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CEPI JOSÉ DE ASSIS

Alycia Drieny
Drysana Araújo
Luana dos Santos
Yasmin Ximenes

CAPITÃES DA AREIA

Santo Antônio do Descoberto (GO)


2023
Escola: CEPI José de Assis
Professor(a): Mônica Andreza
Disciplina: Português
Série/Turma: 3°C
Integrantes: Alycia Drieny, Drysana Araújo, Luana dos Santos, Yasmin
Ximenes.

CAPITÃES DA AREIA

Santo Antônio do Descoberto (GO)


2023
Introdução

Nesse trabalho iremos apresentar a história do livro Capitães da AREIA,


além da apresentação da história iremos mostrar: análise de
personagens, contexto histórico, espaço tempo, tipo de narrativa e
narrador, período literário.

Sumário

Desenvolvimento………………………….4
Análise de personagens…………………10
Contexto histórico…………………………11
Período literário …………………………..11
Espaço e tempo…………………………..12
Tipo de narrador/narrativa ……………….12
Desenvolvimento

Capitães da Areia

A história começa com uma notícia do jornal da cidade, sobre um bando


de crianças abandonadas, conhecidas como Capitães da Areia. A
notícia retrata o crime mais recente feito pelo bando, elas roubaram
pertences valiosos da casa de um Comendador chamado José Ferreira.
Depois vem outra publicação no jornal com o depoimento de Raul, filho
do Comendador.
Em seguida vem cinco cartas, uma do Secretário do chefe da polícia,
uma do Juiz de Menores, outra carta de uma mãe, uma do Padre José
Pedro, e a última do Diretor de um Reformatório Baiano de menores
delinquentes e abandonados. Cada carta tem relação com o
acontecimento que teve na casa do Comendador. E toda a história se
passa em Salvador-Bahia.

O Trapiche

Conta sobre o lugar que o bando usa para se abrigar, e apresenta o


líder dos Capitães da Areia, Pedro Bala. E conta também um pouco de
seu passado, e de como ele conheceu os Capitães da Areia e virou líder
deles.

O ponto da Pitangueira

Somos agora apresentados aos personagens Gato, o mais bonito do


bando, e João Grande, o mais alto. Nessa parte da história Pedro Bala
junto de Gato e João Grande irão ter que invadir uma casa para trocar
um documento.
As luzes do carrossel

Sem-Pernas e Volta Seca estão conversando um com o outro,


Sem-Pernas fala sobre seu ódio que tem por policiais e Volta Seca fala
sobre o seu sonho de entrar pro Cangaço. Mas o foco principal é que os
dois garotos ajudam a montar e tomar de conta de um velho carrossel,
propriedade de um cara chamado Nhozinho França.

Docas

Pedro Bala vai para um bar junto de Pirulito e Boa vida, lá os garotos
encontram João de Adão, um amigo dos meninos. João de Adão junto
de Negra, uma velha que vende laranjas, conta sobre o pai de Pedro
Bala e de como ele morreu, falam também da mãe do garoto.
Pedro Bala saiu do bar e foi para o trapiche, no caminho avistou uma
garota, e ele que estava cheio de desejo tentou tomá-la para si. E assim
foi feito, mas depois de ter cometido tal ato, arrependeu-se
profundamente.

Aventura de Ogum

Dona Aninha, mãe de Santo, que gostava de ajudar os Capitães da


Areia, veio pedir ajuda a Pedro Bala, pois sua imagem sagrada de
Ogum foi apreendida por policiais. Pedro Bala falou que traria Ogum de
volta para Dona Aninha, mas nessa tentativa de "roubo" acabou sendo
detido, porém logo foi solto pois enganou o delegado, dizendo que era
filho de um barqueiro.

Deus sorri como um negrinho

Pirulito um menino muito religioso, estava pensando sobre como vivia, e


que ele é seus amigos estavam todos condenados ao inferno. Nesse
tempo em que pensa sobre os seus pecados e o de seus amigos,
lembra que antes a pederastia era comum no bando, até que Padre
Pedro José junto de Querido de Deus interviram. Mas o foco principal é
a religiosidade de Pirulito em conflito com o seu modo de viver.
Família

Boa-Vida comenta com Pedro Bala sobre uma casa bem grande, cheia
de coisas valiosas. Então tiveram um plano de colocar o Sem Pernas
para se infiltrar na casa, que era de um casal de velhos. Sem Pernas
começou pedindo trabalho, só que a dona da casa ao ver o Sem Pernas
se lembra de seu falecido filho, e acaba aceitando ele dentro de casa e
o criando como o seu filho. O plano do roubo daria super certo, mas
Sem Pernas se apegou a sua família e ficou muito arrependido depois
que os meninos do bando roubaram a casa do casal.

Manhã como um quadro

Professor e Pedro Bala vão para cidade, no caminho param para


contemplar a paisagem. Pedro Bala pergunta para Professor porque
que ele não desenha aquela paisagem, e fala que ele tem jeito pra isso.
Chegando na cidade o Professor começa a fazer seus desenhos, Pedro
Bala avista um cara que parece ser rico, e pede para Professor
desenhar o moço. O homem vê o desenho e se encanta, e entrega um
cartão com o seu número, para que Professor o procurasse. Porém o
Professor não aceita.

Alastrim

Uma epidemia de varíola estava tomando de conta de Salvador,


Alastrim ou Bexiga era o nome da doença. Almiro, um integrante dos
Capitães da Areia, pegou a bexiga, todos do bando ficaram assustados
quando descobriu. Sem Pernas tenta expulsá-lo do trapiche, só que
Volta-Seca intervir, falando para que eles esperassem o Pedro Bala
chegar para poder tomar uma decisão. Quando Pedro Bala chegou, eles
resolvem chamar Padre Pedro José para ajudar, ele aceita ajudar
Almiro, mas logo é descoberto e Almiro é levado para o lazarento onde
acaba morrendo.
Filha de bexiguento

Dora e Zé Fuinha são dois irmãos que perdeu a mãe para a varíola.
Depois da perda, Dora saiu com Zé para a cidade grande, atrás de
emprego, só que não conseguiu. Até que se encontram com dois
membros dos Capitães da Areia, Professor e João Grande, eles
convidaram ela para passar pelo menos a noite no trapiche, ela aceita.
Chegando lá acaba acontecendo uma briga por causa de Dora, até que
Pedro Bala aparece e resolve o problema.

Dora, mãe.

Os meninos do trapiche começam a enxergar Dora como uma mãe, por


causa de todos os cuidados que ela tem com eles. Dora começa a
participar dos roubos junto com os meninos, pois não acha justo eles se
arriscarem por ela. Ezequiel, líder do bando rival, arruma briga com
Pedro Bala que acaba levando uma surra. Pedro Bala recebe os
cuidados de Dora e recebe um beijo dela. Depois de se recuperar
organiza o bando para ir atrás de Ezequiel.

Reformatório

Depois de um assalto, Gato, Pedro Bala, Sem-Pernas, João Grande e


Dora são presos. Gato é Sem-Pernas conseguem fugir, Dora é enviada
para um orfanato e Pedro Bala é levado para um reformatório. Lá Pedro
Bala consegue contato com o bando, até que o resgatam, e sua fuga é
noticiada pelo jornal da cidade.

Orfanato

Depois de fugir, Pedro Bala e os Capitães da Areia decidem resgatar


Dora do orfanato, organizam uma invasão e resgatam Dora, que mesmo
doente persiste na fuga.
Noite de Grande Paz

Dona Aninha, mãe de Santo, é chamada pelo bando para curar Dora,
até que uma paz reina no esconderijo dos Capitães da Areia.

Dora, esposa

Dona Aninha não consegue curar Dora e avisa a Pedro Bala. Dora diz
que não é mais uma menina e decide se deitar com Pedro Bala, ele até
se nega devido ao estado de sua saúde, mas acabam realizando o
desejo amoroso que tinham. Ao acordar percebe que Dora tinha
falecido, então o Querido-de-Deus entrega o corpo de Dora ao mar,
desacreditado Pedro Bala quase se afoga ao ir atrás de Dora.

Vocações

Após a morte de Dora, os meninos começam a refletir sobre suas


escolhas de vida. Alguns abandonam o grupo e segue uma vida mais ou
menos honesta.

Canção de amor da Vitalina

O último roubo do bando foi roubar uma solteira rica.

Na rabada do trem

Volta Seca e Gato deixam o bando, Volta Seca consegue entrar pro
Cangaço e Gato vai para Ilhéus com a prostituta.

Como um trapezista de circo

Durante o último roubo Sem-Pernas fica encurralado, ao invés de se


entregar para a polícia, ele prefere se jogar de um muro, comentando
um suicídio.
Notícias do Jornal

Em meio às mudanças do bando, o jornal da cidade publicou as


histórias de Volta Seca, Gato e Professor, os garotos que já tinham
saído do bando.

Companheiros

Um grupo de trabalhadores da cidade, resolveram fazer uma greve.


Com medo da existência de possíveis rupturas no movimento grevista,
chamam os Capitães da Areia para ajudar.

Uma pátria e uma família

Com o passar do tempo Pedro Bala decide refazer os passos do seu


pai, então Pedro Bala se converte militante, atuando na defesa das
pessoas que mais precisam, mas mesmo assim continuava fugindo da
polícia.
Análise de personagens

Pedro Bala: líder dos Capitães da Areia, tem o cabelo loiro e uma
cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo
comandante do bando.

Sem-pernas: deficiente físico, possui uma perna coxa. Preso e


humilhado por policiais bêbados, que o obrigaram a correr em volta de
uma mesa na delegacia até cair extenuado.

Gato: é o galã dos Capitães da Areia. Bem-vestido, domina a arte da


jogatina, trapaceando, com seu baralho marcado, todos os que se
aventuram numa partida contra ele.

Professor: intelectual do grupo, deu início às leituras depois de um


assalto em que roubara alguns livros.

Pirulito: era o mais cruel do bando, até que, tocado pelos ensinamentos
do padre José Pedro, converte-se à religião.

Boa-vida: o apelido traduz seu caráter indolente e sossegado.


Contenta-se com pequenos furtos, o suficiente para contribuir para o
bem-estar do grupo, e com algumas mulheres que não interessam mais
ao Gato.

João Grande: é respeitado pelo grupo em virtude de sua coragem e da


grande estatura. Ajuda e protege os novatos do bando contra atos
tiranos praticados pelos mais velhos.

Dora: seus pais morreram, vítimas da varíola, quando tinha apenas 13


anos. É encontrada com seu irmão mais novo, Zé Fuinha, pelo
Professor e por João Grande.

Padre José Pedro: padre de origem humilde, só conseguiu entrar para


o seminário por ter sido apadrinhado pelo dono do estabelecimento
onde era operário. Discriminado por não possuir a cultura nem a
erudição dos colegas, demonstra uma crença religiosa e sincera.
Querido-de-Deus: grande capoeirista da Bahia, respeita o grupo
liderado por Pedro Bala e é respeitado por ele. Ensina sua arte para
alguns deles e exerce grande influência sobre os garotos.

Contexto histórico

O romance de Jorge Amado foi escrito no final da década de 1930, uma


época conturbada no mundo, com grandes polarizações políticas. No
Brasil, o Estado Novo flertava com o regime nazista, enquanto nascia
em meio à população uma consciência de classe.

O Estado Novo ficou marcado pelo nacionalismo, o anticomunismo e o


autoritarismo. Jorge Amado foi preso duas vezes durante o governo de
Getúlio Vargas e escreveu um livro sobre as torturas praticadas pela
polícia durante esse período.

No sertão baiano, Lampião e seu bando representavam uma força


social que lutava contra o latifúndio e contra a figura do
fazendeiro-coronel. A admiração dos menores abandonados, no
romance de Jorge Amado, pelo grupo de Lampião é marcante. No livro,
chegam a ser descritos como "o braço armado dos pobres no sertão".

Período literário

Com foco narrativo em terceira pessoa, tanto Capitães da areia quanto


Vidas secas (do autor Graciliano Ramos), fazem parte da chamada
segunda fase do Modernismo no Brasil, período literário marcado pelo
engajamento político e social por parte dos autores da época.

Espaço literário

A narrativa se desenrola no Trapiche (hoje Solar do Unhão e o Museu


de Arte Moderna); no Terreiro de Jesus (na época era lugar de destaque
comercial de Salvador); onde os meninos circulavam na esperança de
conseguirem dinheiro e comida devido ao trânsito de pessoas que
trabalhavam lá e passavam por lá; no Corredor da Vitória área nobre de
Salvador, local visado pelo pelo grupo porque lá habitavam as pessoas
da alta sociedade baiana, como o comendador mencionado no início da
narrativa.

Tempo

A obra apresenta tempo cronológico marcado pelos dias, meses, anos e


horas conforme exemplificam os fragmentos: "É aqui também que mora
o chefe dos Capitães da Areia, Pedro Bala. Desde cedo foi chamado
assim, desde seus 5 anos. Hoje tem 15 anos. Há dez anos que
vagabundeia nas ruas da Bahia."

Tipo de narrador e narrativa

Narrado em terceira pessoa, Capitães de Areia apresenta um narrador


onisciente, ou seja, aquele que sabe de toda a história e conhece muito
bem seus personagens. Ele se comporta, durante todo o
desenvolvimento do tema, de maneira indiferente, criando e narrando os
acontecimentos sem se envolver diretamente. O tempo da obra é
cronológico, marcado pela passagem do tempo.

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