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Proposta Preliminar de Projeto de Pesquisa

2023

Título do Projeto:
Prospecção, classificação e caracterização do Jambo, Syzygium cumini (L.) Skeels, do
sul da Bahia, Porto Seguro.

Nome do autor:
Érica Lima Xavier, discente da Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia -
Unesulbahia, ericalima.xavier14@gmail.com; Raíssa Santana Silva, discente do curso
de biomedicina da Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia - Unesulbahia,
raissassantana08@gmail.com; Ruan Vítor Santos Silva, discente do curso de
biomedicina da Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia - Unesulbahia,
ruanvitor.victor@gmail.com; Pedro Henrique de Amorim Miranda, coordenador dos
cursos de Biomedicina e Farmácia, da Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia -
Unesulbahia; Luciano Lima, docente do curso de Licenciatura em Química do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Porto Seguro - IFBA,
lucianolim@yahoo.com.br.

Resumo:
Por causa da vasta disponibilidade do Jambolão na região de Porto Seguro, no sul da
Bahia, atrelado à baixa disponibilidade de bases de dados, que complementam os
arcabouços científicos sobre a prospecção do Syzygium cumini (L.) Skeels, quanto a
sua morfologia e classificação, a presente pesquisa objetiva uma proposta de
classificar e caracterizar a morfologia e a prospecção dos metabólitos secundários do
Jambo da região supramencionada, visando atender, obrigatoriamente, uma ou mais
das seguintes dimensões de impacto: social, educacional, sanitário, tecnológico,
econômico ambiental, segurança, cultural, profissional e legal (entre outras), nos
níveis local, regional ou nacional. Dessa forma, a pesquisa tem a possibilidade de
gerar conhecimento para atender e notificar as bases de dados sobre tal assunto,
trazendo uma notoriedade maior sobre o vegetal, possibilitando-o ser alvo de novos
estudos.
Palavras-chave: jambolão; fitoquímicos; metabólitos segundários.

Problema de pesquisa:
Devido a alta disponibilidade do vegetal na região, em consonância com a falta de
bases de dados quanto a classificação e caracterização do Jambo da região do sul da
Bahia, Porto Seguro, a presente proposta se sustenta nessa problemática.

Natureza, importância e justificativa do problema de pesquisa:

Com a atual proposta, visando uma prospecção os metabólitos secundários do Jambo,
presente na região de Porto Seguro, trás não só um enriquecimento científico sobre o
vegetal nas bases de literatura referente ao requerente acima, mas também uma
forma de demonstrar novas investigações com os achados concentrados dos
metabólitos secundários presentes no vegetal a serem averiguados. Com isso,
notificar as bases de dados sobre tal assunto, trará uma notoriedade maior sobre o
vegetal, possibilitando-o ser alvo de novos estudos.
Tendo isso em vista, a relação entre o problema da presente proposta, sendo ela a
ausência de informes sobre o vegetal, e a atividade profissional dos analistas, é a
possibilidade de estudar, buscar, organizar e destinar as demandas sociais, como
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novas descobertas científicas sustentáveis e economicistas, aos consensos científicos,
promovendo assim, o tripé científicos: estudo, pesquisa e extensão.

Objetivos:
Classificar e caracterizar a morfologia e a prospecção dos metabólitos secundários do
Jambo.

Fundamentação teórica:
1. JAMBOLÃO
O jambolão (Syzygium cumini, (L.) Skeels) é uma árvore frutífera e florida da família
Myrtaceae (imagem 1), comumente conhecido, como jamelão, jalão, kambol, jambu,
jambul, azeitona-do-nordeste, ameixa-roxa, azeitona, murta, baga-de-freira, guapê,
jambuí e azeitona-da-terra, java ameixa, jamun, ameixa preta, dentre outros nomes
(VIZZOTTO; PEREIRA, 2008; SINGH et al, 2016).
Imagem 1: Jambeiro.

Fonte: SILVA, s.d

Seus frutos se apresentam tipo baga, bastante semelhante às azeitonas (Imagem 2). Sua
coloração transita do branco para o vermelho e por fim para o preto quando atingem o
seu estágio final de amadurecimento. O fruto dispõe de uma semente única, abrigado
por uma polpa carnosa e comestível, gomosa, doce mas adstringente, sendo geralmente
atrativo ao paladar (Imagem 2). Além disso, dispõem em concentrações satisfatórias
compostos como glicose, rafinose, frutose, ácido málico, ácido cítrico, delfinidina, ácido
caféico e ácido gálico (VIZZOTTO; PEREIRA, 2008; SINGH et al, 2016).

Imagem 2: Aparência externa e interna do fruto do jambolão, podendo ser visualizada a

semente.

Fonte: VIZZOTTO; PEREIRA, 2008.

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A sua origem na Ásia tropical, mais especificamente na Índia, porém o seu cultivo é
observado em outros países. Dentre esses países, o Brasil dispõe em seu grande
território vários exemplares dessa planta, principalmente nas planícies litorâneas, nas
serras e nos planaltos, apresentando um elevado nível de adaptabilidade para diversos
tipos de solo (VIZZOTTO; PEREIRA, 2008; SINGH et al, 2016).
Não obstante, imagens 3, 4, 5 e 6 mostram a morfologia do vegetal.

Imagem 3: Syzygium cumini. A. Folha; B. Botões florais; C. Flores em antese; D. Corte

transversal do ovário; E. Corte longitudinal do ovário.

Fonte: elaborado por Alberton et al. Caracterização farmacognóstica do jambolão

(Syzygium cumuni (L.) Skeels), 11, ed. SP: UNESP, 2001. p. 42, fig. 1.

Imagem 4: Corte transversal do limbo de folhas de jambolão (Syzygium cumini). a:

detalhe da face adaxial, evidenciando o aspecto ondulado da cutícula. c: cutícula; gs:
glândula secretora; b: detalhe do mesófilo evidenciando o aspecto liso da cutícula; c.d:
detalhe do bordo foliar com cutícula ondulada; co: colênquima.
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Fonte: elaborado por Alberton et al. Caracterização farmacognóstica do jambolão

(Syzygium cumuni (L.) Skeels), 11, ed. SP: UNESP, 2001. p. 43, fig. 2.

Imagem 5: Corte transversal do limbo de folhas de jambolão (Syzygium cumini). a:

detalhe da face adaxial, evidenciando o aspecto ondulado da cutícula. c: cutícula; gs:
glândula secretora; b: detalhe do mesófilo evidenciando o aspecto liso da cutícula; c.d:
detalhe do bordo foliar com cutícula ondulada; co: colênquima.

Fonte: elaborado por Alberton et al. Caracterização farmacognóstica do jambolão

(Syzygium cumuni (L.) Skeels), 11, ed. SP: UNESP, 2001. p. 42, fig. 1.

Imagem 6: Corte transversal do limbo de folhas de jambolão (Syzygium cumini), na

região da nervura principal. a: detalhe da nervura. b; c; d: detalhe mostrando bainha
esclerenquimática e a ocorrência de idioblastos. co: colênquima; x: xilema; dr: drusas.
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Fonte: elaborado por Alberton et al. Caracterização farmacognóstica do jambolão

(Syzygium cumuni (L.) Skeels), 11, ed. SP: UNESP, 2001. p. 42, fig. 1.

1.1 DIFERENCIAÇÃO DA MATURAÇÃO DO JAMBO

A característica determinante para diferenciação do jambolão em seus diferentes
estádios de maturação, está na medição de sólidos solúveis e a sua variância medida de
°brix. Ainda, as coordenadas expressas na tabela 1, como “a” e “b”, representam o grau
de variação entre o vermelho ao verde e azul ao amarelo, respectivamente, onde os
valores apresentados são para calcular o ângulo Hue ou matiz (°h* = tang-1 b*.a*-1)
(Carvalho et al., 2008).

Tabela 1. Valores de massa da fruta (g), comprimento (mm), cor da epiderme (°Hue) e
sólidos solúveis totais (°Brix), em função de três estádios de maturação FAEM/UFPel,
Capão do Leão-RS, 2008.
Estádio de Massa da Comprimento Cor (Hue)° SST (°brix)
Maturação fruta (g) (mm)

Verde 21,13 b 19,84 a 122,51 b 9,33 b

Intermediário 25,05 b 19,84 a 342,93 a 11,16 b

Maduro 31,00 a 19,97 a 319,06 a 16,50 a

CV (%) 7,53 3,37 10,37 7,28

Fonte: De acordo com Carvalho et al., (2008), “média seguida pela mesma letra
minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05)”.

2. METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
Plantas caracterizam um conjunto de metabólitos secundários essenciais para
tratamentos, dentre eles os polifenóis, especialmente, são arranjados de maneira
globalmente difundida em todas as plantas superiores. As quatro principais classes de
polifenóis detectados em alimentos são ácidos fenólicos, flavonoides, lignanas e
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estilbenos (SINGH et al, 2016).
As propriedades polifenólicas do jambolão foram evidenciadas em estudos anteriores.
Em relação ao fruto, a casca e a polpa apresentam flavonóides oriundos,
primordialmente, da miricetina. Compostos como flavan-3-óis, ácidos fenólicos,
delfinidina glicosilada ou não glicosilada, taninos adstringentes hidrolisáveis e
condensados, cianidina, petunidina, peonidina e malvidina dispõem de excelentes
propriedades antioxidantes (SOUSA et al, 2021).
Independentemente de diversos aperfeiçoamentos realizados no âmbito da química
orgânica sintética para combater doenças infecciosas, aproximadamente 80% da
população mundial baseiam-se primordialmente da medicina tradicional à base de
plantas para suas demandas primárias de saúde em razão das preocupações com
serviços médicas custosos, potencialmente tóxicas e invasivas (SINGH et al, 2016).

2.1 FITOQUÍMICOS E SUA SAZONALIDADE

Os fitoquímicos são compostos químicos produzidos pelas plantas, geralmente para
ajudá-las a resistir a infecções por fungos, bactérias e vírus de plantas, e também ao
consumo por insetos e outros animais (Carneiro, s.d.).
Não obstante, em conformidade com Pessoa (2021), a concentração dos fitoquímicos
encontrados no vegetal varia entre os meses de novembro e junho, como demonstrado
na tabela 2. Ainda,
Uma vez que a influência da sazonalidade pode interferir na resposta biológica devido
à diferença de concentrações dos metabólitos secundários necessários para atividade,
neste estudo foi analisada a diferença sazonal dos derivados cinâmicos, terpenos/
esteroides, flavonoides e taninos, sendo esses dois últimos os principais responsáveis
pela atividade antimicrobiana de S. cumini (Pessoa, 2021, p. 164)

Tabela 2. Classes de metabólitos entre novembro de 2015 e junho de 2016.

Legenda: +: presença; -: ausência.
Classe de Metabólito Nov/2015 (primavera) Junho/2016 (outono)

Taninos hidrolisáveis ++ +

Taninos condensados + ++

Flavonoides + +

Derivados Cinâmicos - -

Terpenos e Esteróides + +

Cumarinas - -

Saponinas + +

Açúcares redutores + +

Alcalóides - -

Antraquinonas + +
Fonte: Pessoa (2021).

2.1.1 PRINCIPAIS SOLVENTES PARA EXTRAIR OS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

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De acordo com CUNHA (2014) e SIMÕES et al. (2010) os principais solventes são os
pentano, hexano, éter de petróleo para a extração dos metabólitos secundários
preferencialmente extraídos são os furanocumarinas estão representados na tabela 3.

Tabela 3. Solventes para extrair os metabólitos secundários, mencionados em escala

crescente de polaridade:

Solventes Compostos preferencialmente extraídos

Pentano, hexano, éter de petróleo. Furanocumarinas, hidrocarbonetos,

lipídeos, óleos essenciais, pigmentos,
ceras.

Tolueno, diclorometano, clorofórmio. Bases livres de alcalóides, antraquinonas

livres, óleos voláteis, glicosídeos
cardiotônicos, óleos fixos, ceras.

Acetato de etila, n-butanol. Flavonóides, cumarinas simples,

sapogeninas.

Etanol, metanol. Heterosídeos em geral.

Soluções hidroalcoólicas, água. Saponinas, taninos.

Soluções aquosas acidificadas. Alcalóides.

Soluções aquosas alcalinizadas. Saponinas.

Fonte: CUNHA (2014) e SIMÕES et al. (2010) apud Soares et al. (2016).

2.2 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Os polifenóis exercem inúmeras funções, como antioxidantes, antimicrobianos,
anti-histamínicos, anti-inflamatórios e agentes anticancerígenos. A atividade
antioxidante desses agrupamentos moleculares deve-se especialmente às suas
propriedades redox, que executam uma função notável na adsorção e eliminação de
radicais livres, eliminando o oxigênio e degradando os peróxidos (SINGH et al, 2016).
Essa bioatividade se dá em razão dos polifenóis e outros metabólitos secundários
existentes nos óleos essenciais presentes no fruto, além dos terpenos e carotenóides.
Contudo, até o momento não há muitos estudos aprofundados acerca da bioatividade
desses compostos biodisponíveis nas frutas e ainda faz-se necessário ser avaliado o seu
nível de eficácia ao passo que podem atenuar os danos provocados pelo estresse
oxidativo (SOUSA et al, 2021).
Em um estudo realizado por Qamar et al (2021) foi verificado que o potencial
antioxidante do extrato bruto de S. cumini em conjunto com os extratos 100%
diclorometano (DCM), 100% metanólico e 50% metanólico e suas fragmentações
consecutivos foi avaliado pelo método DPPH, ensaios FRAP e H2O2. O extrato metanólico
em 100% manifestou potencial acima dos demais extratos (IC50 de 81 μg ml−1),
posterior do extrato metanólico em 50% (IC50 de 134 μg ml−1) e do extrato DCM 100%
(IC50 de 220 μg ml−1).
O potencial de erradicação de radicais livres dos extratos 100% metanólico da fruta S.
cumini em estudo foi relatado o dobro do nível descrito na literatura relativo ao extrato
da casca da fruta S. cumini e conforme o extrato do caroço da fruta S. cumini. Além de
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tudo, a habilidade de eliminação dos radicais em extratos equivalentes na análise
realizada por Qamar et al. (2021) foi de 1,1, 2,3 e 1,9 vezes maior em comparativo aos
relatórios elaborados de extrato de tampão citrato de frutas S. cumini, extrato
hidroalcoólico, extrato metanólico, aquoso e etanólico, respectivamente.

2.3 ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA

Um processo importante no controle das respostas inflamatórias é a equilibração da
membrana lisossômica dos neutrófilos ativos, que por sua vez delimita a dispensação de
enzimas bactericidas e proteases que são responsáveis pela inflamação e posterior
dano tecidual. A estabilização das membranas dos glóbulos vermelhos humanos (HRBC -
Human Red Blood Cell) através da lise influenciada por condições hipotônicas
considerando-se como intermediário para a consequente estabilização da membrana
lisossômica intervindo na atividade anti-inflamatória das drogas. Os eritrócitos e
membrana plasmática lisossômicas apresentam características similares, desse modo, a
consolidação da droga presente na membrana das hemácias também pode bloquear a
degradação da membrana lisossômica (QAMAR et al, 2021).
As pesquisas de desnaturação da albumina de ovo e de soro bovino também são
executados, pois há informações de agregação entre a desnaturação proteica tecidual
(in vivo) e a apresentação de complicações inflamatórias e artríticas em em razão da
produção de autoantígenos. A prevenção da desnaturação da albumina em resposta ao
tratamento térmico no pH fisiológico (pH: 6,2–6,5) encontra-se entre uma das
peculiaridades dos anti-inflamatórios não esteroidais (QAMAR et al, 2021).
A alteração nas ligações dissulfeto, hidrogênio, hidrofóbica e eletrostática são
presumivelmente um dos mecanismos compreendidos na desnaturação proteica. As
parcelas foram testadas em estudo realizado por Qamar et al (2021) em quatro
concentrações distintas (50, 100, 200, 300 μg ml−1). Esses extratos vegetais
impulsionam a função protetora de membrana plasmática em razão da sua aptidão em
modificar a concentração intracelular de cálcio nas células vermelhas do sangue
(QAMAR et al, 2021).
O jambolão possui alta concentração de antocianinas (do grego anthos, flor e kianos,
azul), que são pigmentos presente no reino vegetal, permitindo a variedade de cores
observadas em frutos, flores, , folhas, raízes e caules variando da tonalidade vermelho
vivo até o violeta ou azul. São compostos fenólicos e flavonóides, amplamente
distribuídos no reino vegetal. São pigmentos solúveis em água e muito instáveis quando
submetidos a temperaturas elevadas (CASTAÑEDA, 2009).
Devido essa alta concentração que o jambolão possui de antocianina , cada vez mais ele
é utilizado como insumo para a extração e purificação desse pigmento (JAMPANI et al.,
2014). Por causa desses níveis elevados de antocianinas e vitaminas com atividade
antioxidante, vários estudos propõe que o jambolão demonstra propriedades
anti-inflamatórias, hipolipidêmicas e anti-hiperglicemiantes, sugerindo que existe a
possibilidade do efeito cardioprotetor (BALIGA et al., 2011).

2.4 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA

A atividade antibiótica dos polifenóis pode ser benéfica na exterminação de diversos
microrganismos patogênicos que alcançaram a resistência para sobreviver frente aos
antimicrobianos disponíveis no mercado em concentrações clinicamente relevantes
(SINGH et al, 2016).
O uso do jambolão no último século tem ganhado relevância na medicina popular, e
devido a isto surgiram pesquisas tentado avaliar suas ações farmacológicas.
Atualmente, já se tem conhecimento que as diferentes partes da planta como as cascas
dos troncos, as sementes, as folhas e a polpa do fruto proporcionam hipoglicemia e
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obstipação. Alguns autores relatam sobre a ação antimicrobiana do óleo essencial das
sementes e dos extratos da Syzygium cumini sobre alguns microrganismos
gram-positivos e alguns gram-negativos (ALBERTON,2013).
No estudo realizado pelo autor Antônio (2019) foi possível notar a presença de
atividade antimicrobiana dos extratos brutos das folhas do Jambolão que foi verificada
in vitro por meio da metodologia de diluição em caldo frente em 36 bactérias variadas e
8 leveduras diferentes. Os extratos utilizados foram (EEP), (EAcEt), (EMT) e (EAQ) em
uma concentração de 2,0 mg/mL. O método escolhido para a verificação da atividade
antimicrobiana foi através da microdiluição em caldo, já que utilizando testes por meio
de difusão em ágar poderiam conduzir a um resultado errôneo com um falso negativo,
pois os resultados poderiam ser influenciados por vários fatores como o pelo tipo de
ágar, a concentração, temperatura de incubação e entre outros .
Os extratos de S. cumini demonstram em bactérias bacilos Gram negativos e em
leveduras valores de CIM igual ou superior a 1mg/mL ( OWOLABI et al., 2007).
De acordo com os variados estudos efetuados sobre o Syzygium cumini com bactérias
gram positivas, bactérias gram negativas, bactérias multirresistentes e fungos foi
perceptível que o extrato vegetal dispõe da presença de atividade antimicrobiana
(ANTÔNIO, 2019).

Metodologia

1. Identificação das espécies:

Quadro 1 Caracterização

PARÂMETROS MÉTODO & EQUIPAMENTOS

Caracterização (PELLIS, 2019, p. 56).

morfológica das plantas ● Os nomes científicos devem ser revisados mediante
consulta ao site do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/).

2. Extração de óleo essencial:

Quadro 1.1 Extração dos óleos essenciais

PARÂMETROS MÉTODO & EQUIPAMENTOS

Coleta e preparo da (Sarker; Latif; Gray, 2014) & (RODRIGUES, 2010, p. 95-97,
amostra disponível em:
www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S138770032200464
6)

Extração bruta (OLIVEIRA et al., 2016, p. 231-232, disponível em: doi:

10.1590/1983-084X/15_106. )
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Quadro 1.2 Preparo e Identificação

PARÂMETROS MATERIAIS

Preparação dos extratos (RODRIGUES, 2010, p. 44-49, disponível em:

utilizados na avaliação do https://repositorio.unesp.br/handle/11449/105836?show=full
perfil cromatográfico )

Identificação dos (RODRIGUES, 2010, p. 49-51, disponível em:

metabólitos secundários https://repositorio.unesp.br/handle/11449/105836?show=full
)

3. Parâmetros físico/químicos

Quadro 2 Avaliação físico/químicos

PARÂMETROS MÉTODO & EQUIPAMENTOS

Avaliação granulométrica (Alberton et al., 2001, disponível em:

da droga rasurada (fruto) www.scielo.br/j/rbfar/a/BnQVfbf8tc7QxKmMNhwhSzC/?lang=pt.)

Avaliação quantitativa da (RODRIGUES, 2010, p. 69, disponível em:

infusão das cascas https://repositorio.unesp.br/handle/11449/105836?show=full
)

Determinação da perda (Alberton et al., 2001, disponível em:

por dessecação www.scielo.br/j/rbfar/a/BnQVfbf8tc7QxKmMNhwhSzC/?lang=pt.)

Determinação da perda (Alberton et al., 2001, disponível em:

por secagem em www.scielo.br/j/rbfar/a/BnQVfbf8tc7QxKmMNhwhSzC/?lang=pt.)
temperatura ambiente

Determinação de perda (Alberton et al., 2001, disponível em:

por secagem em estufa www.scielo.br/j/rbfar/a/BnQVfbf8tc7QxKmMNhwhSzC/?lang=pt. )
comum

Determinação do teor de (Alberton et al., 2001, disponível em:

extrativos www.scielo.br/j/rbfar/a/BnQVfbf8tc7QxKmMNhwhSzC/?lang=pt.)

Determinação de taninos (Alberton et al., 2001, disponível em:

totais (monômeros e www.scielo.br/j/rbfar/a/BnQVfbf8tc7QxKmMNhwhSzC/?lang=pt. )
polímeros)

Avaliação do perfil (RODRIGUES, 2010, p. 81-91, disponível em:

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cromatográfico https://repositorio.unesp.br/handle/11449/105836?show=full
)

Impactos esperados da pesquisa:

Espera-se da pesquisa que atenda, obrigatoriamente, uma ou mais das seguintes dimensões de
impacto: social, educacional, sanitário, tecnológico, econômico ambiental, segurança, cultural,
profissional e legal (entre outras), nos níveis local, regional ou nacional. Dessa forma, a pesquisa
gerará conhecimento para atender demandas sociais, organizacionais ou profissionais com
interesse no presente tema.
Não obstante, a pesquisa também poderá contribuir para transferência de conhecimento para a
sociedade, atendendo demandas específicas de desenvolvimento nacional, regional e/ou local,
ao passo que o presente projeto venha ser notorizado após a publicação.
Ainda, a pesquisa pode melhorar a eficácia e a eficiência das organizações públicas e/ou
privadas, por meio da solução de problemas e geração de inovação, que o presente objetivo,
desta proposta, irá promover.
Por fim, a pesquisa também poderá contribuir para agregar competitividade e produtividade às
organizações que tenham interesse no tema, uma vez que a classificação esteja empregada e
provada, gerando notorização aos metabólitos que poderão ser extraídos à outros fins.

Cronograma:
Considere o período de execução da pesquisa: 05/ 2023 a 05/2024.

Atividades 2023 2024

Períodos 1° 2° 1° semestre
semestre semestre
Revisão Bibliográfica x x
Definição do Projeto de Pesquisa/ Objetivo x x
Elaboração dos instrumentos de pesquisa x x
para coleta de dados
Coleta de dados x
Análise e Discussão dos dados x
Qualificação da Dissertação x x
Redação Final x x
Submissão x
Defesa x

Referências bibliográficas:

Alberton, J. R.; Ribeiro, A.; Sacramento, L. V S.; Franco, S. L.; Lima, M. A. P. Caracterização
farmacognóstica do jambolão (Syzygium cumini (L.) Skeels). Rev. Bras. de Farmacognosia, São
Paulo, v.11, n.1, p. 37-50, 2001. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbfar/a/BnQVfbf8tc7QxKmMNhwhSzC/?lang=pt.

ANTÔNIO, S. Avaliação da atividade antimicrobiana e da histocompatibilidade de extratos de

Syzygium cumini (L.) Skeels. Ufpe.br, 2019.
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BALIGA, M.S.; BHAT, H.P.; BALIGA, B.R.V.; WILSON, R.; PALATTY, P.L. Phytochemistry, traditional
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CARVALHO, S. F.; LIMA, C. S. M.; AMARAL, P. A.; RUFATO, A. R. CARACTERIZAÇÃO DE FRUTAS

DE JAMBOLÃO (Syzygium cumini Lamarck) EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO. Dpto
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CASTAÑEDA, L. M. F. Antocianinas: o que são? onde estão? como atuam?. Porto Alegre.
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Carneiro, S. B. Fitoquímicos: Pigmentos dos alimentos e sua importância. Universidade

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