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TUT 05 – MOD 02

1- Discutir a dor crônica


SciELO - Brasil - Dor crônica: objeto insubordinado / Mônica Angelim Gomes de Lima e Leny Trad
Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina, Salvador, Brasil e Universidade Federal da Bahia,
Instituto de Saúde Coletiva, Salvador, Brasil
A dor é atualmente definida como "uma experiência sensorial e emocional desagradável relacionada
com o dano real ou potencial de algum tecido ou que se descreve em termos de tal dano".
O conceito da dor é construído por cada indivíduo, influenciado por fatores biopsicossociais e, com base nas
experiências dolorosas. Assim, as queixas álgicas devem ser valorizadas pelos profissionais de saúde e a
inabilidade de comunicação dos indivíduos pode não significar ausência de dor
A dor aguda tem função de alerta, e segue a uma lesão tecidual e geralmente desaparece após resolução do
processo patológico. Nela há alterações neurodegenerativas sistêmicas, a fisiopatologia é comprometida,
pode ser resolvida pelos recursos atuais da biomedicina.
Ao fugir desse padrão a dor se torna um mecanismo neurofisiológico, e a dor é classificada como
“patológica”.
Uma dor aguda que teve um tratamento inadequado, pode se tornar crônica.
Algo que diferencia o tempo de dor é o tempo de duração. Segundo o comitê de Taxonomia da Sociedade
Internacional para Estudo da Dor (IASP), os limites temporais de dor são: duração menor que um mês; de
um a seis meses; e mais de seis meses.
A dor crônica é principalmente reconhecida quando sua duração ultrapassa seis meses.
A dor crônica provoca, com frequência, sinais vegetativos (cansaço, distúrbio de sono, diminuição do
apetite, perda do paladar por comida, diminuição da libido, constipação intestinal), que se desenvolvem
gradualmente.
A dor constante e persistente pode causar depressão e ansiedade e interferir em quase todas as atividades. Os
pacientes podem se tornar inativos, socialmente afastados e preocupados com a saúde física. O prejuízo
psicológico e social pode ser grave, causando ausência de função na prática.
A prevalência de dor crônica (DC) no Brasil variou entre 29,3 e 73,3%, afetando mais as mulheres que os
homens e acometendo mais frequentemente a região dorsal/lombar;
GOV – dor crônica
1.1. Duração da dor - O tempo de duração da dor é uma informação importante para avaliar se está
ocorrendo um processo mal adaptativo.
Entretanto, a dor que permanece após a cicatrização do tecido é considerada uma doença e o tempo para a
resolução da dor varia dependendo da gravidade da lesão. Há outras situações, nas quais a causa da dor não
está relacionada a cicatrização do tecido, mas no funcionamento do sistema fisiológico. Considera-se dor
crônica aquela que ultrapassa três meses de duração.
1.2. Localização da dor - A adequada localização da dor auxilia na compreensão da fisiopatologia e na
identificação das estruturas comprometidas. Diagramas corporais podem ser utilizados para documentar o
local e a magnitude da dor.
1.3. Histórico da dor - Avaliar a história pregressa e atual do paciente é importante para conhecer os
possíveis fatores desencadeantes e perpetuantes da dor, como:
 Traumatismos e cirurgias;
 ergonomia das atividades diárias, atividades esportivas e lazer;
 qualidade e duração do sono, frequência de despertares noturnos, bruxismo, posição de dormir, materiais e
tempo de uso do colchão e do travesseiro;
 dependência química, como tabagismo, alcoolismo e abuso de drogas ilícitas;
 resultados aos tratamentos prévios;
 estressores psicossociais;
 ganhos secundários e litígios;
 expectativas do paciente sobre o tratamento e as suas crenças sobre a sua dor.
1.4. Intensidade da dor - A avaliação da intensidade da dor pode ser feita por meio de escalas, que
auxiliam no registro da evolução e no planejamento do tratamento.
Descritores verbais e escalas numéricas de dor parecem ser preferíveis em idosos, comparada à tradicional
escala visual analógica (EVA). Os descritores verbais da dor permitem que o paciente forneça e indique as
características da dor (nenhuma dor, dor leve, dor moderada, dor intensa, maior dor) e são de extrema
importância para o diagnóstico e acompanhamento do quadro.
1.5. Características da dor - A forma com que o paciente descreve verbalmente a dor indica suas
características e são de extrema importância para o diagnóstico. Queixas de queimação, sensação de frio
doloroso, choque, formigamento, amortecimento, coceira, alfinetada e agulhada sugerem dor
neuropática. Sensação frequente de peso, tensão e dolorimento pode decorrer de afecções de origem
nociceptiva. Já queimação, pressão, peso e tensão podem sugerir dor nociplastica.
1.6. Padrão da dor - Classicamente, a dor pode ser diferenciada em dois padrões: mecânico ou

inflamatório.
A dor mecânica intensifica-se ao longo do dia com a realização de atividades de sobrecarga articular e
melhora com repouso e pode ser observada nos quadros de dor causada pela deterioração dos discos
intervertebrais (espondilose), nas lombalgias mecânicas, na osteoartrite fora do período de agudização e na
dor miofascial, entre outras.
Já pessoas com dor inflamatória relatam dor mais intensa pela manhã, com rigidez articular matinal de uma
hora ou mais, que diminui durante o dia com as atividades. Essa dor piora novamente à noite, com o
repouso, podendo afetar o sono da pessoa. A articulação pode apresentar edema com hipertrofia da
membrana sinovial. A dor inflamatória ocorre em doenças como: artrite reumatoide, artrite séptica,
espondilite, gota, osteoartrite em períodos de crise, neuropatia diabética ou infecciosa.
1.7. Periodicidade da dor - A avaliação da periodicidade da dor é importante para identificar padrões de
comportamento ou atividades que possam estar relacionados à sua ocorrência.
1.8. Fatores de melhora e piora da dor - Fatores atenuantes ou agravantes da dor incluem não somente os
fisiológicos, mas também socioeconômicos, genéticos, psicológicos, culturais, entre outros.
Investigar:
 Atividades diárias: é primordial questionar sobre as atividades domésticas, profissionais e esportivas que
desencadeiam dor a fim de identificar e corrigir movimentos e posturas desarmônicos. Além disso, o
sedentarismo e a inatividade.
 hábitos alimentares: a alimentação inadequada pode gerar estados de fadiga, mialgia, dor difusa e pode
facilitar a instalação de quadros infecciosos e metabólicos.
 hábitos intestinais: muitos estudos demonstram que a microbiota intestinal sintetiza diferentes
mediadores envolvidos na sensibilização central e periférica, o que pode propiciar o desenvolvimento da dor
crônica.
 qualidade do sono: existe uma correlação importante entre distúrbios do sono e dor. Pessoas com dor
crônica têm uma maior chance de apresentar sono de baixa qualidade, fragmentado, muitas vezes com
insônia, apnéia do sono e síndrome das pernas inquietas.
 transtornos do humor, como depressão e ansiedade possuem uma relação intrínseca com a dor.
Comumente, pacientes com dor crônica referem anedonia, diminuição do sono, perda de apetite, imobilismo,
diminuição da energia, apatia, fadiga fácil, palpitações, sudorese, sentimentos de nervosismo, excitação,
irritabilidade e dificuldade de concentração. Pensamentos catastróficos podem ser recorrentes, piorando a
sensação de incapacidade e a habilidade dos pacientes em lidar com a dor;
 dependência química: deve-se observar o perfil de adição em indivíduos que já abusaram de substâncias
lícitas e ilícitas para que o controle da dor seja feito de modo adequado;
 histórico de intervenções e cirurgias: podem acarretar neuropatias traumáticas, dor miofascial, além de
frustrações quando a expectativa do doente não é alcançada com o procedimento realizado;
 sinais de alerta: febre, perda de peso e outros sintomas constitucionais devem ser valorizados e
investigados, considerando as hipóteses de doenças metabólicas, neoplásicas, infecciosas, inflamatórias ou
psiquiátricas.
10. Antecedentes familiares - O histórico familiar auxilia na suspeita de doenças desencadeantes e
perpetuantes das dores crônicas, além de poder ajudar a equipe de saúde a propor ações para prevenir as
condições que o indivíduo tem maior chance de desenvolver. As doenças mais importantes a serem
questionadas são: fibromialgia, câncer, doenças genéticas, osteoporose com fraturas, distúrbios
neurológicos, doenças musculoesqueléticas, doenças reumatológicas e síndrome metabólica.

2- Discutir a importância da equipe multiprofissional no tratamento da dor crônica


Atendimento multiprofissional inova Ambulatório de Dor e ganha aprovação de pacientes | Prefeitura de
Santos
O paciente portador de dor crônica geralmente é um indivíduo sofredor de longa data, sente dor em diversos
momentos do dia, por períodos bastante longos. Geralmente eles buscam soluções a qualquer preço, na
intenção de diminuir o sofrimento.
São pacientes que mudam constantemente de médicos em buscas de novas “soluções”. Muitas destas
“soluções” envolvem a realização de mais exames diagnósticos, o uso de diferentes tipos de terapias, sejam
farmacológicas, sejam a partir de intervenções mais invasivas como a realização de infiltrações, bloqueios,
cirurgias ou de terapias físicas e/ou psíquicas e, mesmo, de terapias sem comprovação científica ou ainda em
estudo.
Frente a um paciente típico como este, é ideal que médicos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas,
familiares e amigos logo procurem oferecer as técnicas aos seus alcances e que acreditam possam
trazer benefício ao paciente. Além do tratamento medicamentoso, são importantes as terapias físicas,
terapias cognitivo-comportamentais.
A abordagem multidisciplinar durante 4 meses apresentou efeito positivo no tratamento de pacientes com
DC, possivelmente porque o paciente submetido à reabilitação com a equipe especializada vivenciou um
processo complexo e contínuo de aceitação do sofrimento crônico, pois instruído sobre a etiologia e
fisiopatologia da dor ele aprende a lidar com os fatores desencadeantes e a importância do processo
terapêutico para o sucesso do tratamento.
Presença de mais de um diagnóstico.
O Ambulatório de Dor do Ambulatório de Especialidades (Ambesp) em Santos conta com o atendimento
multiprofissional e em grupo.
É um trabalho destinado a pacientes com dores crônicas e conta com equipe médica, de enfermagem e
psicologia.
O trabalho está resultando em benefícios físicos e emocionais.
Os pacientes chegam à unidade após passarem pelo pronto-socorro ou por queixas repetidas nas unidades
básicas.
“A primeira etapa é fazer uma entrevista para identificar a localização, intensidade e o impacto da dor na
vida do paciente, seja em limitações físicas ou em aspectos sociais, como no trabalho e relações
interpessoais” detalha a psicóloga Corina Ribeiro.
Há consultas individuais, e mensalmente o grupo se reúne para compartilhar experiências e assistir palestras.
Quando há necessidade o médico também os encaminha para fisioterapia, acupuntura e homeopatia.
“Cada vez mais constatamos que a única possibilidade de melhora da dor crônica é um atendimento
multidisciplinar. Cem por cento dos nossos pacientes está dando depoimentos de benefícios” assegura o
neurologista Julio Gallani da Cunha.
“Com o trabalho em grupo eles percebem que é possível mudar hábitos para elaborar estratégias de lidar
melhor com a dor. Isso é decisivo na autoestima”, explica a enfermeira Tatiane Barbosa.
“O grupo ajuda muito. Tenho problemas para dormir e vou seguir direitinho as dicas da nutricionista”,
garante Alair Teixeira, 65 anos.
“Convivo com dor na coluna há muito tempo e o atendimento me ajudou muito. Consegui superar a
depressão e a dor, ouvindo as experiências e dicas de todos colegas e profissionais”, confirma Edilza Jesus,
40.
3- Relacionar o contexto biopsicossocial com a ansiedade, depressão e cinesiofobia
Uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP), relaciona problemas com ansiedade e depressão a algumas doenças
físicas crônicas.
A pesquisa foi feita com 5.037 adultos da Região Metropolitana de São Paulo e apontou que indivíduos com
transtornos de humor ou de ansiedade tiveram incidência duas vezes maior de doenças crônicas.
Episódios de dor crônica foram mais comuns entre as pessoas que tinham transtorno de humor – como
depressão e bipolaridade – ocorrendo em 50% dos casos de transtornos de humor, seguidos por doenças
respiratórias (33%), doença cardiovascular (10%), artrite (9%) e diabetes (7%).
Problemas com ansiedade também foram associados com dor crônica (45%) e doenças respiratórias
(30%), além de artrite e doenças cardiovasculares (11% cada). A hipertensão foi associada a ambos em 23%
dos casos.
Durante a pesquisa foi levantada a hipótese que: as pessoas ficam inativas quando têm depressão, isso
causa dor, ou então a própria dor muda a vida da pessoa, leva à falta de atividades físicas, o que
aumenta a depressão e fica um círculo vicioso.
A dor crônica, depressão e ansiedade compartilham os mesmos mecanismos fisiopatológicos e são
mutuamente influenciáveis. A presença de uma aumenta o risco e agrava a outra. A dor pode desencadear
depressão e ansiedade, assim como estas condições podem agravar a dor. (Dr. Alberto Gotfryd).

A cinesiofobia é o medo excessivo e irracional de realizar qualquer movimento.


Na maioria das vezes, a cinesiofobia está associada a baixos níveis de atividade física e dor crônica no
corpo. Alguns movimentos podem causar lesões e isso acaba virando um ciclo vicioso de sedentarismo e
inatividade física.
Pessoas com essa condição mostram maiores níveis de dor, incapacidade, sofrimento emocional e baixa
qualidade de vida.
Geralmente, o efeito nocebo acompanha a cinesiofobia, que consiste no ato de gerar uma expectativa
negativa, acreditando que aquilo o fará piorar. Portanto, o efeito nocebo gera ansiedade e interpretações
corporais contrárias.
Como por exemplo, passar por experiências onde o estímulo não é prejudicial, mas a pessoa tende a pensar
que a dor é intensa.

4- Diferenciar cinesiofobia, questionário de ansiedade generalizada e questionário de


saúde do paciente
SciELO - Brasil - Análise das propriedades psicométricas da versão brasileira da escala tampa de cinesiofobia Análise
das propriedades psicométricas da versão brasileira da escala tampa de cinesiofobia

1- Escala Tampa de Cinesiofobia:


O termo cinesiofobia é utilizado para definir o medo excessivo, irracional e debilitante do movimento e da
atividade física, que resulta em sentimentos de vulnerabilidade à dor ou em medo de reincidência da lesão.
A dor leva ao medo do movimento e da reincidência de lesão, que aumenta o comportamento evitador,
resultando, ao longo do tempo, em desuso e incapacidade funcional.
A escala tampa de cinesiologia é um questionário autoaplicável, composto de 17 questões que abordam a
dor e intensidade dos sintomas. As respostas variam de um a quatro pontos, sendo que a resposta "discordo
totalmente" equivale a um ponto, "discordo parcialmente", a dois pontos, "concordo parcialmente", a três
pontos e "concordo totalmente", a quatro pontos.
Para obtenção da resposta total final é necessária a inversão das respostas das questões 4, 8, 12 e 16.
A resposta final pode ser de, no mínimo, 17 e, no máximo, 68 pontos, sendo que, quanto maior a pontuação,
maior o grau de cinesiofobia.

2- Questionário de ansiedade generalizada

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado pela presença de ansiedade e preocupações


exageradas, que o indivíduo tem dificuldade para controlar e que estão relacionadas a uma variedade de
contexto e situações, além de sintomas fisiológicos associados. Trata-se de um dos transtornos mensais mais
comuns na população em geram, sendo o distúrbio mais prevalente no grupo de transtornos e ansiedade.
O GAD-7 é composto por 7 itens com o objetivo de avaliar os sintomas do Transtorno de Ansiedade
Generalizada. Ele não é capaz de substituir uma consulta com psiquiatra. Tendo o propósito de alertar os
pacientes sobre a necessidade de continuar a investigação clínica.
A pontuação é calculada atribuindo pontuações de 0, 1, 2 e 3 às categorias de resposta de “nem um pouco”,
“vários dias”, “mais da metade dos dias” e “quase todos os dias”, respectivamente e, em seguida, somando
as pontuações das sete questões.
Psicóloga Fabíola Luciano – Especialista pela USP
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado pela presença de ansiedade e preocupações
exageradas, que o indivíduo tem dificuldade para controlar e que estão relacionadas a uma variedade de
contexto e situações, além de sintomas fisiológicos associados. Trata-se de um dos transtornos mensais mais
comuns na população em geram, sendo o distúrbio mais prevalente no grupo de transtornos e ansiedade.
É a escala de depressão de 16 perguntas, fornecido a pacientes em um ambiente de atenção primária para
rastrear a presença e a gravidade da depressão.
A soma total das respostas sugere níveis variados de depressão. A pontuação varia de 0 a 80. Em geral, um
total de 60 ou mais é sugestivo da presença de depressão.
3- Questionário de Saúde do Paciente
Academia médica
O PHQ-9 é frequentemente utilizado por profissionais de saúde, como médicos e psicólogos, para ajudar no
diagnóstico e monitoramento da depressão. Ele pode ser aplicado em diversos contextos, como
consultórios médicos, clínicas de saúde mental e pesquisas acadêmicas.
É importante ressaltar que o PHQ-9 é uma ferramenta de triagem e não um diagnóstico definitivo. Caso a
pontuação indique a presença de sintomas depressivos, é fundamental buscar a avaliação de um profissional
de saúde para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
As nove questões do PHQ-9, juntamente com as opções de resposta:
1. Pouco interesse ou prazer em fazer coisas (escore de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias
2. Sentir-se desanimado(a), deprimido(a) ou sem esperança (escore de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias
3. Dificuldade para dormir ou dormir em excesso (escore de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias
4. Sentir-se cansado(a) ou ter pouca energia (escore de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias
5. Falta de apetite ou comer em excesso (escore de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias (3) Ocorre todos os dias
6. Sentir-se mal consigo mesmo(a), sentir-se um(a) fracassado(a) ou achar que decepciona as
pessoas próximas (escore de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias
7. Dificuldade para se concentrar em coisas, como leitura ou assistir televisão (escore de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias
8. Mover-se ou falar devagar, ou o contrário, ficar inquieto(a) e incapaz de ficar parado(a) (escore
de 0 a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias
9. Pensamentos de que seria melhor estar morto(a) ou de se machucar de alguma forma (escore de 0
a 3)
(0) Não ocorre
(1) Ocorre vários dias
(2) Ocorre mais da metade dos dias
(3) Ocorre todos os dias

Os escores de cada questão são somados para obter a pontuação total do PHQ-9, que pode variar de 0
a 27.
Como avaliar o PHQ-9
Para avaliar o PHQ-9, você precisará seguir as etapas a seguir:
1. Apresentação do questionário: Explique ao indivíduo que o PHQ-9 é um questionário que avalia a
presença e a gravidade dos sintomas de depressão.
2. Leitura das perguntas: Leia as nove perguntas do PHQ-9 em ordem, uma de cada vez, fornecendo
as opções de resposta para cada pergunta.
3. Respostas do indivíduo: Peça ao indivíduo para responder a cada pergunta selecionando a opção
que melhor descreve a frequência com que eles têm experimentado cada sintoma nas últimas duas
semanas.
4. Registro das respostas: Registre as respostas do indivíduo para cada pergunta, anotando a
pontuação correspondente a cada resposta.
5. Cálculo da pontuação total: Some as pontuações de cada pergunta para obter a pontuação total do
PHQ-9. A pontuação total pode variar de 0 a 27.
6. Interpretação da pontuação: Utilize a seguinte escala para interpretar a pontuação total do PHQ-9:
o 0 a 4: Ausência de depressão.
o 5 a 9: Depressão leve.
o 10 a 14: Depressão moderada.
o 15 a 19: Depressão moderadamente grave.
o 20 a 27: Depressão grave.
Quanto maior a pontuação, maior a gravidade dos sintomas depressivos.
É importante lembrar que o PHQ-9 é uma ferramenta de triagem e não um diagnóstico definitivo. Caso
a pontuação indique a presença de sintomas depressivos, é recomendável que o indivíduo procure a
avaliação de um profissional de saúde, como um médico ou psicólogo, para uma avaliação mais detalhada e
um diagnóstico preciso.
O PHQ-9 é um dos testes de screening preconizados pelo USPSTF para screening de ansiedade e depressão.

Universidade de Lisboa – motricidade humana


QUESTIONÁRIO GERAL SOBRE CONDIÇÕES DE SAÚDE
Instruções: Assinale com um X a resposta que considera mais correta em relação a cada uma das perguntas.
Em alguns casos a questão é de resposta múltipla.
A) Estado Geral de Saúde
1. Como classifica o seu estado de saúde atual?

1. Muito bom ☐ 2. Bom ☐ 3. Razoável ☐ 4. Mau ☐ 5. Muito mau ☐


2. Tem alguma doença crónica?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
2.1. Se sim, qual? ______________________________
3. Nos últimos doze meses, acha que a sua saúde melhorou, piorou, ou
manteve-se na mesma?

1. Melhorou muito ☐ 2. Melhorou ☐ 3. Manteve-se ☐ 4. Piorou ☐ 5. Piorou muito ☐


B) Atividade Física
4. Tendo em conta os fatores idade, peso e género, como avalia a sua atual condição física?

1. Muito boa ☐ 2. Boa ☐ 3. Razoável ☐ 4. Má ☐ 5.Muito má ☐


5. Pratica exercício físico?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
5.1. Se sim, quantas vezes por semana? ________ vezes/semana.
6. (Se respondeu “Não”) Por que motivo(s) é que não pratica qualquer atividade física?

1. Falta de tempo ☐ 2. Falta de motivação ☐ 3. Não sente necessidade ☐ 4. Falta de instalações ou apoios

7. (Se respondeu “Sim”) Quanto tempo é que gasta, em média, com essas
atividades?

1. Mais de 3 horas por semana ☐

2. Cerca de 3 horas por semana ☐

3. Cerca de 2 horas por semana ☐

4. Cerca de 1 hora por semana ☐

5. Menos de 1 hora por semana ☐


8. Nestes últimos doze meses, o seu nível de atividade física aumentou, diminuiu ou manteve-se?

1. Aumentou muito ☐ 2. Aumentou ☐ 3. Manteve-se ☐ 4. Diminuiu ☐ 5. Diminuiu muito ☐


C) Nutrição e Controlo do Peso
9. Como avalia a sua alimentação diária (em termos qualitativos e quantitativos)?

1. Muito boa ☐ 2. Boa ☐ 3.Razoável ☐ 4. Má ☐ 5. Muito má ☐


10. Em geral, onde realiza as suas refeições diárias (almoço)?

1. Em casa ☐ 2. No refeitório da CMS ☐ 3. Restaurantes/snack-bar☐ 4. Outro ☐:________________


D) Consumo de Álcool
11. Consome bebidas alcoólicas?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
11.1. Se sim, com que frequência?

1. Todos os dias ☐ 2. Frequentemente☐ 3. Apenas em ocasiões especiais☐


E) Consumo de tabaco
12. É fumador?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
12.1. Se sim, quantos cigarros fuma em média por dia? ______ cigarros
12.2. Se sim, há quantos anos é que fuma?______ anos
F) Medicação
13. Toma regularmente algum medicamento?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
13.1. Se sim, para que efeito?
1. Doença respiratória ☐ 2. Doença oncológica ☐ 3. Doença cardiovascular ☐ 4. Doença psiquiátrica ☐ 5.
Hipertensão ☐ 6. Diabetes ☐ 7. Colesterol ☐ 8. Outra ☐: _____________________
G) Problemas de Saúde / Baixas médicas
14. Nos últimos doze meses, esteve alguma vez de baixa médica por motivos de doença, acidente ou lesão?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
14.1. Se sim, quantos dias aproximadamente? ______ dias
14.2. Se sim, qual o motivo?

1. Doença do próprio ☐ 2. Assistência a outrem (e.g. familiar) ☐


H) Gestão do Tempo
15. Em média, quantas horas dorme por dia? __________horas
16. Quanto tempo gasta, em média, em deslocações para o seu local de trabalho? _____________ minutos |
horas (risque a que não se adequa).
17. Exerce algum outro trabalho remunerado?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
17.1. Se sim, quantas horas despende por semana? _____________ horas
18. Fora do horário de trabalho, quanto tempo utiliza semanalmente para as tarefas domésticas?
____________ horas /semana
19. Fora do horário de trabalho, quanto tempo utiliza semanalmente para as atividades de lazer (e.g. ida a
espetáculos, passear, ler um livro, estar num café com amigos a conviver, etc.)? _____________ horas
/semana.
I) Stresse, Saúde e Bem-estar
20. Como classifica o nível de stresse a que, em geral, está sujeito na sua vida diária, casa e no local de
trabalho?

1. Muito baixo☐ 2. Baixo☐ 3. Razoável☐ 4.Elevado☐ 5.Muito elevado☐


21. Comparado com os últimos doze meses, o nível de stresse a que hoje está sujeito em casa e no trabalho,
aumentou, diminuiu ou manteve-se?

1. Aumentou muito ☐ 2. Aumentou ☐ 3. Manteve-se ☐ 4. Diminuiu ☐ 5. Diminuiu muito ☐


22. Pessoalmente, o que é que gostaria de fazer para melhorar a sua saúde e o seu bem-estar?

1. Praticar atividade física 1 vez por dia ☐

2. Praticar atividade física 1 vez por semana ☐

3. Deixar de fumar ☐

4. Ser capaz de controlar o stresse em casa e no local de trabalho ☐

5. Aumentar as minhas competências pessoais e profissionais para lidar com o stresse ☐

6. Participar no Projeto REGES- Relaxação e Gestão do Stresse no Local de Trabalho ☐

7. Mudar de trabalho ou funções dentro da empresa ☐


8. Deixar de trabalhar/ reformar-me ☐

9. Outra atividade ☐: __________________________________

10. Nada em especial ☐


J) Caracterização Sociodemográfica
23. Género:

0. Feminino☐ 1. Masculino ☐
24. Idade:

1. Entre 18 e 30 ☐ 2. Entre 31 e 40☐ 3. Entre 41 e 50 ☐ 4. Entre 51 e 60☐ 5. Superior a 61 ☐


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25. Nível de escolaridade:

1. Ensino básico ☐ 2. Ensino Secundário ☐ 3. Ensino Superior ☐ 4. Pós-Graduação/ Mestrado/


Doutoramento ☐
26. Peso: _______ kg
27. Altura: _______ cm
28. Estado civil:

1. Solteiro ☐ 2. Casado/União de facto ☐ 3. Divorciado ☐ 4. Viúvo ☐ 5. Outro ☐: ______________


29. O seu trabalho é essencialmente sedentário?

0. Não ☐ 1. Sim ☐
30. Situação atual de emprego:

1. Pertence ao quadro de pessoal ☐

2. Tem contrato administrativo de provimento ☐

3. Está com contrato individual de trabalho ☐

4. Outra (e.g. situação de requisição ou destacamento, licença sem vencimento) ☐


31. Exerce atualmente funções de direção, chefia ou coordenação? Formal ou informalmente?

1. Não☐ 2. Sim, formalmente ☐ 3. Sim, informalmente ☐


32. Em média quanto tempo fora do horário de trabalho gasta semanalmente em tarefas profissionais:
32.1. Horas extraordinárias no local de trabalho: ________ horas/semana
32.2. Horas de trabalho extra realizadas em casa: _______ horas/semana
33. Qual o seu rendimento líquido mensal familiar (os seus rendimentos mais os dos que vivem consigo)?

1. Inferior a 499€ ☐ 2. 500€ - 999€ ☐ 3. 1000€ - 1499€ ☐

4. 1500€ – 1999€ ☐ 5. 2000€ - 2999€ ☐ 6. 3000€ ou superior ☐


O questionário chegou ao fim!
MUITO OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!

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