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jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR INDUSTRIA 4.0: COMPETENCIAS REQUERIDAS AOS PROFISSIONAIS DA QUARTA REVOLUCAO INDUSTRIAL Regina Wundrack do Amaral Aires!, Fernanda Kempner Moreira’, Patricia de Sa Freire Abstract. Indusiry 4.0 is changing the way we produce and relate to the environment in which we live. This new industrial revoluaion is promoting the fusion of technologies and the interaction between physical, digital and biological comains allowing the production of mass customization. This article, through a systematic review of seiemtfic papers in the international Scopus database and studies published by renowned organizations studving the industry 4.0 theme, investigated the skills required of the professionals of the fourth industrial revolution and found that the skills of industry workers 4.0 most required are: creativity, innovation, conmunication, problem solving and teclnical knowledge. Keywords: Industry 4.0; Fourth industrial revolution; Skills; Corporate universities. Resumo, A indistria 40 est mudando a forma como producimos nos relacionamos com 0 meio em que vivemos. Esta nova revolucao industrial esta promovendo a fusao de tecnologias ¢ a interacdo entre dominios fisicos, digitais bioldgicos possibilitando a producdo de personalizacao em massa. Este artigo, por meio de wna revisdo sistemética de artigos ciemificos na base de dados internacional Scopus e estudos publicados por renomadas organizacées que estudam 0 tema indivstria 4.0, investigon as competéncias requeridas aos profissionais da quarta revolugiio industrial e constatou que as competéneias dos trabalhadores da indistria 4.0 mais requeridas so: criatividade, inovacéo, conumicacao, solugdo de problemas e conhecimentos técnicos. Palavras-chave: Indiistria 4.0; Quarta revoluedo industrial; Competéncias; Universidades corporativas. } Mestranda em Engenharia e Gestio do Conhecimento — Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Florian6polis, SC — Brasil. Email: regina amaral.aires@gmail.com ? Doutoranda em Engenbaria e Gesttio do Conhecimento ~ Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Floriandpolis, SC — Brasil. Email: kempnereletrica@hotmail.com ® Doutora em Engenharia e Gestio do Conhecimento ~ Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Florianépolis, SC — Brasil. Email: patriciadesafieire@email.com jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR 1 INTRODUCAO A quarta revolugio industrial ou industria 4.0 esti alterando a forma como trabalhamos ¢ nos relacionamos com o meio em que vivemos. Esta era da digitalizagao esta nos desafiando a experimentar coisas que nunca experimentamos antes, seus impactos dependero de muitos fatores que ainda nao foram plenamente mensurados. No campo organizacional, estamos vivendo profundas mudangas em escala, aleance e complexidade do proceso produtivo, com base nas tecnologias cada vez mais incorporadas ao trabalho. Os desafios desta nova fase da revolugao industrial irdio fomentar o desenvolvimento de solugdes que envolvam diversos stakeholders incluindo: a politica global, setores piblicos e privados, academia e sociedade em geral (Schwab, 2017). Ea amplitude e a profundidade dessas mudangas anuneiam a tansformagio de sistemas inteiros de produgio, gerenciamento e governanga. ” (Schwab, 2017, 43). Uma das tecnologias com forte impacto na industria 4.0 é a digitalizagao, que est presente na vida das pessoas de diversas formas: e-books, aplicativos de taxi ¢ mnisicas em formato digital sto alguns exemplos. Associada a teenologias da informacio (TICs) mostra-se como um importante instrumento para superar desafios nacionais de mobilidade urbana, desenvolvimento de teenologias para smart cities (cidades inteligentes), smart grid (redes elétricas inteligentes), solugdes a distincia ligados 4 area da salide e desenvolvimento industrial (Confederagao Nacional da Indiistria [CNT], 2016). A emergéncia da digitalizagao denuncia que os trabalhadores destas dreas que serio impactadas por essa revolugdo precisario desenvolver competéncias que atendam aos requisitos exigidos pelos diversos setores produtivos para acompanharem os avangos desta nova revolugao industrial. Assim, destaca-se que a valorizagio da aprendizagem continua precisa estar contida na cultura organizacional (Senge, 2012), ainda mais se for considerado que a verdadeira vantagem competitiva esti na capacidade e velocidade de aprendizagem das pessoas (Davenport & Prusak, 1998) e que na sociedade da informagio sobrevivem as organizagdes que conseguem melhor gerir seus conhecimentos (Teixeira Filho, 2000). Para garantir desejado sucesso organizacional as empresas precisam continuamente desenvolver competéncias individuais ¢ institucionais, investimento que gerari uma forga de trabalho capaz de aprender e aplicar seus novos conhecimentos no dia a dia, gerando continuas melhorias € inovagdes ¢, por consequéncia, a desejada vantagem competitiva sustentavel (Senge, 2012 jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR Neste contexto, surge a questio desta pesquisa: quais competéncias devem ser desenvolvidas nos trabalhadores da indistria 4.0? Visando responder a esta questio, este estudo tem como objetivo: investigar quais sio as competéneias requeridas dos trabalhadores da indistria 4.0 listadas em estudos cientificos e apontadas por instituigdes que estudam a tematica quarta revolucao industrial, Pretende-se com este artigo promover uma reflexdo sobre o tema, visto sua contemporaneidade. Este estudo justifica-se pela relevaneia de seu tema que esti sendo amplamente discutido nas diversas esferas dos setores produtivos visando entender como as empresas dos diversos segmentos, sejam industriais ou de servigos, irfio se preparar para a (quarta revolugdo industrial. Conforme constatado, de acordo com os critérios de busca usados nesta pesquisa, so apenas seis os artigos publicados na base de dados internacionais Scopus relacionando os constructos: indiistria 4.0 e competéncias requeridas aos trabaladores para a quarta revolugio industrial, revelando a importante contribuigao deste artigo para o avango da discussdo destes temas no campo cientifico. J4 no meio empresarial, nota-se a relevancia do debate destes temas, pois como pode-se observar nas publicagdes analisadas de conceituadas organizagdes como a Confederagio Nacional da indistria, a Consultoria Deloitte e 0 Férum Econdmico Mundial existe uma importante relagdo entre o desenvolvimento dos trabalhadores com a competitividade dos setores produtivos na quarta revolugao industrial Para apresentar os achados deste estudo, este artigo esta estruturado da seguinte forma: nas segdes 2 ¢ 3 so apresentados os referenciais tedricos, na sego 4 a metodologia, na segio 5 so apresentadas as competéncias requeridas dos profissionais da industria 4.0 e na segio 6 as consideracdes desta pesquisa, Na iiltima secdo sao relacionadas as. bibliografias mencionadas no estudo. 2 INDUSTRIA 4.0 Quanto ao desenvolvimento tecnolégico gerador das revolugées industriais, a primeira revolugdo industrial, que ocorreu na segunda metade do século XVIII até a metade do século XIX, caracterizou-se pela introdugdo da maquina a vapor, que usou a égua e 0 vapor para mecanizar a produgdo que antes era essencialmente artesanal. A segunda revolugio industrial, {que ocorreu entre meados do século XIX até a primeira metade do século XX, caracterizou-se pelo advento da energia elétrica facilitando as linhas de produgao ¢ a produgao em massa. A terceira revolugio industrial, que se desenvolveu na segunda metade do século XX, se JKi Y! Conaresso Intemacional de Conhecimento ¢ Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR caracterizou pela implementago de componentes eletrdnicos e teenologia que permitiram a automagdo dos processos produtivos (Deloitte, 2014; MeKinsey, 2016; Schwab, 2016). Por fim, chega-se @ quarta revolugdo industrial, que iniciou na primeira década do século XXI, caracterizada pela digitalizacao da producao que possibilitou a personalizacao da produgao em massa, caracterizada pela internet ubiqua e mével, sensores menores e mais poderosos ¢ a inteligéneia artificial, que possibilitaram mudaneas profundas na forma de produgio e consumo, desencadeando o desenvolvimento de novos modelos de negécios (Deloitte, 2014; McKinsey, 2016; Schwab, 2016). Na Tabela 1 sfo apresentadas as caracteristicas tecnoldgicas das quatro revolugdes industriais ‘Tabela 1 — Caracteristicas Tecnolégicas das Revolucées Industrias Revelugoes industrinis Periodo Canacteristicas Tecnolégicas Primeira | Tniciow na_segunda metade do | Maquina a Vapor. Revolucio | século XVII e avangou até | Substituicao da producdo artesanal pela produgao fabril Industrial | meados do século XIX. Ocorreu | Sistema de producio taylorista-fordista - divisto do entre as décadas de 1760 a 1840. | trabalhio manual e intelectual. Seguada | Iniciow no século XIXc avangow a | Energia Eletrica. Revolugio | primeira metade do século XX. | Aufomagio e produgiio em massa, Industrial Sistema de produgao. taylorista-fordista — divisio do trabalho manual e intelectual Terceira | Tniciow na segunda metade do | Surgimento da informatica e avango das comunicagdes, Revolucio | século XX e avangou até o final | Surge a sociedade do conheciment. Industrial | deste século. Ocorreu entre as | Sistema de produgao flexivel. dgcadas de 1960 e 1990. Quarta Tniciou na primeira década do | Intemet mais ubiqua ¢ movel, sensores menores, mais Revolugdo | século XI, ua década de 2000. | poderosos e baratos e inteligéncia artificial Industrial Fusto das tecnologias e a interagio entre dominios fisicas, digitais e biol6gicos, Sistemas ¢ miiquinas inteligentes conectados possibilitando um sistema de produgio de personalizagdo em massa, Fonte: Elaborado pelas autoras (2017) com base em Aires, Freire e Souza (2016) e Schwab (2016). Para Schwab (2016), estamos vivendo a quarta revolugao industrial desde meados do século XI. A quarta revolugdo industrial “caracteriza-se pela integragio e controle da produgio a partir de sensores ¢ equipamentos conectados em rede e da fusio do mundo real com © virtual, criando os chamados sistemas eiberfisicos © viabilizando o emprego da inteligéneia artificial” (CNI. 2016, p.11). A internet & a tecnologia que est interligando todas as demais relacionadas a este movimento de digitalizagio da produgio, permitindo a comunicagio entre diversos Aispositivos, O uso da intemet nesta dimenso deu origem ao termo internet das coisas, ou internet of things (JoT) em inglés (CNI, 2016). A interligagao de diversos dispositivos iri avangar para diversas areas € permitiré que dados sejam coletados de diversas fontes que, jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR associadas a tecnologias de big dara, computaglo em nuvem @ novas teenologias de tratamento de dados, fagam emergir novos modelos de negécios alterando a forma como as empresas se relacionam com seus clientes e fomecedores (CNI, 2016; Schwab, 2017), De acordo a Confederagao Nacional da Industria, entidade que representa os interesses da indiistria brasileira, as reas com maior avango da digitalizagao serao: energia, mobilidade urbana, agricultura, indistria, bens de consumo ¢ satide, Sendo que as tecnologias habilitadoras desta revolugdo industrial sero “a internet das coisas, 0 big data, a computagio em nuvem, a robética avangada, a inteligéncia artificial, os novos materiais e as novas tecnologias de manufatura aditiva (impressio 3D) e a manufatura hibrida (fungdes aditivas e de usinagem em uma mesma miquina)”. Nas indistrias inteligentes miquinas e insumos irdo interagir tocando informagées ao longo do proceso produtivo, de forma auténoma e integrada (NI, 2016, p. 12). Schwab (2017) destacou que as imimeras possibilidades de conexdo de diversos dispositivos méveis somadas a capacidade de armazenamento de informagdes _¢ compartilhamento “serio multiplicadas por descobertas tecnolégicas emergentes em éreas como inteligéneia artificial, robotica, internet de coisas, veiculos auténomos, impressio 3-D, nanotecnologia, biotecnologia, ciéncia dos materiais, armazenamento de energia e computagao quantica.” (§ 4). Este artigo nfo se propde a aprofundar a compreensio sobre cada uma destas tecnologias e suas aplicagdes, mas € importante apontar 0 quio complexas estas novas tecnologias podem ser, pois sera esta complexidade que determinara as competéncias a serem exigidas aos traballiadores que as manipulario, Com a evolugdo das tecnologias de fabricagao, saimos da producio artesanal, passamos pela produgio em massa, ¢ estamos vivendo a era da customizagao em massa, possibilitada pela comunicacio instantinea dos diversos elos da cadeia produtiva, pelo movimento de digitalizagio do proceso desde o desenvolvimento até 0 pés-venda do produto. Mostrando que a industria 4.0 vai muito além da digitalizagio do chio de fariea (CNI, 2016). Por exemplo, a troca de informagdes podera acontecer entre a empresa © seus fornecedores, otimizando compras, estoques e logistica, reforgando a relagdo com estes stakeholders (CNI, 2016). O que exige novas competéncias nio somente aos trabalhadores da linha de producao, mas de todos os setores coxporativos, Em resumo, os desafios da industria 4.0 transpassam diversas éreas, desde investimento em equipamentos e tecnologias, adaptagio de layouts € processos, a forma de jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR relacionamento entre as empresas e desenvolvimento de novas competéncias. Na pritica, algumas indiistrias iro se preparar para estes desafios e acabarao puxando outras, entretanto nem todas conseguirio acompanhar estas mudangas e acabardo, ndo conseguindo se manter neste ambiente competitivo (CNI, 2016). Confirma-se esta percepcao negativa da CNI (2016) para com as indiistrias com base na pesquisa realizada pela propria Confederagdo em janeiro de 2016 com 2.225 empresas, sendo 910 de pequeno porte, 815 de médio porte ¢ 500 de grande porte, de 29 setores da indistria de transformagao ¢ extrativista, Os resultados desta pesquisa revelaram que “42% das empresas desconhecem a importineia das tecnologias digitais para a competitividade da indistria e metade delas (52%) nao utilizam nenhuma tecnologia digital de uma lista de dez opgdes” (CNT, 2016, p. 19). Um resultado que revela a importaneia do surgimento de movimentos de capacitagio da indistria brasileira para a competitividade. E preparar a industria para o enfrentamento da competitividade significa capaciti-la, capacitando 0 trabalhador. De acordo com a CNT (2016), baseado em uma pesquisa da McKinsey Global Institute, entre os prineipais impactos da indiistria 4.0 esta o aumento da eficiéneia no trabalho entre 10% e 25% e “surgimento de novas atividades e profissdes, que demandario adaptagdes no padrio de formagio de recursos humanos.” (p. 18). Dados significativos para o tema em discussio neste artigo que confirmam a importincia do desenvolvimento de competéncias individuais e institucionais para a competitividade. Como a quarta revolugao industrial é um movimento mundial, espera-se que, com 0 desenvolvimento da industria 4.0 em outros paises certamente iri aumentar a pressfio para 0 Brasil seguir a corrente a fim de garantir sua competitividade. Porém, como dito, sabe-se que nem todas as empresas, nem todos 0s setores conseguirao se desenvolver no mesmo ritmo. Por isso, a CNI (2016) criow uma agenda com sete dimensGes prioritirias: “aplicagdes nas cadeias produtivas e desenvolvimento de fornecedores, mecanismos para induzir a adogio de novas teenologias, desenvolvimento teenologico, ampliagio e melhoria da infraestrutura de banda larga, aspectos regulatérios, formagio de recursos humanos ¢ articulacao institucional.” (p. 24). Concemente ao desafio de desenvolvimento de competéncias dos trabalhadores para a quarta revolugdo industrial, aparece nas dimensdes listadas pela CNI (2016), 0 item “formagao de recursos humanos” (p. 24) jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR Como pode-se observar, a formagio dos profissionais, é um dos itens reconhecidos como prioritérios para o desenvolvimento da indistria 4.0, sendo este 0 tema que serd aprofundado na préxima sega. 3 PROFISSIONAIS DA INDUSTRIA 4.0 Levando-se em consideragio que cada revolugio industrial teve como base um desenvolvimento tecnolégico especifico, é légico afirmar que, como aponta Schwab (2017), a indistria 4.0 iré requerer profissionais com um perfil diferente dos exigidos pela indiistria 3.0 e anteriores, destacando que a medida que a digitalizagao e automaglo da produgio iri tomando espago haverd um deslocamento dos trabalhadores junto as tecnologias usadas no processo de produgio, O autor destaca que no futuro, o talento das forgas de trabalho iri se sobressair ao capital representando fator critico de produgio. Junto com a inovagao tecnolégica que baseia cada revolugdo industrial, um novo perfil de trabalhador é exigido (Teixeira Filho, 2000), no tocante principalmente aos seus conhecimentos e habilidades para lidar com a nova tecnologia Nesta linha, Davenport e Prusak (1998) e Teixeira Filho (2000) defenderam que a verdadeira vantagem competitiva esta na capacidade e velocidade do aprendizado das pessoas nas organizagdes. Em sequéncia, o sistema de educaco corporativa passou a ter um papel de destaque na construgdo de valores distintivos para a competitividade (Aires, Freire & Souza, 2016), conforme pode ser observado na Tabela 2. Sobre o sistema de educagio corporativa relacionado 4 quarta revolugdo industrial, Freire, Dandoli . Souza e Silva (2016), definiram seis estigios de evolucdo, podendo ser identificado que, os dois tiltimos estagios se relacionam diretamente com a quarta revolugao industrial — Stakeholder University e a Universidade Corporativa em Rede (Tabela 3). Analogamente, os estigios do sistema de educagio corporativa propostos por Freire et al, (2016) podem ser relacionados com as diferentes revolugdes industriais ao se buscar dar respostas para as necessidades de qualificago dos trabalhadores, buscando desenvolver lacunas das universidades académicas Face a isto, a CNI (2016) ao definir que um dos pilares para desenvolvimento da Indiistria 4,0 & 0 desenvolvimento de recursos humanos para as novas formas de produgio, alerta para a necessidade de “profissionais com formagao distinta das existentes. A integracao de diversas formas de conhecimento, caracteristica desse modo de produgai . exigird equipes JKi Y! Conaresso Intemacional de Conhecimento ¢ Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR multidisciplinares, com elevado nivel de conhecimento téenico e com eapacidade de interago de diferentes areas de conhecimento” (p. 29). Tabela 2 ~ Caracteristicas do Sistema de Educacdo Conporativa das Revolugdes Industriais Revolugio Periodo Caracteristicas Caracteristicas Industrial Tecnologia Da Eaucagao Corporativa Primeira | Tniciow wna | Miquina a Vapor Preocupagio com a universalizagao Revolucao | segunda metade | Substituicdo da producto artesanal | do ensino. Industrial | do século XVIL | pela produgto fabril Divisdo social da educagdo, a elite Ccorren "entre | Sistema de producéo taylorista- | recebia educacdo superior para 1760 a 1840, fondista — divisio do trabalho | gerenciar as cmpresas ¢ a massa ‘manial e intelectual recebin edueagto técnica para realizar operagdes repetitivas. Segunda | Iniciou no século | Energia Elétrica Edvcagio —fundamentada no Revolucao | XIX ¢ avangou a | Automagio e produgioemmassa. | racioeinio, valores ticos. Industrial | primeira metade | Sistema de produgdo taylorista- | acumulaco do conhecimento de do século XX, | fordista — divisio do trabalho | forma organizada. ‘manual e intelectual Terceira | Tniciou na década | Surgimento da informatica © | Estabelece um carater social Revolueto | de 1960 (seguada | avanco das eomunicagdes. excludente ¢ a educagio passa a ser Industrial | metade do século | Surge a sociedade do | tum pré-requisito para 0 cidadao sob XX) e avangou até | conhecimento. ‘ns dimensdes: produgSo, consumo ¢ a década de 1990, | Sistema de produsao flexiv vida social. Desenvolvimento de pessoas (trabalhadores) com —autonomia, iniciativa e dinamismo. Valorizagio do autodesenvolvimento aprendizado continuo. Quarta Thiciou ‘na | Tntemet mais ublqua e mével, | Surgem as redes de aprendizagem Revolucio | primeira década | sensores.menores © mais | para aprendizagem em rede. Industrial | do século XXI, na | poderosos ¢ inteligencia artificial, | Exigéneia de conhecimentos de nivel década de 2000. Fusto das tecnologias ea interacto entre dominios fisicos, digitais e biol6gices. Sistemas © méquinas inteligentes conectados possibilitando um sistema de produgo de personalizacdo em massa. superior, além de técnicos ¢ tecnolégicos mas sofisticados. Desenvolvimento de programas de desenvolvimento humano para a inovacto - geracio. de ideias, colaboracio, compartlhamento, co- producto. Avango da gestao do conbecimento & io capital intelectual, Suge a necessidades de desenvolvimento de novas competéncias nos trabalhadores. Surgimento de novas profissbes. Fonte: Elaborado pelas autoras (2017) com base em Aires, Freire e Souza (2016), Freire, Dandolini, Souza, Trierweiller, Silva, Sell, Pacheco, Todesco e Stel (2016) e Schwab (2016). Em relagio a tal aspecto, para desenvolvimento dos profissionais para a inctistria 4.0, ad I (2016) descreveu as seguintes propostas: i) eriagdo de novos cursos técnicos para atender necessidades especificas; ii) reformulagao de cursos nas areas de engenharia, administragao ¢ entre outros, para adequar as novas necessidades dessas tecnologias; iii) criagdo de cursos de gestio da producao multidisciplinar com énfase na indiistria 4.0; jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR iv) incentivar programas de competéncias teenologicas nas empresas (p. 29). Tabela 3 —Evolugdo do Sistema de Educagto Corporativa Departamento Plataforma. Eovcagio | Universidades: ‘Stakeholder Universidade Corporativa em ‘Toman ‘eloring Capon Copetins———Uhany fede Lee A A Aa st AAC oe) ae | ee) eee ee <= = == = = ae oe Sea, Somme + Somme cd oe cain 1. lata |} Revonhecimemode captal 3+ Reconhacinentods capital > econ > per > Sictan” meode | Mm, ‘mn eSOCL ee a ertenee eee | ee oc eo ee nan anode wm Same” BSE | emt | inner + Sten tinaenin & Mani 5 mean Sanat + Soar eee a iene oe” ee | Semmes “ THEN lctane ¢ eecane | Emmmoseee ST amt 1 Sem siohanesto irda mpinttt 5 com aetamamy — & Iatticratn ems chinde Ss - ominpe eveETUTION endanger .* . Smmtane Sioa 5. Mahmut, Sates tenascem ae — anbyahie eon hsec rata vain _—_ dion Sell i » Aawboritinginis fice nner omincen —S. Galmatpendagenen er arsoons ‘oChmresmitee 2 GCcoedsnatmnnals gist | mimics too 1a tKcenoesinigisany Insrmennhca 1, Uo momo ‘oon Fonte: Freire, Dandolini, Souza e Silva (2016) Porém, em se tratando de desenvolvimento de competéncias, o primeiro passo a ser executado é a identificagio das competéncias individuais que devem ser desenvolvidas. Logo, faz-se necessério investigar quais so as competéncias requeridas dos trabalhadores da indistria 4.0, objetivo deste artigo. 4 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa tedrica, utilizando como téenica de pesquisa a revisiio sistematica da literatura (Ferenhof & Fernandes, 2016), que foi realizada na base de dados intemnacionais Scopus, ¢ a revisio de outros estudos publicados por renomadas instituigdes como a Confederagdo Nacional da Indistria (CND, a consultoria Deloitte e 0 Férum Econémico Mundial A busca na base de dados internacionais Scopus foi realizada em 20 de maio de 2017 usando protocolo de busea: ("fourth industrial revolution". OR "Industry jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR 4.0") AND ( "education" OR "training" ) em titulos, resumos e palavras chaves de artigos cientificos. Desta busca, retornaram quinze artigos: Foram utilizados como critérios de exelusiio: a falta de acesso, a falta de acesso a0 artigo completo, a lingua diferente de inglés, espanhol ou portugués a duplicagao. Assim foram excluidos da anilise cinco artigos: dois indisponiveis, um disponivel apenas 0 abstract, um estava escrito em chinés ¢ um duplicado. Neste momento, procedeu-se a andlise dos resumos de dez artigos. Apés a leitura dos resumos dos dez artigos filtrados, ainda pode-se observar que quatro deles nao tinham relagao com o tema deste estudo, utilizando-se apenas os termos de busca. Restando seis artigos que foram analisados em profundidade, com a leitura completa, todos publicados entre 2015 © 2017. O critério de inclusdo das produgdes analisadas foi ter relacio com as varidveis quarta revolugdo industrial e educagdo corporativa, considerando as variagdes de denominagao destes termos. Na sesso a seguir, apresentamos a analise realizada nos seis artigos localizados na base de dados intemacionais Scopus € nos relatdrios publicados pela Confederagao Nacional da Industria (CND, a consultoria Deloitte ¢ um estudo realizado pelo Forum Econdmico Mundial, apresentando as competéncias requeridas dos profissionais da indtistria 4.0 citados nestes materiais. § COMPETENCIAS REQUERIDAS DOS PROFISSIONAIS DA INDUSTRIA 4.0 ‘Na anilise dos nove documentos, seis artigos cientificos e trés estudos de renomadas organizacdes que estudam a temitica quarta revolucio industrial, foram identificadas diversas competéncias requeridas dos profissionais da industria 4.0 que sio apresentadas na Tabela 4. Dos nove documentos analisados, dois nfo listam quais seriam as competéncias requeridas dos profissionais da indtistria 4.0 (Gorecky, Khamis & Mura, 2015; Muiioz, 2016) e um, 0 estudo realizado pela Deloitte (2016) intitulado Edueagio Corporativa no Brasil: habilidades para uma nova era do conhecimento, uma pesquisa realizada com 178 respondentes apresenta que a intengo das organizagdes é investir mais em educagao corporativa nos proximos anos, embora o estudo nao liste quais as competéncias que devem ser desenvolvidas nos trabalhadores da indiistria 4.0, apresenta a intengdo de investimento em hard skills: (competéncias técnicas) ¢ soft skills (habilidades relacionadas a aspectos da personalidade) JKi Y! Conaresso Intemacional de Conhecimento ¢ Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR Tabela 4 — Competéncias requeridas dos profissionsis da indiistria 4.0 ‘Autor [Ano ‘Competéncias ‘Chen e Zhang | 2015 | Capacidade de colocar os coahecimentos em pratica e capacidade de inovar. Conhecimentos: matemitica © ciéncias naturais, conhecimento bisicos em 1mecéniea: design mecénico, miquinas de fabricagdo e automagao. Habitidades: capacidade de independéncia: analisar e resolver problemas de cengenbaria; capacidade de comunicacto. ‘Qualidades: persoualidade ¢ fisico saudiveis: respousabilidade social ¢ moral: espirito de inovagio e capacidade de aprendizagem Gorecky. 2015 | Autores aio listam quais competéacias os trabalbadores da indistria 4.0 precisa Khamis ¢ desenvolver, Mara ‘Muioz 2016 | Autor nio lista quais competéncias os tabalhadores da indistia 4.0 precisam desenvoiver: Sorko esa [2016 | Reproduzir couhecimentos simples. Analisar, avaliar e desenvolversitvagdes com criatvidade © inovacto Gubie 2017 | Capacidades relacionadas a sustentabilidade e desenvolvimento sustentvel Voroninae | 2017 | Conhecimentos técnicos. Moroz Cuiatividade. Connnicagio. or 2016 | Trabalbar em eqaipes multidisciplinares. Ter elevado nivel de conhecimento tecnico. Ter capacidade de interacdo com outras reas do conhevimento, Deloitte 2016 | Estudo no lista as competéacias, mas fez mengio a deseavolvimento de compettucias téenicas (hard sil) ehabilidades comportamentais (Sof skills). WEF 2016 | Habilidades: Habilidades cognitivas: flexibilidade cognitiva, criatividade, raciocinio légico, sensibilidade para problemas, raciocinio matemitico & vvisualizacao. Habilidades fisicas: forga fisica e destreza manual e de preciso, ‘Competéncias basieas: Competéncias de contetide: aprendizazem ativa, expressdo oral, compreensio de leitura, expressdo escritae alfabetizacdo TIC. Competéncias de process: escuta ativa, pensamento crtico nonitoramento proprio e dos outros ‘Competéncias transversats: Competéncias sociais: coordenacao de equipe. inteligéncia emocional negociacdo, persvasto, orientagio de servico ¢ treinamento de pessoas. Competéncias sistémicas: julgamento € towada de decisto ¢ andlise sistémica Competéncia para solucionar problemas complexos: problemas complexos. Competéncias de Gestao de Recursos: gerenciamento de recursos financeiros, gerenciamento de recursos materiais, gestio de pessoas e _gestdo do tempo Competéncias Técnicas: —reparo e mamutengio de equipamentos, controle € operagio de equipamentos, controle e operagtio de equipamentos, programacio e controle de qualidade, solugdo de Fonte: Elaborado pelas autoras (2017) De todos os estudos analisados, o que apresenta maior nivel de detalhamento & 0 estudo publicado em janeiro de 2016 pelo World Economic Forum (World Economic Forum [WEF], 2016), em portugués Forum Econémico Mundial, intitulado Furure of Jobs Report, no qual so apresentadas as competéucias que serdio requeridas dos profissionais da quarta revolugao industrial em 2020. JKi Y! Conaresso Intemacional de Conhecimento ¢ Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR A partir das competéncias apresentadas por WEF (2016) relacionou-se as competéncias apresentadas nos demais documentos analisados, deste modo, obteve-se a relagio de quarenta e cinco competéncias, classificadas em nove categorias, conforme apresentamos na Tabela 5. ‘Tabela 5 — Categotizacdo das competéncias requeridas dos profissionais da indiistria 4.0 ‘Competencias Autores “Habitidades cognitivas « Flexibilidade cognitiva «© Raciocinio lagico «© Sensibilidade para problemas *# Raciocinio matemético # Visualizacao WEF (2016) © Criatividade WEF (2016); Sorko e Iisa (2016); Voronina © Moroz (2017) ‘ Reproduzir conhecimentos simples Sorko e rsa (3016), + Emprecadedorismo Chen e Zhang 2015) * Inovacdo Chen e Zhang (2018); Sorko e isa (2016) Habilidades fisieas WEF (2016) # Forca fisica # Desireza manual e de precistio + Fisico saudivel ‘Chene Zhang 2015) ‘Competéncias de contevido Aprendizagem ativa «Expresso oral © Compreensiio de leitura « Expressto escrita « Alfsbetizacao TIC ‘WEF (2016) « Tnteracio com outras areas do conhecimento CNT 2016) Aprendizagem (Chen © Zhang (2015) ‘* Comunicacdo ‘Chen e Zhang (2015); Voronina e Moroz e017) ‘Competéncias de processo WEF (2016) # Escuta ativa + Peasamento eritico # Monitoramento proprio ¢ dos outros ‘Competéncias socials WEF (2016) * Coordenacao de equipe + Inteligéncia emocional # Negociacto + Persuasio * Orientagao de servico + Treinamento de pessoas # Trabalho em equipe muliidisciplinar OSTEO] + Responsabilidade social e moral Chen e Zhang (2015) * Independencia ‘Chen ¢ Zhang (2015) ‘Competéncias sistémicas WEF (2016) # Julgamento e tomada de decisdo © Anilise sistémica ‘Competencia para solucionar problemas complexos « Solugao de problemas complexos, WEF (2016): Chen é Zhang (2015) ‘Competéncias de Gestao de Recursos © Gerenciamento de Recursos Financeiros © Gerenciamento de Recursos Materiais WEF (2016) jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR * Gestdo de Pessoas # Gestio do tempo « Desenvolvimento sustentivel e sustentabilidade Garbie 017) ‘Competéncias Técnicas WEF (2016) © Reparo ¢ manutencio de equipamentos © Controle e operacao de equipamentas # Programacio # Controle de qualidade * Conhecimentos téeuicas ‘Chen Zhang (2015); CNT (2016); Deloitte (2016); Voronina e Moroz (2017) ‘Fonte: Elaborado pelas autoras (2017) Ao analisar as competéncias relacionadas, nota-se maior ocorréneia em cinco: criatividade, inovagao, comunicagao, solugao de problemas e conhecimentos técnicos. Fica evidente que além do conhecimento téenico 0 profissional precisa saber colocar seu conhecimento em pritica, solucionando problemas com criatividade e inovagio, gerando valor para a organizagao em que est atuando, contribuindo para a construgio da vantagem competitiva necesséria para as organizagdes da quarta revolugdo industrial. Para preparar este profissional multidisciplinar, quatro publicages das nove analisadas mencionam a necessidade de revisio das matrizes curriculares dos cursos visando atender a nova formagao requerida dos trabalhadores da indiistria 4.0 (Chen & Zhang, 2015; Muiioz, 2016; CNT, 2016; Garbie, 2017). Os diversos estudos analisados apontaram de diferentes maneiras a necessidade dos trabalhadores terem como uma competéncia a capacidade de aprendizagem, que foi listada no estudo do WEF (2016) como aprendizagem ativa, reafirmando o papel das universidades corporativas no processo de desenvolvimento da forga de trabalho no contexto da indiistria 4.0, conforme j apresentado por Freire et al. (2016), pois, além das lacunas das universidades académicas, a velocidade das mudangas que ocorrem no mundo do trabalho requerem capacitago constante dos trabalhadores tendo em vista o desenvolvimento de novas competéncias que possam a ser requeridas no mundo corporativo que esté em constante ebuligao, 6 CONSIDERACOES FINAIS A pattir da anélise de nove publicagdes, seis artigos cientificos e trés publicagdes de renomadas organizagdes que estudam a tematica indiistria 4.0, esta pesquisa constatou que as competéncias dos trabalhadores da indiistria 4.0 mais requeridas sao: criatividade, inovagdo, comunicacao, solugdo de problemas ¢ conhecimentos téenicos (Tabela 5) jij ¥! Conaresse Intemacional de Conhecimento e Inovacao CIM 41 e 12 de setembro de 2017 — Foz do Iguacu/PR Para garantir esta formagio dos trabalhadores, foi identificada a preocupagio de alinhamento das matrizes curriculares dos cursos a fim de obter a formagdo requerida pela industria 4.0 e identificado © papel das universidades corporativas a fim de garantir que as lacunas deixadas pelas universidades académicas sejam superadas, bem como, estabelecer formas de garantir que a formagao continuada dos trabalhadores acontega. Identificou-se ainda que a competéncia de aprendizagem ativa é valorizada pelas corganizagdes da industria 4.0, pois esta revolugdo industrial iri demandar constantemente 0 desenvolvimento de novas competéneias, reafirmando 0 notério papel das. universidades corporativas no proceso de desenvolvimento da forga de trabalho neste contexto, conforme ja apresentado por Freire et al. (2016). Por fim, vale destacar que os achados deste estudo no sio finalisticos, a exploragio do tema relagio das competéneias exigidas dos trabalhadores para a quarta revolugio industrial é relativamente novo. Ainda sio poucos estudos cientificos publieados em toro desta tematica conforme foi apontado nesta pesquisa, apresentando a importaneia deste artigo para a ciéncia sendo mais um estado publicado sobre este assunto. Deste modo, se denuncia a necessidade de desenvolvimento de mais estudos sobre este tema, afim de avangar as discussdes REFERENCIAS Aires, R. W. A: Freire, P. $ & Souza, J. A. (2016). Educag3o Corporativa como ferramenta para estimular a inovagio nas organizagdes: uma revisio de literatura. KM Brasil 2016, 13° Congresso Brasileiro de Gestiio do Conhecimento: Sio Paulo, Chen, G., & Zhang, J. (2015). Study on training system and continuous improving mechanism for mechanical engineering. The Open Mechanical Engineering Journal, 9, 7-14. Confederagio Nacional da Industria (CNI). 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