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MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

Estudante: Filipe Gaudenci Marcondes Ferraz

Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes – 0423-8

Turma: MBA_LGEMBAEAD-24_24042023_8

1. Introdução
Este trabalho tem por objetivo, analisar as atuações de líderes através de suas
atitudes e estilos, com o intuito de agregar ainda mais conhecimento sobre o tema.
Para tal, foi selecionado o filme Getúlio de 2014, que tem por narrativa mostrar os
últimos dias de vida do presidente da república, elencando os fatos que
antecederam a decisão de suicídio por parte do mesmo.

2. Desenvolvimento
Ao assistir o filme, notoriamente fica claro a existência de uma “richa” política entre o
jornalista Carlos Lacerda, considerado o inimigo número um do governo do então
presidente Getúlio Vargas. Dessa maneira, evidenciamos dois líderes em volta da
narrativa, sendo eles o Jornalista Carlos Lacerda e o então presidente Getúlio
Vargas.
O jornalista Carlos Lacerda visa influenciar o povo e alguns membros do palácio,
como por exemplo o deputado Afonso Arinos, que pactua da mesma ideia do
jornalista, que seria remover o poder do presidente, sendo que não concordava com
a maneira de trabalhar do atual governo. O estopim para essa grande narrativa foi o
atentado que acabou culminando na morte do major Rubens Vaz, que fazia a
segurança do jornalista. Já o presidente Getúlio, visa influenciar também o povo,
mas na narrativa, fica muito claro a influência sobre seus ministros e grupo da

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guarda pessoal, que acaba sendo “desmoronado” após o acontecimento do
atentado.
O Jornalista Carlos Lacerda, possui um grande conhecimento em comunicação e
usa o ínicio da televisão como um grande aliado em sua busca ao objetivo final.
Através de ataques gravados e transmitidos pela TV e pelo jornal onde trabalhava, o
jornalista consegue agregar muita força e alcançar o principal grupo de influência,
que nada mais é do que o povo brasileiro, que com a pressão transmitida pelos
mesmos, conseguem chegar até aos ministros e generais, para conseguirem
impactar na tomada de decisão do atual presidente. Além disso, em uma cena do
filme, onde o coronel Scaffa está interrogando Gregório, o mesmo apresenta um
jornal com notícia falsa, que foi desenvolvido pelo pessoal do jornalista, com o intuito
de fazer Gregório confessar ou entregar o mandante do ataque que culminou na
morte do major Rubens Vaz. Isso evidencia a utilização de manobras de persuasão
por meio do jornalista Carlos Lacerda. Analisando essas atitudes do jornalista,
conseguimos observar a existência de uma liderança carismática, onde a todo
momento ele busca influenciar outras pessoas pelo seu jeito e ponto de vista.
Já o presidente Getúlio, utiliza-se de meios racionais e que não violem a constituição
brasileira, apesar de ter sido ditador entre o período de 1930 até 1945, ele entende
que o atual cenário é o da democracia e tenta fazer de tudo para que a mesma
funcione. Após o atentado, Getúlio sofre uma pressão muito grande, pois a culpa
pela morte do major cai sobre as costas da família Vargas e consequentemente
muitas outras informações vem à tona, como visto na cena do filme em que o
Coronel Scaffa encontra no quarto do Gregório, documentos sobre a venda de uma
fazenda realizado pelo filho do presidente, o que acarreta ainda mais pressão no
atual governo. O presidente sempre tenta manter a racionalidade, porém ao mesmo
tempo ele é cabeça-dura e aparentemente não escuta nenhum conselho das
pessoas próximas a si, sendo que toda decisão final será embasada pelas próprias
ideias, dito isso, a liderança passada pelo presidente, vai muito ao encontro de
líderes autocráticos, onde ele centraliza as tomadas de decisões, valorizando a
obediência de seus liderados.

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Ambos os líderes descritos aqui, possuem formas de poderes para exercer sua
liderança perante seus grupos, porém é nítido que o jornalista possuí o poder de
coerção, onde ele se utiliza de ameças ao presidente, e poder de persuasão perante
seu grupo, querendo mostrar que o mesmo é culpado a todo custo. E essa ameaça
transmite receio para a população e membros do governo, sobre se deve ou não
manter o presidente no cargo, o que aumenta muito a pressão para que o mesmo
renuncie ao cargo o quanto antes. Já o presidente, apenas pelo fato de estar na
presidência, possui um poder legítimo, que nada mais é do que níveis hierárquicos,
ou seja, quanto maior a posição do líder, maiores são seus poderes. Dito isso,
podemos pensar na decisão em que o presidente não abre mão e de forma alguma
iria renunciar ao cargo, ou seja, ele sabe o poder que tem e vai até o fim para
finalizar seu mandato, a não ser que seja morto, em várias passagens do filme ele
mesmo diz que só retirarão do Catete apenas o seu cadáver.
Na narrativa, fica muito claro como o jornalista possui grande poder de
comunicação, sendo essa uma excelente qualidade para qualquer líder, seja em
qual ramo for. Porém, é preciso ter cuidado, pois com seu poder e sua comunicação
a influência para o grupo é grande, então é necessário pensar bem a forma como
fala, pois você é um espelho para várias pessoas e isso pode vir a ser um problema,
pensando propriamente no caso do jornalista, que ao se deparar com o suicídio do
presidente, aparenta-se totalmente abalado, como pode ser visto em uma das cenas
finais do filme, Ou seja, a comunicação tem grande influência na tomada de
decisões de terceiros, portanto é preciso estar ciente das atitudes e consequências
que isso pode vir a gerar.
Por outro lado, analisando o ponto de vista do presidente, por seguir uma liderança
autocrática, praticamente as decisões sempre são dele e isso trouxe um grande
fardo, que para ele no caso, foi o suicídio, pois não encontrou outra forma de
resolver o problema enfrentado. Analisando essa questão, talvez se o presidente
ouvisse sua filha e/ou seus ministros, a forma em que acabaria seria menos
dolorosa no final, porém no ponto de vista dele, seria pior do que a própria morte.
Trazendo para o âmbito de trabalho, uma liderança autocrática não é viável, uma

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vez que poder ouvir e respeitar decisões de liderados, pode vir a dar melhores frutos
no futuro.
Pensando na frase que aparece no final do filme: “Gosto mais de ser interpretado do
que me explicar”, frase essa dita pelo presidente, evidencia que ele não é de dar
explicações sobre suas tomadas de decisões, deixa a carga de terceiros interpretar
o que quiserem sobre ele, isso fica claro ao não querer “entrar na briga” com o
jornalista, deixando que cada um interprete o que quiser sobre ele, o que também
evidencia que não abre mão de seus ideais.
Em resumo, ambos têm pontos positivos em suas lideranças, porém precisam de
melhorias, como assumir as responsabilidades ao se comunicar de forma firme e a
de conseguir escutar e empregar ideias que venham de seus liderados, uma vez que
um líder de verdade, se faz ao respeitar e gerenciar todos os problemas junto com
sua equipe.
Fazendo um paralelo de tudo o que foi observado no filme para o meu dia a dia
como gerente de projetos em um escritório de cálculo estrutural, fica claro que nós,
como líderes, somos espelhos para nossa equipe, portanto toda decisão e
comunicação que fizermos com eles, será um aprendizado que levarão para toda a
vida e que deve agregar para que surjam novos líderes dentro da equipe.
Minhas decisões como líder de uma equipe de 20 pessoas, são sempre pautadas
em ouvir as dores dos liderados, pensar em conjunto nas decisões a serem
tomadas, porém passar segurança sobre essas decisões, pois é preciso ter respeito
com a equipe, mas ao mesmo tempo ter a confiança mútua entre as partes. Se, por
exemplo, eu empregar a liderança autocrática em minha área de atuação, jamais
conseguiria atingir resultados importantes, pois é preciso muito brainstorming da
minha parte com a minha equipe, pois a troca de conhecimentos técnicos torna-se
cada vez maior dessa forma.

3. Conclusão
Ao analisar as duas lideranças presentes no filme, podemos evidenciar pontos
positivos e negativos (já mencionados acima), até porque não é nada simples

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exercer com êxito o papel de liderança. Porém, podemos concluir que para ser um
bom líder é preciso inicialmente agir com respeito e empatia com sua equipe, dando
também responsabilidades para os membros, a fim de não querer abraçar todas as
tomadas de decisões para si. Um bom líder gera novas lideranças abaixo de si,
apontando a direção correta para o sucesso, lembrando sempre que o mesmo é um
espelho para a equipe, então a disciplina, o respeito, a empatia e o compromisso,
devem sempre vir do líder, para aí sim a equipe de liderados absorver e
compreender a importância do papel de cada um dentro de um time.

*Referências bibliográficas
BORTOLIN, Adriana. Liderança e Gestão de Equipes.

5 ESTILOS DE LIDERANÇA E QUANDO ELES FUNCIONAM MELHOR. Institute of


Business Education, 2016. Disponível em: https://www.ibe.edu.br/5-estilos-de-
lideranca-e-quando-eles-funcionam-melhor/. Acesso em: 02 de junho de 2023.

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