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Formulação, Gestão e Avaliação

de Políticas Públicas
Tema 04 – Tomada de Decisão
Bloco 1
Renato Traldi Dias
A Decisão

 Dificilmente haverá resposta absolutamente correta ao se decidir sobre alternativa de política a


ser implementada.
 Tomador de decisão não pode saber tudo sobre todos os problemas, mas se espera que esteja
razoavelmente informado quando decide.
 Desfruta o decisor de liberdade completa para decidir?
2. Critérios Universais para Tomada de Decisão

Custo de implementação:
➢ Inclui-se custos de administração e execução da política pública.
➢ Peso do critério varia de acordo com a disponibilidade de recursos.
➢ Custo pode ser fixo se for o caso, por exemplo, de solução técnica única para problema
muito específico.
2. Critérios Universais para Tomada de Decisão

Rapidez de resolução do problema:


➢ Critério tem maior peso em situações de urgência.
➢ Não deixa de ter importância em outros casos, como o de problemas que se agravam ao
longo do tempo.
➢ Soluções de longo prazo tendem a não ser populares.
2. Critérios Universais para Tomada de Decisão

Sustentabilidade:
➢ Critério amplo referente à capacidade de manutenção da política ao longo do tempo.
➢ Maior peso em casos de soluções que tratam de problemas persistentes.
➢ Sustentabilidade pode ser em termos econômicos, sociais, ambientais, etc.
➢ Critério também pode ser pensado em termos de sustentabilidade da eficácia da solução
ao longo do tempo.
2. Critérios Universais para Tomada de Decisão

Equidade:
➢ Medida de homogeneidade de tratamento, considerando-se as diferenças entre indivíduos e
suas respectivas situações.
➢ Critério varia de acordo com o tipo de problema e de decisor, mas dificilmente será
completamente desconsiderado.
➢ Escolha por alternativa com distribuição desigual de benefícios e punições pode gerar graves
consequências para o decisor.
Formulação, Gestão e Avaliação
de Políticas Públicas
Tema 04 – Tomada de Decisão
Bloco 2
Renato Traldi Dias
3. Modelos de Tomada de Decisão

Modelo de racionalidade absoluta:


➢ “One best way”.
➢ Sopesamento objetivo de custos e benefícios.
➢ Presunção de uma situação ideal em termos de objetividade e informações disponíveis
para o decisor.
➢ Problema -> Solução.
3. Modelos de Tomada de Decisão

Modelo de racionalidade limitada:

➢ Busca de uma solução satisfatória, utilizando-se de critérios razoáveis.


➢ Sopesamento de custos e benefícios feito da forma mais objetiva possível.
➢ Aceitam-se limitações cognitivas e informativas do ator que toma a decisão.
➢ Problema -> Solução.
3. Modelos de Tomada de Decisão

Modelo de ajustes marginais/incremental:


➢ Tenta-se esquematizar uma realidade.
➢ Análise de situações empíricas passadas e uso de intuição.
➢ Alteração de escolhas futuras com base nos fracassos e sucessos daquelas experiências.
➢ Ajuste de problemas e soluções.
➢ Ciclo: Problema -> Solução -> Problema -> Solução (até que se resolva o problema).
3. Modelos de Tomada de Decisão

Modelo de anarquia organizada/lata de lixo:


➢ Valores e objetivos considerados ambíguos.
➢ Conhecimentos e informações considerados incompletos ou incertos.
➢ Processo decisório considerado como complexo e, em grande parte, simbólico.
➢ Fatores são “jogados na lata de lixo” e da mistura pode surgir uma decisão.
➢ Processo pode se iniciar com uma solução sem problema.
3. Modelos de Tomada de Decisão

Modelo de escolha pública:


➢ Aplicam-se conceitos de economia no estudo da ciência política, como o do homo economicus.
➢ Decisor decide conforme seus interesses privados e tenta se manter no poder.
➢ Eleitores, ou quem aponta alguém para cargo encarregado de decidir, escolhem indivíduos que
agirão de acordo com seus interesses.
Referências

➢ DEUBEL, André-Noël R.. Políticas públicas: formulación, implementación y evaluación. Bogotá D.C.:
Aurora, 2006.
➢ LANE, Jan-Erik. The public sector: concepts, models and approaches. London: SAGE, 1993.
➢ PANEBIANCO, Angelo. Comunicação política. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco.
Dicionário de política. 5. ed. v. 1. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1993.
➢ SANTOS, Rozely F. dos. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
➢ SECCHI, Leonardo. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning,
2010.

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