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jusbrasil.com.br 28 de Abril de 2023 Extingao das Obrigacées Maneiras de extinguir-se uma obrigacao Trabalho realizado por: Beatriz de Oliveira Café e Alves, Ana Claudia Bauermeister Stork, Rebeca Luchinni Lima e Isabela Gomes Ribeiro. 1. Pagamento direto fa forma normal de se extinguir a obrigacéo - Requisitos: Existéncia de um vinculo obrigacional Intengao voluntaria de pagar Prestagao exata do devido * Quitacaio Escrito pelo qual o credor reconhece que o devedor pagou a divida. - Requisitos legais para a quitagao: E livre a forma, ou seja, nfo é necessaria a observancia do artigo 320 do Cédigo Civil. Neste caso, deve-se observar seu pardgrafo unico. - Objeto e prova (313 a 326 CC) O objeto do pagamento é a prestag&o. O credor pode recusar prestaciio diversa da que Ihe é devida, mesmo que mais valiosa e também nao é obrigado a receber (nem o devedor a pagar) em partes, salvo disposicéio expressa no contrato. - Local do pagamento: A resposta decorre do que estiver estipulada no contrato quando nao for no domicilio do devedor. Se forem designados dois ou mais lugares para o pagamento, o credor pode escolher em qual deles a prestacao sera realizada. Excecées: a) Convencao b) Do que resultar a lei (Exemplo.: dividas fiscais, pois devem ser pagas na reparti¢ao propria) c) Circunstanciais (o devedor abre mao) Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renincia do credor relativamente ao previsto no contrato. Tempo do pagamento O momento em que se pode reclamar a divida é o vencimento. £ a partir dele que surge a exigibilidade da obrigagao. A data do pagamento pode ser fixada livremente pelas partes no contrato. Caso esta seja convencionada, o devedor nao pode pa- gar apdés a data pactuada, sob pena de constituir mora, bem como nao pode forgar o credor a receber antes do vencimento. Quanto ao credor, este nao pode cobrar a divida antes da data do vencimento. a) Puras: quando as partes nao estipularem prazo, devendo as- sim, 0 credor notificar o devedor. b) Impuras: quando houver prazo fixado em contrato. c) Condicionais: quando a exigibilidade depender de um aconte- cimento futuro incerto. - Exigibilidade do pagamento antes do prazo: Em principio nao pode salvo se houver faléncia do credor. 2. Pagamentos indiretos « Consignacéo em pagamento: Meio indireto de liberacao do devedor mediante depésito judi- cial ou extrajudicial da prestacéio. Ou seja, depésito, feito pelo devedor, com 0 objetivo de liberar-se da obrigagao Iiquida e certa. Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obriga- ¢do, o depésito judicial ou em estabelecimento bancario da coisa devida, nos casos e forma legais. Art. 335. A consignacao tem lugar: I - se o credor nao puder, ou, sem justa causa, recusar, receber 0 pagamento, ou dar quitagdo na devida forma; II - se o credor nao for, nem mandar receber a coisa no, lugar, tempo e condi¢do devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhe- cido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ow de acesso perigoso ou dificil; IV - se ocorrer diivida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litigio sobre o objeto do pagamento. Art. 336. Para que a consignagao tenha forca de paga- mento, sera mister concorram, em relagdo ds pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais nao é valido o pagamento. Art. 345. Se a divida se vencer, pendendo litigio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderd qualquer deles requerer a consignacao. a) Judicial: "mora accipiendi" (do credor) referente a qualquer coisa (bem juridico) objeto da prestacao. Mediante acao judicial. Quando sem um motivo juridico o credor nao quiser receber. b) Extrajudicial: quando o bem juridico devido for dinheiro ou valor. Mediante depésito bancario. Apés o depésito, o credor receberé uma "carta com aviso de recebimento"comprovando que o depésito foi feito para ele. Apés isso, o credor tera 30 dias para dizer se concorda ou nao com o depésito. O siléncio sera considerado como ato positivo (credor concorda). Se o credor nao aceitar, devera responder a carta e a partir dai o devedor tera 30 dias para promover uma agio judicial. « Fatos que Autorizam a Consignacao a) O credor que se recusa injustificadamente a receber ou dar a quitagao; b) O credor que nfo recebe a coisa na forma e lugar estabelecido; ©) O credor incapaz, desconhecido, declarado ausente ou que es- tiver em lugar incerto ou de acesso perigoso ou dificil; d) Se houver dtivida a respeito do credor; e) Se pender litigio sobre o objeto do pagamento. * Caracteristicas: A divida deve ser liquida (quantificada) e vencida, se a prestagio for em dinheiro Exige-se a mora do credor. * Requisitos de validade 1°) Em relagao a pessoa: Deve ser feito pelo devedor ao verdadeiro credor, sob pena de nao valer. 2°) Quanto ao objeto: Exige-se a integralidade do depésito, porque o credor nao é obrigado a receber coisa diversa. 3°) Quanto ao modo: O modo devera ser 0 convencionado (ex: pagamento a vista) 4°) Quanto ao tempo: O tempo deve ser 0 estipulado no contrato, nao podendo efe- tuar-se o pagamento antes de vencida a divida, se assim nao foi convencionado. + - Pagamento com sub-rogacao: Substituicdo da pessoa que pagou (ao credor) em relacdo ao de- vedor primeiro ou primitivo. E a substituicdo de uma pessoa por outra pessoa (subrrogacao pessoal) ou de uma coisa por outra coisa (subrrogacio real), em uma relacao juridica. + Espécies: a) Legal: terceiro interessado que efetua o pagamento Art. 346. A sub-rogacdo opera-se, de pleno direito, em favor: I- do credor que paga a divida do devedor comum; II - do adquirente do imével hipotecado, que paga a credor hipotecdrio, bem como do terceiro que efetiva 0 pagamento para nao ser privado de direito sobre imovel; III - do terceiro interessado, que paga a divida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. b) Convencional: é uma espécie de cessio de crédito (transmite o crédito para a terceira pessoa, na maioria das vezes é a titulo oneroso bilateral); convencao entre as partes; vale para terceiro interessado e no interessado; deve ser expresso. Art. 347. A sub-rogacdo é convencional: I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a divida, sob a condigaéo expressa de ficar 0 mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. ¢ Efeito da sub-rogagio: Art. 349. A sub-rogacao transfere ao novo credor todos os direi- tos, agdes, privilégios e garantias do primitivo, em relagao a di- vida, contra o devedor principal e os fiadores. Efeito de transferir (translativo). « Natureza Juridica da Subrrogagao Trata-se de um instituto auténomo, constituindo uma excegio 4 regra de que o pagamento extingue a obrigacdo, pois o paga- mento na subrrogacao promove apenas uma alteraciio subjetiva da obrigacdo, mudando o credor. A extingao obrigacional ocorre somente em relacao ao credor satisfeito, para o devedor nada se altera, pois o terceiro que paga a obrigacdo, toma o lugar do credor primitivo e passa a ter o direito de cobrar a divida, se subrrogando no lugar do credor primitivo. + Efeitos da Subrrogacaio a) Liberatério: por exonerar o devedor ante o credor origindrio que sai da transacao; b) Translativo: por transmitir ao terceiro, que satisfez o credor origindrio, os mesmos direitos de crédito com todos os seus acessérios, nus e encargos do credor satisfeito. * -Imputagio do pagamento: A imputagéo do pagamento é a indicag&o da divida a ser qui- tada; ocorre quando o devedor de varias dividas de uma mesma natureza, a um mesmo credor, efetua o pagamento insuficiente para quitar a todas. Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um sé credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem liquidos e vencidos. Regra: haver dividas liquidas e vencidas da mesma natureza (ex.: dinheiro e dinheiro) envolvendo devedor e credor comuns (devedor e credor séo os mesmos). Obs: apenas uma delas sera extinta e as outras continuarao a subsistir. E uma operagdo pela qual o devedor de mais de um débito da mesma natureza a um credor, caso n&o possa pagar, ele poderd imputar (escolher). Quando o devedor de dois ou mais débitos da mesma natureza a um credor e se essa pessoa nao puder pagar todos os débitos, ela pode escolher um deles. - Espécies: a) pelo devedor; Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um s6 credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem liquidos e vencidos. b) pelo credor; Art. 353. Nao tendo o devedor declarado em qual das dividas liquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitagao de uma delas, nao teré direito a reclamar contra a imputagdo feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violéncia ou dolo. c) Legal. Art. 355. Se o devedor nao fizer a indicagdo do art. 352, e a quitagdo for omissa quanto a imputacdo, esta se faré nas dividas liquidas e vencidas em primeiro lugar, Se as dividas forem todas liquidas e vencidas ao mesmo, tempo, a imputac¢do far-se-d na mais onerosa. (na mais valiosa) Havendo capital e juros: Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento impu- tar-se-d primeiro nos juros vencidos, e depois no capi- tal, salvo estipulagdo em contrdrio, ou se o credor pas- sar a quitagao por conta do capital. Regra: primeira parte Excegao: segunda parte « Dagaio em pagamento: E um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonera- lo da divida, prestaciio diversa da que lhe é devida Art. 356. O credor pode consentir em receber prestagao diversa da que lhe é devida. Acordo de vontades entre credor e devedor por meio do qual o primeiro (credor) concorda em receber do segundo (devedor) prestacao diferente da devida em decorréncia de um contrato. Ajuste ou acordo de vontades entre credor e devedor pelo qual este, com a concordancia do credor, entrega como pagamento coisa ou bem juridico diferente do apontado em contrato. Exemplo: O devedor possui uma divida de 200.000 reais com 0 credor. Vencida a prestacao e querendo ele pagar mas nao tem a prestacao que estava no contrato porém ele possui um terreno com esse mesmo valor. Podera o devedor chegar um acordo com o credor para entregar pagamento diferente do estipulado ante- riormente. O credor nao é obrigado a concordar. « Requisitos: a) Existéncia de um débito vencido; b) Animus solvendi (vontade de solver a divida) c) Diversidade do objeto oferecido, em relacio A divida origindria; d) Consentimento do credor na substituigéo. * Novacao Negécio juridico por meio do qual se cria uma nova obrigacaio com o objetivo principal de extinguir-se a anterior. Também pode ser um negocio juridico por meio do qual um novo devedor sucede ao antecedente. Art. 360. Da-se a novagao: I - quando o devedor contrai com o credor nova divida para extinguir e substituir a anterior; II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este, quite com o credor; III - quando, em virtude de obrigagdo nova, outro cre- dor é substituido ao antigo, ficando o devedor quite com este. Espécies de novagio: 1, Objetiva: quando o devedor contrai com o credor nova divida para extinguir e substituir a anterior; 2. Subjetiva: quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; 3. Mista: quando decorre da fusdo da objetiva (uma nova obri- gaciio) e da subjetiva (intervencdo de outra pessoa). Ex.: pai que assume a divida do filho, querendo pagar os 5000 mil devidos ao banco por meio de uma prestacao de servigo. Ocorre, por- tanto, a mudanga de obrigagao e de sujeito. - Efeitos da novacao: Extingcdo da primeira obrigacio que é substituida por outra Extingdo dos acessérios e garantias da divida, caso nao haja pre- visfio em contrario. a) Novacao Objetiva = altera-se o objeto da prestacio (art. 360 - QD Ex. O devedor nao esté em condigées de saldar a divida em di- nheiro, propée ao credor, que aceite a substituigao da obrigagaéo em dinheiro por prestagdo de servigo, extinguindo a primeira obrigacao. b) Novagio Subjetiva = alteracio dos sujeitos da relagao juridica (art. 360- I] e III) Pode ocorrer por substituigéo do devedor (quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor) ou por substi- tuig&o do credor (quando, em virtude de obrigag&o nova, outro credor é substituido ao antigo, ficando o devedor desobrigado com 0 credor primitivo). A novacao subjetiva por substituic¢do do devedor (novacdo pas- siva) podera ocorrer sem o consentimento deste. Ex: Pai pode substituir o filho na divida contraida, com ou sem o seu consentimento. A novacio subjetiva por substituig&éo do credor (novagao ativa) ocorre por um acordo de vontades, onde o credor primitivo deixa a relagio e um terceiro toma o seu lugar, ficando o deve- dor desobrigado quanto ao credor primitivo, estabelecendo novo vinculo com o segundo credor. Ex: A deve para B, que deve igual importancia para C, por acordo entre os trés, A pagara diretamente a C, sendo que B se retirara da relacio, ficando extinto o crédito de B em relagio a A, constituindo nova relagao entre Ae C. c) Novacdo Mista = alteracdo de sujeitos e de objeto A novagio mista nao esta descrita juridicamente, decorre da fu- so da novagao objetiva e da novacio subjetiva, se configurando quando ocorre ao mesmo tempo, mudanga do objeto da presta- cao e de um dos sujeitos da relacao juridica. Ex. Pai assume divida em dinheiro do filho (novagio subjetiva), mas com a condig&o de pagé-la mediante prestacao de servico (novagio objetiva). Obs: Na novagiio a insolvéncia do novo devedor corre por conta e risco do credor, que o aceitou, nao cabendo Acdo de Regresso contra o devedor primitivo, pois o principal efeito da novagao é extinguir a divida anterior (art. 363). + - Compensagiio Ajuste que se da entre o devedor e o credor, porque eles sao re- ciprocamente credores e devedores um do outro para se extin- guir as obrigagées na dimensao de cada um desses créditos e débitos. Ex.: A deve a B por fora de um contrato. B deve a A por fora de outro contrato. Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e de- vedor uma da outra, as duas obrigacées extinguem-se, até onde se compensarem. Art. 369. A compensagdo efetua-se entre dividas liquidas (de- terminado o valor devido), vencidas, de coisas fungiveis (mé- veis) e exigiveis. - Espécies: a) convencional: as partes (devedores e credores) acordam entre elas extinguir a obrigacao dado entre elas haver débitos e crédi- tos reciprocos. b) legal: quando a lei prevé as situacdes c) Judicial: o juiz declara um determinado caso concreto que se devam extinguir obrigagées reciprocas entre credores e devedores Extingao: a) parcial: divida nao se extingue de tudo Ex. A deve para B 50. B deve para A 35. Continuara existindo uma divida de 15. b) Total: divida se extingue totalmente Ex.: A deve para B 50. B deve para A 50. Art. 370. Embora sejam do mesmo género as coisas fungiveis, objeto das duas prestacées, nao se compensarao, verificando- se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato. Ex.: Pedro deve 300 sacas de café para José e vocé versio. Po- rém se constar no contrato que os cafés sao de tipos diferentes. Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua divida com a de seu credor ao afiangado. Art. 373. A diferenga de causa nas dividas néo impede a com- pensacdo, exceto: I - se provier de esbulho, furto ou roubo; (situagdes de ilicitude) II - se uma se originar de comodato (empréstimo gratuito de bem infungivel), depésito ou alimentos (algo vital); ILI - se uma for de coisa nado suscetivel de penhora (saldrio) - Requisitos da Compensagao Legal a) Reciprocidade das obrigacées (art. 368, CC) E preciso que haja um credor e um devedor, e que em um deter- minado momento se tornem credor e devedor reciprocamente. b) Liquidez e exigibilidade das dividas (art. 369, CC) As dividas liquidas sao aquelas cujo valor seja certo e determi- nado, devendo as mesmas estar vencidas (exigivel). Obs: Nas obrigagdes condicionais ou a termo, a compensacio sé sera permitida apés o implemento da condig&o ou depois do vencimento do termo. c) Fungibilidade das obrigagées (art. 369, CC) E necessério que as prestagdes sejam fungiveis, da mesma natu- reza, devendo ainda ser homogéneas entre si. Ex: Divida em dinheiro, sé se compensa com divida em dinheiro ou dividas de sacas de café, sé se compensarao com dividas de sacas de café. Obs: O artigo 370 restringe a compensagéo também quanto a qualidade da prestag&o, nao se compensarao as dividas da mesma natureza, se estas forem diferentes na qualidade, quando especificado no contrato. Ex: Se uma das dividas for de café tipo A (qualidade especifi- cada), sé se compensara com outra divida também de café tipo A. a) Compensagao Legal = é a que decorre da lei, e opera-se auto- maticamente, de pleno direito. O devedor que desejar reconhecer a compensagao legal, podera ajuizar Ac&o Declaratéria, onde o juiz, reconhece e declara a compensacao, dependendo sempre de provocagio do interes- sado, pois jamais poderd ser declarada de oficio. A compensacao podera ser argiiida em contestacfio, em recon- vengao e nos embargos a execucio. b) Compensagdo Convencional = é a que resulta de um acordo de vontades entre as partes, independente dos requisitos legais para compensacao. c) Compensagao Judicial ou Processual = é a determinada pelo juiz, estando presentes os pressupostos legais que autorizam a compensa¢do, ocorre normalmente em casos de procedéncia da aco ou da reconvencio. Ex: Se A ajuizar acado para cobrar de B a importancia de R$ 10.000,00 e B na reconvencio cobra de A a importancia de R$ 8.000,00, sendo ao final ambas as acdes julgadas procedentes, o juiz condenara B a pagar somente R$ 2.000,00, fazendo as- sim, a compensagio das dividas. - Niio haverd compensagio se: 1°) As dividas forem provenientes de atos ilicitos (furto e roubo); 2°) As dividas se originarem de comodato ou depésito, pois ba- seiam-se na confianca mtitua, somente se admitindo o paga- mento mediante a restituigio da coisa emprestada ou deposi- tada, pois ninguém pode apropriar-se de coisa alegando com- pensacio, uma vez que a obrigacao de restituir nao desaparece. 3°) As divida for proveniente de Alimentos, sendo estes de natu- reza incompensavel, porque sua satisfacio é indispensdvel para a subsisténcia do alimentando. 4°) Uma das dividas for impenhordvel, pois a compensagio pressupée divida judicialmente exigivel (ex. Saldrio) 5°) Prejuizo do direito de terceiro. + -Remissio Perdao da divida pelo credor referente a obrigagéo, mas que exige concordancia, extingue a obrigacao, mas sempre a juizo de terceiro. Art. 385. A remissdo da divida, aceita pelo devedor, extingue a obrigacdo, mas sem prejutzo de terceiro. Remissao = vem do verbo remitir = perdoar Remicao = vem do verbo remir = resgatar/ pagar Qual a diferenga entre perdoar e renunciar? Se eu perdoar o débito do meu devedor, eu preciso que ele aceite o perdao, neste caso, é um ato de generosidade, ja na re- ndncia é dispensada 0 aceite do devedor, neste caso, nao se trata de um ato de generosidade, mas de falta de interesse de agir, eu nao quero mais receber a divida. Art. 386. A devolugéo voluntdéria do titulo da obrigagdo, quando por escrito particular, prova desoneragdao do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e 0 devedor capaz de adquirir. Ex.: Se eu devo para vocé por meio de um titulo de crédito de 50.000 reais. Se ve me devolver, a presuncio é de que vocé esta perdoando a minha divida, porque era a prova que vocé tinha contra mim. Art. 387. A restituigdo voluntaria do objeto empenhado prova a rentincia do credor a garantia real, nao a extingao da divida. Objeto empenhado é o penhor é uma garantia real sobre uma coisa alheia - Espécies: a) Total ou parcial Expressa = quando ha declaragao do credor através de instru- mento publico ou particular, por ato inter vivos ou causa mortis, perdoando a divida. TAcita = decorre de comportamento incompativel com a quali- dade do credor. Ex: Devolucao voluntaria do titulo ao devedor (art. 386). - Confusio Quando se tem na mesma pessoa o devedor e 0 credor. Art. 381. Extingue-se a obrigagdo, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Ex.: A deve 200.000 reais para o pai del! O pai falece depois de cinco meses. Por forca da morte do pai, ha uma transi¢do here- ditaria. A passa a ser herdeiro. Portanto, A nfo tera que pagar mais. : httpsi//ww.jusbrasil.com.br/artigos/extincao-das-obrigacoes/307622604 Informagées relacionadas @ Escola Brasileira de Direito Artigos + hé 6 anos Quais sao as 8 formas de pagamento indireto? © pagamento, juridicamente falando, é 0 adimplemento, Ou seja: 0 cumprimento de uma obrigagao, tendo como consequéncia a extingao. da obrigagao. Mas, a extingdo da obrigagéo nao exime as partes da. Dd Daniela Cabral Coelho Artigos + hé-4anos Tudo sobre pagamento (direito das obrigacdes) Ha dois possiveis desfechos para a obrigaco: ou elas sio cumpridas(adimplemento) ou elas so descumpridas (inadimplemento). © adimplemento é o fim desejado, a solucao ideal para a obrigacao. Hoje o, Arthur Ferreira Ramos A Jusbrasil Sobre nés Ajuda Newsletter Cadastre-se Artigas + ha 7 anos Transmisso das Obrigacées - Direito Civil Cessdo de crédito O instituto da cessao de crédito é tratado nos arts. 286 a 298 do Cédigo Civil e consiste em um negacio juridico pelo qual o titular de determinado crédito (credor) transfere a um... or Antonio Duarte Artigas + ha 7 anos As modalidades de obrigagées no direito civil brasileiro 1. Introducao: 0 Direito das Obrigagées no Cédigo Civil O Direito das Obrigacées trata de direitos de indole patrimonial e constitui a matéria do Livro I da Parte Especial, a partir do Art. 233, do... Erick Sugimoto Artigos + ha 2 anos transmissao da obrigaga: de divida? Assuncao de divida é uma das alternativas de transmitir a obrigacao outrem. Com essa transferéncia algumas questées juridicas so legitimas de serem pronunciadas e explicadas. Por mais que ela néo... uais a regras da assun¢cao Para todas as pessoas Consulta processual Artigos Noticias Encontre uma pessoa advogada Para profissionais Jurisprudéncia Doutrina Disrios Oficiais Pecas Processuais Modelos Legislacao Seja assinante API Jusbrasil Transparéncia Termos de Uso Politica de Privacidade Protecéo de Dados A 4332 principal fonte de informacio jurcica, © 2023 Jusbrasl Todos vying 0s direitas reservados,

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