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AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Não é permitida a utilização deste Manual, para qualquer outro fim que não o indicado, sem
autorização prévia e por escrito da Ordem dos Contabilistas Certificados, entidade que detém os
direitos de autor.
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1.
A Agenda
do Trabalho Digno
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Desde logo, uma referência importante para a Agenda do Trabalho Digno foi a Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável, adotada por todos os Estados-Membros das Nações Unidas em 2015,
a qual define as prioridades e aspirações do desenvolvimento sustentável global para 2030 e procura
mobilizar esforços globais à volta de um conjunto de objetivos e metas comuns. São 17 os Objeti-
vos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que representam um apelo urgente à ação de todos os
países – desenvolvidos e em desenvolvimento – para uma parceria global. O Trabalho Digno está
refletido no 8º ODS: “Promoção do crescimento económico inclusivo e sustentável e o emprego e
trabalho digno para todas as pessoas”.
O 8.º ODS é suportado por um conjunto de metas que se centram em dez aspetos chave: Garantir o
pleno emprego e o crescimento económico sustentável; Acabar com o diferencial de salários entre
homens e mulheres; Promover o trabalho digno para os jovens; Erradicar o trabalho infantil e o traba-
lho forçado; Formalizar a economia informal; Garantir os direitos no trabalho e ambientes de trabalho
seguros e protegidos para todos os homens e mulheres; Proteger os trabalhadores migrantes; Criar
e estender pisos nacionais de proteção social.
O 8.º ODS é fortalecido com referências a aspetos do trabalho digno como a proteção social e o
desenvolvimento de competências nos restantes ODS e constitui uma resposta indispensável às
preocupações de muitos governos e às necessidades das pessoas em todas as regiões do globo. De
facto, quase todos os restantes ODS se encontram ligados, de alguma forma, ao mandato da OIT e
aos quatro pilares da sua agenda do trabalho digno.
O trabalho digno para todos reduz a desigualdade e aumenta a resiliência. As políticas desenvolvidas
através do diálogo social ajudam as pessoas e as comunidades a lidar com o impacto das altera-
ções climáticas, facilitando simultaneamente a transição para uma economia mais sustentável. E,
não menos importante, a dignidade, a esperança e o sentido de justiça social que resultam de um
emprego digno ajudam a construir e a manter a paz social. O trabalho digno é indicado como uma
das principais prioridades para as pessoas nas consultas globais para a Agenda 2030. Como referiu
o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, os objetivos de 2030 «respondem à necessidade de toda a
humanidade poder viver uma vida digna, livre de pobreza, de fome e de desigualdade, onde todos
os homens, mulheres e jovens possam desenvolver todo o seu potencial».
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Do mesmo modo, o Relatório Global sobre Salários 2022-2023 – O impacto da inflação e da Covid-19
nos salários e no poder de compra, lançado pela OIT no dia 30 de novembro de 2022, destaca a Clique
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urgência da adoção de medidas para mitigar o aumento dos níveis de pobreza, das desigualdades
e dos conflitos sociais. De acordo com o Relatório, a severidade da atual grave crise inflacionária,
combinada com uma desaceleração global do crescimento económico - impulsionada em parte pela
guerra na Ucrânia e pela crise global de energia - está a provocar uma queda acentuada dos salários
reais em muitos países. A crise está, assim, a diminuir o poder de compra das classes médias e a
atingir particularmente as famílias de mais baixo rendimento.
Também o Pilar Europeu dos Direitos Sociais proclamado em 17 de novembro de 2017, pelo Parla-
mento Europeu, pelo Conselho e pela Comissão, estabelece 20 princípios fundamentais1 que tra-
duzem a ambição europeia da prosperidade partilhada. O Plano de ação deste Pilar, apresentado
em 2021, apresenta 3 Metas a nível da União Europeia a atingir até 2030, que ajudarão a orientar as
políticas e as reformas nacionais:
(i) Pelo menos 78% da população entre os 20 e os 64 anos deverá estar empregada, (ii) Pelo
menos 60% de todos os adultos deve participar anualmente em ações de formação, (iii) O
número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social deverá ser reduzido, em pelo
menos, 15 milhões.
(i) A definição de uma trajetória plurianual de atualização real do salário mínimo nacional, de
forma faseada, previsível e sustentada, evoluindo em cada ano em função da dinâmica do
emprego e do crescimento económico, com o objetivo de atingir pelo menos 900 euros em
2026;
(ii) A criação de um quadro fiscal adequado para que as empresas assegurem, a par da cria-
ção de emprego líquido, políticas salariais consistentes em termos de valorização dos rendi-
mentos e de redução das disparidades salariais, centrado na valorização dos salários médios;
(iii) A valorização da negociação coletiva, através da sua promoção na fixação dos salários, na
atualização das principais convenções coletivas de trabalho, com o objetivo de implementar
sistemas de progressões e promoções e garantindo, simultaneamente, a necessária ampli-
tude salarial, priorizando a negociação coletiva enquanto ferramenta que permite alinhar os
salários com a produtividade das organizações, promovendo a melhoria da qualidade do
emprego e dos salários;
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Educação, formação e aprendizagem ao longo da vida; Igualdade entre homens e mulheres; Igualdade de oportunidades,
Apoio ativo ao emprego; Emprego seguro e adaptável; Salários; Informações sobre as condições de emprego e proteção
em caso de despedimento; Diálogo social e participação dos trabalhadores; Equilíbrio entre a vida profissional e a privada;
Ambiente de trabalho são, seguro e bem adaptado e proteção de dados; Acolhimento e apoio a crianças; Proteção social;
Prestações por desemprego; Rendimento mínimo; Prestações e pensões de velhice; Cuidados de saúde; Inclusão das pessoas
com deficiência; Cuidados de longa duração; Habitação e assistência para os sem-abrigo; Acesso aos serviços essenciais.
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(iv) A valorização do rendimento dos mais jovens, num esforço partilhado entre empresas e
Estado. Clique
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(ii) Criar condições para reforçar a competitividade das empresas e o crescimento da produ-
tividade, estimulando os fatores que os determinam.
Jovens: atração e fixação de talento: (aumento do benefício anual do IRS Jovem; criação de progra-
ma anual de apoio à contratação sem termo de jovens qualificados com salários iguais ou superiores
a € 1.320,00; extensão extraordinária do Programa Regressar);
B. Trabalhadores: rendimentos não salariais (atualização em 2023 dos escalões do IRS; aproxima-
ção e sempre que possível, eliminação da diferença entre a retenção na fonte de IRS e o imposto
devido, evoluindo para um sistema de retenção na fonte que garanta que as valorizações salariais
se traduzem em ganhos líquidos; criação de um Incentivo de Regresso ao Mercado, direcionado a
desempregados de longa duração, permitindo acumular retribuição com subsídio de desemprego
parcial (aguarda regulamentação); aumento da remuneração por trabalho suplementar a partir das
100 horas anuais; atualização do valor de isenção do subsídio de alimentação; aprofundar a progres-
sividade do IRS; aumento da compensação por cessação de contrato de trabalho, nas situações de
despedimento coletivo ou extinção do posto de trabalho; extensão da isenção da taxa liberatória
de IRS aplicável aos trabalhadores não residentes, às primeiras 50 horas de trabalho suplementar;
C. Empresas: Fiscalidade e Financiamento (majoração em 50% dos custos com valorização salarial
– remunerações e contribuições sociais, em sede de IRC para as empresas que tenham contratação
coletiva dinâmica, i.e., outorga ou renovação de IRCT há menos de 3 anos, valorizem os salários em
linha ou acima dos valores de IRCT, e reduzam o leque salarial; criação do Regime Fiscal de Incen-
tivo à Capitalização de Empresas (ICE); em 2023, aumento do limite da matéria coletável a que se
aplicam as taxas especiais de IRC para PME, bem como para empresas em atividade nos territórios
do interior; prorrogação para os anos de 2022 e 2023 da regra constante no artigo 375.º da Lei n.º
75/2020, de 31 de dezembro, no sentido do não agravamento de 10 pontos percentuais das tributa-
ções autónomas para as empresas com prejuízos fiscais; redução da tributação autónoma; criação
de incentivo financeiro a instrumentos de formação à medida a implementar pelo IEFP, I.P.; opera-
cionalização de medidas de apoio às empresas, no âmbito de formação certificada em contexto
de trabalho; apoio extraordinário imediato aos agricultores para mitigar o aumento do preço dos
combustíveis, entre outros);
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conversão do FCT para permitir às empresas que para ele tenham contribuído, nomeadamente o
financiamento da qualificação e formação certificada dos trabalhadores e apoiar a autonomização
dos jovens trabalhadores, suportando uma parte dos encargos com habitação; reforço do FGCT
com transferência excecional do FCT, de forma a garantir capacidade de resposta face ao histórico
de sinistralidade; fim das contribuições para o FCT e, durante a vigência do Acordo, suspensão das
contribuições para o FGCT; eliminação da comunicação mensal das declarações retributivas à Segu-
rança Social por parte da entidades empregadoras, passando a existir o princípio de comunicação
apenas em caso de alterações; eliminação da obrigação de declaração trimestral por parte do tra-
balhadores independentes à Segurança Social; criação de novos canais de pagamento à Segurança
Social; reforço da medida APOIAR.PT; aprovar a Agenda para a Competitividade do Comércio e dos
Serviços, entre outros).
É neste contexto internacional que o Governo apresentou a “Agenda do Trabalho Digno”, a qual tem
como principais objetivos:
i) Combater a precariedade;
Estes objetivos foram concretizados através das medidas legislativas aprovadas no âmbito das se-
guintes áreas:
- Estágios profissionais passam a ser remunerados no mínimo por 80% do salário mínimo nacio-
nal, garantindo proteção social e seguro de acidentes de trabalho;
- Simplificação dos contratos de trabalhado com estudantes – não precisam de contrato escrito
e podem acumular o abono de família, as bolsas de estudo e as pensões de sobrevivência com o
salário até 14 vezes o salário mínimo nacional;
- Contratação Pública para fornecimento de Serviços para o estado, por período superior a 1
ano, obriga a contrato permanente para os trabalhadores;
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- Empresas que não cumpram as leis laborais perdem acesso a apoios públicos, incentivos finan-
ceiros e fundos europeus; Clique
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- A duração dos contratos temporários, com diferentes entidades utilizadoras e com o mesmo
empregador (ou empresa do grupo), passa a ter limite máximo de 4 anos, sendo reduzido para 4
o número de renovações dos contratos, sendo que em caso de incumprimento, o contrato con-
verte-se em contrato por tempo indeterminado para cedência temporária;
- Passa a ser proibida a sucessão de contratos para o mesmo posto de trabalho ou atividade pro-
fissional de trabalhador temporário ou contratado a termo, ou ainda de contrato de prestação de
serviços para o mesmo objeto ou atividade, celebrado com o mesmo empregador ou sociedade
que com este se encontre em relação de domínio ou de grupo, ou mantenha estruturas organi-
zativas comuns, antes de decorrer um período de tempo igual a um terço da duração do referido
contrato, incluindo renovações;
- Caso a Empresa de Trabalho temporário não tenha licença, o trabalhador fica ligado à empresa
utilizadora;
- A licença para o exercício da atividade das empresas de trabalho temporário depende de vários
requisitos, entre os quais, a idoneidade, que fica prejudicada no caso de os sócios, gerentes,
diretores ou administradores tiverem sido condenados na prática de contraordenações laborais
muito graves nos últimos dois anos;
- É criado um registo público das empresas prestadoras de serviços nos setores da agricultura
e construção, cujos serviços incluam a cedência de trabalhadores, sendo criado um registo se-
manal de Trabalhadores Temporários nas explorações agrícolas e nos estaleiros, com 10 ou mais
trabalhadores.
(iii) de 12 para 14 dias por ano, nos contratos por tempo indeterminado.
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- Passa a ser proibida a utilização de outsourcing durante 1 ano após o despedimento coletivo, ou
por extinção de posto de trabalho; Clique
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- Os créditos laborais do trabalhador não são suscetíveis de extinção por meio de remissão abdi-
cativa, salvo através de transação judicial.
- Plataformas e a pessoa singular ou coletiva que atue como intermediário são solidariamente
responsáveis pelos créditos do trabalhador, emergentes de contrato de trabalho, ou da sua vio-
lação ou cessação;
- Criação de licença parental, em part-time, a partir dos 120 dias, desde que gozada por ambos
os progenitores, aumentando a duração total. Assim permite a possibilidade dos progenitores,
após o gozo de 120 dias consecutivos de licença parental inicial, poderem cumular, em cada dia,
os restantes dias da licença com trabalho parcial.
- Aumento do subsídio quando as licenças parentais são partilhadas de forma igual entre proge-
nitores;
- Alargamento das dispensas das licenças aos trabalhadores que querem adotar ou ser família de
acolhimento;
- Faltas justificadas por luto gestacional, que podem ir até aos 3 dias;
- Faltas justificadas até 20 dias consecutivos por falecimento de cônjuge não separado de pes-
soas e bens ou equiparado, filho ou enteado;
- Faltas com perda de retribuição podem ser compensadas com dias de férias, não podendo o
empregador opor-se ao pedido do trabalhador para este efeito;
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até aos 6 anos quando o outro progenitor não exercer atividade profissional e não puder prestar
assistência, ou trabalhadores com filhos com menos de 3 anos, ou independentemente da idade, Clique
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- Direito a horário flexível ou tempo parcial (teletrabalho já estava previsto na Lei n.º 83/2021, de
6 de dezembro);
- Direito a 15 dias de faltas justificadas por ano, para prestar assistência inadiável e imprescindí-
vel, em caso de doença ou acidente da pessoa cuidada;
- Aumento do valor das horas extraordinárias, após a 100.ª hora: 50% na 1.ª hora ou fração, 75%
nas horas ou frações seguintes, em dias úteis; 100% nas horas ou fração prestadas em dia de
descanso semanal obrigatório ou complementar, e feriados.
- Novo mecanismo de arbitragem para evitar que existam vazios na contratação coletiva, promo-
vendo uma negociação dinâmica entre empregadores e trabalhadores;
- Reforço de liberdade sindical- Sindicatos passam a poder entrar em empresas sem trabalhado-
res sindicalizados.
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H - Simplificação
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- Justificação de faltas: é possível obter prova da situação de doença por declaração de serviço
digital do Serviço Nacional de Saúde ou de serviço digital dos serviços regionais de saúde das
regiões autónomas, até 3 dias consecutivos e 2 vezes por ano;
- Transformação digital da Segurança Social, com a eliminação da obrigação mensal do envio das
declarações de remuneração.
Apresentados que estão os grandes temas, procedemos de seguida ao elenco das alterações legis-
lativas que cumpre conhecer, as quais operacionalizam a Agenda do Trabalho Digno, no âmbito da
Lei n.º 13/2023, de 3 de abril.
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2.
O Contrato
de Trabalho
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2. O Contrato de Trabalho
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2.1 Os Deveres de Informação e garantias do Trabalhador nos Contratos de Trabalho
2.1.1 Deveres de informação
No que respeita aos deveres de informação sobre aspetos relevantes da prestação de trabalho, no-
meadamente o dever de informação do empregador, reportamo-nos ao artigo 106.º do Código do
Trabalho, doravante CT.
É evidente o reforço dos deveres de informação exigidos à entidade empregadora, sendo obrigató-
rio informar o trabalhador quanto aos elementos expressamente referidos no n.º 3 do artigo 106.º CT,
que aumentaram significativamente.
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Entrada
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em vigor Clique
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j) O número da apólice de seguro de acidentes de traba- j) O número da apólice de seguro de acidentes de tra-
lho e a identificação da entidade seguradora; balho e a identificação da entidade seguradora;
l) O instrumento de regulamentação coletiva de traba- l) O instrumento de regulamentação coletiva de traba-
lho aplicável, se houver. lho aplicável, se houver, e a designação das respetivas
entidades celebrantes;
m) A identificação do fundo de compensação do traba- m) A identificação do Fundo de Garantia de Compen-
lho ou de mecanismo equivalente, bem como do fundo sação do Trabalho (FGCT), previsto em legislação es-
de garantia de compensação do trabalho, previstos em pecífica;
legislação específica. n) No caso de trabalhador temporário, a identificação
do utilizador;
o) A duração e as condições do período experimental,
se aplicável;
p) O direito individual a formação contínua;
q) No caso de trabalho intermitente, a informação
prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 158.º, nos n.os
1,2 e 4 do artigo 159.º e no n.º 2 do artigo 160.º;
r) Os regimes de proteção social, incluindo os bene-
fícios complementares ou substitutivos dos assegura-
dos pelo regime geral de segurança social;
s) Os parâmetros, os critérios, as regras e as instru-
ções em que se baseiam aos algoritmos ou outros sis-
temas de inteligência artificial que afetam a tomada
de decisões sobre o acesso e a manutenção do em-
prego, assim como as condições de trabalho, incluin-
do a elaboração de perfis e o controlo da atividade
profissional.
4 - A informação sobre os elementos referidos nas alí-
4- A informação sobre os elementos referidos nas alí-
neas f) a i) do número anterior pode ser substituída pela
neas f) a i), o), p) e r) do número anterior pode ser subs-
referência às disposições pertinentes da lei, do instru-
tituída pela referência às disposições pertinentes da lei,
mento de regulamentação coletiva de trabalho aplicá-
do instrumento de regulamentação coletiva de traba-
vel ou do regulamento interno de empresa.
lho aplicável ou do regulamento interno de empresa.
5 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
5 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto em qualquer alínea do n.º 3.
posto em qualquer alínea do n.º 3.
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Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor Clique
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b) No prazo de um mês contado a partir do início da
execução do contrato, quanto às demais informa-
ções.
5 – O empregador deve conservar prova da transmis-
são ou receção das informações constantes dos do-
cumentos referidos nos números anteriores.
5 - Constitui contraordenação grave a violação do dis- 6- As informações constantes dos documentos refe-
posto nos n.os 1, 2 ou 4. ridos nos números anteriores devem ser prestadas
sempre que solicitadas pelas entidades públicas, no-
meadamente o serviço com competência inspetiva
da área laboral.
7- Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto nos n.os 1, 2 ou 4.
j) Acidentes de trabalho: identificação da seguradora e nú- No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução
mero de apólice do contrato;
l) Instrumento de regulamentação coletiva de trabalhoe No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução
designação das respetivas entidades celebrantes do contrato;
m) Fundo de garantia de compensação do trabalho: iden- No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução
tificação do contrato;
n) Trabalho temporário: identificação do utilizador No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução
do contrato;
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o) Período experimental: duração e condições Até ao 7.º dia subsequente ao início da execução do contrato;
Clique
Informação pode ser substituída pelas disposições da lei, e aceda
IRCT ou regulamento interno de empresa.
p) Formação contínua: direitos No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução
do contrato;
Informação pode ser substituída pelas disposições da lei,
IRCT ou regulamento interno de empresa.
q) Trabalho intermitente: número anual de horas de tra- Até ao 7.º dia subsequente ao início da execução do contrato;
balho ou dias de trabalho a tempo completo; duração da
prestação de trabalho, de modo consecutivo ou interpolado
(mínimo de 5 meses a tempo completo por ano, dos quais
3 consecutivos), bem como início e termo de cada período
ou a antecedência com que o empregador o deve informar
(30 dias no caso do trabalhador nos períodos de inativi-
dade exercer outra atividade, ou 20 dias noutros casos);
informando o trabalhador de que caso o empregador não
cumpra estes prazos o trabalhador não é obrigado a prestar
trabalho; qual a compensação retributiva a pagar nos perío-
dos de inatividade, conforme IRCT ou não existindo, 20%
da retribuição base.
r) Os regimes de proteção social: incluindo os benefícios No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução
complementares ou substitutivos dos assegurados pelo re- do contrato;
gime geral de segurança social Informação pode ser substituída pelas disposições da lei,
IRCT ou regulamento interno de empresa.
s) Algoritmos ou sistemas de inteligência artificial: parâ- No prazo de 1 mês contado a partir do início da execução
metros, critérios, regras e instruções em que se baseiam e do contrato;
que possam afetar a tomada de decisões sobre o acesso e
a manutenção do emprego, assim como as condições de
trabalho, incluindo a elaboração de perfis e o controlo da
atividade profissional
A exigência legal de prestação de informação ao trabalhador, e sempre que solicitada pelas entida-
des públicas, requer a criação e manutenção de arquivos atualizados da informação. Estes repositó-
rios não se limitam aos recibos dos salários, mas a todo o conjunto de informação relativa à relação
contratual laboral.
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Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor Clique
e aceda
f) Subsídios inerentes ao destacamento e reembolso
de despesas de viagem, de alojamento e de alimenta-
ção, quando aplicável;
g) Sítio oficial na Internet do Estado de acolhimento,
criado nos termos da legislação específicas aplicável
ao destacamento;
2 - A informação referida na alínea b) ou c) do número 2- A informação referida na alínea b) ou c) ou e) do
anterior pode ser substituída por referência a disposi- número anterior pode ser substituída por referência
ções de lei, instrumento de regulamentação coletiva de a disposições de lei, instrumento de regulamentação
trabalho ou regulamento interno de empresa que regu- coletiva de trabalho ou regulamento interno de em-
lem a matéria nela referida. presa que regulem a matéria nela referida.
3 - Constitui contraordenação grave a violação do dis- 3 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto neste artigo. posto neste artigo.
Destacamento
Estando em causa deslocações temporárias, podem estar em causa a figura do “destacamento”,
que é uma situação em que a entidade empregadora envia o trabalhador para outro país, para aí
realizar temporariamente uma atividade profissional por conta desta, sob sua orientação (artigo
12.º do Regulamento n.º 883/2004). Em princípio, no destacamento, o trabalhador continua sujeito
à legislação de Segurança Social do Estado de origem, quando a entidade empregadora envia o
trabalhador para outro Estado-Membro, para aí realizar temporariamente uma atividade profissional
por conta desta.
Dentro da União Europeia, são condições essenciais para a continuação da vinculação à legislação
do Estado-Membro de origem que a entidade empregadora destacante exerça, regular e continua-
damente, atividades significativas no território deste Estado e que os trabalhadores destacados
mantenham o vínculo orgânico à empresa de envio e continuem sujeitos à autoridade e direção da
referida empresa.
O Guia Prático da Segurança Social sobre destacamento enumera as condições para aplicação da
regra do destacamento:
b) O trabalho ser realizado por conta da Entidade Empregadora destacante e sob sua orientação;
d) O destacamento não ser superior a 24 meses. (Em situações excecionais e devidamente autoriza-
das poderá eventualmente prorrogar-se até um período máximo de 5 anos.)
e) A Entidade Empregadora exercer atividade substancial em Portugal - situação que é aferida caso
a caso, através de diversos critérios, nomeadamente:
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g) O trabalhador ter estado sujeito à legislação portuguesa no mês imediatamente anterior ao início
do destacamento;
A entidade empregadora deve pedir a emissão do Documento Portátil A1, ao abrigo do artigo 12º do
Regulamento n.º 883/2004, que atesta que o trabalhador está sujeito a um sistema obrigatório de
Segurança Social (no caso, fica abrangido pela legislação portuguesa).
O pedido é feito no site da Segurança Social Direta (SSD), e já não através do Mod. RV.1018/2018 DGSS,
pela Entidade Empregadora que destaque o trabalhador por conta de outrem para países da UE, no menu
O pedido será analisado pelos serviços da Segurança Social e a informação acerca do deferimento
ou indeferimento será remetida para a inbox da Segurança Social Direta.
• Entregar documentos
Contudo, esta situação não é tratada da mesma forma para efeitos fiscais, podendo o trabalhador
tornar-se residente fiscal no outro Estado no qual se encontra deslocado, à luz do direito interno
desse Estado e, havendo convenção para evitar a dupla tributação celebrada com Portugal, à luz das
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regras de desempate dessa Convenção. Se assim for, tornando-se o trabalhador residente no outro
Estado, deverá registar-se como não residente, para efeitos de IRS, em Portugal. Clique
e aceda
Mantendo-se a residência fiscal em Portugal, haverá que ter em conta o disposto no n.º 5 do artigo
99.º e alínea e) do n.º 1 do artigo 101.º-B, ambos do Código do IRS, ficando dispensados da retenção
na fonte de IRS os rendimentos do trabalho obtidos por atividades exercidas no estrangeiro por
pessoas singulares residentes em território português, sempre que tais rendimentos sejam sujeitos
a tributação efetiva no país da fonte em imposto similar ou idêntico ao IRS.
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Principais alterações:
Clique
A duração do período experimental é reduzida ou excluída, consoante a duração de anterior contrato e aceda
de trabalho a termo, celebrado com empregador diferente, tenha sido igual ou superior a 90 dias,
no caso de trabalhadores que estejam à procura de primeiro emprego e desempregados de longa
duração.
O período experimental é reduzido consoante a duração do estágio profissional com avaliação po-
sitiva, para a mesma atividade e empregador diferente, tenha sido igual ou superior a 90 dias, nos
últimos 12 meses.
Vejamos:
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Há um alargamento dos casos de dever de comunicação à CITE de denúncia dos contratos de traba-
lho no período experimental, passando a abranger os cuidadores informais.
EXEMPLOS
1 - A Empresa X contratou Maria, trabalhadora lactante, no dia 1 de janeiro de 2023, para o desem-
penho de cargo de complexidade técnica, tendo as partes fixado um período experimental de 180
dias. A entidade empregadora pretende, após 130 dias de execução do contrato, fazer operar a
sua denúncia assim que possível. O que deve fazer?
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CITE essa mesma denúncia, nos 5 dias úteis a contar do envio da denúncia à trabalhadora, .
Não. O período experimental encontra-se ultrapassado uma vez que este contrato apenas poderia
ter um período experimental de 90 dias. Na data indicada, este período já tinha recorrido.
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2 - O direito referido no número anterior respeita, de- 2 - O direito referido no número anterior respeita, de-
signadamente: signadamente:
a) A critérios de seleção e a condições de contratação, a) A critérios de seleção e a condições de contratação,
em qualquer sector de atividade e a todos os níveis hie- em qualquer sector de atividade e a todos os níveis
rárquicos; hierárquicos;
b) A acesso a todos os tipos de orientação, formação e b) A acesso a todos os tipos de orientação, formação e
reconversão profissionais de qualquer nível, incluindo a reconversão profissionais de qualquer nível, incluindo
aquisição de experiência prática; a aquisição de experiência prática;
c) A retribuição e outras prestações patrimoniais, pro- c) A retribuição e outras prestações patrimoniais, pro-
moção a todos os níveis hierárquicos e critérios para moção a todos os níveis hierárquicos e critérios para
seleção de trabalhadores a despedir; seleção de trabalhadores a despedir;
d) A filiação ou participação em estruturas de represen- d) A filiação ou participação em estruturas de repre-
tação coletiva, ou em qualquer outra organização cujos sentação coletiva, ou em qualquer outra organização
membros exercem uma determinada profissão, incluin- cujos membros exercem uma determinada profissão,
do os benefícios por elas atribuídos. incluindo os benefícios por elas atribuídos.
3 - O disposto nos números anteriores não prejudica a 3 - O disposto nos números anteriores também se
aplicação: aplica no caso de tomada de decisões baseadas em
algoritmos ou outros sistemas de inteligência artificial
e não prejudica a aplicação:
a) De disposições legais relativas ao exercício de uma a) De disposições legais relativas ao exercício de uma
atividade profissional por estrangeiro ou apátrida; atividade profissional por estrangeiro ou apátrida;
b) De disposições relativas à especial proteção de pa- b) De disposições relativas à especial proteção de pa-
trimónio genético, gravidez, parentalidade, adoção e trimónio genético, gravidez, parentalidade, adoção e
outras situações respeitantes à conciliação da atividade outras situações respeitantes à conciliação da ativida-
profissional com a vida familiar. de profissional com a vida familiar.
4 - O empregador deve afixar na empresa, em local 4 - O empregador deve afixar na empresa, em local
apropriado, a informação relativa aos direitos e deveres apropriado, a informação relativa aos direitos e de-
do trabalhador em matéria de igualdade e não discri- veres do trabalhador em matéria de igualdade e não
minação. discriminação.
5 - Constitui contraordenação muito grave a violação 5 - Constitui contraordenação muito grave a violação
do disposto no n.º 1 e constitui contraordenação leve a do disposto no n.º 1 e constitui contraordenação leve
violação do disposto no n.º 4. a violação do disposto no n.º 4.
Salientamos a proibição de utilização de inteligência artificial com o intuito de aplicar práticas con-
sideradas discriminatórias, quer a candidatos a emprego quer a trabalhadores.
28
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4 - As disposições legais ou de instrumentos de regu- 4 - As disposições legais ou de instrumentos de re-
lamentação coletiva de trabalho que justifiquem os gulamentação coletiva de trabalho que justifiquem os
comportamentos referidos no número anterior devem comportamentos referidos no número anterior devem
ser avaliadas periodicamente e revistas se deixarem de ser avaliadas periodicamente e revistas se deixarem
se justificar. de se justificar.
5 - Cabe a quem alega discriminação indicar o trabalha- 5 - Cabe a quem alega discriminação indicar o tra-
dor ou trabalhadores em relação a quem se considera balhador ou trabalhadores em relação a quem se
discriminado, incumbindo ao empregador provar que a considera discriminado, incumbindo ao empregador
diferença de tratamento não assenta em qualquer fator provar que a diferença de tratamento não assenta em
de discriminação. qualquer fator de discriminação.
6 - O disposto no número anterior é designadamente 6 - O disposto no número anterior é aplicável em caso
aplicável em caso de invocação de qualquer prática de invocação de qualquer prática discriminatória no
discriminatória no acesso ao trabalho ou à formação acesso ao trabalho, à formação profissional ou nas
profissional ou nas condições de trabalho, nomeada- condições de trabalho, nomeadamente por motivo de
mente por motivo de dispensa para consulta pré-natal, gozo de direitos na parentalidade, de outros direitos
proteção da segurança e saúde de trabalhadora grávi- previstos no âmbito da conciliação da atividade pro-
da, puérpera ou lactante, licenças por parentalidade ou fissional com a vida familiar e pessoal e dos direitos
faltas para assistência a menores. previstos para o trabalhador cuidador.
7 - É inválido o ato de retaliação que prejudique o tra- 7 – São ainda consideradas práticas discriminatórias
balhador em consequência de rejeição ou submissão a nos termos do número anterior, nomeadamente, dis-
ato discriminatório. criminações remuneratórias relacionadas com a atri-
buição de prémios de assiduidade e produtividade,
bem como afetações desfavoráveis em termos de
avaliação e progressão na carreira.
8 - Constitui contraordenação muito grave a violação 8- É inválido o ato de retaliação que prejudique o tra-
do disposto nos n.os 1 ou 7. balhador em consequência de rejeição ou submissão
a ato discriminatório.
9 - Constitui contraordenação muito grave a violação
do disposto nos n.os 1 ou 8.
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1 - O empregador deve, nomeadamente: 1 - O empregador deve, nomeadamente: 1 de maio
a) Respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade e a) Respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade de 2023
probidade, afastando quaisquer atos que possam afetar e probidade, afastando quaisquer atos que possam
a dignidade do trabalhador, que sejam discriminatórios, afetar a dignidade do trabalhador, que sejam discrimi-
lesivos, intimidatórios, hostis ou humilhantes para o tra- natórios, lesivos, intimidatórios, hostis ou humilhantes
balhador, nomeadamente assédio; para o trabalhador, nomeadamente assédio;
b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser jus-
e adequada ao trabalho; ta e adequada ao trabalho;
c) Proporcionar boas condições de trabalho, do ponto c) Proporcionar boas condições de trabalho, do ponto
de vista físico e moral; de vista físico e moral;
d) Contribuir para a elevação da produtividade e em- d) Contribuir para a elevação da produtividade e em-
pregabilidade do trabalhador, nomeadamente propor- pregabilidade do trabalhador, nomeadamente pro-
cionando-lhe formação profissional adequada a desen- porcionando-lhe formação profissional adequada a
volver a sua qualificação; desenvolver a sua qualificação;
29
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e) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que e) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que
exerça atividade cuja regulamentação ou deontologia exerça atividade cuja regulamentação ou deontologia
profissional a exija; profissional a exija;
f) Possibilitar o exercício de cargos em estruturas repre- f) Possibilitar o exercício de cargos em estruturas re-
sentativas dos trabalhadores; presentativas dos trabalhadores;
g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em
conta a proteção da segurança e saúde do trabalhador, conta a proteção da segurança e saúde do trabalha-
devendo indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de aci- dor, devendo indemnizá-lo dos prejuízos resultantes
dentes de trabalho; de acidentes de trabalho;
h) Adotar, no que se refere a segurança e saúde no tra- h) Adotar, no que se refere a segurança e saúde no tra-
balho, as medidas que decorram de lei ou instrumento balho, as medidas que decorram de lei ou instrumento
de regulamentação coletiva de trabalho; de regulamentação coletiva de trabalho;
i) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação i) Fornecer ao trabalhador a informação e a forma-
adequadas à prevenção de riscos de acidente ou doen- ção adequadas à prevenção de riscos de acidente ou
ça; doença;
j) Manter atualizado, em cada estabelecimento, o regis- j) Manter atualizado, em cada estabelecimento, o re-
to dos trabalhadores com indicação de nome, datas de gisto dos trabalhadores com indicação de nome, da-
nascimento e admissão, modalidade de contrato, cate- tas de nascimento e admissão, modalidade de contra-
goria, promoções, retribuições, datas de início e termo to, categoria, promoções, retribuições, datas de início
das férias e faltas que impliquem perda da retribuição e termo das férias e faltas que impliquem perda da
ou diminuição de dias de férias. retribuição ou diminuição de dias de férias.
k) Adotar códigos de boa conduta para a prevenção e k) Adotar códigos de boa conduta para a prevenção
combate ao assédio no trabalho, sempre que a empresa e combate ao assédio no trabalho, sempre que a em-
tenha sete ou mais trabalhadores; presa tenha sete ou mais trabalhadores;
l) Instaurar procedimento disciplinar sempre que tiver l) Instaurar procedimento disciplinar sempre que tiver
conhecimento de alegadas situações de assédio no tra- conhecimento de alegadas situações de assédio no
balho. trabalho.
2 - Na organização da atividade, o empregador deve 2 - Na organização da atividade, o empregador deve
observar o princípio geral da adaptação do trabalho à observar o princípio geral da adaptação do trabalho à
pessoa, com vista nomeadamente a atenuar o trabalho pessoa, com vista nomeadamente a atenuar o traba-
monótono ou cadenciado em função do tipo de ativida- lho monótono ou cadenciado em função do tipo de
de, e as exigências em matéria de segurança e saúde, atividade, e as exigências em matéria de segurança
designadamente no que se refere a pausas durante o e saúde, designadamente no que se refere a pausas
tempo de trabalho. durante o tempo de trabalho.
3 - O empregador deve proporcionar ao trabalhador 3 - O empregador deve proporcionar ao trabalhador
condições de trabalho que favoreçam a conciliação da condições de trabalho que favoreçam a conciliação da
atividade profissional com a vida familiar e pessoal. atividade profissional com a vida familiar e pessoal.
4 - O empregador deve afixar nas instalações da empre- 4 - O empregador deve afixar nas instalações da em-
sa toda a informação sobre a legislação referente ao di- presa toda a informação sobre a legislação referente
reito de parentalidade ou, se for elaborado regulamento ao direito de parentalidade ou, se for elaborado regu-
interno a que alude o artigo 99.º, consagrar no mesmo lamento interno a que alude o artigo 99.º, consagrar
toda essa legislação. no mesmo toda essa legislação.
5 - O empregador deve comunicar ao serviço com com- 5 - Revogado.
petência inspetiva do ministério responsável pela área
laboral a adesão ao fundo de compensação do trabalho
ou a mecanismo equivalente, previstos em legislação
específica.
6 - A alteração do elemento referido no número anterior 6 - Revogado.
deve ser comunicada no prazo de 30 dias.
7 - Constitui contraordenação grave a violação do dis- 7 - Constitui contraordenação grave a violação do
posto nas alíneas k) e l) do n.º 1 e contraordenação leve disposto nas alíneas k) e l) do n.º 1 e contraordenação
a violação do disposto na alínea j) do n.º 1 e nos n.os 5 e 6. leve a violação do disposto na alínea j) do n.º 1 e no
n.º 4
Nota: Com a entrada em vigor da Lei, ficam suspensas, durante a vigência do “Acordo de médio
prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade”, as obrigações relativas ao
Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (previsto na Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto).
30
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Ficam também suspensas, até à entrada em vigor das alterações aos regimes jurídicos do fundo de
compensação do trabalho, as obrigações relativas ao Fundo de Compensação do Trabalho (previsto
na Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto).
31
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h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou serviços a h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou serviços a 1 de maio
ele próprio ou a pessoa por ele indicada; ele próprio ou a pessoa por ele indicada; de 2023
i) Explorar, com fim lucrativo, cantina, refeitório, econo- i) Explorar, com fim lucrativo, cantina, refeitório, eco-
mato ou outro estabelecimento diretamente relaciona- nomato ou outro estabelecimento diretamente rela-
do com o trabalho, para fornecimento de bens ou pres- cionado com o trabalho, para fornecimento de bens
tação de serviços aos seus trabalhadores; ou prestação de serviços aos seus trabalhadores;
j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mes- j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador,
mo com o seu acordo, com o propósito de o prejudicar mesmo com o seu acordo, com o propósito de o pre-
em direito ou garantia decorrente da antiguidade. judicar em direito ou garantia decorrente da antigui-
dade;
k) Obstar a que o trabalhador exerça outra atividade
profissional, salvo com base em fundamentos obje-
tivos, designadamente segurança e saúde ou sigilo
profissional, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa
desse exercício.
2 - Constitui contraordenação muito grave a violação 2- O disposto na alínea k) do número anterior não
do disposto neste artigo. isenta o trabalhador do dever de lealdade previsto na
alínea f) do n.º 1 do artigo anterior nem do disposto
em legislação especial quanto a impedimentos e in-
compatibilidades.
3 - Constitui contraordenação muito grave a violação
do disposto neste artigo.
Do ponto de vista fiscal, a acumulação de atividades não suscita problemas. Do ponto de vista con-
tributivo, pode ser aplicável o regime de acumulação previsto no artigo 157.º do Código Contributi-
vo, o qual determina que os trabalhadores independentes estão isentos da obrigação de contribuir
relativamente ao rendimento relevante mensal médio apurado trimestral ou anualmente, consoante
os casos, de montante inferior a quatro vezes o valor do IAS, nomeadamente quando acumulem
atividade independente com atividade profissional por conta de outrem, desde que se verifiquem
cumulativamente as seguintes condições:
ii) O exercício de atividade por conta de outrem determine o enquadramento obrigatório noutro
regime de proteção social que cubra a totalidade das eventualidades abrangidas pelo regime
dos trabalhadores independentes;
iii) O valor da remuneração mensal média considerada para o outro regime de proteção social
seja igual ou superior a 1 vez o valor do IAS.
32
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No caso de o exercício da atividade independente e a outra atividade não serem prestados a en-
tidades empregadoras distintas e que tenham entre si uma relação de domínio ou de grupo, não Clique
e aceda
é aplicável a isenção da obrigação de contribuir, pelo que o empregador deve, ainda, proceder à
entrega das quotizações e contribuições devidas pelo exercício da atividade por conta própria.
Neste caso, os Honorários por acumulação são declarados na declaração mensal de remunerações
entregue à segurança social com o código “H”. A base de incidência contributiva referente à ativi-
dade profissional independente corresponde ao montante ilíquido dos honorários devidos pelo seu
exercício; A taxa contributiva é a mesma que for aplicável ao respetivo contrato de trabalho por
conta de outrem.
Nota: Os créditos laborais do trabalhador à data da cessação do vínculo contratual deixam de ser
passíveis de remissão abdicativa, salvo em sede de processo judicial.
A remissão abdicativa dos créditos do trabalhador consiste numa declaração deste a renunciar a
retribuições e quaisquer outros créditos vencidos até à data da cessação do contrato, (por exemplo,
declarando nada mais ter a receber, seja a que título for do empregador).
Tal remissão abdicativa tem vindo a ser prática comum, e legalmente aceite. Refira-se que esta tem
sido a posição uniforme do Supremo Tribunal de Justiça, que tem declarado válida a extinção de cré-
ditos laborais por remissão abdicativa, como podem ver-se, entre outros, os acórdãos de 24-11-2004
(Proc. 04S2846), de 25-05-2005 (Proc. 05S480), de 11-10-2005 (Proc. 05S1763), de 31-10-2007 (Proc.
07S1442) e de 10-12-2009 (Proc. 884/07.1TTSTB.S1), todos disponíveis sob a respetiva indicação em
www.dgsi.pt.
Quer isto dizer que, a partir de 1 de maio de 2023, no momento da cessação do contrato, os traba-
lhadores não podem prescindir dos créditos a que têm direito, devendo ser discriminadas todas as
parcelas retributivas a que têm direito, nomeadamente, a título de remuneração e subsídio de férias,
subsídio de Natal, créditos de horas de formação, pagamento de trabalho suplementar, ou quaisquer
outras parcelas da sua retribuição.
33
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Exemplo: A Maria celebrou a 1 de junho de 2021 um contrato a termo certo com duração de um ano,
que foi objeto de renovação por igual período. Quais os créditos a que tem direito e que devem ser Clique
e aceda
- Crédito de horas de formação profissional (trabalhadora tem direito a 80 horas de formação pelos
2 anos de trabalho, que caso não tenham sido ministradas devem ser pagas)
34
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Nota: Na falta de comunicação, passará a presumir-se que o trabalhador iniciou a prestação de tra-
balho no 1.º dia do 12.º mês anterior ao da verificação do incumprimento, agravando para o dobro a
presunção em vigor. A entidade empregadora terá assim de entregar as contribuições e quotizações
devidas pelos últimos 12 meses a contar da verificação do incumprimento.
35
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A Segurança Social comunicará a verificação da situação à ACT, para efeitos de aplicação de con-
traordenação cujo regime veremos adiante – ver Ponto 6.1. Clique
e aceda
Entrada em vigor
Sempre que se verifique a comunicação pela entidade empregadora da admissão de trabalhador 1 de maio de 2023
estrangeiro ou apátrida fora dos casos previstos no n.º 6 do artigo 5.º do Código do Trabalho, ou da
cessação do correspondente contrato, são notificados os serviços de inspeção da Autoridade para
as Condições do Trabalho.
Fazemos notar que é revogado o n.º 5 do artigo 5.º do Código do Trabalho, isto é, o empregador fica
desonerado da comunicação da celebração de contrato com trabalhador estrangeiro ou apátrida, à
Autoridade para as Condições do Trabalho, mas mantém a obrigação de comunicação à Segurança
Social.
A omissão de comunicação passa a ser punida com a moldura penal aplicável ao crime de abuso de
confiança fiscal, caso não seja cumprida no prazo de 6 meses após o termo do prazo legalmente
previsto.
1
Artigo 105.º n.º 1- (…) pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias.)
36
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Não obstante a extensão de certos direitos, estes trabalhadores continuarão a ser tratados para
efeitos fiscais e contributivos como trabalhadores independentes.
2
Artigo 140.º: 1 - As pessoas coletivas e as pessoas singulares com atividade empresarial, independentemente da sua natureza
e das finalidades que prossigam, que no mesmo ano civil beneficiem de mais de 50 % do valor total da atividade de trabalha-
dor independente, são abrangidas pelo presente regime na qualidade de entidades contratantes.
2 - A qualidade de entidade contratante é apurada apenas relativamente aos trabalhadores independentes que se encontrem
sujeitos ao cumprimento da obrigação de contribuir e tenham um rendimento anual obtido com prestação de serviços igual
ou superior a seis vezes o valor do IAS.
3 - Para efeitos do disposto no n.º 1, consideram-se como prestados à mesma entidade contratante os serviços prestados a
empresas do mesmo agrupamento empresarial
37
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O aditamento dos artigos 10.º-A e 10.º-B ao Código do Trabalho, vem reforçar a defesa dos interesses
socioprofissionais destes trabalhadores independentes em situação de dependência económica, de-
signadamente através da sua representação coletiva.
38
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No que se refere à presunção de contrato de trabalho no âmbito de plataforma digital, que conduziu
ao aditamento do artigo 12.º-A, abordaremos a matéria adiante – Ver Ponto 3 (iv).
A novidade deste artigo 12.º é a privação do direito a apoio, subsídio ou benefício outorgado por
entidade ou serviço público, designadamente de natureza fiscal ou contributiva ou proveniente de
fundos europeus, por período até dois anos; e a privação do direito de participar em arrematações
ou concursos públicos, por um período até dois anos, em caso de reincidência.
39
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No Código do Trabalho:
40
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Traz como novidade a dispensa no âmbito dos processos de acolhimento familiar, e a referência de
que a licença parental exclusiva da mãe passa para 42 dias consecutivos de gozo obrigatório a seguir Clique
e aceda
No caso de interrupção de gravidez, quando não haja lugar à licença por interrupção da gravidez,
prevista no artigo 38.º, a trabalhadora poderá faltar até 3 dias consecutivos nos termos do artigo
38.º-A. De acordo com a mesma disposição, o pai tem direito a faltar ao trabalho até três dias con-
secutivos, quando se verifique o gozo da licença prevista no artigo 38.º ou a falta da trabalhadora
prevista no artigo 38.º-A. Para este efeito, a trabalhadora e o trabalhador informam os respetivos
empregadores, apresentando, logo que possível, prova do facto invocado, que é feita através de
declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde, ou ainda atestado médico.
41
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5 - Em situação de internamento hospitalar da criança 5- Na situação de cumulação prevista no número an-
imediatamente após o período recomendado de inter- terior:
namento pós-parto, devido a necessidade de cuidados a) Os períodos de licença são computados como
médicos especiais para a criança, a licença referida no meios dias e são adicionados para determinação da
n.º 1 é acrescida do período de internamento, até ao li- duração máxima da licença;
mite máximo de 30 dias, sem prejuízo do disposto nos
b) O período da licença pode ser gozado por ambos
n.os 3 e 4.
os progenitores, em simultâneo ou de forma sequen-
cial;
c) O trabalho a tempo parcial corresponde a um pe-
ríodo normal de trabalho diário igual a metade do
praticado a tempo completo em situação comparável.
6 - Nas situações previstas no n.º 5 em que o parto ocor- 6 - No caso de nascimentos múltiplos, o período de
ra até às 33 semanas inclusive, a licença referida no n.º 1 licença previsto nos números anteriores é acrescido
é acrescida de todo o período de internamento. de 30 dias por cada gémeo além do primeiro.
7 - Sem prejuízo do disposto no n.º 6, nas situações em 7- Em situação de internamento hospitalar da crian-
que o parto ocorra até às 33 semanas inclusive a licença ça imediatamente após o período recomendado de
referida no n.º 1 é acrescida em 30 dias. internamento pós-parto, devido a necessidade de
8 - Em caso de partilha do gozo da licença, a mãe e cuidados médicos especiais para a criança, a licença
o pai informam os respetivos empregadores, até sete referida no n.º 1 é acrescida do período de interna-
dias após o parto, após o termo do período do interna- mento, até ao limite máximo de 30 dias, sem prejuízo
mento referido nos n.os 5 e 6 ou do período de 30 dias do disposto nos n.os 3 e 6.
estabelecido no n.º 7, do início e termo dos períodos a 8 - Nas situações previstas no número anterior em
gozar por cada um, entregando, para o efeito, declara- que o parto ocorra até às 33 semanas inclusive, a li-
ção conjunta ou, quando aplicável, declaração do outro cença referida no n.º 1 é acrescida de todo o período
progenitor da qual conste que o mesmo exerce ativida- de internamento.
de profissional. 9 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, nas
9 - O gozo da licença parental inicial em simultâneo, situações em que o parto ocorra até às 33 semanas
de mãe e pai que trabalhem na mesma empresa, sen- inclusive a licença referida no n.º 1 é acrescida em 30
do esta uma microempresa, depende de acordo com dias.
o empregador. 10 - Em caso de partilha do gozo da licença, a mãe
10 - Caso a licença parental não seja partilhada pela e o pai informam os respetivos empregadores, até
mãe e pelo pai, e sem prejuízo dos direitos da mãe a sete dias após o parto, após o termo do período do
que se refere o artigo seguinte, o progenitor que go- internamento referido nos n.os 7 e 8 ou do período de
zar a licença informa o respetivo empregador, até sete 30 dias estabelecido no número anterior, do início e
dias após o parto, da duração da licença e do início do termo dos períodos a gozar por cada um, entregando,
respetivo período, juntando declaração do outro pro- para o efeito, declaração conjunta ou, quando aplicá-
genitor da qual conste que o mesmo exerce atividade vel, declaração do outro progenitor da qual conste
profissional e que não goza a licença parental inicial. que o mesmo exerce atividade profissional.
11 - Na falta da declaração referida no n.º 8 a licença é 11 - O gozo da licença parental inicial em simultâneo,
gozada pela mãe. de mãe e pai que trabalhem na mesma empresa, sen-
do esta uma microempresa, depende de acordo com
o empregador.
12 - Em caso de internamento hospitalar da criança ou 12 - Caso a licença parental não seja partilhada pela
do progenitor que estiver a gozar a licença prevista nos mãe e pelo pai, e sem prejuízo dos direitos da mãe a
n.os 1, 2 ou 3 durante o período após o parto, o período que se refere o artigo seguinte, o progenitor que go-
de licença suspende-se, a pedido do progenitor, pelo zar a licença informa o respetivo empregador, até sete
tempo de duração do internamento. dias após o parto, da duração da licença e do início do
respetivo período, juntando declaração do outro pro-
genitor da qual conste que o mesmo exerce atividade
profissional e que não goza a licença parental inicial.
13 - O acréscimo da licença previsto nos n.os 5, 6 e 7 13 - Na falta da declaração referida no n.º 10 a licença
e a suspensão da licença prevista no n.º 12 são feitos é gozada pela mãe.
mediante comunicação ao empregador, acompanhada
de declaração emitida pelo estabelecimento hospitalar.
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14 - A situação de suspensão da licença em caso de in- 14 - Em caso de internamento hospitalar da criança ou
do progenitor que estiver a gozar a licença prevista
ternamento hospitalar da criança, prevista no n.º 12, não
se aplica às situações nem durante os períodos previs- nos n.os 1, 2 ou 3 durante o período após o parto, o
tos nos n.os 5 e 6. período de licença suspende-se, a pedido do progeni-
15 - Constitui contraordenação muito grave a violação tor, pelo tempo de duração do internamento.
do disposto nos n.os 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10 ou 11. 15 - O acréscimo da licença previsto nos n.os 7, 8 e 9
e a suspensão da licença prevista no número anterior
são feitos mediante comunicação ao empregador,
acompanhada de declaração emitida pelo estabele-
cimento hospitalar.
16 - A situação de suspensão da licença em caso de
internamento hospitalar da criança, prevista no n.º 14,
não se aplica às situações nem durante os períodos
previstos nos n.os 7 e 8.
17 - Constitui contraordenação muito grave a violação
do disposto nos n.os 1 a 4, 6 a 10, 12 ou 13.
O subsídio parental inicial é um apoio em dinheiro concedido por um período de até 120 ou 150
dias consecutivos, conforme opção dos pais.
i) ao dia em que ocorre o parto, se nesse dia havia o dever de prestar trabalho e tal não aconte-
ceu, ou
ii) caso tenha havido prestação de trabalho no dia do parto, ao 1.º dia em que devia prestar tra-
balho a seguir.
Por exemplo, no caso de trabalhadora que exerce funções de segunda a sexta-feira, se o parto ocorre
na sexta-feira depois de prestar trabalho, o 1.º dia de licença é a segunda-feira seguinte, sendo o sub-
sídio pago a partir dessa data. A entidade empregadora processará o salário até domingo, inclusive.
Exemplo: Caso os pais queiram, a mãe pode gozar apenas os 42 dias consecutivos (licença paren-
tal exclusiva da mãe) e o pai o restante período da licença parental inicial?
- Sim, o pai pode gozar toda a licença, exceto o período exclusivo da mãe e desde que esta seja
trabalhadora. Mas, neste caso, não há partilha da licença parental inicial, não havendo lugar a acrés-
cimo de 30 dias.
Exemplo: Trabalhadores que estiveram de licença parental, têm direito a receber prestações com-
pensatórias dos subsídios de Natal e de férias pagas pela Segurança Social ou é a Entidade em-
pregadora quem paga?
43
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- No que respeita ao subsídio de férias, cabe à entidade empregadora pagar o subsídio de férias,
quer os dias de férias sejam gozados de forma consecutiva ou interpolada. Apenas nos casos em que Clique
e aceda
não exista possibilidade de gozo de férias num ano civil inteiro (por licença parental) e de suspensão
do contrato de trabalho (doença ou licença para assistência a filho ou para assistência a filho com
deficiência ou doença crónica), ocorre a dispensa da entidade empregadora pagar o subsídio de
férias, cabendo essa responsabilidade à Segurança Social.
Nota: O período entre os 120 e os 150 dias, que corresponde a 30 dias, pode ser gozado em simultâ-
neo pelos progenitores. No entanto, o gozo simultâneo destes 30 dias tem subjacente a partilha da
licença, pelo que, no máximo, cada progenitor só goza 15 dias. Ou seja, 30 dias a dividir por dois dá
15 dias a cada um, pelo que o período total da licença mantém-se igual, mas acaba mais cedo se se
verificar o gozo simultâneo.
O período de 30 dias de acréscimo é sempre o último da licença, quer seja gozado apenas por um
dos pais ou partilhado por ambos.
- Exemplos de gozo do acréscimo de 30 dias ao subsídio parental inicial, nos casos de partilha da
licença (120 + 30) e (150 + 30)
Mãe (42 dias) Mãe (78 dias) Pai (30 dias) = 150 dias
Mãe (42 dias) Pai (78 dias) Mãe (30 dias) = 150 dias
Mãe (42 dias) Mãe (48 dias) Pai (30 dias) Pai (10 dias) Mãe (20 dias) = 150 dias
Mãe (42 dias) Pai (63 dias) Mãe (15 dias) Mãe (15 dias) Pai (15 dias) = 150 dias
Mãe (42 dias) Mãe (33 dias) Pai (15 dias) Mãe (45 dias) Pai (15 dias) Mãe (30 dias) = 180 dias
Mãe (42 dias) Mãe (53 dias) Pai (15 dias) Mãe (40 dias) Pai (15 dias) Mãe (15 dias) = 180 dias
Mãe (42 dias) Mãe (108 dias) Pai (30 dias) = 180 dias
Mãe (42 dias) Pai (108 dias) Mãe (30 dias) = 180 dias
a) Os períodos de licença são computados como meios-dias e são adicionados para determina-
ção da duração máxima da licença;
b) O período da licença pode ser gozado por ambos os progenitores, em simultâneo ou de forma
sequencial;
c) O trabalho a tempo parcial corresponde a um período normal de trabalho diário igual a metade
do praticado a tempo completo em situação comparável.
44
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ocorrer sobreposições entre a licença parental e a remuneração a que possa haver direito.
Artigo 42.º “Licença parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro”
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - O pai ou a mãe tem direito a licença, com a duração 1 - O pai ou a mãe tem direito a licença, com a dura- 1 de maio
referida nos n.os 1, 3, 4, 5, 6 ou 7 do artigo 40.º, ou do ção referida nos n.os 1, 3, 6, 7, 8 ou 9 do artigo 40.º, de 2023
período remanescente da licença, nos casos seguintes: ou do período remanescente da licença, nos casos
a) Incapacidade física ou psíquica do progenitor que es- seguintes:
tiver a gozar a licença, enquanto esta se mantiver; a) Incapacidade física ou psíquica do progenitor que
b) Morte do progenitor que estiver a gozar a licença. estiver a gozar a licença, enquanto esta se mantiver;
2 - Apenas há lugar à duração total da licença referida b) Morte do progenitor que estiver a gozar a licença.
no n.º 3 do artigo 40.º caso se verifiquem as condições aí 2 - Apenas há lugar à duração total da licença referida
previstas, à data dos factos referidos no n.º 1. no n.º 3 do artigo 40.º caso se verifiquem as condições
3 - Em caso de morte ou incapacidade física ou psíquica aí previstas, à data dos factos referidos no n.º 1.
da mãe, a licença parental inicial a gozar pelo pai tem a 3 - Em caso de morte ou incapacidade física ou psí-
duração mínima de 30 dias. quica da mãe, a licença parental inicial a gozar pelo
4 - Em caso de morte ou incapacidade física ou psíquica pai tem a duração mínima de 30 dias.
de mãe não trabalhadora nos 120 dias a seguir ao parto, 4 - Em caso de morte ou incapacidade física ou psí-
o pai tem direito a licença nos termos do n.º 1, com a quica de mãe não trabalhadora nos 120 dias a seguir
necessária adaptação, ou do número anterior. ao parto, o pai tem direito a licença nos termos do n.º
5 - Para efeito do disposto nos números anteriores, o pai 1, com a necessária adaptação, ou do número anterior.
informa o empregador, logo que possível e, consoante 5 - Para efeito do disposto nos números anteriores, o
a situação, apresenta atestado médico comprovativo ou pai informa o empregador, logo que possível e, con-
certidão de óbito e, sendo caso disso, declara o períodosoante a situação, apresenta atestado médico com-
de licença já gozado pela mãe. provativo ou certidão de óbito e, sendo caso disso,
6 - Constitui contraordenação muito grave a violação do declara o período de licença já gozado pela mãe.
disposto nos n.os 1 a 4. 6 - Constitui contraordenação muito grave a violação
do disposto nos n.os 1 a 4.
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A contagem dos dias de licença faz-se em dias corridos, deixando de ser feita referência a dias úteis.
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7 - Quando a confiança administrativa consistir na con- 7- Para efeitos do disposto no número anterior, o can-
firmação da permanência do menor a cargo do adotan- didato a adotante que pretenda gozar parte da licen-
te, este tem direito a licença, pelo período remanescen-ça parental inicial deve informar desse propósito o
te, desde que a data em que o menor ficou de facto empregador e apresentar documento que comprove
a seu cargo tenha ocorrido antes do termo da licença o período de transição e acompanhamento, prestan-
parental inicial. do essa informação com a antecedência de 10 dias ou,
8 - Em caso de internamento hospitalar do candida- em caso de urgência comprovada, logo que possível.
to a adotante ou do adotando, o período de licença 8- Em caso de incapacidade ou falecimento do candi-
é suspenso pelo tempo de duração do internamento, dato a adotante durante a licença, o cônjuge sobre-
devendo aquele comunicar esse facto ao empregador, vivo, que não seja candidato a adotante e com quem
apresentando declaração comprovativa passada pelo o adotando viva em comunhão de mesa e habitação,
estabelecimento hospitalar. tem direito a licença correspondente ao período não
9 - Em caso de partilha do gozo da licença, os candida- gozado ou a um mínimo de 14 dias.
tos a adotantes informam os respetivos empregadores, 9- A licença tem início a partir da confiança judicial
com a antecedência de 10 dias ou, em caso de urgência ou administrativa, nos termos do regime jurídico da
comprovada, logo que possível, fazendo prova da con- adoção.
fiança judicial ou administrativa do adotando e da idade 10 - Quando a confiança administrativa consistir na
deste, do início e termo dos períodos a gozar por cada confirmação da permanência do menor a cargo do
um, entregando para o efeito declaração conjunta. adotante, este tem direito a licença, pelo período re-
10 - Caso a licença por adoção não seja partilhada, o manescente, desde que a data em que o menor ficou
candidato a adotante que gozar a licença informa o de facto a seu cargo tenha ocorrido antes do termo da
respetivo empregador, nos prazos referidos no número licença parental inicial.
anterior, da duração da licença e do início do respetivo 11 - Em caso de internamento hospitalar do candidato
período. a adotante ou do adotando, o período de licença é
11 - Constitui contraordenação muito grave a violação suspenso pelo tempo de duração do internamento,
do disposto nos n.os 1 a 3, 5, 7 ou 8. devendo aquele comunicar esse facto ao empregador,
apresentando declaração comprovativa passada pelo
estabelecimento hospitalar.
12 - Em caso de partilha do gozo da licença, os can-
didatos a adotantes informam os respetivos empre-
gadores, com a antecedência de 10 dias ou, em caso
de urgência comprovada, logo que possível, fazendo
prova da confiança judicial ou administrativa do ado-
tando e da idade deste, do início e termo dos perío-
dos a gozar por cada um, entregando para o efeito
declaração conjunta.
13 - Caso a licença por adoção não seja partilhada,
o candidato a adotante que gozar a licença informa
o respetivo empregador, nos prazos referidos no nú-
mero anterior, da duração da licença e do início do
respetivo período.
14- O disposto no presente artigo aplica-se, com as
necessárias adaptações, às famílias de acolhimento.
15 - Constitui contraordenação muito grave a violação
do disposto nos n.os 1 a 4, 6, 8, 10, 11 ou 14.
O candidato a adotante reforça os seus direitos em termos semelhantes aos definidos para a pa-
rentalidade, designadamente no âmbito da licença parental exclusiva do pai. É prevista ainda a
aplicação deste regime às famílias de acolhimento.
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5 - O exercício dos direitos referidos nos números an- 5 - O exercício dos direitos referidos nos números an- 1 de maio
teriores depende de informação sobre a modalidade teriores depende de informação sobre a modalidade de 2023
pretendida e o início e o termo de cada período, dirigi- pretendida e o início e o termo de cada período, diri-
da por escrito ao empregador com antecedência de 30 gida por escrito ao empregador com antecedência de
dias relativamente ao seu início. 30 dias relativamente ao seu início.
6 - Constitui contraordenação grave a violação do dis- 6 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto nos n.os 1, 2 ou 3. posto nos n.os 1, 2 ou 3.
Os trabalhadores passam a ter direito a trabalhar a tempo parcial durante 3 meses, com um período
normal de trabalho igual a metade do tempo completo, desde que haja partilha entre os progeni-
tores.
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No âmbito da extensão de direitos foi incluído o direito ao gozo da licença parental inicial ao adotan-
te, o tutor, a pessoa a quem for deferida a confiança judicial ou administrativa do menor, bem como Clique
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o cônjuge ou a pessoa em união de facto com qualquer daqueles ou com o progenitor, desde que
viva em comunhão de mesa e habitação com o menor.
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em vigor Clique
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4 - A licença parental e a licença parental complemen- 4 - A licença parental e a licença parental complemen-
tar, em quaisquer das suas modalidades, por adoção, tar, em quaisquer das suas modalidades, por adoção,
para assistência a filho e para assistência a filho com para assistência a filho e para assistência a filho com
deficiência, doença crónica ou doença oncológica: deficiência, doença crónica ou doença oncológica:
a) Suspendem-se por doença do trabalhador, se este a) Suspendem-se por doença do trabalhador, se este
informar o empregador e apresentar atestado médico informar o empregador e apresentar atestado médico
comprovativo, e prosseguem logo após a cessação des- comprovativo, e prosseguem logo após a cessação
se impedimento; desse impedimento;
b) Não podem ser suspensas por conveniência do em- b) Não podem ser suspensas por conveniência do em-
pregador; pregador;
c) Não prejudicam o direito do trabalhador a aceder à c) Não prejudicam o direito do trabalhador a aceder à
informação periódica emitida pelo empregador para o informação periódica emitida pelo empregador para o
conjunto dos trabalhadores; conjunto dos trabalhadores;
d) Terminam com a cessação da situação que originou d) Terminam com a cessação da situação que originou
a respetiva licença que deve ser comunicada ao empre- a respetiva licença que deve ser comunicada ao em-
gador no prazo de cinco dias. pregador no prazo de cinco dias.
5 - No termo de qualquer situação de licença, faltas, 5 - No termo de qualquer situação de licença, faltas,
dispensa ou regime de trabalho especial, o trabalhador dispensa ou regime de trabalho especial, o traba-
tem direito a retomar a atividade contratada, devendo, lhador tem direito a retomar a atividade contratada,
no caso previsto na alínea d) do número anterior, reto- devendo, no caso previsto na alínea d) do número an-
má-la na primeira vaga que ocorrer na empresa ou, se terior, retomá-la na primeira vaga que ocorrer na em-
esta entretanto se não verificar, no termo do período presa ou, se esta entretanto se não verificar, no termo
previsto para a licença. do período previsto para a licença.
6 - A licença para assistência a filho ou para assistên- 6 - A licença para assistência a filho ou para assistên-
cia a filho com deficiência, doença crónica ou doença cia a filho com deficiência, doença crónica ou doença
oncológica suspende os direitos, deveres e garantias oncológica suspende os direitos, deveres e garantias
das partes na medida em que pressuponham a efetiva das partes na medida em que pressuponham a efetiva
prestação de trabalho, designadamente a retribuição, prestação de trabalho, designadamente a retribuição,
mas não prejudica os benefícios complementares de as- mas não prejudica os benefícios complementares de
sistência médica e medicamentosa a que o trabalhador assistência médica e medicamentosa a que o traba-
tenha direito. lhador tenha direito.
7 - Constitui contraordenação grave a violação do dis- 7 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto nos n.os 1, 2, 3 ou 4. posto no presente artigo.
A falta por luto gestacional, bem como a dispensa para consulta de PMA ou pré-natal, amamentação ou
aleitação não determinam perda de quaisquer direitos e são consideradas como prestação efetiva de tra-
balho; a falta por luto gestacional encontra-se prevista no artigo 38.º-A e na alínea h), do n.º 2 do 249.º CT.
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11 - No caso referido no número anterior, a aplicação do 11 - No caso referido no número anterior, a aplicação do
regime do banco de horas cessa 60 dias após a realiza- regime do banco de horas cessa 60 dias após a realiza-
ção do referendo, devendo a compensação do trabalho ção do referendo, devendo a compensação do trabalho
prestado em acréscimo efetuar-se neste prazo. prestado em acréscimo efetuar-se neste prazo.
12 - Caso o projeto de regime de banco de horas não 12 - Caso o projeto de regime de banco de horas não
seja aprovado em referendo, o empregador só pode seja aprovado em referendo, o empregador só pode
realizar novo referendo um ano após o anterior. realizar novo referendo um ano após o anterior.
13 - Excetua-se a aplicação do regime de banco de ho- 13 - Excetua-se a aplicação do regime de banco de
ras instituído nos termos dos números anteriores nas horas instituído nos termos dos números anteriores
seguintes situações: nas seguintes situações:
a) Trabalhador abrangido por convenção coletiva que a) Trabalhador abrangido por convenção coletiva que
disponha de modo contrário a esse regime ou, relati- disponha de modo contrário a esse regime ou, rela-
vamente ao regime referido no n.º 1, a trabalhador re- tivamente ao regime referido no n.º 1, a trabalhador
presentado por associação sindical que tenha deduzido representado por associação sindical que tenha de-
oposição a portaria de extensão da convenção coletiva duzido oposição a portaria de extensão da convenção
em causa; ou coletiva em causa; ou
b) Trabalhador com filho menor de 3 anos de idade que b) Salvo manifestação, por escrito, da sua concordân-
não manifeste, por escrito, a sua concordância. cia, trabalhador com filho menor de três anos ou, in-
dependentemente da idade, filho com deficiência ou
doença crónica;
c) Trabalhador com filho entre os três e os seis anos,
que apresente declaração de que o outro progenitor
exerce atividade profissional e está impossibilitado de
prestar a assistência.
14 - Constitui contraordenação grave a prática de ho- 14 - Constitui contraordenação grave a prática de
rário de trabalho em violação do disposto neste artigo. horário de trabalho em violação do disposto neste
artigo.
Excetua-se a aplicação do banco de horas, salvo manifestação, por escrito, da sua concordância,
para além de a trabalhador com filho menor de três anos que já era previsto, também a trabalhador
com filho com deficiência ou doença crónica, independentemente da idade; e a trabalhador com
filho entre os três e os seis anos, que apresente declaração de que o outro progenitor exerce ativi-
dade profissional e está impossibilitado de prestar a assistência.
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2 - As famílias de acolhimento beneficiam, sempre que 2 - As famílias de acolhimento beneficiam, sempre
aplicável e com as devidas adaptações, da proteção na que aplicável e com as devidas adaptações, da pro-
parentalidade, concretizada na atribuição dos subsídios teção na parentalidade, concretizada na atribuição
previstos nas alíneas c), d), g), h) e i) do n.º 1 do artigo dos subsídios previstos nas alíneas d), e), f), h), i) e
7.º do Decreto-Lei n.º 91/2009, de 9 de abril, para os be- j) do n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 91/2009,
neficiários do regime geral de segurança social, e nas de 9 de abril3, para os beneficiários do regime geral
alíneas d), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei de segurança social, e nas alíneas d), e), g), h) e i) do
n.º 89/2009, de 9 de abril, para os subscritores do regi- n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9
me de proteção social convergente. de abril4, para os subscritores do regime de proteção
3 - As famílias de acolhimento têm, ainda, direito a: social convergente.
a) Respeito pela intimidade e reserva da sua vida priva- 3 - As famílias de acolhimento têm, ainda, direito a:
da e familiar, sem prejuízo dos atos necessários à ava- a) Respeito pela intimidade e reserva da sua vida pri-
liação e ao acompanhamento da execução da medida; vada e familiar, sem prejuízo dos atos necessários à
b) Receber formação inicial e contínua; avaliação e ao acompanhamento da execução da me-
dida;
c) Receber toda a informação e documentação relativa
à criança ou jovem a acolher, na medida indispensável b) Receber formação inicial e contínua;
à aceitação informada do acolhimento familiar e à sua c) Receber toda a informação e documentação relati-
execução; va à criança ou jovem a acolher, na medida indispen-
d) Beneficiar do acompanhamento e apoio técnico por sável à aceitação informada do acolhimento familiar e
parte da instituição de enquadramento; à sua execução;
e) Receber apoio pecuniário para a comparticipação dos d) Beneficiar do acompanhamento e apoio técnico
encargos familiares inerentes à manutenção da criança por parte da instituição de enquadramento;
ou do jovem, conforme o disposto no artigo 30.º; e) Receber apoio pecuniário para a comparticipação dos
f) Requerer às entidades competentes os apoios neces- encargos familiares inerentes à manutenção da criança
sários e a que a criança ou jovem tenha direito, designa- ou do jovem, conforme o disposto no artigo 30.º;
damente ao nível da saúde, educação e apoios sociais; f) Requerer às entidades competentes os apoios ne-
g) Integrar grupos de apoio e de trabalho entre famílias cessários e a que a criança ou jovem tenha direito, de-
de acolhimento, possibilitando um espaço de partilha signadamente ao nível da saúde, educação e apoios
de experiências. sociais;
4 - Às famílias de acolhimento pode ser concedido, nos g) Integrar grupos de apoio e de trabalho entre fa-
termos da lei, o exercício das responsabilidades paren- mílias de acolhimento, possibilitando um espaço de
tais, relativamente à criança ou jovem acolhido, no es- partilha de experiências.
trito respeito pelo princípio enunciado na alínea g) do 4 - Às famílias de acolhimento pode ser concedido,
artigo 4.º da LPCJP e pelo superior interesse da criança nos termos da lei, o exercício das responsabilidades
e do jovem. parentais, relativamente à criança ou jovem acolhido,
no estrito respeito pelo princípio enunciado na alínea
g) do artigo 4.º da LPCJP e pelo superior interesse da
criança e do jovem.
3
Estabelece o regime jurídico de proteção social na parentalidade no âmbito do sistema previdencial e no subsistema de
solidariedade
4
Regulamenta a proteção na parentalidade, no âmbito da eventualidade maternidade, paternidade e adoção, dos trabalha-
dores que exercem funções públicas integrados no regime de proteção social convergente
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Esse direito estende-se ao trabalhador com filhos até aos 8 anos de idade nas seguintes situações,
exceto se for trabalhador de microempresa:
a) Nos casos em que ambos os progenitores reúnem condições para o exercício da ativida-
de em regime de teletrabalho, desde que este seja exercido por ambos em períodos suces-
sivos de igual duração num prazo de referência máxima de 12 meses;
Com as alterações introduzidas pela Lei n.º 13/2023, de 3 de abril, o direito anteriormente previsto
para trabalhador com filho até 3 anos é alargado a trabalhador com filho, independentemente da
idade, com deficiência, doença crónica ou doença oncológica, que com ele viva em comunhão de
mesa e habitação.
Código do Trabalho
Artigo 166.º-A “Direito ao regime de teletrabalho”
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - Verificadas as condições previstas no n.º 1 do arti- 1 - Verificadas as condições previstas no n.º 1 do arti- 1 de maio
go 195.º, o trabalhador tem direito a passar a exercer a go 195.º, o trabalhador tem direito a passar a exercer de 2023
atividade em regime de teletrabalho, quando este seja a atividade em regime de teletrabalho, quando este
compatível com a atividade desempenhada. seja compatível com a atividade desempenhada.
2 - Além das situações referidas no número anterior, o 2 -Além das situações referidas no número anterior, o
trabalhador com filho com idade até 3 anos tem direito trabalhador com filho com idade até três anos ou, in-
a exercer a atividade em regime de teletrabalho, quan- dependentemente da idade, com deficiência, doença
do este seja compatível com a atividade desempenhada crónica ou doença oncológica que com ele viva em
e o empregador disponha de recursos e meios para o comunhão de mesa e habitação, tem direito a exercer
efeito. a atividade em regime de teletrabalho, quando este
seja compatível com a atividade desempenhada e
o empregador disponha de recursos e meios para o
efeito.
3 - O direito previsto no número anterior pode ser esten- 3 - O direito previsto no número anterior pode ser
dido até aos 8 anos de idade nas seguintes situações: estendido até aos 8 anos de idade nas seguintes situ-
ações:
a) Nos casos em que ambos os progenitores reúnem
condições para o exercício da atividade em regime de a) Nos casos em que ambos os progenitores reúnem
teletrabalho, desde que este seja exercido por ambos condições para o exercício da atividade em regime de
em períodos sucessivos de igual duração num prazo de teletrabalho, desde que este seja exercido por ambos
referência máxima de 12 meses; em períodos sucessivos de igual duração num prazo
de referência máxima de 12 meses;
b) Famílias monoparentais ou situações em que ape-
nas um dos progenitores, comprovadamente, reúne b) Famílias monoparentais ou situações em que ape-
condições para o exercício da atividade em regime de nas um dos progenitores, comprovadamente, reúne
teletrabalho. condições para o exercício da atividade em regime de
teletrabalho.
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4 - O empregador não pode opor-se ao pedido do 4 - O empregador não pode opor-se ao pedido do
trabalhador efetuado nos termos dos números ante- trabalhador efetuado nos termos dos números ante-
riores. riores.
5 - Tem ainda direito a exercer a atividade em regime 5 - Tem ainda direito a exercer a atividade em re-
de teletrabalho, pelo período máximo de quatro anos gime de teletrabalho, pelo período máximo de quatro
seguidos ou interpolados, o trabalhador a quem tenha anos seguidos ou interpolados, o trabalhador a quem
sido reconhecido o estatuto de cuidador informal não tenha sido reconhecido o estatuto de cuidador infor-
principal, mediante comprovação do mesmo, nos ter- mal não principal, mediante comprovação do mesmo,
mos da legislação aplicável, quando este seja com- nos termos da legislação aplicável, quando este seja
patível com a atividade desempenhada e o empregador compatível com a atividade desempenhada e o em-
disponha de recursos e meios para o efeito. pregador disponha de recursos e meios para o efeito.
6 - O empregador pode opor-se ao direito previsto 6 - O empregador pode opor-se ao direito previsto
no número anterior quando não estejam reunidas as no número anterior quando não estejam reunidas as
condições aí previstas ou com fundamento em exigên- condições aí previstas ou com fundamento em ex-
cias imperiosas do funcionamento da empresa, sendo igências imperiosas do funcionamento da empresa,
nestes casos aplicável o procedimento previsto nos n.os sendo nestes casos aplicável o procedimento previs-
3 a 10 do artigo 57.º, com as necessárias adaptações. to nos n.os 3 a 10 do artigo 57.º, com as necessárias
adaptações.
7 - O direito previsto no n.º 3 não se aplica ao tra- 7 - O direito previsto no n.º 3 não se aplica ao tra-
balhador de microempresa. balhador de microempresa.
8 - Constitui contraordenação grave a violação do dis- 8 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto neste artigo. posto neste artigo.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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5 - A compensação prevista no n.º 2 é considerada, para 5 - O pagamento da compensação prevista no n.º 2 é
efeitos fiscais, custo para o empregador e não constitui devido imediatamente após a realização das despesas
rendimento do trabalhador. pelo trabalhador.
6 - Sendo os equipamentos e sistemas utilizados no
teletrabalho fornecidos pelo empregador, as condições 6 - A compensação prevista nos n.os 2 e 3 é consid-
para o seu uso para além das necessidades do serviço erada, para efeitos fiscais, custo para o empregador e
são as estabelecidas pelo regulamento interno a que se não constitui rendimento do trabalhador até ao limite
refere o n.º 9 do artigo 166.º do valor definido por portaria dos membros do gov-
erno responsáveis pelas áreas dos assuntos fiscais e
segurança social.
7 - No caso de inexistência do regulamento interno ou 7 – Sendo os equipamentos e sistemas utilizados
de este omitir as condições mencionadas no número no teletrabalho fornecidos pelo empregador, as
anterior, estas são definidas pelo acordo previsto no condições para o seu uso para além das necessidades
artigo 166.º do serviço são as estabelecidas pelo regulamento in-
terno a que se refere o n.º 9 do artigo 166.º
8 - Constitui contraordenação grave a aplicação de 8- No caso de inexistência do regulamento interno ou
qualquer sanção ao trabalhador pelo uso dos equi- de este omitir as condições mencionadas no número
pamentos e sistemas para além das necessidades de anterior, estas são definidas pelo acordo previsto no
serviço, quando esse uso não esteja expressamente artigo 166.º
condicionado nos termos dos números anteriores. 9 - Constitui contraordenação grave a aplicação de
qualquer sanção ao trabalhador pelo uso dos equi-
pamentos e sistemas para além das necessidades de
serviço, quando esse uso não esteja expressamente
condicionado nos termos dos números anteriores.
A previsão de compensação devida ao trabalhador pelas despesas adicionais que tem em resultado
de exercer a atividade em teletrabalho foi uma das alterações introduzidas ao regime do teletrabalho
pela Lei n.º 83/2021, de 6 de dezembro, determinando-se que “são integralmente compensadas
pelo empregador todas as despesas adicionais que, comprovadamente, o trabalhador suporte
como direta consequência da aquisição ou uso dos equipamentos e sistemas informáticos ou tele-
máticos necessários à realização do trabalho, nos termos do número anterior, incluindo os acrés-
cimos de custos de energia e da rede instalada no local de trabalho em condições de velocidade
compatível com as necessidades de comunicação de serviço, assim como os custos de manuten-
ção dos mesmos equipamentos e sistemas.” Em conformidade, do ponto de vista fiscal, a compen-
sação constituía um custo para o empregador e para o trabalhador não era considerada rendimento.
O caráter vago e genérico daquela disposição levou a que as empresas tivessem dificuldade em
determinar o valor das despesas e, acima de tudo, a sua sujeição ou não a IRS.
No entanto, o trabalhador deve comprovar o valor das despesas por comparação com as despesas homó-
logas incorridas no mesmo mês do último ano anterior à aplicação desse acordo mediante a apresenta-
ção dos respetivos documentos comprovativos referentes a cada desses meses. Esta fatura deve indicar,
inequivocamente, que respeita ao local de teletrabalho que foi identificado no acordo celebrado com a
entidade empregadora, apesar de não ser exigível que o trabalhador figure nesse documento;
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O documento comprovativo do pagamento das “despesas adicionais” deve aferir-se pelo processa-
mento salarial ou documento idêntico, sendo este o documento fiscalmente relevante para a entida- Clique
e aceda
Estas regras são agora alteradas, aproximando-se este regime ao estipulado pelo CIRS para algu-
mas despesas parcialmente isentas como é caso do subsídio de refeição.
Assim, o contrato individual de trabalho e o contrato coletivo de trabalho devem fixar na celebra-
ção do acordo para prestação de teletrabalho o valor da compensação devida ao trabalhador pelas
despesas adicionais.
Na ausência de acordo entre as partes sobre um valor fixo, consideram-se despesas adicionais as
correspondentes à aquisição de bens e ou serviços de que o trabalhador não dispunha antes da ce-
lebração do acordo a que se refere o artigo 166.º, assim como as determinadas por comparação com
as despesas homólogas do trabalhador no último mês de trabalho em regime presencial.
Esta compensação é considerada, para efeitos fiscais, custo para o empregador e não constitui
rendimento do trabalhador até ao limite do valor definido por portaria dos membros do governo
responsáveis pelas áreas dos assuntos fiscais e segurança social. Esta portaria não foi ainda publica-
da pelo governo.
59
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Nos termos do artigo 248.º, n.º 1, do CT, falta é “a ausência do trabalhador do local em que devia
desempenhar a atividade durante o período normal de trabalho diário.” As faltas podem ser “justifi-
cadas” ou “injustificadas”.
As faltas justificadas são enumeradas no artigo 249.º, n.º 2, do Código do Trabalho, lista à qual se
acrescenta agora a falta motivada por luto gestacional.
No caso de interrupção de gravidez, quando não haja lugar à licença por interrupção da gravidez,
prevista no artigo 38.º, a trabalhadora poderá faltar até 3 dias consecutivos nos termos do artigo
38.º-A. De acordo com a mesma disposição, o pai tem direito a faltar ao trabalho até três dias con-
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
secutivos, quando se verifique o gozo da licença prevista no artigo 38.º ou a falta da trabalhadora
prevista no artigo 38.º-A. Para este efeito, a trabalhadora e o trabalhador informam os respetivos Clique
e aceda
empregadores, apresentando, logo que possível, prova do facto invocado, que é feita através de
declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde, ou ainda atestado médico.
As disposições relativas aos motivos justificativos de faltas e à sua duração, não podem ser afastadas
por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho, salvo em relação à falta do trabalhador
eleito para estrutura de representação coletiva dos trabalhadores, nos termos do artigo 409.º, desde
quem em sentido mais favorável.
Com a lei n.º 1/2022, de 3 de janeiro, o trabalhador passou a poder faltar justificadamente “até 20
dias consecutivos por falecimento de descendente ou afim no 1.º grau da linha reta” (filho, enteado,
genro e nora).
Com a nova redação, a falta por 20 dias aplica-se também a cônjuge não separado de pessoas e bens
ou a unido de facto (artigo 3.º da Lei n.º 7/2001, de 11 de maio). Deixa, contudo, de se aplicar ao genro
e à nora relativamente aos quais se aplicará o disposto na al. b): até cinco dias por falecimento de
parente ou afim no 1.º grau da linha reta, com exceção dos incluídos na alínea anterior.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
BISAVÔ/BISAVÓ
3.º (do próprio ou do 2 dias
Clique
Grau cônjuge)
cônjuge) e aceda
PAI / MÃE
1.º SOGRO/SOGRA 5 dias
Grau PADRASTO/MADRASTA
CÔNJUGE NÃO
CÔNJUGE NÃO IRMÃO/IRMÃ
20 dias CUNHADO/CUNHADA 2 2.º
SEPARDADO
SEPARADO DEDE
dias Grau
PESSOAS E
PESSOAS E BENS
BENS TRABALHADOR TIO/TIA Linha
Pessoas em união SOBRINHOS nada 3.º Colateral
20
5 dias de facto ou Grau
economia comum
PRIMOS nada 4.º
Grau
FILHO/FILHA
ENTEADO/ENTEADO
1.º 20 dias
Grau
Linha Recta
(descendente
)
NETO/NETA
2.º (do próprio ou do 2 dias
Grau cônjuge)
cônjuge)
BISNETO/BISNETA
3.º (do próprio ou do 2 dias
Grau cônjuge)
cônjuge)
62
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor Clique
e aceda
c) No caso do número anterior, declaração de que out-
ros familiares, caso exerçam atividade profissional, não
faltaram pelo mesmo motivo ou estão impossibilitados
de prestar a assistência.
5 - Para justificação da falta, o empregador pode exi-
gir ao trabalhador:
a) Prova do carácter inadiável e imprescindível da
assistência;
b) No caso do n.º 1, declaração de que os outros mem-
bros do agregado familiar, caso exerçam atividade
profissional, não faltaram pelo mesmo motivo ou es-
tão impossibilitados de prestar a assistência;
c) No caso do número anterior, declaração de que
outros familiares, caso exerçam atividade profissional,
não faltaram pelo mesmo motivo ou estão impossibil-
itados de prestar a assistência.
O direito a faltar 15 dias por ano para prestar assistência inadiável e imprescindível passa a aplicar-
-se também ao trabalhador cuidador a quem seja reconhecido o estatuto de cuidador informal não
principal, em caso de doença ou acidente da pessoa cuidada.
Artigo 252.º-A “Falta para acompanhamento de grávida que se desloque a unidade hospitalar
localizada fora da ilha de residência para realização de parto”
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - O trabalhador cônjuge, que viva em união de facto 1 - O trabalhador cônjuge, que viva em união de facto 1 de maio
ou economia comum, parente ou afim na linha reta ou ou economia comum, parente ou afim na linha reta ou de 2023
no 2.º grau da linha colateral, pode faltar ao trabalho no 2.º grau da linha colateral, pode faltar ao trabalho
para acompanhamento de grávida que se desloque a para acompanhamento de grávida que se desloque a
unidade hospitalar localizada fora da ilha de residência unidade hospitalar localizada fora da ilha de residên-
para realização de parto, quando o acompanhamento cia para realização de parto, quando o acompanha-
se mostre imprescindível e pelo período de tempo ade- mento se mostre imprescindível e pelo período de
quado àquele fim. tempo adequado àquele fim.
2 - A possibilidade de faltar prevista no n.º 1 não pode 2 - A possibilidade de faltar prevista no n.º 1 não pode
ser exercida por mais do que uma pessoa em simultâ- ser exercida por mais do que uma pessoa em simul-
neo. tâneo.
3 - Para justificação da falta, o empregador pode exigir 3 - Para justificação da falta, o empregador pode exi-
ao trabalhador: gir ao trabalhador:
a) Prova do carácter imprescindível e da duração da a) Prova do carácter imprescindível e da duração da
deslocação para o parto; deslocação para o parto;
b) Declaração comprovativa passada pelo estabeleci- b) Declaração comprovativa passada pelo estabeleci-
mento hospitalar onde se realize o parto. mento hospitalar onde se realize o parto.
4 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto no n.º 1.
Passa a qualificar-se como contraordenação grave a violação pela entidade empregadora do direito
do trabalhador cônjuge, que viva em união de facto ou economia comum, parente ou afim na linha
reta ou no 2.º grau da linha colateral, a faltar para acompanhamento de grávida que se desloque a
unidade hospitalar localizada fora da ilha de residência para realização de parto, quando o acompa-
nhamento se mostre imprescindível e pelo período de tempo adequado àquele fim.
63
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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A prova da situação de doença do trabalhador, que permite a qualificação como falta justificada é
feita por declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde, ou serviço digital do Serviço
Nacional de Saúde, ou serviço digital dos Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas, ou
ainda por atestado médico.
Com a presente alteração, a prova da situação de doença poderá ser feita mediante autodeclararão
de doença, sob compromisso de honra, que apenas pode ser emitida quando a situação de doença
do trabalhador não exceder os três dias consecutivos, até ao limite de duas vezes por ano.
Cumpre referir que a alínea a) do n.º 2 do Artigo 255.º dispõe expressamente que a falta justificada
por motivo de doença, determina a perda de retribuição, desde que o trabalhador beneficie de um
regime de segurança social de proteção na doença.
Na ausência do trabalhador por motivo de doença, não havendo prestação de trabalho, não há direi-
to ao recebimento de qualquer retribuição.
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rios que, à data do início da incapacidade temporária para o trabalho, reúnam as respetivas condi-
ções de atribuição (Artigo 5.º), ficando dependente da verificação do prazo de garantia, do índice de
profissionalidade e da certificação da incapacidade temporária para o trabalho (Artigo 8.º). O facto
de a Segurança Social não subsidiar os três primeiros dias de baixa médica (Artigo 21.º) ou de fixar
um prazo de garantia de seis meses para a sua plena eficácia, tem a ver com o regime jurídico do
sistema previdencial, a que o empregador é totalmente alheio.
Nos termos do n.º 1 do artigo 255.º, a falta justificada não afeta qualquer direito do trabalhador, salvo
as faltas justificadas que são indicadas no número 2, que determinam a perda de retribuição.
- As motivadas por falecimento de cônjuge, parente ou afim, nos termos do artigo 251.º;
- Até 30 dias por ano, as faltas que tenham como justificação (i) acompanhamento de grávida que se
desloque a unidade hospitalar localizada fora da ilha de residência para realização do parto, (ii) as
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AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
que por lei sejam consideradas justificadas – ex: dadores de sangue, bombeiros, voluntários, cumpri-
mento de obrigação legal como prestar depoimento em Tribunal, membros das mesas eleitorais; Clique
e aceda
- As dadas por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança
social de proteção na doença- caso o trabalhador esteja enquadrado no regime de segurança social
de proteção na doença, e para tanto basta que a entidade empregadora tenha comunicado a sua
admissão à Segurança Social (são remuneradas pela Segurança Social);
- As dadas por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer
subsídio ou seguro – caso a entidade empregadora tenha incluído o trabalhador na apólice de aci-
dentes de trabalho que é obrigada por lei a subscrever (são remuneradas pela Seguradora);
- As dadas nos termos do artigo 252.º CT- 15 dias por ano para prestar assistência inadiável e im-
prescindível, em caso de doença ou acidente, a cônjuge ou pessoa que viva em união de facto ou
economia comum com o trabalhador, parente ou afim na linha reta ascendente ou no 2.º grau da
linha colateral, direito também reconhecido ao trabalhador cuidador informal, podendo acrescer 15
dias por ano, para prestação de assistência inadiável e imprescindível a pessoa com deficiência ou
doença crónica, que seja cônjuge ou viva em união de facto com o trabalhador;
- As faltas que excedam 30 dias por ano no caso da justificação ser (i) acompanhamento de grá-
vida que se desloque a unidade hospitalar localizada fora da ilha de residência para realização
do parto, (ii) as que por lei sejam consideradas justificadas – ex: dadores de sangue, bombeiros,
voluntários, cumprimento de obrigação legal como prestar depoimento em Tribunal, membros das
mesas eleitorais.
Exemplos:
Manuel (que cumpre as 40 horas de trabalho semanal de segunda a sexta-feira), marido da Maria,
recebeu na terça-feira ao final do dia de trabalho, o telefonema da sua mulher comunicando-lhe de
que tinha perdido o bebé durante a gestação. Manuel que ficou transtornado com a notícia pretende
saber se tem direito a faltar justificadamente ao trabalho.
- Sim, nos termos do n.º 2 do artigo 38.º-A do CT o pai tem direito a faltar até 3 dias consecutivos,
isto é, quarta, quinta e sexta-feira, devendo informar a sua entidade empregadora, apresentando
logo que possível, prova do facto invocado, através de declaração de estabelecimento hospitalar,
ou centro de saúde, ou ainda atestado médico.
As faltas são justificadas e remuneradas pela entidade empregadora, nos termos do n.º 2 do artigo
65.º do CT.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
O empregador deixa de poder opor-se ao pedido de substituição da perda de retribuição por férias
ou acréscimo de trabalho, neste último caso, quando o instrumento de regulamentação coletiva de
trabalho o permita.
Lembramos que, nos termos do artigo 238.º, n.º 5, esta compensação só pode ser aplicada aos dias
de férias que excedam os 20 dias úteis, ou a correspondente proporção no caso de férias no ano de
admissão.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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É agora introduzida uma diferenciação na remuneração do trabalho suplementar prestado até 100
horas anuais e o prestado após este limite. O trabalho suplementar que ultrapassar as 100 horas Clique
e aceda
anuais será pago pelo valor da retribuição horária com os seguintes acréscimos:
i) 50 % pela primeira hora ou fração desta e 75 % por hora ou fração subsequente, em dia útil;
ii) 100 % por cada hora ou fração, em dia de descanso semanal, obrigatório ou complemen-
tar, ou em feriado.
(Rm x 12):(52 x n)
Neste âmbito, o artigo 99.º-C do Código do IRS contempla as seguintes especificidades relativamen-
te a retenção na fonte de trabalho suplementar:
ii) quando for paga remuneração relativa a trabalho suplementar, a taxa de retenção a aplicar é
a que corresponder à remuneração mensal do trabalho dependente referente ao mês em que
aquela é paga ou colocada à disposição;
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - O trabalhador tem direito à retribuição correspon- 1 - O trabalhador tem direito à retribuição correspon- 1 de maio
dente a feriado, sem que o empregador a possa com- dente a feriado, sem que o empregador a possa com- de 2023
pensar com trabalho suplementar. pensar com trabalho suplementar.
2 - O trabalhador que presta trabalho normal em dia fe- 2 - O trabalhador que presta trabalho normal em dia
riado em empresa não obrigada a suspender o funciona- feriado em empresa não obrigada a suspender o fun-
mento nesse dia tem direito a descanso compensatório cionamento nesse dia tem direito a descanso com-
com duração de metade do número de horas prestadas pensatório com duração de metade do número de ho-
ou a acréscimo de 50 % da retribuição correspondente, ras prestadas ou a acréscimo de 50 % da retribuição
cabendo a escolha ao empregador. correspondente, cabendo a escolha ao empregador.
3 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto no presente artigo.
68
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Passa a ser sancionada como contraordenação grave a violação da obrigação de remuneração espe-
cial do trabalho prestado em dia de feriado. Clique
e aceda
Passa a ser sancionada como contraordenação grave, não só o não pagamento da remuneração na
data do pagamento ou em dia útil anterior, mas também os n.ºs 2 e 3 relativos ao pagamento em
dia útil, durante o período de trabalho ou imediatamente a seguir a este, bem como no caso de
retribuição variável com período de cálculo superior a 15 dias, em que o trabalhador pode exigir o
pagamento em prestações quinzenais.
- Horário de trabalho
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É introduzida a possibilidade de o trabalhador não prestar trabalho e não ser prejudicado pelo
empregador, caso não seja observado o disposto nos n-ºs 1, 2 e 3. Clique
e aceda
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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O empregador deve ainda enviar à DGERT a cópia da comunicação que remeteu a cada um dos
trabalhadores abrangidos.
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Passa a qualificar-se como grave (era leve) o impedimento à participação do serviço competente nas
reuniões da fase de informações e negociação no âmbito do despedimento coletivo.
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Passa a qualificar-se como grave a não comunicação à DGERT da decisão de despedimento coletivo.
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Nos termos dos artigos 5.º e 6.º da Lei n.º 69/2013, de 30 de agosto, estabeleceram-se as regras de
aplicação no tempo da compensação por despedimento coletivo.
Assim,
1. Nos contratos de trabalho sem termo celebrados antes de 1 de novembro de 2011, a compensação
é calculada nos seguintes termos:
a) Período de duração do contrato até 31 de outubro de 2012: 1 mês de retribuição base e diuturni-
dades por cada ano completo, calculando-se a fração de ano em termos proporcionais;
74
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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vo de trabalho prestado;
(i) 18 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade nos 3
primeiros anos de duração do contrato;
(ii) 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade nos
anos subsequentes;
(iii) o disposto na alínea i) aplica-se apenas nos casos em que o contrato de trabalho, a 1 de
outubro de 2013, ainda não tinha atingido a duração de três anos.
2. O montante total da compensação não pode ser inferior a três meses de retribuição base e diu-
turnidades.
3. Nos contratos de trabalho sem termo celebrados depois de 1 de novembro de 2011 e até 30 de
setembro de 2013, inclusive, a compensação prevista no n.º 1 do artigo 366.º do CT, é calculado do
seguinte modo:
a) Período de duração do contrato até 30 de setembro de 2013: 20 dias de retribuição base e diutur-
nidades por cada ano completo, calculando-se a fração de ano em termos proporcionais;
i)18 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade nos 3
primeiros anos de duração do contrato, apenas quando o contrato de trabalho, a 1 de outu-
bro de 2013, não tenha ainda atingido a duração de 3 anos, acrescido de
ii)12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade nos
anos subsequentes;
iii) o disposto na alínea i) aplica-se apenas nos casos em que o contrato de trabalho, a 1 de
outubro de 2013, ainda não tinha atingido a duração de três anos.
a) O valor da retribuição base e diuturnidades do trabalhador a considerar não pode ser superior a
20 vezes a retribuição mínima mensal garantida;
75
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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e b) do n.º 3;
6. Quando da soma dos valores previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1 resulte um montante de com-
pensação que seja:
i) 3 dias de retribuição base e diuturnidades por cada mês de duração, ou calculado proporcional-
mente em caso de fração, quando a duração total do contrato não exceda 6 meses;
ii) 2 dias de retribuição base e diuturnidades por cada mês de duração, ou calculado proporcional-
mente em caso de fração, quando a duração total do contrato for superior a 6 meses.
i) 18 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade nos 3
primeiros anos de duração do contrato, apenas quando o contrato de trabalho, a 1 de outu-
bro de 2013, não tenha ainda atingido duração de 3 anos, acrescido de
ii) 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade nos
anos subsequentes.
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Por exemplo:
Clique
e aceda
Um trabalhador contratado em 1 de maio de 2015, com uma retribuição base de € 1.500,00, cuja
decisão de despedimento coletivo vai operar a 30 de abril de 2024, terá direito a receber como
compensação pela cessação do vínculo contratual € 5.500,00 ao invés de € 5.400,00 segundo as
regras anteriores.
Vejamos:
Ao invés de,
Caso este trabalhador tivesse celebrado contrato de trabalho em 1 de junho de 2010, as contas
seriam diferentes, por recurso ao regime transitório da Lei n.º 69/2013, de 30 de agosto.
Vejamos,
De 1 de junho de 2010 a 31 de outubro de 2012 = 1 mês de retribuição base por cada ano de antiguidade
Desse período em diante até perfazer o tempo de vigência do contrato de trabalho ou o valor equi-
valente a 12 vezes o valor da retribuição base mensal = 12 dias de retribuição até 1 de maio de 2023
e 14 dias de retribuição daí em diante, nos termos da atualização do n.º 1 do artigo 366.º CT.
Caso este trabalhador tivesse celebrado o contrato de trabalho em 1998, à data de 31 de outubro
de 2012, data de equiparação dos contratos antigos aos contratos novos (regime transitório da Lei
n.º 69/2013), o trabalhador já teria uma antiguidade de mais de 14 anos, pelo que a sua compensação
seria do valor equivalente a uma retribuição base até à data de 31 de outubro de 2012, congelando a
contagem nessa data, recebendo € 21.625,00 (vinte e um mil seiscentos e vinte cinco euros).
Além destes direitos, o trabalhador tem ainda direito a receber os direitos vencidos:
- 22 dias de férias vencidas no dia 1 de janeiro do ano da cessação e respetivo subsídio, caso
ainda não lhe tenha sigo pago;
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dimento coletivo, por extinção do posto de trabalho, por inadaptação, por não concessão de aviso
prévio, por caducidade e por resolução por parte do trabalhador não constitui base de incidência
contributiva nos termos da alínea h) do artigo 48.º do Código Contributivo.
Em sede de IRS, o n.º 4 do art.º 2.º do Código do IRS determina que estão sujeitas a tributação no
âmbito da categoria A, as importâncias recebidas e emergentes da cessação, por qualquer forma,
dos contratos subjacentes às situações previstas nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do art.º 2.º, ou da
cessação das funções de gestor público, administrador ou gerente de pessoa coletiva, bem como
de representante de estabelecimento estável de entidade não residente, sem prejuízo do disposto
na alínea d) do mesmo número, quanto às prestações que continuem a ser devidas mesmo que o
contrato de trabalho não subsista.
Deste modo, estará sujeita a tributação a parte recebida que exceda o seguinte cálculo (al. b, n.º 4).
R = rendimento tributável
I = valor da indemnização
Trrsi = Total das remunerações regulares com carácter de retribuição sujeitas a imposto dos últimos
12 meses (incluirá a retribuição relativa ao 13.º e 14.º mês)
Ou
• O mesmo sujeito passivo já tenha beneficiado, nos cinco anos anteriores à indemnização, desta
mesma exclusão tributária.
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EXEMPLO
António recebeu em 2023, € 15.000,00 de compensação pela cessação do contrato individual de
trabalho no âmbito de um despedimento coletivo. A antiguidade do António é de 6 anos e 7 meses.
Auferiu nos últimos doze meses 21.000,00.
Com se trata de uma indemnização decorrente de um despedimento coletivo, não há qualquer tri-
butação em sede de segurança social.
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em vigor Clique
e aceda
b) 30 dias, no caso de trabalhador com antiguidade b) 30 dias, no caso de trabalhador com antiguidade 1 de maio
igual ou superior a um ano e inferior a cinco anos; igual ou superior a um ano e inferior a cinco anos; de 2023
c) 60 dias, no caso de trabalhador com antiguidade c) 60 dias, no caso de trabalhador com antiguidade
igual ou superior a cinco anos e inferior a 10 anos; igual ou superior a cinco anos e inferior a 10 anos;
d) 75 dias, no caso de trabalhador com antiguidade d) 75 dias, no caso de trabalhador com antiguidade
igual ou superior a 10 anos. igual ou superior a 10 anos.
4 - O pagamento da compensação, dos créditos venci- 4 - O pagamento da compensação, dos créditos ven-
dos e dos exigíveis por efeito da cessação do contrato cidos e dos exigíveis por efeito da cessação do con-
de trabalho deve ser efetuado até ao termo do prazo de trato de trabalho deve ser efetuado até ao termo do
aviso prévio. prazo de aviso prévio.
5 - Constitui contraordenação grave o despedimento 5 - Constitui contraordenação grave o despedimento
efetuado com violação do disposto nos n.os 1 e 2, assim efetuado com violação do disposto nos n.ºs 1 e 2, as-
como a falta de comunicação ao trabalhador referida no sim como a falta de comunicação ao trabalhador refe-
n.º 3; rida no n.º 3 e a falta de pagamento ao trabalhador no
6 - Constitui contraordenação leve a falta de comunica- prazo referido no n.º 4.
ção às entidades e ao serviço referidos no n.º 3. 6 - Constitui contraordenação leve a falta de comu-
nicação às entidades e ao serviço referidos no n.º 3
Passa a constituir infração grave a falta de pagamento da compensação até ao termo do aviso pré-
vio.
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AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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No caso de contrato a termo incerto, passa a ser obrigatório indicar no contrato escrito a duração
previsível contrato, além do respetivo motivo justificativo.
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A novidade é que passa a constituir contraordenação leve a violação do dever de comunicação pre-
visto dos contratos de muito curta duração. Clique
e aceda
Alarga-se a limitação que impede nova admissão ou afetação de trabalhador através de contrato de
trabalho a termo ou de trabalho temporário cuja execução se concretize no mesmo posto de traba-
lho ou atividade profissional, ou ainda de contrato de prestação de serviços para o mesmo objeto ou
atividade, celebrado com o mesmo empregador ou sociedade que com este se encontre em relação
de domínio ou de grupo, ou mantenha estruturas organizativas comuns, antes de decorrido um pe-
ríodo de tempo equivalente a um terço da duração do contrato, incluindo renovações.
Deixa assim de ser apenas o mesmo posto de trabalho para abranger a “mesma atividade profissio-
nal”, no caso de contrato de trabalho; no caso de contrato de prestação de serviços, além do mesmo
objeto, passa a abranger também a mesma atividade.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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O dever de comunicação à CITE da não renovação do contrato a termo passa a incluir os trabalha-
dores que sejam cuidadores informais, mantendo-se também relativamente trabalhadora grávida,
puérpera ou lactante ou um trabalhador no gozo de licença parental.
83
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os contratos em vigor.
Por exemplo, um trabalhador com uma retribuição base de € 800,00, com um contrato a termo
certo que vê verificar o seu termo ao fim de dois anos, ao invés de receber 18 dias de compensação,
calculada da seguinte forma: €800,00: 30 = 26,6666667 X 18 = € 480,00 X 2= € 960,00
Nota: O artigo 149.º do CT dispõe no n.º 4 que o contrato de trabalho a termo certo pode ser reno-
vado até 3 vezes e a duração total das renovações não pode exceder a do período inicial daquele.
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A compensação pela cessação do contrato é aumentada de 18 dias nos 3 primeiros anos de dura-
ção do contrato e 12 dias nos anos subsequentes para 24 dias de retribuição base e diuturnidades Clique
e aceda
por cada ano completo de antiguidade e entra em vigor já em 1 de maio para todos os contratos
em vigor.
- Trabalho Temporário
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A proibição de contratos sucessivos deixa de aplicar-se apenas ao mesmo posto de trabalho e passa a
aplicar-se aos contratos relativos à mesma atividade profissional, ou no caso de contratos de prestação de
serviço, o mesmo objeto ou atividade, celebrados com o mesmo empregador ou sociedade que com este
se encontre em relação de domínio ou de grupo, ou mantenha estruturas organizativas comuns, antes de
decorrer um período de tempo igual a um terço da duração do referido contrato, incluindo renovações.
86
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor Clique
e aceda
5 - O contrato de trabalho temporário a termo incerto 5 - O contrato de trabalho temporário a termo incerto
dura pelo tempo necessário à satisfação de necessidade dura pelo tempo necessário à satisfação de necessi-
temporária do utilizador, não podendo exceder os lim- dade temporária do utilizador, não podendo exceder
ites de duração referidos no número anterior. os limites de duração referidos no número anterior.
6 - É aplicável ao cômputo dos limites referidos nos 6 - É aplicável ao cômputo dos limites referidos nos
números anteriores o disposto no n.º 6 do artigo 148.º números anteriores o disposto no n.º 6 do artigo 148.º
7 - À caducidade do contrato de trabalho temporário é 7 - À caducidade do contrato de trabalho temporário
aplicável o disposto no artigo 344.º ou 345.º, consoante é aplicável o disposto no artigo 344.º ou 345.º, conso-
seja a termo certo ou incerto. ante seja a termo certo ou incerto.
8 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
a duração de contratos de trabalho temporário su-
cessivos em diferentes utilizadores, celebrados com
o mesmo empregador ou sociedade que com este
se encontre em relação de domínio ou de relação de
domínio ou de grupo, ou mantenha estruturas organi-
zativas comuns, não pode ser superior a quatro anos.
O limite de renovações do contrato de trabalho temporário a termo certo passa de 6 para 4 anos. É
introduzida a limitação da duração de 4 anos para contratos de trabalho temporário sucessivos em
diferentes utilizadores, celebrados com o mesmo empregador ou sociedade que com este se encon-
tre em relação de domínio ou de grupo, ou mantenha estruturas organizativas comuns.
Artigo 183.º “Forma e conteúdo de contrato de trabalho por tempo indeterminado para cedência
temporária”
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - O contrato de trabalho por tempo indeterminado 1 - O contrato de trabalho por tempo indeterminado 1 de maio
para cedência temporária está sujeito a forma escrita, é para cedência temporária está sujeito a forma escrita, de 2023
celebrado em dois exemplares e deve conter: é celebrado em dois exemplares e deve conter:
a) Identificação, assinaturas, domicílio ou sede das par- a) Identificação, assinaturas, domicílio ou sede das
tes e número e data do alvará da licença da empresa de partes e número e data do alvará da licença da em-
trabalho temporário; presa de trabalho temporário;
b) Menção expressa de que o trabalhador aceita que b) Menção expressa de que o trabalhador aceita que
a empresa de trabalho temporário o ceda temporaria- a empresa de trabalho temporário o ceda temporaria-
mente a utilizadores; mente a utilizadores;
c) Atividade contratada ou descrição genérica das fun- c) Atividade contratada ou descrição genérica das
ções a exercer e da qualificação profissional adequada, funções a exercer e da qualificação profissional ade-
bem como a área geográfica na qual o trabalhador está quada, bem como a área geográfica na qual o traba-
adstrito a exercer funções; lhador está adstrito a exercer funções;
d) Retribuição mínima durante as cedências que ocor- d) Retribuição mínima durante as cedências que ocor-
ram, nos termos do artigo 185.º ram, nos termos do artigo 185.º
2 - Um exemplar do contrato fica com o trabalhador. 2 - Um exemplar do contrato fica com o trabalhador.
3 - Na falta de documento escrito ou no caso de omis- 3 - Na falta de documento escrito ou no caso de omis-
são ou insuficiência das menções referidas na alínea b) são ou insuficiência das menções referidas na alínea
ou c) do n.º 1, considera-se que o trabalho é prestado à b) ou c) do n.º 1, considera-se que o trabalho é pres-
empresa de trabalho temporário em regime de contrato tado à empresa de trabalho temporário em regime de
de trabalho sem termo, sendo aplicável o disposto no contrato de trabalho sem termo, sendo aplicável o
n.º 6 do artigo 173.º disposto no n.º 6 do artigo 173.º
4 - Constitui contraordenação grave a violação do dis- 4 - Constitui contraordenação grave a violação do dis-
posto na alínea b) do n.º 1. posto na alínea b) do n.º 1 ou no n.º 2.
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AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Regime atual Novo regime
em vigor Clique
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6 - No caso de a caução ser insuficiente face aos crédi- 6 - No caso de a caução ser insuficiente face aos
tos cujo pagamento é solicitado, este é feito de acordo créditos cujo pagamento é solicitado, este é feito de
com os seguintes critérios de precedência: acordo com os seguintes critérios de precedência:
a) Créditos retributivos dos trabalhadores relativos aos a) Créditos retributivos dos trabalhadores relativos
últimos 30 dias da atividade, com o limite correspon- aos últimos 30 dias da atividade, com o limite cor-
dente ao montante de três vezes a retribuição mínima respondente ao montante de três vezes a retribuição
mensal garantida; mínima mensal garantida;
b) Outros créditos retributivos por ordem de pedido; b) Outros créditos retributivos por ordem de pedido;
c) Indemnizações e compensações pela cessação do c) Indemnizações e compensações pela cessação do
contrato de trabalho temporário; contrato de trabalho temporário;
d) Demais encargos com os trabalhadores. d) Demais encargos com os trabalhadores.
7 - Relativamente aos trabalhadores com novos contra- 7 - Relativamente aos trabalhadores com novos con-
tos de trabalho estão excluídas dos critérios de prece- tratos de trabalho estão excluídas dos critérios de pre-
dência as compensações por cessação de contrato de cedência as compensações por cessação de contrato
trabalho previstas na alínea c) do número anterior. de trabalho previstas na alínea c) do número anterior.
8 - Constitui contraordenação leve a violação do dis-
posto nos n.os 2 e 3.
91
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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3.
As categorias
de trabalhadores
vulneráveis
[Página propositadamente em branco]
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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Para que este objetivo se efetive, a OIT desenvolveu uma Agenda assente nos quatro objetivos es-
tratégicos da Organização: a criação de emprego, a garantia dos direitos no trabalho, a extensão da
proteção social e a promoção do diálogo social.
É neste contexto que foram identificadas categorias de trabalhadores vulneráveis para os quais se
justificam os objetivos indicados.
1
Sobre o conceito de trabalho digno da OIT, sugere-se a leitura dos seguintes documentos:
https://www.eurofound.europa.eu/observatories/eurwork/industrial-relations-dictionary/decent-work
https://www.ilo.org/public/english/bureau/dgo/speeches/somavia/1999/seattle.htm
https://www.ilo.org/global/topics/sdg-2030/resources/WCMS_544325/lang--en/index.htm
https://www.ilo.org/global/topics/decent-work/lang--en/index.htm
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Passam agora a estar excluídos também os rendimentos de trabalho dependente auferidos por jo-
vens trabalhadores-estudantes, com idade igual ou inferior a 27 anos, cujo montante anual não seja
superior a 14 * retribuição mínima mensal garantida (RMMG), para efeitos de atribuição da prestação
social abono de família, de bolsas de ensino superior e pensões de sobrevivência.
Exemplo 1
Tributação e contribuições incidentes sobre o rendimento de estudante em férias, com 20 anos, a
frequentar o ensino superior em Portugal
96
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Contribuições para a segurança social: tem direito ao não-enquadramento contributivo nos primei-
ros 12 meses de atividade
Exemplo 2
Tributação e contribuições incidentes sobre o rendimento de estudante em férias com 21 anos, a
frequentar o ensino superior em Portugal
Montante anual obtido em 2023: 2.000€ (700€ em julho, 700€ em agosto e 600€ em setembro)
Rendimento tributável cat. A IRS: 2.000€ - 2.402,15€ = não há rendimento sujeito a tributação
N.º horas mensais: 100 horas em julho, 100 horas em agosto e 80 horas em setembro)
97
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Não existia um regime especial para esta situação. A celebração de contrato de trabalho a termo
resolutivo e de contrato de trabalho temporário com estudante está sujeita ao disposto nos artigos Clique
e aceda
140.º e 180.º do Código do Trabalho. Com o aditamento agora introduzido, o contrato de trabalho
celebrado com estudante, vigente em período de férias escolares ou interrupção letiva, não está
sujeito a forma escrita. Isto significa que a não obrigatoriedade de redução a escrito do contrato
apenas se aplica aos contratos com estudante em período de férias ou interrupção letiva, e não nas
demais situações laborais que abranjam os trabalhadores-estudantes.
Sendo este um regime contratual para assegurar proteção social aos estudantes, não depende da
condição de trabalhador-estudante, já que o elemento subjetivo relevante é a condição de estudan-
te em período de férias ou interrupção letiva, ou seja, trata-se de uma situação laboral que apenas
tem vigência em período de férias ou de interrupção letiva, ao passo que o contrato com trabalha-
dor-estudante não tem vigência limitada a estes períodos.
Do ponto de vista contributivo, aplica-se o disposto nos artigos 83.º-A a 83.º-D do Código Contributi-
vo, como indicado. Constitui base de incidência contributiva a remuneração convencional calculada
com base no número de horas de trabalho prestado e na remuneração horária.
A remuneração horária é calculada de acordo com a seguinte fórmula: Rh = (IAS x 12) / (52 x 40), em
que Rh corresponde ao valor da remuneração horária e IAS ao valor do indexante dos apoios sociais.
A taxa contributiva relativa aos jovens em férias escolares é de 26,1% da responsabilidade das enti-
dades empregadoras.
Os jovens em férias escolares têm direito à proteção nas eventualidades de invalidez, velhice e
morte.
98
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3.2 Estagiários
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Decreto-Lei n.º 66/2011, de 1 de junho
Este diploma regula os estágios profissionais, incluindo os que tenham como objetivo a aquisição de
uma habilitação profissional legalmente exigível para o acesso ao exercício de determinada profis-
são. Ou seja, os estágios profissionais extracurriculares.
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Assim, os estágios remunerados sem apoio do IEFP, I.P., por não serem objeto de comparticipação
pública, estão abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 66/2011, pelo que conferem acesso a regime de pro-
teção social equiparado ao trabalho por conta de outrem.
• Não estão abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 66/2011, pelo que o seu regime de proteção social não
está contemplado no artigo 10.º deste diploma, os seguintes estágios:
o Os estágios curriculares
Neste âmbito é ainda relevante referir que o período experimental é reduzido consoante a duração
do estágio profissional com avaliação positiva, para a mesma atividade e empregador diferente,
tenha sido igual ou superior a 90 dias, nos últimos 12 meses.
No caso de os estagiários executarem quaisquer tarefas de que resulte mais-valias para a entidade
de acolhimento, estamos em presença de rendimentos que integram a categoria A, tributados nos
termos gerais, conforme alínea a) do n.º 1 e n.º 2 do artigo 2º do CIRS. A retenção na fonte efetuada
também nos termos gerais, incide sobre a totalidade dos rendimentos atribuídos (com exceção dos
valores total ou parcialmente excluídos de tributação, como seja o subsídio de refeição), indepen-
dentemente de os mesmos serem ou não comparticipados por qualquer entidade pública (conforme
100
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ricos, ainda que os formandos participem na produção de quaisquer bens que devam considerar-se
economicamente irrelevantes.
101
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1 — O apuramento das entidades contratantes, nos termos do artigo anterior, é igualmente efetuado 1 de maio de 2023
quando as entidades beneficiem, no mesmo ano civil, de mais de 50 % do valor total da
atividade de empresários em nome individual ou titulares de estabelecimento individual de respons-
abilidade limitada.
2 — A contribuição decorrente da aplicação do presente artigo destina -se à proteção na eventual-
idade de desemprego.
Para efeitos do Código do Trabalho, considera-se haver dependência económica sempre que o pres-
tador de trabalho seja uma pessoa singular que preste, diretamente e sem intervenção de terceiros,
uma atividade para o mesmo beneficiário, e dele obtenha o produto da sua atividade, de acordo
com o disposto no artigo 140.º do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de
Segurança Social.
Assim:
• Será economicamente dependente quem prestar serviços a pessoas coletivas e a pessoas sin-
gulares com atividade empresarial, independentemente da sua natureza e das finalidades que
prossigam, e que no mesmo ano civil beneficiem de mais de 50 % do valor total da atividade de
trabalhador independente. Consideram-se como prestados a uma única entidade contratante,
a atividade desempenhada para empresas entre as quais exista uma relação societária de parti-
cipações recíprocas, de domínio ou de grupo ou que tenham estruturas organizativas comuns.
Por fim, a qualidade de entidade contratante é apurada apenas relativamente aos trabalhadores
independentes que se encontrem sujeitos ao cumprimento da obrigação de contribuir e tenham
obtido com a prestação de serviços um rendimento anual igual ou superior a seis vezes o valor
do IAS.
• Em 2011, a Direção Geral da Segurança Social publicou a Orientação Técnica n.º 1, onde concretiza
o conceito de “Agrupamento empresarial” para efeitos do Código Contributivos, onde se conclui
que “As normas constantes dos artigos 129.° e 140.° do Código dos Regimes Contributivos, que es-
tabelecem determinados direitos e obrigações para trabalhadores e entidades empregadoras que
pertencem ao mesmo agrupamento empresarial, referem-se às sociedades coligadas previstas
nas alíneas c) e d) do artigo 482.° do Código das Sociedades Comerciais, ou seja, às sociedades
em relação de domínio e às sociedade sem relação de grupo.”
Nota: Reforçamos que o aditamento dos artigos 10.º-A e 10.º-B do CT (ver trabalhadores independen-
tes economicamente dependentes, equiparados a trabalhador para determinadas situações- Ponto
2.1.2) vem reforçar a defesa dos interesses socioprofissionais destes trabalhadores independentes
em situação de dependência económica, designadamente através da sua representação coletiva.
102
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Entende-se por plataforma digital a pessoa coletiva que presta ou disponibiliza serviços à distância,
através de meios eletrónicos, a pedido de utilizadores e que envolvam, como componente necessá-
ria e essencial, a organização de trabalho prestado por indivíduos a troco de pagamento, indepen-
dentemente de esse trabalho ser prestado em linha ou numa localização determinada, sob termos e
condições de um modelo de negócio e uma marca próprios.
Esta presunção da existência de contrato de trabalho ocorre quando se verifiquem algumas das
seguintes características:
Não obstante, a presunção da existência de contrato de trabalhopode ser ilidida nos termos gerais,
nomeadamente se a plataforma digital fizer prova de que o prestador de atividade trabalha com
efetiva autonomia, sem estar sujeito ao controlo, poder de direção e poder disciplinar de quem o
contrata. Pode ainda a plataforma pode invocar que a atividade é prestada perante pessoa singular
ou coletiva que atue como intermediário da plataforma digital para disponibilizar os serviços através
dos respetivos trabalhadores.
103
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Por fim, o quadro jurídico prevê uma contraordenação muito grave imputável ao empregador, seja
ele a plataforma digital ou pessoa singular ou coletiva que atue como intermediário da plataforma
digital para disponibilizar os serviços através dos respetivos trabalhadores que nela opere, a contra-
tação da prestação de atividade, de forma aparentemente autónoma, em condições características
de contrato de trabalho, que possa causar prejuízo ao trabalhador ou ao Estado.
104
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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O cuidador Informal é sempre o cônjuge ou unido de facto, parente ou afim até ao 4.º grau da linha
reta ou da linha colateral da pessoa cuidada (Ex: filhos, netos, bisnetos, trinetos, irmãos, pais, tios,
avós, bisavós, trisavós, tios-avós ou primos).
É o cuidador que acompanha e cuida da pessoa cuidada de forma permanente, que com ela vive em
comunhão de habitação e que não aufere qualquer remuneração de atividade profissional ou pelos
cuidados que presta à pessoa cuidada.
É o cuidador que acompanha e cuida da pessoa cuidada de forma regular, mas não permanente,
podendo auferir ou não remuneração de atividade profissional ou pelos cuidados que presta à
pessoa cuidada.
Os artigos aditados pela Lei n.º 13/2013, de 3 de abril, ao Código do Trabalho vêm consagrar direitos
laborais para os trabalhadores a quem tenha sido reconhecido o estatuto de cuidador informal não
principal, designados de “trabalhadores cuidadores”.
Com Lei n.º 83/2021, de 6 de dezembro, o Código do Trabalho passou a prever o direito ao teletra-
balho para os cuidadores informais não principais. Com as recentes alterações este direito é mantido
pelo período máximo de quatro anos seguidos ou interpolados, mediante comprovação do estatuto
suprarreferido, quando o teletrabalho seja compatível com a atividade desempenhada e o emprega-
dor disponha de recursos e meios para o efeito, embora o empregador possa opor-se a esse direito
quando não estejam reunidas as condições aí previstas ou com fundamento em exigências imperio-
sas do funcionamento da empresa, sendo nestes casos aplicável o procedimento previsto nos n.os
3 a 10 do artigo 57.º, com as necessárias adaptações, do Código do Trabalho, isto é, é obrigatório o
parecer prévio da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.
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Uma vez que este “trabalhador cuidador” não é o cuidador principal, acompanhando e cuidando da
pessoa cuidada de forma regular, mas não permanente, podendo auferir ou não remuneração de ati- Clique
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vidade profissional ou pelos cuidados que presta à pessoa cuidada, impõe-se uma especial proteção
para que possa articular a sua vida profissional com o estatuto de cuidador.
107
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1 - O trabalhador cuidador tem direito a trabalhar em regime de horário de trabalho flexível, de for- 1 de maio de 2023
ma seguida ou interpolada, enquanto se verificar a necessidade de assistência.
2 - Entende -se por horário flexível o previsto nos n.os 2 a 4 do artigo 56.º
3 - O trabalhador cuidador que opte pelo trabalho em regime de horário flexível, nos termos do
presente artigo, não pode ser penalizado em matéria de avaliação e de progressão na carreira.
4 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 1.
Artigo 101.º-E “Autorização de trabalho a tempo parcial ou em regime de horário flexível de tra-
balhador cuidador
Novo Regime Entrada em vigor
1 - O trabalhador cuidador que pretenda trabalhar a tempo parcial ou em regime de horário 1 de maio de 2023
de trabalho flexível deve solicitá-lo ao empregador, por escrito, com a antecedência de 30 dias
relativamente ao seu início, com os seguintes elementos:
a) O comprovativo do reconhecimento do estatuto de cuidador informal não principal;
b) Indicação do prazo previsto, dentro do limite aplicável;
c) No regime de trabalho a tempo parcial:
i) Declaração da qual conste que não está esgotado o período máximo de duração;
ii) Declaração da qual conste que outros membros do agregado familiar do trabalhador cuidador
ou da pessoa cuidada, caso exerçam atividade profissional, não se encontram ao mesmo tempo
em situação de trabalho a tempo parcial ou estão impossibilitados de prestar assistência;
iii) Indicação da modalidade pretendida de organização do trabalho a tempo parcial.
2 - Para efeitos do disposto no presente artigo, aplica -se o procedimento previsto nos n.os 2
a 10 do artigo 57.º
3 - No termo do período autorizado ou considerado aceite para a prática de regime de trabalho a
tempo parcial ou horário flexível, o trabalhador cuidador regressa ao regime de trabalho
que anteriormente praticava.
4 - Ocorrendo alteração superveniente das circunstâncias que deram origem ao pedido
antes do termo do período autorizado ou considerado aceite, o trabalhador informa o empregador
no prazo de cinco dias úteis e, havendo acordo do empregador, regressa ao regime de trabalho
que anteriormente praticava.
5 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 3
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O trabalhador cuidador que seja titular de direitos de parentalidade relativamente à pessoa cuidada 1 de maio de 2023
não pode acumular o previsto na subsecção IV com o disposto na presente subsecção.
• O período normal de trabalho semanal não pode ser superior a 40 horas (anteriormente era de
44 horas);
• Aumento de 8 para 11 horas do direito a um repouso noturno do trabalhador alojado, sem pre-
juízo do disposto no Código do Trabalho, quanto ao trabalho de menor;
• Todos os trabalhadores, alojados ou não, têm direito, sem prejuízo da retribuição, ao gozo dos
feriados previstos no Código do Trabalho;
• Pode haver prestação de trabalho nos feriados, com o acordo do trabalhador, sendo a sua
duração igual ao período normal de trabalho diário, conferindo o direito a um descanso compen-
satório remunerado (e não apenas a “tempo livre”), a gozar na mesma semana ou na seguinte. O
trabalhador será também remunerado pelo descanso compensatório se o mesmo não for viável;
• Os trabalhadores de serviço doméstico não podem sofrer redução na retribuição por motivo do
gozo de feriados, independentemente da forma como a sua retribuição é fixada.
No que respeita à cessação do contrato por caducidade, são introduzidas alterações significativas,
com o seguinte alcance:
• Nestas situações, a cessação do contrato deve ser comunicada ao trabalhador, com antece-
dência mínima de sete, 15 ou 30 dias conforme o contrato tenha durado até seis meses, de seis
meses a dois anos ou por período superior, respetivamente, com a indicação dos motivos em que
a mesma se fundamenta.
109
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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Importa referir que a estas causas de cessação do contrato por caducidade acrescem as previstas
no Código do Trabalho. Clique
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A justa causa de rescisão por parte do empregador depende de factos e comportamentos culposos
por parte do trabalhador (anteriormente, a justa causa não dependia da culpa).
Na rescisão com justa causa pelo trabalhador a alteração ao regime passa a enunciar que a violação
culposa das garantias legais ou constantes do contrato de trabalho, inclui, designadamente, a práti-
ca de assédio pelo empregador, outros membros do agregado familiar ou por outros trabalhadores.
Esta situação passa também a conferir direito a indemnização de valor correspondente a um mês de
retribuição por cada ano completo de serviço ou fração.
Nas demais situações não previstas neste regime, aplica-se subsidiariamente o Código do Trabalho,
conforme clarificado no aditamento feito pelo artigo 37.º-A.
A taxa contributiva relativa aos trabalhadores do serviço doméstico, quando o âmbito material da
proteção não integre a eventualidade de desemprego, é de 28,3%, sendo, respetivamente, de 18,9%
e de 9,4% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores. Quando o âmbito material de
proteção integrar a eventualidade de desemprego, a taxa contributiva é de 33,3%, sendo, respetiva-
mente, de 22,3% e de 11% para as entidades empregadoras e para os trabalhadores.
110
4.
Contratação
Pública e Apoios
Públicos
[Página propositadamente em branco]
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Para o efeito, considera-se convenção recentemente celebrada e/ou revista a que tenha sido outor-
gada ou renovada no período até três anos.
Código do Trabalho
Esta norma já teve uma concretização legislativa no domínio fiscal, através da entrada em vigor, a
partir de 1 de janeiro de 2023, do artigo 19.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais, que criou o incenti-
vo fiscal à valorização salarial e que visa, precisamente, atribuir benefícios fiscais aos empregadores
que promovam a valorização salarial determinada por instrumento de regulamentação coletiva de
trabalho dinâmica outorgado ou renovado há menos de três anos.
Veja-se ainda a redação do Artigo 28.º “Garantia de cumprimento da legislação laboral”, da Lei n.º
13/2023 de 3 de abril:
1 - As entidades privadas, incluindo as empresas sob qualquer forma jurídica e as instituições priva-
das sem fins lucrativos, beneficiárias de fundos europeus de valor superior a 25 000 €, por candida-
tura, estão sujeitas à verificação específica da observância da legislação laboral.
2 - As entidades beneficiárias a que se refere o número anterior são objeto de confirmação do cum-
primento da legislação laboral pela ACT, a pedido da entidade de auditoria competente para a ação
de controlo, através de amostragem adequada.
113
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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Diga-se ainda, que em caso de reincidência na prática das contraordenações muito graves previstas
nos artigos 29.º e 40.º do Código Contributivo (ver artigo 243.º CRCSPSS) e nos artigos 12.º e 12.º-A do
Código do Trabalho (presunção de contrato de trabalho), são aplicadas ao empregador as seguintes
sanções acessórias:
a) Privação do direito a apoio, subsídio ou benefício outorgado por entidade ou serviço público,
designadamente de natureza fiscal ou contributiva ou proveniente de fundos europeus, por pe-
ríodo até dois anos;
Ainda no âmbito da contratação pública, resultou também da agenda do trabalho digno, o adita-
mento do artigo 419.º-A ao Código dos Contratos Públicos.
Artigo 419.º-A
Trabalhadores afetos à concessão
1 - Os trabalhadores afetos a concessões cujo prazo seja superior a um ano prestam a sua atividade
em regime de contrato de trabalho sem termo.
2 - Os trabalhadores afetos a concessões cujo prazo seja igual ou inferior a um ano podem prestar
a sua atividade em regime de contrato de trabalho a termo, desde que por período de tempo não
inferior ao prazo da concessão.
3 - O disposto no n.º 1 não se aplica aos trabalhadores com contrato a termo de substituição celebra-
do nas situações previstas nas alíneas a) a d) do n.º 2 do artigo 140.º do Código do Trabalho.
4 - O disposto nos n.os 1 e 2 não se aplica a trabalhadores que executem tarefas ocasionais ou
serviços específicos e não duradouros no âmbito da execução da concessão.
114
5.
Contratação Coletiva
[Página propositadamente em branco]
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5. Contratação Coletiva
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Na vertente da contratação coletiva, o objetivo da Agenda do Trabalho Digno é incentivar a partici-
pação ativa dos trabalhadores e a própria contratação coletiva, através de um conjunto de medidas
de discriminação positiva das empresas empregadoras, no acesso a apoios públicos nacionais e
europeus e incentivos financeiros e fiscais.
No âmbito do reforço da liberdade sindical, os sindicatos passam a poder entrar em empresas sem
trabalhadores sindicalizados.
A matéria da contratação coletiva abrange os artigos 485.º a 505.º do Código do Trabalho, sendo
objeto de significativas alterações no âmbito da Agenda do Trabalho Digno.
Com base nas estatísticas publicadas pela DGERT, e utilizando o período comprativo de 2008 a 2021,
verifica-se um decréscimo acentuado dos trabalhadores abrangidos por instrumento de regulamen-
tação coletiva de trabalho. Os IRCT dividem-se em:
A. Negociais: (i) contrato coletivo, (ii) acordo coletivo e (iii) acordo de empresa;
B. Não Negociais: (i) portaria de extensão, (ii) portaria de condições de trabalho e (iii) decisão
arbitral em processo de arbitragem obrigatória ou necessárias.
Em 2021, a DGERT identificou 79 Contratos Coletivos, 20 Acordos Coletivos, 109 Acordos de Empresa
e 55 Portarias de Extensão, a que correspondem, respetivamente, o seguinte número de trabalhado-
res: 482.331, 18.931, 39.744 e 95.375, ou seja, cerca de 636 mil trabalhadores. Em 2008, 13 anos antes,
perto de um milhão e novecentos mil trabalhadores estavam abrangidos pelos mesmos instrumen-
tos e a distribuição dos instrumentos era a seguinte: 172 Contratos Coletivos, 27 Acordos Coletivos,
97 Acordos de Empresa e 137 Portarias de Extensão.
Recorde-se que a negociação coletiva é um processo negocial que se desenvolve entre as associações
representativas dos empregadores ou os próprios empregadores e as associações representativas dos
trabalhadores com a finalidade de estabelecer ou alterar normas reguladoras das condições de trabalho.
117
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Este desiderato tem por finalidade reforçar a contratação coletiva, através do alargamento da sua
Clique
cobertura a novas categorias de trabalhadores, como os trabalhadores em outsourcing ou os tra- e aceda
118
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
1 - As pessoas em situação de dependência económica, nos termos do artigo anterior, têm 1 de maio de 2023
direito:
a) À representação dos seus interesses socioprofissionais por associação sindical e por comissão de
trabalhadores;
b) À negociação de instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho negociais, específicos
para trabalhadores independentes, através de associações sindicais;
c) À aplicação dos instrumentos de regulamentação coletiva do trabalho negociais já existentes e
aplicáveis a trabalhadores, nos termos neles previstos;
d) À extensão administrativa do regime de uma convenção coletiva ou de uma decisão arbitral, e à
fixação administrativa de condições mínimas de trabalho, aplicando -se à emissão destes instrumen-
tos, com as necessárias adaptações, o regime previsto nos artigos 514.º e seguintes.
2 - O direito à representação coletiva dos trabalhadores independentes em situação de dependên-
cia económica, nos termos do artigo anterior, é definido em legislação específica que assegure:
a) O acompanhamento por comissão de trabalhadores e por associação sindical nos termos do
disposto nos artigos 423.º e 443.º;
b) Que as convenções coletivas especificamente negociadas para trabalhadores independentes
economicamente dependentes devem respeitar o disposto nos artigos 476.º e seguintes e requerem
consulta prévia das associações de trabalhadores independentes representativas do setor;
c) Que a aplicação de instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho já existentes, aos
trabalhadores independentes economicamente dependentes que desempenhem funções corre-
spondentes ao objeto social da empresa por um período superior a 60 dias, depende de escolha,
aplicando -se com as necessárias adaptações o disposto no artigo 497.º
Está em causa o reforço da contratação coletiva, um aspeto que transcende a dimensão jurídico-
-laboral, e que, nesta reforma, volta a ganhar protagonismo, já que um dos pilares da Agenda do
Trabalho Digno é impelir uma lógica de dinamização da contratação.
Estas alterações vão no sentido de evitar vazios de cobertura de negociação coletiva, dada a rele-
vância que as convenções coletivas assumem enquanto fonte da relação laboral.
Foram alterados os artigos 500.º a 502.º foram alterados e aditado o artigo 500.º-A.
O n.º 6 do artigo 501.º determinava que, após os prazos destinados à negociação (período de sobre-
vigência), sem que a negociação culmine em acordo, a convenção coletiva caducava 45 dias após
qualquer das partes comunicar, ao MTSSS e à outra parte, que o processo de negociação terminou
sem acordo. Com a alteração introduzida, após esses 45 dias, a caducidade da convenção coletiva
só produz efeitos nos seguintes momentos:
• no dia seguinte à publicação no Boletim do Trabalho e Emprego de aviso sobre a data da sus-
pensão e da cessação da vigência de convenção coletiva, ou
119
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
A alteração introduzida no artigo 501.º-A agilizou essa arbitragem. Trata-se de uma medida legislativa
que suspende o período de sobrevigência da convenção, com vista a superar as dificuldades nego- Clique
e aceda
ciais sentidas pelas partes. Na falta de acordo no âmbito desta arbitragem, qualquer das partes pode
requerer imediatamente a arbitragem necessária prevista no artigo 510.º.
Desse modo, a alteração agora introduzida ao artigo 501.º-A permite também que as partes requei-
ram a “arbitragem necessária” para evitar o vazio na contratação resultante da falta de acordo.
Assim, caso a negociação não seja remetida para mediação ou nas situações em que haja mediação,
mas esta se conclua sem acordo quanto à revisão total ou parcial da convenção coletiva, qualquer
das partes pode requerer imediatamente a arbitragem necessária, a qual tem por efeito suspender o
período de sobrevigência até à decisão arbitral proferida em sede de arbitragem necessária.
A arbitragem necessária pode ter lugar durante o período de sobrevigência da convenção e não
apenas após a caducidade de uma convenção coletiva.
A parte destinatária da denúncia pode requerer ao Presidente do Conselho Económico e Social ar-
bitragem para apreciação da fundamentação invocada pela parte autora da denúncia (novo artigo
500.º-A). E, caso a fundamentação seja declarada improcedente, a denúncia não produz os seus
efeitos.
Em síntese, vemos que a Agenda do Trabalho Digno introduz um novo mecanismo de arbitragem que
visa prevenir vazios de cobertura de negociação coletiva, mas em situações distintas:
• Após o termo do prazo de 12 meses após a transmissão, por qualquer título, da titularidade de
empresa ou estabelecimento ou ainda de parte de empresa ou estabelecimento que constitua
uma unidade económica
120
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Devendo todos estes factos ser objeto de comunicação ao serviço competente do ministério respon-
sável pela área laboral. Destaque-se que, no que se refere a empregadores sujeitos a registo comer- Clique
e aceda
cial, passará a haver troca de impressões com o IRN, com vista a apurar se o acordo de empresa ou
o acordo coletivo cessou a sua vigência por força da extinção da empresa/sociedade. A novidade,
consiste assim, no facto de resultar claro quais as convenções coletivas em vigor e quais as que já
cessaram a sua vigência, conferindo maior certeza e segurança jurídica com a publicação no Boletim
do Trabalho e Emprego de aviso sobre a data da cessação da vigência de convenção coletiva.
121
[Página propositadamente em branco]
6.
O reforço
dos poderes
da Autoridade
para as Condições
do Trabalho (ACT)
e a simplificação
administrativa
[Página propositadamente em branco]
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Clique
125
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
126
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor Clique
e aceda
k) Notificar testemunhas, peritos ou outras pessoas k) Notificar testemunhas, peritos ou outras pessoas
que possam dispor de informações úteis sobre a ma- que possam dispor de informações úteis sobre a ma-
téria do processo para comparência nos serviços da téria do processo para comparência nos serviços da
Inspeção-Geral do Trabalho ou noutro local; Inspeção-Geral do Trabalho ou noutro local;
l) Notificar o empregador para que proceda ao apura- l) Notificar o empregador para que proceda ao apura-
mento das quantias em dívida aos trabalhadores ou à mento das quantias em dívida aos trabalhadores ou à
segurança social; segurança social;
m) Solicitar a colaboração de autoridades policiais, no- m) Solicitar a colaboração de autoridades policiais, no-
meadamente no caso de impedimento ou obstrução meadamente no caso de impedimento ou obstrução
ao exercício da ação inspetiva, ou se for previsível a ao exercício da ação inspetiva, ou se for previsível a
sua verificação. sua verificação.
2 - No exercício das suas funções, o inspetor do traba- 2 - No exercício das suas funções, o inspetor do traba-
lho pode efetuar a detenção em flagrante delito, nos lho pode efetuar a detenção em flagrante delito, nos
termos da lei. termos da lei.
3- Sempre que um inspetor do trabalho verifique a
existência de indícios de um despedimento em vio-
lação das alíneas a), c) ou d) do artigo 381.º1 e dos
artigos 382.º2, 383.º3 ou 384.º4 do Código do Trabalho,
aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro,
na sua redação atual, lavra um auto e notifica o empre-
gador para regularizar a situação.
4- Findo o prazo referido no número anterior sem que
a situação do trabalhador em causa se mostre devida-
mente regularizada, a Autoridade para as Condições
do Trabalho remete, em cinco dias, participação dos
factos para os serviços do Ministério Público junto do
tribunal do lugar da prestação de trabalho, acompa-
nhada de todos os elementos de prova recolhidos,
para fins de instauração de procedimento cautelar de
suspensão de despedimento.
Entrada em vigor
1- Após a receção da participação prevista no n.º 4 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 102/2000, de 2 1 de maio de 2023
de junho, na sua redação atual, o Ministério Público dispõe de 20 dias para instaurar o procedimento
cautelar de suspensão de despedimento.
2- No requerimento inicial, o Ministério Público expõe sucintamente a pretensão e os respetivos
fundamentos, devendo juntar todos os elementos de prova recolhidos até ao momento.
1
Fundamentos gerais de ilicitude de despedimento
2
Ilicitude de despedimento por facto imputável ao trabalhador
3
Ilicitude de despedimento coletivo
4
Ilicitude de despedimento por extinção de posto de trabalho
127
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
5
Procedimento a adotar em caso de inadequação do vínculo que titula a prestação de uma atividade em condições corres-
pondentes às do contrato de trabalho
6
Contrato de trabalho sem termo
128
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Decisão final de aplicação de coima, sanção acessória ou admoestação, proferida através de meios
eletrónicos, deve ser aposta assinatura eletrónica ou outro meio idóneo de autenticação do titular
do órgão competente, afastando-se a possibilidade de assinatura eletrónica simples, mesmo porque
neste sentido revoga o n.º 3.
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - No âmbito do procedimento administrativo, os atos 1 - Os atos processuais podem ser praticados em su- 1 de maio
processuais podem ser praticados em suporte informá- porte informático com aposição de assinatura eletró- de 2023
tico com aposição de assinatura eletrónica qualificada. nica simples.
2 - Os atos processuais e documentos assinados nos 2 – À decisão de aplicação de coima, de sanção aces-
termos do número anterior substituem e dispensam sória ou de admoestação, proferida através de meios
para quaisquer efeitos a assinatura autógrafa no pro- eletrónicos, deve ser aposta assinatura eletrónica ou
cesso em suporte de papel. outro meio idóneo de autenticação do titular do órgão
competente, nos termos de legislação própria, o qual
deve ser devidamente identificado.
3 - Para os efeitos previstos nos números anteriores, 3 - Revogado.
apenas pode ser utilizada assinatura eletrónica qualifi-
cada de acordo com os requisitos legais e regulamen-
tares exigíveis pelo sistema de certificação eletrónica
do Estado.
4 - A tramitação processual no âmbito do procedimen- 4 - A tramitação processual no âmbito do procedi-
to administrativo pode ser efetuada informaticamente. mento administrativo pode ser efetuada informatica-
mente, devendo respeitar critérios de disponibilidade,
acessibilidade, integridade, autenticidade, confiden-
cialidade, conservação e segurança da informação.
Fazemos notar que parece defender-se a prevalência da notificação por carta registada, mas, são
introduzidas novas forma de notificação, nomeadamente através de (i) morada única digital, (ii) sis-
tema de notificações eletrónicas da segurança social e (iii) caixa postal eletrónica.
7
Cria o serviço público de notificações eletrónicas associado à morada única digital
129
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
130
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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Índice
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - No exercício das suas funções profissionais o inspe- 1- Revogado. 1 de maio
tor do trabalho efetua, sem prejuízo do disposto em de 2023
legislação específica, os seguintes procedimentos:
a) Requisitar, com efeitos imediatos ou para apresen-
tação nos serviços desconcentrados do serviço com
competência inspetiva do ministério responsável pela
área laboral, examinar e copiar documentos e outros
registos que interessem para o esclarecimento das re-
lações de trabalho e das condições de trabalho;
b) Notificar o empregador para adotar medidas de pre-
venção no domínio da avaliação dos riscos profissio-
nais, designadamente promover, através de organismos
especializados, medições, testes ou peritagens inciden-
tes sobre os componentes materiais de trabalho;
c) Notificar para que sejam adotadas medidas imedia-
tamente executórias, incluindo a suspensão de traba-
lhos em curso, em caso de risco grave ou probabilida-
de séria da verificação de lesão da vida, integridade
física ou saúde dos trabalhadores;
d) Levantar autos de notícia e participações, relativa-
mente a infrações constatadas no exercício das respe-
tivas competências, podendo ainda levantar autos de
advertência em caso de infrações classificadas como
leves e das quais ainda não tenha resultado prejuízo
grave para os trabalhadores, para a administração do
trabalho ou para a segurança social.
2 - No exercício das suas funções profissionais o ins- 2 - No exercício das suas funções profissionais o ins-
petor da segurança social efetua, sem prejuízo dos petor da segurança social efetua, sem prejuízo dos
previstos em legislação específica, os seguintes pro- previstos em legislação específica, os seguintes pro-
cedimentos: cedimentos:
a) Requisitar e copiar, com efeitos imediatos, para exa- a) Requisitar e copiar, com efeitos imediatos, para exa-
me, consulta e junção aos autos, livros, documentos, me, consulta e junção aos autos, livros, documentos,
registos, arquivos e outros elementos pertinentes em registos, arquivos e outros elementos pertinentes em
poder das entidades cuja atividade seja objeto da sua poder das entidades cuja atividade seja objeto da sua
ação e que interessem à averiguação dos factos obje- ação e que interessem à averiguação dos factos obje-
to da ação inspetiva; to da ação inspetiva;
8
Decreto-lei n.º 102/2000, de 2 de junho
131
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor Clique
e aceda
b) Levantar autos de notícia e participações, relativa- b) Levantar autos de notícia e participações, relativa-
mente a infrações constatadas no exercício das respe- mente a infrações constatadas no exercício das respe-
tivas competências, podendo ainda levantar autos de tivas competências, podendo ainda levantar autos de
advertência em caso de infrações classificadas como advertência em caso de infrações classificadas como
leves e das quais ainda não tenha resultado prejuízo leves e das quais ainda não tenha resultado prejuízo
grave para a segurança social; grave para a segurança social;
c) Notificar trabalhadores, beneficiários ou não, bem c) Notificar trabalhadores, beneficiários ou não, bem
como entidades empregadoras, que sejam encontra- como entidades empregadoras, que sejam encontra-
dos em situação de infração, podendo igualmente dos em situação de infração, podendo igualmente
proceder à notificação de outros cidadãos, com vista proceder à notificação de outros cidadãos, com vista
à sua inquirição como testemunhas e ou declarantes, à sua inquirição como testemunhas e ou declarantes,
com a faculdade de reduzir a escrito os respetivos de- com a faculdade de reduzir a escrito os respetivos de-
poimentos; poimentos;
d) Direito de acesso livre-trânsito, nos termos da lei, d) Direito de acesso livre-trânsito, nos termos da lei,
pelo tempo e horário necessários ao desempenho das pelo tempo e horário necessários ao desempenho das
suas funções, nas instalações das entidades sujeitas ao suas funções, nas instalações das entidades sujeitas ao
exercício das suas atribuições; exercício das suas atribuições;
e) Obter, das entidades fiscalizadas para apoio nas e) Obter, das entidades fiscalizadas para apoio nas
ações de fiscalização, a cedência de instalações ade- ações de fiscalização, a cedência de instalações ade-
quadas, material e equipamento próprio, bem como a quadas, material e equipamento próprio, bem como a
colaboração de pessoal que se mostre indispensável; colaboração de pessoal que se mostre indispensável;
f) Trocar correspondência, em serviço, com todas as f) Trocar correspondência, em serviço, com todas as
entidades públicas ou privadas sobre assuntos de ser- entidades públicas ou privadas sobre assuntos de ser-
viço da sua competência; viço da sua competência;
g) Requisitar a colaboração necessária das autorida- g) Requisitar a colaboração necessária das autorida-
des policiais e administrativas, para o exercício das des policiais e administrativas, para o exercício das
suas funções. suas funções.
3 - O inspetor do trabalho ou da segurança social, con- 3 - O inspetor do trabalho ou da segurança social, con-
soante os casos, pode, caso assim o entenda, notificar soante os casos, pode, caso assim o entenda, notificar
ou entregar imediatamente ao infrator os instrumen- ou entregar imediatamente ao infrator o instrumento
tos referidos nos n.os 1 e 2. referido no n.º 2.
4 - A notificação ou a entrega deve ser feita com a 4 - A notificação ou a entrega deve ser feita com a
indicação da contraordenação verificada, das medi- indicação da contraordenação verificada, das medi-
das recomendadas ao infrator e do prazo para o seu das recomendadas ao infrator e do prazo para o seu
cumprimento, avisando-o de que o incumprimento cumprimento, avisando-o de que o incumprimento
das medidas recomendadas influi na determinação da das medidas recomendadas influi na determinação da
medida da coima. medida da coima.
Artigo 15.º-A “Procedimento a adotar em caso de inadequação do vínculo que titula a prestação
de uma atividade em condições correspondentes às do contrato de trabalho”
Regime atual Novo regime Entrada
em vigor
1 - Caso o inspetor do trabalho verifique, na relação entre 1 - Caso o inspetor do trabalho verifique, na relação 1 de maio
a pessoa que presta uma atividade e outra ou outras que entre a pessoa que presta uma atividade e outra ou de 2023
dela beneficiam, a existência de características de con- outras que dela beneficiam, a existência de caracte-
trato de trabalho, nos termos previstos no n.º 1 do artigo rísticas de contrato de trabalho, nos termos previstos
12.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, no n.os 3 e 4 do artigo 2.º, lavra um auto e notifica
de 12 de fevereiro, lavra um auto e notifica o empregador o empregador para, no prazo de 10 dias, regularizar
para, no prazo de 10 dias, regularizar a situação, ou se a situação, ou se pronunciar dizendo o que tiver por
pronunciar dizendo o que tiver por conveniente. conveniente.
2 - O procedimento é imediatamente arquivado no 2 - O procedimento é imediatamente arquivado caso
caso em que o empregador faça prova da regulari- o empregador faça prova da regularização da situação
zação da situação do trabalhador, designadamente do trabalhador, designadamente, mediante a apresen-
mediante a apresentação do contrato de trabalho ou tação do contrato de trabalho ou de documento com-
de documento comprovativo da existência do mesmo, provativo da existência do mesmo, reportada à data
reportada à data do início da relação laboral. do início da relação laboral, mas não dispensa a aplica-
ção das contraordenações previstas no n.º 2 do artigo
12.º e no n.º 10 do artigo 12.º-A do Código do Trabalho.
132
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - As testemunhas indicadas pelo arguido na respos- 1 - As testemunhas indicadas pelo arguido na respos- As dispo-
ta escrita devem por ele ser apresentadas na data, na ta escrita devem por ele ser apresentadas na data, na sições dos
hora e no local indicados pela entidade instrutora do hora e no local indicados pela entidade instrutora do meios au-
processo. processo. diovisuais
2 - Os depoimentos prestados nos termos do número 2 - Os depoimentos prestados nos termos do número só entram
anterior podem ser documentados em meios técnicos anterior devem ser preferencialmente realizados atra- em vigor
audiovisuais. vés de meios técnicos audiovisuais. na data da
sua imple-
3 - Os depoimentos ou esclarecimentos recolhidos
mentação
nos termos do número anterior não são reduzidos a 3 - Os depoimentos ou esclarecimentos recolhidos pelos ser-
escrito, nem é necessária a sua transcrição para efei- nos termos do número anterior não são reduzidos a viços.
tos de recurso, devendo ser junta ao processo cópia escrito, nem é necessária a sua transcrição para efei-
das gravações. tos de recurso, devendo ser junta ao processo cópia
das gravações.
133
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - A decisão que aplica a coima e ou as sanções aces- 1 - A decisão que aplica a coima e ou as sanções aces- 1 de maio
sórias contém: sórias contém: de 2023
a) A identificação dos sujeitos responsáveis pela infra- a) A identificação dos sujeitos responsáveis pela infra-
ção; ção;
b) A descrição dos factos imputados, com indicação b) A descrição dos factos imputados, com indicação
das provas obtidas; das provas obtidas;
c) A indicação das normas segundo as quais se pune e c) A indicação das normas segundo as quais se pune e
a fundamentação da decisão; a fundamentação da decisão;
d) A coima e as sanções acessórias. d) A coima e as sanções acessórias.
2 - Da decisão consta também a informação de que: 2 – As sanções aplicadas às contraordenações em con-
a) A condenação se torna definitiva e exequível se não curso são sempre objeto de cúmulo material.
for judicialmente impugnada nos termos dos artigos
32.º a 35.º;
b) Em caso de impugnação judicial, o tribunal pode
decidir mediante audiência ou, caso os sujeitos res-
ponsáveis pela infração, o Ministério Público e o as-
sistente, quando exista, não se oponham, mediante
simples despacho.
3 - A decisão contém ainda a ordem de pagamento 3- Da decisão consta também a informação de que:
da coima no prazo máximo de 10 dias após o carácter
a) A condenação se torna definitiva e exequível se não
definitivo ou o trânsito em julgado da decisão.
for judicialmente impugnada nos termos dos artigos
32.º a 35.º;
b) Em caso de impugnação judicial, o tribunal pode
decidir mediante audiência ou, caso os sujeitos res-
ponsáveis pela infração, o Ministério Público e o as-
sistente, quando exista, não se oponham, mediante
simples despacho.
4 - Não tendo o arguido exercido o direito de defesa 4 - A decisão contém ainda a ordem de pagamento
nos termos do n.º 2 do artigo 17.º e do n.º 1 do artigo da coima no prazo máximo de 10 dias após o carácter
18.º, a descrição dos factos imputados, das provas, e definitivo ou o trânsito em julgado da decisão.
das circunstâncias relevantes para a decisão é feita
por simples remissão para o auto de notícia, para a
participação ou para o auto de infração.
5 - A fundamentação da decisão pode consistir em 5 - Não tendo o arguido exercido o direito de defesa
mera declaração de concordância com fundamentos nos termos do n.º 2 do artigo 17.º e do n.º 1 do artigo
de anteriores pareceres, informações ou propostas de 18.º, a descrição dos factos imputados, das provas, e
decisão elaborados no âmbito do respetivo processo das circunstâncias relevantes para a decisão é feita
de contraordenação. por simples remissão para o auto de notícia, para a
participação ou para o auto de infração.
6 - A fundamentação da decisão pode consistir em
mera declaração de concordância com fundamentos
de anteriores pareceres, informações ou propostas de
decisão elaborados no âmbito do respetivo processo
de contraordenação.
134
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
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Processo especial
Clique
e aceda
Artigo 28.º “Âmbito”
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - A infração classificada como leve ou grave, com 1- A infração cuja factualidade seja passível de ser ve- 1 de maio
valor mínimo legal inferior ou igual ao valor de 10 UC, rificada exclusivamente por informação recolhida em de 2023
segue a forma de processo especial. base de dados pode seguir a forma de processo es-
2 - O processo especial não é aplicável quando o in- pecial.
frator já tenha sido condenado por infração anterior, 2 - O processo especial não é aplicável quando o infra-
sobre a qual ainda não decorreu um prazo superior ao tor já tenha sido condenado anteriormente pela mes-
da prescrição da respetiva coima, contado a partir da ma infração, sobre a qual ainda não tenha decorrido
data da decisão condenatória. um prazo superior ao da prescrição da respetiva coi-
ma, contado a partir da data da decisão condenatória.
135
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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O resultado prático é que a ACT poderá através do Ministério Público impor coercivamente o paga-
mento do valor da coima em disputa na impugnação judicial.
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
1 - A impugnação judicial tem efeito meramente de- 1 - A impugnação judicial tem efeito meramente de- 1 de maio
volutivo. volutivo. de 2023
2 - A impugnação judicial tem efeito suspensivo se o 2 - Revogado.
recorrente depositar o valor da coima e das custas do
processo, no prazo referido no n.º 2 do artigo 33.º, em
instituição bancária aderente, a favor da autoridade
administrativa competente que proferiu a decisão de
aplicação da coima.
3 - O depósito referido no número anterior pode ser 3 - Revogado.
substituído por garantia bancária, na modalidade «à
primeira solicitação».
Entrada
Regime atual Novo regime
em vigor
Sempre que o contrário não resulte da presente lei, 1- As custas processuais relativas à tramitação admi- 1 de maio
são aplicáveis, com as devidas adaptações, as disposi- nistrativa são cobradas à razão de 1, 2 ou 3 unidades de 2023
ções do regulamento das custas processuais9. de conta (UC), de acordo com o escalão de gravidade
de cada uma das contraordenações objeto de decisão
de aplicação de coima, de sanção acessória ou de ad-
moestação.
2- Quando não seja possível determinar o escalão de
gravidade da contraordenação é cobrada 1 UC nos ter-
mos do número anterior.
3- Acrescem ao disposto nos números anteriores os
encargos decorrentes da realização de peritagens e
traduções.
4- As custas processuais são pagas integralmente e de
uma só vez.
5- Os montantes relativos a custas processuais e ou-
tros encargos constituem receita própria das enti-
dades administrativas que procederam à tramitação
processual.
9
Artigo 8.º n.º 7 - É devida taxa de justiça pela impugnação das decisões de autoridades administrativas, no âmbito de
processos contraordenacionais, quando a coima não tenha sido previamente liquidada, no montante de 1 UC, podendo ser
corrigida, a final, pelo juiz, nos termos da tabela iii, que faz parte integrante do presente Regulamento, tendo em considera-
ção a gravidade do ilícito.
8 - A taxa de justiça referida no número anterior é autoliquidada nos 10 dias subsequentes à notificação ao arguido da data de
marcação da audiência de julgamento ou do despacho que a considere desnecessária, devendo ser expressamente indicado
ao arguido o prazo e os modos de pagamento da mesma.
9 - Nos restantes casos a taxa de justiça é paga a final, sendo fixada pelo juiz tendo em vista a complexidade da causa, dentro
136
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
De referir ainda que foi aprovada a interconexão de dados entre a ACT, o Instituto da Segurança
Social, a Autoridade Tributária e Aduaneira, o Instituto dos Registos e do Notariado, o Fundo de Clique
e aceda
O tratamento de dados pessoais ao abrigo desta interconexão de dados, no respeito pelos princípios
e regras previstas na legislação aplicável em matéria de proteção de dados deve ocorrer de forma
gratuita para os intervenientes e deve ser objeto de protocolo que estabeleça as responsabilidades
de cada entidade interveniente, quer no ato de transmissão, quer em outros tratamentos a efetuar,
a celebrar entre a ACT e cada uma das entidades referidas.
(ii) recurso a outsourcing após despedimento coletivo ou despedimento por extinção de posto
de trabalho;
(iv) recrutamento e colocação de trabalhadores por intermédio de agência que não cumpra os
requisitos legais previstos nos nos n.ºs 1, 2 ou 4 do artigo 16.º do Decreto-Lei 260/2009.- Nova
2 - Prevista como contraordenação grave a violação das seguintes regras (a título exemplificativo):
(i) Direito ao luto gestacional;
(ii) Licença, direito a trabalhar a tempo parcial, direito ao trabalho em horário flexível, e dispensa
de prestação de trabalho suplementar por parte do trabalhador cuidador informal;
137
AGENDA DO TRABALHO DIGNO
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
(vii) Aplicação das regras de IRCT da empresa beneficiária de serviços prestados por entidade
terceira para o desempenho de atividades correspondentes ao objeto social da empresa;
(viii) Suspensão preventiva prévia à Nota de culpa no âmbito de processo disciplinar, não justifi-
cada, ou por período superior a 30 dias;
(ix) Pagamento da compensação e créditos laborais até ao termo do aviso prévio, em caso de
despedimento por extinção do posto de trabalho;
138
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Índice
Código do Trabalho
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Livro II - Responsabilidades penal e contraordenacional
Responsabilidade penal
As pessoas coletivas e entidades equiparadas são responsáveis, nos termos gerais, pelos crimes
previstos no presente Código.
Responsabilidade contraordenacional
a) Não apresentar ao serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área labo-
ral documento ou outro registo por este requisitado que interesse ao esclarecimento de qualquer
situação laboral;
b) Ocultar, destruir ou danificar documento ou outro registo que tenha sido requisitado pelo serviço
referido na alínea anterior.
139
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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2 - Quando um tipo contraordenacional tiver por agente o empregador abrange também a pessoa
coletiva, a associação sem personalidade jurídica ou a comissão especial. Clique
e aceda
3 - Se o infrator for pessoa coletiva ou equiparada, respondem pelo pagamento da coima, solidaria-
mente com aquela, os respetivos administradores, gerentes ou diretores.
4 - O contratante e o dono da obra, empresa ou exploração agrícola, bem como os respetivos ge-
rentes, administradores ou diretores, assim como as sociedades que com o contratante, dono da
obra, empresa ou exploração agrícola se encontrem em relação de participações recíprocas, de
domínio ou de grupo, são solidariamente responsáveis pelo cumprimento das disposições legais e
por eventuais violações cometidas pelo subcontratante que executa todo ou parte do contrato nas
instalações daquele ou sob responsabilidade do mesmo, assim como pelo pagamento das respetivas
coimas.
a) Se praticada por empresa com volume de negócios inferior a (euro) 10 000 000, de 2 UC a 5 UC
em caso de negligência e de 6 UC a 9 UC em caso de dolo;
b) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 10 000 000, de 6
UC a 9 UC em caso de negligência e de 10 UC a 15 UC em caso de dolo.
140
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a) Se praticada por empresa com volume de negócios inferior a (euro) 500 000, de 6 UC a 12 UC
em caso de negligência e de 13 UC a 26 UC em caso de dolo; Clique
e aceda
b) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 500 000 e inferior
a (euro) 2 500 000, de 7 UC a 14 UC em caso de negligência e de 15 UC a 40 UC em caso de dolo;
c) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 2 500 000 e in-
ferior a (euro) 5 000 000, de 10 UC a 20 UC em caso de negligência e de 21 UC a 45 UC em caso
de dolo;
d) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 5 000 000 e infe-
rior a (euro) 10 000 000, de 12 UC a 25 UC em caso de negligência e de 26 UC a 50 UC em caso
de dolo;
e) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 10 000 000, de 15
UC a 40 UC em caso de negligência e de 55 UC a 95 UC em caso de dolo.
4 - Os limites mínimo e máximo das coimas correspondentes a contraordenação muito grave são
os seguintes:
a) Se praticada por empresa com volume de negócios inferior a (euro) 500 000, de 20 UC a 40 UC
em caso de negligência e de 45 UC a 95 UC em caso de dolo;
b) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 500 000 e inferior a
(euro) 2 500 000, de 32 UC a 80 UC em caso de negligência e de 85 UC a 190 UC em caso de dolo;
c) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 2 500 000 e infe-
rior a (euro) 5 000 000, de 42 UC a 120 UC em caso de negligência e de 120 UC a 280 UC em caso
de dolo;
d) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 5 000 000 e in-
ferior a (euro) 10 000 000, de 55 UC a 140 UC em caso de negligência e de 145 UC a 400 UC em
caso de dolo;
e) Se praticada por empresa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 10 000 000, de 90
UC a 300 UC em caso de negligência e de 300 UC a 600 UC em caso de dolo.
6 - Caso a empresa não tenha atividade no ano civil anterior ao da prática da infração, considera-
-se o volume de negócios do ano mais recente.
7 - No ano de início de atividade são aplicáveis os limites previstos para empresa com volume de
negócios inferior a (euro) 500 000.
8 - Se o empregador não indicar o volume de negócios, aplicam-se os limites previstos para em-
presa com volume de negócios igual ou superior a (euro) 10 000 000.
141
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balhadores ao serviço ou, sendo pessoa singular, não exerça uma atividade com fins lucrativos
corresponde o valor de coimas previsto nos números seguintes.
2 - Considera-se que a violação da lei afeta uma pluralidade de trabalhadores quando estes, no exer-
cício da respetiva atividade, foram expostos a uma situação concreta de perigo ou sofreram dano
resultante de conduta ilícita do infrator.
4 - Se, com a infração praticada, o agente obteve um benefício económico, este deve ser tido em
conta na determinação da medida da coima nos termos do disposto no artigo 18.º do regime geral
das contraordenações, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 244/95, de 14 de Setembro.
142
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são ainda atendíveis a medida do incumprimento das recomendações constantes de auto de adver-
tência, a coação, falsificação, simulação ou outro meio fraudulento usado pelo agente.
3 - Cessando o contrato de trabalho, no caso de o arguido cumprir o disposto no artigo 245.º e pro-
ceder ao pagamento voluntário da coima por violação do disposto no n.º 1 ou 5 do artigo 238.º, no n.º
1, 4 ou 5 do artigo 239.º ou no n.º 1, 2 ou 3 do artigo 244.º, esta é liquidada pelo valor correspondente
à contraordenação leve.
2 - Em caso de reincidência, os limites mínimo e máximo da coima são elevados em um terço do res-
petivo valor, não podendo esta ser inferior ao valor da coima aplicada pela contraordenação anterior
desde que os limites mínimo e máximo desta não sejam superiores aos daquela.
Cumpre-nos referir que a Lei n.º 13/2023, de 3 de abril apresenta no Artigo 32.º as seguintes “Dis-
posições transitórias”:
1 - O n.º 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro, mantém -se em vigor até
à entrada em vigor do decreto regulamentar previsto na subalínea i) da alínea a) do n.º 4 do artigo
5.º do referido decreto -lei.
143
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4 - Ficam suspensas, durante a vigência do acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos,
dos salários e da competitividade, as obrigações relativas ao FGCT, previstas nos n.os 6, 8 a 11 do
artigo 8.º, nos n.os 2 a 6 do artigo 11.º, e nos artigos 13.º e 49.º da Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto.
5 - Ficam suspensas, até à entrada em vigor das alterações aos regimes jurídicos do fundo de com-
pensação do trabalho, as obrigações relativas ao FCT, previstas nos n.os 1 a 7, 10 e 11 do artigo 8.º,
nos n.os 1, 3 a 6 do artigo 11.º, nos n.os 2 e 3 do artigo 11.º -A, nos n.os 2 e 3 do artigo 11.º -B, nos
artigos 13.º e 35.º e nos n.os 1 a 4, 7 a 9 e 11 do artigo 36.º da Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto.
a) O n.º 5 do artigo 5.º, os n.os 5 e 6 do artigo 127.º e o n.º 5 do artigo 433.º do Código do Trabalho;
c) O n.º 3 do artigo 5.º, os n.os 3 e 4 do artigo 9.º, o n.º 1 do artigo 10.º e os n.os 2 e 3 do artigo 35.º
da Lei n.º 107/2009, de 14 de setembro;
d) O artigo 4.º, os n.os 1, 2 e 4 do artigo 8.º, o n.º 2 do artigo 10.º, os artigos 12.º, 16.º, 18.º a 23.º e 25.º,
as alíneas a), b) e e) do n.º 1 e o n.º 2 do artigo 28.º, os artigos 34.º e 35.º e o n.º 3 do artigo 36.º do
Decreto -Lei n.º 235/92, de 24 de outubro;
2 - O constante da nova redação dada ao n.º 1 do artigo 366.º do Código do Trabalho, apenas se
aplica ao período da duração da relação contratual contado do início da vigência e produção de
efeitos da presente lei.
144
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perativas do Código do Trabalho devem ser alteradas na primeira revisão que ocorra nos 12 meses
posteriores à entrada em vigor da presente lei, sob pena de nulidade. Clique
e aceda
5 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3, é instituído um período transitório, até 1 de janeiro de 2024,
para alteração das disposições de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho contrárias ao
regime de pagamento de trabalho suplementar aprovado pela presente lei.
6 - O regime estabelecido no Código do Trabalho, com a redação dada pela presente lei, não se apli-
ca aos contratos de trabalho a termo resolutivo, no que respeita à sua admissibilidade, renovação
e duração, e à renovação dos contratos de trabalho temporário, uns e outros celebrados antes da
entrada em vigor da referida lei.
No Artigo 36.º a “Autorização legislativa no âmbito da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas”:
1 - O Governo fica autorizado a alterar a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovada em
anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
2 - A autorização legislativa referida no número anterior tem como sentido e extensão aplicar
ao vínculo de emprego público o disposto na presente lei quanto às condições de trabalho transpa-
rentes e previsíveis na União Europeia e à conciliação entre a vida profissional e a vida familiar
1 - O presente diploma entra em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao da sua publicação.
3 - Os artigos 500.º, 500.º -A, 501.º, 501.º -A, 502.º, 510.º, 511.º, 512.º e 513.º do Código do
145
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Principal
- Mapa de férias – Artigo 241.º n.º 9 CT; afixação permanente, entre 15 de abril e 31 de outubro.
- Indicação do Instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho (se aplicável) – Artigo 480.º n.º
1 CT; afixação permanente.
- Informação relativa aos direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não discrimi-
nação – Artigo 24.º n.º 4 CT; afixação permanente.
- Informação referente ao direito de parentalidade – Artigo 127.º n.º 4 CT; afixação permanente.
- Disposições legais relativas a direitos e obrigações do sinistrado e dos responsáveis – Artigo 177.º
n.º 1 da Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro; afixação permanente.
Secundário
- Alteração do horário de trabalho, caso tal alteração seja de duração superior a uma semana – Artigo
217.º n.º 2 CT; afixação com a antecedência de 7 dias, ou 3 dias, no caso de microempresas.
- Código de Boa Conduta para a prevenção e combate ao assédio no trabalho em empresa com 7 ou
mais trabalhadores - Artigo 127.º n.º 1 alínea k); afixação durante a vigência.
- Regulamento interno (caso exista) – Artigo 99.º n.º 3 CT; afixação permanente.
- Despacho e decisão do Tribunal Arbitral que definem os serviços mínimos, a assegurar em período
de greve – Artigo 538.º n.º 6 CT; afixação após a sua comunicação aos representantes dos trabalha-
dores e aos empregadores.
- Utilização de meios eletrónicos de vigilância à distância (caso existam tendo por finalidade a pro-
teção e segurança de pessoas e bens ou quando particulares exigências inerentes à natureza da
atividade o justifiquem) – Artigo 20.º n.º 3 CT; afixação permanente.
10
https://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/afixacoesobrigatorias/Paginas/default.aspx
146
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- Adesão ao Fundo de compensação do trabalho ou mecanismo equivalente – Artigo 127.º n.º 5- esta
obrigação vai ser revogada com entrada em vigor da Agenda do Trabalho Digno, em 1 de maio, mas
para os contratos celebrados em data anterior a 1 de maio tem de ser mantida a evidência do cum-
primento da comunicação à ACT.
- Relatório Único (inclui trabalho suplementar e contratos a termo) – Portaria n.º 55/2010, de 21 de
janeiro; deve ser comunicado entre 16 de março e 15 de abril.
Secundário:
- Acidente de trabalho mortal ou grave – Artigo 111.º n.º 1 da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro; o
empregador deve comunicar à ACT os acidentes mortais, bem como aqueles que evidenciem lesão
física grave, nas 24 horas a seguir à ocorrência; no caso de construção civil – artigo 24.º n.º 1 do De-
creto-lei n.º 273/2003, de 29 de outubro; no caso de trabalho a bordo dos navios de pesca – Artigo
8.º nº 1 do Decreto-Lei n.º 116/97, de 12 de maio; no caso de indústrias extrativas por perfuração a céu
aberto ou subterrâneas – artigo 9.º, n.º 1 do Decreto-lei n.º 324/95, de 29 de novembro.
- Autorização para alargamento do período de laboração – Artigo 16.º n.º 2 da Lei n.º 105/2009, de 14
de setembro; solicitada quando o Empregador pretenda optar por esta modalidade de laboração.
- Autorização para laboração contínua – Artigo 16.º n.º 3 da Lei n.º 105/2009, de 14 de setembro; soli-
citada quando o Empregador pretenda optar por esta modalidade de laboração.
- Decisão de despedimento por extinção de posto de trabalho – Artigo 371.º n.º 3 CT; comunicação
com antecedência mínima, relativamente à data de cessação do contrato de: a) 15 dias, no caso de
trabalhador com antiguidade inferior a um ano; b) 30 dias, no caso de trabalhador com antiguidade
igual ou superior a um ano e inferior a cinco anos; c) 60 dias, no caso de trabalhador com antigui-
dade igual ou superior a cinco anos e inferior a 10 anos; d) 75 dias, no caso de trabalhador com
antiguidade igual ou superior a 10 anos.
- Autorização para redução ou exclusão de intervalo de descanso - Artigo 213.º n.º 3 CT; deve ser
solicitada antes da alteração.
11
https://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/ComunicacoeseAutorizacoesObrigatorias/Paginas/default.aspx
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comunicação da admissão é anterior ao início do contrato e a cessação nos 15 dias seguintes- obri-
gação revogada pela Lei n.º 13/2023, de 3 de abril, mas deve ser mantida a evidência de comunica-
ções de data anterior a 1 de maio de 2023.
- Comunicação de trabalho de menores – Artigo 68.º n.º 3 e 69.º n.º 4 CT; a comunicação é feita nos
8 dias subsequentes à data de admissão do menor.
- Comunicação de trabalho domiciliário – Artigo 12.º n.º 3 da Lei n.º 101/2009, de 8 de setembro;
comunicação anual entre 1 de outubro e 30 de novembro.
- Comunicação de trabalho temporário – Artigo 10.º n.º 3 Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setem-
bro (A empresa de trabalho temporário deve comunicar, a identidade dos trabalhadores a ceder
para o estrangeiro, o utilizador, o local de trabalho, o início e o termo previsíveis da deslocação, bem
como a constituição da caução e a garantia das prestações médicas, medicamentosas e hospitala-
res); a comunicação deve ser feita com 5 dias de antecedência.
- Comunicação de trabalhos com agentes biológicos do grupo 2,3 e 4 – Artigo 5.º do Decreto-Lei n.º
84/97, de 16 de abril; a comunicação deve ser feita 30 dias antes do início da atividade.
- Dispensa de serviços internos de segurança e saúde no trabalho – Artigo 80.º Lei n.º 102/2009, de
10 de setembro; a autorização é anterior ao início da atividade.
- Notificação de atividades com exposição ao amianto- Artigo 3.º n.º 1, 2 e 3; a comunicação é feita
com pelo menos 30 dias antes do início das atividades.
- Comunicação da dispensa de utilização de EPI para trabalhadores que realizem operações especiais
com exposição ao ruído e isenção total, parcial ou temporária da utilização de sinalização de segu-
rança luminosa ou acústica – a comunicação é feita ocasionalmente, antes do início das atividades.
- Comunicação prévia de abertura de estaleiro (realizada pelo dono de obra) – Artigo 15.º n.º 1 e 2
Decreto-lei n.º 273/2003, de 29 de outubro; a comunicação é feita antes do início dos trabalhos.
- Alterações à comunicação prévia de abertura de estaleiro (realizada pelo dono de obra) – Artigo
15.º n.º 4 Decreto-lei n.º 273/2003, de 29 de outubro; a comunicação é feita nas 48 horas seguintes
e com atualizações mensais.
148
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núncia, a denúncia do contrato de trabalho durante o período experimental sempre que estiver em
causa uma trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, um trabalhador no gozo de licença parental
ou trabalhador cuidador- Artigo 114.º CT.
2 - A entidade empregadora deve comunicar, com a antecedência mínima de cinco dias úteis à data
do aviso prévio, o motivo da não renovação de contrato de trabalho a termo sempre que estiver em
causa uma trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, um trabalhador no gozo de licença parental
ou trabalhador cuidador – Artigo 144.º CT.
Numa ação de fiscalização, a ACT pode solicitar a apresentação de documentos ou registos que
comprovem a atuação da entidade empregadora em conformidade legal.
- Comunicação do início de atividade à ACT (adesão ao FCT) – Artigo 127.º n.º 5. (foi revogado mas aa
ACT pode solicitar esta informação anterior a maio de 2023)
- Registo dos Trabalhadores – Artigo 127.º n.º 1 alínea j) (tem de estar disponível e atualizado em cada
estabelecimento).
- Registo do número de horas prestadas por trabalhador por dia, com indicação de início e termo –
Artigo 202.º (tem de estar disponível e atualizado em cada estabelecimento).
- Registo de trabalho suplementar – Artigo 231.º (tem de estar disponível e atualizado em cada es-
tabelecimento).
- Recibos de retribuição – Artigos 276.º n.º 3 e 177.º n.º 2 da Lei 98/2009 (devem ser entregues ao
trabalhador).
149
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- Informação escrita aos trabalhadores sobre as condições do contrato de trabalho – Artigo 106.º
- Obrigação especial dos empregadores disponibilizarem à ACT, sempre que solicitadas, informações
decorrentes do cumprimento dos artigos 106.º e 107.º do Código do Trabalho – n.º 5 e 6 do artigo 107.º
CT (Norma sem sanção contraordenacional)
3 - Previsto no Decreto-Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro de 2009 (Código dos Regimes Contri-
butivos do Sistema Previdencial de Segurança Social)
- Fichas de aptidão dos últimos exames de saúde dos trabalhadores – Artigo 110.º.
- Lista de acidentes de trabalho e de doenças profissionais – Artigo 98.º n.º 2 alínea b).
150
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- Identificação dos trabalhadores responsáveis pela estrutura interna de primeiros socorros, comba-
te a incêndios e evacuação de instalações – Artigos 15.º n.º 9 e 75.º.
6 - Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro (Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva
n.º 2001/45/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de junho, relativa às prescrições
mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de tra-
balho)
- Plano de segurança e saúde em projeto e/ou em obra – Artigos 5.º, 6.º e 11.º
151
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9 - Decreto-Lei n.º 290/2001, de 16 de novembro (transpõe para o ordenamento jurídico interno
a Diretiva n.º 98/24/CE, do Conselho, de 7 de abril, relativa à proteção da segurança e saúde dos
trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes químicos no trabalho, bem como
as Diretivas n.os 91/322/CEE, da Comissão, de 29 de maio, e 2000/39/CE, da Comissão, de 8 de
junho, sobre valores limite de exposição profissional a agentes químicos)
152
7.
IEFP
[Página propositadamente em branco]
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7. IEFP
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1. ESTÁGIOS ATIVAR.PT
Objetivos:
• Complementar e desenvolver as competências dos desempregados, nomeadamente dos jo-
vens, de forma a melhorar o seu perfil de empregabilidade, através de experiência prática em
contexto de trabalho;
• Promover o conhecimento sobre novas formações e competências junto das empresas e promo-
ver a criação de emprego em novas áreas;
Em que consiste:
Realização de um estágio regra geral com a duração de 9 meses, não prorrogáveis, tendo em vista
promover a inserção de jovens no mercado de trabalho ou a reconversão profissional de desem-
pregados. A duração pode ser de 6 ou 12 meses, em situações excecionais previstas na legislação.
Destinatários:
Os jovens desempregados inscritos no IEFP com idade igual ou superior a 18 anos e menor ou igual a
30 anos, com uma qualificação de nível 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ ).
São também elegíveis outros desempregados inscritos no IEFP, nomeadamente, pessoas com defi-
ciência e incapacidade, pessoas que integrem família monoparental, vítimas de violência doméstica,
refugiados e beneficiários de proteção temporária, pessoas em situação de sem-abrigo entre outros.
Entidades promotoras:
Pessoas singulares ou coletivas, de natureza jurídica privada, com ou sem fins lucrativos.
155
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O estagiário tem ainda direito a Refeição ou subsídio de alimentação, Seguro de acidentes de Traba-
lho e em casos especiais, transporte ou subsídio de transporte.
Prémio ao Emprego
Caso na conclusão do estágio seja celebrado com o estagiário um contrato de trabalho sem termo,
é concedido à entidade promotora um prémio ao emprego no valor de:
• 2 vezes a retribuição base mensal nele prevista, até ao limite de 5 vezes o valor do IAS;
Candidatura:
Os períodos de abertura e encerramento de candidaturas à medida, a realizar anualmente, são defi-
nidos pelo IEFP e divulgados em www.iefp.pt.
Para o ano de 2023, prevê a realização de 2 períodos de candidatura regulares, nas seguintes datas:
Legislação:
Portaria n.º 293/2022, de 12 de dezembro
Informação adicional:
Estágios – Estágios ATIVAR.PT
156
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Em que consiste:
Atribuição à entidade empregadora, de um apoio financeiro relativo à contratação sem termo de
desempregados inscritos no IEFP, conjugado com um apoio financeiro ao pagamento de contribui-
ções para a segurança social, no primeiro ano de vigência dos contratos de trabalho apoiados.
Entidades candidatas:
Pessoa singular ou pessoa coletiva, de natureza jurídica privada, com ou sem fins lucrativos.
Destinatários:
Desempregados inscritos no IEFP há pelo menos 6 meses consecutivos ou que se encontrem numa
destas situações:
• Inscritos há pelo menos 2 meses consecutivos se tiverem idade igual ou inferior a 35 anos ou dade
igual ou superior a 45 anos.
Apoios financeiros:
- Apoio financeiro à contratação
Apoio à contratação
Montante do apoio
Apoio simples, sem qualquer majoração 12 IAS € 5.765,16
Com majoração por contratação de jovem com idade igual ou inferior a 35 anos 12 IAS x 1,25 € 7.206,45
Com majoração por celebração de contrato com remuneração base igual ou supe-
12 IAS x 1,25 € 7.206,45
rior a duas vezes o valor da RMMG (2 RMMG)
Com majoração por localização em território do interior 12 IAS x 1,25 € 7.206,45
Com majoração por ser parte em IRCT negocial 12 IAS x 1,25 € 7.206,45
Com majoração por contratação de pessoa com deficiência e incapacidade 12 IAS x 1,35 € 7.782,97
Com majoração de promoção da igualdade de género no mercado de trabalho 12 IAS x 1,3 € 7.494,71
Apoio máximo (incluindo todas as majorações cumuláveis, até ao limite de três
12 IAS x 2,15 € 12.395,09
+ majoração de igualdade de género)
157
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O apoio à contratação pode ter um limite de 3 majorações, podendo ainda acumular a majoração da
medida Promoção de Igualdade de Género no Mercado de Trabalho. Clique
e aceda
• A celebração de contrato de trabalho sem termo, a tempo completo ou a tempo parcial, com
desempregado inscrito no IEFP;
• A criação líquida de emprego e a manutenção do nível de emprego atingido por via do apoio,
durante pelo menos, 24 meses a contar do primeiro mês de vigência do contrato apoiado;
Candidatura:
Os períodos de abertura e encerramento de candidaturas são definidos por deliberação do conselho
diretivo do IEFP e divulgados no sítio eletrónico www.iefp.pt.
Legislação:
Portaria n.º 38/2022, de 17 de janeiro alterada pela Portaria n.º 106/2022, de 3 de março
Informação adicional:
Apoios à contratação – Compromisso Emprego Sustentável
Em que consiste:
• Apoio financeiro à mobilidade geográfica no mercado de trabalho, nas seguintes modalidades:
158
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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• Para trabalhadores que celebrem contratos de trabalho ou criem o seu próprio emprego ou
empresa, cujo local de trabalho implique a sua mobilidade geográfica para território do interior; Clique
e aceda
Destinatários:
Entre outros:
• Cidadãos nacionais de países da União Europeia, da Suíça e do Espaço Económico Europeu, bem
como nacionais de países terceiros, desde que cumpridos os requisitos de entrada e permanência
previstos na Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, na sua atual redação, ou na demais legislação aplicável,
incluindo os beneficiários de proteção temporária;
• Trabalhadores independentes.
Apoios financeiros:
Síntese dos apoios a conceder
Candidatura:
A candidatura pode ser efetuada no prazo máximo de 180 dias consecutivos após o início do contrato
de trabalho, criação do próprio emprego ou empresa, ou ainda da transferência do local de trabalho.
Candidatura aberta, sendo efetuada por submissão eletrónica, através do portal iefponline (https://
iefponline.iefp.pt).
Legislação
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2020, de 27 de março
Informação adicional:
Mobilidade geográfica – Emprego Interior MAIS
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4 - EMPREENDE XXI
Clique
e aceda
Objetivos:
• Apoiar a criação de empresas, especialmente por jovens empresários em áreas de elevado valor
acrescentado
Destinatários:
Todas as pessoas que tenham uma ideia de negócio financeiramente viável que estejam inscritas ou
que se inscrevam IEFP.
Apoios financeiros:
- Apoio financeiro ao investimento para a criação de empresas
• Apoio financeiro, até 85 % do total do investimento elegível, nas seguintes modalidades:
- Majorações do apoio
O subsídio não reembolsável, até ao limite de 40 % do investimento elegível, é majorado nas seguin-
tes situações:
• 2,5 %, por posto de trabalho criado para contratos de trabalho sem termo destinado a pessoa
com qualificação de nível 5 a 7, ou em 5 %, com qualificação de nível 8, de acordo com o Quadro
Nacional de Qualificações, até ao limite de 15 % do valor do subsídio não reembolsável;
• 2,5 % por posto de trabalho criado para contratos de trabalho sem termo e preenchido por de-
sempregados inscritos no IEFP, até ao limite de 30 % do valor do subsídio não reembolsável.
• Apoio financeiro, sob a forma de subsídio não reembolsável, até ao montante de 15 vezes o valor
do IAS por destinatário promotor que crie o seu posto de trabalho a tempo inteiro, até ao limite
de cinco postos de trabalho objeto de apoio.
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de 200 000,00 €.
Outros apoios:
• Formação profissional para o desenvolvimento de competências empreendedoras, ou de outras
áreas de competências identificadas como relevantes para o projeto.
• Bootcamps.
• Incubação da empresa.
Candidatura:
As candidaturas podem ser apresentadas até dia 31 de dezembro de 2023 na plataforma Empreende
XXI.
Legislação
• Portaria n.º 44/2023, de 10 de fevereiro
Informação adicional:
Empreendedorismo-Empreende XXI
5 - CURSOS DE APRENDIZAGEM
5.1 - CURSOS DE APRENDIZAGEM +
Objetivos:
Desenvolvimento de cursos de formação profissional, pós-secundário, com vista à melhoria dos ní-
veis de empregabilidade dos formandos, e à (re)integração no mercado de trabalho, bem como ao
prosseguimento de estudos, nomeadamente de nível superior.
Requisitos de acesso:
≥ 18 anos e ≤ 29 anos
• Nível básico de educação e que estejam a frequentar uma modalidade de educação ou formação
ou um processo de reconhecimento, validação e certificação de competências de nível secundá-
rio, ou
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Duração da formação:
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e aceda
De 1325 e 1675 horas, o que corresponde a cerca de 1 ano (considerando a duração máxima
Certificação:
Apoios:
• Bolsa para material de estudo: Valor fixado de acordo com o abono de família
Enquadramento Legal:
Portaria n.º 70/2022, de 2 de fevereiro, retificada pela Declaração de Retificação n.º 10/2022, de 9
de março
Informação adicional:
Modalidades de Formação - IEFP, I.P.
Requisitos de acesso:
≥ 18 anos
• Nível básico de educação e que estejam a frequentar uma modalidade de educação ou formação ou
um processo de reconhecimento, validação e certificação de competências de nível secundário, ou
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Duração da formação:
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De 1225 e 1560 horas, a que corresponde a um ano ou um ano e meio de formação e aceda
Certificação:
Qualificação profissional de nível 5
Apoios:
• Bolsa de profissionalização: 50% ou 65% do IAS(1)
(1) O valor mensal de bolsa de formação para pessoas desempregadas ou em risco de desemprego é de 50% do IAS, sendo
que este valor pode ascender a 65%, quando forem destinatários pessoas com deficiência ou incapacidade.
Enquadramento Legal:
Decreto-Lei n.º 88/2006, de 23 de maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 39/2022,
de 31 de maio
Informação adicional:
Modalidades de Formação - IEFP, I.P.
6 - JOVEM + DIGITAL
Objetivos:
visa o desenvolvimento de competências digitais em tecnologias e aplicações digitais, com vista a
uma maior qualificação do emprego, à resposta a necessidades atuais e prospetivas do mercado de
trabalho e, como tal, ao desenvolvimento de uma economia de maior valor acrescentado. Destina-se
assim à obtenção de competências específicas na área digital e contribui para o reforço de compe-
tências profissionais de jovens adultos com vista a melhorar o seu grau de empregabilidade.
Requisitos de acesso:
≥ 18 anos e ≤ 35 anos
Sejam detentores do 12.º ano de escolaridade completo ou de habilitação de nível superior ou não
tenham concluído o ano terminal do ciclo formativo de nível secundário ou estejam a realizar pro-
cessos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) de nível secundário.
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Duração da formação:
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≤ 350 horas e aceda
Certificação:
As UFCD concluídas com aproveitamento são objeto de certificação no âmbito do Sistema Nacional
de Qualificações, conforme modelos aprovados pela citada Portaria n.º 250-A/2020, de 23 de outu-
bro, através do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), podendo
dar lugar:
• à emissão de um certificado de qualificações parcial, no caso de não terem sido concluídas todas
as UFCD do percurso de formação.
Apoios:
• Bolsa de formação: 50% ou 65% do IAS(1)
(1) O valor mensal de bolsa de formação para pessoas desempregadas ou em risco de desemprego é de 50% do IAS, sendo
que este valor pode ascender a 65%, quando forem destinatários pessoas com deficiência ou incapacidade.
Enquadramento Legal:
Portaria n.º 250-A/2020, de 23 de outubro
Informação adicional:
Iefponline - Programa Jovem + Digital
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conjunto de projetos formação definidos em função das necessidades dos trabalhadores a que os
mesmos se destinam e do respetivo setor de atividade. Clique
e aceda
Requisitos de acesso:
Trabalhadores, independentemente do seu nível de proficiência digital, de entidades empregadoras,
sendo prioritários trabalhadores que participem nos processos de transformação digital ou organiza-
ções do setor da economia social; com baixos níveis de proficiência digital; em risco de desempre-
go, decorrente do impacto da introdução das tecnologias; do sexo sub-representado na profissão
exercida, nos termos previstos no Código do Trabalho.
Duração da formação:
Variável, de acordo com o projeto específico da formação à medida, em resultado do diagnóstico
de necessidades de formação.
Certificação:
As UFCD concluídas com aproveitamento são objeto de certificação no âmbito do Sistema Nacional
de Qualificações, conforme modelos aprovados pela citada Portaria n.º 250-A/2020, de 23 de outu-
bro, através do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), podendo
dar lugar:
• à emissão de um certificado de qualificações parcial, no caso de não terem sido concluídas todas
as UFCD do percurso de formação.
Apoios:
• Apoio à alimentação: igual ao dos trabalhadores em funções públicas (condicionada à formação
em horário pós-laboral e tenha 3 horas ou mais/dia)
• Seguro de Acidentes Pessoais (nos casos em que a formação decorra em horário pós-laboral)
Enquadramento Legal:
Despacho n.º 12093-A/2022, de 14 de outubro
Informação adicional:
Formação Emprego + Digital - IEFP, I.P.
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para uns e o estímulo à criação de novo emprego, para outros, no âmbito da aceleração da transição
e eficiência energética. Clique
e aceda
Requisitos de acesso:
• Trabalhadores das empresas e de outras entidades empregadoras, afetadas direta ou indiretamen-
te pelo aumento dos custos de energia;
Duração da formação:
Variável, de acordo com o projeto específico da formação à medida, em resultado do diagnóstico
de necessidades de formação.
Certificação:
As UFCD concluídas com aproveitamento são objeto de certificação no âmbito do Sistema Nacional
de Qualificações, conforme modelos aprovados pela citada Portaria n.º 250-A/2020, de 23 de outu-
bro, através do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), podendo
dar lugar:
• à emissão de um certificado de qualificações parcial, no caso de não terem sido concluídas todas
as UFCD do percurso de formação.
Apoios:
Desempregados:
• Bolsa de formação: RMMG quando se trate de formando com o nível 5 de qualificação do QNQ ou
superior, ou 85 % da RMMG, nas restantes situações
• Trabalhadores:
• Apoio à alimentação: igual ao dos trabalhadores em funções públicas (formação em horário pós-
-laboral e com 3 horas ou mais/dia)
• Empresas:
• Apoio extraordinário no valor equivalente a 50% do indexante dos apoios sociais (IAS), por traba-
lhador abrangido.
Enquadramento Legal:
Resolução do Conselho de Ministros n.º 87/2022, de 4 de outubro
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9 - FORMAÇÃO MODULAR
Objetivos:
As formações modulares permitem atualizar e aperfeiçoar os conhecimentos teóricos e práticos da
população portuguesa adulta, bem como elevar os seus níveis de habilitação escolar e profissional.
Requisitos de acesso:
≥ 18 anos (empregados ou desempregados)
Duração da formação:
Desenvolvimento de ações de formação de duração variável, de curta e média duração, definidas
pelas entidades formadoras, de acordo com o diagnóstico de necessidades de formação, para uma
resposta à (re)integração no mercado de trabalho.
Certificação:
Após a conclusão, com aproveitamento, de um curso de formação no âmbito desta modalidade, é
emitido um certificado de qualificações que discrimina todas as unidades de competência ou de
formação de curta duração, concluídas com aproveitamento. A formação modular certificada é capi-
talizável para a obtenção de uma, ou mais do que uma, qualificação de nível 1, 2, 3, 4 ou 5 do Quadro
Nacional de Qualificações (QNQ ) que integre o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ ). Podem
ainda ser capitalizáveis para um, ou mais do que um, percurso de curta e média duração constantes
no CNQ .
Apoios:
Desempregados
• Empregados
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• Seguro de Acidentes Pessoais (nos casos em que a formação decorra em horário pós-laboral)
Clique
e aceda
(1) O valor mensal de bolsa de formação para pessoas desempregadas ou em risco de desemprego é de 50% do IAS, sendo
que este valor pode ascender a 65%, quando forem destinatários pessoas com deficiência ou incapacidade.
Enquadramento Legal:
Portaria n.º 66/2022, de 1 de fevereiro, retificada pela Declaração de Retificação n.º 11/2022, de 14
de março
Informação adicional:
Modalidades de Formação - IEFP, I.P.
Requisitos de acesso:
≥ 18 anos
Duração da formação:
≤ 2145 horas
Certificação:
• Cursos EFA de nível básico
• Cursos EFA de nível secundário: 12º ano de escolaridade e/ou nível 4 de qualificação
Apoios:
Desempregados
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• Empregados
• Seguro de Acidentes Pessoais (nos casos em que a formação decorra em horário pós-laboral
(1) O valor mensal de bolsa de formação para pessoas desempregadas ou em risco de desemprego é de 50% do IAS, sendo
que este valor pode ascender a 65%, quando forem destinatários pessoas com deficiência ou incapacidade.
Enquadramento Legal:
Portaria n.º 86/2022, de 4 de fevereiro, retificada pela Declaração de Retificação n.º 9/2022, de 14
de março
Informação adicional:
Modalidades de Formação - IEFP, I.P.
Para informações mais detalhadas sobre estas medidas de emprego e formação profissional:
Contacte a linha de apoio: 300 010 001 ou 215 803 555 (dias úteis das 9h00 às 19h00)
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