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Mais do que fiscalizar o Judicirio, o CNJ tem criado as condies e fornecido os instrumentos para que a sociedade civil tambm cumpra esse papel. Temos estimulado o surgimento de uma cultura de zelo pela coisa pblica, que permitir a cada brasileiro ser fiscal. justamente nesse contexto que se encaixa o atual debate sobre a competncia concorrente ou subsidiria do CNJ para processar e punir desvios funcionais. Para alm da interpretao que se possa dar ao texto constitucional acerca da autoridade do CNJ em matria disciplinar o STF o far da maneira sbia e equilibrada que o caracteriza , h uma finalidade a informar o microssistema de controle administrativo do Judicirio introduzido pela emenda constitucional 45, que criou o CNJ: o direito atribudo ao cidado de denunciar e obter julgamento clere e efetivo de eventuais desvios funcionais. notrio que uma das principais razes para a criao do CNJ foi o histrico dficit de atuao das corregedorias dos tribunais. Elas, porm, no devem ser extintas, mas fortalecidas. No se iniciariam as mudanas desejadas no Poder Judicirio sem as firmes e necessrias decises tomadas pelo CNJ. O nico dono do CNJ a sociedade brasileira. As pessoas passam! Nesse sentido, parece-nos que a questo em debate est fora de foco. No se trata propriamente de recusar ou afirmar a competncia originria do CNJ em matria disciplinar, pois ela inegvel a nosso ver, embora respeitemos qualquer deciso do STF. O que se deve discutir so formas procedimentais para que o funcionamento do conselho represente tambm o fortalecimento das corregedorias dos tribunais. MARCELO NOBRE, da Cmara dos Deputados, BRUNO DANTAS, do Senado Federal, WELLINGTON CABRAL SARAIVA, do Ministrio Pblico Federal, GILBERTO VALENTE MARTINS, do Ministrio Pblico Estadual, JORGE HLIO CHAVES , da OAB, e JEFFERSON KRAVCHYCHYN, da OAB, so membros do CNJ.
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