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Anatomia Do Rim
Anatomia Do Rim
Pronefro
Surge na semana 4 como um aglomerado de algumas células que se desintegram
logo de seguida
Rudimentar e não funcional
Mesonefro
Começa a desenvolver-se na região toracolombar por volta da semana 5, à medida
que o pronefro regride
Regride na semana 10
Consiste:
o Num ducto mesonéfrico longitudinal (também conhecido como o ducto de
wolff)
o Numa série de túbulos a exteriorizar-se do ducto principal e a crescer,
anteriormente, em direção à aorta
Começa a filtrar o sangue → o filtrado percorre o túbulo mesonéfrico → ducto
mesonéfrico → cloaca → alantoide
Funciona como um sistema urinário primitivo, enquanto o metanefro se desenvolve
num rim permanente
Os ductos mesonéfricos persistem e fazem parte do sistema reprodutor masculino.
Resumo gráfico do rim em desenvolvimento:
O broto ureteral cresce fora do ducto mesonéfrico e transforma-se numa coleção de
células intermediárias da mesoderme conhecida como blastema metanéfrico. Em conjunto
são conhecidos como mesonefro, que se desenvolve no rim. Os túbulos mesonéfricos
regridem. Nos homens, o ducto mesonéfrico persiste no sistema ejaculatório.
Metanefro
O rim permanente é formado a partir do metanefro.
Posterior
Músculos
Posterossuperior: Diafragma
Posteromedial: Músculos Psoas
Diretamente posterior: quadrado lombrar
Nervos
Subcostal
Ílio hipogástrico
Ílioinguinal
Tamanho e forma
Órgãos em forma de feijão
Dimensões:
o Comprimento: 10-12 cm
o Largura: 5–7 cm
o Profundidade: 2–3 cm
Peso: aproximadamente 150 g
Camadas externas
Ao redor dos rins existem várias camadas de tecido adiposo e conjuntivo (de fora para
dentro):
Gordura paranéfrica:
o Localizada posteriormente ao rim, entre a fáscia renal e os músculos das
costas
o Ancora os rins na parede abdominal posterior
o Fornece alguma proteção e calor
Fáscia renal, que também envolve a glândula suprarrenal
Gordura perirrenal
Cápsula fibrosa
Características da superfície
Polos superior e inferior
Superfície lateral convexa
Superfície medial côncava, que cria uma cavidade denominada seio renal
O seio renal contém:
o Neurovasculatura renal, incluindo:
Artérias e veias
Vasos linfáticos
Nervos
o Pelve renal (porção terminal do sistema coletor renal)
o Tecido adiposo (contínuo com a gordura perirrenal em redor do rim)
Hilo renal: entrada para o seio renal
Parênquima renal
O parênquima é constituído por:
Córtex renal:
o A parte mais externa do rim, com aproximadamente 1 cm de espessura
o Localizado abaixo da cápsula renal
o As projeções mediais formam as colunas renais (de Bertin).
o Estruturas microscópicas localizadas no córtex:
Cápsula Bowman
Túbulos proximais e distais
Porções superiores dos ductos coletores
Medula renal:
o Dividida em unidades conhecidas como pirâmides renais
o 6-10 pirâmides renais separadas pelas colunas de Bertin
o Base da pirâmide em direção ao córtex
o O ápice:
Projeta-se em direção ao seio renal
É denominado papila
Os túbulos coletores drenam da papila para os cálices menores.
o Estruturas microscópicas localizadas na medula/pirâmides:
Ansas de Henle
Ductos coletores
Sistema coletor:
o Colhe a urina recém-formada e direciona-a para o ureter
o Cada papila drena para um cálice menor.
o 2-3 cálices menores drenam para um único cálice maior.
o 2 a 3 cálices maiores convergem para formar a pelve renal, que:
É uma estrutura em forma de funil contínua com o ureter
Ocupa a maior parte do seio renal
Faz a transição para o ureter na junção ureteropélvica
Anatomia Microscópica
Corpúsculo renal
O corpúsculo renal é onde o plasma sanguíneo é filtrado.
Arteríola aferente:
o Transporta sangue para o glomérulo
o Diâmetro relativamente grande
Glomérulo (também chamado capilares glomerulares):
o Uma teia de pequenos capilares arteriais entre as arteríolas aferentes e
eferentes
o Onde ocorre a filtração
Arteríola eferente:
o Transporta o sangue filtrado para fora do glomérulo
o Pequeno diâmetro (em comparação com a arteríola aferente)
A filtração ocorre principalmente devido à alta pressão hidrostática nos capilares
glomerulares criada pela grande entrada (arteríola aferente) e pela pequena saída
(arteríola eferente).
Membrana de filtração:
Túbulo renal
O túbulo renal é um tubulo longo e contínuo, que ajusta o conteúdo do filtrado
recebido no corpúsculo renal. Os túbulos drenam, finalmente, através da papila para os
cálices. Os segmentos do túbulo, por ordem, são:
TCP:
o Localizado no córtex
o Principal local de reabsorção, especialmente de:
Eletrólitos: Na+, Cl–, K+, Ca 2+, Mg2+, HCO3– , PO 43–
Glicose
Aminoácidos e peptídeos
o Revestido por epitélio cúbico simples, com microvilosidades proeminentes
conhecidas como bordadura em escova, que reveste o lúmen do túbulo (↑ a
área de superfície para reabsorção)
o Coloração H&E: rosa escuro devido às grandes quantidades de mitocôndrias
(↑ taxas de reabsorção requerem ↑ energia para o transporte ativo)
Tipos de nefrónios
Os nefrónios são divididos em nefrónios corticais e justamedulares com base na sua
localização.
Nefrónios corticais:
Localizados quase inteiramente no córtex
Os loops de Henle têm um curso curto dentro da medula.
Nefrónios justamedulares:
Localizados próximo da junção corticomedular
A ansa de Henle atravessa profundamente até à medula.
Responsáveis por manter um alto gradiente osmótico dentro da medula
Permitem uma maior concentração da urina
Neurovasculatura
Artérias renais e artérias segmentares
Cada rim é perfundido por uma artéria renal:
Ramifica da aorta abdominal abaixo da artéria mesentérica superior (MAS)
A artéria renal direita passa posteriormente à veia cava.
As artérias renais dividem-se em 5 artérias segmentares, que irrigam segmentos
separados do rim (sem anastomoses entre os segmentos).
Segmentos renais:
Superior
Anterossuperior
Inferior anterior
Inferior
Posterior
Artérias menores, capilares e veias
As artérias segmentares ramificam-se em artérias interlobares, que correm entre as
pirâmides renais.
As artérias interlobares ramificam-se em artérias arqueadas, que correm ao longo da
base das pirâmides renais no córtex renal.
As artérias arqueadas emitem pequenos ramos denominados artérias interlobulares.
As artérias interlobulares ramificam-se em arteríolas aferentes, que correm até às
cápsulas de Bowman.
Depois do sangue deixar o glomérulo através das arteríolas eferentes, o mesmo viaja
para os capilares peritubulares ou para os vasa reta.
Capilares peritubulares: suprem os túbulos corticais (e.g., TCP e TCD)
Vasa reta:
Rede de capilares que circundam as ansas de Henle, na medula
Altamente permeáveis aos solutos e à água
Vitais na manutenção do gradiente osmótico na medula
O sangue dos capilares peritubulares e da vasa reta drena para as veias
interlobulares.
Veias interlobulares → veias arqueadas → veias interlobares → veias segmentares
→ veia renal
Cada rim tem uma única veia renal. Estas veias:
Drenam diretamente na veia cava inferior
Correm anterior às artérias
A veia renal esquerda passa anteriormente à aorta abdominal.
Resumo do fluxo sanguíneo através do Rim
Nervos
A inervação renal inclui nervos aferentes e eferentes através do plexo nervoso renal. A
inervação é realizada através do sistema nervoso autónomo, principalmente através de
fibras simpáticas: