberfest 1.4 - Organizacées religiosas Pessoa juridica destinada a abrigar as instituigbes de cunho religioso. Normalmente artecadam contribuigses para manutengéo dos templos e de seus entes participativos e para caridade. Costumam ser associagdes sem fins lucrativos e possuem imunidade fiscal. A justificativa para a expressa mengao, em separado, das organizagées religiosas estd basicamente no fato de ndo poderem ser consideradas associagdes, por no se enquadrarem na definigao legal do art. 53 do mesmo diploma, uma vez que nao tém fins econémicos stricto sensu. Ndo podem também ser sociedades, porque a definigdo do art. 981 as afasta totalmente dessa possibilidade. Poderiam enquadrar- se como fundagées, pois assim o permite 0 pardgrafo Unico do art. 62. Todavia, a instituigao de uma fundagao tem de seguir, além das normas do atual Cédigo, lei especifica que trata desse tipo de organizaco, cujas normas inviabilizam, para as igrejas, sua instituigdo. Uma entidade religiosa ndo pode limitar-se a ter apenas um fim, pois a sua propria manutengao j4 presume movimento financeiro. Nao 6 este, no entanto, o seu fim teleolégico. Uma entidade religiosa tem fins pastorais e evangélicos e envolve a complexa questéo da 16. A simples inclusao das igrejas como meras associacbes civis, com a aplicagao da legislagao a estas pertinentes, causaria sério embarago ao E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza dirctoria@faculdadesouza.com.br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 11 de 26 exercicio do direito constitucional de liberdade de crenga. Sendo destinadas ao culto e a adoracao, nao possuem elas apenas as caracteristicas das outras associagées, constituidas para 0 exercicio conjunto de atividades humanas cujo objetivo é a satistacao de interesses e necessidades terrenas, materiais. Seu funcionamento € distinto, seus interesses diversos, suas atividades diferentes. Devem, assim, aplicar-se as organizagées religiosas, como pessoas juridicas de direito privado, as normas referentes as associagdes, mas apenas naquilo em que houver compatibilidade. Assinala o Enunciado 143 da Ill Jornada de Direito Civil promovida pelo Centro de Estudos Judicidrios do Conselho de Justiga Federal: “A liberdade de funcionamento das organizagées religiosas nao afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame, pelo Judiciario, da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos”. A propésito, decidiu 0 Tribunal de Justiga do Rio Grande do Sul que foi com 0 espirito “de protegao as entidades religiosas que a Lei Federal n. 10.825, de 2003, alterou 0 art. 44 do Cédigo Civil, a fim de incluir as organizagées religiosas e os partidos politicos, como pessoas juridicas de direito privado e, a0 mesmo tempo, acrescentar o paragrafo primeiro, 0 qual veda ao poder ptiblico a negativa do reconhecimento, ou registro dos atos constitutivos e necessérios ao seu funcionamento. A vedaco presente em tal artigo nao pode ser considerada como absoluta, cabendo ao Judiciério tutelar interesses a fim de certificar-se, precipuamente, do cumprimento da legislagao patria, vale dizer, h4 que se averiguar se a organizagao religiosa atende os requisitos necessdrios ao registro do ato constitutive” 1.5 - Lugares sagrados 1.5.1 - Uma tradigéo muito popular dos catélicos no Brasil séo as peregrinagées a Nossa Senhora Aparecida, onde a santa fez sua apari¢ao na cidade de Aparecida do Norte, a santa entdo ficou conhecida como a Padroeira do Brasil. E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 12 de 26 Foto: Catedral de Aparecida do Norte/SP Em 4 de julho de 1980 0 papa Jodo Paulo II, em sua histérica visita ao Brasil, consagrou a Basilica de Nossa Senhora Aparecida, 0 maior santuario mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devogao a Santa Maria, Me de Deus e sagrando solenemente aquele grandioso monumento construldo com o carinho e devogao do povo brasileiro. Disponivel em: http:/) rofessor.mec.qov. bri /m: 1.4.2 - Os cultos dos judeus acontecem num templo chamado de sinagoga e ‘sao comandados por um rabino. Dentro das sinagogas existe uma arca que representa a ligagdo entre Deus e os judeus, na arca sao arquivados os pergaminhos sagrados da Tora. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr FaSouza "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 13 de 26 O Muro das Lamentagées, ou Muro Ocidental, (Qote! HaMa’aravi s.wnn ‘mon em hebraico), é 0 local mais sagrado do judaismo. Disponivel em: http//jerusalemdeouro.tripod.com/id1 5.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_das_lamenta%C3%A7%C3%B5es 1.4.3 - A tradicao islamica © profeta Maomé obteve sua primeira visao em 610, quando meditava em uma caverna perto de Meca, sua cidade natal. Foto: Praca da Caaba. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & (1 3822-2104 - (3) 9 7339-8505 '® diretoria@faculdadesouza.com.br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO_ Pagina 14 de 26 Depois da visdo Maomé entendeu que a ordem era que pregasse a mensagem de ‘Ala para o povo de seu pais. A viagem de Maomé de Meca para Medina ficou conhecida como Hégira, porque a tribo dos curaixitas controlava a cidade e Maomé teve que sair fugido. Em 630 Maomé voltou a cidade com o exército e ofereceu a cidade paz, apés Maomé tornou-a cidade sagrada e centro do isla. Disponivel em: ://pt.wikipedia.org/wiki/Caab: 1.4.4 - Lugares sagrados para indigenas Os dois lugares que fazem parte do Kwarup, a maior festa ritualistica entre os povos do Alto-Xingu — partilhada pelas nove etnias que formam seu complexo cultural -, estdo fora da demarcagao do Parque Nacional. O pedido ao Iphan para tombamento dos lugares sagrados foi apresentado em 2008 com a intengdo de garantir a conservacao e 0 direito de acesso as comunidades indigenas ao local, além de preservar a cultura nos seus aspectos espirituais religiosos das comunidades que participam do rito. Neste ritual, Sagihengu é o lugar onde comeca a ceriménia do kwarup e onde as comunidades indigenas afirmar ter ocorrido o Primeiro Kwarup em homenagem a uma mulher: a Mae. O lugar também tem remédio para ficar forte e bonito, e para sonhar com vida longa. A ceriménia neste local homenageia, efetivamente, a vida, apesar de ser uma cerim6nia funerdria. © kwarup 6 uma festa para espantar a tristeza, para acabar com uma situagao de luto e encaminhar o espirito para o outro lado, para o lado de cima. No Sagihenhu tem peixe, tem Agua, tem choro e tem alegria, tem morte que acaba e tem vida que comega, da inicio a um novo ciclo de vida. Outro local sagrado 6 0 abrigo rochoso Kamukuwaké, que também fica fora do parque e tornou-se propriedade particular apesar da sua importancia para a comunidade xinguana. Kamukuwaka é Sepulcro, é Ventre materno, local de vida e E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 15 de 26 de morte, de passagem de um para outro. O lugar era prisdo/sepulcro e local de renascimento, onde 0 cacique Kamukuwaké @ seus parentes ficaram encerrados. Este povo, punido pelo Sol, invejoso de sua beleza, é 0 antepassado dos Waura. Foi no abrigo Kamukuwaké que teve inicio o ritual de furagao de orelhas, fazendo morrer ‘0 menino e nascer 0 homem. Disponivel em: http:/portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=15201 &sigia-Noticia &retorno=detalheNoticia https://www.youtube.com/watch?v=UWah34xWGeE — Filme XINGU 1.4.5 - O rio Ganges Esse rio ha muito tempo 6 considerado um rio sagrado para os hindus, que 0 veneram na forma da deusa Ganga. Foto: Rio Ganges. Os hindus reconhecem diversas cidades._-—ssagradas_-—_na india, incluindo Allahabad, Haridwar, Varanasi e Vrindavan. Entre as cidades que possuem templos famosos est Puri, que abriga. um dos _principais E expressamente proibida a reproduc&o total ou parcial, sem autorizacao. © Av. Santa Helena, 1140 Novo Cruzeio-Ipatinga- MG © (3 3822-2194-- (21) 9 7339-8505 @ Fesouza 1 ciretoriaGtacukdadesouza.com.br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 16 de 26 templos vixnuista de Jagannath e a comemoracao de Rath Yatra; Tirumala - Tirupati, lar do Templo Tirumala Venkateswara; eKatra, onde se localiza o templo de Vaishno Devi. Os quatro locais sagrados de Puri, Rameswaram, Dwarka e Badrinath (ou, alternativamente, as cidades de Badrinath, Kedarnath, Gangotri e Yamunotri, no Himalaia) compdem 0 circuito de peregrinagao de Char Dham (quatro moradas). OKumbh Mela (0 “festival das jarras") 6 uma das peregrinagdes hindus mais sagradas, realizada a cada quatro anos; a localizagao é alternada entre Allahabad, Haridwar, Nashike Ujjain. Outro importante grupo de peregrinacées s4o os Shakti Peethas, ondea Deusa Maeé cultuada, da qual as duas principals ‘so Kalighat e Kamakhya. Disponivel em: cll indu%C3%ADsmo, Sugestao de filme: Planeta Sagrado - O filme é basicamente um show de imagens, passeando pelas florestas, pelo deserto, por aldeias, por animais, pelo oceano, enfim, toda esta diversidade da Mae Terra. Mesmo com toda a tecnologia utilizada para a captacao das imagens, sabemos, no nosso coragéo, que Pachamama 6 cheia de mistérios e belezas dignas de nosso respeito e contemplacao profunda. Disponivel em: http://www. terramistica.com.br/index.php ?add=Artigos &file=article &sic E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 17 de 26 1.5 - Ritos e rituais Caro aluno, leia o texto e reflita sobre a nossa aceitacdo de rituais de outras religides, cultura e sociedade, Assista aos videos sugeridos no blog abaixo e depois reflita Disponivel em: http://ensinoreligioso-serafimjonas.blogspot.com.br/2010/06/ritos-sagrados.html Ritos e rituais sao determinados costumes carregados de uma simbologia, de significado e importancia para aqueles que os praticam. Normalmente, as palavras Tito e ritual sao utilizadas para se fazer referéncia a praticas religiosas, mas elas se referem a praticas presentes em outras situagdes sociais. E comum ouvirmos falar em rituais de iniciagao, ritos de consagracao, rituais de passagem, ritos de excluséio e outros. O batismo, a festa quinze anos, 0 noivado, o casamento, a formatura, preceitos, normas, regras de etiqueta, por exemplo, so alguns dos ritos e rituais da sociedade. Ao se atribuir maior ou menor importancia a ritos e rituais, as pessoas afirmam e reafirmam seus valores, suas crengas e a ideologia dominante no seu grupo social, mesmo sem terem uma clara consciéncia disso. Ritos e rituais podem servir, de modo positivo, para a afirmagao da identidade de um grupo, como acontece com os rituais indigenas, preservados como marca identitaria. Mas também podem mascarar as relacdes sociais, ratificar, reiterar, reafirmar praticas de dominagao, de autoritarismo presentes na sociedade como um todo. No espaco escolar, que 6 parte de uma sociedade e de sua cultura, os ritos e rituais esto presentes, expressos de diferentes formas, nem sempre claramente percebidas ou reconhecidas. Na escola, ritos e rituais podem assumir um duplo sentido: propiciar um ambiente de exercicio de liberdade e de democracia, ou a imposigéo de ideias, mostrando como natural tanto 0 dominio dos superiores (diretor, professor) quanto a obediéncia dos subordinados (alunos, funcionarios). E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 18 de 26 Assim, os ritos e rituais da escola podem ser considerados negativos, quando eles impedem que o aluno pense por si préprio e limitam sua fala quando ela é contraria ao que esta estabelecido como certo, quando n&o permitem que o aluno opine, critique. Mas podem ser positives quando criam uma alternativa para que os alunos possam aprender a perceber, interpretar e criticar 0 mundo. Alguns autores fazem referéncia a varios ritos e rituais negativos presentes nas escolas: 1.5.1 0 diagnéstico escolarcomo ritual que segrega e estigmatiza: normais deficientes, aptos e inaptos, adiantados e atrasados, fortes e fracos, etc.; 1.5.2. 0 planejamento curricular, como ritual de massificagao, que ignora a diversidade, as diferengas e utiliza um processo de homogeneizacao dos alunos; 1.5.3. a relaco professor-aluno, como ritual de domesticagéo, por colocar o professor no centro, com 0 controle do processo de ensino e aprendizagem através da avaliacdo; 1.5.4. a avaliagao do rendimento escolar, como ritual de seletividade, que identifica os estudantes competentes para excluir os demais. Enquanto esses ritos e rituais se reproduzem, as questées de aprendizagem se avolumam, crescem os indices de reprovacao, e os professores continuam sendo responsabilizados pelo fracasso da aprendizagem dos alunos. 1.6 - A Vida e a morte Disponivel em: http://pensandooensinoreligioso.blogspot.com.br/2013/11/vida~apos-morte-na- diversidade-religiosa.html - Videos sobre a vida apés a morte em varias culturas. https //www.youtube.com/watch?v=lf13h51alSw - video do Prof. César Mota E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 19 de 26 /www.s com 2v=iG12G6XoA0Y - Reportagem Conexao Reporter — Experiéncia de quase morte 1.7 - Como a morte é vista em diferentes religides e doutrinas? Carolina Nascimento De maneira geral, cristdos, islamicos e judeus acreditam que apés a morte ha a ressurreigo. JA os espiritas creem na reencarnagao: 0 espirito retorna a vida material através de um novo corpo humano para continuar 0 processo de evolucao. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas religiées orientais, 0 conceito de reencamaco ganha outro sentido: é a continuagéo de um processo de purificacao. Nas diversas religibes, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro. 17.4 - sofia A sobrevivéncia do espirito humano & morte do corpo fisico e a crenga na vida e no julgamento apés a morte j4 era encontrada na filosofia grega, em especial em Pitagoras, Platdo e Plotino. Ja Sartre, filésofo francés, defendia que o individuo tem uma Unica existéncia. Para ele, nao ha vida nem antes do nascimento e nem depois da morte. 1.7.1.1 - Doutrina niilista Sendo a matéria a Unica fonte do ser, a morte 6 considerada o fim de tudo. 1.7.1.2 - Doutrina panteista E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza dirctoria@faculdadesouza.com.br FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 20 de 26 O Espirito, ao encarnar, é extraido do todo universal. Individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, com a morte, 4 massa comum. 1.7.1.3. Dogmatismo Religioso A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade apés a morte. Os que morreram em ‘pecado’ irdo para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delicias do paraiso. 1.7.1.4 — Budismo O Budismo prega 0 renascimento ou reencarnagao. Apés a morte, o espirito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua prdpria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espirito liberte-se do carma (agdes que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). A depender do seu catma, a pessoa pode renascer em seis mundos distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espiritos guerreiros, espiritos insaciaveis e reinos infemais. Estes determinam a Roda de Samsara, ou seja, 0 transmigrar incessante de um mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo terriveis torturas, brigando e reclamando. Em qualquer um destes estagios as pessoas estdo sujeitas a transformagées. De acordo com o Livro Tibetano da Morte, existem 49 etapas, ou 49 dias, apés a morte. Os monges oram para que as pessoas atinjam a Terra Pura - lugar de paz, tranquilidade e sabedoria iluminada - ou renascam em nivels superiores. Para libertar-se do carma e alcangar a iluminagao ou o Nirvana, 0 ciclo ignorancia, sede de viver e 0 apego as coisas materiais deve ser abolido da mente dos homens. Para isso, a doutrina budista ensina a evitar o mal, praticar 0 bem e purificar 0 pensamento. O leigo deve praticar trés virtudes: fé, moral e benevoléncia. Para eles, todo ser humano é iluminado, embora nao tenha consciéncia disso. 1.7.1.5 — Hind) E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 21 de 26 A viséo hindu de vida apés a morte 6 centrada na ideia de reencarnagao. Para os hinduistas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, palavras e atitudes. Quando 0 corpo morre ocorre a transmigragdo. A alma passa para 0 corpo de outra pessoa ou para um animal, a depender das nossas agées, pois a toda ag&o corresponde uma reagao - Lei do Carma. Enquanto nao atingimos a libertagao final - chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual s6 saimos apés atingirmos a lluminagao. No hinduismo, a alma pode habitar 14 niveis planetarios distintos (chamados a Bhuvanas) dentro da existéncia material, de acordo com seu nivel de consciéncia. Quando se liberta, a alma retorna ao verdadeiro lar, um mundo onde inexistem nascimentos e mortes. Os hindus possuem crencas distintas, mas todas dio baseadas na ideia de que a vida na Terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e renascimentos. 1.7.1.6 - Islamismo (Religiao Mugulmana) Para 0 islamismo, Ala (Deus) criou 0 mundo e trara de volta a vida todos os mortos no Ultimo dia. As pessoas serao julgadas e uma nova vida comegara depois da avaliagao divina. Esta vida seria entéo uma preparagao para outra existéncia, seja no céu ou no inferno. Quando a pessoa morte, comega o primeiro dia da eternidade. Ao morrer, a alma fica aguardando o dia da ressurreigdo (juizo final) para ser julgado pelo criador. O inferno esté reservado para as almas ‘desobedientes’, que foram desviadas por Satands. No AlcorAo, livro sagrado, ele 6 descrito como um lugar preto com fogo ardente, onde as pessoas sao castigadas permanentemente. Para 0 paraiso, vao as almas que obedeceram e seguiram a mensagem de Alah e as tradigdes dos profetas, (entre eles, os cinco principais: Noé, Abrao, Moisés, Jesus filho de Maria e Mohammed). No Alcorao, o paraiso é descrito como um lugar com rios de leite, cOrregos de mel e outras belezas jamais vistas pelo homem. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 22 de 26 1.7.1.7 - Espiritismo Defende a continuacéo da vida apés a morte num novo plano espiritual ou pela reencarnagao em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente. Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das inimeras encarnagées. Créem na eternidade da alma e na existéncia de Deus, mas nao como criador de pessoas boas ou mas. Deus criou os espiritos simples e ignorantes, sem discernimento do bem e do mal. Quem constréi o céu e 0 inferno € 0 proprio homem. Pela teoria, todos os seres humanos so espiritos reencamados na Terra para evoluir. A morte seria apenas a passagem da alma do mundo fisico para a sua verdadeira vida no mundo espiritual. E mesmo no paraiso, acredita-se que o espirito esteja. em constante evolucgo para o seu aperfeigoamento moral. As almas dos mortos ligam-se umas as outras, em familias espirituais, guiadas pela sintonia entre elas. Consequentemente, os lugares onde vivem possuem niveis vibratérios diferentes, sendo uns mais infelizes e sofredores, e outros mais felizes plenos. Muitas escolas espiritualistas - no todas - defendem a ideia da sobrevivéncia da individualidade humana, chamada espirito, a0 processo da morte bioldgica, mantendo suas faculdades psicolégicas intelectuais e morais. 1.8 - Igrejas evangélicas Como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenagao (céu ou inferno) e na eternidade da alma. A diferenca 6 que o morto faz uma grande viagem e a ressurrei¢do sé aconteceré quando Jesus voltar a Terra, na chamada ‘Ressurreicéo dos Justos', ou, entdo, aqueles que forem condenados terao uma nova chance de ressurreigao no ‘Julgamento Final’. Os que morrerem sem Cristo como seu Deus também receberao um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e enxotre. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 23 de 26 1.8.1 - Igreja Adventista do Sétimo Dia Na Igreja Adventista do Sétimo Dia, os mortos dormem profundamente até o momento da ressurreigo. Quem cumpriu seu papel na Terra recebe a graca da vida eterna, do contrério desaparece. 1.8.2 - Igreja Batista Creem na morte fisica (separagao da alma do corpo fisico) e na morte espiritual (separacaio da pessoa de Deus). Os que, apés a morte fisica, acreditam ou passam a confiar em Jesus Cristo, véo para o Paraiso onde teréo uma vida de paz e felicidade. Com a morte espiritual, a alma vai para o Inferno para uma vida de angistia, sofrimento, dor e tormentos. 1.8.3 - Catol ismo A vida depois da morte esta inserida na crenca de um Céu, de um Inferno e de um Purgat6rio. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares. A alma é eterna e Unica. Nao retorna em outros corpos e muito menos em animais. Cré na imortalidade e na ressurreigéo e nao na reencarnagéo da alma. A Biblia ensina que morreremos s6 uma vez. E ao morrer, o homem catélico é julgado pelos seus atos em vida. Se ele obtiver 0 perdao, aleangaré 0 cu, onde a pessoa viveré em comunhao e participago com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for condenado, vai para o inferno. Algumas almas ganham uma chance para serem purificadas e vao para o purgatorio, que nao é um lugar, e sim uma experiéncia existencial da pessoa. Quem for para o céu ressuscitard para viver eternamente. Depois do Juizo Final, justos e pecadores serao separados para a eternidade. Deus julga os atos de cada pessoa em vida de acordo com a palavra que revelou através de Seu Filho, com os ideais de amor, fraternidade, justiga, paz, solidariedade e verdade. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 24 de 26 1.9 - Judaismo O judaismo cré na sobrevivéncia da alma, mas nao oferece um retrato claro da vida apés a morte, e nem mesmo se existe de fato. O judaismo 6 uma religiéo que permite miltiplas interpretagdes. Algumas correntes acreditam na reencaragao, outras na ressurreigao dos mortos. Enquanto a reencarnagao representa o retorno da alma para um novo corpo, a ressurrei¢ao € definida como o retorno da alma ao corpo original. Para os judeus, a lei permite A pessoa que vai morrer por a sua casa em ordem, abencoar a familia, enviar mensagem aos que Ihe parecem importantes e fazer as pazes com Deus. A confissao in extremis é considerada importante elemento na transico para o outro mundo. 1.10 - Candomblé Nao existe uma concepeao de céu ou inferno, nem de punigao eterna. As almas que esto na terra devem apenas cumprir 0 seu destino, caso contrario vagarao entre céu e terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno. Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte sao regidos por uma Lei Maior, uma forga divina que da o equilibrio divino ou eterno. O Candomblé vé 0 poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morter é passar para outra dimensdo e permanecer junto com os outros espiritos, orixds e guias. Trabalha com a forga da natureza existente entre terra (Aly€) e 0 céu (Orun). Nos cultos afros, 0 assunto de vida apés a morte nao 6 bem definido. Na Terra, 0 objetivo do homem é realizar 0 seu destino de maneira completa e satistatéria. Ao cumprir 0 seu destino na Terra, 0 ser humano esta pronto para a morte. Apés a morte, 0 espirito sera encaminhado ao Orun, para uma dimensao reservada aos seres ancestrais, ou seja, eternos. O ser humano pode ser divinizado e cultuado. Caso 0 seu destino nao seja cumprido, os espiritos ficarao vagando entre os espagos do céu e da terra, onde podem influenciar negativamente os mortais. Como nao se realizaram plenamente, estes espiritos estao sujeitos & E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 25 de 26 reencamagao. Ja as pessoas vivas que sofrem as suas influéncias negativas, precisam passar por rituais de limpeza espiritual para reencontrar 0 equilibrio. 1.11 - Umbanda A Umbanda sofre influéncias de crengas cristas, espiritas e de cultos afros e orientais. Como nao existe uma unidade ou um 'livro sagrado’, alguns umbandistas admitem o céu e o inferno dos cristéos, enquanto outros falam apenas em reencarnagao e Carma. Na Umbanda, morte e nascimento sao momentos sagrados, que marcam a passagem de um estado a outro de manifestacdo espiritual, morremos para um lado e nascemos para outro lado da vida, 0 que nos aguarda do outro lado depende de nds mesmos. ‘A Umbanda explica 0 universo através de sete linhas, regidas por Orixas. Ao morrer, ‘a pessoa serd atraida por estes mundos espirituais. A matéria 6 apenas um dos caminhos para a evolugao do espirito. Sendo assim, a morte é uma etapa do ciclo evolutivo, sendo a reencarnacéo a base da evolugao. O objetivo maior do nascimento e da morte é a harmonizagao e a evolugdo consciente do espirito. Apos morte, o ser humano leva consigo suas alegrias, sua fé, suas crengas, suas magoas e suas dores. E tera que lidar com elas, sempre contanto com o auxilio dos espiritos mais evoluidos que o recepcionarao no outro lado da vida e o ajudaréo na sua adaptagao no mundo espiritual. Com a morte do corpo fisico, os espiritos bons podem se tornar protetores, enquanto os maus (espiritos de pouca evolugao, devido as poucas encarnagées) podem virar perturbadores. Os mortos (desencarnados) podem ser contatados, ajudados ou afastados. REFERENCIAS ALMEIDA, Fabio Portela Lopes de. Liberalismo Politico, Constitucionalismo e Democracia: a questo do ensino religioso nas escolas publicas. Belo Horizonte: Argymentvm, 2008. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacéo. © sw Serta Helena, 140 Novo Cumeto-iptngse MS & (a) 3622-2194 (2) 9 7339-8805 Q Fesouza S avieretatihdcameacacombr FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 26 de 26 BRAGA, Luiz Guilherme Mattos. Forum Permanente de Estudos Juvenis: estudo sobre uma proposta de ensino religioso. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. 101 f. Dissertacao (Mestrado em Sociologia), Programa de Pés-Graduagao em Sociologia e Antropologia Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. CARDOZO, Fernanda. “Pesquisa quali-quantitativa com alun@s das séries finais do Ensino Fundamental de Cricitima”. In: Seminario Ensino Religioso, Género e Sexualidade em Santa Catarina [on-line], Florianépolis, 2008. CARNEIRO, Sandro de Sa; ALEXANDRIA, Nicolas. “Educac¢ao e Religiao: multiplas interfaces e tens6es no Ambito escolar da Rede Publica do Estado do Rio de Janeiro” rel Os Urbanitas — Revista de Antropologia Urbana, S40 Paulo, ano 05, 05, on. 09, dez_ = 2008.-~——Disponivel em: ea osurbanitas.org/osurbanitas8/sandrasacarneiro& ;nicolasalexandria.htm! >. Acesso em: out. 2012. CAVALIERE, Ana Maria. “Quando o Estado pede socorro a religiao”. Revista Contempordnea de Educagao, v. 1, n. 2, p. 5, 2006. . "O mal-estar do ensino religioso nas escolas piiblicas”. Cadernos de Pesquisa, v. 37, p. 303-332, 2007. CURY, Carlos Roberto Jamil. “Ensino religioso na escola publica: o retorno de uma polémica recorrente”. Revista Brasileira de Educagao, n. 27, p. 183-191, set/out/novidez. 2004. DICKIE, Maria Amélia Schmidt. “O Ensino Religioso no Brasil’. In: Seminario Ensino Religioso, Género e Sexualidade em Santa Catarina [online], Florianépolis, 2008. Disponivel em: . Acesso: Ouv/2012. DICKIE, Maria Amélia Schmidt; LUI, Janayna Alencar. “O ensino religioso e a interpretagao da lel’. In: Horizontes Antropolégicos, Porto Alegre, ano 13, n. 27, p. 237-252, jan. jun. 2007. DINIZ, Debora. “Laicidade e ensino religioso nas escolas ptiblicas: 0 caso do Rio de Janeiro”. Revista Brasileira de Ciéncias Criminais, v. 84, p. 399-415, 2010. E expressamente proibida a reprodue&o total ou parcial, sem autorizacéo. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & cen 2022-208. (29 9799-8805 Q Fasouza dirctoria@faculdadesouza.com.br

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