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INSTITUTO GUILHERME RIBEIRO DE ACUPUNTURA E APRENDIZAGEM

CURSO DE FORMAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA

DENISE SANTOS DA SILVA

Diabetes Mellitus: acupuntura no tratamento do


controle glicêmico

JOÃO PESSOA – PB
2022
DENISE SANTOS DA SILVA

Diabetes Mellitus: acupuntura no tratamento do controle glicêmico

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao IGRAA - Instituto Guilherme
Ribeiro De Acupuntura e Aprendizagem, como
requisito parcial e conclusivo para obtenção do
título de pós-graduação em Acupuntura.

Orientador(a):Prof.ªMe. Marta Fernandes

JOÃO PESSOA – PB
2022
Diabetes Mellitus: acupuntura no tratamento do controle glicêmico

Denise Santos da silva1, Marta Fernandes2

1. Graduada em nutrição pela FPB. Discente do curso de formação e pós-


graduação em acupuntura pelo IGRAA, e-
mail:denisenutricionista@hotmail.com
2. Orientadora,e-mail:marta.igraa@gmail.com

RESUMO

O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial,


traduzindo-se assim como grande desafio para os sistemas de saúde. O
envelhecimento da população, urbanização crescente e doação de estilos de vida
pouco saudáveis o sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes
responsáveis pelo aumento da incidência e prevalênciado diabetes em todo mundo.
Assim o presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia da acupuntura no
tratamento controle glicêmicos no tratamento do diabetes, através da revisão de
literatura, por meio do levantamento de dados realizado em bases científicas como
Library Online (SCIELO), Pubmed através do Medical Subject Headings (MESH),
Google Acadêmico, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e livros acerca de estudos
brasileiros e internacionais sobre o referido assunto e dados oficiais da Sociedade
Brasileira de Diabetes e Ministério da Saúde. Tendo como resultados a
comprovação de que por meio da acupuntura, prática milenar comum a Medicina
Chinesa, a eficácia no tratamento da diabetes Mellitus 2.

Palavras-chaves: 1. Diabetes Mellitus. 2. Acupuntura. 3. Controle glicêmico

ABSTRACT

Diabetes Mellitus is configured today as a worldwide epidemic, thus translating


into a great challenge for health systems. The aging of the population, increasing
urbanization and unhealthy lifestyles, sedentary lifestyle, inadequate diet and obesity
are largely responsible for the increase in the incidence and prevalence of diabetes
worldwide. Thus, the present study aimed to evaluate the effectiveness of
acupuncture in the treatment of glycemic control in the treatment of diabetes, through
literature review, through data collection carried out in scientific bases such as
Library Online (SCIELO), Pubmed through the Medical Subject Headings (MESH),
Google Scholar, Virtual Health Library (BVS) and books about Brazilian and
international studies on the subject and official data from the Brazilian Society of
Diabetes and the Ministry of Health. Having as results the proof that through
acupuncture, a millennial practice common to Chinese Medicine, the effectiveness in
the treatment of diabetes Mellitus 2.

Keywords: 1. Diabetes Mellitus. 2. Acupuncture. 3. Glycemic control

1. INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus (DM) diabetes mellitus (DM) é uma doença caracterizada


por níveis elevados de glicose no sangue, como resultado da secreção de insulina
prejudicada, sendo caracterizada também pelos distúrbios do metabolismo de
carboidratos, proteínas e gorduras. Em geral pessoas com diabetes têm organismos
que não produzem ou não respondem à insulina, uma hormona produzido pelas
células beta do pâncreas que é necessário para usar ou armazenar combustível
corporal (SILVA; MURA, 2007).
O DM consiste em uma síndrome metabólica do organismo caracterizada por
hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina pelo
pâncreas ou na sua ação ineficaz, ou em ambos os mecanismos. Atualmente, atinge
mais de 415 milhões de pessoas no mundo, com uma perspectiva de chegar a 642
milhões de pessoas doentes até 2040. Essa síndrome é caracterizada pela falta
absoluta ou relativa da produção pancreática de insulina, ou ainda por uma
incapacidade de utilização da insulina produzida, resultando em elevação dos níveis
sanguíneos de glicose (SBD, 2019).
Diabetes é uma condição médica na qual o pâncreas não produz insulina
suficiente, que em estágio inicial uma pessoa não apresentar sintomas, isso porque
as células β do pâncreas se desintegram lentamente. Por causa dos riscos do
diabetes, o início da doença pode ser precedido por um período silencioso de meses
e anos. Pessoas com diabetes correm risco de AVC, hipertensão arterial, doença
coronariana, vasos frágeis e quebradiços, retinopatia e insuficiência renal crônica (DI
LORETO et al, 2004).
A acupuntura é o conjunto de conhecimentos teórico-empírico da medicina
chinesa que visa à terapia e à cura das doenças através da aplicação de agulhas
(WEN, 1998).
Inúmeras são as vantagens da acupuntura e dentre elas podemos enumerar
as inúmeras possibilidades de aplicação, a diminuição de uso de medicamentos, a
simplicidade da instrumentação necessária, a segurança no tratamento; e, como
aspectos desfavoráveis podem citar como primeiro deles o temor do indivíduo pela
presença da agulha e no segundo plano a exigência de um longo período de
tratamento, além de perfeição e destreza do terapeuta o que demanda muitos anos
de aprendizado (WEN, 2009).
A acupuntura é uma arte que deveria estar entre as primeiras indicações
naterapêuticademuitaspatologiasedeveriaserexercido por médicos especializados
e/ou pessoal médico especialmente treinado (VASCONCELOS etal.,2011).
Diante do exposto, a proposta deste projeto é fazer uma pesquisa
bibliográfica sobre a eficácia da acupuntura no tratamento controle glicêmicos no
tratamento do diabetes.

2. OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo analisar como a acupuntura, técnica da


medicina chinesa, pode controlar a glicemia em indivíduos com diabetes.

3. METODOLOGIA

A pesquisa, de maneira geral, corresponde a um conjunto de ações que deve


seguir uma série de procedimentos previamente definidos através de um método
baseado na racionalidade a fim de se encontrarem resultados e respostas a um
problema previamente apresentado (CARVALHO et al., 20190). Seguindo essa
premissa, serão apresentados especificamente quais os métodos utilizados para
realização da pesquisa para coleta de dados, e as técnicas utilizadas.

3.1 Caracterização do Objeto de Estudo

Os efeitos da Acupuntura no tratamento do Diabetes têm sido mostrados


experimentalmente e clinicamente e seus efeitos parecem estar relacionados à
ativação da enzima glicose-6-fosfato, aumento da produção de insulina pelo
pâncreas e aumento no número de receptores para insulina (CHEN; WEI, 1985;
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 1997). O objetivo do estudo é conhecer e
identificar, por meio de uma revisão bibliográfica, a eficácia do tratamento do
Diabetes Mellitus através da MTC, especialmente da acupuntura.
3.2 Tipo de Pesquisa

Para o desenvolvimento do trabalho, a abordagem escolhida para o estudo foi


à pesquisa exploratória, do tipo bibliográfico que, segundo Gil (2002), visa
proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a
construir hipóteses, a partir de material já publicado.
O presente estudo é sustentado em uma revisão da literatura, na qual se
permite uma busca do conhecimento e de sua aplicabilidade dos resultados e dos
estudos relevantes e pertinentes à prática. Desta forma, possibilita o
desenvolvimento de novos estudos e de novos conhecimentos para futuras
intervenções.

3.3 Etapas Metodológicas

A pesquisa foi realizada através das seguintes etapas: escolha do tema,


seleção das variáveis do estudo, coleta da amostra, aplicação de critérios de
inclusão e exclusão para determinação da amostra definitiva. Inicialmente, foi
decidido o tema, norteando assim a pesquisa. Em seguida foram selecionadas as
variáveis da pesquisa, os itens que seriam abordados, classificando assim os
critérios de inclusão e exclusão.
A análise de dados foi pautada no tratamento do diabetes mellitus utilizando
técnicas da acupuntura, medicina chinesa, eficácia da acupuntura no tratamento da
DM-2, além da caracterização das principais técnicas para o tratamento da mesma.
Em seguida foram identificadas as ideias centrais de cada autor, realizada uma
avaliação crítica da literatura e os resultados foram descritos textualmente a partir da
temática.

3.4 Instrumento de Coleta de Dados

A busca dos documentos foi realizada através de levantamento de dados


realizado em bases científicas como Library Online (SCIELO), Pubmed através do
Medical Subject Headings (MESH), Google Acadêmico, Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS) e livros acerca de estudos brasileiros e internacionais sobre o referido assunto
e dados oficiais da Sociedade Brasileira de Diabetes e Ministério da Saúde.
Para a sua realização foram utilizados os seguintes descritores: Diabetes
Mellitus, Acupuntura, Medicina Tradicional Chinesa. Foram adotados os seguintes
critérios de inclusão após leitura dos estudos encontrados: estudos que abordavam
a temática da pesquisa, relacionados aos descritores, em texto completo,
disponibilizados online para acesso, em língua portuguesa, publicados de 1985 a
2019. Os critérios para exclusão compreenderam artigos que não atendiam aos
objetivos de nosso estudo e em duplicidade. A pesquisa deu-se entre os meses de
janeiro de 2022 a Agosto de 2022. Foram alvos deste estudo, revisões literárias que
tratavam do uso e relatavam os benefícios da técnica de acupuntura em humanos
para tratamento de Diabetes.

3.5 Critérios de elegibilidade

Como critérios de inclusão de resultados foram adotados: artigos originais


publicados no período de 2000 a 2021, com relação ao tema proposto, artigos sobre
a acupuntura no tratamento do diabetes mellitus. Foram excluídos, todos os artigos
que não informassem sobre o assunto principal, bem como revisões de literatura,
metanálises, Trabalhos de Conclusão de Curso e livros.
Para triagem desses artigos originais após busca com as palavras-chave,
seguimos o fluxograma descrito a seguir.
De um total de trabalhos encontrados nas bases de dados, foram
selecionados 52 artigos, trabalhos de conclusão de curso, onde apenas 8 atendiam
aos critérios de inclusão do estudo após leitura dos resumos, metodologia, e
resultados.
Após análise dos estudos selecionados, a amostra final utilizada nesse artigo
ficou um total de estudos, como mostrado na Figura 1. Para triagem desses artigos
originais após busca com as palavras-chave, seguimos o fluxograma descrito a
seguir.
Figura 1 – Fluxograma

Leitura dos títulos:


52 artigos

Artigos que tiveram Artigos que não tiveram


relação com o tema. relação com o tema.

Incluídos Excluídos

Leitura dos resumos

Artigos que se Artigos que não se


enquadraram na enquadraram e foram
pesquisa: 8 artigos excluídos da pesquisa: 44
artigos

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 DIABETES MELLITUS

O DM é uma doença a nível mundial e advinda de um disturbio metabólico


crónico caracterizado por altos níveis de glicose plasmática devido a uma lenta
progressão e, portanto, elevada deficiência de insulina no pâncreas e/ou resistência
à insulina O DM é resistência à insulina, levando a uma síndrome de etiologia
múltipla. As perturbações na secreção de insulina podem levar ao desenvolvimento
de resistência, e a diminuição da absorção de glicose nos tecidos periféricos pode,
em segundo lugar, causar, falência das células β (SBD, 2020).
A Diabetes Mellitus é considerada a doença mais antiga do mundo, pois seus
sintomas foram descritos há cerca de 3500 anos, no Papiro de Ebers no antigo
Egito. No ano de 1670, o médico inglês chamado Thomas Willis, estava analisando
a urina de seus pacientes e resolveu prová-las e descobriu que eram doces, ou seja,
caracterizando uma alta presença de açúcar. No ano de 1815, Michael Chevreul,
um químico da época, conseguiu demonstrar que essa presença de açúcar na urina
dos diabéticos era glicose, e com isso os médicos passaram a provar a urina das
pessoas sob suspeita de Diabetes, desde então, a doença começou a se chamar
Diabetes açucarada ou Diabetes Mellitus, pelo fato da palavra “mellitus”, ser de
origem latina, significando mel ou adocicado. No ano de 1889, Joseph Von Mering e
Oscar Minkowski descobriram que o pâncreas era o órgão responsável pela
produção de uma substância capaz de controlar o açúcar no sangue e evitar os
sintomas da Diabetes, substância essa que anos depois, foi descrita como insulina,
o hormônio regulador da DM (ARGENTA, et al., 2011).
O Diabetes Mellitus é considerado uma epidemia mundial em vertente dos
inúmeros casos, que hoje representa um grande desafio para os sistemas de saúde
em todo o mundo, isso em razão em maioria das vezes os estilos de vida
sedentários, obesidade, dietas pouco saudáveis e aumento da idade nas áreas
urbanas (HECKER, et al., 2010).
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica de profundo impacto sobre o
estado de saúde e qualidade de vida do portador, caracterizada por hiperglicemia
persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina pelo pâncreas ou na
sua ação ineficaz, ou em ambos os mecanismos, assim interferindo no estado de
saúde e da qualidade de vida, uma vez que não somente aos efeitos diretos da
doença, mas as medidas de controle da patologia, como dietas e automonitoração
(FERREIRA et al., 2011; DIAZ, 2016; SBD, 2019; CARVALHO; OLIVEIRA;
SIQUEIRA, 2021).
Tendo como consequência desse distúrbio, estão às degenerações crônicas,
falência de diversos órgãos, resultantes do não controle da hiperglicemia. De acordo
com a classificação atuala doença possui várias classificações, dentre elas o tipo 1
(DM1) e 2 (DM2) e DM gestacional. Atualmente, a DM atinge mais de 415 milhões
0

de pessoas no mundo, com uma perspectiva de chegar a 642 milhões de pessoas


doentes até 2040 (SBD, 2019).
O DM tipo I é uma doença autoimune que ocorre devido a uma interação de
fatores ambientais, genéticos e imunológicos, deflagrando-se uma resposta
necroinflamatória das ilhotas pancreáticas, levando à destruição progressiva de
praticamente todas as células betapancreáticas e assim culminando em baixa
produção de insulina, com consequente hiperglicemia (GUARIGUATA et. al., 2014).
De acordo com o Ministério da Saúde: O DM tipo 2 costuma ter início
insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa
história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a
epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de
diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes. O termo “tipo 2” é
usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de
resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é
menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1 (BRASIL, 2013, p.29).
A diabetes mellitus gestacional é uma doença metabólica que afeta
principalmente as mulheres em seu período de gestação, por ser o memento em que
suas interações hormonais estão em constante mudança para que possam de
maneira eficiente repassar nutriente para o feto, devido esse fator predominante é
viável conhecer que ocorre uma deficiência na produção, armazenamento e
distribuição da mesma no organismo, a diabetes mellitus (DMG), é definida
cientificamente por adaptações no período gestacional, o grau de má alimentação,
não realização das atividades físicas, resultam em ocasiões de incapacidade
fisiológica de manter-se em equilíbrio (BOLOGNANI, 2011).
De acordo com a classificação atual o Diabetes Mellitus, este pode ser
subdividido em 3 tipos sendo eles: Diabetes Mellitus tipo 1, Diabetes Mellitus tipo 2,
e Diabetes Mellitus Gestacional (GROSS et al, 2002; SANTOS; ENUMO, 2003).
O DM 1 tem como característica a destruição das células β das ilhotas de
Langerhans localizadas no pâncreas que são as responsáveis pela produção de
insulina, um 18 processo que leva tempo para ser diagnosticado, onde é necessário
que pelo menos 80% da massa de ilhotas esteja destruída. No período clínico, os
sinais e sintomas como poliúria, polidipsia, polifagia, astenia e perda de peso se
manifestam de maneira constante. A partir da manifestação dos sinais e sintomas, o
tempo determinante para se constatar a doença oscila entre uma a seis semanas, o
1

diagnóstico é simples e confirma-se através da aferição da glicemia plasmática de


jejum ≥ 126 mg ou glicemia casual, em qualquer hora do dia, > 200 mg
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016).
Tanto o DM1 quanto o DM2 são caracterizados pela deficiência na produção
de insulina pelo pâncreas, mas só o tipo II apresenta um importante componente de
aumento da resistência periférica insulínica. Sendo assim, o tipo II é uma doença do
metabolismo intermediário, genética, precipitada por fatores ambientais como a
obesidade e o sedentarismo (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2020).
A diabetes mellitus gestacional (DMG) é explicada pela elevação de
hormônios contrarreguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela
gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal
hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio
lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios
hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão
envolvidos (SBEM, 2008).
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que se inicia pela elevação da glicemia.
É causada pela deficiência na secreção ou na ação do hormônio insulina, produzido
nas células beta do pâncreas. A insulina tem como principal função promover a
entrada de glicose para que esta seja utilizada em diversas atividades pelas células
do organismo. A ausência de insulina ou defeitos na sua ação provoca, por
conseguinte, um acúmulo de glicose no sangue chamado de hiperglicemia. Essa
hiperglicemia quando constante pode ser responsável por ocasionar lesões na micro
e macrocirculação, lesar e prejudicar o desempenho de vários órgãos, entre eles,
coração, rins, olhos e nervos. Dessa forma o diagnóstico precoce e o tratamento
correto do DM são de extrema importância (SBEM,2016).
Em uma tentativa de compensar a resistência insulínica, as células β-
pancreáticas passam a secretar uma maior quantidade de insulina na corrente
sanguínea do indivíduo (hiperinsulinemia), o que causa um atraso do surgimento
dossintomas em estágios iniciais, dificultando assim o diagnóstico da síndrome,
porém, mais tardiamente, as células β pancreáticas produtoras de insulina entram
em falência e a hiperglicemia passa a ser facilmente diagnosticável pelos
profissionais de saúde (TIMPER; DONATH, 2012).
Doenças como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiênciarenal,
problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações em
2

decorrência da diabetes por vezes são atreladas ao descontrole glicêmico, que


apesar da glicose uma principal fonte de energia do organismo,quando em excesso
no indivíduo diabético pode trazer várias complicações à saúde, e que por esta
razão precisa ser monitorada com frequência, de modo, a saber, seu valor, e por
saber o quanto descompensado e ou controlado está à glicemia, de modo a orientar
cuidados e riscos advindos dos valores obtidos. No quadro 1 está dados adaptados
da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Quadro 1. Valores de glicose plasmática (em mg/ dl) para diagnóstico de DM


e seus estágios pré-clínicos.
2h após 75g de
Categoria Jejum Casual
glicose
Glicemia normal < 100 < 140

Tolerância à ≥ 140 a < 200


> 100 a < 126
glicose diminuída
≥ 200 com
DM ≥ 126 ≥ 200
sintomas clássicos
Fonte: (ADAPTADO DE Sociedade Brasileira de Diabetes, 2014).

São muitos os riscos associados à diabetes que incluem doenças como a


doença cerebral vascular, hipertensão, doença coronária, fragilidade vascular,
retinopatia e danos renais que levam à insuficiência renal crónica. A capacidade de
um pâncreas saudável para secretar insulina é muito mais elevada do que o
normalmente exigido (DI LORETO et al, 2004).
Ainda, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2019), essa
desordem metabólica é caracterizada por hiperglicemia crônica, cujos principais
sintomas incluem poliúria (aumento do volume urinário), polidipsia (aumento da
ingestão hídrica), polifagia (aumento da ingestão alimentar) e significativa perda de
peso. Sendo umas das principais doenças incuráveis crônicas mais comuns no
mundo, com uma prevalência epidemiológica que movimenta a preocupação dos
órgãos de saúde do mundo inteiro, principalmente pelos danos colaterais causados
aos pacientes que se apresentam em longo prazo. A hiperglicemia crônica, que está
presente no DM, é a principal causa das complicações diabéticas que, não somente
diminuem a qualidade e expectativa.
3

Embora ainda não exista uma cura definitiva para o diabetes, existem vários
tratamentos que, se feitos regularmente, podem melhorar asaúde e a qualidade de
vida do indivíduo diabético. (SMELTZER; BARE, 2004). O controle inadequado do
diabetes acelera a progressão dos quadros de complicações da patologia em longo
prazo. Para evitar tais complicações, faz-se necessário um bom controle e
tratamento. Os principais componentes do tratamento da DM são a terapia não
farmacológica (dieta combinada com exercício físico, se possível), e a terapia
farmacológica com anti-hiperglicemiantes, ambos os tratamentos com objetivo
principal da normalização dos padrões metabólicos, em especial a glicemia
(SANTOS, 2017; PEREIRA, 2016; COELHO, 2016).
O tratamento medicamentoso para o DM2 é multifacetado. Várias opções
farmacológicas estão disponíveis, como: anti-hiperglicemiantes orais, em
monoterapia ou associados; anti-hiperglicemiantes orais associados à insulina; anti-
hiperglicemiantes não insulina injetáveis; ou análogos de GLP (peptídeo 1
semelhante ao glucagon), em monoterapia ou em combinação a outros agentes; ou
uso exclusivo de insulina basal (NPH, análogos glargina ou detemir) associada à
insulina regular ou ultrarrápida (análogos lispro, aspart, glulisina) (SANTOS, 2017;
PEREIRA 2016).
Os medicamentos antidiabéticos orais têm por finalidade diminuir a glicemia
plasmática e mantê-la em níveis normais no organismo. Esses medicamentos
podem ser divididos em três grupos de acordo com o seu mecanismo de ação
básica, as sulfoniluréias ou tiazolidinedionas, que atuam no pâncreas estimulando a
secreção da insulina residual endógena e são eficazes em doentes com um mínimo
de função pancreática aumentando a sensibilidade das células β pancreáticas para
segregar insulina em resposta às concentrações sanguíneas e atuando nos tecidos
sensíveis à insulina, aumentando a capacidade destes para a utilização. A
metformina e a fenformina atuam inibindo a absorção gastrointestinal de glicose e a
gliconeogênese hepática, e aumentam a utilização periférica da glicose, sem causar
hipoglicemia, e não modificam a secreção de insulina (BERTONHI; DIAS, 2018).
Bertonhi e Dias (2018) afirmam ainda que a metformina é o fármaco de
escolha nos diabéticos tipo 2 que apresentem dislipidemia e sobrepeso, podendo ser
associada a uma sulfoniluréia se o controle metabólico não for satisfatório. Em
situações particulares, podem também ser administradas associadas com a insulina,
em pacientes de difícil controle hormonal. Como efeitos adversos, são relatadas
4

situações hematológicas (redução da agregação plaquetária), de acidose láctica,


gastrintestinais (anorexia, náuseas, vómitos e diarreia), de má absorção (de ácido
fólico, vitamina B12 ou aminoácidos) e ainda reações alérgicas.
Segundo as Diretrizes Brasileiras de Diabetes os ADO podem ser das classes
das biguanidas, sulfonilureias, metiglinidas, glitazonas, inibidores da alfa-glicosidade,
agonistas do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon GLP-1 e inibidores da
dipeptidilpeptidase- 4 (DDP-IV) e podem ser agrupados em quatro categorias: - Os
hipoglicemiantes: que são substâncias que aumentam a secreção de insulina e
compreendem as sulfoniluréias (SU) de primeira geração, como a clorpropamida que
têm meia vida de 36 à 60h, devido à formação de metabólitos com excreção mais
lenta. As SU de 2ª geração, como a glibenclamida, gliclazida e glipizida e as de 3ª
geração, como a glimepirida, possuem meia vida mais curta, de 8 a 16h. A escolha
do tipo da SU pode variar de acordo com a idade do paciente, da tolerabilidade, da
resposta ao medicamento e da condição renal do paciente já que a excreção das SU
de primeira geração é renal, portanto deve ser evitada por pessoas idosas e
nefropatas (ARAUJO, 2000; SBD, 2015).
Os anti-hiperglicemiantes: esses medicamentos não aumentam a secreção
de insulina e o uso destes estão relacionados a um baixo risco de hipoglicemia.
Fazem parte desse grupo: as biguanidas, como a metformina e a fenformina. Estes
medicamentos diminuem a produção hepática da glicose em 10 a 30% e, no
músculo, aumentam a captação de glicose em 15 a 40% e, além disso, atuam
estimulando a glicogênese. No adipócito, a metformina inibe a lipólise e a
disponibilidade de ácidos graxos livres; também fazem parte deste grupo os
inibidores da alfa-glicosidase, como a arcabose, que age como antagonistas
enzimáticos da amilase e sucrase e diminuem a absorção intestinal da glicose. Estes
medicamentos não interferem na secreção de insulina, e diminuem a glicemia de
jejum e a hiperglicemia pósprandial; As tiazolidinedionas, como a rosiglitazona e
pioglitazona, que agem aumentando e sensibilizando a ação da insulina no fígado,
músculos e adipócitos, diminuindo a resistência periférica (ARAUJO, 2000; SBD,
2015).
Apesar da a DM não ser uma doença que leve à morte imediata, uma vez
ocorrendo, émuito difícil alcançar uma recuperação completa. Embora a maioria dos
pacientes diabéticossobreviva, eles ainda permanecem com a doença pelo resto de
suas vidas. Exercícios, dieta,controle do peso e ajustes no estilo de vida continuam
5

a serem meios essenciais e eficazes paraa homeostase da glicose (CHO; YUE;


LEUNG, 2005).

4.2 MEDICINA CHINESA

A medicina tradicional chinesa se baseia na filosofia de que a doença resulta


de fluxo impróprio da força vital. Sistema esse existente há milhares de anos, e
ainda praticado nos dias atuais, reunindo conhecimentos técnicos, teóricos e
empíricos. Ligada ao Taoísmo, uma religião tradicional chinesa, baseia-se na
concepção da energia que se manifesta em dois aspectos: Yin (negativo) e Yang
(positivo), que fluem por meio de canais de energia (meridianos), estando presentes
em todos os órgãos com funções energéticas, melhorando a imunidade e a
circulação sanguínea, e trazendo equilíbrio físico e mental (WEY, 1985; BRASIL,
2019).
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é fundamentada no vitalismo e na
ideia de que a energia (Qi) organiza a matéria orgânica (CINTRA; PEREIRA, 2012).
Ela adota uma perspectiva integradora e não organicista que interpreta a
doença como um desequilíbrio interno e não apenas como resultado de invasões de
agentes patogênicos. A doença, assim, representa manifestações sintomáticas de
desequilíbrio e é vista como sintoma necessário, proveniente de causas mais
profundas que abrangem o indivíduo e seu modo de vida em sua totalidade
(QUEIROZ, 2006).
Segundo Maciocia 2007 a filosofia chinesa determina que todo o Universo é
composto por duas forças essenciais que se completam e ao mesmo tempo são
opostas ,e que tudo que existe (animado ou inanimado) é resultado da influência
mútua dessas duas forças. A essas forças os chineses deram o nome de Yin e
Yang.
O conceito de Yin e Yang juntamente com o de Qi, tem permeado a filosofia
chinesa há séculos. Yin e Yang representam qualidades opostas, mas também
complementares. Cada coisa ou fenômeno pode existir por si mesmo ou pelo seu
oposto (MACIOCIA, 2007).
Baseada em um sistema filosófico milenar, a MTC é composta por várias
práticas de promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento de desarmonias
do corpo e reabilitação; e suas modalidades terapêuticas são: acupuntura e suas
6

variações (moxabustão, ventosaterapia, eletroacupuntura, craniopuntura,


auriculoterapia), as massagens terapêuticas (tuiná, reflexologia podal,
automassagem), a fitoterapia e o uso de plantas medicinais, a dietética chinesa, a
meditação e as práticas corporais (Tai Chi Chuan e o Lian Gong em 18 terapias). As
práticas corporais na Medicina Tradicional Chinesa (PC/MTC) como o Tai Chi Chuan
e o Lian Gong são exemplos de atividades físicas baseadas na interação corpo-
mente e vêm aumentando sua popularidade no Ocidente (YEH et al.,2008; WANG et
al., 2010).
Em meio à diversidade das novas práticas em saúde e a algumas tensões
entre as técnicas de caráter vitalista e biologicista, a Medicina Tradicional Chinesa
foi incorporada de forma bastante estruturada às culturas ocidentais, estabelecendo
fortes raízes e também absorvendo parte da cultura ocidental na sua práxis. Por
conseguinte, as transformações culturais sofridas a partir da década de 60 e o
processo de Orientalização do Ocidente fundamentaram a presença de hibridismo e
ecletismo, quando não de sincretismo na simbologia contemporânea sobre corpo,
saúde e doença (LUZ, 2007; SOUSA; LUZ, 2009; NASCIMENTO et al, 2013).
Na visão ocidental, a DM é uma doença crônica caracteriza pelo aumento nas
taxas de glicose sérica, o que prejudica o pâncreas (GUSMÃO; LIMA; PAIVA, 2015).
O reconhecimento da acupuntura como tratamento, trouxe uma nova
ferramenta de terapêutica, alcançando grande respaldo e espaço nos serviços de
saúde. Visa o reequilíbrio energético para ajustes físicos, psíquicos e espirituais do
ser humano (CONTATORE et al., 2015).
Alicerçada nesses preceitos e diante da modernização, atualmente é alvo de
uma implícita busca aos aspectos lógicos e critérios de cientificidade, na qual vem
apresentando respaldo científico (PEREIRA, 2005).
A investigação observa que as tradições orientais oferecem um novo modo de
vida e advogam a ideia de qualidade de vida como a melhor interacção entre o
ambiente social e ambiental, valorizando o corpo, a saúde, a natureza, a alegria e
especialmente as emoções positivas. As tradições interpretam a doença como um
desequilíbrio no corpo. A doença é descrita como um sintoma de um desequilíbrio
que é consequência de uma causa mais profunda relacionada com a própria pessoa
e com o seu modo de vida. Assim, a influência oriental é caracterizada pelo seu
estilo não-interferente, concentrando-se no indivíduo, no seu ambiente e nas suas
experiências de vida para promover a saúde. A acupunctura como método de
7

tratamento baseia-se nesta postura de "paciente sobre doença" e de "energia sobre


matéria" (SARTORELLI; FRANCO, 2003).

4.3 ACUPUNTURA

A acupuntura é uma técnica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), utilizada


no tratamento de desequilíbrios energéticos, funcionais e orgânicos. Na visão
Chinesa é considerado um método terapêutico cujo objetivo é favorecer, por meio de
estímulos gerados por inserção de agulhas finas na pele em acupontos específicos,
a criação de condições internas para a realização do retorno do equilíbrio do
organismo como um todo; e o alivio das desordens, sem fazer uso da ingestão de
drogas (COSTA, 2017; LIU, 2019; SHI, 2018).
A acupuntura é uma técnica que consiste na aplicaçãode estímulos sobre a
pele, com a inserção de agulhas em pontos específicos chamados acupontos é
definido como um ponto da pele de sensibilidade espontânea ao estímulo e à
resistência elétrica reduzida, que apresenta uma área com um diâmetro de 0,1 a
5cm, entretanto é uma área de condutividade elétrica amplamente aumentada
comparada às áreas da pele ao redor (SCOGNAMILLO-SZABÓ;BECHARA, 2001;
SCHWARTZ, 2008).
Os acupontos estão localizados próximos a articulações e bainhas tendíneas,
vasos, nervos e septos intramusculares, na ligação músculo-tendínea, nos locais de
maior diâmetro do músculo e nas regiões de penetração dos feixes nervosos da pele
(DRAEHMPAHEL & ZOHMANN, 1997).
Os acupontos têmefeitos terapêuticos no diabetes não está relacionado
somente ao resultado da ação do estímulo dos acupuntos em um único órgão, e,
sim, em um múltiplo sistema. Em geral, cinco pontos são comumente utilizados no
tratamento: Ponto Zusanli (E36), Ponto Sanyinjiao (BP6), Ponto de Feishu (B13),
Shenshu (B23) e Weiguanxiashu (SILVA, SILVA, GOMES, 2018), contudo tais
pontos podem mudar de acordo com o aplicador da técnica e com a origem do
distúrbio da paciente, se quente e úmido, frio ou seco, por exemplo.
Ponto Zusanli (E36): Natureza: Ponto Mar (He); Ponto Terra; Ponto Mar do
Alimento; Ponto Estrela Celestial de Ma Dan Yang. Ações: Benefeicia o Estômago e
Baço; Tonifica o Qi e o Sangue; Tonifica o Qi Original; Ilumina os olhos; Regulariza o
Qi Nutritivo e Defensivo; Regulariza os Intestinos; Aumenta o Yang; Expele o vento e
8

Umidade; Expele o Frio; Resolve o edema; Recupera o Yang e promove a


ressuscitação (SILVA, SILVA, GOMES, 2018).
Ponto Sanyinjiao (BP6): Natureza: Ponto de encontro dos três Yins da perna.
Ações: Fortalece o Baço; Resolve a Umidade; Promove a função do Fígado e
suaviza o fluxo do Qi do Fígado; Tonica o Rim; Nutre o Sangue e o Yin; Beneficia a
micção; Regula o útero e menstruação; Move o Sangue e elimina a estase; Esfria o
Sangue; Interrompe a dor; Acalma a mente (SILVA, SILVA, GOMES, 2018).
Ponto Feishu (B13): Natureza: Ponto de transporte dorsal do Pulmão Ações:
Estimula a dispersão e a descida do Qi do Pulmão; Expele o vento interno; Regula o
Qi Nutritivo e Defensivo; Tonifica o Qi do Pulmão e nutre o Yin do Pulmão; Clareia o
calor; Acalma a Mente (SILVA, SILVA, GOMES, 2018).
Ponto Shenshu (B23): Natureza: Ponto de Transporte Dorsal para o Rim
Ações: Tonifica o Rim e nutre a Essência do Rim; Consolida o Qi do Rim; Fortalece
a parte inferior das costas; Nutre o Sangue; Beneficia os ossos e a Medula; Resolve
a Umidade e beneficia a micção; Fortalece a função do Rim de recepção do Qi;
Fortalece o Útero e os Vasos Diretor, Governador e Penetrador; Ilumina os olhos,
Beneficia os ouvidos (CHOATE, 1999; SWIERZEWSKI, 2001; O’SULLIVAN, 2003;
MACIOCIA, 2007).
Os acupontos estão associados com os Canais de Energia, formando um
conjunto de Qi (Energia) e de Xue (Sangue), que age impulsionando a circulação
energética para o corpo todo. Essa distribuição ocorre por meio dos Canais de
Energia Principais. Dessa maneira, um ponto de Acupuntura situado em uma parte
do corpo, pode agir em diversas outras regiões (YAMAMURA, 2010).
Estudos têm sido realizados para verificar o efeito da acupuntura no controle
da glicêmia dos diabetes em diferentes populações e os resultados mostram que os
efeitos da acupuntura no tratamento do controle glicemico têm se mostrado
significativos se comparado aos tratamentos convencionais (SILVA, SILVA, GOMES,
2018).
Segundo CORNELIO et al. (2016) a acuputura auxilia no controle da glicose e
do metabolismo dos lipídeos em paciente com diabetes mellitus tipo 2, pois diminui a
resistência do organismo deles a insulina, ao aumentar a sensibilidade do corpo a
esse hormonio através das células β-pancreática. A efetividade do uso da acuputura
em pacientes com DM-2 correlaciona-se a idade, em que o tratamento teve maior
eficâcia em idades mais jovens.
9

O DM tem como característica a destruição das células β das ilhotas de


Langerhans localizadas no pâncreas que são as responsáveis pela produção de
insulina, um 18 processo que leva tempo para ser diagnosticado, onde é necessário
que pelo menos 80% da massa de ilhotas esteja destruído. No período clínico, os
sinais e sintomas como poliúria, polidipsia, polifagia, astenia e perda de peso se
manifestam de maneira constante (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES,
2016).
Assim como em adultos, o DM2 em jovens caracteriza-se por falência das
células β, resistência hepática à insulina e alteração nas incretinas e na função da
célula β, com aumento da produção hepática de glicose, da filtração renal e da
lipólise. Há evidências de uma exagerada insensibilidade à insulina e de uma rápida
deterioração da função das células β em adolescentes com DM2. Os jovens têm
resistência insulínica severa, com maior perda da capacidade de estímulo de
secreção de insulina pela glicose, e consequente declínio da função da célula β,
duas a quatro vezes mais rápidas que a descrita em adultos. Estima-se que a função
da célula β caia de 20 a 30% ao ano, enquanto ocorre, paralelamente, mudança na
sensibilidade à insulina. Essa rápida disfunção da célula β provavelmente explica a
falha precoce da metformina como monoterapia em adolescentes, quando em
comparação com a evolução de pacientes adultos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
DIABETES, 2016).

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1DIABETES MELLITUS NA MEDICINA CHINESA

De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa o Diabetes Mellitus é


conhecido como “Xiao Ke”, isto é uma doença caracterizada pela polidipsia, polifagia
e poliúria (ZHUFAN; JIAZHEN, 1997), o termo mais moderno é “Síndrome Tang
Niao Bing”, que significa “doença da urina doce” (CHOATE, 1999).
O desejo de beber grandes quantidades de água fria indica a presença de
calorno organismo enquanto a sensação permanente de fome é sinal de calor no
Estômago (MACIOCIA, 2007). A urina frequente e abundante indica deficiência do
Rim (MACIOCIA, 1989).
0

Segundo Shangai College Of Tradicional Medicine (1996), A diabetes mellitus


é considerada na medicina chinesa como sendo uma doença de sede e fraqueza, e
acredita-se que a sua etiologia esteja relacionada com o consumo excessivo de
alimentos gordurosos e açucarados e factores emocionais. A diabetes ocorre
quando o fluido orgânico é esgotado pelo calor e o yin é perturbado. Também pode
ocorrer quando o yang dos rins é deficiente e o seu espírito é incapaz de transformar
qi. A diabetes é classificada em deficiência superior, média e inferior e estas
condições estão intimamente relacionadas com os pulmões (Fei), baço e pâncreas
(Pi) e rins (Shen), respectivamente.
Para Maciocia (2007), um dos pontos mais importantes para MC é identificar
a causa da desarmonia do paciente, considerando que a doença “pode estar
localizada nos hábitos dietéticos, estilo de vida, prática de exercícios, etc”. Diante
disso, são diversas as formas de identificar a origem das doenças, como, por
exemplo, a anamnese que busca localizar a causa patológica analisando três fases
da vida do ser humano: o período pré-natal, a infância e a vida adulta
(LUNDEBERG, 1993).
No entanto, surgiram agora novas causas de doença, tais como a radiação,
os químicos nos alimentos e a poluição ambiental, que não existiam na altura em
que a medicina herbal foi criada. Por conseguinte, é importante na prática de tal
medicina acrescentar estes novos fatores como causas de doença, e em alguns
casos é necessário correlacionar o diagnóstico da MC com outros métodos de
diagnóstico da medicina ocidental, a fim de determinar a causa exata. (GUSMÃO;
RESENDE, 2014).
Segundo Magalhães e Bouskela (2008), a Diabetes Mellitus na visão oriental
é uma deficiência de Baço (Pi), levando a uma diminuição na produção de insulina, e
uma deficiência de Rim(Shen) ocorrendo uma perda de energia vital.

5.2 ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS

Segundo o Ministério da Saúde (2009), a Acupuntura na Diabetes estimula o


Baço, Pâncreas (Pi) e o Rim (Shen), visando uma melhora na produção de insulina e
na energia como um todo, tratando o paciente integralmente. Estimula seu sistema
endócrino, ajudando na produção de insulina. Também trata seus sintomas como as
emoções, o que para a Acupuntura na MC não se classifica a Diabetes como uma
1

síndrome, como um excesso ou deficiência de algum Órgão e Víscera (Zang Fu) ou


como alguma substância fundamental.
Souza, et al. (2013) em estudo experimental, com abordagem quali-
quantitativa, onde foram incluídos 10 pacientes com tratamento de diabetes tipo 2 a
partir da acupuntura, como tratamento complementar, avaliou a partir do grupo
controle e grupo tratamento, onde observou que (100%) dos pacientes
apresentaram queda do nível de glicemia, no Grupo Tratamento (T), houve uma
diminuição considerável na taxa de glicemia que foram submetidos à acupuntura,
prática de atividade física e reorientação alimentar, enquanto os pacientes que não
foram submetidos ao tratamento tiveram como resultado um aumento na taxa de
glicemia da maior parte dos participantes.
Ferraz (2010) em seu estudo chegou ao resultado de que o tratamento por
acupuntura, apresentou uma redução significativa nos níveis glicêmicos variando
entre 110 mg/dl e 130 mg/dl. Seus sintomas apresentaram grandes melhora
principalmente em relação nas dores dos membros inferiores e na necessidade por
alimentos doces, que atualmente está controlada.
Kumar, Mooventhan e Manjunath (2017) em um estudo randomizado, com
grupo controle e placebo, com objetivo de avaliar o efeito do agulhamento no CV-12
(Zhongwan) no nível de glicose no sangue em pacientes com diabetes mellitus tipo 2
(DM2), recrutou 40 pacientes com DM2, para o grupo de acupuntura ou grupo
controle placebo. Os participantes do grupo de acupuntura foram agulhados no CV-
12 (4 cun acima do centro do umbigo), e os do grupo controle placebo foram
agulhados em um ponto placebo no lado direito do abdome (1 cun ao lado do CV-
12). Para ambos os grupos, a agulha foi retida por 30 minutos. As avaliações foram
realizadas antes e após a intervenção. A análise estatística foi realizada usando o
SPSS versão 16, chegando então ao resultado de redução significativa no nível
aleatório de glicose no sangue no grupo de acupuntura em comparação com a linha
de base. Nenhuma mudança significativa foi observada no grupo controle placebo,
assim sugerindo que para a eficacia do tratamento, é necessário 30 minutos de
agulhamento no CV-12 podem ser úteis na redução do nível de glicose no sangue
em pacientes com DM2.
Mooventhan, Ningombam e Nivethitha (2020) realizou um estudo para avaliar
o efeito do agulhamento no ST-36 (Zusanli) sobre os níveis de glicose no sangue em
pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), onde oram recrutados e randomizados
2

em grupo acupuntura (n=30) e grupo controle placebo (n=30), no qual o grupo de


acupuntura receberam agulhamento em E-36 (um dedo de largura lateral à borda
inferior da tuberosidade da tíbia), e os participantes do grupo controle placebo
receberam agulhamento no ponto placebo (ponto médio entre o ápice da patela e a
tuberosidade da tíbia). Para ambos os grupos, as agulhas foram retidas por 30
min. As avaliações de linha de base e pós-teste foram realizadas antes e após cada
intervenção, chegando ao resultado de uma redução significativa nos níveis
aleatórios de glicose no sangue no grupo acupuntura em comparação com o grupo
controle placebo, assim concluindo que 30 min de agulhamento de acupuntura
bilateral no E-36 com estimulação manual é eficaz na redução dos níveis de glicose
no sangue em pacientes com DM2.
Yang e Liu (2015) em um estudo com o objetivo de observar a eficácia clínica
da acupuntura abdominal do BO para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) obesos,
recrutou 60 pacientes dividindo-os aleatoriamente em um grupo de acupuntura e um
grupo de medicação, 30 pacientes em cada um dos grupos. Os pacientes do grupo
medicação foram tratados com tratamento básico combinado com administração oral
de antidiabéticos regulares, três semanas em uma única sessão. Os pacientes do
grupo de acupuntura, com base no grupo de medicação, foram tratados com
acupuntura abdominal em Yinqiguiyuan [Zhongwan (VC 12), Xiawan (VC 10), Qihai
(VC 6), Guanguan (VC 4)], Fusiguan [Huaroumen (ST) 24), Lamentação (TE 5)],
Tianshu (E 25), Daheng (SP 15), Qixue (K 13), etc.; o tratamento foi dado três vezes
por semana, 3 semanas como uma sessão. A pressão arterial sistólica (PAS),
pressão arterial diastólica (PAD), peso corporal, circunferência da cintura (CC),
circunferência do quadril, índice de massa corporal (IB) foram observados antes e
após o tratamento nos dois grupos, assim chegando ao resultado e concluindo que
A acupuntura abdominal da BO tem evidente eficácia clínica para diabetes mellitus
tipo 2 obesos, caracterizando-se na redução da pressão arterial, redução do peso,
diminuição da glicemia, melhora da resistência à insulina e redução dos lipídios, o
que não apresenta efeitos adversos e é digno de popularização clínica e aplicação.
Zhiyuan, et al. (2015) ao examinar se a estimulação elétrica nervosa
transcutânea em pontos de acupuntura (Acu-TENS) melhorava os índices
bioquímicos e físicos de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), recrutou 90
indivíduos com DM2 onde foram divididos aleatoriamente em grupo controle (n =
30), grupo exercício aeróbico (n = 30) e grupo Acu-TENS (n = 30). Além do
3

tratamento medicamentoso convencional para diabetes, os pacientes do grupo Acu-


TENS receberam estimulação de pontos de acupuntura, o grupo de exercícios
aeróbicos se envolveu em exercícios de caminhada e o grupo controle recebeu
estimulação elétrica simulada. Todos os grupos foram tratados por 30 min para cada
sessão e cinco vezes por semana durante 2 meses. Os índices de hemoglobina
glicosilada, glicemia pós-prandial 2 h, insulina sérica em jejum, triglicérides,
colesterol total e índice de massa corporal foram avaliados no pré-tratamento, pós-
tratamento e seguimento, que foi de 2 meses após o tratamento. Sendo assim os
índices do grupo controle não foram alterados (P > 0,05) nos três momentos. Na
medição pré-tratamento, houve diferenças significativas (P > 0,05) nos índices entre
os três grupos. No pós-tratamento, cada índice dos dois grupos foi menor que o do
grupo controle (P < 0,05) e melhorou em comparação com a medida pré-tratamento
(P < 0,05). No seguimento, cada índice do grupo exercício aeróbico e do grupo Acu-
TENS aumentou, mas ainda diminuiu em comparação com o valor pré-tratamento (P
< 0,05), excluindo o índice de massa corporal. Concluindo que Acu-TENS pode
melhorar o estado de pacientes com DM2 e ser usado como terapia em aplicação
clínica.
Wang, Liu, Xu (2014) ao avaliar a eficácia e os fatores de efeito relevantes da
acupuntura para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em 83 mulheres, onde 49 casos
eram de deficiência de síndrome de yin do rim e 34 casos eram de síndrome de
deficiência de yin e yang. A acupuntura foi adotada e os pontos de acupuntura foram
selecionados de acordo com a diferenciação da síndrome. Na síndrome de
deficiência de yin do rim, foram selecionados Taixi (KI 3), Shenmen (HT 7), Taichong
(LR 3) e Sanyinjiao (SP 6), etc. Na síndrome de deficiência de yin e yang, foram
selecionados Shenshu (BL 23), Pishu (BL 20), Yishu (Extra) e Jingmen (GB 25),
etc. Em 3 cursos de tratamento, as alterações na glicemia de jejum (FPG), insulina
em jejum (FINS), índice de sensibilidade à insulina (ISI), índice de resistência à
insulina (Homa-IR), índice de função das células beta das ilhotas (Homa-beta) ,
colesterol total (TC), triglicerídeos (TG), colesterol de lipoproteína de baixa
densidade (LDL-C) e colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C) foram
comparados antes e após o tratamento entre os dois grupos. Após o tratamento, os
níveis de FPG, FINS, Homa-IR, TC, TG e LDL-C foram reduzidos obviamente (todos
P < 0,01) e os níveis de ISI, Homa-beta e HDL-C aumentaram aparentemente (todos
P < 0,01), assim concluindo que acupuntura regula positivamente o metabolismo
4

glicídico e lipídico em pacientes com DM2, melhorando a resistência à insulina,


aumentando a sensibilidade do corpo à insulina e melhora a função das células beta
da insulina.
A terapia de acupoint é um dos meios terapêuticos na Medicina Tradicional
Chinesa (TCM) em relação a acupoints e meridianos, incluindo acupuntura manual,
eletroacupuntura, moxibustion, aplicação externa, injeção de acupoint e
incorporação de catgut. No tratamento do diabetes e suas complicações crônicas
comuns, a terapia de acupoint tem se mostrado com efeito curativo específico e
vantagens notáveis. Única ou combinada com a medicina ocidental tem eficácia
superior e menos efeitos colaterais do que apenas a medicina ocidental. As
possíveis teorias envolvem a regulação da condução nervosa, vias de sinal, nível
hormonal, expressão proteica, nível de estresse oxidativo, restauração da estrutura,
etc. Os acupoints mais estudados são Zusanli (ST36), Shenshu (BL23), Sanyinjiao
(SP6), Yishu (EX-B3) e Zhongwan (CV12). No entanto, a maioria dos estudos foram
baseados em ratos modelo de diabetes em vez de ensaios clínicos. Além disso, o
mecanismo da terapia de acupoint que trata outras complicações crônicas como a
retinopatia diabética e a de outros métodos eficazes (FENG; et al., 2018).
A medicina tradicional chinesa é um instrumento que reúne conhecimentos
técnicos e empíricos com a finalidade de promover o equilíbrio das funções
energéticas dos tecidos e órgãos, trazendo bem-estar físico e mental. Sabendo
disso, Urquiza (2021) teve o intuito de analisar, por meio de revisão bibliográfica, a
eficiência do tratamento da diabetes mellitus através da MTC, especificamente da
acupuntura. Foi identificado resultados satisfatórios não apenas no tratamento da
doença, mas também como forma de prevenir o aparecimento dela em sujeitos
saudáveis. Segundo Urquiza (2015), a acupuntura junto a uma dieta saudável e
prática de atividades físicas promove uma melhor perspectiva de vida nos pacientes
com DM.
Em Bao et al., (2021) um estudo de revisão sistemática e meta-análise, que
investigam a eficácia e segurança da acupuntura associada à fitoterapia chinesa no
tratamento do DM2, foi encontrado redução da glicose no sangue, abrandamento de
sintomas clínicos, aumento da sensibilidade à insulina, melhoria da resistência à
insulina, assim também como atenuação de efeitos colaterais causados por
medicamentos hipoglicemiantes em pacientes com DM2 através do uso da
acupuntura junto a fitoterapia chinesa.
5

A Acupuntura no tratamento do Diabetes tem sido mostrados


experimentalmente e clinicamente e seus efeitos parecem estar relacionados à
ativação da enzima glicose-6-fosfato, aumento da produção de insulina pelo
pâncreas e aumento no número de receptores para insulina esse estudo foi feito
para entender os efeitos da acupuntura no tratamento do diabetes mellitus (CHEN;
WEI, 1985; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 1997).
A acupunctura é eficaz no tratamento da maioria das condições crónicas,
incluindo o tratamento da diabetes tipo 2 (T2DM). É difícil determinar até que ponto
os diabéticos utilizam medicina alternativa, mas estudos realizados no Canadá e no
Reino Unido mostraram que aproximadamente 17% dos diabéticos frequentam
clínicas que oferecem este tipo de tratamento. Foram também relatadas taxas
semelhantes em clínicas de diabetes na Austrália. As pessoas com DM2 são
também mais suscetíveis de utilizar este tipo de tratamento para uma variedade de
condições, tais como artrite e stress (ALVAREZ, 2007).
Sendo assim, não existe um "tratamento padrão" para amenizar seus
sintomas, mas podemos associar os sintomas aos Órgãos e Vísceras (Zang Fu) e as
substâncias fundamentais como meio de tratar a Diabetes utilizando de um protocolo
da Acupuntura, diminuindo as complicações e também proporcionando uma maior
qualidade de vida aos diabéticos insulino dependentes. Em complementação é
indispensável à adesão dopaciente a reorganização de hábitos alimentares para o
controle da DM como parte do tratamento. A modificaçãoda alimentação é definida
de acordo com as exigências e limitações impostas pela síndrome, que é distinta a
cada um (HUI, 1995).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O diabetes é uma doença que transforma a vida das pessoas por ele
acometidas, uma vez que exige uma série de mudanças nos hábitos de vida e pode
ter sérias complicações. É considerado um sério problema de mediante as suas
incapacitações, que levam ao elevado custo financeiro da sua abordagem
terapêutica.
Todos os estudos levantados apesentaram resultados eficaz quanto ao uso
da acunputura no tratamento da diabetes mellitus tipo 2, e ao final dos trabalhos
constatou-se que o uso dela produz melhoras significativas nos indivíduos. Com
6

tudo, a melhora encontrada não exime a importância de um conjunto de práticas


como a medicação, alimentação balanceada e atividades físicas. Ainda com
resultados positivos, são necessários mais estudos a ponto de compreender a
relação e efetividade direta da acunputura com a redução de glicose em pacientes
com DM-2. Percebeu-se durante o trabalho que existe uma carência de estudos
nesta área, sendo assim uma oportunidade de ampliar informações sobre o assunto.

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