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STA MULTIDISCIPLINAR da Universidade Téecni oa ere ve Lo NEU ORC RECeOn Une ee NSTI eee NS OOO eRe ren Philippe th ener at Rant) ee SOS Caen REL tie Net Gea? COMO SE PRODLZ.0 CONHECIMENTO TO RUe RNa erent Se een Peo COU Carne) ae PENN RC eRe ene Rees ENON} sna Vie SUSUR LOCOCO ar eRe ane DOO econ te Oe eC Ty in NUN nem SOC eee CCE nett ORNL RCcirrerN Te arena coe uae NS eee Nee Eee ene rte Tee DESIGNACOES NGS eC OER Catena Con es ESTEINCaNG NCGS a Oe eon ene Pan ren Oe eo eer Done DIS eC Eee CORE CNN eRe tT an \ AUTODESTRUICAO REVISITADA DO MONOPOLIO DE BEM Pr Tae INNOVATION IN THE PORTUGUESE MANUFACTURING INDUSTRY (0 FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR UNIVERSITARIO PUBLICO. EON CCST eer RT Oe CCRT eT ROONEY Tare eae On na TTA SINAC Pras) RSE Tce na sence CONN ON Te APOIOS ‘Reitorn da Universidade Técnica de Lisboa (UTL), Reltoria da Universidade da Beira Interlor (UBD), Retoriada Universidade de Evora (UE), Facakade de Medicina Vetriniia (FMVIUTL), Inala Supenor de Agroneens (USA/UTL}: Instiato Superior de Ezonomia e Gest (SEGIUTL); isto Superior de Ciencias Soci Pola {(SCSP/UTL)- Faculdade de Motrcidade Humana (FMHY/UTL); Faculdade de Arquectra ATUL) FET Fundagio para a Ciéncia eaTecnologia eee ce Ci envelhecimento demografico populacio da regiao do Alentejo tor Alberto Valadas Rosa Introdugao Portugal estd em termos demogrficos a envelhecer, tendéncia esta com perspec- de agravamento nas préximas décadas. Com efeito, e de harmonia com as tes estimativas demogrificas que o Instituto Nacional de Estatistica divullgou, sano 2020 existird um niimero total de habitantes nao muito diferente daquele que existe, mas com uma estrutraetiriapraticamenteinversa da actual. Ouse, lado de 65 anos" e mais representaré o segundo maior populacional em todos paises da Unio Europeia. 0 fenémeno de envelhecimento demogréfico encontra-se relativamente bem estu- ‘em Portugal, sendo, hoje, um dado adquirido que o mesmo se apresenta como tendéncia comum a todas as subpopulagdes, embora assuma diferengas regio- quer em termos dos seus niveis, quer em termos dos seus ritmos. Neste contexto, o artigo que agora se di a estampa privilegiou, em termos espa- a regidio do Alentejo para andlise da sua trajectéria demografica nestas tiltimas as. Em 2010 uma panéplia de factores internos ¢ externos negativos levario a que as dreas da regifio do Alentejo conhegam um quadro extremamente problemético §ponto de vista s6cio-demografico e econémico. Desta forma, a progressiva dimi- io populacional da regido do Alentejo prefigura-se que se ird manter, a ndo ser ‘ocorram no Pais em geral e na regidio do Alentejo em particular fendmenos que jam esta tendéncia, Portanto, a densidade populacional continuara a assumir 5 muito baixos. Se ao conjunto destas caracteristicas juntarmos também uma ura etdria duplamente envethecida (no topo ¢ na base da pirdmide etéria), amo-nos com uma situao que do ponto de vista do desenvolvimento, do amento do territ6rio € de alguns aspectos associados a qualidade de vida se ra como dramética. Perante provavel cendrio, baseado nas varias projecgdes # 0 envethecimento demogréfice nso consse apenas no aumento elative das pessoas que atingiram os 60.00 Em demografia, uma populyaoenvelhece sempre qe se regia una reduydo da importa reltiva de mas idades mais jovens, ou sa, do Oso 1 anos. Dx maser se eats 2978 | 298 _PISTEME, NO tn. PRaLAVERUOUTONO 201 -¥ VICTOR ROSA demogréficas para a regio, ¢ face & persisténcia das ameagas que tém contri grandemente para a vulnerabilizar, torna-se preocupante esta situago ndo s6 no cam texto do Pafs, como também na Unio Europeia, requerendo, assim, uma atone ‘muito especial de todas as entidades com responsabilidades nesta matéria, ‘Apesar dos varios programas de desenvolvimento ensaiados e aplicados n: 0s indicadores de desenvolvimento econémico e social das populagdes mostramaa que a situagio no methorou significativamente nas iiltimas décadas. Continua = subsistir os problemas do emprego, de baixa qualificagio dos recursos humanos © transferéncia da populacdo para os centros urbanos de maior dimensfo, contribu para 0 reforgo destes em detrimento das zonas rurais. Por outro lado, ao acontaa= em diversas éreas do territério regional, tem repercussbes negativas quer no so equilfbrio ambiental, quer na sobrevivéncia da sua identidade cultural e histérice Esta situagdo leva a concluir que as estratégias que tém vindo a ser implemen as no tém surtido os efeitos desejados e parecem ter perdido uma grande parte a sua eficiéncia em resolver os diversos problemas apontados anteriormente. Do poss de vista da anélise destas questdes, a Comissio de Coordenagio da Regiio ae Alentejo [CCRA]., 6rgio desconcentrado do Ministério do Planeamento, reconbox= {que «apesar de um significativo investimento, os diversos sistemas de apoio crise de empresas nos iltimos anos, ndo conseguiram criar actividades econ6micas = meio rural, nem evitar a concentragio populacional nos principais centros urbancs Nio foi possivel evitar 0 desaparecimento de muitas actividades locais que, pela su perda de competitividade, acabaram por sucumbir as leis da economia de mercado» (CCRA, 1999:67), ‘Como se depreende da citagao, as dificuldades que se sentem sf imensas e, assi= sendo, assumem contornos muito complexos, sobretudo, na promogio do desenv= vimento em meio rural, «[..] onde é possfvel identificar alguns indicadores proprice das zonas rurais deprimidas que, em grande parte, coincidem com o territ6rio alen: Jano. Encontramos assim: uma baixissima densidade demografica: baixos niveis de natalidade; consequente falta de massa critica ao nivel dos recursos humanos; nticleo= turbanos em fase de desertificagtio; mercado de trabalho desregulados; perda de servigos elementares de proximidade; aprofundamento do fatalismo e da "paralisis muitas pessoas sem patriménio para "recomecar"; falta de cultura empresarial capacidade de empreendimento; transferéncia de rendimentos para as cidades; ins agdo de mono culturas; busca de solugdes pouco exigentes de mio-de-obra; perd= de competéncias técnicas locais» (Amado, 1995:134). Neste sentido, o fenémeno d= despovoamento ¢ a desertficagio do campo e a cada vez maior dificuldade de revi- talizagao econémica do mundo rural tem que ser objecto de uma adequada anélise técnica para se delinear uma acgzo coerente e eficaz, tendo em conta as especifici- dades regionais existentes, jd que 0 meio rural € diferente do resto do Pais e d= 0 ENVELHECIMENTO, ‘Toma-se, por isso, smentada na organi face deste quadro, I factor de desen “40: 1) conhecer a analisar as razdes }) determinar se ait rante no sentido de} iio do Alentejo em. ra tendéncia do sramos que o trabal ssa fornecer pistas rifico da populacdo. sta ao desenvolvi quadramento t senvelhecimento den erfico». Para uma ‘a0 longo deste trabal ando se fala na expr tipos de envelhecime olga simboliza oslo a ia pés-modera o salto msi 0 conhecimeno centiica comum. S6assim ser une as 6 ego, Porto, Edges EME. ANO Il PRIMAVERMOLTONO: 0 ENVELHECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULACKO DA REGIAO DO ALENTEIO ropa. Torna-se, por isso, necessério definir uma estratégia de ordenamento regio- fundamentada na organizagao do territ6rio, assegurando a revitalizagio do mundo 1, garantindo ao mesmo tempo a qualidade de vida das populag6es no acesso aos is diversos bens e servigos que Ihes devam satisfazer as necessidades bisicas, Em face deste quadro teérico geral, e sabendo que os recursos humanos so 0 incipal factor de desenvolvimento, tragaram-se os seguintes objectivos para a svestigacio: 1) conhecer a dimensio quantitativa da populagao da regio do Alen- 2) analisar as razdes demograficas que motivaram o envelhecimento demogr’- 0; 3) determinar se ainda & possivel estabelecer uma estratégia progressiva ¢ urante no sentido de travar e inverter a "sangria populacional” que se faz sentir regitio do Alentejo em geral e nos meios rurais em particular nos iltimos 30 anos jnyerter a tendéncia do envelhecimento populacional Esperamos que o trabalho, que se pretende inserir no campo da Andlise Demogré- . possa fornecer pistas para uma reflexdo mais alargada sobre o envelhecimento }ogrifico da populagZo alentejana, permitindo preparar ¢ implementar medidas vista ao desenvolvimento s6cio-econémico do Alentejo. Enquadramento téorico-conceptual O envelhecimento demogréfico tem merecido, nas diltimas décadas, uma grande io por parte dos mais variados quadrantes politicos, das vétias instituigSes que dedicam ao estudo de diversas problematicas (fenémenos sociais, econémicos, turais,etc.), bem como da opiniao piblica em geral > Isto quer dizer que jé nfio 6 0s demégrafos a tecer consideragbes sobre este assunto * Desta pequena introdusao ressalta desde logo a expresso «envelhecimento smografico». Para uma melhor compreensio deste termo, que serd referido varia a0 longo deste trabalho, importa fazer, desde jé, uma clarificagéo do conceito. Quando se fala na expressio que referimos anteriormente, quer dizer que existem is tipos de envelhecimento: 0 envelhecimento na base € 0 envelhecimento no topo. primeiro tipo de envelhecimento ocorre quando a importancia dos jovens na jedade comega a diminuir. O envelhecimento no topo ocorre quando a importin- Ct, por exemplo, comunicagies apesentdss 20 XI Coagresso do Alentejo, ittulado “Descentalzar, sir, Devenvalvet~ Uma Aposa no Futuro” relizado, em Setembro de 199, na cidade de Santiago do Cac, > Tawventura Sousa Santos (1993) na discuss sob as eiaciasreere que «Na cigacia moderna a ruptura temoldgicasmbolizao salto qualitative do cnhecimento do senso comum para ocouhecimentocentiico: ma a pér-moderna 9 salio mais importante & 0 gue & dado do eonhccimento cinco para 0 conhecimento tam. conhecimento cenis ps-moderm «se realizaenguant tl medida em que se convete em 1 comm. S6 assim seré uma cincia clara [..». Santos, Boavenura de Sous (1993), Un dseurs sobre as cas, 6 edo, Porto, Edigdes Affontament,p. 57 EME. ANO I, PRIMAVERUOUTONO 2001-789 VICTOR RosA ia dos idosos na sociedade aumenta. Este dois tipos de envelhecimento estio re Sionados entre si, isto ¢, foi o decréscimo da importincia quantitativa dos primes ‘gue provocou o aumento dos segundos. Abra-se também um paréntesis para sales ‘que a delimitacio etdtia - jovens e idosos — de referéncia neste trabalho se baseia m ‘eriterio frequentemente utilizado em estudos de natureza demogrifica. Assim, = ‘e250 dos jovens 0 grupo et ‘anos. Relativamente as causas do envelhecimento demogritfico, Nazareth refere, no prefiicio da obra Velhice e Sociedade (Femandes,1997:xiv-xv), que: «Durante muito fempo se pensou que esta "explosiio demogréfica dos cabelos brancos" era uma com Sequéncia directa do aumento de vida: existiam mais idosos pela simples razio de s= momrer cada vez mais tarde. A investigagdo empirica nfo confirmou esta hipotese 6: abalho em nenhum pafs europeu [...]. O principal factor natural responsével pel Eavelhecimento demogrifico das populagdes humanas foi o declinio da natalidad: ‘@bservado a partir dos anos setenta — altura em que a generalidade dos pafses desen- ‘wolvides deixaram de renovar as geragiesn. Mais adiante acentua o seguinte: «O fendmeno do envelhecimento demogriic ‘820 € um processo exclusivamente natural. Embora seja a dindmica das inter-relagdes ‘Entre a mortalidade e a natalidade que dé uma certa unidade ao processo, niio é pos Sivel ignorar que os seres humanos sio dotados de grande mobilidade. Num pais ‘Sadicionalmente exportador da mio-de-obra, a tendéncia natural para o aumento da Populacio idosa pode ser reforgada pelos movimentos migrat6rios». E conclu‘: ‘9Uma das grandes certezas & que o envelhecimento demogrifico veio para ficar nas rOximas dezenas de anos (..), que é uma auténtica tendéncia pesada e irreversivel ‘& todos os paises desenvolvidos [...] e cuja problematica por ser multifacetada Smeplica uma intervengdo necessariamente complexa» A.ccitago é longa, mas permite-nos compreender os importantes avanos cientifi- G05 que se alcangaram sobre esta matéria neste final de século. Nesse sentido, 2 PerEunta que se coloca é se o fenémeno do aumento da populago idosa atinge ape- asa sociedade portuguesa? A resposta é nio. E um processo que atinge a totalidade os paises industrializados. Assim sendo, esta problemética suscita a reflexio mecessiria e urgente do ponto de vista das Politicas Sociais. Em resposta a varias ‘guestdes que se colocam hoje em dia sobre esta temitica, Femandes (1997), utili Zando uma linguagem viva e eficaz, dé um contributo extremamente vilido para a |mergéncia de politicas sociais de apoio a velhice* Neste dominio, a autora chama a atengio para o facto de que o problema da ‘welhice, enquanto categoria social, no poder ser identificado, como 0 foi outrora, jo de 0-14 anos e no caso dos idosos é de 65 e mai + Sobre este asunto ver, entre outs, Maria Jato Valente Rosa (1996). EPISTEME.ANOI,PRIMAVERMOUTONO 201 -N*7-89 O ENVELIIECIMENTO DEMOG® pobreza ou a doenga. «A fortemente relacionada com buiram também para que s 1997:2). Verificamos també gr que a velhice até ao ini Encia do individuo incapaz 6:46). or outro lado, Rosa (1996: se tem dedicado 4 abordages ssas mentalidades (to entar completamente a vel dades avancadas passem al (Continuando os seus object solver e/ou minimizar alg ncia que revelam para De progressiva reconversao. idades dos individuos, eo jexercicio de segundas ca ciclo de vida no sentido de p-lazer, os quais actualmente nto de critérios cronolégi de macrossolidariedade, gos de apoio ao domicils gam o maior tempo poss inhos a seguir» (Rosa, I ges, especialmente nos £6 5 Anne-Marie Guillemard (Cente ideragbes est respito, based subordina a tems Politieas Soca eral Alentejano (Grindoe), em Abel © na Alexandre Fernandes (197 actuago publica na resolugzo do 7 XI Cangreso do Alento i eslizao, em Setembro de 1999, na rate Expacos de Vida = Os maie 29 de Setembro de 1999, EPISTEME, ANO I PRIMAVERWOUTOND ee 0 ENVELHECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULAGKO DA REGIRO DO ALENTEIO 2 pobreza ou a doenca. «A emergéncia da velhice, enquanto problema social, # fortemente relacionada com a institucionalizacio das reformas. Mas nio s6, As igdes a0 nivel da estrutura das relagdes familiares nas sociedades ocidentais ibuiram também para que se agravasse o problema social da velhice» (Fenan- 1997:2). Verificamos também que é a tese de Anne-Marie Guillemard 5 ao sus- que a velhice até a0 inicio do século xx tinha permanecido invisivel. Eram as 0s patriménios familiares que acautelavam uma velhice segura ¢ a «sobre icia do individuo incapaz de exercer qualquer actividade produtiva» (Rosa, 46). Por outro lado, Rosa (1996:52), parafraseando um demégrafo ~ Michel Loriaux ~ se tem dedicado & abordagem desta temiética, afirma que é «necessario reformar sas mentalidades (tomando-as compativeis com as estruturas demograficas), ventar completamente a velhice e remodelar as nossas instituigdes, de modo que les avancadas passem a ter valor, quer econémico, quer social Continuando os seus objectivos, a autora apresenta varias propostas no sentido de solver e/ou minimizar alguns dos problemas que assolam a terceira idade, Pela rtancia que revelam para o objecto.em estudo, passamos a referi-las: «A adapta- © progressiva reconversio das actividades profissionais de acordo com as reais idades dos individuos, com a consequente revisio das leis laborais; 0 incentivo xereicio de segundas carreiras de utilidade social; a reestruturagio da coneepgio clo de vida no sentido de uma maior integragao dos tempos de formagiio-traba- Jazer, os quais actualmente se encontram separados de uma forma estanque em io de critérios cronolégicos, estabelecidos arbitrariamente; a reactivagio das de macrossolidariedade, em particular a familia e © maior investimento em ig0s de apoio ao domicilio, de forma a permitir que as pessoas idosas per- sam 0 maior tempo possfvel no seu ambiente familiar e social; so alguns dos inhos a seguir» (Rosa, 1996:52)§, Estas consideragdes tém motivado vérias es, especialmente nos foruns de debate que sio realizados pelo Pais 7 * Anne-Marie Guilemard (Centre Eudes des Mou dcragOes a este respi, baseadas nas invest sbordinada a tema Politica Soca, dade 3 Alentejano (Grindol), em Abril de 1999, £ As Alexandre Fernandes (1997) apresenaigualmcnt uma reflex cca sobre qual dever se o sentido ago pblica na esoluao do problema socal da veice. 2X! Congreso do Alentejo inttulado “Descentrlizar, Invests, Deseavolver~ Uma Aposta ao Futuro” 'seém; Confertacia do Cairo em 1997 eo Seminsio clas resposias socials, realizado em Evora, CCRA, ements Soeaux ~ Universidade de Pais) teceu vias igapbes que tem desenvolvido sobre et assunto, na Confer cis de Vida, eliada no Inatitta de Estas Supertones do 8 € Expacos de Vida = Os mais vellose a qualidade Setembeo de 1999, TEME ANO I PRIMAVERUOUTONO 2001.07.89 vicToR Rosa 3. Metodologia de investigagio A realidade observada, tal como a andlise e interpretago que dela fazemos, & proveniente de varias fontes ¢ do tratamento dos dados recolhidos. A primeira fonte diz respeito a informagao disponivel, ou seja, procedemos & consulta e pesquisa de obras de autores ¢ especialistas que se tém dedicado & problemtica do envelheci- mento demografico e is tendéncias regionais, nacionais, comunitérias e intemacio- nais que t&m vindo a ocorrer nas itimas décadas. Recorremos igualmente a docu- ‘menta¢o emitida por varias entidades regionais e locais ¢ pelos resultados apurados das suas andlises sobre a tematica em aprego. Dessa consulta, passémos para outra fonte bdsica neste tipo de trabalhos — os Censos. Optémos por uma consulta e obser- yasio dos Recenseamentos da Populagao, retirando os dados mais pertinentes pat 9s finsem vista. Os Anudrios Demogrdficos eas Estatisticas Demogréficas também fos permitiram a visualizagio do nosso objecto de estudo, especialmente na sua vertente demografica. Desde 0 inicio da investigacdo que se verificou que um estudo desta natureza ‘nha que ser abrangido quer em termos de espago, quer em termos de tempo. Assim. ‘@espaco geogrifico do estudo, como jé foi referido anteriormente, circunscreveu-se 4 regio do Alentejo. Relativamente ao periodo temporal, pretendeu-se que fosse significativo em termos de compreensio da traject6ria demogrifica da populagio alentejana. Embora nao sendo um perfodo muito longo, optou-se por incidir o estudo d= 1950 a 1991 (compreende quatro momentos censitarios). Neste trabalho, tivemos & preocupacdo de adoptar um discurso que fosse perceptivel para todos aqueles que ido estio familiarizados com a terminologia dos cientistas-demégrafos. Neste sentido. Femetemos, sem prejuizo do rigor cientffico, para notas certo tipo de consideraces 4. Revisio bibliogréfica Os trabalhos conhecidos ¢ realizados sobre o envelhecimento demogréfico sic miiltiplos e variados. A este respeito, Nazareth refere, no preficio da obra Velhice Sociedade (1997 xiii), que «a procura de uma melhor caracterizacao do envelhec mento, a determinagio das suas causas e consequéncias, a identificagdo de assim: trias espaciais importantes, oestabelecimento da cronologia do processo e da provi ligacdo com outro fenémeno igualmente importante ~ a transigio demogrifica *-, 2 * © paradigma da stransigao demogréfica» &afrmado por Notesein, Est autor refre que a us pores seseavolvimento demogrific, correspondem a diferentes estios de desenvolvineto: high gronth por transicional growth einripient deine. Em relagdo ao segundo extio, defing-o da segunte met: «0 so crescimento tanscioal € aquele em que o decliaio da fecundidade eda mortldade est bem exiles ‘as no qual o eclinio da mortalidae precede od fecundidade eproduz um ripido eescimenton (Notes -EPISTEME, ANO I, PRIMAVERAVOUTONO 200) -N OenvELuEd determinagio da exis estado civil), a tent 4 que numerosos in interessar pela probl Nestes termos, ¢ Arabalhos de investi demonstrara validade: vasto campo que iho prospectivo da 2) Assim. a tramigtodemogs Hert porentcl,sendo acre Srizina uma fase de erescimenta ehvelecimenta eo ead vee ie «ko possvel prover oaeuah Subsiancialmente para evitr 0 Schule (ed). Food forthe Wott ae Modernidade, Fania ol «Anslise Socal, vol XK EAN Ul PRLMAVEROUTONG 2008 0 ENVELHECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULAGHO DA REGIKO DO ALENTEIO erminagdo da existéncia de envelhecimento diferenciado (por sexo, classe soci tado civil) a tentativa de encontrar solugGes e de prever a evolugio futura levaram que numerosos investigadores, de todas as Areas cientificas, se comecassem a leressar pela problemitica do envelhecimento» Nestes termos, e ndo procurando a exaustividade na enumeragdo dos importantes bbalhos de investigagio sobre esta temiéti monstrar a validade das conclusdes sobre o assunto em aprego, referirfamos apenas quatro obras portuguesas e uma francesa que nos parecem fundamentais para a smpreensio deste fenémeno. Uma obra que merece destaque nesta revisio bibliogrifica, sobre a temética temos vindo a tratar, é a publicacio francesa de Alfred Sauvy, La Population, s Lois, Ses Equilibres, Paris, PUF, 1978, Este autor foi o primeito a alertar para 0 welhecimento das populagées, nomeadamente ado seu Pais, ¢ para odeclinio muito coce (Finais do século XTX) da fecundidade. Foi gragas a este economista e demé- fo que se deu um reconhecimento politico da importincia dos estudos demografi- s, tendo em vista a implementagiio de medidas de politica Em Portugal, cronologicamente, as primeiras publicagées aludindo ao tema situ- se na década de setenta. Em primeiro lugar, podemos citar uma obra que chama atengao para esse fenémeno na sociedade portuguesa. Assim, procedeu Nazareth, esereveu, em 1979, a obra Envelhecimento da Populagdo Portuguesa, Lisboa, torial Presenga, onde explicita claramente que a populacdo portuguesa sofreu fundas alteragdes em termos demogrificos e que, ocorridas num passado recente Vinte a trinta anos ~, repercutem-se sobre os mais variados dominios da vida colec- fa das populagées. Em 1988, 0 mesmo autor publica uma outra obra intitulada Portugal — Os Préxi- s 20 anos. Unidade e Diversidade da Demografia no Final do Séc. XX, Lisboa, indagio Calouste Gulbenkian, Facilmente se pode inferir que esta publicagaio cons. ui um instrumento de trabalho para quem, por exemplo no mundo académico, tem, missio ensinar a aprender, ¢ para quem tem por objectivo aprender a aprender, le vasto campo que sio as projecgdes demogréficas. Estamos, pois, perante um tbalho prospectivo da populago portuguesa para o ano 2000, 0 demorificaimplica um processo de rupara com o santigo regimes, ou sea. somo sont potential, sendo cescimeato natural placate gontroladoO controle da martliade ed ecu, de origina uma fase de eescientodemogrifico No teria exo irplentdetine) fim gue up sivo envelhecimentoe o cada vez mais lento crescimento da populagiosdo claro (1945142), Escreve tun ae «nto € posielprever octal ers ds faturas mudangs da populgome que «a fecundidae om que substancialmente para evita declinio» (1945: 42). Notetin F. W. (1043), Population the lng views # Schule (ed, Food forthe World University of Chicago Pres, 36-56. Apu, Bandera, Mri Les ton (1930), usrafae Mode midade, Fanta e Tranicdo Demogréfica em Portugal, Lisboa, Iprensa Nacional da dn col. «Anise Socials, vol. XXX}, pp. 12-13 (7-43). ISTEME,ANO UL PRIMAVERMOLTAN 2001.47.89 VICTOR ROSA O EweLHEct Na década de 90, mais concretamente em 1996, o jomal Piiblico publica varios lino © 277 066 (5: cadernos sobre os resultados apurados de tum projecto de investigagio "A formagio dos efectivos de Portugal modemo: a situagio social em 1960-1995", dirigido pelo eminente Situagdo esta que socidlogo Anténio Barreto do Instituto de Ciéncias Sociais da Universidade de s/Kn?, em 1991, Lisboa. A publicagdo do caderno, intitulado O Envethecimento da Populagao Portu- ia no mesmo per guesa, Lisboa, Cadernos do Pablico n.° 3, da autoria de Maria Jodo Valente Rosa, dé Acvolugio det relevo ao envelhecimento demogréfico da populagdo portuguesa de 1960 a 1991, vos crescimentos; ‘enquanto aspecto caracterizador da sociedade portuguesa. Neste estudo, para além 0, devido, em de outros aspectos, procuram-se analisar as razSes demogréficas que motivaram ipanha do trigo, © envelhecimento demografico da populago. Recentemente, uma publicagio trouxe tugal. um renovado interesse ao tema. A obra Velhice e Sociedade - Demografia, Familia e ‘Nao admira assim Poltticas Sociais em Portugal, Lisboa, Celta Editora, da autoria de Ana Fernandes, meados do séci ‘marca 0 inicio de uma nova fase de reflexdo sobre esta problemética em Portugal. Investigando os aspectos microssociolégicos do problema velhice no contexto da familia e das suas transformagdes, por um lado, e analisando a intervengao piblicas € para-piblicas na aplicagao de politicas sociais, por outro Indo, Ana Fernandes Nos anos 50 inici estuda uma drea significativa desta problemética na sociedade portuguesa. Nesta s0 de declinio pop obra, destaca-se também a andlise efectuada da emergéncia de todo um conjunto de se pode verifi reformas, nomeadamente o da Previdéncia So Estas quatro obras, que aqui retratémos muito sumariamente nas suas linhas orien- aw. tadoras, revelam um evidente valor documental, permitindo uma melhor compreen- io da reconstrugio sociolgica do envethecimento demogeifico nio s6 em Portugal, ‘Anos como também noutros paises europeus. Deste modo, partimos com algumas ideias que orientassem os nossos passos nesta pesquisa. Nao se desejou, de forma alguma, 1900 transformar 0 saber dos factos ou dos acontecimentos no saber cientifico, mas antes, ist procurar identficar as linhas de forga que condicionam regionalmente as diferentes 1920 situages e actuagdes dos elementos sociais em anilise. 1930 1940 1950 5. Demografia do Envelhecimento da regio do Alentejo 1960 1970 Ocupando uma érea equivalente a cerca de 1/3 da superficie total do continente re (26.930 Km), a regido do Alentejo encontra-se repartida por quatro sub-regiées on que, para efeitos de Nomenclatura de Unidades Territoriais Para Fins Estatisticos de orl nivel III (NUTS), correspondem ao Alto Alentejo, Alentejo Central, Baixo Alentejo © Alentejo Litoral De acordo com os resultados do XIII Recenseamento Geral da Populagio (Cen- sos de 1991), a populacao residente na regio do Alentejo contava apenas com um efectivo de 543 442 habitantes, dos quais 265 836 (49,9%) pertenciam ao sexo mas- (Candas, 1A, do » Nazareth (198850) aim ‘uéaciadvecta dos moviestos ‘monaldadee dos movimentos 304 nisreue axon, avERvoUTONO 20.x* 789 pret. avon pana O EIVELIIECIMENTO DEMOGRARICO DA POPULAGAO DA REGIAO DO ALENTEIO culino © 277 066 (51,1%) ao sexo feminino e que correspondem a cerca de 6% do total dos efectivos populacionais do Continente. Situagdo esta que se traduz numa densidade populacional média de 20.1 habit- antes/Km?, em 1991, valores que se situam muito abaixo da média nacional obser- vada no mesmo perfodo para o territério nacional (108 hab/Km), A evolucio demogrifica da regidio do Alentejo caracterizou-se até 1940 por suces- sivos crescimentos demogréficos *. De facto, nessa altura conseguia ser uma zona de atracelio, devido, em grande parte, a mobilizagio de mio-de-obra para a designada campanha do trigo, o que, alids, deram a esta regio 0 justo titulo de celeiro de Portugal Nao admira assim que Amével Candeias (1996:29) afirme que «[..] 0 Alentejo, até meados do século, funcionou como uma "esponja", absorvendo excedentes populacionais oriundos de outras zonas do pais que, de uma forma continua, se foram instalando ao longo do territ6rio alentejano para o desempenho de tarefas agricolas». Nos anos 50 inicia-se a inverstio desta tendéncia e a regio comegou 0 seu proc- esso de declinio populacional, declinio esse que se mantém até aos nossos dias, con- forme se pode verificar no Quadro 1. Quabro 1: Evolugio da Populagio da Regio Alentejo aon] vam | veints | TESS [BORER ce Te7 wu |e a] 16 8s i520 | s50813[ 46 | 0s] “a0 1930] eialee [Toe 13} 38 io40 | “7as804 [6 Pas at i550_—[7aoono | a7 | as} 90 i560 [raps | 36 a3} as 1510] se7345 [238 | 26 a8 wei | -s76850_[ 15 | 92 [ais 1591] “sia [ 9 [06] 03 Fonte: INE -Receascamentos Geras da Populagao CCandeias, 1.4, doc trabalho ° Nozaeth (198850) arma a ese respeto que: «0 crescimenta ot dminuigdo de uma populagto & conse uéncia directa dos movimentos migratéros ala exstentes ou sea consequénca da evoluglo da ntalidade, da oralidade e des movimentos migtatrios» EI pers a remuosesoorn anes 305. vicToR ROSA Quando avaliamos a repulsio populacional (1950/91) segundo a taxa de cresci- ‘mento anual médio (t¢.2.rn.), verificamos que existe um declinio do efectivo da Populacio alentejana, registando uma intensidade média de 0,9% (Cf. Quadro 2). ‘Numa anilise mais pormenorizada do quadro 2, é de assinalar uma evolugio regressiva com bastante intensidade na sub-regiio do Baixo Alentejo, onde os con- celhos de Ourique e Mértola tem vindo a perder populagdo a um ritmo superior a = 2% ao ano. Por sua vez, 0$ concelhos de Sines e de Evora sio os tnicos que na ‘ltimas quatro décadas tm registado variagdes minimas, mas com valores positivos. Por outro lado, entre o petfado intercensitétio 1981/91, verificou-se a nfvel global da estrutura demografica do Alentejo uma taxa de variagio que correspondeu a um cerescimento efectivo negativo na ordem dos ~ 6,2%, apesar de ter ocortido uma cer- ta tendéncia para a estabilizacdo ao nivel do Continente, cujo valor se situou nos 0.4% (Cf. Quadro 3). De referir também que o crescimento nfo foi homogéneo nos diferentes grupos administrativos. Com efeito, no Alentejo Central houve um menor impacto na taxa de variagéo negativa, com o valor na ordem dos ~ 0.41% a0 ano, enquanto que a diminuigdo demogréfica na tiltima década afectou particularmente 0 Baixo Alentejo assumindo o maior valor, cerca de ~ 1.05%. No que diz respeito ao Alto Alentejo e 40 Alentejo Litoral, verifica-se que apresentam uma taxa de variago negativa; no primeiro caso com - 0.54% e no segundo caso com—0.46%. O concelho de Marva {foi o mais afectado, registando uma intensidade de declinio na ordem dos — 2. Os concelhos que apresentaram uma taxa de crescimento anual médio positiva, ¢ que deste modo tém conseguido fixar ¢ atrair a populagiio, so os de Santiago do Cacém, Vila Vigosa, Evora, Castro Verde e Sines. Os factores que tém contribuido Para esse processo resultam da influéneia de localizagées industrais e/ou da atracgdo exercida pelos meios urbanos relativamente & rea rural circundante. Em relagio ao crescimento natural, verifica-se que, na tltima década, os valores registam uma dindmica negativa na ordem dos ~ 1.4%. Este facto, diz-nos que o numero de dbitos € jf bastante superior ao ndimero de nascimentos "® (ver quadro 1, em anexo). Assim sendo, torna-se evidente que a regio nfo se consegue auto-regenerar de- mograficamente. Perante o quadro 1, em anexo, verifica-se que existe essa incapaci- dade de renovagio do efectivo populacional em todas as NUT IIL. Com efeito, as recentes previsdes efectuadas apontam para que venha a existir nas préximas déca- das um agravamento da intensidade do declinio da populagio. Ao nivel concelhio esta jé patente uma verdadeira “extingdo demogrifica”, como afirma explicitamente Amavel Candeias (1997a e b). Por exemplo, os concelhos de "© Osefeitos do delinio da moralidade eda natalidade, eflecte-e uo deeréscimo contauado do ald Fo lésic, _EPISTEME,ANO I, PRLMAVERAYOUTONO 200! -8"7.6-6 Quapro 2 ‘Taxa de Crescimento Anual Mi (Segundo uma hierarquia) QuapRo 3 1950/91 Taxa de Crescimento Anual Médio-1981/91 0 ENVELHECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULAGKO DA REGIKO DO ALEWTEIO (Segundo uma hierarquia) — I, ‘Tx. Crescimento ‘Tx. Grescimento Zona Geoersfica ‘Anual Médio Zona Geogritca ‘nual Médio 193991 198191 Continents 042 | Continence 0.04 Regito Alenigjo 094 | Regito Alentejo 062 Alentejo Central “072 | Alenigjo Central oat Alentejo Litoral 0:73 | Alenigjo Litoral “046 AlioAlentejo -090 | AlioAlentejo “054 Baixo Alentejo -132__| Baixo Alentejo “105 Sines 0665 ‘Santiago do Cacti 076 Brora 034 Vila Vigoss 059 Vendas Novase “nia Evora a2 Portalegre “015 Castro Verde 04? Vila Vigoss “O24 Sines 032 Santiago do Cacti 030 Campo Maior “002 (Campo Msior “035 Castelo de Vide 0.10 Borba Oat Ponte de Sor “0.15 Beja “03 Elvas =0220 Elvas “045 Regueagos de Monsaraz “021 Ponte de Sor “05 Avis “035 Reguengos de Monsaraz “065 ‘Vendas Novas 043 Aljustel =100 Cuba “04s Cuba “ror Ponalegre 045 ‘Aledeer do Sal =106 Barrancos 0530 Mora =L06 Redondo 0:60 Grandota “108 Moura 068 Ferreira do Alentejo 1.08 Borba “065 Redondo “110 Beja 0.65 (Castro Verde =i Mora “0.68 Arsaolos “nz Aljusiel “07 Esemez “ns Fronieira 0.77 Porte “116 Viana do Alentejo “078 EFISTEME ANO I, PRIMAVERWOUTONO 200!-N 78.9 wi 307 Quapno 2 (cont) QuapKo 3 (cont) ‘Taxa de Creseimento Anual Médio-19S0/91 Taxa de Crescimento Anual Médio-1981/91 (segundo uma hierarquia) (segundo uma hierarquia) Tx. Crescimento “Tx. Crescimento Zona Googrifica ‘Anual Médio ‘Zona Geogrifica ‘Anual Médio 195091 198191 Odemira “12 ‘Arraiolos 079 ‘Avie “2 Montemoro-Novo 081 “Alandroal “130 Nisa “086 ‘Castelo de Vide 132 Poxel 098 ‘Viana do Alentejo “133 ‘Alanatoal 1.00 Barrancos “135 Crato “107 ‘Mouro “136 demir “108 Moura “136 Ferrera do Alentejo 109 Vidigueira 140 ‘Alter do Cho “ht Mavio “152 Alito “13 Sousel “153 Moura “19 Fronteira “156 ‘Alcécer do Sal 7120 ‘Almodovar “159 Montfort “129 ‘Arronches =e ‘Sera “aT Crate 18 Grindola “Sz ‘Serpa “6 Bsiremoz Bry Nisa “aa ‘Arronches “57 Alvito 176 Vidigueira “160 Moniemoro-Novo “182 Sousel Tet ‘Alter do Cho 183 ‘Almoddvar “166 ‘Monforte =190 Mérola “75 ‘Ourique 224 Ourique “r8T Mérola 266 Mario 2.00 ‘Fone: INE MI Revenseamento Geral da Populagdo * Dados reltvos a 1960/1991; Candis, JA, 197, Castelo de Vide e de Nisa registaram na tiltima década taxas de crescimento natural negativas pr6ximas dos ~ 10%. Em ordem a evitar que tal acontega, é necessério um debate, que se nos afigura como crucial, para alinhavar caminhos a curto e a médio prazo no sentido de se inverter esta tendéncia de decl 308 EPISTEME.ANO I, PRIMAVERWOUTONO 201 -N"7-85 de visualizar a fica, particularmente 0 termo Fecundidade 1000. Esteindicadordi-noso I € um indice libero dos eres no interior do pefodo eilidade. Este erme tadur a © declnio da feundidade de ators econsimicos 8 dindmica d estutra por femente da evo ds fe 6a do envelhecimentr, Referese a0 n* médio de Segundo Nazareth (1988: das estrtaras de das de muito elevadas 0 que implica ISTEME, ANO PRIMAVERA 0 OO —_—— (0 ENVELHECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULAGAO DA REGIAO DO ALENTEIO. Tal como acontece com estas varidveis, o mesmo se passa com a fecundidade ' (varidvel microdemogréfica que mede a frequéncia dos nascimentos das mulheres em idade de procriar), como nos mostra o quadro 2, em anexo. A tendéncia continua do declinio do crescimento natural € acompanhada, principalmente, por uma intensi- dade do declinio da fecundidade (Cf. Mendes, 1994), uma vez que a esperanga de Vida (indice que indica 0 nimero médio de anos que faltam viver a uma pessoa que atinge um determinada idade, e que se encontra liberto dos efeitos da estrutura que explicita 0 nivel real de mortalidade) tem vindo a aumentar (ver quadro 3, em an- exo); caracteristica, alids, que se tem vindo a verificar em todos os pafses do mundo (Cf. Nazareth, 1996). Assim, a descendéncia média 2, em 1991, registava um valor de 1.5. Este valor diz-nos que ja nao é possivel, nas condigdes actuais de mortalidade existente nos paises desenvolvidos, a substituigdo das geraces. Tal significa que quando um pafs tem uma descendéncia média inferior a este valor, as geragdes ndo se renovam e que 4 populaco entrar num processo de declinio a prazo. Para ser possivel a substitui- ‘do de geragdes € necessario que cada mulher tenha, em média, 2.1 filhos. ‘No que diz respeito aos niveis de mortalidade, verifica-se que a sua evolugdo tem vindo a diminuir quer a nivel nacional, quer a nivel regional (Cf. Nazareth, 1988 ¢ 1996), Este modelo geral de declinio encontra-se associado, entre outros factores, & methoria das condigdes de vida, de satide, etc.. Ao envelhecimento demogritfico esto, naturalmente, associadas alteragdes das estruturas etsriase por sexos. A melhor forma de visualizar a distribuigio de uma populagao é através de uma representago agrifica, particularmente conhecida por pirimides de idades ®. 4 0 temo Fecundidade significa que areprodugdo de uma mulher ou grupo de mulheres (TFG = NIT > 1000, Este indcadord-nos on de nasciments por 1000 mulheres em dade fri. As was de Fecundidade Geral & um indice liber dos efeitos de exetura, um ver que nio tern em conta a diferente distibuigio ds -mulhers no interior do period fri, Est concetacontapde ea um oro qe surge com requénea nos livros: 8 frulidade. Est ermo taduza capacidade fisiolgica da mulher em coacebere dar luz um iho. AS caus para 0decnio da fecundidadeainds no totalmente spuradas. Conado, ¢possivel eompreender que ests depen dente de factors econémicose socais. Osefeitos de esrutursigniicam, segundo Nazareth (198810) o sequin: ‘Se, dindmica da esuutua por idads vai no sentido de um rejuvenescimento,o sald natural erscer indepen te: Recensesmemo da Po Oenvelhecimento, que na regio do Aley 7, em anexo, mostra-na ‘adas em andlise. Aoc que os jovens e os losos apresentam um er ISTEME. ANO I, PaIMAV ——>—— ll (0 ENVELHECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULAGKO Da REGIAO DO ALENTEIO. populacional alterou-se substancialmente. A pirdmide de idades perde a configuracio triangular, isto 6, 0 tipo «acento circunflexo» que tinha em 1950, passando, em 1991, a apresentar uma pirdmide tipo «urna». Nesta conformidade, verificamos que, em 1991, a pirdmide de idades apresenta uma base muito reduzida, devido a0 némero diminuto de jovens (diminuiu em cerca de 16% na Gitima década), e um topo bastante empolado, consequéncia da existéncia de um efectivo populacional elevado de idosos (aumentou em 21%). Possui por isso uma estrutura demogréfica envelhecida, tanto na base como no topo (fenémeno de duplo envelhecimento). Por sua vez, o indice de envelhecimento, a telacionar a populagio com 65 ¢ mais anos com a populagio activa dos 0-14 anos, permite verificar, em todo o periodo em andlise, que tem vindo a aumentar substancialmente, sendo de 22,5% em 1950, de 30,7% em 1960, de 51,2% em 1970, de 77,2% em 1981 ¢ de 110,5% em 1991. Nesta base, constatamos que, em 1991, por cada 100 jovens havia em média 111 idosos (ver quadro 4). Pela observacao das percentagens constata-se que passou de 22,5% em 1950 para 110.5 em 1991. Por outro lado, 0 récio de dependéncia total, que relaciona a populagio com 0-14 e 65 ¢ mais anos pela populagdo com 15-64 anos, vai aumentando a partir de 1970. ‘QuapRo 4: Indicadores demograticos da Regidio Alentejo (1950-1991) em % Trdicadores 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 de Tovens ze | 26 | m6 | m7 | 15 de Aatvos a7 | 65 | 68 | @2 | @2 Fede Idosos (| easy Ome | est | amt 193) Ricio de Dependfncia de Javens we [| 6 | sa [8 | 277 Raio de Dependncia de doses 100 | us | 176 | 253 | 306 Récio de Dependéncia Total 546 | soa | 520 | 381 | 383 Tadice de Envelhecimento | 207 |e S12 72 LTO Fonte: Reoenseamento da Populi, INE, Oeenvelhecimento demogréfico representa, desta forma, o aumento da populagio josa, que cresce a um ritmo acelerado (ver quadro 4 e 5, emanexo). Assim, verifica- ~se que na regitio do Alentejo esse crescimento se inicia a partir de 1960. O quadro 6 €7, em anexo, mostra-nos que em Portugal é a partir de 1940 (Cf. Fernandes, 1997), A figura 3 coloca em evidéncia as alteragdes da estrutura a0 longo das quatro décadas em andlise. Ao compararmos o aumento das proporgées de idosos, verifica- ‘mos que 0s jovens ¢ os activos na regido comegam a diminuir gradualmente ¢ os idosos apresentam um crescimento em termos proporcionais. BPISTEME. AN I. PRMAVERAOLTONO 200 -N"7.89 311 VICTOR ROSA Figura 3: Evolugdo das proporgdes de jovens, idosos e activos da populagdo da Regio do Alentejo, 1950-1991 (%) [ovens (0-14) [Bicosos (654) Biactivos | (15-84) 1950 1960 1970 1981 1991 [As pirdmides de idades, por natureza, nunca so simétricas, uma vez que nascem ais rapazes do que raparigas (por cada 105 rapazes nascem 100 raparigas). Esta diferenga faz com que a base de uma pirdmide seja sempre maior do lado masculino eee do que do lado feminino. Desta forma, a representagio grifica das relagbes de mas- eo Bm 1991) culinidade mostra-nos claramente os equilibrios e/ou desequilfbrios existentes entre 8 ‘os homens e mulheres ao longo das idades. Nas duas figuras que a seguir se apresen- ‘i 08 Senos nas 9 tam esto representadas as relagdes de masculinidade da populagio da regidio do além desta ‘Alentejo em 1950 e 1991, até aos 85 anos. gucasbes do pe Das representagdes grificas, que em termos de linha trajectéria so semelhantes envelhecimento as verificadas para a populagio do Continente (Cf. Femandes, 1997), podemos con- statar que a curva vai descaindo ao longo dos dois perfodos observados (1950 e ros efeitos da A consequéncia da Ficus 4: Relagdes de masculinidade da populacio da Regiio do Alentejo, ‘por grupos quinquenais, em 1950 e 1991 (%) 120 op {eee eee 80 60 40 20 sconce ws ds | 3 coco. emg oso oso No segndo cv. 0 5 10 15 20 26 20 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 como scat amo PISTEME.ANO I, PRIMAVERA/OUTONO 2001 -NS*7-¢9 1 ANON, PRIMAVERS CC (0 ENVELHECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULAGAO DA REGIAO DO ALENTEIO Ficurs 5: Relagdes de masculinidade da populagio da Regio do Alentejo, por grupos quinquenais, em 1950 e 1991 (%) 120 oo | i | Oe 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 60 85 1991). O primeiro grafico indica que, em 1950, o mimero de homens e mulheres era semelhante até as idades mais elevadas. O mesmo no se pode dizer do segundo grifico. Em 1991, os efeitos da reducio do nivel de mortalidade leva a que faga sentir os efeitos da sobremortalidade masculina, traduzindo, assim, um desequilfbrio centre os sexos nas idades mais avangadas. Para além desta apresentagio, ainda que suméria, dos factores explicativos das modificagées do perfil da populagio da regiio do Alentejo, motivadas pelo processo de envelhecimento demogriico, existem outros factores que estdo dependentes. A consequéncia da forte incidéncia dos movimentos migratérios '*, sobretudo na década de 60 e 70, em direcc2o aos centros urbanos do litoral, com particular destaque para a Area Metropolitana de Lisboa, associado ao progressive declinio da fecundidade, tem acentuado o grau de envelhecimento que caracteriza a generali- dade da populagéo alentejana (ver Figura 6 e quadro 8, em anexo). Pelo exposto, podemos constatar que & a tese corroborada por Fernandes (1997; 42) ao afirmar que: «As diferengas de comportamento em matéria de envelhecimento sio o resultado de processos migratérios que comegam a ter expresstio significativa a partir de 1950 (com a industrializagao) e se acentuam com 1 4 este espeitoRernandes (199734) observa osepuinte «Est ensmeno[his-se movimentos migratircs} promove simultaneamente o eavelhecimento do topo e da base e 0s movimentos migrtios que afectam, em Especial, populagto activa, lm vros efeitos consoante os sldos migatxos siopostvos ou negatives. Fo o ‘que aconecen nos dstos do lol que eceberam volumososcontngenes gratis nos thimos anes. No Primo cas, em qucossaldos so psitvos, verifica-8 wm ejuvenescimento no topo pela redugo da proporgo ‘i idosos No segundo caso, isto 6 quando se verficam movimentos de sida da populag30 cos sldosSio nea tives, como aconsce4 com ot dsits do ino observamos um envelecimento no ton. pe nc, ee 313 VicTOR ROSA O BNVELHECIMENTO| im, € tendo por nos centros mais tas que permita 1980 Ger per combater os p foal ientejo tem vindoa Ficuna 6: Taxa de Saldo Migratério da Regido do Alentejo, 1940-1991 (%) ipagio comunitéria, Dito isto, uma q tivos, actualmente © declinio estrutural da fecundidade e da natalidade, especialmente nas regides do se tem vindo a vs interior afectadas pelo éxodo rural, como € 0 caso dos distritos do Sul ¢ interior, mais 17:52) sobre este envelhecidoso. ‘contexto da fixagio Finalmente resta-nos analisar as alterages provocadas na estrutura do povoa- mortalidade estaré a ‘mento, devido aos movimentos migratérios. reenderd que serd.a Nestes termos, o aumento consideriivel das actividades econémicas ligadas aos tese nao € nova, uma servigos, em detrimento das actividades predominantes no passado (agricultura), em stbes. Contudo, ela 1991, t8m provocado alteragdes significativas na estrutura do povoamento. Estas, alteragGes, traduzem-se na rarefacgiio da populagdo que vivia em lugares inferiores a 100 habitantes. Consideragées Neste contexto, podemos dizer que estamos perante dois tipos de populagdo: as i) uma populagdo que reside nos centros urbanos das localidades sedes de concelho, ‘Uma conclusdo imp ii) uma populacio a residir fora daqueles centros que apresentam claramente uma gare Pals tem, necess grande debilidade e um atraso estrutural do seu tecido sécio-econémico, como. aliés, ecm geral, devendi {i foi referido anteriormente. Bratézico de médio cll Eneste contexto que Amavel Candeias (1997:50), na sua focalizagao sobre estes ‘e/ou restruturagio dos problemas, entende estarmos perante «|...] dois tipos de movimentos da dindmica migrat6ria regional: MigragGes inter-regionais, através das quais a regio perde : populagio para outras regides do pafs (Lisboa e Setibal) e, em menor niimero, para gional e local. © estrangeiro; Migragdes intra-regionais, através das quais as zonas rurais perdem ppv verdade, obsery populacio para os centros urbanos das sedes de concelho», deira “sangria” no que se ‘Ao constituirem-se como zonas de repulstio populacional, interessa saber quais, a0 so devidas so motivos que levam a essa saida exacerbada, impedindo assim o desenvolvimento gue sai da regio A proc local ¢ regional. A resposta para esta questiio podemos ir buscé-la, em parte, a um Tidade de observar quey estudo que foi elaborado em 1995, cujo objective foi o de analisar as motivagdes dos Be, © tudo aponta para cig imigrantes recenseados na regido do Alentejo (Camacho, 1996). patremamente preocuy "314 EPISTEME.ANO Ht PRIMAVERLOUTONO 200-789 O BNVELITECIMENTO DEMOGRAFICO DA POPULACKO DA REGIAO DO ALENTEIO Assim, ¢ tendo por base os dados recolhidos por um inquérito elaborado pela CCRA © remetido pelas Juntas de Freguesia da Regido do Alentejo, verifeemse que os factors de repulsio dos migrants intra-regionais foi desencadeada pelas exigén- iss profissionas, pelo desemprego, pela falta de infraestruturas de educagao e cul, tirais. por motivos familiares e habitacionais. Esta «realidade[...] leva a concluir le servigos impele os individuos a procurar res- Pea es Gentros mais urbanizados, uma vez que as zonas rurais ndo dispdem de Tespostas que permitasatisfazer este tipo de necessidadesn (Camacho, 1996: 29), Para combater os problemas de natureza s6cio-demogrifica eecondmica, a regio do Alentejo tem vindo a beneticiar de diversos programas de incentive, com ots articipacao comunitéria, Dito isto, ss de amento da fixagdo das populacdes, mas se tivermos em atengio que o controle da mortalidade estaré a chegar aos limites das possibilidades actusis, fellmente og e/ou restruturagio dos modelos da Seguran Uma segunda conelusio é que a dina Alentejo deve ser encarada como um ven gional e local Na verdade, observimos que desde a década de 50 se tem assistido a uma verda- eira “sangria” no que se refere a0 volume populacional. As eausas desss dinines $20 sio devidas & diminuigGo do ndimero de nascimentos © pelo ninvere de pessoas aera fe Bite procurade methores eondigées de vida. Tivemos também port, dade de observar que, seas tendéncias da dindmicas demogrifica se manvoneay Sageido sponta para que isso acontega -, em 2010 esta regido viverd uma situacta &xtremamente preocupante do ponto de vista demogrifico, resultando um volume imica demogriifica existente na regiao do Mdadeiro obsticulo ao desenvolvimento re- — -PISTEME.ANO I, PRIVAVERNOUTONO 200)-1 7.9 * 316 VicTOR Rosa opulacional muito baixo ¢ também uma estrutura muito envelhecida. Dito de outro ‘modo, as alteragdes demograficas a longo prazo na regio do Alentejo e nas difer- entes sub-regides que a integram dependem da evolugdo das taxas de natalidade e de ‘mortalidade, da emigragio e imigragdo, bem como dos movimentos migratérios in- tra ¢ inter-regionais, De referir ainda que se nfo houver um volume importante de populagiio, no vai ser possivel valorizar, potenciar e tirar partido das potencialidades regionais. Por outro lado, com uma estrutura duplamente envelhecida, como a que actualmente se ica, vai se verificar, necessariamente, uma populagdo menos dindmica, menos vocacionada para a inovagio, menos disposta a correr riscos e menos participativa no processo de desenvolvimento que tanto se almeja para esta regio. Em nossa opiniio, ¢ apoiados pelas vérias leituras sobre esta temitica, julga- mos que sersi muito dificil inverter esta tendéncia que se verifica nas préximas déea- das e que as medidas a serem implementadas requerem toda uma reformulagio de pensar e de estar na vida que nio se coaduna com as medidas de politica que se tém Vindo a implementar na nossa sociedade. Até 14, a situago do envelhecimento de- 'mogrifico ¢ do éxodo da populagio da regio do Alentejo, segundo as diversas pro- Jeccdes demograficas, iré manter-se e agravar-sc-4 nas préximas décadas. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AMADO. Joaquim (1995), «Do espago agricola ao espago rural - Por um conceito de desenvolvimento rural, in VIE Congresso sobre 0 Alentejo - Semeando Novos Runs: O Alentejo no limiar do sée_ XXI~A didspora alentejana e 05 cendrios de fuauro, Evora, Maio, Universidade de Evers, p.133-136. ARROTEIA, J. 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