Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curso 201247 Aula 08 02c5 Simplificado
Curso 201247 Aula 08 02c5 Simplificado
Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas
01 de Maio de 2022
Índice
1) Coesão Textual
..............................................................................................................................................................................................3
2) Coerência
..............................................................................................................................................................................................
19
3) Reescritura
..............................................................................................................................................................................................
21
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
COESÃO TEXTUAL
Quando ler a palavra coesão, pense essencialmente na “ligação” entre palavras e partes do texto.
A coesão também se refere à retomada e adiantamentos de elementos e informações do texto
por meio de palavras coesivas ou artifícios textuais.
Portanto, há dois tipos de coesão:
Coesão referencial é aquela em que os recursos são utilizados para evitar repetições dentro do
texto. Ela trabalha na base da retomada ou da antecipação de informações. São utilizadas
inúmeras estratégias, como a reescritura (paráfrase), os pronomes, os advérbios e outras palavras
remissivas.
Coesão sequencial é responsável por estabelecer nexos (conexões) entre palavras, frases e
parágrafos, com a finalidade de dar continuidade e lógica à estrutura de um texto. São utilizados
as conjunções, as preposições e os pronome relativos, que dão sequência ao texto e estabelecem
relações de “antes e depois”, “causa e consequência”.
Embora os elementos utilizados para a coesão sejam geralmente palavras, até mesmo a omissão
de termos pode ser utilizada como artifício de coesão.
Anáfora
Informação vem Catáfora
antes Informação vem
depois
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Perceba que as três referências (“aqui”, “amanhã” e “nós”) estão fora do texto.
Coesão Referencial
Parafraseando Agostinho Dias Carneiro1, um bom texto se articula fundamentalmente com
repetição de ideias (coesão) e com apresentação de informação nova (progressão). Um texto que
só repete é redundante; um texto que só apresenta novidade, sem dialogar com o que já foi dito,
é incoerente.
A repetição de ideias é muitas vezes necessária para o desenvolvimento linear de um texto. Porém,
a repetição excessiva de palavras pode tornar um texto problemático. Nesse sentido, os
mecanismos de coesão vão oferecer alternativas para a retomada de ideias sem a repetição viciosa
das mesmas palavras.
Veremos aqui algumas estratégias para evitar repetição viciosa.
1
In “Redação em construção: a escritura do texto”. São Paulo: Moderna, 1997.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Uso de Pronomes
O pronome serve exatamente para isto: retomar e substituir um nome. Então, essa deve ser uma
das técnicas mais intuitivas para evitar repetição.
Ex: Meu pai era um gênio, mas nunca o reconheceram.
Ex: O leão foi sacrificado. Ele não teve a menor chance.
Ex: Ninguém vencia Silvério na sinuca quando ele estava inspirado.
Ex: O livro que comprei é esse.
Ex: Ninguém tem uma força de vontade maior que a sua.
Ex: Ela deve seu sucesso ao estudo.
Ex: Isto é o atalho para ser aprovado: estudar, revisar, fazer questões.
Ex: Entre as camisas, comprei a que era mais cara.
Ex: O menino, que era estrábico, tinha excelente pontaria.
Ex: A vida de concurseiro é difícil. Muitos desistem, alguns logo no início.
O artigo definido também pode ser usado como referência a termo citado.
Nesse caso, o artigo definido vai indicar que o termo mencionado já é conhecido, por ter já
aparecido antes no texto:
Lá na praça, havia vários policiais. Os assaltantes, quando chegaram, não viram os policiais
ali (“policiais” já foi citado no texto e já é um termo conhecido pelo leitor).
(MP-CE / 2020)
Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações com a
argumentação e a retórica. Porém, tal como a retórica e a argumentação podem ser postas ao
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Espaço:
Quando apontam para o espaço, o referente está fora do texto, então dizemos que o pronome
tem uso “dêitico”.
Texto:
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
✓ aquele(s), aquela (s), aquilo: apontam para o antecedente mais distante, enquanto este aponta
para o mais próximo:
Ex: João e Maria são concursados, esta do Bacen, aquele do TCU.
Ex: Aquilo não é um pássaro, nem um avião; é só um balão caindo.
Entre três seres mencionados no texto, este se refere ao mais próximo, ao último;
aquele se refere ao mais distante, ao primeiro.
Nesse caso, recomenda-se o uso de numerais: o primeiro, o segundo, o terceiro. Fique
atento.
Xuxa, Pelé e Senna são famosos. A primeira é a rainha dos baixinhos, o segundo é o
rei do futebol e o terceiro foi o maior piloto brasileiro.
(PRF / 2019)
As atividades pertinentes ao trabalho relacionam-se intrinsecamente com a satisfação das
necessidades dos seres humanos — alimentar-se, proteger-se do frio e do calor, ter o que calçar
etc. Estas colocam os homens em uma relação de dependência com a natureza, pois no mundo
natural estão os elementos que serão utilizados para atendê-las.
As formas pronominais “Estas” (ℓ.2) e “las” (ℓ.4) referem-se a “necessidades dos seres humanos”
(ℓ.1-2).
Comentários:
Sim, “estas” foi usado anaforicamente para retomar “necessidades dos seres humanos”, pois são
as necessidades que colocamos homens....
“atende-las” = atender as necessidades dos seres humanos
Antes que alguém pergunte: “estas pode ser anafórico?”. Pode sim! Basta que esteja retomando
algo que apareceu antes. Ser anafórico quer dizer essencialmente “retomar informação anterior”.
Questão correta.
(STM / 2018)
Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas
máscaras variantes, estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios,
os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
[...].
Na linha 1, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua
substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical.
Comentários:
Aqui, temos o pronome demonstrativo fazendo referência espacial, um tipo de referência
exofórica, a elemento exterior ao texto.
O autor fala em primeira pessoa, em referência ao próprio escritório em que está, o escritório
próximo. Então, a forma correta é “neste”. O pronome “nesse” faria referência a um escritório
próximo de quem ouve. Correto.
Uso de numerais
Vamos relembrar o uso dos numerais como recurso coesivo por meio de exemplos.
Ex: Eu e minha esposa fomos lá. Nós dois detestamos a comida.
"Nós dois” retoma “eu e minha esposa”.
Ex: João e José foram ao shopping. O primeiro foi comprar charutos; o segundo foi comprar
discos de vinil.
O numeral “primeiro” se refere ao termo mais distante “João”; “segundo” se refere a quem
apareceu por último, “José”.
Uso de advérbios
Da mesma forma que fizemos com os numerais, vamos relembrar o uso dos advérbios como
recurso coesivo por meio de exemplos.
Ex: Estamos no Brasil; muita gente considera fraude esperteza aqui.
“Aqui” faz coesão anafórica com lugar que apareceu antes: “Brasil”.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
elementos.
Ex: Estudar, revisar, fazer questões: tudo isso é indispensável.
“Tudo isso” retoma “Estudar, revisar, fazer questões”.
Ex: Acordo às 6h, vou para a faculdade, depois para a natação. Ao final do dia, pego as
crianças no colégio, antes de ir para o curso de inglês. No dia seguinte, repito a rotina.
O termo “a rotina” sintetiza toda a sequência de ações habituais mencionada.
(PGE-PE / 2019)
Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram
simultaneamente. Quando isso ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam
época, pedras miliares no caminho da humanidade. A invenção das técnicas para controlar o fogo,
o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as
grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade
industrial no século XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram gerações
inteiras.
A expressão “tudo isso” (L.5) retoma, por coesão, todos os termos que a precedem no período.
Comentários:
Sim. Esse é um termo “resumitivo”, sintetiza toda a lista anterior: A invenção das técnicas para
controlar o fogo, o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a organização da
democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI,
o advento da sociedade industrial no século XIX. Questão correta.
(PREF. SÃO LUÍS (MA) / 2017)
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Ex: Meu cão era bipolar. O animal às vezes atacava sem razão.
“Animal” é hiperônimo de “cão”, pois o “cão” pertence ao conjunto “animais”.
Hiperônimo:
Animais
Hipônimo:
Quadrúpedes
Hipônimo:
Canídeos
Hipônimo:
Cão
Uma outra técnica muito utilizada é a substituição de um nome próprio por um comum ou vice-
versa. Geralmente consiste em aludir uma pessoa por uma característica que a distinga. Esta
técnica se chama substituição por antonomásia. Calma, o nome é feio, mas é simples.
Bono Vox e Ivete Sangalo estão namorando. O roqueiro foi visto saindo de um
restaurante com a beldade. Indagada, a baiana negou estar em um relacionamento
com o Irlandês. No entanto, os artistas foram vistos juntos muitas outras vezes.
“Bono Vox” é um nome próprio e foi retomado várias vezes por nomes comuns, como
“roqueiro”, “irlandês”, “artista”.
Já “Ivete” foi aludida como “beldade”, “baiana”, “artista”.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
(PGE-PE / 2019)
É como se você tivesse baixado algum software e ele te solicitasse assinar um contrato com
dezenas de páginas em “juridiquês”; você dá uma olhada nele, passa imediatamente para a última
página, tica em “concordo” e esquece o assunto.
No trecho “tica em ‘concordo’” (L.2-3), o verbo ticar é sinônimo de clicar, mas difere deste por ser
de uso informal.
Comentários:
Sim, “ticar” vem do inglês “to tick”, que significa justamente clicar numa caixinha virtual para
aceitar, ou marcar um sinal de concordância, um “tique”, um x, um visto ou algo assim. No caso,
“ticar” é clicar para aceitar o contrato. Ticar é uma palavra oficial, não é considerada de uso
informal. Questão incorreta.
(MPU / 2018)
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a
respeito de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser
capturado por nossa linguagem.
Na linha 2, o adjetivo patente tem um significado de impressionante.
Comentários:
Tem um significado de evidente, óbvio, flagrante. Questão incorreta.
Simbolização
Consiste em substituir uma entidade por um símbolo que a represente.
Ex: O Rei era autoridade máxima. A verdade da Coroa sempre prevalecia.
Ex: A Cruz de Malta cobriu as arquibancadas. Torcedores vascaínos ocuparam 80% dos
assentos.
Nominalização
Basicamente, é substituir um adjetivo ou verbo por substantivo ou uma forma nominal.
Ex: Recolheram os impostos. Esse recolhimento foi menor que o ano passado.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Ex: As provas são difíceis hoje em dia. Essa dificuldade também envolve o fator tempo.
Ex: Muito se discutiu sobre a polêmica. Esse constante debater do tema é cansativo para
os envolvidos.
Redução e Ampliação
Uma técnica muito utilizada é a redução, ou seja, usar uma forma mais longa do termo e alternar
com formas mais curtas.
Ex: O compositor Paul McCartney virá ao Brasil em 2017.
Paul McCartney já esteve no país em outras ocasiões.
O compositor ama o público Brasileiro.
McCartney tem inclusive diversos amigos aqui.
Paul ainda não informou a data de sua passagem.
Também poderia ser chamado de “o ex-Beatle”, “o músico”, “o artista”, “o cantor”...
Sigla
Técnica muito importante em discursivas.
Primeiro se usa o nome por extenso, seguido pela sigla entre parênteses. A partir daí, pode-se
usar a sigla no lugar do nome completo.
Não se deve usar a sigla antes de o nome completo aparecer no texto.
Ex: A Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) divulgou hoje o resultado provisório da
prova discursiva. Milhares visitaram o site da ANAC hoje.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Nesses casos, cabe ao leitor interpretar a relação de sentido e pensar na conjunção adequada ao
contexto.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Engenho Murituba os bens de consumo que abasteciam a sua gente, meu avô ainda tinha o
domínio razoável de todos os pequenos ofícios necessários ao bom andamento de sua produção.
Francisco J. C. Dantas. Coivara da memória. São Paulo: Estação Liberdade, 1991, p. 174
As formas pronominais presentes em “seu jeito” (L.3) e “sua companhia” (L.4) têm como
referente “meu avô” (L.2).
Comentários:
Retomando o trecho do texto, temos que
"De tanto pegadio com o neto, até nos menores que fazeres fora de hora meu avô me queria com
a cara metida nas coisas que as suas mãos manejavam. Era o seu jeito mais congruente de me
passar o afeto calado de sua companhia, (...)".
Perceba que os pronomes possessivos “seu” e “sua” indicam posse, retomando “avô”: "seu jeito"
= jeito do avô; "sua companhia" = companhia do avô. Questão correta.
Coesão sequencial
Conforme estudamos, a coesão estabelece o fluxo de leitura do texto. Vamos ver nesse momento
as estratégias utilizadas para dar “sequência” a um texto, adicionando novas orações, novos
trechos, ordenando logicamente a estrutura de suas partes, de modo que haja “continuidade”
coesa e coerente, isto é, de modo que haja progressão textual.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
A melhor maneira de entender isso é vendo na prática, em uma questão que cobra essa percepção
de “continuidade” e “sequência coesa”. Nem todas as Bancas cobram diretamente dessa forma,
com essa nomenclatura, mas esse tipo de exercício é perfeito para aprender a identificar a
progressão de um texto.
(PGE-PE / 2019)
Ela fazia um para cada dia da semana, assim, eu podia me esbaldar e me sujar à vontade, porque
sempre teria um macacão limpo para usar no dia seguinte.
A substituição do conectivo “porque” por pois manteria os sentidos originais do texto.
Comentários:
Sim, o “pois” assume valor causal, sendo equivalente a “porque”. Questão correta. Então, saber
os conectivos equivalentes é também uma questão de semântica.
(SEFAZ-RS / 2019 - Adaptada)
O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios, principalmente em tempos de
globalização e interdependência dos sistemas econômicos. Entre esses pontos de atenção,
destacam-se três. O primeiro é a guerra fiscal ocasionada pelo ICMS. O principal tributo em vigor,
atualmente, é estadual, o que faz contribuintes e advogados se debruçarem sobre vinte e sete
diferentes legislações no país para entendê-lo. Isso se tornou um atentado contra o princípio de
simplificação, contribuindo para o incremento de uma guerra fiscal entre os estados, que buscam
alterar regras para conceder benefícios e isenções, a fim de atrair e facilitar a instalação de novas
empresas.
No texto 1A1-I, o pronome que inicia o trecho “Isso se tornou um atentado contra o princípio de
simplificação” (L. 5) remete à crítica do autor à recorrência das mesmas regras tributárias em “vinte
e sete diferentes legislações no país” (L. 4).
Comentários:
O pronome “isso” geralmente não retoma um termo específico, mas sim todo um grupo de ideias:
o conteúdo de uma oração, de um período, um parágrafo...
No caso, recupera a ideia contida em:
O principal tributo em vigor, atualmente, é estadual, o que faz contribuintes e advogados se
debruçarem sobre vinte e sete diferentes legislações (26 estados mais o DF) no país para entendê-
lo.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Em suma, “isso” é a coexistência de muitas legislações, fato que dificulta a simplificação, ou seja,
retoma as informações, e não uma crítica do autor. Questão incorreta.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
COERÊNCIA
A coerência observa as relações de sentido e lógica que um texto oferece. O texto tem uma lógica
própria, arquitetada pelo autor.
Quando se fala em sequência lógica das ideias, refere-se a um tipo específico de coerência, que
é a coerência interna. A coerência interna está ligada ao conjunto de ideias e à articulação dos
argumentos utilizados pelo autor para a construção do texto. Diz respeito às partes do texto.
==144f2==
O outro tipo de coerência é a coerência externa. A coerência externa consiste na ligação do texto
ao contexto, ou seja, as ideias expostas não podem contrariar a realidade que se apresenta, a
história, os dados da realidade.
Você não tem que necessariamente concordar com aquele sentido, mas deve ser capaz de ver a
relação de lógica que se tenta construir ali.
A coerência se constrói pela manutenção da expectativa que o uso de certas palavras traz ao leitor.
Nesse sentido, a contradição gera incoerência.
Vejamos alguns exemplos:
Ex: Nós temos que tomar medidas urgentes, imediatas e drásticas para resolver o problema
da educação. Portanto, é fundamental que paremos para pensar, sem pressa, e formemos
comissões para estudos e estratégias de longo prazo.
Observe que o texto se inicia com tom de “urgência” e “imediatismo” e prossegue com
um tom de “calma”. Há visível contradição entre “urgente” e “sem pressa” e “longo prazo”.
Esse é um texto incoerente, contraditório.
Ex: Aquela menina sempre foi a mais dedicada da classe. Estudou com muito afinco e
disciplina para o concurso e, mesmo assim, foi aprovada.
Observe que a conjunção concessiva “mesmo assim” quebra a expectativa criada antes,
pois, após a conjunção, cria-se a expectativa de que ela não passou.
É incoerente usar um sentido de concessão para algo que seguiu o efeito esperado sem
obstáculos. A conjunção coerente aqui seria uma conclusiva (“logo”, “portanto”).
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Novamente, há incoerência, pois foi usada uma conjunção adversativa (“mas”), que indica
contraste e oposição, para relacionar partes que tem o mesmo sentido. Se não há oposição,
não é lógico usar uma conjunção adversativa.
Qualquer tipo de contradição gera incoerência, seja temporal, argumentativa, espacial, de nível
de formalidade... Fique atento!
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
REESCRITURA
Muitos de vocês têm dificuldade em analisar apenas o que está sendo pedido no comando de
questão em que há propostas de reescritura de trechos. Há questões que pedem para que seja
analisada a manutenção da correção gramatical; outras pedem para que se analise a manutenção
do sentido original do texto; e há ainda aquelas que pedem para analisar a coerência.
Na maior parte das questões, o que encontramos é um conjugado de dois desses tópicos:
gramática e sentido, sentido e coerência, gramática e coerência. Nessa hora, surgem muitas
dúvidas: o que a Banca quer de mim? O que eu preciso analisar em uma questão como essa? Erro
gramatical implica incoerência? Mudança de sentido implica erro gramatical? Fiquem calmos!
Vamos esclarecer todos esses pontos para vocês.
Antes de qualquer coisa, ‘sentido’ e ‘coerência’ NÃO são palavras sinônimas! Portanto, cada uma
te orientará para um tipo de análise.
Mudança de sentido não resulta necessariamente em um texto incoerente; pode haver mudança
de sentido e o texto continuar coerente. Então, o que seria mudança de sentido?
Se no texto original há uma relação lógica de adição (ex.: Os alunos estudaram e não jogaram
bola), e na proposta a relação estabelecida é de oposição (ex.: Os alunos estudaram, mas não
jogaram bola), podemos dizer que aí houve mudança de sentido. A reescritura está incoerente?
Não!
Em questões que pedem a análise de sentido, você precisa ficar atento a quatro pontos:
Lembre-se de que a coerência é a relação lógica entre as ideias veiculadas no texto e também
entre essas ideias e a realidade. Logo, se eu afirmo “Comprei um carro caro porque estava com
pouco dinheiro”, a frase estaria incoerente. O que se espera na realidade é que alguém com pouco
dinheiro não compre um carro caro ou, ainda, que ande de transporte coletivo.
Por fim, quando a questão cobrar a manutenção da correção gramatical, atente-se principalmente
aos seguintes pontos:
• Ortografia: dígrafos, acentuação gráfica, palavras com ‘x’, ‘ch’, ‘z’, ‘s’, ‘g’ e ‘j’.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
==144f2==
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
QUESTÕES COMENTADAS
1. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
O número de cadastros das chaves para o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central,
encerrou esta terça-feira (6), em seu segundo dia de adesão, com 10,1 milhões de registros.
Apenas hoje foram cadastradas cerca de 6,6 milhões de chaves, quase o dobro dos registros desta segunda-
feira (5), que teve 3,5 milhões (primeiro dia).
O Pix começa a funcionar em 16 de novembro, mas o cadastro dos usuários começou ontem.
O registro das chaves é quando o cliente vincula ao número do celular ou ao endereço de e-mail, por
exemplo, as informações pessoais e bancárias dele.
Na prática, quem fizer o cadastramento das chaves não vai precisar informar todos os seus dados na hora de
transferir dinheiro ou pagar conta pelo Pix, ela precisará apenas falar a chave cadastrada (CPF, e-mail ou
número de celular, por exemplo).
Segundo o BC, uma pessoa pode fazer até 5 chaves por conta corrente e uma empresa, pode até 20.
No primeiro dia, a quantidade de acessos simultâneos gerou instabilidade nos aplicativos de bancos e muitos
consumidores reclamaram em redes sociais que não conseguiram acessar a conta corrente pelo celular.
(Larissa Garcia. Em dois dias, cadastros no Pix chegam a 10,1 milhões. Disponível em folha.uol.com.br. Acessado em: 07.10.2020. Adaptado)
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
meios de comunicação disponíveis na escola estejam em condições de sustentar as necessidades dos alunos
e professores e mantê-los interessados pelos assuntos pedagógicos e científicos, inseridos no contexto
escolar, com a utilização de instrumentos capazes de transmitir os acontecimentos do mundo real no
momento em que estes acontecem.
Desse modo, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever,
compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. Nesse sentido, a
Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.
Foram investigadas práticas de docentes de História na utilização da internet como recurso pedagógico
durante as aulas realizadas no Laboratório de Informática Educacional-LIED. Constatou-se que esse recurso
desperta maior interesse dos alunos por diversos temas de conhecimento histórico e possibilita a utilização
de diversos dispositivos com materiais lúdicos, livros digitais, atividades on-line, sites e aplicativos
educacionais. De forma geral, os profissionais da área consideram o uso da internet como uma proposta
pedagógica fundamental para a melhoria do ensino e do rendimento escolar.
A partir das investigações feitas in loco LIED da Escola Estadual Professor Antonio Ferreira Lima Neto em
Macapá, foi possível constatar que a internet é um recurso que apresenta auxílio ao professor e alunos. A
maioria dos profissionais usam a rede mundial de computadores para seu planejamento de aula, e que os
discentes estão utilizando as ferramentas interativas on-line e publicadas em sites de interação social, como
youtube, MySpace, Facebook, Orkut e Google durante as atividades de História.
Nesse contexto, a figura do docente é despertar o interesse do aluno pelo saber histórico. As justificativas
para a utilização da internet nas aulas de História são fundamentais para o aprendizado. Verificou-se nas
observações in loco que, o profissional precisa estar preparado para o uso da internet e deve ter apoio da
escola para sua formação científica e técnica destinado a informática educacional.
(Francinei A. da Costa e Clarice C. da Silva. O Uso da Internet como recurso pedagógico para os docentes de História, na Escola Estadual Professor Antonio
Ferreira Lima Neto em Macapá-AP. Disponível em partes.com.br. Acessado em: 07.10.2020. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta a reescrita do trecho “Desse modo, o computador deve estar inserido
em atividades essenciais” sem alteração de sentido.
a) Conquanto, o computador deve estar inserido em atividades essenciais
b) Além disso, o computador deve estar inserido em atividades essenciais
c) O computador deve, dessarte, estar inserido em atividades essenciais
d) O computador deve, todavia, estar inserido em atividades essenciais
e) Porquanto, o computador deve estar inserido em atividades essenciais
Comentários:
O trecho original é inserido por uma conjunção que carrega a noção de conclusão em relação ao que foi dito
anteriormente.
Letra A: errada. ‘Conquanto’ carrega o valor semântico adversativo.
Letra B: errada. O conectivo ‘além disso’ é usado com valor de adição, para acrescentar uma informação.
Letra C: correta. ‘Dessarte’ é sinônimo de ‘desse modo’, ’assim’, e expressa valor de conclusão.
Portanto, a alternativa está correta.
Letra D: errada. ‘Todavia’ carrega o valor semântico adversativo.
Letra E: errada. ‘Porquanto’ possui valor semântico de causa.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Gabarito: letra C.
4. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
A educação pressupõe a utilização de meios de comunicação social (as mídias). Quando os alunos e
professores estão distantes, pelo menos uma tecnologia de comunicação é necessária para fazer o contato.
A integração dos meios de comunicação gera também uma progressiva fusão das atividades intelectuais e
industriais do campo da informação. Jornalistas das redações dos grandes jornais e agências de informação,
artistas, comunidade estudantil e pesquisadores trabalham diante de uma tela de computador (FONSECA
FILHO, 2007).
Diga-se de passagem, que as mudanças ocorridas com o advento do computador na vida da humanidade
contribuíram para o crescimento de diversos setores da economia mundial. Centenas de pessoas usam o
computador na força de trabalho, na escola, instituições públicas e privadas. Além disso, houve integração
entre várias mídias no campo comercial, industrial, cultural e social.
O papel da escola no século XXI, diante dessas mudanças com advento da informática, é fazer com que os
meios de comunicação disponíveis na escola estejam em condições de sustentar as necessidades dos alunos
e professores e mantê-los interessados pelos assuntos pedagógicos e científicos, inseridos no contexto
escolar, com a utilização de instrumentos capazes de transmitir os acontecimentos do mundo real no
momento em que estes acontecem.
Desse modo, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever,
compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. Nesse sentido, a
Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.
Foram investigadas práticas de docentes de História na utilização da internet como recurso pedagógico
durante as aulas realizadas no Laboratório de Informática Educacional-LIED. Constatou-se que esse recurso
desperta maior interesse dos alunos por diversos temas de conhecimento histórico e possibilita a utilização
de diversos dispositivos com materiais lúdicos, livros digitais, atividades on-line, sites e aplicativos
educacionais. De forma geral, os profissionais da área consideram o uso da internet como uma proposta
pedagógica fundamental para a melhoria do ensino e do rendimento escolar.
A partir das investigações feitas in loco LIED da Escola Estadual Professor Antonio Ferreira Lima Neto em
Macapá, foi possível constatar que a internet é um recurso que apresenta auxílio ao professor e alunos. A
maioria dos profissionais usam a rede mundial de computadores para seu planejamento de aula; os discentes
estão utilizando as ferramentas interativas on-line e publicadas em sites de interação social, como youtube,
MySpace, Facebook, Orkut e Google durante as atividades de História.
Nesse contexto, a figura do docente é despertar o interesse do aluno pelo saber histórico. As justificativas
para a utilização da internet nas aulas de História são fundamentais para o aprendizado. Verificou-se nas
observações in loco que o profissional precisa estar preparado para o uso da internet e deve ter apoio da
escola para sua formação científica e técnica destinada à informática educacional.
(Francinei A. da Costa e Clarice C. da Silva. O Uso da Internet como recurso pedagógico para os docentes de História, na Escola Estadual Professor Antonio
Ferreira Lima Neto em Macapá-AP. Disponível em partes.com.br. Acessado em: 07.10.2020. Adaptado)
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
elementos:
a) moderação, finalidade, tempo
b) causa, finalidade, circunstância
c) conclusão, motivo, tempo
d) ênfase, finalidade, circunstância
e) conclusão, finalidade, tempo
Comentários:
Letra A: errada. ‘Moderação’ está incorreta.
Letra B: errada. ‘Causa’ e ‘circunstância’ estão incorretas.
Letra C: errada. ‘Motivo’ está incorreta.
Letra D: errada. Ênfase e circunstância estão incorretas.
Letra E: certa. Essas são as relações de sentido estabelecidas.
Gabarito: letra E.
5. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
Foi realizada nessa quinta-feira (1º/10) uma Mesa Técnica com ___ presença de representantes do Tribunal
de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) e da Secretaria Municipal de Educação (SME) para discutir o
edital de Pregão Eletrônico nº 47/SME/2020, voltado ___ escolha das empresas fornecedoras de 465.500
tablets ___ serem distribuídos aos alunos da rede municipal de ensino. O encontro virtual durou três horas e
contou com a participação do Conselheiro Maurício Faria, relator da matéria, de seus assessores, da Auditoria
e da Assessoria Jurídica do TCMSP, do secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, e de
representantes de sua equipe técnica e jurídica. (...)
No trecho “de representantes de sua equipe técnica e jurídica” (l. 9 e 10), o pronome destacado refere-
se à seguinte informação:
a) participação
b) relator da matéria
c) auditoria e Assessoria Jurídica
d) Secretário municipal de Educação de São Paulo
e) equipe jurídica
Comentários:
O período traz uma série de complementos ao termo “participação”. Vamos focar apenas na parte final, que
se refere à pergunta da questão:
do secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, e de representantes de sua equipe técnica
e jurídica.
O pronome possessivo “sua” está se referindo ao Secretário municipal de Educação.
Gabarito: letra D
6. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL / 2020)
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
A frase em que a substituição do segmento sublinhado por um particípio de valor equivalente foi feita de
forma adequada é:
A) O terreno que está sob as águas do rio / submetido às;
B) Um edifício que está sobre duas rochas / construído;
C) Os restos que estão na lata do lixo / acolhidos;
D) O estado que está entre Amazonas e Maranhão / posto;
E) Um carro que está na garagem / paralisado.
Comentários:
A - Note que se o terreno está embaixo das águas do rio, um particípio equivalente para o trecho seria
SUBMERSO.
B - Pessoal, o termo "que está" possui sentido de localizado, situado. Nesse contexto, podemos considerar
que temos o mesmo sentido de construído.
Percebam: se o edifício está localizado sobre duas rochas, ele foi construído sobre as duas rochas.
C - Ao dizer que os restos estão na lata de lixo, não temos sentido de proteção. Repare que um particípio
equivalente para o trecho seria LOCALIZADOS.
D - Note que dizer que o estado foi "colocado" é incoerente. Um particípio equivalente para o trecho seria
SITUADO.
E - Pessoal, "paralisado" tem sentido de interrupção, dessa forma, não é a melhor opção de substituição para
o trecho. Um particípio adequado seria ESTACIONADO.
Gabarito: letra B
7. (FCC / ALAP / ASS. LEGISLATIVO / 2020)
O avanço ainda se restringe a âmbitos estritamente técnicos, sem utilidade cotidiana, mas já é apelidado de
“o Santo Graal da computação”. Isso porque o feito, se comprovado, atingiu o que se conhece como
“supremacia quântica”. A nomenclatura indica um momento da civilização em que os computadores talvez
sejam tão (ou mais) competentes quanto os seres humanos.
A nomenclatura indica aquele momento da civilização em que os computadores seriam tão (ou mais)
competentes quanto os seres humanos. (5º parágrafo)
No contexto, o termo “nomenclatura” refere-se a
(A) momento da civilização.
(B) supremacia quântica.
(C) seres humanos.
(D) feito.
(E) computadores.
Comentários:
A nomenclatura é o nome, o título, a expressão "supremacia quântica", cujo sentido está no próprio
enunciado. Gabarito letra B.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Comentários:
O que possui inovação no DNA? As empresas de tecnologia possuem. Então, o pronome relativo “que” tem
como referente “empresas”.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
O que se tornou conhecido como decafonismo...? uma nova maneira de compor... Então, o antecedente do
pronome relativo “que” é: uma nova maneira de compor
a história da música reservou-A ELE/A SCHOENBERG um lugar de destaque
Por que não poderia ser “composições” o referente? Porque isso levaria o pronome ao plural: LHES (a elas).
Gabarito letra C.
10. (FCC / ISS-MANAUS / TÉCNICO DE TI / 2019)
Darwin nos trópicos
Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin
deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as
descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da
realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa
onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente
para quebrar o espírito do mais reles animal.”
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes
de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver
dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo
a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma
rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil.
Respeitando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
(A) descrições gloriosas (1º parágrafo) = impressões empenhadas.
(B) causou-lhe asco e perplexidade (1º parágrafo) = submeteu-o a relutantes sentimentos.
(C) suficiente para quebrar o espírito (1º paragrafo) = disponível para aquebrantar o humor.
(D) olhos capazes de ver e constatar (2º parágrafo) = olhos dispostos a analisar e discorrer.
(E) chama de uma irrefreável afirmação (2º parágrafo) = ardor de uma incontida positivação.
Comentários:
Vejamos:
A) Incorreto. Glória e Empenho são noções bem diferentes. Além disso, nem toda impressão é uma descrição.
A descrição serve normalmente para transmitir as impressões.
B) Incorreto. “Asco” é nojo; “perplexidade” é extrema surpresa; são sentimentos bem específicos.
C) Incorreto. “Disponível” é aquilo que você tem, algo de que pode dispor; “suficiente” é sinônimo de “o
bastante”.
D) Incorreto. Ser capaz não é necessariamente estar disposto. Somos capazes de acordar 5 horas da manhã
para correr no sol quente, mas poucos estão dispostos a fazê-lo rs...
E) Correto. Ardor é sentimento que arde, que queima, daí a associação com “chama”. “Irrefreável” é algo
que não e pode parar, não se pode conter. Gabarito letra E.
11. (FCC / AFAP / ADVOGADO / 2019)
[Vocação de professor]
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Escritor nas horas vagas, sou professor por vocação e destino. “A quem os deuses odeiam, fazem-no
pedagogo”, diz o antigo provérbio; assim, pois, dando minhas aulas há tantos anos, talvez esteja expiando
algum crime que ignoro, cometido porventura nalguma existência anterior. Apesar disso, não tenho maiores
queixas de um ofício que, mantendo-me sempre no meio dos moços, me dá a ilusão de envelhecer menos
rapidamente do que aqueles que passam a vida inteira entre adultos solenes e estereotipados.
Outra vantagem da minha profissão principal é fornecer material copioso para a profissão acessória. Se fosse
ficcionista, que mina não teria à mão no mundo da adolescência, mina ainda insuficientemente explorada e
cheia de tesouros! Mas, como não sou ficcionista, utilizo-me desse cabedal apenas para observação e
reflexão; às vezes o aproveito nalgum monólogo inócuo, como este.
(Adaptado de: RÓNAI, Paulo. Como aprendi o Português e outras aventuras. Rio de Janeiro: Edições de
Janeiro, 2014, p. 109)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
(A) fazem-no pedagogo (1º parágrafo) = incentivam-no a ser um educador.
(B) expiando algum crime que ignoro (1º parágrafo) = focalizando algum deslize insuspeito.
(C) cometido porventura (1º parágrafo) = desempenhado afortunadamente.
(D) fornecer material copioso (2º parágrafo) = implementar objetiva medida.
(E) utilizo-me desse cabedal (2º parágrafo) = lanço mão dessa riqueza.
Comentários:
Não tem jeito, pessoal. Algumas questões dependem estritamente de seu vocabulário, algo que só se adquire
com leitura regular e conhecimento de mundo. Apliquemos análises semânticas diretas. Vejamos:
A) Incorreto. Nem todo educador é pedagogo, não são sinônimos.
B) Incorreto. O verbo “expiar” significa redimir-se de uma culpa, não tem relação com foco.
C) Incorreto; “porventura” é um advérbio que equivale a “talvez”; “afortunadamente” significa “que ocorre
por/com sorte”.
D) Incorreto; “copioso” significa “abundante”, “farto”; não é sinônimo de “objetivo”.
E) Correto; “cabedal” significa justamente: Conjunto de bens e riquezas materiais... Gabarito letra E.
12. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
A chave do tamanho
O antes de nascer e o depois de morrer: duas eternidades no espaço infinito circunscrevem o nosso breve
espasmo de vida. A imensidão do universo visível com suas centenas de bilhões de estrelas costuma provocar
um misto de assombro, reverência e opressão nas pessoas. “O silêncio eterno desses espaços infinitos me
abate de terror”, afligia-se o pensador francês Pascal. Mas será esse necessariamente o caso?
O filósofo e economista inglês Frank Ramsey responde à questão com lucidez e bom humor: “Discordo de
alguns amigos que atribuem grande importância ao tamanho físico do universo. Não me sinto absolutamente
humilde diante da vastidão do espaço. As estrelas podem ser grandes, mas não pensam nem amam –
qualidades que impressionam bem mais do que o tamanho. Não acho vantajoso pesar quase cento e vinte
quilos”.
Com o tempo não é diferente. E se vivêssemos, cada um de nós, não apenas um punhado de décadas, mas
centenas de milhares ou milhões de anos? O valor da vida e o enigma da existência renderiam, por conta
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
disso, os seus segredos? E se nos fosse concedida a imortalidade, isso teria o dom de aplacar de uma vez por
todas o nosso desamparo cósmico e as nossas inquietações? Não creio. Mas o enfado, para muitos, seria
difícil de suportar.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 35)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
(A) circunscrevem o nosso breve espasmo (1º parágrafo) = retificam nosso rápido incômodo
(B) misto de assombro, reverência e opressão (1º parágrafo) = contrição de susto, desassombro e restrição
(C) responde à questão com lucidez e bom humor (2º parágrafo) = elucida a pergunta com irreverência
imaginosa
(D) renderiam (...) os seus segredos? (3º parágrafo) = revelariam os seus mistérios?
(E) teria o dom de aplacar de uma vez (3º parágrafo) = traria o mérito de retribuir no ato
Comentários:
==144f2==
“render” é entregar, então “render os seus segredos” equivale a “revelar os seus mistérios”.
Nas demais alternativas, vamos perceber que há palavras tão diversas que não há qualquer equivalência
semântica.
a) Circunscrever= delimitar x retificar=corrigir
b) misto= mistura, combinação x contrição=sentimento de culpa
c) lucidez=bom senso x irreverência= ausência de respeito a alguma coisa
e) aplacar=acalmar, tornar mais brando x retribuir=devolver Gabarito letra D.
13. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Considere as seguintes orações:
I. O universo é infinito.
II. A infinitude do universo atemoriza o homem.
III. O homem deplora sua condição de mortal.
Essas três orações constituem um período de redação clara, coerente e correta no seguinte caso:
(A) Ainda que seja infinito e atemorize o homem, o universo faz o homem deplorar sua condição de mortal.
(B) Ao deplorar sua condição de mortal, o homem considera infinito o universo em que se atemoriza.
(C) Atemorizado pela infinitude do universo, deplora o homem a sua mortalidade.
(D) Sendo infinito o universo, eis por que o homem se atemoriza, quando deplora sua condição de mortal.
(E) O universo infinito atemoriza o homem, cuja condição é assim mortalmente deplorável.
Comentários:
A relação que existe é de causa-efeito: o homem deplora sua condição de mortal porque o universo é infinito.
A única alternativa que reproduz, ainda que discretamente, essa relação, é:
(porque é) Atemorizado pela infinitude do universo, deplora o homem a sua mortalidade.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
As duas primeiras frases foram unidas na expressão “infinitude do universo”. Gabarito letra C.
14. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Demonstra-se boa compreensão de um segmento do texto no seguinte caso:
(A) Se, para contrabalançar minhas lacunas, me houvesse Deus concedido o (...) dom = caso Deus tivesse
compensado minhas falhas agraciando-me com o talento
(B) o próprio retratado com todos seus pés-de-galinha minuciosamente contadinhos = o fotógrafo mesmo,
que não poupa detalhes, perde-se ao contar minúcias
(C) com a qual jamais poderemos competir em matéria de objetividade = com cuja materialidade nem mesmo
sendo objetivos havemos de tratar
(D) Não sei por que motivo há de a gente desenhar tão objetivamente as coisas = Não vejo razão para
renunciarmos à objetividade quando desenhamos
(E) O restante eu transfiguraria em conformidade com meu desejo de fantasia = O que sobrasse eu
dispensaria para poder fazer jus ao meu critério de artista
Comentários:
Contrabalançar lacunas tem sentido de “compensar uma falta”, equilibrar uma ausência. Como “tivesse” e
“houvesse” são verbos auxiliares equivalentes na formação do pretérito mais-que-perfeito, a letra A traz uma
perfeita equivalência.
b) essa passagem fala do pintor, não do fotógrafo.
c) matéria (assunto) é diferente de materialidade (característica do que é concreto).
d) as redações têm sentido contrário: renunciar à objetividade é justamente não desenhar objetivamente.
e) transfigurar é transformar, diferente de dispensar (abrir mão) Gabarito letra A.
15. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANALISTA DE GESTÃO ADM. / 2019)
E alguém duvida de que ela tenha suas próprias razões de planejamento?
Está clara e correta, guardando sentido equivalente ao da frase acima, esta nova redação:
(A) Não se duvidem de que tenha suas razões apropriadas para seu julgamento.
(B) Ninguém duvida que o planejamento dela se aproprie de suas razões.
(C) É próprio dela não nos deixar duvidar de que hajam razões em seu planejamento.
(D) Razões próprias de planejamento: duvidará alguém de que ela as tenha?
(E) Ela tem, com toda a propriedade, razões próprias para se deixar planejar.
Comentários:
Nesse tipo de questão, embora haja foco na semântica, é sempre extremamente eficiente eliminar as opções
por erros gramaticais.
Vejamos o problema das opções:
A) Incorreto. Duvidar é VTI, não admite voz passiva, então a forma correta seria: não se duvide.
B) Incorreto. Duvidar pede preposição “DE”, que não pode ser omitida. Além disso, esse “verbo” apropriar
afetou o sentido. Ter suas próprias razões não é sinônimo de apropriar-se de razões.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
A correção do segmento dado é preservada caso se substitua o elemento sublinhado pelo que está entre
parênteses no seguinte caso:
(A) Os chineses inventaram o primeiro relógio mecânico de que se tem notícia (de cujo se sabe).
(B) Os missionários portugueses introduziram na China seu relógio mecânico (deram origem à China).
(C) Os relógios europeus foram um estímulo à meditação dos chineses (impulso da).
(D) Jamais lhes ocorreu a ideia de tirar outro proveito daquele artefato (se apresentou a eles).
(E) O ritmo que o relógio impôs aos negócios mantém-se até hoje. (subordinou dos).
Comentários:
Vejamos:
A) Incorreto. Aqui temos problema de “cujo solto”: “cujo” o quê? O pronome não está ligando dois
substantivos, está “perdido” na oração.
B) Incorreto. “Introduzir na China” é apresentar na china, como novidade; não é fazer/criar/dar origem ao
país.
C) Incorreto. Os sentidos até são parecidos, mas há erro de regência: o impulso é A alguma coisa, se essa
coisa vai ser impulsionada.
D) Correto.
E) Incorreto. Além da redação confusa, há erro de regência, “subordinar” não pede preposição “de”.
Gabarito letra D.
18. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANA. DE PLAN. ORÇ. E GESTÃO / 2019)
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa, mas sua quebra mostra também
nossos limites.
Numa nova e igualmente correta redação da frase acima, iniciada agora pelo segmento A quebra de um
juramento mostra nossos limites, pode-se seguir esta coerente complementação:
(A) embora não deixe de expor a beleza que está em afirmarmos nossa vontade.
(B) uma vez que nossa vontade, com sua beleza, afirma nosso acordo com a Natureza.
(C) à medida em que nossa vontade acaba expondo toda a sua beleza.
(D) até por que também se expõem o que há de belo na afirmação de nossa vontade.
(E) não fosse a beleza que também têm na quebra mesma da nossa vontade.
Comentários:
Na redação original, há uma relação de oposição, expressa pela conjunção “mas”; somente na letra A havia
um outro conectivo capaz de fornecer sentido oposição, quebra de expectativa: a conjunção concessiva
“embora”. Para manter o sentido original, observem que a oração que era iniciada por “mas” virou a oração
principal do outro período, isso porque a oração adversativa é um operador argumentativo forte, então não
é possível simplesmente trocar “mas” por “embora”; é preciso inverter a ordem, o conteúdo que estava na
oração adversativa (sua quebra mostra também nossos limites) vira a oração principal.
b) Uma vez que expressa causa/explicação, não oposição.
c) “à medida que” expressa proporção, não oposição.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
O segmento tem valor causal: por ser tão difícil e cruel... “Apesar de ser tão difícil e cruel” dá ideia de
concessão, noção bem distinta. Questão incorreta.
21. (FCC / ICMS-SC / AUDITOR / 2018)
Sem prejuízo do sentido original e da correção, e sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, o
segmento sublinhado pode ser corretamente substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
(A) Esses animais, mesmo (consoante) convivendo com outros animais...
(B) Apesar de agora conhecermos uma molécula que (cuja) provoca os sintomas da solidão...
(C) Suscetibilidade (Reação) ao estresse e aumento da agressividade.
(D) ... um composto químico capaz de debelar (extinguir) os efeitos da solidão.
(E) Que a solidão causa mudanças comportamentais ninguém duvida (não se questionam)...
Comentários:
(A) Incorreto. “Mesmo” indica concessão, “consoante” indica conformidade.
(B) Incorreto. “Cujo” não pode ser diretamente substituído por nenhum outro pronome relativo, o que vale
também para o caminho inverso.
(C) Incorreto. Suscetibilidade indica vulnerabilidade, estar sujeito a algo. Reação é o ato de reagir.
(D) Correto. Debelar significa exatamente isto: vencer, extinguir.
(E) Incorreto. Duvidar é não acreditar. Questionar-se é refletir sobre algo, fazer perguntas a si mesmo. Não
são exatamente sinônimos. Gabarito letra D.
22. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018)
Um seguimento do texto tem seu sentido adequadamente expresso em outras palavras em:
Esta visão é colocada sob a proteção de Apolo / Esta interpretação é mantida sob a égide de Apolo.
Comentários:
Correta. Linguagem jurídica típica. Estar sob a égide de = estar sob a proteção de...
23. (FCC / ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
A vida privada não é uma realidade natural, dada desde a origem dos tempos: é uma realidade histórica.
A história da vida privada é, em primeiro lugar, a história de sua definição: como evoluiu sua distinção na
sociedade francesa do século XX? Como o domínio da vida privada variou em seu conteúdo e abrangência?
A questão é tanto mais importante na medida em que não é certo que seu contorno tenha o mesmo sentido
em todos os meios sociais. Para a burguesia da Belle Époque1, não há nenhuma dúvida: o “muro da vida
privada” separa claramente os domínios. Por trás desse muro protetor, a vida privada e a família coincidem
com bastante exatidão. Esse domínio abrange as fortunas, a saúde, os costumes, a religião: se os pais que
querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a família de um
eventual pretendente, é porque a família oculta cuidadosamente ao público o tio fracassado, o irmão de
costumes dissolutos e o montante das rendas. E Jaurès2, respondendo a um deputado socialista que lhe
censurava a comunhão solene da filha: “Meu caro colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu
não”, marcava com grande precisão a fronteira entre sua existência de político e sua vida privada.
Essa separação era organizada por uma densa teia de prescrições. A baronesa Staffe3, por exemplo, cita:
“Quanto menos relações mantemos com a vizinhança, mais merecemos a estima e consideração dos que nos
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
cercam”, “não devemos falar de assuntos íntimos com os parentes ou amigos que viajam conosco na
presença de desconhecidos”. O apartamento ou a casa burguesa, aliás, se caracterizam por uma nítida
diferença entre as salas para as visitas e os demais aposentos. O lugar da família propriamente dita não é o
salão: as crianças não entram no aposento quando há visitas e, como explica a baronesa, as fotos de família
ficariam deslocadas nesse recinto. Ademais, as salas de visitas não são abertas a todos. Se toda dama da boa
sociedade tem seu “dia” de receber − em 1907, são 178 em Nevers4 −, a visita à esposa de um figurão supõe
uma apresentação prévia. As salas de recepção estabelecem, portanto, um espaço de transição para a vida
privada propriamente dita.
(Adaptado de: PROST, Antoine. Fronteiras e espaços do privado. In: PROST, Antoine; VINCENT, Gérard (orgs.). História da vida privada 5: Da
Primeira Guerra a nossos dias. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 14 e 15.)
Obs.:
1 Período de cultura cosmopolita na história da Europa que vai de fins do século XIX até a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
2 Jean Léon Jaurès (1859-1914): político socialista francês.
3 Pseudônimo de Blanche-Augustine-Angèle Soyer (1843-1911), autora francesa, célebre em seu tempo pela obra Uso do mundo, sobre como
saber viver na sociedade moderna.
4 Região da França, ao sul-sudeste
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
visitar a “esposa do figurão”, no sentido de que a pessoa deveria ser conhecida, avaliada, aprovada para
então ter acesso ao espaço mais próximo à vida privada da família. Então, foi nessa linha que a banca
embasou seu entendimento. Não é um gabarito “perfeito”, mas a questão não foi anulada. Então, vale o
esforço de acertar, não de recorrer.
e) Incorreto. A sala de recepção não é um espaço onde se transita pela vida privada dos moradores, é apenas
um “espaço de transição”, uma espécie de “entrada”, de onde já se poderia vislumbrar, apenas um pouco, a
vida privada daquelas famílias. Além disso, não há no texto um “sentido exato” para “vida privada”. Gabarito
letra D.
24. (FCC / ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
Se toda dama da boa sociedade tem seu “dia” de receber − em 1907, são 178 em Nevers −, a visita à esposa
de um figurão supõe uma apresentação prévia.
Julgue o item a seguir.
A expressão boa sociedade e as palavras figurão e dama exemplificam o uso informal da linguagem.
Comentários:
“figurão” até tem sim um tom informal, mas “dama” e “boa sociedade” não trazem qualquer traço de
informalidade. Questão incorreta.
25. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
A arte requer “explicação”?
Aqui e ali, quem frequenta bienais, salões de arte ou exposições de artes plásticas encontrará de repente
não um quadro, uma escultura ou algum objeto de significação histórica, mas uma instalação – nome que se
dá, segundo o dicionário Houaiss, a “alguma obra de arte que consiste em construção ou empilhamento de
materiais, permanente ou temporário, em que o espectador pode participar, manipulando-a, ou, sendo, às
vezes, de tamanho tão grande, que o espectador pode nela entrar”. Trata-se, em outras palavras, de
materiais organizados num espaço físico de modo a constituírem uma obra de arte.
Ocorre, porém, com grande parte das instalações, um fenômeno curioso: com muita frequência o criador
é convidado a explicar – e o faz com linguagem muito sofisticada – o sentido profundo que pretendeu dar
àquele conjunto de materiais, àquela instalação que ele concebeu. Para o público, restará a impressão final
de que os materiais eram, em si mesmos, insuficientes para significarem alguma coisa: precisavam da
explicação de quem os utilizou.
As verdadeiras obras de arte se impõem por si mesmas, independentemente de qualquer explicação
prévia ou justificativa final. O grande músico, o grande escritor, o grande cineasta não precisam interpor-se
entre a sonata, o romance ou o filme para explicar seu sentido junto ao público. Certamente haverá
oportunidade para todos refletirmos sobre o sentido dinâmico de uma obra artística que atingiu o nosso
interesse e provocou o nosso prazer; mas nada será mais forte do que a mobilização emocional e intelectual
que a obra já despertou em nós, no primeiro contato.
(Aristeu Valverde, inédito)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
(A) permanente ou temporário (1º parágrafo) = vitalício ou inabitual.
(B) o faz com linguagem muito sofisticada (2º parágrafo) = cumpre-o com expressões rudimentares.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
(C) os materiais eram, em si mesmos, insuficientes (2º parágrafo) = os utensílios, vistos em si, estavam
indisponíveis.
(D) o sentido dinâmico de uma obra artística (3º parágrafo) = a presunção impulsiva de um artefato.
(E) nada será mais forte do que a mobilização emocional (3º parágrafo) = nada superará a ativação dos
sentimentos.
Comentários:
A equivalência contextual está em:
nada será mais forte do que a mobilização emocional (3º parágrafo) = nada superará a ativação dos
sentimentos.
“Ser mais forte” é “superar”, a “mobilização emocional” se refere ao “movimento, fluxo, reação das
emoções, dos sentimentos”, daí a troca por “mobilização emocional”.
Gabarito letra E.
Vejamos:
a) Uma obra de exposição permanente é aquela que está exposta sem uma temporada definida, o que não
significa que seja vitalícia. Além disso, “temporário” indica um tempo finito de exposição, não tem a ver com
hábito.
b) Sofisticação (ideia de elaboração, rebuscamento, complexidade, profundidade) , no caso, é oposto a
“rudimentar”, que traz ideia de pouco elaborado, desenvolvido, simples.
c) Insuficiente é o que não basta. Indisponível é o que não pode ser utilizado, acessado.
d) Dinâmico dá ideia de movimento, evolução, atividade. Impulsividade remete à ideia de agir por impulso,
por reflexo, sem pensar.
26. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
Mídias sociais têm sido insistentemente acusadas de fomentar a polarização política, reforçando e
consolidando pontos de vista divisivos que têm tornado impossível o debate público.
Porém, estudos mostram que, embora exista seleção no consumo de notícias de acordo com a
orientação ideológica, a dieta informacional das pessoas é mais variada do que se supõe. Leitores de direita,
por exemplo, consomem mais notícias de veículos de direita, mas leem também a grande imprensa e até,
ocasionalmente, veículos de esquerda.
Os estudiosos chamam a atenção também para o fato de que nas interações sociais diretas as pessoas
selecionam ainda mais com quem se relacionam de acordo com a orientação política e, quando interagem
com pessoas diferentes, evitam assuntos sensíveis, como política e religião.
Por que então temos a nítida percepção de que a polarização é aguda e se acentua nas mídias sociais?
A resposta retoma a constatação de outros pesquisadores: a polarização é um fenômeno circunscrito
aos mais engajados, que são também os mais influentes nas mídias sociais.
(Adaptado de: ORTELLADO, Pablo. Disponível em: folha.uol.com.br)
Considerado o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:
(A) fomentar a polarização política = condenar a divisão ideológica
(B) evitam assuntos sensíveis = furtam-se de abordar temas delicados
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
(Adaptado de: LISPECTOR, Clarice. “Persona”, em Clarice na cabeceira: crônicas. Rio de Janeiro, Rocco Digital, 2015)
Nos segmentos que representava (2º parágrafo), as esconde (3º parágrafo) e como a de quem superou um
obstáculo (4º parágrafo), os termos sublinhados se referem, respectivamente, a:
(A) rosto − mutações sensíveis − máscara
(B) máscara − mutações sensíveis − cabeça
(C) rosto − qualidades − firmeza
(D) máscara − qualidades − cabeça
(E) máscara − mutações sensíveis − firmeza
Comentários:
Questão direta de coesão:
Nos segmentos que representava (a máscara representava), as esconde (a máscara esconde as mutações
sensíveis) e como a de quem superou um obstáculo (a cabeça ergue-se altiva como a cabeça de quem
superou um obstáculo) Gabarito letra B.
28. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018)
Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta. As ideias estão no
ar, e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época. A própria língua é
emprestada: não a inventamos. Nós a descobrimos, ainda que possamos usá-la e interpretá-la de modos
muito individuais.
Julgue o item a seguir:
O elemento “a” retoma “cultura” no segmento Nós a descobrimos
Comentários:
Incorreto. O pronome oblíquo “a” é um elemento coesivo anafórico que retoma “língua”.
29. (FCC / TRT 24ª REGIÃO / Técnico / 2017)
Um estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do número de transações on-line,
e 50% das organizações de serviços financeiros pesquisadas acreditam que há um crescimento das fraudes
financeiras eletrônicas. Esse avanço, juntamente com o crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos
combinado aos novos avanços tecnológicos e às mudanças nas demandas corporativas, tem forçado, nos
últimos anos, muitas delas a melhorar a eficiência de seus processos de negócios.
No segundo parágrafo do texto, o termo “delas” refere-se a
a) fraudes financeiras eletrônicas.
b) organizações de serviços financeiros.
c) demandas corporativas.
d) transações on-line.
e) mudanças.
Comentários:
Quem vai melhorar a eficiência dos processos de negócios? O pronome “elas”, em “muitas delas”, retoma
organizações de serviços financeiros, justamente quem precisa evitar as fraudes mencionadas.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Gabarito letra B.
30. (FCC / TRT 24ª REGIÃO / ANALISTA / 2017)
Considere este segmento do texto:
Submetermo-nos à visada do jornalista que compôs a notícia [...] é desfazermo-nos da nossa própria
capacidade de análise [...]
Está inteiramente clara, coerente e correta esta nova redação dada ao segmento acima:
a) Caso não nos desfazermos da nossa capacidade de analisar, nos inclinaremos diante do olhar próprio do
jornalista que deu a notícia.
b) Se aceitarmos inteiramente a perspectiva de quem redigiu a notícia, não nos valeremos de nossa própria
faculdade de interpretá-la.
c) Quem se compraz a ver uma reportagem do ângulo jornalístico, acaba por renunciar à possibilidade de
compreendê-lo a partir de si mesmo.
d) À medida em que nos curvamos pelo poder de quem noticia, deixamo-nos de avaliar por nós mesmos
nossa capacidade de análise.
e) Estaremos divergindo da nossa possibilidade de interpretar, caso nos deixássemos levar pelo ângulo das
notícias com que nos submetemos.
Comentários:
Essa é uma questão de coerência, mas a falta de clareza ou lógica muitas vezes decorre de problemas
gramaticais. Então a banca cobra os dois assuntos misturados nos itens. Vejamos:
O sentido geral da sentença destacada é:
Se nos submetemos ao olhar do jornalista, perdemos nossa própria capacidade de análise.
Esse entendimento está parafraseado na alternativa B:
b) Se aceitarmos inteiramente a perspectiva de quem redigiu a notícia, não nos valeremos de nossa própria
faculdade de interpretá-la.
A letra A não faz sentido, pois o verbo deveria ser “desfaçamos”. Além disso, não se deve iniciar a oração
pelo pronome “nos”. Incorreta.
A letra C também é incoerente, pois não mantém o sentido original e traz algumas impropriedades. O verbo
“comprazer-se” pede preposição “de” ou “em”, não “a”.
A letra D traz uma conjunção que não existe “à medida em que”. Podemos ter a conjunção proporcional “à
medida que” ou a conjunção causal “na medida em que”.
A letra E, além de confusa, traz um erro de regência: submeter pede preposição “a”, não pede preposição
“com”. Gabarito letra B.
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
LISTA DE QUESTÕES
1. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
O número de cadastros das chaves para o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central,
encerrou esta terça-feira (6), em seu segundo dia de adesão, com 10,1 milhões de registros.
Apenas hoje foram cadastradas cerca de 6,6 milhões de chaves, quase o dobro dos registros desta segunda-
feira (5), que teve 3,5 milhões (primeiro dia).
O Pix começa a funcionar em 16 de novembro, mas o cadastro dos usuários começou ontem.
O registro das chaves é quando o cliente vincula ao número do celular ou ao endereço de e-mail, por
exemplo, as informações pessoais e bancárias dele.
Na prática, quem fizer o cadastramento das chaves não vai precisar informar todos os seus dados na hora de
transferir dinheiro ou pagar conta pelo Pix, ela precisará apenas falar a chave cadastrada (CPF, e-mail ou
número de celular, por exemplo).
Segundo o BC, uma pessoa pode fazer até 5 chaves por conta corrente e uma empresa, pode até 20.
No primeiro dia, a quantidade de acessos simultâneos gerou instabilidade nos aplicativos de bancos e muitos
consumidores reclamaram em redes sociais que não conseguiram acessar a conta corrente pelo celular.
(Larissa Garcia. Em dois dias, cadastros no Pix chegam a 10,1 milhões. Disponível em folha.uol.com.br. Acessado em: 07.10.2020. Adaptado)
1
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 44
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
consumidores reclamaram em redes sociais que não conseguiram acessar a conta corrente pelo celular.
(Larissa Garcia. Em dois dias, cadastros no Pix chegam a 10,1 milhões. Disponível em folha.uol.com.br. Acessado em: 07.10.2020. Adaptado)
2
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 45
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
observações in loco que, o profissional precisa estar preparado para o uso da internet e deve ter apoio da
escola para sua formação científica e técnica destinado a informática educacional.
(Francinei A. da Costa e Clarice C. da Silva. O Uso da Internet como recurso pedagógico para os docentes de História, na Escola Estadual Professor Antonio
Ferreira Lima Neto em Macapá-AP. Disponível em partes.com.br. Acessado em: 07.10.2020. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta a reescrita do trecho “Desse modo, o computador deve estar inserido
em atividades essenciais” sem alteração de sentido.
a) Conquanto, o computador deve estar inserido em atividades essenciais
b) Além disso, o computador deve estar inserido em atividades essenciais
c) O computador deve, dessarte, estar inserido em atividades essenciais
d) O computador deve, todavia, estar inserido em atividades essenciais
e) Porquanto, o computador deve estar inserido em atividades essenciais
4. (QUESTÃO INÉDITA / ESTRATÉGIA CONCURSOS / 2021)
A educação pressupõe a utilização de meios de comunicação social (as mídias). Quando os alunos e
professores estão distantes, pelo menos uma tecnologia de comunicação é necessária para fazer o contato.
A integração dos meios de comunicação gera também uma progressiva fusão das atividades intelectuais e
industriais do campo da informação. Jornalistas das redações dos grandes jornais e agências de informação,
artistas, comunidade estudantil e pesquisadores trabalham diante de uma tela de computador (FONSECA
FILHO, 2007).
Diga-se de passagem, que as mudanças ocorridas com o advento do computador na vida da humanidade
contribuíram para o crescimento de diversos setores da economia mundial. Centenas de pessoas usam o
computador na força de trabalho, na escola, instituições públicas e privadas. Além disso, houve integração
entre várias mídias no campo comercial, industrial, cultural e social.
O papel da escola no século XXI, diante dessas mudanças com advento da informática, é fazer com que os
meios de comunicação disponíveis na escola estejam em condições de sustentar as necessidades dos alunos
e professores e mantê-los interessados pelos assuntos pedagógicos e científicos, inseridos no contexto
escolar, com a utilização de instrumentos capazes de transmitir os acontecimentos do mundo real no
momento em que estes acontecem.
Desse modo, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever,
compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. Nesse sentido, a
Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.
Foram investigadas práticas de docentes de História na utilização da internet como recurso pedagógico
durante as aulas realizadas no Laboratório de Informática Educacional-LIED. Constatou-se que esse recurso
desperta maior interesse dos alunos por diversos temas de conhecimento histórico e possibilita a utilização
de diversos dispositivos com materiais lúdicos, livros digitais, atividades on-line, sites e aplicativos
educacionais. De forma geral, os profissionais da área consideram o uso da internet como uma proposta
pedagógica fundamental para a melhoria do ensino e do rendimento escolar.
A partir das investigações feitas in loco LIED da Escola Estadual Professor Antonio Ferreira Lima Neto em
Macapá, foi possível constatar que a internet é um recurso que apresenta auxílio ao professor e alunos. A
maioria dos profissionais usam a rede mundial de computadores para seu planejamento de aula; os discentes
estão utilizando as ferramentas interativas on-line e publicadas em sites de interação social, como youtube,
MySpace, Facebook, Orkut e Google durante as atividades de História.
3
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 46
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Nesse contexto, a figura do docente é despertar o interesse do aluno pelo saber histórico. As justificativas
para a utilização da internet nas aulas de História são fundamentais para o aprendizado. Verificou-se nas
observações in loco que o profissional precisa estar preparado para o uso da internet e deve ter apoio da
escola para sua formação científica e técnica destinada à informática educacional.
(Francinei A. da Costa e Clarice C. da Silva. O Uso da Internet como recurso pedagógico para os docentes de História, na Escola Estadual Professor Antonio
Ferreira Lima Neto em Macapá-AP. Disponível em partes.com.br. Acessado em: 07.10.2020. Adaptado)
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
5
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 48
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
(A) um artefato movido pelo escoamento da água (1º parágrafo) = um engenho apto a refluir a água.
(B) a novidade provocou sensação e assombro (1º parágrafo) = a originalidade impactou e atemorizou.
(C) os até então reticentes chineses (1º parágrafo) = os chineses àquela altura exultantes.
(D) estímulo à meditação sobre o fluxo da existência (2º parágrafo) = motivo para apreender os impactos da
vida.
(E) pautar a circulação das riquezas (2º parágrafo) = regular o fluxo dos bens econômicos.
17. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANA. DE GESTÃO CONTÁBIL / 2019)
A correção do segmento dado é preservada caso se substitua o elemento sublinhado pelo que está entre
parênteses no seguinte caso:
(A) Os chineses inventaram o primeiro relógio mecânico de que se tem notícia (de cujo se sabe).
(B) Os missionários portugueses introduziram na China seu relógio mecânico (deram origem à China).
(C) Os relógios europeus foram um estímulo à meditação dos chineses (impulso da).
(D) Jamais lhes ocorreu a ideia de tirar outro proveito daquele artefato (se apresentou a eles).
(E) O ritmo que o relógio impôs aos negócios mantém-se até hoje. (subordinou dos).
18. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANA. DE PLAN. ORÇ. E GESTÃO / 2019)
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa, mas sua quebra mostra também
nossos limites.
Numa nova e igualmente correta redação da frase acima, iniciada agora pelo segmento A quebra de um
juramento mostra nossos limites, pode-se seguir esta coerente complementação:
(A) embora não deixe de expor a beleza que está em afirmarmos nossa vontade.
(B) uma vez que nossa vontade, com sua beleza, afirma nosso acordo com a Natureza.
(C) à medida em que nossa vontade acaba expondo toda a sua beleza.
(D) até por que também se expõem o que há de belo na afirmação de nossa vontade.
(E) não fosse a beleza que também têm na quebra mesma da nossa vontade.
19. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019)
Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas [...] descartam essa possibilidade. (2º
parágrafo)
Esse trecho está reescrito com o sentido preservado, em linhas gerais, em:
(A) Há quem cogite uma futura desurbanização; hipótese que os especialistas [...], contudo, rejeitam.
(B) Há quem refute uma futura desurbanização; os especialistas [...] a concebem como irrefreável, no
entanto.
(C) Há quem defenda uma futura desurbanização, mesmo quando os especialistas [...] contestem sua
eficácia.
(D) Há quem antecipe uma futura desurbanização, em contrapartida, os especialistas [...] corroboram essa
possibilidade.
9
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 52
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
(E) Há quem espera uma futura desurbanização, os especialistas [...] não a consideram conveniente.
20. (FCC / SEFAZ-BA / AUDITOR FISCAL / 2019)
O povo é mais forte do que a miséria. Impávido, resiste às provações, vence as dificuldades. De tão difícil e
cruel, a vida parece impossível e no entanto o povo vive, luta, ri, não se entrega. Faz suas festas, dança suas
danças, canta suas canções, solta sua livre gargalhada, jamais vencido. Mesmo o trabalho mais árduo, como
a pesca de xaréu, vira festa. Em tendo ocasião, o povo canta e dança. Em terra ou no mar, nos saveiros e
jangadas, nas canoas. Por isso mesmo a Bahia é rica de festas populares. Festas de rua, de igreja, de
candomblé. Guardam todas elas nossa marca original de miscigenação, de nossa civilização mestiça.
Julgue o item a seguir.
Mantendo as relações de sentido, sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, o segmento De
tão difícil e cruel pode ser reescrito da seguinte forma: Apesar de ser tão difícil e cruel.
21. (FCC / ICMS-SC / AUDITOR / 2018)
Sem prejuízo do sentido original e da correção, e sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, o
segmento sublinhado pode ser corretamente substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
(A) Esses animais, mesmo (consoante) convivendo com outros animais...
(B) Apesar de agora conhecermos uma molécula que (cuja) provoca os sintomas da solidão...
(C) Suscetibilidade (Reação) ao estresse e aumento da agressividade.
(D) ... um composto químico capaz de debelar (extinguir) os efeitos da solidão.
(E) Que a solidão causa mudanças comportamentais ninguém duvida (não se questionam)...
22. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018)
Um seguimento do texto tem seu sentido adequadamente expresso em outras palavras em:
Esta visão é colocada sob a proteção de Apolo / Esta interpretação é mantida sob a égide de Apolo.
23. (FCC / ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
A vida privada não é uma realidade natural, dada desde a origem dos tempos: é uma realidade histórica.
A história da vida privada é, em primeiro lugar, a história de sua definição: como evoluiu sua distinção na
sociedade francesa do século XX? Como o domínio da vida privada variou em seu conteúdo e abrangência?
A questão é tanto mais importante na medida em que não é certo que seu contorno tenha o mesmo sentido
em todos os meios sociais. Para a burguesia da Belle Époque1, não há nenhuma dúvida: o “muro da vida
privada” separa claramente os domínios. Por trás desse muro protetor, a vida privada e a família coincidem
com bastante exatidão. Esse domínio abrange as fortunas, a saúde, os costumes, a religião: se os pais que
querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a família de um
eventual pretendente, é porque a família oculta cuidadosamente ao público o tio fracassado, o irmão de
costumes dissolutos e o montante das rendas. E Jaurès2, respondendo a um deputado socialista que lhe
censurava a comunhão solene da filha: “Meu caro colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu
não”, marcava com grande precisão a fronteira entre sua existência de político e sua vida privada.
Essa separação era organizada por uma densa teia de prescrições. A baronesa Staffe3, por exemplo, cita:
“Quanto menos relações mantemos com a vizinhança, mais merecemos a estima e consideração dos que nos
cercam”, “não devemos falar de assuntos íntimos com os parentes ou amigos que viajam conosco na
presença de desconhecidos”. O apartamento ou a casa burguesa, aliás, se caracterizam por uma nítida
10
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 53
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
diferença entre as salas para as visitas e os demais aposentos. O lugar da família propriamente dita não é o
salão: as crianças não entram no aposento quando há visitas e, como explica a baronesa, as fotos de família
ficariam deslocadas nesse recinto. Ademais, as salas de visitas não são abertas a todos. Se toda dama da boa
sociedade tem seu “dia” de receber − em 1907, são 178 em Nevers4 −, a visita à esposa de um figurão supõe
uma apresentação prévia. As salas de recepção estabelecem, portanto, um espaço de transição para a vida
privada propriamente dita.
(Adaptado de: PROST, Antoine. Fronteiras e espaços do privado. In: PROST, Antoine; VINCENT, Gérard (orgs.). História da vida privada 5: Da
Primeira Guerra a nossos dias. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 14 e 15.)
Obs.:
1 Período de cultura cosmopolita na história da Europa que vai de fins do século XIX até a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
2 Jean Léon Jaurès (1859-1914): político socialista francês.
3 Pseudônimo de Blanche-Augustine-Angèle Soyer (1843-1911), autora francesa, célebre em seu tempo pela obra Uso do mundo, sobre como
saber viver na sociedade moderna.
4 Região da França, ao sul-sudeste
11
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 54
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
Ocorre, porém, com grande parte das instalações, um fenômeno curioso: com muita frequência o criador
é convidado a explicar – e o faz com linguagem muito sofisticada – o sentido profundo que pretendeu dar
àquele conjunto de materiais, àquela instalação que ele concebeu. Para o público, restará a impressão final
de que os materiais eram, em si mesmos, insuficientes para significarem alguma coisa: precisavam da
explicação de quem os utilizou.
As verdadeiras obras de arte se impõem por si mesmas, independentemente de qualquer explicação
prévia ou justificativa final. O grande músico, o grande escritor, o grande cineasta não precisam interpor-se
entre a sonata, o romance ou o filme para explicar seu sentido junto ao público. Certamente haverá
oportunidade para todos refletirmos sobre o sentido dinâmico de uma obra artística que atingiu o nosso
interesse e provocou o nosso prazer; mas nada será mais forte do que a mobilização emocional e intelectual
que a obra já despertou em nós, no primeiro contato.
(Aristeu Valverde, inédito)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
(A) permanente ou temporário (1º parágrafo) = vitalício ou inabitual.
(B) o faz com linguagem muito sofisticada (2º parágrafo) = cumpre-o com expressões rudimentares.
(C) os materiais eram, em si mesmos, insuficientes (2º parágrafo) = os utensílios, vistos em si, estavam
indisponíveis.
(D) o sentido dinâmico de uma obra artística (3º parágrafo) = a presunção impulsiva de um artefato.
(E) nada será mais forte do que a mobilização emocional (3º parágrafo) = nada superará a ativação dos
sentimentos.
26. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
Mídias sociais têm sido insistentemente acusadas de fomentar a polarização política, reforçando e
consolidando pontos de vista divisivos que têm tornado impossível o debate público.
Porém, estudos mostram que, embora exista seleção no consumo de notícias de acordo com a
orientação ideológica, a dieta informacional das pessoas é mais variada do que se supõe. Leitores de direita,
por exemplo, consomem mais notícias de veículos de direita, mas leem também a grande imprensa e até,
ocasionalmente, veículos de esquerda.
Os estudiosos chamam a atenção também para o fato de que nas interações sociais diretas as pessoas
selecionam ainda mais com quem se relacionam de acordo com a orientação política e, quando interagem
com pessoas diferentes, evitam assuntos sensíveis, como política e religião.
Por que então temos a nítida percepção de que a polarização é aguda e se acentua nas mídias sociais?
A resposta retoma a constatação de outros pesquisadores: a polarização é um fenômeno circunscrito
aos mais engajados, que são também os mais influentes nas mídias sociais.
(Adaptado de: ORTELLADO, Pablo. Disponível em: folha.uol.com.br)
Considerado o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:
(A) fomentar a polarização política = condenar a divisão ideológica
(B) evitam assuntos sensíveis = furtam-se de abordar temas delicados
(C) dieta informacional = regime de erudição
12
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 55
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
13
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 56
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
14
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 57
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 08
GABARITO
15
15
PM-AP (Soldado) Português - 2022 (Pós-Edital) 58
www.estrategiaconcursos.com.br 59
00983386250 - MARCOS83186
VINICIUS VISCAIA GUARDIA