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Flora de interés
Apícola en Chile
Conocer cuáles son las plantas de interés apícola,
es de vital importancia para quienes trabajan en
el rubro. Ello permite saber en qué lugar colocar
las colmenas, en qué tiempo hacer trashumancias
de manera de aprovechar los distintos estadios de
floración, entre

F) CALENDARIO APÍCOLA

Calendario Apícola. Abreviado.


Es la distribución de tareas que hay que realizar en un colmenar o apiario a lo largo del año. Se
suele dividir en tareas de:
1) Primavera:

 La primera tarea tras la salida de la invernada es el reciclado de la cera porque las


abejas se han alimentado de reservas y han dejado los panales vacíos. Hay que
sustituirlos por otros nuevos y aprovechar los que estén en condiciones.
 A medida que aparece la floración en la zona se va aumentando el volumen de la
colonia, donde colocan la miel que van ir preparando a partir del néctar y polen
recolectado.
 Hay que prevenir la enjambrazón que de forma natural se produce en las colonias. Para
ello se debe llevar un control y seleccionar aquellas colmenas con mayor vigor y
actividad de pecoreadoras.
2) Verano:

 Tareas de sustitución de reinas para evitar la enjambrazón, sustituir las reinas de más de
dos años de edad.
 Las reinas de peor calidad se sustituyen al año y son aquellas que son poco fértiles y
cuya colmena no da buena cosecha.
 Castrado o extracción de la miel de la colonia, eliminación de cuadros con cera vieja.
3) Otoño:

 En otoño de cara al invierno, una actividad común es la reunión de colonias. Pueden


quedar colonias muy débiles y se unen a otras más fuertes para que no se pierda la
población. Se elimina la reina de la colonia débil, se coloca la colonia fuerte sobre la
débil y entre ellas un papel de periódico con solución de plantas aromáticas o un
excluidor de reinas para que se mezclen poco a poco. La colmena débil y los panales
de cría y alimento se pasan a la fuerte.
4) Invierno:

 Inspección de reservas para que dure la colonia durante todo el invierno.


5) Todo el año:

 Inspección sanitaria para controlar los patógenos, en invierno se realiza con menor
frecuencia para evitar un descenso brusco de temperatura al abrir la colmena. Cuando
vayamos a revisar una colmena, tenemos que tener en cuenta que no la debemos abrir si
llueve o hace mucho frío, ya que enfriamos el interior, es mejor esperar a que la tª
marque por encima de 12º C.
 Tratamientos sanitarios.
 Prevención de enemigos de las abejas.
O que é o calendário apícola?
O calendário determina os ciclos de floração de uma região por espécie. Em geral,
muitas plantas florescem ao mesmo tempo, criando períodos de fartura de alimento
que podem resultar em colheita para o apicultor. Esses períodos são chamados de
safras. Em contrapartida, os períodos em que a quantidade de alimento disponível
para as abelhas diminui são chamados de entressafras.

Calendário Apícola para o mel


O bom produtor de mel deve seguir um calendário apícola que pode auxiliar o apicultor
sobre a necessidade de estimular com alimentação artificial o crescimento da colmeia para
entrar com uma população forte no pico de floração das espécies melíferas mais
importantes da região. Para isso, conhecer a flora apícola regional é importante, bem como
as épocas de floração, para definir sua estratégia de produção apícola.

Não se pode esquecer, entretanto, que quem lida com a natureza está sujeito a mudanças
climáticas inesperadas, uma planta pode florescer antes ou após o seu período normal,
emitir poucas flores em determinados períodos, e também há outras causas responsáveis
pelas flutuações do mercado.

A existência de uma floração maciça em determinadas épocas garante a produção de mel. É


o que chamamos de florada de produção, florada de safra.

Florações esparsas e contínuas durante o ano não permitem a estocagem de mel, mas
garantem a manutenção das famílias neste período. É o que se denomina florada de
sustentação ou florada da entre safra.

Grandes áreas de monoculturas favorecem a apicultura migratória.

Áreas de floradas variadas durante o ano favorecem a apicultura fixa e diversas colheitas
durante o ano.

O primeiro passo para obter mel é estabilizar as colmeias.

- Janeiro e fevereiro - alimentação estimulante (xarope e água com açúcar e ração) -


aplique, semanalmente, 1,8 litros de xarope água com açúcar 40% de concentração e ainda
a aplicação de 250 gramas de ração;

- Março e abril – troca de quadros velhos. Como já vimos no módulo passado, esse
procedimento é indispensável logo no primeiro ano, para manter colônias fortes, abelhas
robustas e trabalhadeiras. Repetir a troca a cada dois anos;
Em maio – troca de rainhas. A troca de rainhas se faz necessária quando a rainha está velha
demais para manter a produção de crias. Após a revisão bimensal rotineira, e na revisão
pós-safra, verifica-se a necessidade da troca. Você pode seguir dois processos para efetuar a
troca:
- 1º Processo: Eliminação da rainha para a colmeia produzir nova rainha

• Vamos orfanar a colmeia eliminando-se a rainha; colocamos dois quadros de crias novas
de outra colmeia. Como a colmeia está órfã, as abelhas nutrizes passam a alimentar as
larvas de um dia com geleia real e as engenheiras transformam favos comuns em realeiras
para produzirem a nova rainha; Aproximadamente após 17 a 18 dias nasce a nova rainha;
• Uma semana depois de nascida a nova rainha sai para fazer seu voo nupcial;
• Dois a três dias após a cópula, a rainha nova inicia sua postura;
• Nessa fase, devemos fornecer alimentação artificial para estimular a postura da rainha;
• Um mês após ter orfanado à colmeia, já tem uma nova rainha botando, a colmeia já estará
mais forte para enfrentar o inicio da safra e a introdução de - rainha para atiçar a rainha a
ser trocada que chega ao quadro estranho em, aproximadamente, 15 minutos;
• Capturada a rainha, que pode ser num vidro âmbar, numa pequena gaiola própria ou numa
caixinha de fósforos, aguardarem 24 h.
• Após esse tempo, descer ao apiário com a rainha a ser introduzida presa na gaiola de
Muller e a rainha a ser substituída presa numa caixa de fósforos, levando extrato de menta e
de hortelã em uma bombinha aerosol;
• Abrir a colmeia órfã e aspergir com o extrato para confundir o cheiro das abelhas. Nesse
momento, você deve eliminar a rainha velha e esfregar suas vísceras na gaiola Muller que
contém a rainha nova a ser introduzida, para manter o cheiro da rainha antiga;
• Tirar um quadro do centro, eliminar um pedaço do favo e encaixar a gaiola Muller apenas
com a rainha, eliminando as acompanhantes;
• As abelhas da colmeia passam a comer a pasta Cândi (pasta comercial) da gaiola Muller e,
em duas horas, a rainha é libertada e, em 24 horas passa a botar.

Verifique que, no primeiro processo, o apicultor perderá aproximadamente um mês entre a


orfandade e a postura da rainha nova, e no segundo processo, isso se dará em 48 horas.

Para atestar a presença e a postura das rainhas novas introduzidas ou nascidas, fazer
revisões simples no ninho para atestar a presença de crias novas – filhotes de um dia.
O processo de introdução de rainhas fecundadas pode oferecer uma margem de
aproximadamente 10% de rejeição. Caso isso aconteça, faça novas introduções.
Agora se inicia o período da safra, e suas colmeias estão prontas para produzirem mel.

CALENDÁRIO DO APICULTOR

Janeiro
Neste mês deve ter em atenção o seguinte:
 Apesar de ser uma época morta, nas zonas altas,
deve manter uma certa vigilância no colmeal (uma
vez por, semana) e retirar as colónias mortas.
 Aproveite para melhorar os seus conhecimentos,
através de livros, conversa comoutros apicultores
mais experientes e contacte a sua Associação,
participando na vida associativa.
 É, também, boa época para reparar os quadros
em mau estado.
 Registe as florações à volta do seu apiário.
 Feche as contas da sua exploração referentes ao
ano anterior.
 Estinhe os cortiços e limpe os apiários.
 Prepare a inspecção de fim de Inverno (quadros
puxados, estrado limpo, etc).

Fevereiro e Março
Inspecção de fim de Inverno
 Abra a colmeia com a ajuda do fumigado e
alavanca, em dia calmo e quente.
 Limpe a cabeça dos quadros com a ajuda da
alavanca
 Verifique quadro por quadro e veja:
a. O estado das ceras (se em mau estado e bloqueio
substituir)
b. Se a criação é regular, operculada, com ovos e
larvas nas diversas idades e sãs (não é
necessário ver a rainha).
 Centre os quadros de criação no ninho.
 Substitua o estrado por um limpo.
 Feche a colmeia e administre alimento líquido à
razão de 1 kg de açucar x 1L de água e
faça os restantes preventivos das doenças.
 Continue a operação velas restantes colmeias.
 Registe a floração.
 Nas regiões do Litoral coloque alças.

Abril
Normalmente é o mês mais delicado para a apicultura,
pois o tempo variado, por vezes frio e chuvoso, não
permite a saída das abelhas que já aumentaram a sua
população, havendo assim, um maior consumo de
reservas, podendo levá-las à morte pela fome caso as
reservas sejam esgotadas.
Se isso suceder deve alimentá-las (1kg x 1L)
semanalmente.
Deve ainda:
 Inspeccionar a força das colónias em dias calmos
e quentes, verificando o estado da criação.
 Estar prevenido para eventuais enxameações,
verificando se há alvéolos reais nos quadros do
centro ou se há muitas abelhas.
 Pode ser época de desdobramento ou colocação
de alças.
 Se não o fez no mês anterior mude os quadros
que:
a. Estejam bloqueados;
b. Estejam velhos e bolorentos;
c. Tenham as ceras ressequidas (neste caso
substitua por ceras puxadas).
 Vigiar as colónias doentes:
a. Se isto se verificar envie amostras para o
Laboratório ou para a Divisão de Intervenção
Veterinária respectiva (DIV);
b. Faça os tratamentos indicados pela DIV.
 Registar a floração

Maio
É dos meses mais importantes para a apicultura
 Observar o estado das colónias.
 Colocar alças.
 Substituir quadros do ninho, se necessário.
 Prevenir as enxameacões.
 Fazer os desdobramentos.
 Renovar ou estabelecer novos apiários.
 Registar a floração.

Junho
 Colocar alças nas zonas mais altas.
 Vigiar as colmeias de modo a detectar doenças ou
orfandades.
 Limpar as ervasdos colmeais, caso ainda não o
tenham feito.
 Nas zonas com floração tardia ainda se podem
fazer desdobramentos.
 Vigilância total em relação aos fogos.
 Vigiar o excesso de temperatura.
 Registar a floração.
Julho
 Continuação dos trabalhos do mês anterior.
 Vigiar as colmeias, n6sentido de detectar
orfandades ou doenças.
 Vigiar o excesso de temperatura sobre as
colmeias.
 Começar neste mês a extracção do mel, nas
zonas onde tenha terminado a floração.
 Registar a floração.
 Vigilância aos fogos. Período de grande risco.

Agosto
 Época de colheita do mel – cresta e extracção.
 Época de renovar as raínhas das colmeias com
fraca produtividade.
 Dar grande atenção às pilhagens, após a cresta.
 Fazer os tratamentos contra a varroa, após a
cresta.
 Vigilância dos incêndios e excesso de
temperatura.
 Registar a floração na zona do apiário

Setembro
 Continuação da colheita do mel, enquanto o
tempo estiver bom.
 Reduzir a colmeia até ao ninho.
 Juntar as colmeias fracas às mais fortes se não
houver doenças.
 Vigilância aos fogos e temperatura excessiva.
 Vigilância às doenças.
 Registar a floração.

Outubro
 Inspecção de fim de Verão e preparação da
colmeia para passar o Inverno sem problemas,
verificando:
a. A presença da rainha - caso não tenha, junta-se a
outra colmeia mais forte.
b. Alimentação bastante - se tiverpouca, ministrar
alimento à razão de 2 kg de açucar x 1L de água.
c. Se a colmeia está doente – neste caso é melhor
eliminá-la.
 Fechar a colmeia e colocá-la em posição de
Inverno – inclinada na direcção da entrada e com
pesos na tampa exterior.

Novembro e Dezembro
 Nas regiões do litoral inicia-se a colheita de néctar
e pólen nos eucaliptais e outras culturas.
 No interior é época de vigilância, principalmente
que diz respeito à humidade e acidentes.
 Comece a reparar os quadros em mau estado.
 É tempo de elaborar os resultados. Também nesta
altura deve procurar informações e formar-se junto
da sua Associação ou Direcção Regional de
Agricultura.
Se atender a estes cuidados terá decerto bons
resultados com o seu colmeal.

Flora Apícola
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https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/flora-apicola

A flora apícola é o que se pode chamar de pastagem das abelhas. É das flores
que as abelhas recolhem o néctar e o pólen, que vão alimentar a colônia.
Conseqüentemente, boas fontes de pólen e néctar contribuem para aumentar
a produção do apiário. Por isso, sempre que possível, o apicultor deve
planificar a formação do pasto apícola antes mesmo da instalação do apiário.

Há plantas que produzem flores com elevada concentração de néctar, outras


que produzem bastante pólen e outras ainda que fornecem igualmente pólen
e néctar. Infelizmente, não existe o chamado pasto apícola ideal. Uma espécie
vegetal de alto potencial apícola- o eucalipto, por exemplo, pode não se
adaptar à sua propriedade. Aliás para o apicultor iniciante, o pasto apícola
composto por monocultura deve ser evitado, por proporcionar alimento às
abelhas durante uma única época do ano. A exploração do pasto apícola de
monocultura sé se justifica na atividade comercial, quando o apicultor realiza a
chamada apicultura migratória. Neste caso, o produtor leva suas colméias a
pomares ou culturas de floração, transferindo – as para o outro pasto assim
termina a florada.

A apicultura fixista, praticada principalmente por pequenos produtores,


sitiantes, hobbistas e iniciantes, é mais indicada exploração do pasto apícola
constituído por espécies nativas, principalmente árvores que, pela sua
diversificação, podem garantir alimento às abelhas continuamente, ainda que,
em pequenas quantidades. A partir daí, cabe ao apicultor promover o
melhoramento dessa pastagem, introduzindo variedades de maior valor
apícola, desde que adaptadas à região onde se situa a propriedade. culturas
de médio porte e arbustivas, de alto potencial apícola, devem ser cultivadas
próximas ao apiário. Algumas boas fontes de néctar e pólen que podem
melhorar a alimentação das abelhas são melilotus, manjericão, manjerona,
cosmos, guandu, colza, girassol, citros, frutíferas em geral, curcubitáceas
(abóbora, abobrinha, melão, pepino etc.), leguminosas de uma forma geral,
hortaliças, entre outras.

Até as chamadas plantas daninhas são excelentes fontes de alimento para as


abelhas. Plantas como o assapeixe, carqueja, vassourinha, gervão, trapoeraba,
sete – sangrias, vassoura, picão, entre tantas outras consideradas matos
devem ser encaradas como fontes de néctar e pólen para as abelhas.

Não deixe também de cultivar, próximo ao apiário, plantas aromáticas e


medicinais, pois seu odor atrai muito as abelhas e diversificara ainda mais as
fontes de alimento das colônias.

Uma palavra final: o mais importante, na formação do pasto apícola, é que o


apicultor procure identificar as espécies mais apropriadas e adaptadas a sua
propriedade.
Um exemplo: a astrapéia (lombeija). Essa planta tem a vantagem de florescer
em pleno inverno garantindo, assim, alimento à família num período de
escassez.
No Rio de Janeiro, apresenta uma concentração de 28 a 44% de açúcar em seu
néctar, enquanto em Florianópolis, SC, não concentra mais de 15% de
açúcares.

Classificação das plantas apícolas (quanto à produtividade)

1. Flora apícola principal:


Constituída pelas plantas de maior fluxo nectarífero, normalmente formam
pastos densos, com floradas prolongadas.
Exemplo: eucalipto, laranjeira, capixingui, angico e etc;
2. Flora apícola secundária ou flora de manutenção:
É formada por aquelas plantas que fornecem menor quantidade de néctar e
pólen, servindo apenas para a manutenção da colméia.
Exemplo: ervas daninhas e algumas frutíferas (guanxuma, goiabeira, picão-
preto, e etc);
3. Flora apícola terciária (florada eventual):
São aquelas plantas que só produzem fluxo de pólen e/ou néctar quando bem
representadas.
Exemplo: astrapéia, caliandra, amor-agarradinho e etc;
4. Flora apícola quartenária (culturas):
O principal objetivo do uso das abelhas na visita destas flores é a realização da
polinização. A presença de néctar e pólen na flora quaternária é bastante
variável, e ainda existe o risco de contaminação das abelhas devido ao uso
comum de agrotóxicos nestas culturas, portanto, cuidados se fazem
necessários para esse tipo de exploração.
Exemplo: feijão, girassol, soja, citrus, melancia, melão e etc.
Fonte: www.dependedenos.org

Flora Apícola

O que se entende por flora apícola?

Significa um conjunto de plantas ocorrentes em uma determinada região e


que desempenham o papel de sobrevivência para as abelhas.

Há extensas listagens de táxons vegetais considerados importantes para as


abelhas, referentes, no presente caso, às diferentes regiões do Brasil. As
plantas referidas estão classificadas ao nível de família, gênero e,
freqüentemente, a espécie. Muitas vezes estão citadas somente pelos seus
nomes vulgares.

Quando se fala em flora apícola, deve-se considerar os interesses e as


preferências nutricionais, tanto das abelhas nativas (Meliponini), quanto das
introduzidas em nosso país (Apis mellifera L.). As levas dos primeiros
imigrantes no Brasil, no século dezenove, principalmente alemães, trouxeram
consigo as abelhas vulgarmente chamadas de “européias”, bem como a
tradição e cultura de manipular e tratá-las. Entretanto, o pasto para as abelhas
aqui era diferente do da Europa. Ambos, o homem e as abelhas tiveram de
adaptar-se às novas condições de vida. Fizeram-no muito bem, de modo que
estamos vivendo atualmente uma crescente atividade apícola em todo país.
Recentemente, a Meliponicultura tem presenciado um importante
desenvolvimento, tanto ao nível de espaço, quanto à tecnologia inovadora
para uma criação racional. Além do mel, cresceu o interesse pela produção e
qualidade de derivados apícolas. Estes se referem à própolis, geopropolis,
geléia real, ao pólen, à cera e apitoxina.

O pólen da flora apícola é encontrado em mel, própolis, geopropolis e geléia


real, além de ser coletado puro pelas abelhas, estocado em alvéolos (Apis) e
potes (Meliponini), separadamente do mel, constituindo o chamado “pão das
abelhas”. Existe hoje uma literatura bastante informativa, embora
regionalmente ainda limitada, sobre o pólen apícola (Barth 2004. Scientia
Agrícola 61: 342-350).

O pólen no mel
Fazem parte do mel os grãos de pólen provenientes, na sua maior parte, das
plantas fornecedoras de néctar, as chamadas plantas nectaríferas. Uma certa
percentagem do pólen no mel pode ainda ser proveniente de plantas
anemófilas, isto é, cujas flores não produzem néctar, somente pólen, disperso
pelo vento, mas que pode ser de interesse para as abelhas como fonte de
proteínas. Há ainda uma terceira categoria de plantas, as chamadas plantas
poliníferas que, além de pouco néctar, fornecem bastante pólen.

É evidente que as plantas nectaríferas são de maior importância na produção


de mel. Compreendem um grande número de espécies variando de região
para região. Além de minuciosas observações da atividade das abelhas no
campo, estas plantas são reconhecidas e identificadas através da “análise
polínica” do mel.

Constitui-se no reconhecimento dos tipos polínicos encontrados nas amostras


de mel e a partir deles chegar às espécies vegetais que os produziram, bem
como à vegetação de interesse apícola ao redor de um apiário e dentro do raio
de ação das abelhas. Entre os tipos polínicos mais freqüentes encontrados em
nossas amostras de mel, estão como exemplos os de Eucalyptus, de frutas
cítricas (Citrus sp.), Mimosaceae e Asteraceae (Compositae).

Entretanto, a avaliação dos dados obtidos, ainda necessita de aprimoramento.


Não basta realizar uma simples repartição dos tipos de grãos de pólen
encontrados nas amostras de mel em classes de freqüência. É necessário
avaliar e ponderar estas categorias e relacioná-las às propriedades e
características das plantas que os produziram. Em parte, até empírico, é o
nosso conhecimento sobre plantas que produzem mais ou menos néctar, mais
ou menos pólen, bem como plantas que são de maior ou menor interesse
para as abelhas. Este interesse pode variar de região para região. Por exemplo,
Dombeya wallichii

(astrapéia), é de bom interesse para as abelhas no Estado do Rio de Janeiro


(região Sudeste), entretanto é de desinteresse no Estado de Santa Catarina
(região Sul) devido ao elevado teor de água em seu néctar nesta região. Todas
as plantas essencialmente nectaríferas produzem muito néctar e pouco pólen,
portanto são sub-representadas nos espectros polínicos.

Entre as poliníferas, isto é, plantas que produzem muito pólen e relativamente


pouco néctar, super-representadas nos espectros polínicos, ocorrem diversas
espécies do gênero Mimosa , de Melastomataceae (quaresmeiras). Espécies do
gênero Eucalyptus, amplamente cultivadas no Brasil a partir do início do século
XX, têm produção variável de pólen, de modo que ora se enquadram como
nectaríferas, ora como poliníferas.

Há ainda as plantas anemófilas, que não produzem néctar e cujo pólen só


acidentalmente entra na composição do espectro polínico de méis. Entre
estas, ocorrem com maior freqüência várias espécies de Cecropia (embaúbas),
de Poaceae (gramíneas), entre as quais o milho, e de Cyperaceae (tiriricas).

Em resumo, levando-se em consideração na análise polínica de amostras de


mel a participação de pólen anemófilo e polinífero, bem como a relação
quantitativa de sub- e super-representação do pólen das plantas nectaríferas,
obtem-se um diagnóstico mais próximo da verdadeira procedência do mel.

O pólen puro
Servindo de reforço alimentar à dieta do homem, o pólen de bolotas de
abelhas é comercializado há longo tempo. Procura-se, no entanto, obter um
padrão constante deste produto. O pólen de plantas apícolas é a principal
fonte de proteínas na dieta das abelhas. Em visitas ao campo à sua procura, as
abelhas recolhem-no sob a forma de bolotas presas às corbículas de seu
último par de patas. Na colmeia é armazenado em favos separados dos de
néctar. O homem, no desejo de obter também o pólen, coloca na entrada da
colmeia um dispositivo caça-pólen, por cuja fresta passa a abelha operária
vindo do campo; entretanto, ela perde as bolotas de pólen de suas corbículas,
as quais são recolhidas numa bandeja anexa. Posteriormente estas bolotas de
pólen são secadas, evitando ser atacadas por mofo e acondicionadas em
recipientes e ambiente propícios à sua conservação. Acontece que as abelhas
saem à procura de uma única espécie floral mas, não encontrando quantidade
suficiente, visitam outras flores e misturam o pólen muitas vezes numa
mesma bolota. Portanto, o pólen monofloral apresenta propriedades
organolépticas e bioquímicas características e constantes, o heterofloral tem
propriedades variáveis.
Além de grãos de pólen, estas bolotas contêm corantes à base de lipídios,
provenientes das anteras das flores onde o pólen foi produzido. Variando com
os táxons botânicos e em dependência destas substâncias, diversas colorações
de pólen são encontradas, desde o bege quase branco até o marron bem
escuro, passando por amarelo, alaranjado, vermelho e verde. Os resultados de
pesquisas demonstraram que as cargas de pólen de uma mesma coloração
podem corresponder a diferentes tipos polínicos e que um mesmo tipo
polínico pode ocorrer com diferentes colorações.

Em conclusão, as análises qualitativas e quantitativas dos tipos polínicos


encontrados em amostras de pólen apícola são, portanto, instrumentos
utilizáveis para a caracterização geográfica de sua procedência, bem como da
origem florística.

O pólen em própolis e geoprópolis


Um dos componentes de própolis, compreendendo cerca de 5% de seu peso, é
o pólen. Seu aparecimento neste composto tem diversas origens. Pode ser
trazido pelo vento, aderindo à resina das exsudações vegetais. Pode também
entrar na confecção da própolis como contaminante, proveniente de seu
armazenamento dentro da colmeia. O terceiro modo de entrada de pólen na
fabricação de própolis tem origem no pólen aderido ao corpo das abelhas
durante os seus trabalhos de campo e nas colmeias.

São poucas as análises palinológicas feitas de sedimentos de amostras de


própolis. Amostras de própolis dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Rio Grande do Sul foram analisadas quanto à presença de elementos
figurados. Os principais tipos polínicos encontrados, além de grande
quantidade de tricomas (glândulas vegetais), corresponderam aos táxons de
Cocos, Eucalyptus, Eupatorium, Mimosa caesalpiniaefolia, Mimosa scabrella e
Schinus (Anacardiaceae). Chamou atenção o elevado teor de pólen anemófilo,
principalmente de Cecropia.

A identificação de táxons vegetais através da morfologia de seus grãos de


pólen, permite a inferência, através de associações polínicas, sobre o tipo de
vegetação de onde foi recolhida a própolis. É possível definir, salvo em poucos
casos, a origem geográfica de uma própolis baseando-se no respectivo
espectro polínico.
Foi observado que alguns Meliponini, além de pólen, traziam em separado
resina, barro e carregamento de látex do fruto de Vismia para a fabricação de
geoprópolis. A presença de sílica e barro e a ausência de tricomas foi usada,
além de pólen, para diferenciar geoprópolis de meliponíneos de própolis de
Apis.

O pólen na geléia real


De modo semelhante à análise polínica de amostras de própolis e geoprópolis,
os espectros polínicos de amostras de geléia real podem constituir-se em
instrumento útil na indicação de sua origem regional, bem como de
importantes táxons vegetais para as abelhas. O componente pólen
compreende cerca de 5% de seu peso.

Conclusão
Tanto para mel, quanto para própolis, geopropolis e geléia real, a análise
polínica é essencial no sentido de poder reconhecer, através da vegetação, a
região na qual foram produzidos pelas abelhas.

Refrências bibliográficas
Barth OM 1989. O Pólen no Mel Brasileiro. Editora Luxor, Rio de Janeiro. 151 p.
Barth OM 1998. Pollen analysis of Brazilian Propolis. Grana 37: 97-101.
Barth OM, Luz CFP 1998. Melissopalynological data obtained from a mangrove
area near to Rio de Janeiro, Brazil. Journal of Apicultural Research 37: 155-
163.Barth OM, Luz CFP 2003. Palynological analysis of Brazilian geopropolis
samples. Grana 42: 121-127.
Barth OM 2004. Melissopalynology in Brazil: a review of pollen analysis of
honeys, propolis and pollen loads of bees. Scientia Agrícola 61: 342-350.
Barth OM 2005. Análise polínica de mel: avaliação de dados e seu significado.
Mensagem Doce, SP, 81: 2-6.
Barth OM 2005. Botanical resources used by Apis mellifera determined by
pollen analysis of royal jelly in Minas Gerais, Brazil. Journal of Apicultural
Research 44: 78-81.
Fonte: www.apis.sebrae.com.br

Flora Apícola

A flora apícola é caracterizada pelas espécies vegetais que possam fornecer


néctar e/ou pólen, produtos essenciais para a manutenção das colônias e para
a produção de mel. O conjunto dessas espécies é denominado “pasto apícola
ou pastagem apícola”.
Para que se obtenha sucesso na criação de abelhas, é fundamental uma
avaliação detalhada da vegetação em torno do apiário, levando-se em conta
não apenas a identificação das espécies melíferas, mas também a densidade
populacional e os seus períodos de floração. Essas informações serão
fundamentais na decisão do local para a instalação do apiário, assim como no
planejamento e cuidados a serem tomados (revisão, alimentação suplementar
e de estímulo, etc.) para os períodos de produção e para os períodos de
entressafra (épocas de pouca ou nenhuma disponibilidade de recursos florais).

O pasto apícola pode ser natural, ou seja, formado a partir de espécies nativas
ou proveniente de culturas agrícolas e reflorestamentos da indústria de
madeira e papel. Nesses casos, a dependência de monoculturas não é
aconselhável, pois, além de as abelhas só terem fontes de néctar e pólen em
determinadas épocas do ano, há o risco de contaminação dos enxames e dos
produtos pela aplicação de agroquímicos nessas áreas (prática comum na
agricultura convencional). No caso dos grandes reflorestamentos de eucalipto,
nem sempre podem ser considerados bons pastos apícolas, pois, apesar de
existirem várias espécies com grande potencial apícola, na maioria dos casos,
o corte das árvores ocorre antes da sua maturidade reprodutiva e
conseqüente floração.

A diversidade do pasto apícola é uma situação que deve ser buscada. Nesse
sentido, o apicultor pode e deve melhorar, sempre que possível, seu pasto
apícola, introduzindo na área em torno do apiário espécies apícolas que sejam
adaptadas à região, de preferência que apresentem períodos de floração
diferenciados, disponibilizando recursos florais ao longo de todo o ano.

O tamanho de um pasto apícola, assim como a sua qualidade (variedade e


densidade populacional das espécies, tipos de produtos fornecidos, néctar
e/ou pólen e diferentes períodos de floração) irão determinar o que
tecnicamente denomina-se “capacidade de suporte” da área. É a capacidade
de suporte que irá determinar o número de colmeias a serem locadas em uma
área, levando-se em conta o aspecto produtivo. Dessa forma, o potencial
florístico dessa área será explorado pelas abelhas, de forma a maximizar a
produção, sem que ocorra competição pelos recursos disponíveis.
Apesar das abelhas terem a capacidade de forragear com alta eficiência uma
área de 2 a 3 Km ao redor do apiário (em torno de 700 ha de área total
explorada), quanto mais próximo da colmeia estiver a fonte de alimento, mais
rápido será o transporte, permitindo que as abelhas realizem um maior
número de viagens contribuindo para o aumento da produção.

Fonte: www.embrapa.br

Flora Apícola

Sem flores não há néctar; sem néctar não há mel; sem mel não há abelhas.

Essas relações simples fazem-nos ressaltar o transcendental papel das flores


na Apicultura.

Tanto é eminentemente importante esse papel na Apicultura que, de atividade


extremamente fácil, cômoda e econômica (em lugares ricos em flores! ),
transforma-se em exploração difícil, penosa e altamente antieconômica (em
lugares pobres em flores).

Sim, porque o mel é o alimento das próprias abelhas; cio excesso de sua
produção é que tiram os homens as vantagens econômicas. Ora. se o local é
inadequado para a Apicultura, devido ì ausência de pasto para as abelhas, elas
muito mal conseguirão o indispensável para sua própria alimentação e
consequentemente nada reverterão para lucro do apicultor.

A flora é pois o mais importante fator de progresso de uma exploração


apícola, donde o apicultor deverá ter conhecimentos relativos às. essências
principais do lugar, épocas de florescimento etc. Já falamos rapidamente sobre
esse assunto ao tratarmos da Apicultura migratória. No entanto aqui
procuraremos, dada a sua importância, alongar-nos um pouco mais, sem
descer no entanto a detalhes por demais profundos.

Ressente-se a Apicultura nacional de um trabalho de cunho extensivo .sobre


as plantas nectaríferas e poliníferas, com dados sobre espécies, variedades,
épocas de florescimento, concentração dos açúcares do néctar, coloração do
pólen, métodos de propagação do vegetal etc. Há apenas trabalhos esparsos
de levantamentos locais destinados a outros fins que não apícolas e algumas
investidas mais arrojadas no próprio terreno da Apicultura (Érico Amaral –
Estudos Apícolas em Leguminosas, e Nogueira Neto – Criação de Abelhas
Indígenas sem Ferrão). Um aluno nosso, (Engenheiro Agronomo Procópio
Belchior) do Curso de Especialização de Zootecnia (1959), realizou um trabalho
muito bom sobre a flora do Estado da Guanabara, em que compilou uma
enorme variedade de plantas de valor para a Apicultura, com as épocas de
florescimento.

Procuraremos, após uma explicação sobre a secreção do néctar e os fatores


que sobre ela influem, dar uma relação das plantas nectaríferas e poliníferas
mais importantes para a Apicultura.

A secreçâo do néctar

A maior parte do néctar aproveitado na Apicultura brasileira provém de


plantas nativas, não cultivadas ou de essências florestais. É natural que o
apicultor possa melhorar o pasto para suas abelhas, através de propagação de
plantas apícolas (nectaríferas ou poliníferas) nas suas terras bem como nas
terras vizinhas.

Outrossim as autoridades governamentais podem incrementar essa


propagação bem como defender a vegetação já existente. através dc-
adequados dispositivos legais.

O néctar é a secreção açucarada, proveuieute da seiva vegetal transformada


em órgãos especializados, os nectários florais; porém êstes podem também
ser localizados fora das flôres (nectários eztraflorais) como na mamona e no
algodoeiro.

O uéctar apresenta os seguintes açúcares, perfeitamente identificados


segundo Goldschmidt e Burkert: sacarose, cpies-tose, melezitose e rafinose.
Existe também o falso néctar, produzido pelos insetos afídios; não nos
interessa no entanto.

Há uma infinidade de plantas que produzem néctar em elevada quantidade e,


no entanto, as abelhas não as visitam.

A explicação mais lógica é que a procura das plantas pelas abelhas se


baseia em diversos fatores:
Concentração de açúcar do néctar (as abelhas preferem os néctares com
elevada concentração de açúcar; assim, se há 2 plantas em floraçâo n;i mesma
ocasião, em igualdade de outras condições as abelhas preferirão a que tem
néctar mais concentrado, isto é, menos aguado );

Gosto das abelhas, isto é as abelhas preferem o néctar de certas plantas ao de


outras. talvez por esse néctar apresentar melhor aroma e sabor para elas;

Possibilidade de acesso aos nectários (é natural que, se uma planta tem néctar
de elevada concentração e que poderia ser agradável às abelhas, porém os
nectários são fechados ou protegidos por tecidos quaisquer, as abelhas não
podem sugar o néctar e, portanto, desinteressam-se pela planta). Fim exemplo
disso é a papoula-de-são-francisco (sem valor comercial para a Apicultura),
cujos nectários são muito fundos e fechados, donde a abelha desprovida de
aparelho mandibular cortador não pode chegar até êles; no entanto um
besouro rói a corola, junto à base e a abelha, através do orifício, consegue
sugar algum néctar. (Érico Amaral, em seus “Estudos Apícolas em
Leguminosas”, verificou várias vêzes fatos idênticos a esse) ;

Escassez de alimentos: se há falta completa cìe néctares de elevada atração


para as abelhas, elas recorrerão às plantas de néctares inferiores, premidas
que sejam pela fome. Isto explica a importância de plantas nectaríferas ou
poliníferas que, de pouco significado comercial em época de fartura,
transformam-se em valiosa ajuda para minorar a fome das abelhas em época
de acentuada escassez. É o caso na nossa região do amor-agarradinho, da
esponja e da marianeira.
Ressaltamos quatro fatores incidentes na preferência das abelhas por
determinadas plantas. No entanto quase sempre o fator preponderante é a
concentração de açúcar do néctar.

Isto é fácil de explicar por um raciocínio muito elementar que coloca em


evidência o notável instinto das abelhas: o conteúdo de açúcar do mel,
como já sabemos é quase totalmente formado de glicose e levulose. Ora,
esses dois açúcares são obtidos pelo desdobramento da sacarose (principal
açúcar cio néctar) pelas enzimas do próprio néctar ou produzidos pelas
abelhas. Logicamente, quanto mais concentrado for o néctar (isto é, quanto
mais sacarose contiver), mais glicose e levulose fornecerá, com a mesma
quantidade de néctar. Portanto, os néctares mais concentrados permitem
obter, com o mesmo trabalho (igual número de viagens para colher o néctar e
mesma atividade para evaporar a água) maior quantidade de mel. Daí resulta
a importância da seleção, tanto quando possível, das espécies de plantas mais
ricas em néctar e. dentro de uma mesma espécie. das variedades que
apresentam maior concentração.
Esse trabalho de levantamento da concentração do néctar das plantas é feito
com auxílio do refratômetro de campo, aparelho provido de lentes e de uma
escala graduada que dá as leituras diretas da concentração do néctar em
açúcares. Já existem desses aparelhos fabricados no Brasil.

O néctar pode ser recolhido diretamente nas flores ou pegando uma


abelha coque o esteja recolhendo e apertando a sua boca contra o vidro
do refratômetro: ela expele uma gotinha de néctar que é então medido.
Fonte: www.ufv.br

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