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03 Intercularidade e Multiculturalidade No Ensino Da Arte
03 Intercularidade e Multiculturalidade No Ensino Da Arte
A interculturalidade tem lugar quando duas ou mais culturas entram em interacção de uma forma horizontal
e sinérgica. Para tal, nenhum dos grupos se deve encontrar acima de qualquer outro que seja, favorecendo
assim a integração e a convivência das pessoas.
Este tipo de relações interculturais implica ter respeito pela diversidade; embora, por razões óbvias, o
aparecimento de conflitos seja inevitável e imprevisível, podem ser resolvidos através do respeito, do
diálogo e da concertação/assertividade.
Há que ter em conta que a interculturalidade depende de diversos factores, como é o caso das várias
concepções de cultura, dos obstáculos comunicativos, da falta/debilidade de políticas governamentais, das
hierarquias sociais e das diferenças económicas.
Também existe a interculturalidade interpessoal, que tem lugar quando pessoas de diferentes culturas
entrem em contacto directo através de algum meio electrónico, como a Internet, a rádio ou ainda a
televisão.
O enfoque intercultural consta sempre de três etapas: a negociação (a simbiose produzida para alcançar a
compreensão e evitar os confrontos), a penetração (sair do próprio lugar para tomar o ponto de vista do
outro) e a descentralização (uma perspectiva de reflexão).
Por outro lado, a interculturalidade consegue-se através de três atitudes básicas, nomeadamente a visão
dinâmica das culturas, o facto de acreditar que as relações quotidianas têm lugar através da comunicação,
e a construção de uma ampla cidadania com igualdade de direitos.
O interculturalismo refere-se à interacção entre culturas de uma forma recíproca, favorecendo o seu
convívio e integração assente numa relação baseada no respeito pela diversidade e no enriquecimento
mútuo.
A expressão também define um movimento que tem como ponto de partida o respeito pelas outras culturas,
superando as falhas de relativismo cultural, ao defender o encontro, em pé de igualdade, entre todas elas.
• Compreender a complexidade e riqueza das relações entre diferentes culturas, tanto no plano individual
como no comunitário;
• Colaborar na busca de respostas aos problemas mundiais que se colocam nos âmbitos
sociais, económicos, políticos e ecológicos.
Dado que não se pode considerar que qualquer cultura tenha atingido o seu total desenvolvimento, o
diálogo entre os povos de diferentes culturas é o meio de possibilitar o enriquecimento mútuo de todas
elas. O interculturalismo propõe, assim, que se aprenda a conviver num mundo pluralista e se respeite e
defenda a humanidade no seu conjunto.
Multiculturalismo
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O Canadá e o Brasil, por exemplo, são países multiculturais. Muito devido aos diferentes grupos de
imigrantes recebidos, mas também por observar outros fatores de integração, como a não subordinação a
cultura dominante, e desenvolvimento de novas culturas a partir do choque cultural inicial.
O conceito de multiculturalismo tem grande influência do relativismo cultural, que questiona a ideia de que
os hábitos e costumes de um grupo poderiam ser superiores a outros. Esta ideia de que as culturas são
diversas e devem ser respeitadas na sua essência, sem existir um certo ou errado nos costumes, é a base
do multiculturalismo.
Multiculturalismo no Brasil
Ao longo dos séculos, o território brasileiro recebeu holandeses, franceses, espanhóis, italianos, japoneses,
alemães. E na pós-modernidade, esta mistura de etnias só aumenta no nosso país.
Internacionalmente o Brasil é conhecido por ser um dos países que melhor recebe seus visitantes, tentando
adequar-se para receber bem as culturas alheias sem deixar de lado os costumes locais.
A diversidade étnica dos próprios brasileiros é outra forte característica multicultural. As diferentes cores de
pele, os diversos costumes compartilhados, a liberdade de credo religioso, tudo isso faz parte do conjunto
multicultural.
Multiculturalismo e Educação
O multiculturalismo aplicado à educação envolve práticas pedagógicas que despertem os alunos para a
diversidade dos grupos culturais, que aprendam a respeitar as diferenças e que se defrontem com
assuntos como identidade cultural e de gênero.
A obrigatoriedade de ensino da história da África e da cultura afro-brasileira, por exemplo, é uma das ações
afirmativas pelo multiculturalismo na educação. Incentiva que o professor e os alunos saiam do eixo de
estudos europeus-ocidentais que tradicionalmente as escolas brasileiras propõem.
Exemplos de Multiculturalismo
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No campo das artes, o multiculturalismo assume formas variadas, ainda que tenha sempre caráter
engajado e intervencionista, definido em função da experiência social do artista: sua origem, pertencimento
de classe, opção sexual etc. Arte e vida, imbricadas desde as vanguardas históricas - no dadaísmo, por
exemplo - tornam-se agora termos inseparáveis: a vida é que dita os contornos da arte, que pode ser
negra, gay, feminista, chicana etc. Os artistas falam de um lugar, que é o dos não-wasp [white anglo-saxon
protestant/anglo-saxão branco protestante]: as mulheres falam da condição feminina, assim como os afro-
descendentes, os hispânicos, os índios etc. Nos Estados Unidos - onde o multiculturalismo é definido e
teorizado por intelectuais de origem terceiro-mundista, atuantes nas universidades norte-americanas -, as
relações entre produção artística e política se estreitam na década de 1970, basta lembrar a criação, em
1969, da Art Workers Coalition - AWC [Coalizão dos Trabalhadores de Arte], em Nova York, e do simpósio
organizado pela revista Artforum, "O artista e a política". Protestos contra a Guerra do Vietnã, defesa dos
direitos civis e do direito do artista em relação ao modo de exibição dos seus trabalhos são tópicos de uma
pauta mais extensa formulada pela AWC. Uma das exigências dos membros da coalizão - entre eles, a
crítica Lucy Lippard e os artistas Takis (1925), Hans Haacke (1935) e Carl Andre (1935) - é a presença de
um porto-riquenho no conselho de qualquer museu e galeria que exiba arte porto-riquenha.
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