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Conclusão

O presente disposto plano estratégico cingiu-se em aspectos de uma extensa área urbana com
características diversas ao longo do trajeto da Cidade da Beora, trajecto este que incorporou
desafios que abrangeram cenários ou paisagens que sugiram desde o tecido da região costeira, as
áreas de ocupação industrial até aos fenômenos de ocupações espontâneas ao longo das áreas
propensas aos riscos naturais como inundação e erosão. Neste âmbito, a intervenção enfatizou a
necessidade de elaboração de estratégias de desenvolvimento sustentável no intuito de promover
o a reorganização da cidade através da coordenação das comunidades tendo levado em conta
como eixos estruturantes os meios de distribuição viária e marítimo que a cidade possui em seu
quadro do perfil sócioeconómico para além dos meios dos subsistência.

A região costeira da cidade, sendo uma zona caracterizada como sendo de risco e
vulnerabilidade à ocorrência de desastre naturais pela existência de focos de ocupação
espontâneas ao longa da costa por diversos sectores dentre eles o habitacional e comercial, periga
do o sector pesqueiro pois maioritariamente a área e densamente ocupada por pescadores e
comerciantes locais, assim a evacuação dos ocupantes para zonas de menos oferta ao risco foram
tidas como acções prioritárias no contexto de elaboração do presente, permitindo assim a
realocação de atividades do interesse marítimo como o plantio de mangais para proteção costeira,
potencialização da actividade pesqueira e transporte de cargas e passageiros, implementação de
serviços de apoio à pesca entre outros que cumlinassem na conservação desta nobre região
urbana. As abordagens atenderam a desenvolver o polo de resiliência frente aos altos indices de
sazonalidade que a cidade tem apresentado nos últimos anos pelas mudanças climáticas e a
grande porção de construções precárias nestas regiões, ainda assim tornou-se indispensável a
criação de oportunidades econômicas e de lazer para a cidade da Beira.

A cidade possui um extenso modelo urbano fortemente influenciado pela arquitectura


portuguesa, sendo assim possível constatar existência de desterminadas área históricas munidas
por edifícios emblemáticos e centralidade de equipamentos e serviços no centro da cidade. Pelo
cenário tomou-se em conta a necessidade de preservar o patrimônio cultural e Arquitectónico da
cidade bem como ressignificação de algumas áreas, com vista na geração de paisagens urbanas
mais inclusivas e acessíveis a todos, todavia, a zona denominada industrial apresentará cenários
que teriam resultado na implementação de estratégias que buscassem melhorar as condições de
habitabilidade na cidade e a mitigar os efeitos de poluição principalmente em zonas em que esta
ocupação circunvizinha as áreas de ocupação habitacional a qual a partilha de espaços é comum.

Entretanto, devido à sua propensão a inundações, erosão e fraca capacidade de abastecimento


pelos sistemas de drenagem, foram necessárias níveis de efetuação de acção estratégica que focas
sem na melhoria das condições de coexistência no meio urbano através da minimização dos riscos
associados às inundações sendo assim possível fazer a drenagem racional dos recursos hídricos e
reaproveitamento do potencial para desenvolver actividades económicas e de lazer como é o caso
dos parques inundáveis que servem de áreas esponjas da cidade para além do desenvolvimento
do sector agrária que é um dos meios de subsistência de pouco mais que 70% da população
residente na Beira. Além disso, a desobstrução dos canais de drenagem de águas pluviais,
juntamente com políticas de uso do solo mais eficientes, ajudaria a resolver o conflito de espaços
entre indústrias e habitações nesses locais.

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