A sexualidade refere-se a um conjunto de comportamentos complexos
que envolvem a busca da satisfação pessoal. O comportamento sexual humano comporta dimensões biológicas, psicossociais e culturais. É ainda um aspecto essencial para o desenvolvimento do ser humano como um todo, importante inclusive na construção da identidade, pois é um processo que está vinculado ao desenvolvimento integral do indivíduo. A sexualidade vai além dos aspectos biológicos e genitais e não se resume simplesmente ao ato sexual. Refere-se a formas de sentir, pensar e agir, que são aspectos imprescindíveis ao entendimento do ser humano em todas as suas dimensões. Pode-se entender, portanto, sexualidade como amor, afetividade, busca de prazer e também genitalidade. Deve-se situá-la sempre no contexto do relacionamento, prazer e responsabilidade. Em vários âmbitos da sociedade há dificuldade para falar e lidar com a questão da sexualidade, apesar dos avanços existentes com o passar do tempo. Há diferentes formas de se lidar com o tema: através da educação sexual, por meio do silêncio e da não orientação, ou da repressão.
A pessoa com Deficiência enfrenta em seu cotidiano diversos desafios,
além da própria limitação imposta pela sua condição ainda enfrenta o estereotipo da incapacidade, que é construída socialmente. Uma vez que a incapacidade é construída socialmente, diante da imagem que se tem de que ter deficiência é ser incapaz em todas as áreas da vida, entre elas, exercer de forma satisfatória relações afetivas e que possam envolver trocas. Trocas estas que pode ser uma relação sexual. Pessoa com Deficiência Intelectual, por exemplo, como há a presença de um déficit cognitivo e a incapacidade de abstração de conteúdos mais complexos, a questão da sexualidade torna-se mais difícil de ser trabalhada e entendida, pois no caso, a deficiência intelectual é entendida como uma total falta de compreensão de todos os fenômenos que rodeiam a vida dessa pessoa, questão essa que é equivocada. A principal dificuldade em se tratar o tema da maneira está relacionada, na maioria das vezes, à falta de informação adequada, o que acaba gerando uma ideia equivocada de que a sexualidade deve ser vista de forma diferente quando se trata de uma pessoa que apresenta algum tipo de Deficiência. Assim como para qualquer pessoa, as informações e o debate sobre sexualidade são importantes para crianças e adolescentes com deficiência mental. A orientação sexual deveria estar disponível nas escolas especiais, pois deveria ser um direito assegurado a todas as pessoas e pessoas com deficiência necessitam de acesso a serviços que provém conselho e cuidados de saúde relativos a questões sexuais.