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Disponibilização : Juuh Allves

Tradução: Karys

Revisão Inicial e Final : Faby

Leitura Final : Lorraine

Formatação : Juuh Allves


Sinopse
O que ele quer ele consegue...

Knox Masters é o pior pesadelo de um Quarterback.

Guerreiro.

Campeão.

E... Virgem.

Knox sabe o que ele quer... E ele terá.

Ser um jogador de futebol completo? Confirmado. Ser


elegível para a NFL? Confirmado. Agora, eu só tenho que
conquistar mais duas coisas. O Título Nacional e Ellie
Campbell.

Claro, ela é irmã de seu companheiro de time, mas não


é isso que irá me impedir. Especialmente quando eu estou
convencido que Ellie é a única.
... Porém ele não a conheceu antes.

Mas Ellie não está tão segura. Ela está tentando


começar uma nova vida e não está interessada em
relacionamento... Com ninguém. Não é porque tem como
regra fundamental nunca sair com companheiros de time de
seu irmão, isso a mantém longe, mas Ellie tem um segredo
sombrio que faria Knox colocar em risco tudo o que está
perseguindo.

Knox não tem nenhuma intenção de perder.

Ellie não tem nenhuma intenção de ceder.


Capítulo Um
Knox
Pré Temporada

Eu não a vi até que estava a cinco metros do caminho até


a arquibancada. Em minha defesa, o estádio tem capacidade
para mais de cem mil pessoas, por isso não foi, até que eu
estivesse chegando a linha dos cento e quinze metros, que eu
notei que o que eu pensava ser um raio solar é realmente uma
pessoa.

Espinhos de irritação estão dentro do meu peito. Este é a


minha hora. Antes dos formadores, da equipe de campo,
treinadores, e outros dos jogadores entrarem, eu olho essas
arquibancadas com uma feliz solidão.

É egoísta, mas eu ganhei o direito de ser egoísta. Com o


inicio das finais e sendo o capitão do Western State Warriors,
eu sangrei nesse campo, desempenhado através de uma dor
imensurável, comendo minha parte da grama. Sofri terríveis
perdas, porra. Tenho uma semana até que a tempestade da
mídia realmente comece e não parece muito pedir por um
pouco de privacidade.

Agora, eu tenho que lidar com alguma merda de groupie


perseguidora, e é apenas seis da manhã. Eu pensei que as
marias chuteira não se levantavam antes do meio-dia. A única
mulher que eu quero ver no café da manhã é a nutricionista da
equipe e seus smoothies.

Quando vou para a linha superior, eu posso vê-la de


forma mais clara e eu não estou assim tão irritado (ou cego)
que não posso admitir que o intrusa é um pedaço quente. Um
tormento agradável sob uma camiseta de esporte equipada
com pernas longas encostada no assento. Cabelo castanho
escuro preso em um rabo de cavalo. Ela tem uma aparência
atlética, o que eu sempre gostei.

Se eu gostasse de groupies, ela estaria no topo da minha


lista, mas eu não nunca tive o meu pavio mergulhado naqueles
potes. E não vou começar com ela.

Frustrado que o meu ritual manhã foi estragado, a minha


saudação é rude.
— Como você entrou aqui?

Antes que a última palavra saia da minha boca, eu já sei


a resposta. Eu nunca fecho as portas quando eu venho correr
aqui, porque eu faço em uma hora e eu não quero lidar com o
incômodo. Ela me olha de cima a baixo como se eu não fosse
nada mais interessante do que uma mosca de fruta.

— A porta estava aberta.

Desta vez, quando minha pele se arrepia, não é com total


aborrecimento. É mais como... Interesse.

Então, isso é o que se sente ao ser esnobado.

Eu não me lembro de ter aquela reação com ninguém


desde que eu tinha cinco anos, porque mesmo quando eu era
criança, meu potencial em ganhar a atenção era evidente. Eu
mergulho minha cabeça para esconder um sorriso que suspeito
não seria bem vindo. Então, não ela é uma groupie. Se ela é,
então tem melhor jogo que qualquer uma que eu já vi antes,
porque o ato frio aparentemente funciona bem para mim.

Eu puxo meu boné e passo a mão pelo meu cabelo para


me dar um momento para me por em ordem.

— Desculpa. Eu pensei que eu estava sozinho aqui. Eu


normalmente estou.

Mais uma vez os olhos frescos me medem em meus


shorts de corrida, peito nu, o boné estúpido do meu irmão,
óculos-aviador e encontram-se me querendo. A emoção atira
através de mim. Sim, isso é definitivamente interesse. Porra,
não sabia que eu tinha um traço de masoquismo.

— Você é o dono do estádio?

A resposta óbvia à sua pergunta é não, mas o fato é que


eu meio que sou. Aqui e no campus eu sou um deus. Isso soa
como algo arrogante, mas eu seria mais que um idiota se eu
não reconhecesse a verdade nisso.

Esta menina, embora? Ela não poderia estar menos


impressionada. Eu olho para o meu peito encharcado de suor,
que teve mais de uma torcedora do Western State lambendo os
lábios e correndo as mãos sobre meus peitorais e abdominais.
Eu não mostro isso para as meninas, ou pelo menos, eu nunca
senti que tinha feito antes.

Não há um desafio na linha de seu corpo, em sua voz. O


gene de concorrência que existe em todas as células do meu
corpo quer a atenção. E isso não é tudo o que está surgindo.
Então, naturalmente, eu caio no assento ao lado dela.

— Eu nunca sentei aqui. — Confesso.

O campo parece minúsculo a partir deste ponto de vista,


e acima de nós estão os camarotes de luxo. As pessoas pagam
uma fortuna para se sentar lá em cima. Parece um desperdício
gigante. O único lugar que eu quero estar em um estádio de
futebol é o campo.

— Os melhores lugares da casa. — Ela murmura. Suas


mãos estão em volta dos joelhos levantados. A da direita tem
uma cicatriz cirúrgica desagradável. Parece com a marca de
um lutador, o que faz com que seja cerca de dez vezes mais
quente.

Eu viro minha atenção para o campo, para parar a


corrida de sangue em meus short.

— Você consegue ver o jogo daqui de cima? — Eu olho


com os olhos semicerrados e tento imaginar o que eu pareço
lá, com minhas almofadas e capacete, quando estou pronto
para explodir um bloqueador e empurrar o rosto do zagueiro
na sujeira.

— Quem se importa se você pode ver? Eu estou aqui para


beber cerveja e usar o sino da vaca. — Ela imita o som de
uma campainha.

— Esta é a igreja de futebol, senhorita. — Eu bato uma


mão em meu peito.

— Oh, é isso que eles jogam aqui? Eu pensei que era o


futebol. 1

Ela está me tocando e eu gosto disso.

— Isso é um sacrilégio. Aqui é claramente onde o maior


esporte de todos os tempos é jogado. — Eu aceno com as
mãos para o campo verde intocado e para o anel cavernoso,
que eu juro, ainda posso ouvir os aplausos da multidão do ano
passado.

— Oh, você é um daqueles que trata o estádio como se


fosse algum tipo de igreja e os jogadores como todos os
personagens de Jesus projetados para nos conduzir à terra
prometida.

— Você diz isso como se não fosse a verdade.

— Você acredita na beleza da espiral, na realização dos


sonhos, que este é o lugar onde todos os credos e religiões e
1
Futebol aqui se refere ao futebol como conhecemos e não o americano
que é o que ele joga
estilos de vida são aceitos, desde que você tenha talento. —
Suas palavras são zombadoras, mas seu tom não está muito
certo. Ela acredita na metade das coisas que ela está dizendo.

— Não é o baluarte do idealismo, mas você pode


perseguir a perfeição aqui. — Eu não posso tirar meus olhos
dela.

— Então, se você acredita em tudo isso, este aqui é o


melhor assento na casa. — Sua voz calma me impressiona.

— Aqui você não se distrai com as líderes de torcida ou


com a multidão. É tudo sobre o jogo e a busca da perfeição.
Você pode ver a “igreja” pelo o que é, um templo construído
para reverenciar a perfeição física. O anel parece magnífico
como corta através do ar e a sensação de olhar daqui de cima,
como se você estivesse em segundo plano. Daqui, você pode
ver tudo. — Ela morde o lábio, como se ela tivesse falado
demais. — Além disso, é barato.

Eu forço uma risada, para que ela não veja como suas
palavras me tocaram. Muitas pessoas não sentem o jogo como
eu sinto. — Eu acho que todos os lugares do estádio tem uma
visão diferente.

— Diferente talvez, mas ainda vinculado pela mesma


tensão e o mesmo entusiasmo. E a mesma decepção.

A última palavra perdura.

Eu a sinto.

Eu tenho um monte de ressentimento pela maneira


como a temporada do ano passado terminou. Apenas há uma
vitória para o título de campeão de futebol da faculdade e não
pudemos superar a perda de nosso zagueiro no primeiro
quarto do primeiro jogo das finais.

Eu me forço a descerrar meu punho. Não ganho nada


em reviver o passado. Meu foco é este ano, desta vez, este
campeonato. Eu balanço minhas pernas em cima dos assentos,
quase tocando a linha abaixo.

— Em que posição você joga? — Ela pergunta

— O que faz você pensar que eu jogo? — Eu digo


evasivamente.

Até este ponto, ela não demonstrou qualquer sinal de


reconhecimento. Não há nenhuma bajulação por eu ser Knox
Masters, duas vezes o All American Defensive End, vencedor
de cada prêmio de defesa entregue ao melhor jogador no ano
passado. Eu não gosto da maneira como as pessoas mudam
quando eles descobrem que eu sou um guerreiro. Tudo fica
diferente. Tudo é calculado. Eu posso conseguir bilhetes? Eu
posso ter acesso? Eu sou o caminho para uma vida mais fácil?

Eu só quero relaxar e desfrutar da calma com alguém que


queira isso também. Ela faz, em todos os sentidos, o que é
importante. A menina sem nome, linda e engraçada que se
levantou ao romper da aurora de merda e rastejou em meu
estádio e está apreciando o nascer do sol neste solo sagrado,
tanto quanto eu estou. Eu me inclino para trás e deixo o
confortável silêncio cair entre nós com o sol nascente
banhando tudo em sua pura luz dourada.

— E você? — Eu mudo de assunto e aponto um dedo em


direção a seu joelho. — Isso se parece com uma cicatriz de
cirurgia.

Sua mão se move sobre a cicatriz. — E é.

— Como isso aconteceu?

Ela arqueia a sobrancelha e me dá uma olhada como


quem diz: você tem que estar brincando. Claramente, eu não
estou recebendo nada mais dela se eu não der um pouco de
mim mesmo. Tem que ser o meu nome ou a minha posição?
Eu falo a primeira confissão que vem através do meu escasso
pensamento.

— Eu espero nunca venha me machucar. Cirurgia


assusta a forra2 fora de mim.

— Forra? — Novamente arqueia a sobrancelha, mas


desta vez eu pego um vislumbre de um sorriso. — Nós dois
somos adultos. Você pode xingar na minha frente, a não ser
que você seja menor de idade...

Ela me olha com um sorriso travesso.

— Não, eu sou todo adulto. — Minha fraca tentativa de


flertar é recebida com um bufo divertido. Pelo menos eu
espero que seja de diversão.

Eu preciso saber tudo sobre ela. Eu quero perguntar o


nome dela, descobrir onde ela mora, quando ela vai se casar
comigo, mas então eu teria que dizer-lhe o meu nome. Talvez
eu possa convencer a me dar os detalhes sem lhe dar muito
mais.

— Você é nova aqui em Western?

Ela inclina a cabeça para o lado. Eu posso ver que ela


está considerando se eu mereço outra resposta ou se ela já
acabou comigo. Aperto minha grande mão abaixo de sua

2
Forra = Porra. É quando alguém troca um palavrão por outra palavra, pra não
ser agressivo.
perna, eu não tenho nada.

Algo cintila em seus olhos e eu não posso ler, mas


quando ela abre a boca em vez de se levantar e sair, deixo
escapar um suspiro que eu não sabia que estava segurando.

— Eu sou nova. Fui transferida.

Isso se encaixa. Ela parece mais velha do que um calouro


e ela não tem o “que confuso”, ou a expressão aturdida,
excessivamente ansiosa que a maioria dos novatos usam
durante as primeiras semanas.

— Eu sou um júnior. Este pode ser o meu último ano. —


Encontro-me dizendo.

Seus olhos atiram para cima. — Você... vai cair fora?

A surpresa nos olhos dela e o jeito que ela disse as


palavras de abandono faz-me pensar que ela sabe quem eu
sou, mas ela parece disposta a ir junto com a ficção de fingir
que eu sou um ninguém. Aprecio isso um inferno de um
monte.

Há uma facilidade entre nós dois. Ela fala sobre este


lugar com a mesma linguagem e as palavras que eu entendo,
um cruzamento entre reverência e frustração. Só alguém que
ama este jogo fala assim.

— O que você acha? — Eu não sei por que eu pergunto,


mas sua resposta parece importante para mim.

Ela não deixa escapar uma resposta imediata, mas me faz


uma pergunta em seu lugar.

— Por que você está pensando em se mudar mais a


frente?

Movo-me para frente. Não sei a melhor forma de


explicar.

— As coisas que estou fazendo aqui no Western são


coisas que eu quero fazer no próximo nível, e eu acho que eu
vou estar pronto no final deste ano.

— Você acha? – Ela arqueia as sobrancelhas novamente.

Eu sorrio. — Eu sei.

— Então não importa o que ninguém pensa. Se você


acha que está pronto, então você está pronto. Não é o que se
passa aqui... — Ela bate na têmpora com o dedo indicador. —
E aqui.

Ela dá um tapinha no topo do seu seio esquerdo, um


seio que parece delicioso mesmo esmagado sob seu sutiã
esportivo.

Eu tiro os olhos de seus lindos seios.

— Sim, é exatamente isso. — Minhas palavras são pouco


mais que um sussurro, mas com o canto do meu olho, eu a
vejo acenando em perfeita compreensão.

Thunderstruck é a canção que tocava antes do Flórida


Gators e do Alabama Crimson Tide entrarem em campo.
Quando John Smoltz, futuro hall da fama, caiu fora e assinou
com a caneta de ouro a transferência para o Braves, os sons
distintos vieram abaixo a partir do sistema de som e a
multidão gritou em um único trovão.

É a trilha sonora da batida que os idiotas em Varsity


Blues ouvem após a sua viagem para o clube de strip na sexta-
feira noite, como se nenhum deles jamais tivessem visto seios
ou bunda antes. Merda, até mesmo as líderes de torcida do
Dallas Cowboy correm para a porra da música.

Eu meio que odiava, principalmente porque nós não


dançamos quando corremos para o campo.

Agora, tanto quanto o sol espreita sobre a parte superior


das arquibancadas e estabelece um raio sólido de amor sobre o
campo das minhas grandes proezas até hoje, e a menina
sentada perto de mim aumenta minha veia poética sobre o
maior jogo do mundo, eu entendo.

Ela.

É isso.

O universo está falando comigo. Eu não preciso de um


raio ou um furacão jogando um carro em minha cabeça. Eu
não preciso de uma jogada de mestre através da linha em alta
velocidade para passar a mensagem. É na curva de sua
bochecha, o arco delicado de seu pescoço. É em suas doces
pernas e o desejo em seu rosto. Ela adora este lugar como eu
adoro isso. Ela entende que a vitória nesse jogo é sobre a
cabeça e o coração, não apenas o corpo.

Eu gostaria de pressioná-la para baixo nos degraus de


concreto e mostrar-lhe exatamente o quão bem a minha
cabeça, coração e corpo trabalham juntos. Eu respiro fundo e
tento obter um controle sobre as minhas emoções furiosas.

— E quanto a você? Quais são os seus planos?

— Eu quero conseguir um emprego. Não tenho que


depender dos meus pais. Seu apoio financeiro me sufoca mais
do que me ajuda. — Ela raspa a mão sobre a cabeça e para
baixo do seu rabo de cavalo. — Deus, eu não sei por que eu
estou lhe dizendo isso.

Porque você sabe que sou eu. Que eu sou o único para
você, assim como você é a única para mim. Reconhecemos-
nos como semelhantes. No entanto, ela ainda não vê isso
claramente. Já eu posso vê-la com uma feição um pouco
envergonhada com o que ela se encontrou compartilhando.

— São os lugares. O ar é muito frio aqui em cima. — Eu


olho de soslaio para baixo em direção ao campo. — A razão
que você gosta dos lugares aqui em cima é porque você fica
distraída e possivelmente inconsciente durante a maior parte
do jogo, fazendo com que todos os jogadores de merda
pareçam um sonho ruim. — Eu estico minhas pernas. — Pior
que não há espaço para as pernas.

— Com certeza não há, — Ela repreende com zombaria


suave. — Você não pode sentar—se enquanto os poderosos
guerreiros estão no campo de batalha.

Eu rio. Quando ela sorri de volta para mim em troca eu


me sinto sem fôlego, e não por causa de qualquer exercício
que eu fiz esta manhã.

— Eu acho que não há problema em se sentar durante os


tempos de descanso. — Eu consigo brincar. Eu estou feliz que
eu estou sentado, porque se eu estivesse em pé quando ela me
lançou aquele sorriso, eu teria caído.

— Eu não consigo imaginá-lo descansando muito.

— Talvez eu tenha sido uma dor de cabeça para a minha


mãe. — Admito

Outro sorriso, apenas por um momento, no canto dos


lábios. Eu acho que a ideia de eu ser um diabinho a entretém.
Eu dobro minhas mãos atrás da minha cabeça. Do meu ponto
de vista, eu pareço um pouco mais que 40 centímetros mais
alto do que ela.

— Você está aqui há muito tempo?

— Tempo suficiente para ficar desgastada, enquanto


assisti você correr pelas escadas.

Minha rotina é correr cinco vezes ao redor do campo e,


em seguida, subir e descer as escadas do estádio por trinta
minutos. Ela deve estar aqui há um tempo. Com minha
sobrancelha levantada, ela simplesmente dá de ombros, mas o
tom rosa que aparece em suas bochechas mostra o contrario.

Calor não tem nada a ver com o sol da manhã que cai
sobre mim. Eu não sou o único a sentir alguma coisa aqui.

— Esses exercícios são ótimos para o meu coração. E


como um bônus, liberam minha estupidez. — Eu pisco, mas,
em seguida, percebo que eu estou usando meus óculos—
aviador e boné, então porque eu pisquei? Realmente. Piscar
pode ser um movimento babaca às vezes.

— Você tem um monte de estupidez para liberar? — Ela


tem uma risada. Eu sorrio de volta.

— Sim, e ela se renova a cada dia.

Isto a agrada finalmente e permite que o riso abafado


escape. Eu só posso olhar para ela por um segundo ou dois
antes que eu tenha que desviar o olhar. Ela é tão malditamente
bonita e está ficando difícil sentar aqui sem olhar para ela
como um pervertido total.

— Eles dizem que admitir o problema é metade da


solução. — Ela concorda.

— O treinamento é para se livrar da outra metade.


Às 06:15, os borrifadores começam a pulverizar o
gramado. A grama artificial não precisa de irrigação para
crescer, mas serve para refrescar e reduzir a queimação de
relva. Uma idéia aparece e eu fico de pé. Inclinando-me para
baixo, eu estendo minha mão.

— Corrida até o final do gramado.

Ela olha para minha grande mão e em seguida, em para


os meus óculos. — Eu não posso.

— Ninguém vai saber, se eles descobrirem, ninguém vai


protestar. Afinal, o que a equipe vai fazer? Me suspender? —
Eu mexo meus dedos. — Vamos.

Ela suspira e bate no joelho, aquele com a cicatriz.

— Eu realmente não posso correr com você. Meu joelho


pode ceder facilmente. Estou bem em superfícies planas, mas
correr abaixo de uma centena de linhas seria pedir para que
algo de ruim aconteça.

Ah, porra. Isso foi estúpido da minha parte.

— Então, desça comigo. — Ela hesita. — Eu não vou


embora até que você deslize no campo comigo.
— Meu Deus, esse é um convite maravilhoso e
encantador. — Ela repousa as mãos nos quadris.

Se ela tem a intenção ou não, a empina bem seus seios.


Eu uso a capa de meus óculos de sol para apreciar o quão
generoso o bom Deus foi com ela.

— Você sabe que você quer. — Eu a influencio.

Ela franze os lábios. A maneira que o centro cai faz-me


morder o lábio inferior, impedindo de inclinar para frente para
ver como a madura carne cor de rosa se sentiria sendo sugada
dentro da minha boca.

Em um movimento rápido, não a vejo chegando, ela


salta os encostos dos bancos em frente a nós e corre descendo
os degraus. Joelho ruim, minha bunda.

Eu vou atrás dela, e embora eu pudesse alcança-la, eu


fico em torno, pronto para pegá-la se ela cair. Exceto que eu
tenho a sensação de que ela teria um de ferro quente na bunda
antes de me pedir ajuda.
— Lento. — Diz ela, cheia de sorrisos, quando chegamos
ao campo.

— Você me empurrou? — Digo falsa indignação.

— Sim, — ela responde sem um pingo de remorso. —


Isso significa que o deslize na grama está fora?

— De jeito nenhum. — Eu arranco a camiseta para fora


do cós do meu short e puxo.

Ela faz um som e eu gosto de pensar que não significa


decepção, mas desde que o lançamento na grama não é
brincadeira, eu protejo isso.

— O mais longe no declive. — Digo a ela enquanto


balanço meus braços para cima.

— O que estou ganhando com isso? — Ela pergunta.

Eu sorrio para ela com arrogância. — Eu vou deixar você


correr comigo amanhã.

— Então eu não posso esperar para perder. — Ela revira


os olhos.

— Orgulho pessoal, querida. Isso é para o que nós


estamos competindo. — Eu não estou fazendo apostas
estúpidas. Eu não preciso de uma aposta para conseguir o que
eu quero. Depois que terminarmos aqui, eu vou leva-la para o
café da manhã e descobrir tudo sobre ela. Isto é para nos
divertir, porque eu quero ver o desejo em seu rosto satisfeito.

— Você primeiro. Eu não quero que você me acuse de


trapacear. — Ela cutuca seu ombro contra o meu braço, e esse
pequeno contato inocente é como um canhão direto em meu
sistema nervoso. Estou à beira da ruptura, mas eu quero mais.
Agora não é o momento. O short de compressão sob o meu
uniforme só pode segurar por um tempo.

— Não fique triste quando você perder. Vou leva-la para


um café da manhã de qualquer maneira. — Eu a tranquilizo e
depois decolo antes que ela possa me virar para baixo. Aos
vinte anos, eu lanço e deslizo umas boas sete jardas.

— Isso é o suficiente para o número um? — Ela grita da


zona final.

— Vamos ver o que você tem! — Eu grito de volta. Rolo


para o meu lado, eu me escoro em um cotovelo e aviso que é a
vez dela.

Ela coloca um pé na frente do outro e balança os braços


algumas vezes para se preparar. Ela corre tomando velocidade,
saltando para frente e em seguida desliza a uma parada depois
de mim. Droga. Eu a arrasto de volta pelo tornozelo e o seu
rosto está próximo ao meu. Gotas de água se apegam a seu
rosto sorridente. Eu me inclino para frente, pronto para lamber
a umidade do seu rosto, mas eu me paro quando ela
estremece.

— O seu joelho está bem? — Eu pergunto, preocupado se


ela tinha se machucado.

— Está tudo bem. — Seu peito sobe e desce enquanto ela


reúne fôlego. Eu tenho que me forçar a desviar o olhar.
Rolando nas minhas costas, eu escuto como sua respiração se
equilibra.

Aparentemente, conseguir o presente do universo requer


algum trabalho. Eu não tenho medo de trabalho duro.

Como o grande Vince Lombardi disse “só no dicionário


o sucesso vem antes do trabalho”. Rolando nas minhas costas,
eu olho para o céu azul lindo e me deleito com o fato de
esperar o sucesso.

— Então você ama o futebol, hein?

Ela encolhe os ombros e vira o rosto para esconder o


sorriso.

— Está tudo bem.

Sim, e eu não sou Knox Masters, o defensor final e o


capitão do State Warriors Western, condecorado e entre os
dez melhores na escolha da NFL.
Capítulo Dois
Ellie

Devo me levantar e sair. Na verdade, eu deveria me


levantar e levar o inferno fora do estádio como se o próprio
Bane, cavaleiro da escuridão explodisse no campo. Mas eu
não posso. Há um ímã me prendendo, um ímã chamado Knox
Masters. Pode ser que eu estivesse chocada com a passividade.
Eu estive em torno de jogadores de futebol toda a minha vida,
e nenhum deles tinham a força gravitacional de Masters.

— Eu preciso ir. Obrigado pela corrida. — Eu levanto e


mantenho as palavras que disse a mim mesmo. Elas seriam
uma bandeira vermelha para aumentar o furacão.

— Não vai me deixar ter uma revanche? — Ele se apoia


em um cotovelo e eu tenho que me forçar a olhar para longe
do tecido úmido agarrado ao seu bíceps esculpido. Por que ele
não poderia ser um pouco mais redondo ao redor da cintura
como alguns juízes de linha? Porque ele tem que ser bonito e
talentoso? No mundo do futebol, os homens crescidos ficam
animados ao ouvirem seu nome. Aqui no Western, ele é o
governante de tudo o que ele vê.

Ele não precisava ter um rosto que se encaixa em uma


passarela. Estou surpresa que alguém não tenha quebrado o
seu nariz ainda, se não por ciúmes, por pura frustração que um
cara consiga ter tanta beleza.

É injusto, chega a ser um crime. Os anunciantes vão


amá-lo uma vez que ele se profissionalizar. Que ele afirma que
tem um projeto no final do seu primeiro ano não é nenhuma
surpresa. O fato que ele me disse, alguém que ele nunca pôs os
olhos antes, é um choque. O que foi aquilo tudo o que
aconteceu lá na arquibancada?

Posso culpar o ar, como ele sugeriu? Eu sinto que ele está
me tocando, de alguma forma, mas eu ainda não descobri o
seu ponto. Pior, eu não deveria me importar com o que seu
ponto significa.

— Eu estou te atrapalhando enquanto eu estou aqui.


Além disso, está ficando tarde.

Masters pula em seus pés e sorri para a minha desculpa


fraca. — Como você pode ficar tão bem no campus às seis da
manhã.

Eu verifico o meu relógio no meu pulso. — São seis e


vinte. O dia está quase no fim.

Ele inclina a cabeça. — É justo, mas isso significa que


você vai pular o café da manhã? Porque eu sou capaz de falar
de muitos outros temas. Eu estou muito familiarizado com o
basquete, algum beisebol e hóquei. — Ele nomeia cada esporte
em seus dedos. — Além disso, em conheço Assassins Creed,
Angry Birds3, embora eu admita que não tenha jogado esses
desde o colegial. Eu sou mais Clash of Clãs agora.³

Eu rio contra o meu melhor julgamento. Seus olhos


brilham e ele continua. — Eu sei mais ou menos sobre temas
como moda, mas estou mais interessado em minissaias, tops
justos e jeans skinny.

Ele está ficando sem dedos. Eu pego sua mão e dobro os


dedos para baixo para fazê-lo parar. Isso me surpreende tanto
que começo a puxar de volta, mas seus reflexos são mais
rápidos. Ele vira a mão e eu coro contra ele.

3
Jogos para videogames ou aplicativos do celular.
Seu corpo longo, duro contra o meu faz meu sistema
elétrico pulsar, que é a única razão que eu imprudentemente
digo: — Eu não sei se eu tenho um top justo.

Quando seu sorriso brilhante volta com fome, eu percebo


o meu erro. Oh, Ellie, você é uma menina tão estúpida. Pare
de flertar com o atleta quente e obtenha o seu traseiro fora
daqui.

— Se você não tiver isso, eu não me preocuparia. Short,


camisas de exercício e rabos de cavalo estão se movendo para
o topo da lista de coisas que eu sou um fã agora.

Ele se inclina ainda mais perto, e o cheiro da relva fresca,


luz do sol e do sexo masculino preenche meus pulmões e
minha estrutura treme um pouquinho quando eu trago esse
perigoso coquetel. Isso é muito ruim para mim. Ainda assim...
Eu não estou me movendo.

— Então, o café da manhã? — Ele pede com uma


sobrancelha ligeiramente levantada. — Podemos falar sobre
nossos tênis de corrida favoritos e trocar mais detalhes como
nomes e números de telefones.

— Eu sou uma grande fã desse novo acordo. —


murmuro, embora eu saiba que eu deveria cair fora.

— Eu sou um grande fã de nomes. — Ele aperta minha


mão. — O meu é...

— Knox! Seu smoothie está pronto! — A voz alegre


chama para fora do túnel dos jogadores.

O som consegue me abalar longe de Masters.

—... Knox. — Ele termina, como se não tivesse sido


interrompido. Seus lábios estão a polegadas da minha orelha.
— Qual é o seu?

Sua mão encontra a minha novamente e me segura


apertado, como se ele soubesse que eu vou fugir a qualquer
momento.

Apenas Knox? É como se ele ainda estivesse se


escondendo. Não dando o seu nome completo, não admitindo
o nome que ele está mais familiarizado com a fama que o
rodeia entre 99% do corpo estudantil, não tirando os óculos
espelhados ou o boné. Se ele não está se dando, tão pouco eu.

— É diferente. — É tudo o que eu digo.

Meu pai me chamou de Eliot Campbell. Ele queria um


segundo filho. Ele não conseguiu um, mas eu tenho o nome de
qualquer maneira.

— Oh, não! — Grita a voz musical da pessoa que avisou


do smoothie. — Eu sinto muito senhorita, mas este estádio
está fechado para o público em todos os momentos, fora dos
jogos.

— Essa é a minha deixa. — Murmuro, principalmente


para buscar o meu próprio bem. Com um toque, eu liberto
minha mão. — Estou indo embora.

Eu dou um aceno rápido para a loira inflável vestida em


uma blusa polo azul royal. Ela tem o símbolo dos Warriors
logo acima de seu seio esquerdo e ela usa um par de shorts
cáqui. Talvez todos na Western fossem abençoados no
departamento dos olhares. Em sua mão, ela carrega um
grande copo de isopor com um canudo de papel inclinado.

Ela acena concordando e empurra a bebida na mão vazia


de Knox. Eu uso a distração para correr fora do campo e
passar pelo túnel. Frustrada pela atitude da menina do
smoothie, eu movo meus pés rápido, vou embora antes que ele
possa me parar.

Knox Masters é uma besta em pessoa. Eu o vi muito na


televisão, mas a tela nos engana sobre o tamanho de um
jogador de futebol. Com as almofadas, o capacete, o
movimento e o ângulo da câmera, você se esquece de que na
vida real alguns desses homens são enormes.

Ele é 1,90cm de puro músculo em perfeição. Assim que


entrou no estádio, ele se moveu tão rápido que eu pensei que
era outra pessoa, um receptor ou um atacante como o meu
irmão Jack. Mas, quando ele começou a subir os degraus do
estádio como se tivessem insultado sua mãe, eu percebi que
estava me dando um divertimento nessa manhã.

Masters é famoso no colegiado para qualquer um que


conhece o futebol. Mesmo se você está tentando o seu melhor
para parar de se preocupar sobre ele, como se fosse o ex-
namorado que você sabe que é ruim para você, mas não pode
deixa-lo, você saberia quem Knox Masters é. É por isso que eu
não entendo a sua timidez. Nem uma única vez durante a
nossa conversa ele disse uma palavra sobre ele ser jogador.

Será que ele realmente acha que óculos aviador e um


boné fazem um disfarce eficaz? O cara estava estrelando a
capa da edição da revista Sports Illustrated um par de meses
atrás, era para sair gritando.
Sem falar, que lhe perguntei sem rodeios e ele evitou a
minha pergunta. Mas ele também admitiu que ele queria sair
no final do ano, um fato amplamente falado pelo analistas de
faculdade, mas até que saiu de sua boca, era apenas uma
especulação. Se eu quisesse um pouco de fama, eu poderia
vazar essa informação para alguém e arruinar isso para
Masters.

Eu não vou. Ele sabia disso de alguma forma.

Eu sou provavelmente a única pessoa que está num


estádio e se parece estranha para um jogador de futebol
americano universitário da NFL. Se ele fosse um cara normal,
e gostasse de assistir futebol em vez de jogar, nós estaríamos
no café da manhã agora, trocando números, discutindo sobre
nossas escolhas de fantasia de futebol, e descobrindo
exatamente quais cores de tops apertados ele mais gostava.
Porém jogadores de futebol e eu não nos misturamos.

No meu caminho de volta para o apartamento, eu paro


no café do campus e pego um caramelo latte mocha com leite
de soja. Minha nova companheira de quarto, Riley Hall, tem
uma alergia ao leite, infelizmente, o que significa que nada de
sorvete para ela. Eu não sei como ela lida com a vida. Eu
quero que ela goste de mim porque eu não tive uma amiga
próxima há um bom tempo, e eu estou disposta a suborna-la
com lattes de leite de soja todas as manhãs se é isso que
preciso.

Eu a vejo quando entro no apartamento, com os olhos


turvos, encostada no balcão e olhando para o meu chá com a
frustração indisfarçável.

— Riles, eu trouxe para você. — Eu aviso quando eu


passo e fecho a porta.

Ela quase grita de alegria quando eu entrego-lhe o café.

— Você é uma deusa. Eu sabia que você era exatamente


a pessoa certa para mim quando respondeu ao meu anúncio
no Craigslist, dizendo que fazia uma excelente xícara de café.

Abro minha boca para confessar que o melhor que sei


fazer é operar uma cafeteira, mas ela me corta.

— Eu sei que você mentiu. Isso é o suficiente para


mostrar que você entendeu que o café é uma parte essencial do
dia para mim.

— Eu pensei que nós estávamos destinadas a sermos


colegas de quarto porque somos duas mulheres com nomes de
homem. — Eu rio. Meu primeiro nome é Eliot; O dela é Riley.

— Isso também.

— Você acordou cedo. — Falo pela intenção dela parar


para um café.

Ela toma um gole de café e suspira por alguns segundos


antes de responder.

— Seu celular foi tocando e tocando...

— Oh Deus, eu sinto muito. Eu pensei que eu tinha


colocado para vibrar e desligado a campainha.

— Eu pego o telefone que havia conectado ao lado do


fogão antes de partir para minha corrida de manhã cedo.

— Você desligou. Ele vibrou tanto que eu pensei que


poderia cair fora do balcão, então eu olhei por acima. Eu não
quero me intrometer, mas é a sua mãe. — Ela faz uma cara
simpática. — Isto foi o que mostrou em sua tela.

O telefone toca novamente e Riley me dá adeus enquanto


desaparece em seu quarto para saborear seu café. Eu quero ir
com ela, porque eu tenho certeza que qualquer que seja o
motivo de minha mãe me chamar antes da sete da manhã não
é divertido.

— Ei, mãe. — Eu respondo direto antes que vá para o


correio de voz.

— Eliot, por que você não atendeu as minhas ligações?

— Eu estava correndo.

Ela estala a língua em desaprovação. — Tenho certeza


que isso não é bom para seu joelho. E se você controlasse o
que está comendo, então você não precisaria correr.

Este é o poder da maternidade. Ela é ótima para me


criticar em ambos os lados de sua boca. Estou comendo muito
e me engajando em atividades inseguras. O status de mãe
mandona alcançado em duas frases.

Eu tamborilo meus dedos contra o balcão laminado


barato, lamentando que eu não fui para café da manhã com
Masters. É a punição cármica, eu suponho. Se eu recuso as
boas coisas que vêm para mim, por que eu deveria ser
protegida do mal?

— Eu só corri por superfícies planas.

— Eu espero que você esteja vestindo suas calças longas.


Essa cicatriz é tão visível quando você está bronzeada,
querida.

Ela sempre adiciona querida, como se o termo de


falsificação de carinho removesse a picada de suas palavras.
Eu olho para as minhas pernas nuas esticando para fora do
short de corrida. Eu puxo.

A cicatriz parece com uma careta para os lados. Na


maioria das vezes eu esqueço que está lá, mas confio em
minha mãe para lembrar-me. Eu caio em uma cadeira da
cozinha e me instalo para o resto de sua palestra.

— Eu usei minhas calças. — Eu digo, não estando pronta


para falar a verdade para ela.

— Bom. Você quer começar o seu tempo no Western


com uma boa nota. Você não quer se indispor com os jovens
homens bonitos por não colocar diante deles uma boa
aparência.

Minha mãe é a rainha das aparências. Em seu livro,


desde que tenhamos boa aparência, então nós somos bons.

Knox Masters não parece se importar, eu quero dizer a


ela. Na verdade, eu tenho certeza que ele olhou para as
minhas pernas com um inferno de um monte de apreciação.
Porém eu esfrego a mão sobre a cicatriz, porque falar com
mamãe me faz autoconsciente.

— Sim mãe.

— Mas eu não liguei para falar sobre isso. Eu tenho uma


notícia terrível. Seu irmão se inscreveu para as aulas sem nos
consultar!

Bom para ele.

— Ele não se inscreveu sozinho. Ele tinha um grupo de


estudantes para ajuda-lo. — Eu pontuo.

Minha mãe deve conhece-los. Ela, meu pai, e Jack


visitaram Western juntos.

— Essa menina não fez um trabalho muito bom, então,


porque dois dos cursos de Jack são simplesmente
demasiadamente difíceis para ele para gerenciar sozinho.

O medo é como uma pedra. Às vezes, ele se senta em seu


estômago e faz você querer vomitar. Outras vezes se aloja na
garganta e sufoca você. De qualquer maneira as marcas
horrorosas fazem você se sentir terrível. Agora, eu sinto que eu
estou com medo.

Uma coisa que fez Jack escolher a Western, além da sua


chance muito concreta na conquista do título do Campeonato
Nacional BCS, foi todos os recursos acadêmicos que ele teria.
Cada atleta tem um estudante sênior que é designado para
ajuda-lo no registro. Cada classe tem um tutor disponível. Eu
não vou inclinar-me muito em você, ele me disse. Fiquei
emocionada. Não mais tendo aulas que eu não gostaria apenas
para me certificar das escolhas de Jack. Não mais fingindo que
estava interessada em batalhas e manobras da Segunda Guerra
Mundial. Mais importante ainda, nenhuma consciência
pesada.

Eu, felizmente me registrei para as classes que mais me


interessavam, como Criação, Escrita não ficção e Software de
Gestão, sendo este último um curso auto direcionado que
envolve escrever uma proposta de concessão real, que ficará
muito bem no meu currículo.

— Uh huh. — Se eu desligar essa conversa vai acabar?

— Eu chamei o escritório do reitor, e eles me informaram


que para os dois cursos você precisa estar inscrita, porém estão
cheios, mas você pode frequentar como ouvinte. Você
precisará ir hoje, no entanto, e se inscrever.

Ela cospe fora. Um deles é um curso de ciência política, o


outro um curso de sociologia. Nem parece interessante para
mim.

— Mãe, o tempo para o registro é longo. Eu fiz isso neste


verão. Assim como Jack. — Eu não acho possível adicionar
mais duas classes para o meu horário. Eu estou tomando
quinze créditos. Isso é uma carga completa.

Não é para sua mãe que você está virando as costas aqui.
É pelo Jack.

Ela continua como se eu não tivesse falado.

— Isso é bom, querida, mas eu tenho certeza que mais


duas classes não serão um fardo. — O que ela quer dizer é que
não importa se ele é um fardo.

— Porque Jack não pode largar essas classes?

— Nós não largamos classes, — diz ela com um ar de


impaciência. — Quem você acha que seria seu consultor?
Você simplesmente se inscreve e o ajuda como sempre fez no
passado.
— Eu preciso de todas as minhas aulas de pós—
graduação dentro de dois anos. Além disso, eu não acho que
isso funciona dessa maneira.

— Funciona sim. Você não está me escutado? Falei com


o escritório do reitor. Eles vão permitir que você adicione essas
duas classes, para além das que você já tem, mas você precisa
ir hoje. Que horas você vai? — Sua voz é nítida, perdendo a
qualidade gentil que ela gosta de colocar para fingir que ela é
uma pessoa mais agradável do que realmente é.

A verdade é que minha mãe é um tubarão, mas ela tem


que ser para viver com o meu pai. Talvez ela tenha sido suave
uma vez, mas suas constantes trapaças e ausências tirou tudo
dela, até que ela se tornou apenas garras afiadas que
esfaqueiam você até sangrar. É um pouco surpreendente quão
longe suas garras se estendem. Como elas ainda doíam, apesar
de estarmos à milhas de distância.

Minha cabeça começa a pulsar. Eu realmente, realmente


deveria ter aceitado que o convite de café da manhã de Knox
Masters.

— A Western fornece à todos os atletas tutores


individuais. Eles vão fazer um trabalho melhor do que eu.
Tem certeza de que eu preciso pegar essas aulas?

Não é uma pergunta. Eu sei que tenho que fazer. Jack é


muito bom em números e mais fraco na leitura e escrita. Eu
suspeito que ele sofra de uma forma leve de dislexia, ou talvez
seja como sua mente funciona. Eu tenho ajudado Jack por fora
por um longo tempo. É por isso que eu fui para a faculdade
júnior com ele quando ele não conseguiu nenhuma das ofertas
D1 que faziam sentido para o meu pai. É por isso que eu estou
aqui na Western, embora eu teria gostado de ir para outro
lugar. A qualquer outro lugar.

— Você precisa perguntar isso? Não estamos nisso


juntos? Quer que o seu irmão venha a falhar? Você já não é
responsável pelo fato de ele desperdiçou dois anos naquela
escola horrível, fora da Western? Ele só tem dois anos de
elegibilidade. E se ele não começar este ano?

A lista de terrores continua. Eu desligo minha mente e


puxo pego o catálogo de cursos. As descrições falam de leitura
e escrita intensivas. Aposto que ele vai ter que escrever papéis.
Ele pode memorizar fatos e fazer problemas de matemática em
sua cabeça, mas a análise de fatos, conclusões fundamentadas
que não podem ser expressas em dígitos, são muito difíceis
para ele.

Em seguida, ela joga a grande arma.

— Preciso lembra-la que seu pai e eu demos os cheques


para a sua taxa de matrícula, ou você conseguiu uma bolsa de
estudos que não sabemos?

Masters me perguntou se eu gostava de futebol, e a


verdadeira resposta é: às vezes. Porque, embora eu não possa
negar a glória dele, o jogo me faz refém, pelo menos até Jack
se formar.

Frustração e mágoa tiram de mim os bons sentimentos


desta manhã. Quando eu corri no campus esta manhã, eu
pensei sobre como seria um novo começo para mim. Eu
encontrei o que parece ser uma companheira de quarto
impressionante em Riley.

Eu ia fazer bons amigos, trabalhar em cursos destinados


a me ajudar a conseguir um bom emprego fora da faculdade.
Talvez eu fosse encontrar o homem com quem eu iria casar.
No mínimo, eu poderia encontrar alguém para assistir a filmes
e beijar no Dia dos Namorados.

Por impulso, eu corri para o Union Stadium para ver


onde Jack iria jogar, e quando a porta pendia ligeiramente
aberta e ninguém estava por perto, eu rastejei para dentro. Era
tão silencioso e tão bonito que eu subi até o topo e fingi que
estava torcendo por meu irmão e desfrutando de tudo que eu
amava sobre o jogo, a proeza da força física, a emoção da
batalha, o romance em tudo.

Então Knox Masters entrou, correndo rápido como uma


flecha, reto e bonito em seu movimento. Nós tínhamos
flertado. Nós tínhamos compartilhado segredos. E depois que
deslizamos pelo gramado, me senti tão alegre... No momento.
Só para voltar a este momento.

— Eu estou com ele, mãe.

— Você vai agora? — É mais uma ordem do que uma


pergunta.

— Agora mesmo. Eu estou saindo enquanto nos falamos.

Ela suspira, mas não é o alívio que ela está sentindo,


mais como um lamento que ela teve que gastar tanto tempo
para me falar em algo que eu deveria ter concordado em fazer
na hora que eu comecei a ouvir sobre isso. Inferno, eu deveria
ter impedido que isso acontecesse.
— Obrigado querida. Espero que o seu treino tenha sido
bom. Não me diga sobre isso agora. Ligue-me depois que você
se inscrever nessas classes. — Ela desliga.

Eu fico olhando para o telefone. — Amo você também.

Eu olho para cima e vejo pelo site que a administração


ainda está fechada e percebo que eu não posso realmente falar
com ninguém durante uma hora. Tenho tempo suficiente para
tomar banho, mudar de roupa, e tomar um café da manhã.

Na cozinha, eu acho Riley derramando leite sobre uma


tigela de cereais.

— Capitão Crunch ou Fruit Loops? 4 — Pergunta ela,


olhando por cima do ombro para mim.

— Minha mãe me disse que a minha cicatriz está feia e


eu deveria comer menos, então eu não devo mostrar—me ao
mundo.

— Então Cocoa Puffs com leite e chocolate. — Ela


define ambas as caixas de volta para o armário e traz morte
lenta por açúcar.

Eu balanço minha cabeça. — Eu não posso. Eu comi


seus Fruit Loops ontem e quase entrei em choque diabético ao

4
Marcas de cereais.
meio—dia. Eu não sei como você faz. Você é tão magra, come
como um cavalo, e suporta mais que uma centena de roupa
encharcada.

Ela sorri e flexiona. — Eu sou pequena, mas poderosa e


preciso deste néctar dos deuses para manter-me. Ele alimenta
o meu metabolismo.

— Isso não é como funciona o metabolismo. — Eu


agarro um bagel e coloco-o na torradeira. — Açúcar
desacelera o seu metabolismo e...

Riley levanta a mão. — Você pode parar ai. Eu não


quero ouvir a sua verdade de aluna de nutrição. Eu comi este
tipo de cereal toda a minha vida e eu não posso parar agora.
Seria um choque cruel para o meu sistema.

— Eu pensei que eu lhe disse que eu era boa em Inglês.


— Tecnicamente, eu planejava escrever para viver, grandes
requerimentos, discursos, relatórios. Depois de anos
escrevendo para Jack, eu percebi que eu poderia muito bem
colocar minha experiência para uma boa utilização.

— Oh, você falou, mas todos os mantimentos que você


comprou são coisas saudáveis. — Riley derrama-se uma tigela
gigante de cereal e mergulha-o com o leite de soja chocolate.
Meus dentes doem olhando ela comer, mas se ela comer coisas
açucaradas no café da manhã, almoço e jantar for a sua pior
característica, ela vai ser a melhor companheira de quarto do
que nunca.

— Então, quais são seus planos para hoje? Minha família


ainda está na cidade, se você quiser sair com a gente. Peço
desculpas antecipadamente por minha irmã mais nova,
Rachel. Ela está naquela idade estranha entre saber tudo e não
saber nada. Além disso, não podemos tê-la em qualquer lugar
perto de seu irmão quente ou ela pode tentar transar com ele.

— Depois desse convite convincente, eu vou recusar.


Sem ofensa. — Eu conheci Rachel ontem, e ela agiu tão mal—
humorada como Riley descreveu. — Mas obrigado pela
advertência sobre Jack. Estou feliz que você parece ser imune.
Minha companheira de quarto na faculdade júnior queria
desesperadamente estar nas calças de um jogador de futebol.
Eu tentei avisá-la que muitos dos jogadores são de apenas de
um encontro e estão satisfeitos. Foi assim que eles
conseguiram o rótulo de jogador.

— Eu não estou dizendo que eu sou imune, mas eu não


estou namorando o irmão da minha companheira de quarto.
Aí reside a loucura. — Ela aponta a colher para mim para
fazer seu ponto. — Além disso, eu estive de olho nesse cara na
minha aula de economia avançada no ano passado. Ele foi
adorável e, de acordo com seu status no Facebook, ele ainda
está solteiro.

— Yeah! — Eu falo e ergo a mão para bater.

— E você? Se interessa por jogadores de futebol?

— Não. Eu namorei um na escola e isso foi o suficiente


para mim. — Isso é uma péssima lembrança que eu não quero
ter. É a fonte de tanta culpa, e é por isso que eu não deveria ter
demorado no estádio e flertar com Masters, e foi por isso que
saí antes que eu pudesse cair sob o feitiço de seu carisma fácil.

— Eu não sei o que eu quero, mas com certeza não é um


atleta. Quero dizer, eu sei que os jogadores de futebol são
todos diferentes, mas seu foco é o mesmo: vencer. Seja no
campo ou fora.

— Sim, — Riley suspira. — É a mesma coisa em todos os


lugares. A maioria dos caras que eu conheci apenas querem
pontuar.

— Eu acho que eu me casaria com o primeiro cara que


conhecesse em uma livraria.
Nós compartilhamos um sinal de compaixão.

— Isso não é uma péssima ideia. — diz ela entre


mordidas gigantes no seu cereal de chocolate.

Meu telefone toca novamente.

— Eita. É como a central telefônica aqui. — Mas eu


atendo assim que vejo o rosto de Jack.

— Hey, Jack. Nós estávamos falando sobre você.

— Sobre como impressionante eu sou? Este seria o meu


assunto escolhido também.

— Que tal você não ser tão interessante quanto adulto


principal.

Riley pisca para mim e me dá outro high five.

— Desculpe, Jack, — Ela grita. — Você tem muita


gordura corporal para mim.

— O quê? — Diz ele, de imediato, indignado. – Você,


diga a sua companheira de quarto que a minha gordura
corporal é de 8%. Em nenhum lugar do mundo isso é muito.

— Aparentemente, é no mundo de Riley. — Riley engole


o último de seu cereal e volta para seu quarto enquanto eu vou
para o meu próprio para ficar pronta para enfrentar
administração.

— Sua companheira de quarto precisa de um pouco de


educação, Ellie Bellie.

— Em primeiro lugar, não me chame assim, e segundo,


ela não namora colegas de quarto. — Eu mexo através do meu
armário para encontrar uma roupa que diga “eu sou uma
estudante séria”. Eu acho que isso significa uma saia e uma
camisa de botão. Eu encontro uma saia lápis azul marinho que
se parece com a que tem no armário da minha mãe e uma
camisa branca Oxford.

— Sim, sim, eu ouvi. Olha, você virá jantar comigo esta


noite? Você me deixou no vácuo na última vez para jantar
com sua companheira de quarto, então você meio que me
deve.

— Eu não posso. Eu estou indo para a diretoria para me


reunir com o reitor. Ele não tem tempo para mim até depois
das seis. Você deveria vir também. Uma de minhas aulas que
eu estou escrevendo é sobre uma simulação para o centro de
aprendizagem Agripa, uma organização sem fins lucrativos,
especializada em ajudar as crianças em risco e que possuem
dificuldades de aprendizagem.

— Não, obrigado. Por que você está indo agora? As aulas


não começaram.

— Eu quero obter um salto sobre algumas as coisas. Tem


certeza de que não quer vir comigo? É um lugar legal.

Talvez você se inspire ao ver algumas crianças que


trabalham através de suas deficiências.

Eles pareciam tão brilhantes, interessantes e corajosos.


Eu quero que Jack veja isso, mas ele recusou. Como se ele
fosse a um lugar como esse, fizesse as pessoas pensarem que
ele é um estúpido.

— Ellie, você me disse que lá foi pintado com a cor de


xixi amarelo e cheirava a mesma coisa.

— Eu posso ter exagerado.

— Sim, ainda não estou interessado. Você virá jantar


comigo amanhã, então.

Amanhã seria quinta-feira. Será que ele tem um grupo


para jantar com ele? Eu gostaria de evitar a equipe de futebol,
tanto quanto possível.

— Vou pensar sobre isso.

— Ou você vem de boa vontade ou eu vou enviar a linha


ofensiva para trazê-la. Ele ameaça.

— Eu disse que vou pensar sobre isso.

— Que pena, mas você virá, — diz ele alegremente. —


Tenho que correr. Amo você, Ellie Bellie.

— Vejo você amanhã, às seis.

E pela segunda vez antes que o relógio chegue às nove


horas da manhã, alguém da minha família desliga na minha
cara.
Capítulo Três
Knox
Eu tinha convencido a mim mesmo, em algum
momento, talvez no último ano do colégio ou talvez no meu
primeiro ano na Western, que ficar sem sexo fazia de mim um
jogador melhor. Essa crença que eu tive me manteve em bom
lugar durante anos. Sempre que eu senti como se fosse vacilar,
eu me lembrava de que a busca dos meus sonhos era mais
importante do que estragar isso com alguma garota que eu não
me lembraria depois e seguiria em frente. Por isso, surpreende-
me um pouco que, embora eu não consiga tirar a morena do
estádio fora da minha cabeça, eu esteja mais atento do que
nunca.

O treino dessa manhã me fez sentir como se eu estivesse


jogando Madden5 no modo fácil. Entendo tudo que JR "Ace"
Anderson, o nosso quarterback, fará antes dele fazer. Eu leio
os turnos na linha ofensiva como se eu estivesse em sua mente.
O treinador me tira após a décima série.

— Guarda um pouco disso para o jogo, — ele ordena. —

5
Famoso videogame de futebol americano
Além disso, você está matando a confiança de Ace. Vá fazer a
escada. Você pode trabalhar em seu jogo de pernas e se livrar
dessa maldita energia sem desmoralizar a metade da sua
equipe.

— Sim, treinador. — Eu dou lhe uma saudação


arrogante e saio para correr pela escada na sequência
estabelecida entre a vigésima e a trigésima linha do campo, em
frente à linha de luta. Lá eu faço vários conjuntos de
exercícios, desde agilidade da centopeia, o zig zag confuso, o
embaralhar de pernas... Todo o tempo eu tenho os olhos
castanhos na minha cabeça, me observando, batendo palmas
para mim, pedindo para ir mais rápido e mais difícil.

É outro sinal.

Eu não obtive o seu nome ou número de telefone, mas eu


não estou preocupado. Uma menina que se coloca em seus
sapatos de corrida antes do amanhecer rachar o céu, tem que
saber onde é o ginásio. Eu vou encontra-la. Não tenho
nenhuma dúvida.

Depois das nossas duas horas de práticas matinais, o


treinador passa vinte minutos nos dizendo às maneiras que
nós podemos conseguir uma suspensão no fim de semana
anterior ao nosso jogo de abertura. Bebedeira em excesso, não
respeitar o toque de recolher... Se quisermos um maldito deus
para o jantar, ele prefere que o chamemos, ao invés de
escondê-lo sob nosso equipamento de treino.

— Não me decepcionem, homens. — Ele termina, e


depois acena.

Apesar do tamanho do tapete recém—colocado e do


verniz fresco sobre os armários de mogno, o vestiário ainda
fede a bolas e bundas suadas. O cheiro de casa. Eu sorrio para
mim mesmo.

— Você está de bom humor. — Harry "Hammer" Wright


fala, sobre o assento de madeira quando começa tirando o
equipamento. Hammer é um bom garoto sulista, com um
torso coberto de tinta e um rápido sorriso para todos.

Eu me inclino para o lado para evitar ser atingido por sua


camisa. Ele não tem nenhum senso de espaço pessoal.

— Tivemos um bom treino.

Hammer é um excelente exemplo de por que eu sempre


pensei que perseguir meus objetivos com a NFL fazia um
monte de sentido. Tinha visto outros caras jogarem jogos de
merda porque a sua vida pessoal era uma bagunça. Suas
namoradas os estavam enganando ou talvez eles fossem pegos
com as calças abaixadas.

Hammer está solteiro porque a sua última namorada o


pegou com alguma garota fora da cidade. Depois de uma noite
de jogo, nós bebíamos com algumas das moradoras locais e
Hammer decidiu que uma delas precisava consolar-se com seu
pau. Sua namorada quis fazer uma surpresa e apareceu no
hotel da equipe. Ela conseguiu sua surpresa, mas terminou
com um monte de gritos, um pouco de puxão de cabelo, e
uma chamada à segurança para tirar às duas meninas
escoltadas do local.

Hammer teve uma palestra minha e do treinador sobre


como se manter em suas calças em jogos fora de casa.

— Fácil para você dizer, Masters, — Hammer reclamou


na época. — Você não sabe o que diabos você está perdendo.

— Obtenha seu saco de noz sob controle ou o seu tempo


de Hammer 6vai ser ficando no banco. — eu disse a ele.

6
Hammer = Martelo. Ele faz um trocadilho com o seu apelido
(martelar no banco).
— Você não é humano, — ele disse enquanto me
afastava. — Não é certo você negar a si mesmo um pouco de
diversão.

Hammer era o único que ficava confortável falando


assim comigo. Nós moramos juntos durante nosso primeiro
ano e eu passei um inferno de um monte de tempo ouvindo-o
bater a cabeceira da sua cama. Nada sobre encontros sexuais
casuais de Hammer me fez acreditar que eu perdia alguma
coisa. Às vezes, eles não demoravam mais de quinze minutos
antes que ele as empurrasse para fora da porta para que ele
pudesse jogar uma partida de Madden. Em seguida, alguns
caras foram expulsos da equipe depois que eles filmaram-se
fazendo uma competição de boquete. Tudo tinha sido
consensual e os atletas do time de futebol não foram os únicos
atletas da Western representados no vídeo de seis pessoas, mas
eram os que pareciam pior. Pior mesmo. E os caras pareciam
mais interessados em se mostrar para a câmera do que o fato
de que alguém estava chupando seu pau. Eu me conformei
ainda mais depois do episódio desastroso dos boquetes.

Nada tinha me convencido de que minha decisão de


salvar minhas habilidades atléticas para o campo estava
errado... Até agora.
— Hey, Masters. Eu sei que deve ser apenas a equipe no
jantar, mas minha irmã acabou de se mudar e eu não a tenho
visto em dois meses desde que os treinamentos começaram.
Você se importa se ela vier para o jantar? — Jack Campbell
para no meu armário. Ele é um novato (transferido de um
nível superior) e pelo esforço que ele está tendo neste verão,
tem um potencial que poderá fazer a diferença. Como um
bônus, ele não é um idiota.

— Eu acho que está tudo bem. Ela não é uma caçadora


de jock, certo?

Hammer bufa. — Sim, Campbell, temos regras e normas.


Somente dez dedos a mesa. Sua irmã tem os dez?

— Será que isso é uma regra e eu não percebi? —


Campbell atira de volta. Ele não é um idiota e ele tem algumas
bolas. — Talvez de onde você venha, você deva passar longas
horas decidindo se sua irmã é fodivel, mas eu prefiro fazer isso
do lado de fora de minha árvore genealógica.

— Você é bom com suas primas de primeiro grau, certo?


— Diz Hammer em um tom sério, mas eu sei que ele ainda
está zoando com Campbell. Nós não estamos autorizados a
sacanear mais, então nós temos que fazer nossas piadas até
onde podemos.

— Sim, primas de primeiro grau é um jogo justo. — Eles


batem os punhos. Filhos da puta doentes, eu sorrio. Sim filhos
da puta doentes, mas meus filhos da puta doentes.

— Mas, falando sério, com o que ela se parece? — Insiste


Hammer.

— É melhor contar a ele ou ele não vai parar de


perguntar até o jantar hoje à noite. Você não quer esse tipo de
dor de cabeça.

Eu jogo meu jock suado e no balde da lavanderia e pego


minha toalha para cobrir o meu lixo. O vestiário foi reformado
durante o período de entressafra e, agora, os chuveiros estão
do outro lado do prédio. As regras do time nos obrigam a
cobrir-nos com toalhas, porque há um corredor no meio.

Projeto gênio, rapazes.

Campbell revira os olhos. — Ela tem cerca de 1,73cm de


altura. Longos cabelos castanhos. Atlética, embora ela precise
ter cuidado, porque ela estourou o joelho direito na oitava
série.
Superfícies irregulares são uma cadela para ela.

Eu paro e volto atrás. Alta e atlética com uma lesão no


joelho direito?

— O que aconteceu na oitava série?

— Ela estava jogando futebol de bandeira. Um babaca


com um complexo de inferioridade e má técnica levou—a para
baixo. Ele acabou esmagando seu joelho direito.

— Oh homem isso é uma merda. — Hammer estremece.


— Não vamos mais falar sobre isso, trás maldição para o
vestiário.

— Eu pensei que você tinha um irmão chamado Eliot. —


Jesse fala.

— Nah, o nome da minha irmã é Eliot porque meu pai


tinha direitos de nomeação.

Alta e atlética com uma lesão no joelho direito, e nome


de um menino? Ela disse que era diferente. Tem que ser ela.

— Sim, traga sua irmã para jantar. — O sorriso que eu


dou para Campbell é tão grande que ele tropeça para trás. — É
bom para a equipe que conheçamos a sua família.
— Desde quando? — Hammer pergunta, balançando a
bunda nua. — Eu perguntei se você queria jantar comigo e
com minha irmã neste verão, e você disse que não.

— Sua irmã tentou me molestar debaixo da mesa durante


o jantar de família no jogo da primavera. — Eu o lembro.

— Alguém tem que perfurar o seu v-card 7 , homem.


Poderia muito bem ser a minha irmã.

— Você conhece as regras. — Matty, outro jogador de


linha, interrompe. Ele tem sobrancelhas escuras, que vieram
do lado de sua mãe colombiana, que sempre o faz parecer
sério.

— Sem namoradas. Sem irmãs.

— Isso é uma estúpida regra de merda. Minha irmã é


material de alta qualidade. — Protesta Hammer. Ele tentou
fazer com que um de nós ficasse com ela desde que ele
descobriu que ela estava namorando um cara de vinte e cinco
anos de idade.

— Sua irmã também é menor de idade. — Dou um


aperto forte na toalha. Eu sentei em frente a irmã Hammer de
dezessete anos de idade, que esfregou o pé contra o meu pau

7
Cartão de virgindade ou seja sua virgindade
durante todo o jantar que durou três horas. Eu acabei
deixando meu assento e fiquei em pé na última hora, sentindo
um leve puxão na virilha.

— Você é virgem?

Todos nós giramos de volta para Campbell, que aparece


enraizado no local.

— Sim, homem, mas não traga isso à tona em todas as


festas. — Hammer corre e Campbell se protege de modo de
Hammer está livre balançando seu pênis na frente de
Campbell.

— Você está falando sério.

— Sério como um ataque cardíaco. — Não é um segredo


e eu certamente não estou envergonhado.

Hammer coloca o braço em torno de Campbell. — Jack


Flash, você vai sair hoje, mas deixe-me lhe contar um segredo.
Você não vai ter nenhuma buceta em nenhuma festa este ano,
se você falar sobre o v-card de Masters. Todo aquele doce mel
se esfregando contra ele na pista de dança vai subir para sua
cabeça, nós não queremos pintinhos virtuosos.
Definitivamente não. Queremos é ficar com alguém.
Eu rolo meus olhos. Esses caras não passaram uma noite
sem companhia, uma vez que colocaram os pés no campus.

— Não se esqueça da lista de meninas que querem ser as


únicas a convencer Masters a desistir dele. — Matty cacareja.

— Sim, o homem se envenena muito bem. Não faça isso.


— Hammer faz uma arma com os dedos e aponta para Jack,
que parece estupefato por essa informação. Novatos. O que
podemos fazer?

Rindo, eu saio para tomar uma ducha enquanto


Campbell lida com a verdade que cai sobre ele pela equipe.

Quando eu saio, a razão para a nova regra da toalha está


de pé no corredor com os olhos preso ao chão. Stella, uma das
chefes de torcida, que passa a ser a filha do treinador.

— O treinador quer você e Ace em seu escritório agora.

— Pra quê? — Ace vem à tona.

— Não sei. — Ela não olha para Ace e ele finge que não
está comendo-a com os olhos. Toda a situação entre os dois é
muito, muito divertida.

Eu jogo em um par de shorts cargo e uma camiseta dos


warriors e enfio meus pés em um par de chinelos. Ace lidera o
caminho para o escritório do treinador.

— Feche a porta e sentem-se. — Ordena o treinador.

Assim que nossas bundas batem no plástico duro, ele nos


dá a cada um, uma folha de papel.

— Aqui está a lista dos novos jogadores. Vinte e seis


deles. Andersen, você está no comando das faltas. Masters, a
lista de defesa é sua.

Tenho dez caras na minha lista. Estes são pequenos testes


de liderança do treinador. Ele gosta de ver o que é feito fora do
campo. Estamos definidos no campo de defesa, tendo perdido
apenas duas entradas de seniores no ano passado.

Ace tem a tarefa maior. Alguns de seus caras, como


Campbell, são esperados para começar a fazer um impacto
imediato. No entanto, desde que não tenham jogado juntos
antes, coisas como tempo e química, saber o que o outro
jogador estará pensando antes que ele abra a boca... ele vai ter
trabalho.

Mas eles não têm tempo. Na faculdade, temos muito


pouco espaço para erro. Uma perda e nós poderíamos estar
fora da briga pelo campeonato nacional antes da temporada
começar. No ano passado, perdemos na primeira rodada dos
playoffs, porque não fizemos o corte. Ace precisa mudar isso,
rapidamente.

— Todas as questões que devemos saber? — Eu


pergunto, enfiando a lista a distância. Eu já sei sobre os meus
rapazes. Eu os conheci no acampamento da primavera e
novamente quando eles chegaram para o termo de verão em
junho. Na maior parte eles eram bons, jovens, ansiosos, e
escondendo a sua saudade de casa sob um brilho fino de
desafio.

— Maurice Kim, Kaleb Shannon, e Jack Campbell todos


têm questões acadêmicas. Certifique-se que Campbell
permaneça academicamente elegível. Os outros dois estão sob
o pano vermelho, de modo que gastemos menos tempo com
eles. Andre Getty já está fazendo barulho sobre desistir. Ele
poderia ser uma cópia de segurança sólida. Se conseguirmos
mantê-lo, isso seria bom para a equipe.

— Há dezesseis jogadores na minha lista e um quarto


deles já estão com problemas? — Ace fala com uma carranca e
balança a lista um pouco.
Antes que o treinador possa levantar a cabeça, eu
arrebato um marcador de texto para fora da mesa e risco a
folha de Ace de sua mão.

— Eu vou te dar um presente.

Eu desenho uma linha pesada através nome de Campbell


e devolvo o marcador para a mesa.

— Nós terminamos aqui?

O treinador acena. — Certifiquem- se de que eles saibam


sobre ficar longe da minha filha.

— É claro. — Ace pega sua lista de jogadores e a


empurra no bolso de trás.

Aí é quando eu sei Ace vai ser estar bem durante a


temporada, porque ele nem sequer pestanejou. Se ele pode
manter o controle impassível na frente do treinador, enquanto
secretamente mantém a menina mais fora dos limites num
campo de vinte e cinco mil metros, então ele fará isso como
um projeto pessoal.

Eu realmente não me importo com quem Ace está


fodendo. Há apenas algumas coisas importantes na minha
vida agora, e elas começam e terminam com vencer o
campeonato nacional.

Ace poderia foder uma cabra se ele quisesse, desde que


ele tivesse cuidado com a bola e mostrasse alguma liderança
no ataque.

— O que você acha sobre Campbell? — Ace me pergunta


enquanto caminhamos em direção ao parque, onde Ace e eu
vivemos com os outros jogadores. Como um dos capitães de
equipe, eu tenho um apartamento no terceiro andar só para
mim. Reconheço, o lugar é barulhento como a merda porque
outros oito caras vivem nos dois andares abaixo de mim, mas
a maior parte é decente. Quando eu preciso me afastar, eu
coloco meus fones de ouvido e saio da zona. Se eu preciso de
companhia, eu desço e jogo algumas rodadas de Madden ou
Call of Duty.

Poderia ser pior.

— Bom rapaz. Trabalhador. Têm boas mãos. Ele pode


fazer seu caminho acontecer. A marcação não é tão grande
quanto a sua, mas é cedo também. Tudo que você tem que
fazer é deixa-lo marcar três vezes. — Eu bato nas costas de
Ace.

— Esse é o meu objetivo? Três touchdowns? — Ele


pergunta, incrédulo.

— Se não podemos manter todos na equipe a um par de


touchdowns este ano, nós não merecemos estar nos playoffs, e
muito menos erguer o troféu. — No ano passado fomos
derrotados por uma equipe da costa oeste. Eles marcaram em
nós à vontade e me senti uma merda humilhada. Ainda posso
sentir a picada da derrota até hoje. No final daquele jogo, eu
jurei que nunca mais seria pego com as calças baixas de novo.

— Impressionante. Então, qual é o seu interesse em


Campbell?

Eu dou de ombros. — Achei que você tinha as mãos


cheias.

Ele levanta o queixo ligeiramente em descrença, mas não


me questiona. Nós atravessamos o playground em direção ao
seu lugar e ao meu.

Eu não estou pronto para mostrar minhas cartas ainda. A


equipe tem uma regra geral: não há irmãs, porque isso torna o
vestiário confuso. Ace enroscando com a filha do treinador já
significava uma má notícia. Mas, se a confusão vier, eu tenho
meu crédito. Há algumas coisas que você nasce sabendo: Trate
sua mãe com respeito. Família vem em primeiro lugar.

Derrubar um quarterback é a maior experiência religiosa


que um menino pode ter.

Quando você encontra a menina que estará sentada na


varanda à sua frente, segurando sua mão quando você estiver
com oitenta anos, você não deixa uma coisa como essa parecer
sem importância, irmãos mais velhos, ou malditas regras não
ficam em seu caminho.
Capítulo Quatro
Ellie

O Centro de Aprendizagem AGRIPPA é pintado com


este amarelo horrível. Talvez fosse brilhante quando aplicada
pela primeira vez, durante a era pré-histórica, mas agora ele
está enfraquecido, um amarelo feio.

A diretora, Susan Shearer, me lembra de Riley. Ela é


pequena, mas cheia de energia.

Seu cabelo escuro é cortado perto de seu couro cabeludo


e um pouco desalinhado para cima, como se ela sofresse
ansiedade em excesso.

— Muito obrigado por ter voltado esta noite. Desculpe-


me, eu não estava aqui ontem, quando você veio. As coisas
são sempre caóticas aqui, e o calendário escolar foi antecipado
uma semana este ano, e embora soubéssemos sobre isso, não
estávamos muito preparados.

Ela me faz um gesto para segui-la a um escritório que se


parece com se uma fábrica de papel houvesse explodisse lá
dentro. Há relatórios, desenhos, catálogos e brochuras sobre
cada superfície.

— Como você pode ver, precisamos seriamente de ajuda,


mas os doadores não gostam de pagar salários. Eles vão
comprar fornecimentos ou doar equipamentos, mas não para
pessoal administrativo. Então, precisamos de auxilio urgente.

— Eu sou apenas uma júnior, senhora. Eu nunca fiz isso


antes. — Eu sinto que é necessário apontar isso para que ela
não tenha muitas esperanças. Eu queria ter experiência de
escrever uma concessão e obter um A. — Eu estou aqui para
escrever um rascunho para você como parte da minha
concessão na classe de escrita da Western.

— Eu sei. Não é ótimo? — Ela aponta para uma pilha de


papéis com cerca de cinco polegadas de espessura.

— Eu tenho Christie, que é a nossa secretária /


recepcionista que você conheceu lá na frente, que imprimiu os
últimos cinco anos de orçamentos, junto com a nossa missão,
diretrizes do programa, e as estatísticas de uso. Com a
concessão gostaríamos de requerer alguém para o operacional.
— Ela faz um gesto para eu me sentar, e quando eu faço ela
cai atrás de sua mesa. Eu tenho a inclinar-se para o lado para
que eu possa vê-la. — Diga-me o que você sabe sobre a
Agripa.

— É uma agência sem fins lucrativos, concebida para


proporcionar a aprendizagem de apoio a estudantes com
idades entre quatro e quatorze anos. Para uma taxa nominal,
os alunos obtêm ajuda extracurricular em matemática, ciências
e linguagem. — Eu falo as informações que eu peguei a partir
da minha pesquisa na internet.

— Sim, cobramos uma pequena taxa, porque isso garante


que o aluno e os pais, — ela sacode a cabeça um pouco, — ou
responsável, permaneçam no programa. Eles pagam e querem
obter o retorno, mesmo que esse valor da taxa não dê nem
para cobrir os custos. — Ela se inclina para frente, o ombro
bate em uma pilha instável de papéis. Estendo a mão para
firmá-la. Eu acho que ela nem percebe.

— Diga-me por que você escolheu Agripa. — Susan


pergunta.

— Eu tenho uma amiga do colégio, que eu acredito que


tem uma dificuldade de aprendizagem, mas ela nunca foi
diagnosticada.

Susan faz um barulho simpático. — Isso é terrível. Diga-


me sobre a torturante vida que essa criança terá pelo resto de
seus dias. O diagnóstico e os primeiros testes realmente
ajudam as crianças a superarem e gerenciarem suas
dificuldades de aprendizagem. Há tantas maneiras de ajuda-
los nos dias de hoje.

Espero que esta reunião seja rápida. As palavras de Susan


me fazem sentir ainda mais culpada do que quando eu falava
ao telefone com a minha mãe, especialmente quando eu passei
toda a minha manhã adicionando duas classes com o
propósito expresso de mais "tortura" a meu irmão.

— Bem, uma ligação pessoal é ótima. Isso a torna mais


empática. Você quer ter paixão quando você for escrever uma
proposta de concessão, e um apelo pessoal faz com que você
realmente tenha isso. — Ela faz um movimento de balanço
com seu punho.

— Existe alguma chance para adultos?

— Claro. Nós não nos se especializamos nisto, mas... —


Ela levanta um dedo e escava através de uma pilha de papéis
na estante perto de sua mesa. — Aqui. Esta é uma grande
organização para ajudar os desafios de alfabetização de
adultos.
— Obrigado. Se eu a ver no intervalo, vou entregar—lhe.
— Eu levo o folheto e coloco—o dentro da minha bolsa.

— Você pode querer ter cuidado quando você se


aproximar dela, — Susan adverte. — A maioria das pessoas,
independentemente da idade, são muito sensíveis sobre os
desafios que tem de ler ou escrever. Os adultos tendem a
negá—lo, especialmente se eles estão indo bem na maioria das
outras áreas.

— Eu entendo. — Ela não está me dizendo nada que eu


já não saiba. Eu abordei o assunto com Jack apenas uma vez
antes. Nós pegamos um curso preparatório SAT, como
juniores. Ele ficou muito frustrado e eu sugeri tutoria extra.
Ele olhou para mim com um olhar de traição absoluta e me
perguntou se eu achava que ele deveria estar puxando uma
carroça. Eu disse a ele que era grosseiro. Entramos em uma
grande luta e não nos falamos por cerca de três dias.

Nós fizemos as pazes, mas eu nunca trouxe o assunto


novamente. Eu nem sei se posso agora.

— Bom, se você não precisa de mais nada, então


terminamos. E eu quero ver o rascunho em seu prazo médio.
— Ela olha para uma folha de papel.
— É em outubro?

— Sim. Eu poderia trazer para você até dia 01 de


outubro. O que você acha?

— Perfeito. Rascunho até dia 01 de Outubro, em seguida,


a versão final dia 01 de dezembro.

Susan aperta minha mão, sob as pilhas de papéis, e me


manda para meu caminho. O folheto queima um buraco no
meu bolso.

****

Jack aparece em meu apartamento no final da tarde e,


suponho, de Riley.

— Lugar legal, — Diz ele. — primeira classe.

Ele aponta para uma cadeira redonda de veludo


vermelho escuro, que Riley disse que encontrou em um
brechó. É tão confortável como Jack imagina e eu pretendo
gastar muito tempo lá, de frente a televisão aos sábados,
assistindo jogos de Jack. Apesar do que eu disse a Masters, eu
não me sento na parte superior do estádio ou com os outros
estudantes. Porque, também, é extremamente estressante.

— Você não pode chamar de primeira classe, — Riley


protesta. — Este não é o seu apartamento.

— É de Ellie, o que significa que é meu também. — Jack


pisca para ela, mas Riley não está recebendo nada.

Ela faz uma carranca e sacode um dedo dando uma


bronca em Jack. — Se você fizer alguma bagunça você terá
que arrumar.

— Não tem problema. — Ele sorri novamente e desta vez


é profundo o suficiente para que suas covinhas apareçam. Uh
oh. Eu acho melhor separar esses dois antes que Riley caia sob
o feitiço e encanto de Jack.

— Vamos. — Eu pego seu braço. — Eu preciso de sua


ajuda para desembalar minha mudança.

Ele levanta imediatamente e segue—me para o meu


quarto. — O que você precisa?

Eu aponto para a pilha de caixas de papelão vazias. —


Eu já desempacotei tudo, mas eu preciso de ajuda para me
livrar dessas caixas.

— Desculpe, eu não estava aqui para ajudá—la a trazer


esta merda para cima. — Jack faz o trabalho rápido da
primeira caixa, arrancando a fita e mantendo—a plana. — Eu
ainda não posso acreditar que esses idiotas não ajudaram você
a carregar.

Ele joga a caixa, agora plana, para o corredor e passa a


destruir de forma eficiente as outras cinco caixas.

— Está tudo bem. O gerente tinha um carrinho de


boneca de quatro rodas e me ajudou a carregar.

— Riley não estava aqui? — O nervo na mandíbula de


Jack começa a cerrar com aborrecimento.

Essa raiva não é dirigida a mim ou Riley. É dirigida a


nossos pais. Eu me aproximo mais e puxo o cesto de roupa
suja para longe dele antes que ele o esmague.

— Sua família está na cidade. Olha, eu não queria ficar


em casa por mais tempo e eu senti sua falta.

— Então o que sua companheira de quarto gosta? Ela


parece legal.
— Não tente sair com ela.

— Eu não sairia com ela. — Protesta muito


vigorosamente.

— Eu acho que ela é legal e normal, então você tem que


ficar longe.

— Você vê algo de errado nesta imagem?

Não querendo que ele namore minha companheira de


quarto, descarte-a e faça com que ela não queira mais viver
comigo? Não, eu não vejo nada de errado em evitar esse
resultado.

— Isso soa exatamente certo para mim.

Ele se joga na minha cama. — O que você está dizendo,


essencialmente, é que se a sua companheira de quarto é como
um grande pintinho, divertida para sair como amigos, e então
ela está fora dos limites. Porém se ela se jogar em mim como
um coelho louco, ela é toda minha.

Eu empurro seus pés para fora. — Está certo. Tão certo


como dois mais dois é igual a quatro.

— Você não deveria estar me incentivando a namorar


garotas?

— Primeiro, você não namora ninguém. Você dorme


com as meninas em qualquer lugar entre uma noite e um mês.
Talvez dois encontros. Depois eu estarei às voltas com uma
companheira de quarto furiosa querendo cortar o pau do meu
irmão na próxima vez que eu o ver. — Eu tive tanto disso na
faculdade júnior.

— Você é uma desmancha prazeres, El. — Ele chega em


minha mesa de cabeceira empurra contra o pé da cama e
agarra minha bola de futebol em miniatura que está entre
minha caneta xícara e minha caixa de papel umedecido.

— Além disso, eu não posso fazer nada se suas


companheiras de quarto se transformaram em pequenas
caldeiras ferventes.

— Adivinha! Você não tem que dormir com qualquer


uma delas. Aqui vai uma dica; que tal você não dormir com as
meninas que têm uma tendência a ficarem raivosas depois de
serem descartadas.

Pego a bola de futebol dele e jogo em seu rosto. Ele pula


em seus dois pés antes que o atinja. Reflexos de um raio!
— A próxima coisa que você vai dizer é que eu deveria
parar de fazer sexo como Knox Masters.

Eu tropeço em uma inexistente dobra do meu tapete e


tenho de me equilibrar na borda da mesa.

— Knox Masters é celibatário?

Jack se vira para o lado e joga a bola em mim. Eu não me


incomodo em pegá-la.

A bola atinge a parede de trás e salta em cima da mesa,


jogando os papéis no chão.

— Não só celibatário, mas um virgem. — Jack se abaixa


e recolhe os papéis do chão. Eu ainda estou atordoada demais
para ajuda-lo.

— Não. Eu não acredito nisso, — Eu respondo


categoricamente. Knox é lindo. Seu tanquinho é tão definido
que uma garota pode cortar a língua passando pelo terreno
duro e perfeito, e com base na interação desta manhã, ele tem
um pouco de charme. Ok, um monte de merda de charme. —
Você realmente acredita que ele é virgem? Talvez ele diga às
pessoas que ele é virgem e depois as meninas lutem entre si
querendo ser sua primeira.
— Difícil de dizer. Eu o vi ficar com as meninas. Uma
noite, fomos a um clube de centro e uma menina devorou sua
cara.

É, portanto, não é um virgem.

— Ainda assim, quero dizer, ele poderia ser virgem.

Jack olha através dos papéis. Porra, onde está o meu


horário de aula? Eu secretamente olho em volta da minha
mesa para ele.

— O que é isso? — Ele exige.

Olho para a folha de papel que ele encontrou. É


aquele…? Não, graças a Deus. Pego a folha informativa do
mural interno de suas mãos e deixo cair na minha mesa. O
outro trabalho que ele tem é o folheto de alfabetização.

Minha agenda com suas aulas repousa inocentemente


dentro de um notebook. Eu empilho meus papéis juntos e os
enfio todos na gaveta.

— É o cronograma interno da Western.

— O que você está jogando? — Diz ele com


desconfiança.
— Softball. Tudo bem?

— Talvez. Qual posição? Não arremessador, eu espero.


Por causa do joelho.

— Isso é softball, Jack. — Eu enfatizo a palavra na


esperança dele saber que eu não quero que ele interfira ou me
pressione sobre o jogo. Preciso ter uma vida fora dele e do
futebol. — E eu não sei em que posição eu estou jogando. Vou
me encontrar com a equipe na noite de domingo.

— Você deve jogar no campo da esquerda. — Ele estuda


o panfleto em suas mãos por um segundo.

— O que é isto? Você está fazendo algum estágio de


ensino? Eu pensei que você tinha planejado se formar em
Inglês.

— Não, eu fiz uma aula de escrita de concessão neste


semestre e meu trabalho externo envolve escrever uma
proposta de concessão para o centro de alfabetização. — Eu
olho de perto para ver se ele tem qualquer interesse no
assunto.

— Fico feliz que alguém na família gosta de escrever. —


Ele joga o papel sobre a mesa.
Eu vejo como ele cai para baixo e invoco minha
coragem.

— Susan, a diretora do centro de aprendizado, me deu


isso para pesquisa. Há uma grande quantidade de recursos de
aprendizado para adultos lá fora. Eu não tinha idéia de
quantas pessoas precisam de fato.

Dica. Dica. Jack. Pegue. A. Dica.

Jack fica em silêncio e abaixa sua cabeça. Por um


momento, eu acho que ele está considerando seriamente as
minhas palavras, mas, em seguida, ele se ajoelha no chão.

— Merda, Ellie, eu acho que eu tenho purpurina nos


meus sapatos. Veja.

Eu olho para baixo, e com certeza, há purpurina em seus


tênis de corrida. Eu usei purpurina em algum projeto do
ensino médio e na mudança deve ter vindo para a superfície.

— Então?

— Então, eu vou ser zoado sobre isso. — Ele balança a


pé.

— Você me disse uma vez que purpurina era o cartão de


visita de uma stripper. Diga a seus amigos que você foi a um
clube de strip. — Eu digo, impaciente. Obviamente, ele não
tem interesse nas dificuldades de aprendizagem e eu sou muito
covarde para descaradamente perguntar a ele sobre isso. Jack
sempre foi meu melhor amigo, e eu tenho medo de dizer algo
que iria afastá-lo.

Outras pessoas podem ter ressentimento por seus pais


terem se concentrado demais em um garoto, mas Jack odiava
a atenção e sempre tinha ido para fora do seu caminho para
me fazer sentir importante e necessária. Eu retribuo a ele por
fazer essas coisas, só que eu não tenho certeza que é o
caminho certo por mais tempo.

Eu suspiro na minha própria covardia.

— Bom ponto. — Ele verifica o relógio. — Então você


quer que eu venha busca-la em cerca de uma hora?

Ah não. De jeito nenhum eu vou jantar.

— Não, desculpe. Eu tenho muita coisa para fazer aqui.


— Nós dois olhamos para o meu quarto impecável com sua
mesa arrumada, as roupas todas arrumadas, e a cama
perfeitamente feita.
— Cerrrrrrrto... — Jack rosna. — Eu estarei aqui em uma
hora.

— Não, Jack. Sério. Eu quero ficar em casa hoje à noite.


Comer sozinha.

— Você quer ficar em casa. Sozinha. Na sua segunda


noite aqui? — Ele levanta uma sobrancelha, está muito cético
sobre a minha desculpa.

— Sem mencionar, que sentiu minha falta nos últimos


dois meses, que dirigiu cedo para se mudar logo e não me
ligou até que toda sua merda tinha sido desempacotada.

Ele está agora, elevando-se sobre mim. Ele parece


chateado.

— Hum, sim?

— Besteira. Você vem jantar comigo esta noite. E se você


continuar a dizer não, eu estou chamando toda a minha casa
para vir e leva-la para fora daqui. — Ele segura o telefone e
agita-o para mim. Ele vive com a metade dos jogadores de
ataque.

Jack não faz ameaças vãs, então eu desisto. — Ok certo.


O que um jantar com os membros de sua equipe pode
fazer comigo? Além disso, na faculdade júnior, Jack andava
apenas com os atacantes e o Masters joga na defesa, então eu
não estou preocupada. Eu vou vê-lo. Porém…

— Qual é o código de vestimenta aqui?

— Shorts, sem camisetas.

— Para mim, não para você. — Eu jogo um lápis para


ele que ele que pega fora do ar. Um dia desses, eu vou
aprender a não jogar coisas em um cara que vive para pegar
coisas.

— Casual.

— Juro, se eu aparecer e todo mundo estiver usando


terno e gravata, eu vou castrá-lo. — Eu balancei minha tesoura
para ele antes de colocar na gaveta da mesa.

— Merda. As gravatas são para jogos fora de casa. Eu


não sei o que as meninas estão vestindo nesses dias. Este verão
tem sido, principalmente, nada. Posso dizer-lhe que há um
monte de biquínis. Lembro-me de uns bem pequenos e... —
Seus olhos ficam sonhadores.
— Jesus, Jack. Eu não quero ouvir sobre isso.

Ele ri e zomba ao jogar a bola de futebol para mim. Eu


faço uma imitação de pato e ele ri mais ainda. Depois de mais
algumas imitações, ele coloca a bola no chão e começa a sair.
Na porta, ele se vira para trás.

— Obrigado por vir esta noite. Eu sei que você me disse


que queria encontrar uma nova... do que você chamou ? —
Ele enrola suas mãos em um círculo.

— Tribo?

Ele estala os dedos e aponta uma para mim. — Isso.


Pensei em tropa, mas eu sabia que estava errado.

— Eu quero me certificar de alargar os meus horizontes.


Encontrar novas pessoas para ficar junto.

— Você sabe que está tudo bem por mim, se você ficar
com os atletas. Eu ficaria bem se você ainda quisesse namorar
um jogador de futebol.

— Bem, eu não vou. Eu passei por aquela casa do horror


e eu não preciso revivê-la. Uma vez já foi o suficiente, muito
obrigado.
— Eu não sei por que você acha que um cara que joga
xadrez vai ser melhor para você do que um que joga futebol.
— Jack soa levemente irritado.

Eu dou de ombros e puxo minha saia jeans favorita. Eu


vesti esta durante todo o verão. Tinha o comprimento certo
entre sexy e esportivo. Eu poderia muito bem ir com algo
aprovado e verdadeiro. Além disso, ela tem bolsos, o que
significa que eu posso colocar minha identidade e as chaves e
abrir mão de uma carteira ou de uma bolsa.

— Talvez eles não sejam, mas eu não tenho como saber,


nunca namorei um cara que joga xadrez antes.

— Eu sou a favor de você explorar coisas novas, mas


caras tem paus independentemente se eles usam um suporte
atlético ou um protetor do bolso.

— Isso é um aval seu para eu fazer sexo?

Ele caminha em direção à porta da frente. — Se você


decidir tomar um voto de celibato, o que seria ótimo, mas eu
não sou tão ingênuo.

— Talvez eu devesse ficar com Masters. — Eu brinco.

Jack abre a porta e dá alguns passos para o corredor.


Todo o tráfego para e olha para ele. Ele sorri e acena para as
meninas, o que parecem abranger todas as fêmeas no salão.

— Eu pensei que você não acreditasse na historia dele.

— O Júri ainda está se formando.


Capítulo Cinco
Ellie

— Olá, Eliot. — Masters sussurra, enquanto espero a


atendente do refeitório colocar com uma colher, um pequeno
pedaço de frango em meu prato.

— Masters. — Eu acho que nós estamos brincando sobre


a troca de nomes. Eu o senti nas minhas costas antes mesmo
de abrir a boca. Ele carrega uma certa energia crepitante com
ele.

Hoje à noite ele cheira a banho tomado, que é tão


perigoso como o cheiro que ele tinha de ligeiramente suado de
manhã cedo. Tremo só com o ânimo de vê-lo.

— Algo errado? — Há diversão em sua voz. Tenho


certeza que se eu me virar, ele estará sorrindo. Desde que
minhas defesas estão fracas pela falta de comida, eu nem
sequer ouso olhar.

— A comida aqui é ruim. — Claro, eu digo isso no


momento exato que a atendente dá meu prato. — Mas isso
parece ótimo.

Eu dou-lhe um grande sorriso que ela não retorna.


Masters abafa uma risada, enquanto eu apressadamente pego
meu prato antes que a garçonete vire a bandeja na minha
cabeça.

— Aqui é o refeitório mais próximo dos dormitórios dos


atletas, então há um monte de opções de baixas calorias para
aqueles em formação. Mas você pode pedir o cardápio para
pegar qualquer coisa.

Viro-me em seguida, porque eu preciso e vejo que


Masters tem um cheeseburger gigante, batatas fritas e um
enorme copo de leite sob a minha cabeça.

— Só agora você me diz.

Ele arranca a bandeja de minhas mãos e diz: — Você


deveria ter ido tomar o café da manhã comigo. Eu poderia ter
compartilhado todos os tipos de segredos importantes da
Western com você.

Eu sou forçada a me arrastar atrás dele como um filhote


de cachorro, quando ele faz o seu caminho de volta, onde há
cerca de dez mesas juntas e quarenta rapazes. É uma coisa boa
que eu não estou levando minha bandeja, porque a visão de
metade do time de futebol, sentados juntos, faz com que
minhas mãos fiquem suadas.

Eu uso a única opção de diversão que eu tenho, olhar a


bunda de Masters. É uma obra de arte e não estou me
referindo a uma bunda de homem qualquer. É dura e redonda,
e mesmo que ele esteja vestindo bermudas cargo, eu ainda
posso ver a flexão e liberação de seus glúteos. Quanto mais eu
penso sobre Masters flexionar liberar, mais apertado o meu
corpo fica.

De jeito nenhum Knox Masters, 1,90cm de trabalho e


nobre masculinidade pronta pra NFL é um virgem. Ele tem a
envergadura de um deus e suas mãos são grandes o suficiente,
e eu acho, que eles poderiam realmente envolver minha
cintura, o que não é, de certa forma, pequena.

Quando chegamos, meu irmão parecia quase pequeno


com seus 1,85cm de altura e seus 95 Kg. Eu não tenho certeza
quanto Masters pesa, mas ele é sólido em todos os lugares.
Suas coxas parecem com troncos de árvores, e seus ombros
são tão amplos que bloquearam o sol quando ele praticamente
me acusou de rastejar sobre ele às seis da manhã.

A porta para o estádio estava aberta! Em seguida, ele


passou o tempo todo fingindo que ele não era um jogador de
futebol mesmo depois de eu ter sugerido amplamente que eu
sabia quem ele era. Eu deveria soca-lo por isso.

Agora ele está jogando outro jogo.

Corpos não se parecem tão duros e excelentes como o


seu. Claro, existem grandes tipos em todos os lugares na
faculdade, especialmente entre os atletas, mas Masters é de um
calibre diferente. As pessoas já estão sussurrando “ele é o
cara” e “primeira base” junto com o seu nome. Calcinhas
provavelmente decoram as calçadas enquanto ele vai para a
aula. Mulheres de todo o campus tem que estar se oferecendo
constantemente como um prêmio sobre um altar para tirar sua
suposta virgindade.

Jack está sentado no meio com o braço em torno de uma


cadeira vazia. Suas sobrancelhas sobem quando percebe
Masters carregando minha bandeja.

— Eu levo isso. — Tiro meus olhos da bunda de Masters


e arranco minha bandeja de suas mãos, e resolvo sentar no
banco que Jack reservou para mim.

Masters não está satisfeito comigo. Os olhos de Jack se


alargam como uma criança no Natal quando Masters sussurra
em meu ouvido: — Você pode correr, Eliot Campbell, mas
este campus é pequeno demais para você se esconder.

Engulo.

Ele me deixa sem palavras e continua andando a passos


lentos sem se importar em direção a outros lugares livres,
como se ele não tivesse falado nada, não estou certo se foi uma
ameaça ou uma promessa.

— O que foi aquilo? — Jack murmura baixinho.

— Eu lhe agradeci por trazer minha bandeja. — Eu tento


suavizar.

— E o seu 'seja bem-vinda’ era um segredo?

Eu cavo minhas unhas na palma da minha mão, debaixo


da mesa para que não corar.

— Eu não sei o que está na sua cabeça. — Isso é tão


verdadeiro como qualquer resposta que eu possa dar.

— Então você não enxergando o suficiente. — Jack diz


ironicamente.

Eu olho para cima e vejo Masters realmente se


aproximando de nós do outro lado da mesa. Todos os assentos
estão ocupados, mas ele coloca a bandeja para baixo de
qualquer maneira em uma pequena fresta de espaço.

— Vá para o lado, Telly, por favor.

— Claro, Masters.

Telly, o centroavante do time, empurra a bandeja para a


esquerda e logo todo o lado direito da mesa está se mudando,
jogador por jogador. Masters calmamente toma seu lugar.

— Pensei que eu ia me sentar com o ataque essa noite.


Vejam só que segredos todos vocês estão mantendo de mim.

— O inferno cara, você tem que pegar leve durante a


prática, — Telly brinca. — Eu pensei que você iria arrancar a
cabeça de Ace um par de vezes.

Antes de Masters possa dizer qualquer coisa em sua


defesa, Ace inclina-se sobre a mesa e aponta a faca na direção
dele.

— Não se atreva a pegar leve comigo. Você acha que


Ohio virá fácil sobre mim ou Wisconsin? E o que você acha de
Michigan? Acha que eles vão pegar leve apenas porque este é
o meu primeiro ano como titular? De maneira nenhuma. O
minuto que Masters vier suave sobre mim é o minuto em que
ele desistiu do time, este ano.

Telly levanta as mãos em sinal de rendição. — Eu tenho


você, irmão, só brincando com o grande homem aqui.

Ele bate nas costas de Masters um par de vezes e ele nem


se quer pestanejou.

Calmamente levanta seu cheeseburger gigante para a


boca, morde a metade dele e pisca para mim. Essa é a última
interação que tenho com ele por cerca de 20 minutos. Seus
companheiros de equipe, sem saber, fazem todo o trabalho
sujo para desenterrar minhas informações.

Telly me pergunta onde eu estou morando.

— Com uma garota chamada Riley Jensen no bloco de


apartamentos Maplewood.

— Aqueles apartamentos são incríveis. — Ele acena com


aprovação. — Você tem que nos levar lá.

— Eu posso encaixar cerca de quatro de vocês na sala de


estar.

— Desde que essa pessoa seja eu, já aviso que gosto de


biscoitos de chocolate, caso você esteja cozinhando.

Eu espero por Masters colocar alguma observação sobre


gostar de determinados cookies, mas ele está completamente
silencioso.

Ahmed Lowe, um dos dois principais defensores, me


pergunta qual curso estou fazendo.

— É literatura Inglesa. Eu pretendo escrever trabalhos


técnicos, como subsídios ou livretos de instrução ou qualquer
coisa que alguém precise escrever, mas não pode por si
mesmo.

— Ellie é a prova de todo o meu trabalho. Ela faz um


ótimo trabalho. — Jack interrompe.

— Você pode escrever os meus trabalhos. — diz Telly.

De alguma maneira eu continuo sorrindo como se sua


inocente piada (acredito) não me esfaqueasse as entranhas.

— Quando você sair da faculdade, eu vou escrever o que


você quiser, mas eu não gostaria de atrapalhar seu
desempenho.

Você é uma pessoa horrível, Eliot. Muito ruim.

Clifton Knowles, o forte jogador da linha de ataque está


ao meu lado e pergunta se Jack e nós somos gêmeos porque
nós somos ambos juniores.

Jack responde por mim. — Temos dez meses de


diferença. Eu fui retido um ano e assim acabamos por estar no
mesmo ano.

O que Jack não diz é que temos tomado conta um do


outro desde que nós começamos a crescer, e que é por isso que
eu sou a única mulher sentada com a equipe de futebol. Há
quase uma centena de caras sentados e uns setenta andando ao
redor, mas no mar de músculos e testosterona, eu sou a única
menina, porque esta é a minha terceira noite aqui e Jack não
quer que eu jante sozinha.

Ele cuida de mim. Eu cuido dele. Não importa o que


aconteça.

— Isso é legal, — Diz Masters. — Eu tenho um irmão


gêmeo, mas ele joga...

— Na linha defensiva para UM. — Eu termino para ele.


É do conhecimento de todos, desde que ele apareceram juntos
na mesma capa da revista Sports illustrated.

— Ellie provavelmente sabe mais sobre futebol do que


eu. — Jack alisa meu cabelo carinhosamente.

Passo minha mão por reflexo para alisar os fios perdidos,


mas um olhar quente que Masters me dá traz de volta esses
sentimentos indesejados me fazendo soltar a mão para o meu
colo. Então, quem liga para meu cabelo se ele se parece
confuso e está estático? Não é como se eu quisesse
impressionar qualquer um desses caras. De modo algum. Eu
cruzo minhas pernas e mudo de posição na minha cadeira. Os
olhos verdes de Masters brilham para mim. Desgraçado. De
jeito nenhum que ele não sabe o efeito que tem nas meninas.
Essa coisa toda de virgem provavelmente serve para mostrar
que ele é inatingível para mim.

— Ei, rapazes.

A voz sensual interrompe meus pensamentos estúpidos.


Nós todos olhamos para cima e vemos um rosto bonito e
ruborizado envolto por uma nuvem de lindos cabelos loiro cor
de mel. Sua camisa se encaixa bem e mostra um par de seios
que rivalizam com os meus mais generosos, que eu opto por
ocultar sob uma camiseta larga superdimensionada que roubei
de Jack na escola.

Ela coloca a mão no ombro de Masters e se inclina, seus


seios tocando o lado de seu rosto.

— Quando você acabar com a sua comida terrível, eu


tenho algo especial de sobremesa para você.

A falta de surpresa de seus companheiros de mesa me diz


que isso é uma ocorrência comum.

— Desculpe Bree, você sabe que não vai ter uma resposta
de mim.

Ele aperta a mão dela e, em seguida, delicadamente tira


de seu ombro. Ela balança a cabeça com pesar bem—
humorada.

— Quando você se cansar de manter essa linha me avise.


Achei que, já que esse é seu ultimo ano, não tenho nada a
perder.

— Esse é um pensamento lógico.

— Mas ainda é um não?

Ele lhe dá um aceno amigável, porém distante, com a


cabeça. — Ainda é um não.

Ela sai para se juntar a seus amigos, que esperavam por


ela no final da longa fila de mesas.

— Não gosta de sobremesa? — Eu deixo escapar.

Meu irmão me chuta debaixo da mesa e é como se


tivéssemos quatorze anos de novo.

Quando eu me curvei para esfregar minha canela ferida,


Masters diz: — Eu estou me guardando.

— Para o quê? Casamento? — Eu brinco, porque, como


eu disse a Jack, eu não sei se eu acredito que ele seja virgem.

— Não exatamente, mas perto o suficiente. – Lá vem a


resposta séria, mas casual, e Masters empurra o último pedaço
de hambúrguer em sua boca como se ele apenas confirmasse
que a terra é plana.

O peito de frango é tão sem gosto como eu pensava, e eu


estou desesperadamente desejando um creme de leite ou
manteiga para pôr em cima, ou inferno, eu ainda espremeria
um sachê de maionese nas minhas batatas cozidas se eu
encontrasse algum.
Mas se eu tivesse sentada em um restaurante cinco
estrelas e comendo a melhor refeição da minha vida, a comida
teria o mesmo gosto, gosto de merda como essa noticia.

Eu quase falo em voz alta. Besteira de jeito nenhum. Eu


já vi esse cara na televisão. Knox tem mais movimentos do
que uma dançarina em Las Vegas. Ele pode sair do alcance de
um jogador de linha ofensiva, atropelar um receptor e jogar
um quarterback no gramado do estádio do Western em uma
única jogada.

Você não pode olhar para as mãos, antebraços com as


veias aparentes e os bíceps protuberantes, e não se perguntar se
o resto dele é tão grande também.

Você não pode ver ele se movimentando no campo,


fazendo a porra da mágica com seu corpo, e não imaginar o
que seria sentir esse movimento contra o seu próprio corpo. O
calor desce pela minha espinha e minha boca fica muito seca.
Eu fico olhando para a mesa à sua frente, como se eu pudesse
ver através da bandeja de madeira e metal os sinais da sua
virgindade.

E como seria isso? Será que acho que vai ter uma
pequena placa de madeira dizendo “Virgem”?
Merda.

Eu balanço minha cabeça com meu pensamento ridículo


e, em seguida, cometo o erro de olhar para cima, para o rosto
de Masters que, não duvido, algum dia estará estampado
enfeitando as caixas de cereais, barras de granola, e outdoors.
Ele tem olhos verdes da cor de grama e um queixo tão duro
quanto granito. Em outra época, Masters teria sido um general
de um exército imortalizado em mármore pelas suas façanhas
no campo. Hoje ele é um tipo diferente de guerreiro, um que
esmaga os seus inimigos num espaço de dez jardas.

Sua boca larga move-se conscientemente para cima e eu


tenho uma sensação desconfortável que ele pode dizer
exatamente o que eu estou sentindo de algum jeito. Eu nunca
me senti tão exposta. Eu quero arrebatar esses óculos-aviador
estúpidos fora do topo da sua cabeça e enraizá-los no meu
próprio rosto.

— Por razões religiosas? — Meu irmão pergunta.

— Por “razões Knox Masters”. — A expressão dele não


muda. Ele ainda está sorrindo, mas não há um tom de trapaça
em suas palavras. Ao meu lado, Jack se vira para Ahmed para
falar sobre sua formação única. Isso é muito detalhe, mesmo
para uma fã como eu. Eu me ajusto para fora, o que me deixa
perceber que Masters não levou a sua atenção para longe de
mim.

Eu alargo meus olhos para algo em torno de seu nariz,


porque seus olhos são tão verdes e brilhantes é como olhar
para o sol, hipnótico e perigoso.

— Eu não posso dizer se você quer que isso seja verdade.


— Diz ele em voz baixa e eu sinto como se eu fosse a única
que pode ouvir.

— Eu também não sei, — eu digo a ele honestamente. —


Mas se for, eu acho que eu preciso ir à igreja amanhã, porque
isso significa que existem coisas impossíveis como unicórnios
e a ressurreição.

Ele ri, em seguida, com uma grande boca com dentes


brancos diz. – Só há cultos as sextas-feiras de amanhã.

Eu aceno com a cabeça. — Eu sei, mas nunca é cedo


demais para me arrepender.

Mesmo sem ver, sinto seus olhos varrendo-me por um


longo tempo, como se ele estivesse analisando meu cabelo
castanho reto, meu rosto e minha camiseta folgada.
— Você não parece que tem muito do que se arrepender.

— As aparências enganam. — Eu digo maliciosamente


com um olhar aguçado.

— Elas podem, não podem? — Ele murmura e o


profundo estrondo de sua voz faz coisas estranhas ao meu
interior. Coisas que eu não deveria sentir pelo novo
companheiro de equipe do meu irmão. Eu tenho duas razões
de ouro para não namorar jogadores de futebol, não me
importando o quão atraente Knox Masters aparente, ele não é
para mim, mesmo para um caso de uma noite para aliviar uma
coceira, se ele quisesse esse tipo de coisa, o que,
aparentemente, ele não quer. Eu ainda não tenho certeza se eu
acredito nele.

Seu apetite sexual ou a falta dele não é da minha conta.


Dormir com jogadores de futebol não está na minha agenda,
então eu arranco fora a atração gravitacional de Masters e me
viro para o meu irmão.

— Você sabe que alguns dos rapazes pensavam que você


era um cara por causa do seu nome. Masters terminou de
comer a sua refeição, e eu sinto o peso da sua atenção.

Eu estalo a minha língua com falsa simpatia. — É terrível


quando você se sente enganado sobre a identidade de alguém.
Que tipo de monstro faz isso?

Espasmos saem da boca de Masters.

— Todo mundo tem suas razões. — Ele se desloca para


Jack. — O que você fará esta noite?

— Pensei em levar Ellie para passear. Talvez ir ao centro.

— Nah. Tem que ter alguma festa por aqui. — Ele se


inclina em direção ao quarterback.

— Ace, o que tem de bom para esta noite?

Ace empurra um polegar por cima do ombro. —


Hammer está dando uma festa.

Masters estende seus longos braços sobre a mesa,


circulando sua bandeja para chegar até a mim do outro lado,
ultrapassando a linha invisível que nos separa.

— Nós estamos indo para a festa de Hammer.

As palavras se espalham como uma onda de um jogador


para outro. Ace pode ser o quarterback, mas Masters é o líder
dessa equipe. Eu suspeito que se ele mandasse o grupo se
despir e correr nu pelo campus agora, eles não hesitariam e
começariam a arrancar suas roupas imediatamente. Ele os tem
sob suas grandes mãos. Quando seu sorriso puxa para cima
em um canto de sua boca, eu sinto como se eu tivesse sido
convidada também. Esse é um lugar muito perigoso para mim.

Eu empurro a cadeira para trás. Talvez Jack estar ao


redor não seja o suficiente para me manter escondida. Eu acho
que eu preciso colocar distância entre mim e a tentação.

— Eu acho que vou ficar em casa esta noite. Eu tenho


um monte de caixas para desempacotar.

Jack, como o bom irmão que ele é, não avisa que eu já


desempacotei tudo. Ele joga o guardanapo na mesa.

— Certo. Eu vou leva-la de volta para seu apartamento.

Masters levanta enquanto nós nos afastamos.

— Traga-a para a festa de Hammer. Ela vai gostar.

É uma ordem, não um pedido.


Capítulo Seis
Knox

Então é assim que Eliot Campbell se parece quando foge.


Eu balanço minha cabeça.

Eliot é errado para ela. Seu irmão lhe chama de Ellie.


Ellie se encaixa melhor, mas ainda não é certo. Talvez,
minha?

— É difícil acreditar que esses dois vieram da mesma


família. Será que um deles é adotado? — Telly fala ao
observarmos os Campbell saírem do refeitório.

— Ela parece normal. Eu mal notei que estava aqui. —


Hammer aparece do nada.

Para um cara grande, o atacante se move como um ninja.

— Ela tem uma bela bunda. — Telly esfrega o queixo


como se estivesse considerando seriamente todos os encantos
bem escondidos de Ellie. Hoje à noite ela usava o que eu acho
que era uma a maior camiseta que ela tinha. Eu não gostava
de vê-la na camisa de um cara, mesmo que fosse a de seu
irmão. Eu tive que abafar todos os meus instintos quando seu
irmão colocou o braço sobre as costas da cadeira dela.

Ao vê-la com outro homem, não importa o quão pouco


de uma ameaça ele represente, desperta uma resposta muito
profunda em mim.

Quanto a parecer normal... Merda, estes meninos são


cegos. Ellie tem os mais bonitos olhos castanhos, que cospem
fogo quando ela argumenta, e aqueles lábios? Santo inferno,
eu gostaria que tê-los pressionados contra mim e em volta do
meu pau. Sempre que ela fechava a boca, eu queria abri-la
com a minha língua. Ainda quero.

— Como você pode dizer isso através da roupa enorme


que ela estava vestindo? — Alguém pergunta.

— Vocês são homens de pouca imaginação. – Murmuro


e verifico o meu relógio. É um pouco depois das sete. Eu
deveria ser capaz de chamar o meu irmão antes de eu ir para a
festa de Hammer. — Que horas você está abrindo as portas?
— Pergunto-lhe.

Ele está olhando para mim. Todos eles estão. Eu posso


ter uma garota aleatória aqui ou ali em festa, mas nunca
demonstrei qualquer interesse sério. Enquanto o meu status
sexual era uma piada quando eu era calouro, minha
habilidade no campo tornou uma espécie de santo graal.
Metade da equipe acredita que o nosso sucesso é devido ao
resultado da minha força de vontade.

— Eu pensei que irmãs estavam fora dos limites. — Ele


gagueja.

— Elas estão para você, Hammer.

****

Matty Iverson, nosso fraco homem de linha, está no meu


apartamento bebendo uma cerveja quando eu chego em casa.
A casa em que vivemos é uma das oito em um bloco. Um
patrocinador comprou e deu de volta para a universidade
como habitação subsidiada para os atletas, mas apenas os
novatos vivem no Playground, que é como é chamado. Eu não
tenho certeza que foi nomeado, por alguns da equipe uns
quatro anos atrás ou algo assim.
Eu tenho meu próprio lugar no terceiro andar, mas a
maior parte do tempo, um dos meus companheiros de equipe
está aqui em cima.

— Por que não estava no jantar hoje à noite? — Comer


juntos todas as noites de quinta-feira é uma tradição do time.
Não é obrigado pela faculdade, mas é melhor ter uma maldita
boa desculpa para não estar aparecendo. Melhor trazer uma
irmã, como Jack fez, do que não vir.

— Meus pais ainda estão na cidade. Eles estão tirando


dúvidas de última hora com o treinador.

Eu mandei uma mensagem para você. — Matty levanta o


telefone para me mostrar o seu texto. Eu puxo o meu próprio
telefone do meu bolso.

— Então você mandou. — Acho que o treinador nos deu


o relatório de jogadores e observo até encontrar o número de
Jack. Eu gravo em meus contatos. Se Ellie não me der seu
número hoje à noite, eu vou ter que começar a partir pra cima
do seu irmão. — Você ainda está com fome?

Um jantar a noite realmente não satisfaz o apetite de


ninguém, não quando você está treinando de três a quatro
horas por dia.

— Você sabe que sim. O que você tem?

Eu procuro algo no congelador. — Burritos?

— Hammer fará uma festa hoje à noite?

Nós olhamos um para o outro e em seguida para o


burrito. Atiro de volta para o congelador.

— Certo. Isso não cheira nada sexy, enquanto você está


tentando marcar um encontro. Hot Pocket8?

— Sim, eu vou querer dois.

Eu jogo dois no micro-ondas. — Três minutos, cara.


Volto logo. Eu vou ligar pro meu irmão.

Você precisa de mais alguma coisa?

Ele joga os pés sobre a mesa de café. — Nah, eu estou


bem.

Eu fecho a porta do quarto e abro o meu computador.


Meu irmão, Ty, atende a chamada de vídeo ao primeiro toque.
Ele deve estar assistindo filme pornô ou jogando em seu
laptop.

8
Hambúrguer vendido em supermercados.
— Quando será sua semana de folga? — Eu minimizo a
tela do vídeo e abro uma janela do navegador.

— Após o dia das bruxas. Doçura ou travessura, idiota.


Por quê?

— Merda, ainda falta nove semanas. Talvez eu possa ir


até você. Temos uma folga no final de setembro.

Na caixa de pesquisa, eu digito o nome de Ellie. Ela está


na segunda página de resultados. Seu cabeçalho é uma foto
dela e Jack, e sua imagem de perfil é a parte de trás de sua
cabeça. Seu perfil está bloqueado. Ela não diz nada mais de
que ela nasceu em fevereiro. Ela deve ter a idade próxima de
Jack vinte ou vinte e um.

— É uma droga que você tem uma tão cedo. — Diz Ty.

No final do ano, folgas são melhores para os nossos


corpos e para as nossas equipes. Recebemos uma semana extra
para espairecer, tirar umas férias mentais, e voltar pronto para
lutar contra um grande adversário. Além disso, ainda temos
uma quarta semana de folga.

Uma droga, mas é o que é.

— Por que você pode vir me ver de qualquer maneira, e


que diabos você está olhando?

— Eu estou verificando o perfil de uma menina


Facebook. Está bloqueado, no entanto. Eu vou enviar—lhe o
link.

— Eliot Campbell? É um cara?

— Não, seu irmão é o cara na imagem. Ela é a única com


o rabo de cavalo.

— Que tipo de nome é Eliot?

— Ela é a única, mano.

— A única o que?

— Idiota. — Eu franzo a testa. – A única.

— Ah Merda. A fez passar no teste? — Seus olhos ficam


enormes como o de um personagem de desenho animado.

— Não, eu não tenho que ter pressa ainda. Ela é nova,


uma estudante transferida. Eu estava correndo no estádio hoje,
fazendo minha rotina de manhã cedo. — Ty enrola a mão
para mim para acelerar a história. — Seu irmão é o nosso
novo atacante que foi transferido a partir desse programa entre
Juco e a Western.

— Se ela não passar no teste, então ela não é a única.

— Eu estou te dizendo, a terra mudou quando eu a


conheci. Eu fiquei chateado que ela tinha interrompido o meu
treino, e então ela começou a falar sobre o futebol como se
fosse sua religião. Ela tem uma cicatriz em seu joelho.

— Knox, homem, você tem um fetiche estranho para


meninas com cicatrizes.

— Só teve outra menina que eu pensei que era quente por


ter uma cicatriz. — Eu fecho o browser. — É um sinal de que
ela é atleta. Não tem medo de se machucar. Vive a vida com
ambos os braços bem abertos porra.

— Ou isso significa que ela é uma desajeitada. — Ele se


recosta na cadeira e cruza os braços sobre o peito.

— Pode ser isso também. — Eu pondero.

— Olha, o mais rápido que nós pudemos estar juntos é


na sua semana de folga. Você acha que pode mantê—lo em
suas calças tanto tempo?

— Merda. Eu não sei. Eu praticamente a ataquei no


campo de futebol, esta manhã. Sua camiseta estava um pouco
molhada e mesmo que eu não pudesse ver porra nenhuma por
causa do seu sutiã esportivo, — Ty me dá um polegar para
cima em aprovação. — Eu queria tê-la sob a grama na frente
de Deus e de todo mundo. No jantar, ela sentou-se com seu
irmão, e eu tive que sentar em minhas mãos para não chegar
do outro lado e rasgar a porra do braço dele quando ele
colocou-o sob o seu assento. Eu não sei se eu posso manter
minhas mãos para mim. Eu sei que não posso ignorá-la, ela é
tão bonita e outro cara vai se antecipar.

— Jesus, Knox, você conseguiu se manter virgem por


vinte e um anos e você está disposto a desistir por uma menina
que você conhece há menos de um dia.

— Parece loucura, mas esse não é um conceito de


loucos? Não foi esse o teste que nós Masters inventamos e nos
baseamos nessas merdas metafísicas mais que nunca puderam
ser realmente comprovadas? Nós aceitamos isso na fé. Você
acredita nisso tanto quanto eu.

— Eu não acredito como você. — Ty resmunga e olha


para longe.

— Besteira. Eu sei que você acredita nisso ou você não


teria rompido com Marcie.

Marcie e Ty eram os queridinhos da escola, todo mundo


achava que eles iriam se casar, até que ela tentou subir na
cama comigo uma noite. Ela alega que não sabia a diferença.
Teria sido melhor para ela se confessasse que ela tinha feito
isso intencionalmente. Assim que Ty a ouviu dizer que não
poderia nos diferenciar, ele terminou com ela. Ele não teve
uma namorada fixa desde então.

Ty me tira do sério, mas não discuto. Alguém grita ao


fundo.

— Espere. — Ele se levanta e sai do quarto. — Eu estou


conversando com meu irmão, seus idiotas. Qual é o problema?

A gritaria recomeça. Eu não posso vê-lo. Ty retorna


olhando incomodado. — Ah, foda-se. Tenho que correr.
Alguém está dando um trote em um dos calouros, embora nós
lhes disséssemos que não fizesse nada. Você vai se arrepender
se você não fazer o teste com ela. E as imagens não mostram
nada.

Eu não acho que vou me arrepender dessa merda quando


se trata de Ellie, exceto se não fizer um movimento enquanto
tiver uma brecha. Eu não sou nada se não um oportunista. O
tempo entre ter o uniforme rasgado e o substituir é um
milésimo de segundo. Você vê a chance e se troca, e aí você
pode mostrar sua bunda se não tiver talento, colocando—o na
ESPN por todas as razões erradas. Eu não vou ficar sentado
em meus polegares esperando para ver o que acontece,
especialmente em se tratando da Ellie.
Capítulo Sete
Ellie

A festa na casa de Hammer é exatamente igual as que eu


tinha na outra universidade, muita cerveja, mulheres
seminuas, e atletas avaliando e mostrando seus talentos.
Mesmo sem o inicio oficial das aulas, há um número
considerável de alunas penduradas na varanda no momento
em que eu e Jack chegamos. Eu não quero nem imaginar
quantas estarão aqui quando a temporada estiver em pleno
andamento. Sábado à noite depois de um jogo? Este lugar
inteiro vai se invadido por pessoas.

No interior, porém, é mais silencioso do que eu esperava.


Provavelmente, as temperaturas altas do final do verão estão
mantendo as pessoas sensualmente ao ar livre. No minuto que
entro, Jack é arrastado por Ahmed.

— Ei, cara, venha ver este jogo doentio que Hammer está
jogando no Madden.

— Eu preciso pegar uma bebida para Ellie. — Jack


protesta.

— Tem barris de cerveja na parte de trás, mas se você


quiser uma bebida misturada, vá até a cozinha. — Tyrell
aponta vagamente em direção a parte de trás da casa. — Basta
dizer aos caras da cozinha que você é a irmã de Campbell.

E esta é mais uma razão pela qual eu não quero namorar


um jogador de futebol. Se já não é suficientemente ruim eu ser
a irmã de Jack Campbell, ainda tenho que ter minha
identidade submissa a alguém? Não, obrigado. Jack hesita.
Dou-lhe um empurrão.

— Eu estarei bem. Realmente. — Eu insisto. — Nova


tribo em tudo.

A história de nova tribo é besteira, porque esta é uma


festa de futebol. Eu deveria ter ficado no apartamento e
tentado descobrir o que Riley planejava fazer esta noite, mas
Jack insistiu, disse que uma vez que Masters tinha
determinado, todos deveriam seguir suas ordens como uma
equipe e mais alguma bobagem.
No entanto, eu acreditei nele também, porque aqui estou,
em uma festa cheia de jogadores de futebol, Maria chuteiras,
namoradas e pretendentes. Eu preciso encontrar um canto
agradável e tranquilo, onde eu possa me esconder por duas
horas ou até que eu possa convencer Jack que deveria voltar
para casa.

— Ela vai ficar bem. — Repete Ahmed e com outro


empurrão, Jack permite que o levem para fora para ver quais
façanhas incríveis estão acontecendo em um jogo de
videogame de jogadores da NFL.

Na cozinha, eu encontro um cara magro, com um sério


problema de acne, servindo bebidas. Eu não sei quem é, mas
desde que ele foi denominado o bartender, ele deve ser um
calouro.

— Posso ter uma Coca-Cola?

— Merda, querida, uma Coca-Cola? Eu tenho todos os


tipos de coisas aqui. Não me diga que você pretende dar a
buceta hoje à noite e não vai se embebedar como o resto de
nós. — Ele pega uma garrafa gigante de uísque e movimenta
se exibindo para mim.

Dar a buceta? Agradável. Eu resisto ao impulso de dizer-


lhe que esta buceta aqui não se impressiona com a sua
exibição. — Não, obrigado. Apenas a Coca-Cola.

Ele inclina-se sobre o balcão improvisado, um pedaço de


madeira que se estende através da abertura da cozinha de uma
ponta a outra.

— Não é apenas uma Coca-Cola, tigre.

Tigre? Este é o inicio de instrução que diz que eu sou


chata pra caralho.

— Você não quer começar da forma errada durante a


primeira grande noite do ano. Temos bebidas de meninas aqui
para pessoas como você. Agora, do que você gosta? — Ele
inclina a cabeça para cima olhando maciçamente satisfeito
consigo mesmo.

— Então, você é um apoiador? — É hora de colocar esse


cara no seu lugar. Ele é magro e tem um cabelo curto. Ele
poderia estar jogando na defesa, mas há algo sobre a maneira
como ele se inclina para frente, que me faz pensar que ele está
esperando a arma certa para se tornar um quarterback e chegar
junto.

Seu sorriso se alarga. — Como você adivinhou?


É o meu truque de festa. Algumas meninas podem
adivinhar o tamanho do sutiã. Alguns caras podem saber que
cerveja é apenas com dois goles. Eu? Posso adivinhar qual
posição você joga.

— A sua aparência. — Eu aponto. — Eles não precisam


que você esteja com um determinado peso?

Seu sorriso morre.

— Ainda trabalhando nisso. — Ele responde com


firmeza.

Ela atira. Ela pontua. — Ok, eu vou levar a minha Coca-


Cola. Obrigada.

— Entregue a Coca, cara. — Uma voz profunda ordena


atrás de mim.

— Ah, claro, Knox. — A voz do cara quase some com


espanto ao ver que o capitão do seu time está em pé na sua
frente e falando com ele. Ele procura ao redor em uma
banheira de gelo e empurra a lata vermelha e branca na minha
mão.

Quando estou saindo, limpo o topo da lata apenas no


caso dele não ter lavado bem antes de me entregar.

— Você acabou com aquele garoto. Ele vai ficar na frente


de seu espelho hoje à noite se perguntando como você não viu
seus grandes músculos.

— Talvez ele devesse passar mais tempo na sala de


musculação e menos tempo incomodando as meninas sobre
elas preferirem um refrigerante.

— Ele é jovem e está sofrendo com a perda de status. No


ensino médio, sem dúvida, ele foi o grande cara no campus. —
Masters bate o punho com alguém e acena para a outra
pessoa, mas não para de falar comigo. — A transição é difícil
para alguns.

Algumas pessoas me dão um olhar avaliador


perguntando o que uma pessoa como eu está fazendo com
Knox Masters. — Não foi para você, entretanto.

— Eu estava morrendo de saudades de casa no primeiro


semestre. Eu estava longe do meu irmão e da minha família.
Eu tinha que me lembrar do por que eu estava aqui e por que
eu precisava ir para o treino todos os dias.

A sua honestidade sincera me surpreende tanto que eu


paro de andar.

— O quê? — Ele pergunta quando ele percebe que não


me movi.

— Estou surpresa que você admitiu isso.

— Você acha que admitir que eu estivesse com saudades


me faz um fraco? — Ele levanta uma sobrancelha surpreso. —
Ou você está surpresa que eu tenha sentimentos?

“Chega de choramingo, seu maldito desgraçado! — Eu ouço


meu pai gritando com Jack. — Não há lugar para a emoção neste
jogo. Você é um vencedor ou você é uma maldita menina como sua
irmã?”

— Eu pensei que a indiferença era necessária para vestir


o uniforme. — Eu digo. Tento fazer uma piada, mas os olhos
astutos de Masters me dizem que ele viu através de minha a
camada de verniz. Eu desvio o olhar.

Na varanda de trás, uma longa fila de pessoas esperam


para obter uma cerveja. Ninguém está ficando bêbado em uma
festa, apenas com um par de cervejas.

Talvez Knox perceba que estou prestes a fugir porque ele


pega a minha mão.

— Vamos.

Quando ele me puxa passando pela multidão, em torno


da barricada e em direção a um canto escuro onde uma árvore
coberta toma cerca de metade da varanda, eu começo a entrar
em pânico. Por um milhão de razões que eu não quero
explorar, eu não posso estar com Knox Masters em um canto
isolado.

Eu puxo meu pulso. — Eu acho que eu quero dançar.

Ele me olha como se dissesse, tem certeza? Você está


tomando essa besteira?

— Então nós vamos dançar.

Eu suspiro. Não há nenhum jeito de me livrar dele.

— Knox! Eu estou disponível hoje! — Uma loira


borbulhante com aparência de estrela de Hollywood se joga na
sua frente.

Seus peitos estão em plena exibição sob a parte superior


de um top, que parece mais com uma faixa de curativo. Ela
está vestindo um short jeans tão curto e alto que mais se
parece com roupa íntima. É uma vestimenta popular por aqui.
A maioria das meninas está vestindo um monte de franjas e
shorts. Poderíamos estar no Coachella, exceto pelo deserto e
as bandas.

— Olá, Kitty.

Ela coloca a mão no peito dele, logo acima de seu


coração e suas unhas perfeitamente cuidadas flexionam contra
seu top azul marinho. A vontade de rasgar a mão dela me
pega de surpresa. Eu quero rosnar para ela, e avisar que este
peito me pertence. Eu me envolvo, por um momento, em uma
fantasia onde estou empurrando ela e esmagando sua
garganta. Felizmente para ambos, Masters dá alguns passos
para trás.

O olhar de Kitty vai para nossas mãos unidas. Um olhar


confuso cruza seu rosto como se ela nunca o tivesse visto
segurar a mão de uma garota antes. Eu sei, eu quero dizer, é
estranho para mim, também.

— Esta é sua prima? — Ela balbucia.

— Não, ela é minha... — Antes que ele possa terminar a


frase, Hammer aparece e envolve um braço em volta de nós
dois. — Esta é a irmã de Jack Campbell, KittyKat. Ele é o
nosso novo bloqueador, que veio transferido, e têm mãos
muito boas. Ela é uma amiga da equipe.

— Oh, isso é bom. — O sorriso de Kitty volta. Ela


estende a mão. — Eu sou uma amiga da equipe também. —
Ela pisca.

Isso é bom, contanto que ela fique longe de Masters.


Ellie, não vá por aí. Eu recobro meu juízo juntos e falo pra ela.

— Na verdade Kitty, Masters me disse que queria


dançar.

— Ele disse? — Diz ela, com os olhos arregalados.

— Masters? — Ele franze a testa. — É isso que você quer


fazer comigo?

Eu não tenho de responder a essa pergunta estranha


porque Hammer interrompe com um olhar de surpresa igual
ao de Kitty.

— Você quer dançar, homem? Desde quando? —


Masters coloca o braço em volta dos meus ombros. — Ellie
está fazendo uma piada.

— Não é uma boa piada. — diz Kitty, incerta.


Masters acena com a cabeça solenemente. — É por isso
que eu vou levá—la a este canto aqui e dar—lhe algumas
instruções sobre como fazer uma piada. Você vai dançar com
Hammer e mostrar—lhe os passos que você aprendeu durante
o verão.

Kitty e Hammer concordam entusiasticamente e


desaparecem.

— Eu não estava fazendo nenhuma piada.

— Confie em mim. Minha dança é uma piada de mau


gosto. Você não quer vê-la.

Ele me deixa ir, uma vez que passamos da barricada e eu


vago para o canto de trás da varanda, longe da música, da
multidão, das Kittys do campus. Mas eu não posso me animar
com a idéia de Masters, então eu subo no topo da grade e
resolvo passar a noite observando as pessoas, o que é melhor
que estar dentro de uma casa abafada, assistindo a um bando
de caras bêbados jogarem Madden em uma tela grande.

A parte de trás da casa tem um pequeno espaço verde


que é compartilhado por cerca de seis ou sete outras casas —
O infame Playground que é onde a equipe de futebol vive.
Quando Jack recebeu o convite para se mudar para uma das
casas, nós a conhecemos e achamos que a equipe de
treinamento da Western tinham grandes expectativas nele.

Knox pula, passando com uma mão sob o corrimão.

— Quão alto você acha que consegue pular? — Pergunto


antes que possa me parar.

— Impressionada com meus músculos, não é? — Ele


abre um foda de um sorriso presunçoso e flexiona seus bíceps.
Meu corpo aperta em uma resposta instintiva. Pelo menos eu
posso pôr a culpa na biologia.

É normal para eu ficar ligada por um cara grande e forte.


Gerações de mulheres sucumbiram a grandes homens
musculosos. É por isso que um espécime como Masters existe.

— Eu posso pular uns tímidos 2 metros, não tão bom


como JJ Watts, mas eu vou chegar lá. Então, por que estamos
nos escondendo aqui?

— Eu estou em uma festa com mais de uma centena de


pessoas. Não creio que isso se qualifique como esconderijo.

Masters passa a mão em torno de sua nuca raspada e seu


queixo com barba por fazer, o que só serve para fazê—lo
parecer uma centena de vezes mais quente. Eu me lembro de
que queixos peludos podem significar bundas peludas e costas
peludas, porém, infelizmente, isso não faz nada para acabar
com a minha atração por ele. Tomo um gole da minha Coca—
Cola para esconder minha agitação e espero que isso me
ajude.

— Está escuro aqui. Não há ninguém a uns 4 m de


distância. Eu acho que isso se qualifica como esconderijo. —
Ele se inclina mais perto, seu musculoso antebraço
descansando a uma polegada da minha bunda para sua
comodidade. Eu tento me afastar um pouquinho, mas um
galho de árvore me impede.

— Esta coisa é um perigo. — Eu bato no galho. Isso faz


com que algumas folhas caiam, porém ele não me dá qualquer
espaço para me afastar. Estou presa entre seu corpo e a floresta
indisciplinada.

— Hammer está muito ocupado para cortá—la. Além


disso, eu acho que as pessoas fodem aqui em volta. Ele
provavelmente mantém para proteção.

Eu levanto uma sobrancelha. — Isso é um conhecimento


pessoal?

— Pessoal? Como vez que cometi o erro de vir verificar


alguns ruídos, achando que era algum animal fuçando o lixo e
encontrei um dos meus companheiros de equipe se limpando?
Então, sim, isso é de conhecimento pessoal.

— Ainda vai ficar insistindo com essa coisa de virgem,


não é?

— Eu sou. — Ele levanta uma garrafa com alguma


bebida para seus lábios. Sua grande mão quase cobre a garrafa
com líquido transparente. Provavelmente vodca. Eu desvio os
olhos de seu pomo de Adão balançando porque isso realmente
é sexy. — Você não acredita em mim, não é?

— Não, eu não acredito. — Eu inclino minha cabeça


como se uma nova perspectiva possa revelar a verdade. — Eu
não sei por que. Eu olho para você e acho que não pode ser
verdade.

Ele sorri para mim. — Eu tomo isso como um elogio,


mas é verdade. Quer dizer, eu estou contente que você acha
que eu sou atraente. Isso é um bom atrativo para a minha
futura namorada.

— É tão importante eu acreditar em você?

Ele me lança um olhar desconcertante com essas joias


verdes brilhantes que ele possui. — Sim, eu acho que é.

Recuso-me a explorar esse sentimento. É muito


assustador. Faço-lhe outra pergunta.

— Então, você nunca ficou com ninguém, nem nunca


teve uma namorada?

— Não, eu tive. — Seu braço desliza sobre a polegada de


distância e agora repousa contra a minha bunda.

Eu tento não deixar isso me afetar. Eu tento fingir que o


pouco contato entre seu antebraço nu e minha bunda vestida
com jeans, não está se espalhando por todos os nervos do meu
corpo.

Eu limpo minha garganta. — Então, você já fez de tudo,


mas ainda é virgem. Últimas noticias cara, você não é virgem.

Ele dá uma risada baixa e profunda. — Eu nunca enfiei


meu pau em uma menina. Eu nunca recebi um boquete. Eu
nunca fiz sexo oral em uma menina. Mas fui a primeira e
segunda base.

— Eu não posso acreditar que eu estou perguntando


essas coisas para você, mas eu não consigo parar. E em parte é
culpa sua, porque você continua respondendo. Mas e sobre
transar a seco?

Ele toma mais um gole de sua garrafa e depois outra.


Então ele drena a coisa toda e coloca a garrafa no chão da
varanda.

— Sim, eu vou admitir isso. Será que mantenho meu


estado de virgem?

— Eu vou pensar sobre isso. — Eu estou contente que


está escuro porque eu me sinto quente, e eu aposto que eu
pareço uma beterraba de tão vermelha.

Por que eu estou fazendo essas perguntas pessoais de


Knox ‘Super’ Masters, eu não sei. Mas eu sou aquela em
sofrimento, porque agora tudo o que posso pensar é como
seria beijar Knox, me escarranchar no seu colo e me esfregar
contra ele até que nós dois estejamos loucos de tesão. Transar
a seco? Será que eu realmente perguntei isso a ele? Eu
pressiono minha lata contra a minha testa, mas está morna e
não fornece absolutamente nenhum alívio. Acho que preciso
de uma cerveja gelada. Ou aquele rum que o garoto me
ofereceu anteriormente.

— O que você está bebendo? — Pergunto, em um esforço


para me lembrar das conversas normais e desço do meu lugar
na varanda. Algumas pessoas se afastaram mais,
provavelmente atraídos pela força gravitacional de Masters.

— Água.

— Tá me zoando. Água? Nenhuma cerveja? Nenhuma


vodca? A temporada ainda nem começou.

— Haverá tempo de sobra para beber no final da


temporada. — Diz ele suavemente, nem um pouco ofendido.
— O tempo médio na NFL é de cinco anos. Se eu tiver muita
sorte conseguirei dez. Quinze se os deuses sorrirem para mim.
Isso me dá quarenta anos de sobra para beber e viver
entorpecido.

A disciplina que esse cara tem me espanta. — Você vai


receber sua gratificação atrasada.

— Acho que pode valer a pena.

— Como você pode ter certeza?

Ele ri. Ele joga a cabeça para trás, e o estrondo fundo em


seu corpo começa e termina no meu.

Foda-me.
Ele é lindo, talentoso e tem um senso de humor maldito.

A vida é tão injusta.


Capítulo Oito
Knox

Com um pouco de esforço eu engulo o resto da minha


gargalhada.

Eu queria tanto apertar Eliot, suas bochechas estão


coradas agora, mas tenho a sensação de que iria passar por
cima tanto quanto a tentativa de Hammer de jogar a bola,
mais não significa que seja sempre assim. Seu braço é uma
merda. Se fizermos uma jogada ensaiada, ele será o único que
não jogará a bola para o campo em direção a Ace.

Ela se mexe desconfortavelmente, mas eu não faço


qualquer esforço para que esse desconforto suma. É uma boa
sensação. Ela está muito consciente da minha existência, mais
que justo já que não consigo parar de pensar nela também.

Não está sendo fácil abster-me de todas essas garotas que


se mostram dispostas e se jogam para mim. Isso só piorou
depois que apareci na capa de uma revista com um monte de
outros jogadores universitários e com o subtítulo: Quem será o
próximo? Eu nem sequer queria estar na capa. Era apenas um
aviso, não há dúvida de que a imagem mostrava apenas o
quanto estávamos estupidamente em boa forma nos vestiários.

Há tantas bucetas dispostas que, simplesmente, fica difícil


se esquivar. Em uma grande universidade, tudo o que você
tem a dizer é que você tem um lugar no time e as meninas
estão prontas para se espalhar em torno de você. Mesmo o
bartender calouro com cara de rato, não terá qualquer
problema em encontrar uma garota para ir para casa hoje à
noite, mesmo que ele tenha agido muito inadequadamente
com Ellie. É mais fácil se controlar quando se bebe água ao
invés de cervejas e malditos drinks. É fácil dizer não as ofertas
de HGH ou o dinheiro de agentes. Há repercussões reais
nessas ações.

Mas dizer não a uma beleza quente, de cabelos escuros


que não quer nada mais do que colocar os lábios em volta do
meu pau? Ou não para uma ruiva bonita que me prometeu que
seus pelos são iguais em todos os lugares? Ou não para a loira
que chega duro e mostra a parte superior do seu “tanque” com
seus mamilos eretos sem disfarces e que ela aparentemente
obteve a partir do momento que manteve sua bunda
esfregando em meu colo? Isso exige esforço super—humano.
Com o passar dos meses parecia mais difícil de eu me lembrar
por que decidi que iria esperar.

Eu não sou religioso. Oh, eu acredito em um ser


superior. Se me perguntarem eu diria que o céu e o inferno
existem de alguma forma. Mas a minha decisão de esperar não
vem de nenhum texto que foi escrito há dois mil anos atrás, ou
de algum cara no topo da montanha. É um inferno de muito
mais banal e entediante. Mas eu consegui dizer não, já que eu
esperei tanto tempo não faz sentido desperdiça-la agora em
uma transa rápida e fácil em algum banheiro de bar ou quarto
da casa de fraternidade.

Porra, mas meu pau está realmente duro.

Seria mais fácil se eu fosse um eremita como Ace, que


prefere ser amarrado e açoitado publicamente a se sentar e
jogar conversa fora com um bando de idiotas que mal conhece
em festas, é por isso que ele está se escondendo na sala de
videogame jogando Madden. Mas eu gosto das multidões, eu
não via a hora de ver todas essas pessoas aqui na casa de
Hammer animadas por estarem conosco. E eu não estou todo
imune ao charme de Ellie Campbell, seu amor óbvio pelo
esporte, independentemente de ter falado besteira afirmando
que ela odiava e seu corpo firme.

— Você está pronta para o Missouri? — Ela pergunta.

Eu viro meu rosto para esconder um sorriso de triunfo.


Não só é sua bunda que ainda está plantada no corrimão, mas
ela está fazendo perguntas como se ela não pudesse me parar
de responder. Eu gosto de como, às vezes, as linhas do
universo estão perfeitamente alinhadas.

— Pode apostar, mas eles são um adversário digno.

Ela bufa. — Você não tem que fingir para mim. Eles são
péssimos e você deve vencê-los por pelo menos três pontos de
diferença.

Nosso primeiro jogo é em menos de dez dias e devemos


vencer. Na verdade, o nosso primeiro jogo difícil não será em
menos de cinco semanas, mas você não pode entrar em um
jogo pensando que já ganhou, antes mesmo de pisar no
campo.

— A equipe que você ignorar é a equipe que te vencerá.

Ela balança a lata de Coca-Cola e nós ouvimos que está


vazia, mas eu não estou pronto para ir para dentro e pegar
uma nova bebida. Eu aposto que aqui fora no canto escuro é
quase como se estivéssemos sozinhos. Eu posso trabalhar com
isso.

— Como a derrota para os Ducks ainda te faz sentir? —


Ela pergunta.

— Parece que foi ontem. Essa derrota não sumirá até nós
ganharmos o campeonato nacional. — Nós colocamos uma
merda nesse jogo contra os Ducks no ano passado, mas este
ano será uma história diferente. Isso não vai acontecer este
ano. — Passei o verão assistindo a fita do ataque e do
condicionamento do time como um filho da puta. Ninguém
está me ultrapassando em campo este ano. Se alguém está
tentando recuperar o fôlego durante o quarto tempo, não serei
eu.

Ellie inclina a cabeça e o cabelo cai como uma cortina,


um escudo de privacidade. Eu me pergunto o que ela faria se
eu enterrasse a minha mão no seu cabelo para mantê—la
estável, enquanto eu sugasse aqueles lábios rechonchudos com
minha boca. Tendo em conta que um beijo não seria
suficiente, eu provavelmente deveria me perguntar se ela gosta
de demonstrações públicas de merda, porque uma vez que eu
tenha a minha língua em sua boca, não demoraria muito para
que eu quisesse meu pênis dentro de sua vagina. Dizer pênis
agora fazem minha bermuda cargo um tamanho muito
apertado.

— Como é que você e seu irmão não jogam para a


mesma equipe? — Ela pergunta. A parte colorida do seu busto
reflete a luz e a faz parecer como uma fada. Uma fada sexy.
Ela está usando uma saia jeans, e a parte superior do seu corpo
é decorada com algo que se parecem com escamas de peixes,
lantejoulas eu acho. Ela brilha quando se meche. Ele não
mostra muita pele, mas a sugestão está lá. Como falou Telly,
ela tem uma bela bunda mas ela também tem uma linha de
frente de tamanho considerável.

Os seios dela podem até derramar fora das minhas mãos


gigantes. Eu enrolo minhas mãos em punhos para evitar fazer
o teste.

— Nós jogamos na mesma posição e não queríamos


competir um contra o outro para jogar o tempo, como fizemos
na escola.

— Essa foi a informação que a revista espalhou. — Ela


sorri, lembrando—se de algo que gostou, espero que seja eu.
— Seu irmão parece um pouco magro, no entanto. Você o
importuna sobre isso?
Eu começo a respirar mais leve, porque aqui está — onde
o pneu encontra a estrada. Muitas pessoas não podem nos
diferenciar e ela está sugerindo que ela pode.

— Ele não acorda cedo o suficiente para treinar e não


recebe os benefícios disso. — Eu brinco. Isso é uma mentira
parcial. Ty gosta de levantar mais tarde, mas ele é um animal.
Tivemos competições durante todo o verão e provavelmente
teríamos nos contundindo por causa dos nossos esforços em
superar um ao outro, se o nosso pai não tivesse monitorado o
nosso progresso.

— Eu sou assim também. Eu gosto de me levantar cedo,


mas o Jack é uma pessoa da noite. Ele preferia praticar no
período da tarde, ficar, assistir filme, e depois dormir até
meio—dia. Eu gosto de começar tudo fora do caminho, para
que eu possa passar a noite me divertindo.

— E o que é diversão para Ellie Campbell?

— Ellie? — Diz ela com uma sobrancelha levantada.

— Ellie. — Eu respondo com firmeza. Eliot é a porra de


um nome estranho para uma menina, embora eu mantenha
esse sentimento para mim mesmo. — Você se parece com uma
Ellie, não uma Eliot.

— Como uma Eliot se parece?

— Um metro e setenta e oito, usando jeans skinny.


Talvez com um cavanhaque.

— Isso é muito específico.

— Você está evitando a pergunta? — Não é uma simples


pergunta, Ellie fará parte da minha vida por um longo tempo.
Eu preciso saber o que ela gosta de fazer.

Ela encolhe os ombros e vira o cabelo para trás,


permitindo que a luz entre em nosso pequeno círculo.

Pequenas manchas de cor dourada iluminam sua testa e a


parte superior de seu nariz.

— Eu gosto de futebol. Assistir é claro. Eu gosto de


coisas organizadas. De abrir um novo pacote de lápis
perfeitamente afiados. Iniciar um novo diário. Escrever o
primeiro compromisso em minha agenda.

Ellie bate-se na testa. — Deus, eu poderia ter soado mais


nerd? Deixe-me tentar de novo. Eu gosto de beber cerveja
todas as noites e fumar um baseado antes de dormir.
— Eu gosto da Ellie nerd. — Eu digo a ela e esfrego a
região no topo de sua testa em que ela bateu. O toque a
surpreende. Ela acalma.

— O que você está fazendo? — Sussurra. As palavras


saem quase inaudíveis, mas eu sei o que ela disse mesmo se ela
estivesse do outro lado da sala.

— Sentindo você. — Eu não posso evitar em deixar


minha mão cair para sua bochecha. Ela é tão suave quanto
parece. Eu me pergunto se outras partes dela são suaves
também.

— Eu não acho que você deveria fazer isso. — Ela


protesta, mas não se move.

— Por quê? — Seus olhos são como chocolate. Eu quero


comê-la.

— Porque passa uma ideia de menina. — Ela abaixa a


cabeça e os lábios quase escovam a palma da minha mão.

Relutantemente, eu retiro. Tenho a sensação de que


preciso desacelerar por ela, que neste momento ela não vai
reconhecer minhas ações como sendo sinceras ou genuínas.
Eu deixo cair a minha mão para a madeira áspera da grade da
varanda e imediatamente perco a sensação de sua pele.

Ao meu lado, ela faz um pequeno suspiro. Eu escolho


interpretá-lo como desapontamento.

Depois de alguns momentos, ela quebra o silêncio e


pergunta: — Por que você vestiu o uniforme de seu irmão para
a sessão de fotos da revista? Você não poderia pegar qualquer
outro?

Meu coração para. Literalmente. Ele para por um


segundo antes que ele comesse a bater novamente. Eu exalo
fortemente e coloco uma polegada de espaço entre nós. Ela é
muito potente e estou me sentindo fraco.

— Não, eu não poderia usar outra.

— Sério? — O espaço entre seus olhos enruga. Eu tiro


minha mão do corrimão e me afasto. Mas não há espaço
suficiente que eu possa colocar entre nós dois. Estou a cinco
segundos de jogá-la no chão.

— Realmente. — Eu insisto. — Eu usei sua camisa da


MU o tempo todo e ele usava a minha. Mas como você pode
dizer isso?

— Vocês são parecidos, mas não são idênticos. — Seu


tom é incerto, como se alguém pudesse nos diferenciar.

— Nós somos iguais.

— Se você diz. — É evidente que ela não vê dessa forma.

— Não sou eu quem diz isso, é a realidade. — Eu retiro


meu telefone e pressiono levemente para o álbum de fotos de
família. — Aqui, você vê?

Eu lhe mostro uma imagem do verão passado. Estamos


no lago e nós temos os nossos braços nos ombros um do outro.
Meu irmão está vestindo uma sunga azul e eu uma sunga
vermelha. Nós dois estamos usando óculos—aviador iguais,
que a nossa mãe comprou de aniversário.

— Olha, ninguém mais pode nos diferenciar. Mesmo


meu pai tem problemas. Só a minha mãe é capaz de fazê-lo de
forma consistente.

— Não é minha culpa que todos ao seu redor têm uma


visão realmente de merda. — Ela aponta para minha imagem.
— Você está usando a sunga vermelha.

Puta merda.

— Como, exatamente, você pode nos diferenciar? Agora


fale sério. Sem piadas. Nenhum jogo. Jure sobre uma pilha de
bíblias sagradas.

— E se eu for ateia?

— Que seja, eu juro em uma pilha de teorias de Darwin.


— Eu rolo meus olhos.

— Sua mandíbula é mais quadrada e definida. — Ela


aperta a foto, zooms, e traça o seu dedo pela minha
mandíbula. Eu me sinto como se o toque de seu dedo
realmente tocasse meu queixo, me enviando um arrepio que
percorre minha espinha. — Os olhos dele são estranhamente
próximos, como um estranho show de horror. Nada contra o
seu irmão. E você é mais alto e mais musculoso.

Ela acha que eu sou mais musculoso. Eu não posso


esperar para contar a Ty esses detalhes. Logo antes que ambos
fossemos para a escola, no inicio do treinamento para os jogos
no verão, nós fomos pesados e medidos. O diâmetro dos
nossos bíceps é mesmo. Eu passo para outra foto. Desta vez
nós estamos ambos vestindo ternos para o casamento do meu
primo. Mesmo minha mãe teve um tempo difícil de saber
quem era quem nesse dia.
— Que tal essa?

— Você é o da esquerda.

Eu era o único à esquerda. Enfio meu telefone longe,


coloco minhas mãos em minhas coxas, e respiro fundo para
recuperar o fôlego. Gostaria de saber se esta é a forma como o
Hulk se sente antes de ficar verde. Meu coração dispara, as
minhas mãos suam e eu sinto que estou saindo da minha pele.

— Há algo errado? — Ela coloca uma mão nas minhas


costas e me força a não recuar.

— Não. Tudo está exatamente como deveria ser. — Eu


exalo mais uma vez e endireito o olhar para o rosto da minha
menina, que mostra partes iguais de confusão e preocupação.
Eu agarro a mão dela. Precisamos de um impedimento, e
agora mesmo o que nos impede são as pessoas, montes e
montes de pessoas.
Capítulo Nove
Ellie

— Você está com sede? — Pergunta Masters, enquanto


me arrasta do meu canto escuro, passando por onde está o
barril de cerveja e em seguida para a cozinha. Estou assustada
pela mudança repentina no cenário.

Em um minuto estávamos sentados próximos no escuro,


a única iluminação era a lua e as pequenas luzes de Natal, e
falando sobre quantas bases ele já passou e no próximo, ele
está me arrastando de um lado da casa para o outro após o
estranho teste das fotos.

Ele bate no ombro do calouro que é o bartender, pega


uma Coca para mim, e enche sua garrafa vazia de com água
de um jarro na geladeira. Ele realmente estava bebendo água.

Acho isso um tanto quanto encantador e estranho. Meu


irmão é um atleta sério, mas ele gosta de vez em quando de se
soltar um pouco. Masters está em outro nível. Eu não duvido
nem por um segundo que eu estarei assistindo, durante os
próximos anos, ele jogar aos domingos na minha sala de estar.
Como se eu precisasse encontrar outra coisa mais atraente em
Masters.

— Obrigada. — Eu digo quando ele me dá a minha


bebida. Eu tenho que ficar longe dele.

Em algum lugar nesta casa está o meu irmão mais velho


e eu deveria encontra-lo. Eu coloco a cabeça em direção a um
corredor escuro e avisto após a sala de estar, que está servindo
como a pista de dança, algo que parece estar atraindo os trinta
mil alunos, mas eu fico parada por conta da corrente que
segura minha mão.

— Indo a algum lugar? — Suas sobrancelhas arqueiam


um pouco e nós dois sabemos que não há nenhum lugar em
que eu posso ir nesta casa que Masters não esteja me
encontrando. O lugar é muito pequeno. Ele é muito grande.

— Indo encontrar meu irmão. — Puxo, mas ele não


libera minha mão. Eu poderia torcer meu pulso e cair fora. Na
verdade, isso é o que eu deveria fazer. Eu não deveria
desfrutar da sensação de seus dedos ásperos em torno de mim.
Eu não devo formigar nos meus locais privados com o
pensamento do seu toque em qualquer outra parte do meu
corpo.

Por que é tão difícil fazer o que você deve fazer, em vez
de o que você quer fazer?

Talvez a melhor pergunta seja: Por que eu quero coisas


que são ruins para mim? Porque não há nenhuma dúvida de
que Knox Masters é ruim para mim. Embora eu possa ter
problemas com meu pai, quem não tem problema com seu
velho? Desde Travis, eu tenho tomado boas decisões quando
se trata de homens. Tomo grandes decisões principalmente por
eu estar evitando jogadores em geral, mas mesmo se Masters
não jogasse futebol, ele seria alguém que eu deveria ficar
longe. Eu não gosto de jogadores confiantes ou talvez até por
causa dessa decisão de se manter virgem, que Masters parece
ser tão confiante como realmente é.

Ele sabe que ele vai jogar aos domingos e ele tem que
saber que ele é o rei deste campus. Se ele estalar seus dedos,
99,9% das mulheres e, talvez, metade dos homens estariam ao
seu lado dizendo ‘Sim, por favor’ a qualquer pedido que ele
faça, não importando o quão degradante ou ridículo seja.

Desta vez, quando eu me afasto, eu puxo e torço e minha


mão solta facil.
A música muda e "Whatch Me", de Silento, começa a
tocar. Ele me vê desaparecer. Eu aceno para ele antes de sumir
na multidão. Ele olha para mim, com uma expressão
pensativa no rosto. Tenho medo do que ele está pensando,
então com medo de que seu interesse possa me chamar de
volta, eu viro e danço com o aluno bêbado mais próximo, na
esperança de que em algum lugar dessa massa de pessoas
esteja o jogador de xadrez que eu disse a Jack que estaria
saindo neste semestre.

Mas o meu plano vai por água abaixo quando um círculo


se abre no centro da sala e os jogadores de futebol, que não
estavam se escondendo no quarto jogando Madden, começam
a mostrar os seus movimentos Nae-Naes e Dougies. Você mal
consegue ouvir a música, somente os gritos da multidão.
Matty Iverson, o linha de frente da All American Conference
Mid, começa primeiro, balançando os quadris e moendo para
baixo até o chão, antes de saltar para trás com um pé no ar.
Seu tufo de cabelos pretos encaracolados sacode com ele.

Outro jogador o segue com seus companheiros de equipe


gritando para ele ficar abaixado. Seus braços o bloqueiam, e
então ele coloca uma mão atrás da cabeça e mexe os cotovelos
enquanto ele salta em um grande círculo. Eu não posso deixar
de sorrir e gritar junto com todo mundo, como um após o
outro jogador nos dá uma pequena exibição de seus
movimentos.

A parte de mim que ama o futebol é a mesma parte de


mim que responde a esse show aqui, a ostentação, a forma
atlética, a energia da multidão. As batidas da música e os
gritos sincronizados ressoam por todo o meu corpo.

— Você quer dançar?

Eu nem sequer o sinto chegar. Masters inclina suas mãos


encontrando um ponto de descanso perfeito na minha cintura.
Seus lábios estão tão perto do meu ouvido, o que poderia
classifica-lo como um beijo.

Realmente está quente aqui.

— Na verdade, não.

— No entanto, aqui está você. Na pista de dança. — Sua


boca vem pra cima de minha bochecha. Ele começa a me virar
em seu abraço quando eu sou salva por um grito.

— Masters! Traga sua bunda branca sem ritmo aqui.

Masters balança a cabeça e ri, e é como antes, profundo e


forte como se apenas a sua risada fosse suficiente. Meu corpo
estúpido aperta em resposta, porque eu sei que ele seria uma
fera na cama. Ele jogaria toda sua energia e entusiasmo, e
seria sujo, barulhento e cansativo. Meninas andariam
engraçado por três dias.

— Nós manteremos essa música tocando sem uma


interrupção do caralho, se você não vier aqui e se jogar para
baixo. — Hammer chama. Ele se vira para a multidão,
agitando os braços para cima e para baixo, e começa a cantar,
Masters, Masters. Os alunos o pegam e logo Masters, e eu,
estamos no meio do círculo.

Ele esfrega a mão pelo rosto e se vira para mim. — Não


se esqueça de que eu sou todo americano, calouro e
universitário e fui escolhido em ambos os anos.

Ele para de se gabar e pisa no espaço vazio abrindo os


braços, como um mestre de cerimônias em uma grande tenda
de circo. Ele grita com todo pulmão: — Nós nos divertimos
Warriors?

Todo mundo pula e grita: — Sim!!!

Ele estala os dedos, a música aumenta e nós assistimos


de boca aberta como Knox Masters, o jogador de futebol
profissional, o orgulho da equipe dos Warriors e esperança de
vitória no campeonato nacional, começa a dançar. Ele é...
terrível.

Knox empurra o braço entre as pernas e faz uma meia


batida com seu outro braço. Ele não se parece com ele, está
parecendo uma britadeira fora de controle na tentativa de fazer
o movimento certo. Seus companheiros de equipe explodem
de tanto rir. Fica óbvio que eles já viram esse show antes.

Todo mundo grita e assim faz Knox. Seu sorriso é


enorme enquanto ele dança fora do ritmo e tenta moer para
baixo e todos continuam gritando para ele fazer mais. Seu
desempenho é curto, não mais do que trinta segundos ou
menos, mas é o suficiente para quebrar minha barreira de não
atleta e derreter meus ovários.

Ele acaba por cair nos braços de seus outros atacantes


defensivos, que o lançam de volta e ele parece
descuidadamente certo para mim. Eu estendo as minhas mãos
para apoiá-lo, só que é insuficiente, habilmente ele volta ao
controle de seu corpo mais uma vez. O DJ segue com Jason
Derulo com "Want To Want Me" e Masters aproveita a
mudança para me balançar em seus braços, movendo os
quadris no ritmo da música com muito melhor momento do
que quando ele tentou um hip—hop flexível no meio do
círculo.

— Gostou, não foi? — Ele bate na minha bochecha que


dói de sorrir.

— Talvez. — Nós dois sabemos que a resposta é sim.

— Eu posso fazer papel de bobo regularmente se isso


fizer você sorrir assim. — Ele sorri novamente e eu não posso
parar meus próprios lábios de enrolar para cima. Ele é
ridiculamente irresistível.

Masters toma isso como um convite para deslizar uma de


suas grandes mãos em volta da minha cintura, para descansar
no cós da minha saia jeans. Seus dedos longos descansam no
topo da minha bunda e ele desliza a palma da outra mão
debaixo do meu cabelo trás da minha cabeça, como se ele me
possuísse. Masters puxa meu cabelo para trás e seus olhos
verdes, quase pretos por causa da luz da pista de dança, furam
os meus quando Derulo canta sobre a necessidade de estar
com a sua mulher, sobre não ser capaz de esperar e estar em
estado de êxtase apenas por pensar nela. Mais uma vez, há
algo no rosto, a fome ou desejo ou a necessidade de Masters,
que me assusta. Eu quero fugir disso, mas ele me prendeu com
firmeza contra ele, como um marinheiro amarrando-se ao
mastro.

Os falsetes das notas de Derulo parecem impróprias


contra o corpo grande, e duro, que tenho pressionado contra
mim, seu tom começa a esmorecer quando a canção é
substituída por uma ainda mais lenta. Desta vez é Ellie
Goulding implorando para ser amada e fazer da maneira certa.
Masters pode ser virgem, mas eu sinto sua ereção enorme
contra o meu estômago. Uma rocha dura nem se compara ao
descrevê-lo. Tudo o que ele tem em sua bermuda esmaga as
rochas, dizimam e as transformam em pó. Parecido como
todas as minhas boas intenções.

Eu posso senti-lo se dissolver nos movimentos lentos dos


nossos quadris. Isto é a introdução de algo, algo horizontal e
suado. Eu me afasto uma polegada, o que é difícil de fazer
com uma mão em minha bunda e outra em meu cabelo.

— Eu não estou fazendo sexo com você. Sua jogada de


virgem não vai funcionar em mim. — Eu gostaria de ter mais
convicção na minha voz.

— Eu sei. — Ele murmura no meu cabelo e me puxa


para trás até que novamente não há nenhum espaço entre nós.
Meu Deus. Cada negação que sai de sua boca que me faz
querer provar que ele está errado. Ele aperta seu rosto no meu
cabelo e eu sinto o movimento do seu peito contra o meu
enquanto ele inala profundamente. Vaidosamente eu fico feliz
em ter lavado meu cabelo com shampoo de manga antes de vir
para festa, mesmo que eu jurasse para mim que não planejava
ter Masters me cheirando.

Seu status inatingível trabalha horas extras em mim. Eu


me tornei a garota que eu descrevi para Jack. Aquela que quer
mostrar Masters quão incrível seria o sexo.

— Masters, isto não vai a lugar nenhum.

Ele recua um pouco e franze a testa. — É assim que você


pensa em mim? Apenas Masters? Eu não sou seu companheiro
de equipe.

— Eu não tenho nada para você.

O canto da boca sobe ligeiramente.

— Isso é o que você pensa. — Seus braços ficam em volta


de mim novamente e ele se inclina para baixo. — Você é
bonita demais para palavras definirem.

Eu tropeço, mas seus braços me seguram na posição


vertical. Eu gostaria de ter alguma resistência para escapar,
mas minha força de vontade parece ter me abandonado.

Ele massageia meu couro cabeludo quando ele usa uma


coxa musculosa para separar minhas pernas. Eu me inclino
para ele, saboreando o pulsar que vem das solas dos meus pés
até minha barriga. Suas mãos apertam contra mim,
pressionando a minha carne macia em sua dura estrutura, eu
sinto tudo, a saliência de sua ereção contra o meu estômago, o
estriado abdômen mal disfarçado por sua camiseta apertada,
as faixas de aço que me mantém perto. Contra o meu melhor
julgamento, eu movo contra ele e sua coxa desliza mais longe
entre as minhas pernas.

O jeans da minha saia e o algodão de sua bermuda entra


em atrito com a pele recém-exposta.

Sua grande mão cai de minha bunda para o topo da


minha perna e um tremor me assola.

— O que você está fazendo comigo? — Eu coaxo.

— Shhh... — Ele murmura, seus lábios se movendo


contra a minha testa em uma leve carícia. — Estamos apenas
dançando.
Nós não estamos apenas dançando. Estamos
pressionados tão perto quanto duas pessoas podem estar. Sua
perna está tão alta entre as minhas que eu acho que meus pés
não estão mais tocando o chão.

— Masters, nós não podemos... Nós não devemos... —


Eu não posso sequer terminar minhas sentenças, porque o que
nós estamos fazendo? Eu nem sei mais.

— Eu sei. — Ele geme. O gemido gutural viaja através de


seu corpo, reverberando contra mim. Pelo menos eu não sou a
única afetada neste estranho enlace. Ele me libera
abruptamente, me levando ao redor em direção à borda da
pista de dança. Todas as pessoas que nos rodeiam fazem suas
próprias versões de sexo de pé sobre a pista de dança, e
ninguém percebe quando andamos até o corredor escuro. Eu
não sei para onde estamos indo, mas eu vou com ele.

O som profundo da sala que estávamos desaparece, mas


quando chegamos ao fim do corredor, um novo ruído nos
cumprimenta. Masters espia por uma porta aberta e os olhos
piscam com o brilho do ambiente. No interior, um grupo de
atletas gritam palpites sobre seus controles, tentando obter o
inferno fora de si em um jogo de vídeo game. Apesar de eles
praticarem todos os dias, eles estão competindo para serem os
melhores jogadores de futebol de videogame. A luz brilhante,
a reunião dos atletas, a retirada do calor e da sensação na pista
de dança é exatamente o que eu preciso para voltar para os
meus sentidos. Este é o último lugar que eu quero estar, e
Masters é a última pessoa com quem eu deveria estar
brincando, levando em consideração a minha declaração de
não ficar nunca mais com nenhum jogador de futebol.

Eu giro e dou a Masters um sorriso brilhante. — Eu vou


pegar outra Coca-Cola.

— Há bebidas lá dentro. Além disso, seu irmão está ali.


— Masters me empurra para dentro do quarto, e com certeza
Jack está sentado em um grande sofá, batendo furiosamente
em seus botões.

— Eu vou ao banheiro e então eu vou pegar uma Coca—


Cola para você. Jack, não deixe sua irmã sair. Nós estamos
discutindo sobre qual o melhor atleta de todos os tempos e eu
não vou terminar de provar que no meu caso é o Bo Jackson.

— Oh homem, ela é uma fã de Jim Thorpe. — Jack dá


um tapinha no sofá, sem tirar os olhos da tela da televisão. –
Vamos, sente-se El. Veja-me bater nesse filho da puta.

Caramba, eu posso? Eu me estatelo no sofá. Eu acho que


assim que Masters sair, Jack vai esquecer que eu estou aqui e
eu vou ser capaz de fugir.

— Não vá a qualquer lugar. — Masters aponta para mim


e em seguida, sai correndo.

Eu espero por cerca de trinta segundos e, em seguida,


levanto, mas antes que eu possa sair, outros membros da
equipe me param.

— Você precisa de alguma coisa? — Um me pergunta.

— Sim, Masters disse para você não ir a qualquer lugar.

Jack olha para cima. — Você vai a algum lugar, El? Você
não pode sair sozinha. Dê—me um minuto, falta só um quarto
para acabar o jogo e eu te levo para casa.

— Espere por Masters. — Alguém aconselha.

Eu caio para trás ao lado de Jack, porque claramente não


vou embora até que o poderoso Masters retorne. A coisa boa é
que qualquer desejo ou interesse que eu tinha, ficou totalmente
diluída na sua ausência. Na verdade, quanto mais tempo ele
está fora mais eu sou forçada a me interessar em assistir Jack
jogar o Andrew Luck* pelo campo abaixo, a menos que eu
prefira ver Masters novamente. Eu certamente não quero
dançar com ele, pressionado contra sua ampla estrutura, ou ter
suas mãos ásperas trabalhando em mim por mais tempo.

Absolutamente não.

Então, eu me concentro em Jack e no fato de que ele


tendo sua bunda chutada no jogo.

— Tente uma rota com ângulo. — Diz ele. — Não vá


muito longe o tempo todo.

Ele olha furioso, mas na próxima jogada faz uma rota


com ângulo para uma conclusão. Quanto tempo leva para ir
ao banheiro e me trazer uma bebida? Não tanto quanto o
tempo que Masters desapareceu.

O adversário de Jack, um loiro com aparência de cabelos


sujos que se apresenta como Eric, o deus da vitória, diz com
uma carranca. — Cara, você não pode ter um treinador aqui
com você.

É injusto.

Jack atira seu dedo médio para ele e murmura baixinho


para mim,

— Passo ou corro?
Está no terceiro e no segundo, e ele tem Frank Gore.
Duh. — Corra.

Jack escolhe uma jogada ensaiada, e quando a defesa


previsivelmente corre em direção a abertura, Gore atira através
e corre todo o caminho até a zona final. A sala entra em
erupção. Jack joga o controle para baixo e começa a bater a
mão no ar como se estivesse espancando alguém. Seus
companheiros de equipe começam a abraça-lo e ele brilha.
Literalmente brilha, com o mais amplo e o mais feliz sorriso
no rosto. Eric deixa cair sua cabeça em suas mãos na derrota.

Jack se vira para mim. — Você está pronta para ir?

— Você ainda tem um quarto para terminar. — Eu


aponto para a tela.

— Sim, não vou desistir até que este jogo acabe. Você me
deve cara. — Eric protesta.

— Minha irmã precisa de uma escolta para casa.

— Masters vai leva-la para casa. — Eric se volta para a


tela como se essa fosse a única resposta aceitável no quarto.

Jack olha incerto para mim e depois para a televisão. Ele


quer ficar e jogar. Isto não é sobre o jogo de vídeo game; é
sobre um momento de interação e ele está sendo aceito em
uma fraternidade mais difícil do que entrar em qualquer casa
Grega.

— Eu posso esperar.

— Tem certeza? — Ele pergunta.

Eu pisco. — Claro, mas eu preciso usar o banheiro. Onde


fica?

— No andar de cima. Terceira porta à esquerda. — Eric


aponta um dedo na minha cara. — É particular. Não há
circulação e não teve um monte de paus usando e deixando
rastro para você.

— Eu juro manter, só para mim, o segredo do local de


onde você deposita seu esperma. — Eu rolo meus olhos.

O quarto uiva e Jack sacode a cabeça, como se quisesse


dizer que ele não pode me levar a qualquer lugar.

Eu corro escada acima. Eu sigo de maneira insignificante


para depois dar o inferno fora deste lugar.

A terceira porta à esquerda revela uma cama, uma mesa


e uma máquina antiquada de coca-cola, suas linhas vermelhas
e brancas se mostram visíveis mesmo no quarto mal
iluminado. Eu fechei a porta silenciosamente atrás de mim e,
após passar pelo distribuidor de refrigerante. Há uma porta
entreaberta e uma lasca de luz derrama para fora. Eu ouvi um
grunhido, em seguida, uma calça, e em seguida uma voz
familiar soltou um frustrado,

— Poooorrrraaaaa...

Eu não deveria olhar, eu digo a mim mesmo que é


porque eu estou preocupada ou talvez eu queira provar a mim
mesmo que Masters está mentindo e tendo um sexo realmente
selvagem com alguma garota, depois de transar a seco comigo
na pista de dança. Não seria nem o primeiro nem o ultimo
jogador a fazer isso. Eu chego em torno do quadro e empurro
a porta para abrir um pouco mais.

Lá, em uma piscina de luz está Masters, uma das mãos


apoiada na pia e a outra segurando o maior, mais duro e mais
longo pau que eu já vi.
Capítulo Dez
Knox

Quando a porta do quarto de Hammer se abre, eu estou


tão perto de gozar que chega a ser cruel.

Eu sou interrompido. Minhas mãos voam livres para


agarrar a maçaneta da porta e fechá-la, quando ouço um grito
e, em seguida, um conjunto de belos dedos empurra a porta,
abrindo-a mais um pouco.

Ah, Deus. Eu não sei se a amaldiçoo ou se rezo, mas este


trabalho de merda só fica cada vez mais emocionante, porque
eu sei que é Ellie que está lá fora, respirando pesado e
comendo-me com seus grandes olhos castanhos. Eu me afasto
um pouco e descanso a minha mão sobre o balcão para que
meus joelhos fracos não me derrubem de vez.

— Eu posso ouvi-la.

— Santa mãe de Deus. Talvez você seja virgem porque


você é muito grande para uma menina aguentar. — Ela deixa
escapar. Sua movimentação é instável e ela tem que agarrar a
porta para ficar na posição vertical.

Um pouco do riso surpreso me escapa.

— Você não está fazendo isso menos constrangedor me


elogiando com esses seus grandes olhos. — Eu falo quase
sufocando.

Seus suspiros audíveis são como fluido de isqueiro em


uma fogueira. Talvez eu devesse me sentir envergonhado que
eu fui pego me masturbando no meio de uma festa, mas ao
invés disso eu me sinto inflado, mais quente sob o seu olhar
intenso. E ela não vai a lugar nenhum.

Nem eu.

Quando eu comecei a fantasiar que estava escorregando


a saia de Ellie na pista de dança e empurrando meus dedos, no
que eu sei que é a mais molhada e apertada buceta de todos os
tempos. Quando ela começou a montar minha coxa, eu pensei
que eu ia me desfazer ali mesmo na pista de dança.

Aqui jaz Knox Masters, virou cinzas por seu desejo


insatisfeito.
Meu tão consciente autocontrole quase teve um descuido
e enquanto eu tinha certeza que era ela, eu sei que ela não
tinha certeza que era eu. Ainda não de qualquer maneira.
Então eu vim aqui para me aliviar, ganhar um pouco de
compostura e voltar para perto dela um pouco mais solto e
pronto para a segunda rodada, ou terceira.

Só que, antes que eu pudesse terminar, ela aparece e a


porra da minha fantasia ganha vida.

Seus olhos me devoram e seus lábios entre abertos se


esforçam para recuperar o fôlego. Eu corro o meu olhar sobre
seu lindo rosto e aprecio a vista de seus doces seios dançando
levemente dentro de sua blusa brilhante.

Eu poderia gozar neste instante, mas eu quero prolongar


esse momento. Quantas vezes eu tive uma menina tão quente
como Ellie em pé paralisada assistindo eu me dar prazer?
Estou ordenhando meu pau, até experimentar o que eu sei que
é melhor orgasmo da minha vida. O primeiro de muitos com
Ellie. A primeira vez de muitas.

Já fiz isso tantas vezes sozinho que o prazer que tenho já


virou hábito, mas não esse de agora. Eu sinto a chama me
envolver dos pés a cabeça. A queimadura dentro de mim é
como o prazer e dor, quando você começa a se deparar contra
a primeira barreira de seu corpo que diz que não, mas você
empurra de qualquer maneira e é inundado por uma carga
rápida de endorfina e tem uma recompensa por sua
persistência.

— Foi a dança? — Pergunta ela com voz rouca, como se


estivesse realizando um estudo científico.

O pau na minha mão cresce mais do que nunca, e eu


estou vazando tanto que eu nem sequer preciso de
lubrificação.

— É você, baby, — Eu digo a ela. — É tudo sobre você.


Seu corpo apertado se esfregando contra o meu. O cheiro de
mel em seu cabelo. Os seus doces lábios pressionando contra o
meu peito quando você pensava que eu não estava prestando
atenção. Toda você.

— Eu deveria sair. — Diz ela, mas não faz nenhum


movimento na direção do quarto. Porém, eu juro que ela abre
a porta do banheiro ainda mais.

Eu retardo meus golpes para baixo a passos de caracol


apertando forte na base, segurando o gozo.
— Só se você quiser.

— Eu-eu sinto muito... — Ela gagueja. Seus olhos


colados no meu pau.

— Você sente? — Ela não parece nem um pouco


arrependida. Ela está intrigada como o inferno. Eu quero
agarrar seu braço e puxá-la contra mim, mas eu sei que se eu
tocá-la enquanto eu estiver nesta condição estarei pedindo por
isso.

— Tipo isso... Mas obviamente, eu não estou saindo.

Eu rio. Eu não posso ajuda-la. O seu embaraço é


fodidamente muito bom e meu riso não mata um grama de
minha excitação. Enquanto ela está ali de pé curtindo o show,
meu corpo está preparado para ela.

— Você não tem que sair. Isso tudo é para você.


Capítulo Onze
Ellie

O som da sua voz é baixa e rouca, ligando todos os


nervos já sensíveis sob a minha pele. Uma pequena parte de
seu abdômen esculpido está em exposição, onde sua camiseta
está puxada. Uma trilha de escassos pelos escuros aponta para
baixo, para o espaço coberto, metade pela sombra de sua mão,
metade por sua bermuda. Sua mão puxa seu pau com força,
empurrando rapidamente e eu tenho certeza de duas coisas
num piscar de olhos: Eu entendo o porquê disso ser chamado
de levantar o guindaste, e eu não vou embora, a menos que o
time de futebol inteiro de guerreiros venha e me arraste para
longe.

A cena de pornô, mais ilegalmente quente que eu já


coloquei os olhos, está ocorrendo na minha frente, ao vivo e a
cores. Se a casa pegar fogo neste preciso momento, eu me
queimo com ele porque eu não posso desviar meu olhar.
Os movimentos, a cabeça vermelha do seu pau brinca de
esconde—esconde em cada torção do seu pulso. Percebo que
ele faz uma pausa bem antes de atingir o topo, quase
sacudindo a área estriada de sua cabeça circuncidada com um
dedo grande, arrastando sua mão para baixo com mais força
que eu acho que me faria sentir prazer. Não seria a primeira
vez mais estou impressionada com o quão grande ele é.

Enorme não é de todo um exagero. Seu punho é grande,


mas não cobre completamente o seu eixo. Eu cerro os pés
juntos, parte por medo e parte por excitação. Meu doce Jesus,
nada me prepara para isso.

— Como se sente? — A pergunta desliza para fora antes


que eu possa pará-la.

— Bem, muito bem. Melhor depois que você chegou. —


Seus pulsos param de repente novamente, sem nenhum
movimento. As ondulações dos músculos do seu antebraço
correm para baixo e para cima freneticamente. Ele parece tão
bonito e profano, ao mesmo tempo.

Eu luto para engolir um fôlego após o outro. Não há ar


neste banheiro.

É sugado pela presença de Masters. Deixo escapar um


fluxo instável de ar.

Masters solta um gemido e eu sinto. O som é como um


toque, que se enrola de tal maneira através de meu corpo e em
seguida sob a minha pele.

— O que você está pensando? — Eu estou tão ferrada.

Ele não hesita. — Você, eu estou pensando em você.


Estou pensando pela primeira vez qual seria o sabor do seu
corpo sob minha língua. Eu quero lamber você em todos os
lugares. Eu quero saber que gosto tem cada polegada sua.

Devo ter choramingado porque Masters solta outro ruído


áspero baixo.

— Você está excitada, baby?

Eu pressiono meus lábios, mas não posso parar de


assentir com minha cabeça. Se ele me tocar, ele saberá como
excitada eu estou. A minha pele queima. Minha calcinha está
tão molhada. Eu nunca me senti tão excitada e ele ainda nem
encostou um dedo em mim.

— Estou feliz. — Sua voz soa cheia de dor e


preocupação. — Eu estou tão perto baby, ajude-me.
Como você quer que eu cuide de você?

— Eu... eu não sei... — Eu gaguejo, porque este é um


território completamente novo para mim.

Eu nunca vi ninguém tocar-se, pelo menos não na vida


real. Eu nunca ouvi ninguém, nenhuma vez perguntar como
poderia cuidar de mim. A triste verdade é que eu não tenho
muita experiência em me sentir bem.

Os caras com quem eu já dormi, todos os três, foram


totalmente esquecíveis. Eu mal posso lembrar o rosto do cara
com quem eu dormi no verão antes de eu ir para a faculdade.
Minha conexão na faculdade júnior foi um cara com quem fiz
um trabalho chamado “desenvolvimento do aluno
universitário”.

— Nada? Você não tem nenhum pedido? — Seu


movimento diminuiu novamente, a ferocidade em seu rosto
diminui, o que significa que ele não está tão em sintonia com
esse momento.

Uma vontade feroz me invade. Eu quero que ele goze.


Eu me sinto como dona do seu orgasmo, já que eu estou
assistindo então eu posso tê-lo, e nesse momento, eu faria
qualquer coisa para atiçar o fogo. Há uma honestidade em sua
voz, o jeito claro que ele olha para mim com uma necessidade
que eu nunca vi antes, as palavras soltam dos meus lábios sem
que eu controle. Nunca falei para ninguém sobre mim.

— Eu sei o que eu gostaria de fazer com você. — Eu


começo.

Um pequeno sorriso aparece nos cantos de sua boca. —


Isso é bom. Diga-me.

— Eu não tenho certeza se eu poderia levar muito, você é


tão... Grande. — Isso é um eufemismo, é como se eu dissesse
que ele é bom no futebol. — Eu teria que usar minhas mãos,
eu ouvi dizer que a ponta é muito sensível.

Ele balança a cabeça. — Sim, bem aqui.

Ele movimenta o dedo apontando para a cabeça


avermelhada de seu pau. Está tão vermelho que quase parece
doloroso. Seu corpo treme quando ele empurra sua mão para
cima e para baixo mais próximo do seu eixo. Eu quero correr e
empurrar suas mãos para o lado, falar para deixar, por que eu
posso fazer isso muito bem para ele.

Existe algum vestígio de autoproteção, porque meus pés


estão pregados no chão.
Eu não consigo sair, mas eu não consigo ir mais perto
também.

— Então eu coloco minha língua ai. — Eu digo, me


chocando com as palavras que saem da minha boca. Eu
coloco a culpa em Masters também. Seus olhos brilham com
aprovação.

— Não tem um ponto em seu corpo que não seja doce


Ellie, que eu não queira colocar minha língua também. — Sua
mão vai para baixo. — Eu estou aqui me perguntando que
gosto você tem. — Sobe novamente. — O que a pele atrás da
sua orelha sente contra a minha língua.

Estou tonta. Sua língua se arrasta para fora para esfregar


contra o meio do lábio inferior.

— Se você é como mel ou como hortelã e, — Ele rompe


com um gemido gutural, como se a ideia de imaginar seja
demais para ele. — Eu suspeito que eu vá ficar viciado.

Eu estou viciada. Como se essa conclusão precipitada


que ele faz e essas palavras, cheias de desejo, necessidade e
determinação, são a sua própria espécie de afrodisíaco.

— Eu gostaria de te provar também, isso parece ser...


Necessário, como se a minha língua necessitasse de você.

— Tem certeza que é uma boa ideia, baby? — Ele olha


para mim com os olhos quase fechados.

— Sim, — Eu coaxo. Eu limpo minha garganta e tento


novamente. — Sim. Eu sinto como se você marcasse um
ponto.

Seus olhos se fecham e ele engole em seco. Eu assisto


hipnotizada como seu pomo de Adão vai para cima e para
baixo na sua garganta.

— Foda-se, sim. Eu gostaria de marca-la. — Ele acelera


sua mão, movendo-se mais rápido, apertando com mais força.
— Eu gostaria de marca-la com a minha boca e com meu
gozo, para que todos e qualquer um, que entre em contato
com você saiba o instante que você foi minha.

Eu suspiro em estado de choque no mesmo momento em


que ele começa a vir. Ele joga a cabeça para trás com seu gozo
jorrando, pegajoso ao longo de seu corpo e em sua mão. Ele
parece incrível, e eu nunca quis nada tão mal na minha curta
vida.

Meu corpo treme com o tremor de seu orgasmo. Seus


olhos me fixam como se um feixe de laser estivesse me
segurando em uma corda.

— Como foi? — Eu consigo perguntar, apesar de ter


testemunhado a cena mais erótica de toda a minha vida. A
rouquidão da minha voz mostra o interesse genuíno tirando
qualquer falta de respeito que ele possa achar que tenho.

— Melhor do que eu já senti antes, — Diz ele novamente


com sua desarmada honestidade. — Mas não tão bom como
quando eu estiver com você.
Capítulo Doze
Ellie

Eu gostaria de dizer que tenho coragem de ter uma


discussão racional com Masters sobre o que aconteceu. Mais
não posso. Oh, eu apenas fico parada e de boca aberta
enquanto ele joga o papel higiênico no vaso sanitário e lava as
mãos. Eu fico um pouco tonta quando ele vai para baixo e
com calma enfia seu considerável pênis dentro da cueca e
fecha. Mas no momento em que ele dá um passo em minha
direção, saio do meu transe hipnótico e fujo como um frango
que cai desavisado num covil de raposas. Eu o ouço chamar
meu nome, mas eu o ignoro e corro para fora do quarto. Eu
fico aliviada quando chego à base inferior da escada e vejo
Jack encostado na parede do lado de fora da sala onde ele
estava jogando o vídeo game.

Eu agarro seu braço. — Eu estou pronto para ir.

Eu não olho para trás, com medo que se eu ver Masters,


eu que possa me prender em sua personalidade cativante.
Jack, o irmão maravilhoso que é, não me faz uma única
pergunta, apenas desliza seu telefone no bolso da frente e
segue—me para fora da casa.

— Você não queria ver onde eu estou vivendo?

Não é uma pergunta sincera. Ele quer saber por que


diabos eu estou trotando pela Avenida Carpenter como se a
casa atrás de nós estivesse pegando fogo.

— Sim, amanhã ou depois. — Ou sempre que Masters


não esteja por perto.

É como se ele lesse minha mente, porque ele pergunta: —


O que está acontecendo com você e Masters?

— Eu e Masters? Não há nada acontecendo entre nós


dois. Eu mal o conheço. — Eu chio. A verdade é que eu
realmente sei muito sobre ele. Ele é um bom, não, excelente,
jogador de futebol, ele é bom para o esporte, ele tem um senso
de humor malicioso. Ele afirma que é virgem. Ele me disse
que a experiência sexual mais quente de sua vida foi se
masturbar olhando para mim. Aquela sensação de tontura
vem em cima de mim de novo e eu tropeço.
Jack me pega e me firma em pé. Põe suas mãos de ferro
sob meus ombros, não posso fazer nada, apenas ficar parada
enquanto ele me lança um olhar questionador.

— Não parecia nada quando ele sussurrou em seu ouvido


antes do jantar, ele fez metade dos jogadores se
movimentarem para que ele pudesse sentar em frente a você.
Você desapareceu por um tempo muito longo e Ahmed disse
que viu Masters praticamente perder sua virgindade na pista
de dança com uma morena.

— Por que essa morena tem que ser eu? — Eu finjo estar
ferida pela acusação, mas não brinco com Jack.

— Ellie, — Diz ele, gentilmente consternado. — Eu


posso ser um péssimo escritor, posso demorar horas para ler
trinta páginas de um livro, mas eu ainda posso somar dois
mais dois. Eu não sou idiota.

— Eu sei que você não é idiota.

Jack odeia ser insultado por sua inteligência. No ensino


médio, ele foi sinalizado como lento, o que enfureceu o nosso
pai. Ele se sentiu envergonhado e humilhado tanto em casa
quanto na escola. Logo depois comecei eu a ajuda-lo, lenta e
silenciosamente.

Qualquer coisa para manter afastados os gritos de meu


pai, e o olhar de destruição no rosto de Jack.

Tudo começou inocentemente com uma prova de papel,


inserindo vírgulas corrigindo homônimos, coisas assim. Minha
mãe me pegou, e eu pensei que eu iria entrar em apuros. Em
vez disso, ela veio mais tarde e me disse que eu precisava fazer
isso em cada prova dele e em todos os seus testes abertos.
Graças a Deus eu não tive que fazer SAT por ele. Eu não
tenho certeza como pudemos evitar isso por tanto tempo, Jack
nunca soube. Quando eu terminei a "prova", eu colocava
todos os papéis juntos e transformava em uma bela
encadernação para ele. Se ele descobrisse, ele me mataria. Ele
iria absolutamente me matar e deixar meu corpo para fora
para ser devorados pelos corvos. Eu odeio meus pais e o pior,
eu me odeio por ter concordado com essa farsa e por deixa-lo
ter uma sensação de bloqueio.

— Você sabe que eu não me importo. Eu quero saber. Eu


prefiro ouvir isso de você a alguém no vestiário.

— Eu pensei que vocês tinham um acordo de não


comentar sobre namoradas, esposas, ou irmãs no vestiário.
Jack zomba. — Essa regra fodida é constantemente
quebrada. Quando voltamos de Wyoming, uma menina teve
encontro com três dos jogadores, se os jogadores escolheram
isso eles não podem reclamar com a repercussão dos fatos que
eles tiveram. Não é o ideal, mas merda como isso acontece. Se
você estivesse interessada em Masters, eu estaria bem com
isso.

— Como você pode estar? — Eu explodo. — Você não se


lembra do que aconteceu?

— Eu me lembro de que Travis Farrington era um idiota


que jogou fora a chance de um campeonato estadual, porque
não podia entrar em suas calças. Isso é sobre ele, não sobre
você.

— Jack, você teve que ir para a faculdade júnior por dois


anos antes de você ter a sua bolsa D1!

— E daí?

— E daí!

— Sim, e daí? Eu fui para a melhor faculdade Junior do


país. Eu joguei uma tonelada de merda, apurei meu estilo
ofensivo no futebol. Eu acumulei números divinos e recebi
uma oferta do melhor programa de faculdade do país. Agora
eu sou um bloqueador, que além de jogar no time favorito dos
playoffs, ainda tem chance de ganha-lo sem duvidas. Pelos
meus cálculos, eu deveria enviar a Farrington uma cesta de
presente do caralho. Só não faço porque ele é um babaca.
Olha, se você quer ficar com Masters, ficar com ele, não deixe
que esta coisa estúpida do futebol a impeça. Merda, ele joga na
defesa. Ele não está no comando de quando ou quem me lança
a bola. Além disso, esse cara quer ganhar mais do que
qualquer coisa. Eu fazendo minha parte no campo, poderia
estar fodendo cabras no vestiário e ninguém se importaria.

— Isso é uma citação? Porque soa como algo que


Masters diria.

Jack sorri. — Não há nada acontecendo, mas você sabe


os tipos de coisas que ele diria?

Meus ombros caem. — Eu não sei o que está


acontecendo, é complicado. Eu não queria dançar com ele
nem nada, ele veio do nada e não aceitou um não como
resposta.

O rosto de Jack aperta, então eu apresso e acrescento: —


Não é assim. Ele não me forçou. Eu só... — Eu abro minhas
mãos. — Eu não tenho nenhuma explicação para isso.

— Eu tenho. — Ele aperta meus ombros e seu apoio


tranquilo se infiltra em mim. — Você queria, e isso é o
suficiente, você não tem que ter uma razão. Eu já lhe disse que
o passado não significa nada para mim.

Ele me libera e depois põe o braço em volta do meu


ombro, me impulsionando pela calçada em direção ao meu
apartamento.

— Você e eu tivemos um novo começo na faculdade


júnior, e podemos mantê-lo aqui também. Apenas dois anos
mais e mamãe e papai não terão nada mais a dizer em nossas
vidas. — Jack aponta os dedos para mim. — Divirta-se aqui,
se Masters é o cara que você quer, se ele quer que você seja a
sua primeira, — Jack ri com isso, — Então você deve ir para
ele. Apenas não me conte nenhum de seus detalhes.

Oh, Jack sua bondade me mata. Cada palavra altruísta


que sai de sua boca, me impulsiona mais profundamente no
meu coração já culpado. Ele fala exatamente o oposto do que
eu pretendo com meu discurso motivacional. Sendo assim, eu
preciso ficar longe de Masters ainda mais.
— É mais do que Farrington.

— Então, o que é?

Porque você sempre olha para tudo positivamente.


Porque é ingênuo pensar que Farrington fez algo incomum. Se
Masters decidir que sua equipe deve se voltar contra você, em
seguida, toda a equipe iria fechar e acatar, e você teria isso
cem vezes pior. Porque eu estou te enganando e estou com
medo de que se eu chegar perto de alguém da equipe, o meu
segredo vai escorregar para fora e isso não pode acontecer.

Essas são todas as razões, porém não posso falar em voz


alta. Então, eu me contento com uma resposta que eu não
tenho certeza que Jack vai mesmo aceitar, mas é a única que
eu tenho no momento.

— Eu só quero alguém que não seja um atleta.

Jack suspira. — Se é assim que você quer jogar. Olha,


nós tivemos uma relação muito restrita com nossos pais, mas
eu sempre tive a equipe para me apoiar, você só teve a mim,
não seria uma coisa ruim ter uma outra pessoa ao seu lado
Ellie, além disso, você poderia fazer um bem a Masters. Ele é
um bom líder, fácil pra se comunicar, porém muito frio no
vestiário, ele sabe os nomes de todos nós, mesmo dos calouros
de camiseta vermelha.

— Então você o namore, se ele é tão maravilhoso. — Eu


respondo. Eu quero apagar minha atração estúpida por
Masters, não desenvolvê-la.

— Eu não jogo nesse time, — Jack sorri. — Além disso,


eu não quero virgens, elas são muito pegajosas.

— Você é um idiota, Jack.

Ele ri e bagunça meu cabelo. Eu queria ir nessa direção


por ele, mas Jack está certo. Eu confiei somente nele por
muito tempo. É hora de eu fazer o meu próprio caminho.
Capítulo Treze
Knox
Eu dormi como um bebê. Depois que Ellie fugiu, fui
direto para a cama. Eu não estava mentindo quando eu disse
que ela foi o melhor orgasmo que eu já tive. Na verdade, estou
um pouco preocupado se vou conseguir ser capaz de chegar
outra vez sem ela por perto, agora que eu sei como ela me faz
sentir.

Eu suspeito que me masturbar é tudo o que vou fazer


num futuro próximo. Ela é arisca e se eu for muito rápido ela
poderia estar chutando meu rabo ao invés de cair pra cima.

Cerca de dois segundos depois que meu orgasmo veio


através de mim como um trem de carga, ela estava impaciente,
mais a expressão cativante se transformou em
constrangimento e em seguida, apreensão. Eu não tenho
certeza se ela tem mais medo de mim ou do que ela está
sentindo, mas nós temos uma abundância de tempo para
trabalhar e fazer acontecer.
Na parte da manhã, eu me levanto e corro cinco milhas
como se não fossem nada, depois me encontro com Matty na
sala de musculação.

— O smoothie dessa manhã tinha gosto de merda. O que


você acha que ela colocou nele? — Ele pergunta.

Eu olho para trás e falo. — Espinafre, porque parecia


verde, banana, talvez morangos?

— Mamão, — Hammer grunhe entre os golpes de


marreta no pneu. — Tem que ser, porque estava doce.

— Mamão? De onde diabos veio isso? — Matty zomba.


— Era abacaxi.

— Nós tivemos abacaxi há três dias e está mais doce, por


isso era outra coisa. — Hammer joga um peso de 20 kg na
direção de Matty. — O mamão é uma fruta mais doce.

— Onde diabos eles estão achando mamão? — Matty


senta—se e coloca as mãos nos quadris.

— No mesmo lugar que eles estão achando o abacaxi e


bananas, idiota.

Eu não sabia se ria ou se batia com um peso de 50 kg na


cabeça de Matty. A conversa era ridícula, mas se Matty e
Hammer não estivessem discutindo sobre algo, então o dia
não terminaria bem.

— Hey, Masters, tem um minuto? — Campbell passa


pelo banco de peso. Eu aceno com a cabeça, mas não paro
porque eu estou sentado de frente, chegando ao fim da minha
segunda série de levantar os alteres com os pesos de 20 kg.

— O que há Campbell? — Eu coloco os pesos para baixo


em ambos os lados da bancada e pego minha garrafa de água.
Campbell não responde, mas olha incisivamente para Matty e
Hammer, que ainda estão discutindo.

— Como você sabe que mamão é mais doce que o


abacaxi? — Matty faz uma carranca.

Hammer levanta a marreta sobre sua cabeça e joga para


baixo no pneu.

— Mamão tem um nível de frutose superior.

Jack e eu trocamos olhares, porque nenhum de nós pode


acreditar que esses dois ainda estão discutindo sobre a porra
da fruta.

— Matty, Hammer, eu acho que Jesse precisa de alguma


ajuda. — Jesse não precisava de porra nenhuma, mas é óbvio
que Jack quer falar em particular, ou pelo menos tanto quanto
particular você pode conversar em uma sala de musculação,
onde cinquenta caras estão levantando pesos, jogando cordas e
erguendo mais pesos.

Campbell levanta o queixo em agradecimento enquanto


os caras saem para ver se Jesse pode mediar as suas diferentes
conclusões sobre as frutas.

— O que acontece se encolhermos os ombros antes de


colocar e levantar os alteres na frente do corpo?

— Isola o músculo do manguito rotador.

Suas sobrancelhas arqueiam. — Bom. Não aprendi isso


na universidade Junior.

— Pequenos pesos, maiores repetições são a minha


recomendação para você, mas eu suspeito que você não veio
aqui falar comigo sobre isso.

— Sim. — Ele arrasta a mão pelo cabelo bonito de


menino do mesmo tom do de sua irmã. Os outros caras da
equipe são cegos. Ellie e seu irmão têm muitas semelhanças —
a cor de seus cabelos, o castanho-escuro de seus olhos. Ellie é
muito menor, mas ela tem o mesmo tipo de força interna que
Campbell tem.

— Eu não sei o que está acontecendo com você e minha


irmã. Ela é adulta, então eu não posso impedi-la de namorar
ninguém, mas se você machuca-la, eu vou vir atrás de você.
Estou empolgado para jogar aqui, mas eu entregaria meu lugar
na equipe se você a magoasse.

Se Campbell veio aqui para me assustar, ele não está


fazendo um bom trabalho. Sabendo que ela tem um irmão que
se preocupa com ela? Que seu irmão é o tipo de cara altruísta
que tinha colocar a família em primeiro lugar? Eu esfrego uma
mão em meu queixo enquanto eu penso em uma boa maneira
de responder. Eu não vou mentir e dizer que eu não estou
interessado, mas eu também não preciso dizer-lhe que tenho
um osso de intenção em sua irmã para o próximo ano, ou que
eu passo a maior parte do meu tempo excitado pensando nela
nua, esparramada e pronta para mim.

— Eu assisti suas fitas quando ouvi que a universidade


tinha feito uma oferta e esperava que você fosse uma aquisição
sólida aqui. Quando você apareceu e trabalhou como um
burro de carga sem reclamar uma vez sequer, eu sabia que o
treinador tinha feito a escolha certa.

— Isso é muito legal da sua parte Masters, mas que


merda isso tem a ver com a minha irmã? Ela é... uma criança
doce. Ela poderia falar duro sobre um bom jogo, mas ela é
muito macia sob essa casca exterior.

— Eu te escuto. E você absolutamente deve chutar a


minha bunda se eu ferir sua irmã, mas eu não tenho nenhuma
intenção de magoá-la. Estou falando sério sobre ela.

Ele parece confuso. — Você mal a conhece.

— Eu sei o suficiente, às vezes acontece em um instante e


às vezes demora a acontecer. Como você disse, ela é adulta e
pode tomar suas próprias decisões, mas eu aprecio que você
tem suas costas e que ela tenha a sua. Lembra-me do
relacionamento que tenho com meu irmão.

Eu pego meus halteres e começo meu terceiro e último


set. Campbell fica lá me olhando.

— Você precisa de mais alguma coisa? — Pergunto.

Ele parece suspeito, mas balança a cabeça


negativamente. Matty e Hammer devem ter nos observado
como um falcão, porque eles reaparecem quase
imediatamente.

— É mamão. — Jack diz antes de voltar para o pelotão


de ataque. — Eu a vi colocar no liquidificador.

— Eu sabia disso. — Hammer grita. Ele aponta a mão


para Matty. — Você me deve duas cervejas esta noite.

Claro que eles apostaram sobre a fruta que foi colocada


no smoothie. Eu me pergunto que aposta eles fizeram por mim
e Ellie. Então eu acho que é melhor eu não saber, porque eu
teria que chutar suas bundas, o que faria um lote de inferno
para a equipe.
Capítulo
Quatorze
Ellie

Eu não dormi bem... Depois de tudo. Eu fiquei a noite


inteira repetindo a cena do banheiro na minha cabeça e muitas
vezes se transformava em algo mais sujo. Como Knox
gesticulando com a mão livre para me aproximar. Quando eu
fazia, ele apontava para o chão e eu caia de joelhos e abria
minha boca.

Felizmente, Jack e sua equipe ficaram ocupados pelo


próximo par de dias e ainda melhor, ele me manteve afastada
da equipe depois de eu recusar cada um de seus convites para
jantar.

Eu começo o meu trabalho sobre a concessão Agripa,


mesmo que as aulas não tenham começado oficialmente.
Estou fascinada pelas exigências legais em que as escolas tem
que dar acomodações à qualquer pessoa considerada com
dificuldade de aprendizagem. Se meus pais tivessem testado
Jack quando ele era mais jovem, ou se tivessem prestado
atenção a como ele era na escola ao invés do campo, sua
situação hoje poderia ser tão diferente. Eu não posso viver no
passado, mas posso aprender caso Jack tenha uma súbita
mudança de coração.

Devido a muitos anos de prática eu posso empurrar a


coisa de Jack para o fundo da minha mente, embora com
Masters a história seja diferente. Demora até domingo para eu
me convencer de que a noite pornô no banheiro foi uma
aberração. Nós, apesar de não termos bebido nada, ficamos
intoxicados pela merda da luz da lua e pela emoção de um
novo ano. Essas são justificativas fracas, mas uma menina tem
que ter algo para segurar. Como o pau de Masters, uma
menina poderia realmente agarrá-lo.

— Você devia tentar esse aqui. — diz Riley,


interrompendo meus pensamentos sujos. Graças a Deus por
isso, porque eu estava precisando disso para tirá-lo da minha
cabeça.

Riley ergue um vestido vermelho sem alças com uma saia


que parece curta o suficiente para parecer um cinto.

— Eu me preocuparia porque estaria estampado


“Lindsey Lohan" na minha testa toda vez que me movesse.

— Ele ia ficar bem em você. Você tem pernas grandes.

— E você parece uma fada delicada. Eu acho que você


poderia fazer aquilo. Eu preciso de algo mais, com mais
cobertura. Por que estamos comprando vestidos de qualquer
maneira? Será que vamos participar de uma fraternidade e eu
não estou sabendo?

— Nós não estamos comprando nada. Estamos apenas


apreciando a paisagem. Que tal esse?

Esse nada mais é que um vestido do comprimento de um


braço que parece tão grande quanto uma meia. Eu levanto o
preço.

— Duzentos dólares por um vestido? Eu acho que não.

— Eu poderia fazer algo parecido com isto por


aproximadamente vinte.

— Parecido como?

Ela encolhe os ombros e coloca o vestido de volta no


cabide. — Eu costuro um pouco.

É isso que ela faz em seu quarto quando a porta está


fechada? Eu abafo uma risadinha.

— É isso que você estava fazendo dentro do seu quarto?


Eu me perguntava o que era o zumbido.

— O que você achava que era?

— Eu não sei. Um vibrador realmente de alta potência?

— Sério? — Sua boca cai aberta.

— Não, Deus, eu não sei. Foi apenas um pensamento


que tive. — Eu sorrio. — Não há nada de errado com um
pouco de auxilio eletrônico. Ajuda você muito mais que
alguns caras.

— Bem, esta é uma boa informação companheira de


quarto. Quando eu ouvir um zumbido em seu quarto, eu vou
deixar um cigarro do lado de fora de sua porta.

Eu me quebro de rir. — E quando eu ouvir um zumbido


do seu quarto, eu vou entrar e assistir.

Aparentemente eu sou boa nisso, porque logo Riley e eu


estamos dobradas ao meio, rindo de forma absurda entre
adornos de Lycra e chiffon na seção de vestidos.

— Vamos lá, — Eu suspiro. — Precisamos sair daqui


antes que eles nos expulsem.

Na praça de alimentação, depois de compartilhar um


refrigerante diet e um pretzel, pergunto a Riley como ela
começou a costurar.

— Nós não tínhamos muito dinheiro, aí eu aprendi a


fazer minhas próprias roupas.

— Tem muito da garota Rosa Shoking 9em você. — Eu


digo admirada.

Ela faz uma cara de nojo. — Molly Ringwald fez um


vestido realmente feio.

— Ela conseguiu seu Andrew McCarthy, apesar de tudo.

— Verdade. — Riley se afoga no queijo quando morde


seu pretzel. — De qualquer forma, eu estou aqui com uma
bolsa completa de estudos e tenho um trabalho no centro de
estudante. Isso é uma extravagância para mim.

— Um trabalho e uma bolsa completa? Estou


impressionada.

9
Filme dos anos 80, estrelado por Molly Ringwald e Andy McCarthy.
Ela encolhe os ombros como se não fosse um grande
negócio. — E quanto a você?

— E quanto a mim? Eu não acho que a minha equipe de


softball interna vai exigir muito de mim.

Um olhar incerto passa sobre o rosto dela, mas em


seguida, ele obtém algo parecido com determinação e se
inclina mais perto.

— Eu vi o seu horário de aula sobre o balcão.

Oh droga. Eu preciso parar de deixar as coisas em


qualquer lugar. Eu não estou acostumada a viver com
ninguém. Na universidade Junior, vivíamos em suítes nos
dormitórios, o que significava que eu tinha o meu próprio
quarto. Eu preciso começar a me acostumar com meu
apartamento e manter meu material particular dentro do
quarto.

— Sete matérias é uma responsabilidade enorme. Será


que as aulas que você teve na outra escola não conseguiram
ser abatidas?

Olho para o meu pedaço de pretzel mordido. — Algumas


dessas aulas pareciam interessantes e relevantes para o meu
curso, então eu perguntei ao redor e descobri que eu podia
ficar como ouvinte.

— Ellie, eu sou sua companheira de quarto, o que


significa que tudo o que se passa no apartamento fica no
apartamento.

Eu não gosto de pessoas perspicazes, eu concluo. Masters


é assim também. Ele pode ler todas as emoções que eu tenho.
Eu tento fazer uma piada sobre isso.

— Então, se eu fosse um serial killer, você estaria bem?

— Se você estivesse eliminando pessoas terríveis e


limpando depois, então sim, eu estaria bem.

Eu olho para os quentes olhos castanhos de Riley e não


vejo nada, apenas a aceitação. Mas eu não estou pronta para
confessar um segredo que eu tenho mantido por quase uma
década. Eu nem sei se meu pai sabe a extensão completa do
trabalho que tenho feito para manter Jack passando ano após
ano, até mesmo na escola. É algo que só a minha mãe e eu
falamos a respeito.

— Eu vou manter isso em mente.

— Bom. Que tal irmos a uma livraria? Não há um livro


que você queria comprar?

***

Existe, mas eu não posso encontra-lo na prateleira


quando chegamos à livraria. Riley pede desculpas e vai dar
uma olhada nos livros de costura enquanto eu vou ao balcão
de informações.

— Você tem o mais recente livro de M. Kannan? É uma


fantasia.

— Desculpe, aquele jovem ali pegou a última cópia. — A


senhora de cabelos grisalhos aponta pelo corredor em direção
a uma grandiosa figura que está apoiada em uma das cadeiras
de café no interior da loja. A grandiosa figura muito familiar.

Eu marcho para cima antes que meu sistema de alerta


tenha tempo suficiente para me bloquear e me fazer correr
para fora como se minha vida dependesse disso.

— O que você está fazendo aqui?

— Eu estou recolhendo material de leitura. Eu pedi a


uma menina quente para tomar café da manhã comigo, mas
ela recusou. Acho que meus potenciais tópicos de conversa
estavam muito limitados.

Masters mantém uma biografia de nosso presidente atual


em uma mão e o romance de fantasia que eu estive esperando
por um ano inteiro para ler.

— Me ajuda aqui. Se você fosse um garanhão como eu,


qual livro você preferiria discutir?

— Masters, é sério, o que você está fazendo aqui? — Eu


me recuso a deixar que ele me encante.

Ele está vestindo seu uniforme padrão, shorts cargo e


camiseta escura. Desta vez, a malha é de um verde profundo
que faz seus olhos se destacarem. Vou fingir que sua mãe
comprou-lhe a camisa e não uma ex-namorada, porque é
totalmente uma cor que uma mulher iria comprar.

— Eu estou comprando um livro. — Ele olha para as


mãos cheias. — Talvez dois, desde que você não possa me
ajudar a escolher. O que você está fazendo aqui, Ellie? Você
não está me seguindo, não é?

— O quê? — Eu digo um pouco demasiadamente alto e


cabeças viram em nossa direção. — Não, eu não estou te
seguindo. — Eu assobio com uma voz muito mais tranquila.
Ele abaixa sua própria voz e eu tenho que inclinar-me
para ouvi-lo. — Está tudo bem se você me seguir. Estou de
acordo com a sua perseguição.

— Eu não estou perseguindo você, — eu mordo, mas em


seguida, porque eu quero comprar o livro que está em sua mão
esquerda, eu coloco um sorriso no rosto. — Acho que a
biografia, por que eu não vou colocar aquele outro livro de
volta para você? Este livro tem o sexo nele. — Eu aponto para
o romance.

— Ainda bem que eu tenho mais de dezoito anos. É


frustrante querer coisas que estão fora de seu alcance. — Ele
balança a cabeça fingindo uma desolação.

— Você não tem treino hoje?

— Hoje não, é domingo. Mesmo os jogadores de futebol


conseguem um dia de descanso. — Ele sorri, mas seu sorriso
morre quando eu continuo encarando. Ele coloca os dois
livros em cima da mesa. — Eu quero que você saia comigo.

— Eu não namoro jogadores de futebol. — Eu respondo


automaticamente.

Essa desculpa é aparentemente muito estranha para


Masters, ele literalmente coça a cabeça.

— Então você teve uma má experiência no passado. Nós


não somos a mesma pessoa.

— Não tem nada a ver com um rompimento ruim e eu


não sei, apenas acho que todos os jogadores de futebol são uns
idiotas.

— Então, você teve um encontro. — Ele balança a


cabeça como se esta fosse a resposta para tudo.

— Sim, mas ele não quebrou meu coração, ou pelo


menos não da maneira que você acha que ele fez.

Eu me senti ferida quando eu descobri que Travis tinha


me traído, mas eu também me senti feliz em saber que ele teve
sua bunda chutada no fim de tudo. O que me deixou com
raiva foi a forma como ele tratava Jack. Isso é o que me deixa
puta. Esse é o sentimento que eu levo comigo.

O problema com Masters é que eu estou muito atraída


por ele, mais do que uma garota normal ficaria atraída por um
cara normal, e é por isso que não consigo apenas ficar longe
dele. Eu sei que estando aqui tendo essa conversa, dá todos os
sinais errados. Se eu realmente não quero Masters, eu tenho
que me afastar. Nós dois sabemos disso.

— Ok. Nós temos essa coisa, — eu aceno meu dedo entre


nossos corpos, — acontecendo. Acho que a melhor coisa que
podemos fazer é ter relações sexuais, tirar do nosso sistema e
seguir nossos próprios caminhos. Eu não vou dizer a uma
alma sequer, que nós fizemos isso e você pode continuar
dizendo que é virgem.

Seu rosto aperta. Eu não sei se é porque eu o acusei de


mentir ou porque eu quero ter relações sexuais sem qualquer
apego emocional, o que é estranho, porque a maioria dos
rapazes teria saltado para cima e para baixo de alegria por esta
oferta.

— Se tudo o que eu quisesse fosse uma transa rápida,


você e eu sabemos que poderia ter conseguido isso sem
qualquer esforço. Eu quero algo mais do que isso com você.

— Bem-vindo a decepção, ela ajuda a construir o caráter.

Eu me forço a virar e vou embora. Ouço a cadeira


arranhar atrás de mim e, em seguida, sua grande mão vira
meu ombro e me prende contra a estante de livros sobre as
histórias de garotas mortas por assassinos em série e outros
crimes verdadeiros. Parece apropriado. Ele se inclina para
baixo, tão perto que posso sentir o cheiro dele, uma mistura
quente entre masculino e cítrico, e é tão bom, meus joelhos
ficam um pouco fracos.

— Eu não sou experiente, mas eu sei reconhecer quando


uma garota está a fim de mim, e você está. Você quer fazer a
coisa casual, então isso é como nós vamos fazer... por
enquanto. Mas lhe dou um aviso justo, eu estou trazendo tudo
o que tenho para derrubar sua resistência. Minha especialidade
é ler os jogos e em seguida, superar as barreiras.

Eu tranco minhas pernas para não cair mais e puxo para


fora o maior trunfo que eu tenho.

— Masters, há coisas sobre mim que se você soubesse,


você não gostaria de passar mais um minuto na minha
presença.

Ele considera as minhas palavras, o silêncio pesa ao


nosso redor, e parte de mim já dói por saber que ele poderia
me ter se eu fosse qualquer outra garota na Western.

— Você já matou alguém? — Eu posso sentir seus olhos


me avaliando e eu mantenho o meu olhar desviado, com
medo do que eu veria ao olhar nos seus olhos verdes
profundos.

— Não.

— Você dormiu com o meu irmão?

— O quê? — Eu não posso me impedir de ficar com a


boca aberta. Masters, que está sorrindo quando ele faz a
pergunta. — Não! Deus, eu nunca sequer o conheci!

— Você está envergonhando algum pobre atleta ruivo?


Espere não responda a isso, porque eu não acho que eu iria
condená-la por isso. Oh, eu já vi isso acontecer. — Ele estala
os dedos.

— Isto não é uma piada, Masters.

Ele enfia uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— Até que você me diga o que é realmente, não existe


uma razão para ficarmos distantes.

Eu chupo meu lábio inferior para me impedir de me jogar


para ele e dizer-lhe para me levar.

— Por quê? — Eu pergunto, impotente.

— Por que gosto de você.


Ele me agarra pelo queixo e estabelece o mais gentil e
mais doce beijo. E naquele beijo, ele me diz tudo. Que ele me
quer. Que ele está disposto a levar-me lentamente. Que ele não
está desistindo. Ele me beija como se fosse é a única coisa que
ele queira fazer nas próximas dez horas.

Seus lábios mal se movem, mas eu posso sentir tudo


surgindo em mim me levando em sua direção. Com o curto
short, que vesti nessa manhã, me sinto insegura. Eu aperto
seus ombros para me estabelecer e em seguida, me vejo
levantando a ponta dos pés para pressionar mais profundo
contra ele.

Ele me puxa nivelando contra ele até que eu já não possa


tocar o chão.

Suas palmas estão em quase toda a minha volta,


enquanto dou outro ângulo à minha cabeça para um melhor
acesso de sua mão. Ele pode ser virgem, mas o cara sabe como
beijar. Sua língua encontra lugares dentro da minha boca que
eu nem sabia que me faziam sentir tão bem. Todo o desejo
reprimido que estava fervendo em mim por dias vem à tona.
Eu o ataco com meu beijo, mordendo o lábio inferior, sugando
em sua língua. Contra a minha barriga, eu posso sentir o cume
duro de sua muito grande ereção. A imagem dele parado
naquela luz fraca, acariciando—se até que ele gozasse, voa em
minha mente em uma série de imagens, como gráficos em
terceira dimensão.

— Deus...

Eu respiro quando ele abandona minha boca para traçar


a linha de minha mandíbula com os lábios. Ele rosna em
resposta e me empurra para trás contra as estantes de livros,
mas eu não me importo que as prateleiras machucam minhas
costas. Eu só quero mais. Ele me dá isso. Nós nos apegamos
um ao outro, alimentando a aparentemente interminável
necessidade um do outro, até que eu ouço um suspiro e depois
um riso mudo. Esses dois sons fracos, de alguma forma,
conseguem quebrar através da névoa de luxúria, e trazer
consigo a constatação de que eu estou em um lugar muito
público. Eu me contorço contra ele e ele me coloca para baixo
com relutância.

— Estamos na livraria! — Eu digo em voz escandalizada.

— Você nunca beijou um cara em livraria antes? — Ele


sorri, um sorriso travesso, mau e estou começando a associar
isso com algo tremendamente impertinente. — Há uma
primeira vez para tudo.
Ele se afasta, respirando pesadamente. Sua bem passada
camiseta, que eu aparentemente arranquei de dentro do seu
short, está pendurada suficientemente para cobrir uma parte,
mas não toda, de sua ereção.

Depois que ele se ajusta, de modo a não assustar todas as


crianças na loja, ele caminha até seus livros abandonados.

O rosto de Riley empurra em torno do fim da estante de


livros. — É seguro entrar na seção de crimes verdadeiros?
Porque eu ouvi alguns sons de marretas batendo e já estava
chamando a segurança.

— Há há! — Eu empurro de volta o meu cabelo com


uma mão trêmula.

— Quem é você? — Pergunta Masters retornando com


seus dois livros. Faça com que ele fique com apenas um de
seus livros e que o livro que pertence a mim ele me deixe
comprar.

— Riley Hart, Knox Masters. Masters, este é a minha


companheira de quarto, Riley.

— Estamos de volta ao Masters, hein? Decepcionante. —


Ele aperta a mão de Riley. — Prazer em conhece-la.
— Vocês parecem como estivessem em uma conversa
intensa. — Ela sorri.

— Ellie e eu estamos discutindo onde ela está me


levando no nosso primeiro encontro. Eu espero que não seja
pra ver um filme que tenha cachorro. Eu juro que ele vai
morrer no final e então eu vou chorar como a porra de um
bebê. Quase tive que sair no meio do ‘Pontes para Terabítia’.
Essa merda não é boa para a minha imagem.

Apenas com isso ele tem Riley encantada.

— Você pode ir a um dos seus jogos internos de softball.


— Ela oferece solícita. — Elas jogam às quartas-feiras.

Eu olho para Riley por revelar um segredo, mas ela evita


meus olhos.

— Softball interno? Eu gosto da maneira que você pensa.


— Ele sorri para Riley e ela sorri de volta.

— Vou te dizer, eu vou comprar esse livro de fantasia,


mas você pode lê-lo primeiro. Então, quando você estiver
pronta você pode trazê-lo de volta para mim, e nós vamos sair
e discuti-lo. Espere enquanto eu pago pelos livros.

— Não. — Eu protesto, mas ele não presta atenção em


mim. Masters sai, e desta vez, tanto eu quanto Riley, vemos
seu lindo traseiro coberto de algodão, uma vez que ele
desaparece de vista.

— Pare de ficar ofegante. É constrangedor. — Eu


lamento e me afasto das estantes.

— Puta merda. Retiro o que disse. Eu disse que não


gostava de atletas? Porque eu mudei de idéia. Os jogadores de
futebol são totalmente meu tipo.

Eles são o tipo de todos, eu penso amargamente.

— E Cristo do céu, ele devorou você. — Ela ri um pouco


histericamente. — Certa vez ouvi esse boato ridículo que ele é
virgem. Consegue acreditar?

— Não, eu não consigo.

— Sim, eu achei que soava como boato quando ouvi.


Provavelmente alguma, como posso chamar? — Ela enrola
sua mão.

— Caçadoras de atletas? Maria chuteiras?

— Sim, essas, provavelmente uma delas foi recusada e


começou o boato porque, querida, ele quer te ter tão ruim que
eu pensei por um minuto que ele ia leva-la aqui e agora, e
vocês seriam chutados para fora pelos seguranças do shopping.

— Vamos. — Eu digo a ela. Eu não quero falar sobre o


espetáculo que eu fiz de mim mesmo. Eu quero fugir antes que
ele volte, mesmo que ele tenha o meu livro, caramba.

— Eu pensei que você queria esse livro? — Riley chia ao


virar a esquina. — Além disso, ele está voltando, então acho
que é tarde demais.

— Tudo bem. — Eu endireito minha própria camiseta e


tento injetar aço em minha espinha.

— Obrigada. — Eu estendo minha mão para o livro. Eu


poderia muito bem pegá-lo se ele estivesse disposto a me dar.

Em vez de colocar o livro na minha mão, ele segura seu


telefone. — Vou precisar de seu número, então eu e meu livro
podemos ficar em contato.

— Eu vou dar o livro para Jack e ele pode dar a você.

Masters levanta uma sobrancelha. — É nessa a direção


que você quer levar isso?

Droga. Não. Eu digo o meu número de telefone celular


em um tom azedo, que não tem nenhum efeito no bom humor
de Masters.

— Aqui está. — Ele coloca o livro na minha mão. —


Pense sobre onde você gostaria que eu lhe levasse para jantar
quando tiver terminado com ele.

— Por que está tão interessado em comer comigo? —


Deus, isso que soou sujo.

Por seu sorriso, ele pensa assim também. As conversas de


vestiário tiraram toda a sua inocência virgem. — Estou
interessado em tudo isso.

Riley faz um som abafado e eu sei que já estou toda


vermelha.

— Eu tenho que voltar para o campus, — diz ele. —


Posso acompanhar vocês duas em um passeio?

— Não. Eu tenho algumas coisas para comprar, coisas de


menina. — Eu olho para Riley.

— Sem problemas, te vejo de novo na universidade. — E


então ele se foi.

Felizmente Riley não diz nenhuma palavra... Até


sairmos da livraria.

— Então, quando é o casamento?

— Do que você está falando?

— Você disse que se casaria com o primeiro cara que


batesse você numa livraria.

— Riley, isso não é engraçado. De modo nenhum.

— Sério? Porque eu estou me sentindo muito divertida.


Capítulo Quinze
Knox

Matty está no meu apartamento de novo quando chego


da livraria em casa. O encontro com Ellie me deixou com um
humor bom o suficiente para que eu não me incomode que ele
deixou a metade do meu armário espalhado sobre a mesa do
café e sua bunda grande está empoleirada no meu lado
preferido do sofá.

— Matty, você não tem uma casa? — Eu chuto a porta e


jogo os livros sobre a mesa.

— Sim, mas você tem melhores petiscos aqui em cima.


— Ele pega a sacola e o conteúdo. — Não há história em
quadrinhos? Seu gosto por livros é questionável. Por favor,
diga-me que este livro é para a classe.

— Eu tinha um livro que tinham armas, máquinas e sexo


nele, mas eu vi Ellie Campbell na livraria e tive que dar a ela
ou algo assim. — Eu pego o saco meio vazio de Doritos e
enfio um punhado de queijo falso em minha boca.

Eu puxo o meu telefone fora do meu bolso e rolo para


cima para o numero da Ellie. Eu me pergunto quanto tempo
vai levar pra ela ler o livro.

— Existem regras de quanto tempo você deve esperar


para mandar um texto para uma menina? — Eu me lembro
vagamente os caras discutindo sobre isso no vestiário.

— Três dias se for uma ligação de recompensa, se não for


esse o caso, qualquer hora após dez. — diz Matty e muda o
canal tirando do jogo de pré-temporada NFC e colocando no
jogo da pré-temporada AFC. É a terceira semana e estão
recrutando, os caras do pelotão de prática da pré-temporada
tem sinais tardios e estão recebendo sua chance de fazer seu
caminho entre os cinquenta homens da lista. Parece que a
segunda e terceira linha de Seattle está batendo a merda fora
da equipe de Kansas City. Não está nada bem para Kansas.

— Eles precisam de um bom passe de precipitação. —


Murmuro entre mordidas.

— E um zagueiro decente, uma linha ofensiva um na


linha secundária.
— Isso também.

— Espere. Será que você me perguntou quando devemos


mandar um texto para uma menina? — Matty desperta de seu
estupor induzido pelo futebol. — Ela é daqui da Western?

Eu concordo. Ele olha para mim, incrédulo. — Você é


Knox Masters. Você apenas não disse o seu nome?

Se ao menos eu soubesse o que ele estava falando. Na


verdade, isso é tudo que todos fazem na maior parte do tempo.
Ter um monte de camisas com seus nomes no armário era o
suficiente para ter algumas meninas se jogando aos seus pés.
Ellie não é uma dessas meninas. Apenas para minha sorte.

— Eu fiz, mas ela não está pulando de alegria com a


chance de sair comigo.

— Cara, isso significa que você está indo para ter


relações sexuais?

Eu não respondo, mas eu não posso ajudar o sorriso de


merda que se espalha na minha cara.

— Puta merda! — ele grita e começa a elevar a mão


sobre mim, em seguida, ele para abruptamente com a mão
pendurada no ar. — Você não pode. Lamento ser um filho da
puta que vai te dizer isso, mas você não pode. Temos o
campeonato nacional esse ano. Você tem que manter isso
bloqueado.

— Matty, não é você que vai me dizer quando eu vou


fazer sexo. — Eu pego o controle remoto e mudo para o jogo
da pré-temporada NFC.

— É uma questão de equipe. — Ele insiste e começa a


teclar no seu telefone.

— Que porra você está fazendo? — Pego o telefone, mas


ele estende uma mão e pressiona enviar com a outra. O dano
já está feito no momento em que eu tiro o telefone dele. Com
certeza, eu vejo uma mensagem de grupo para toda a linha
defensiva para obter o inferno para o meu apartamento para
uma reunião de emergência. A corrida de sapatos na escada
troveja para o apartamento antes da metade da equipe chegar.

— Qual é a emergência?

— Masters se machucou?

— Eu estava assistindo pornô. É melhor que seja


importante. — O último comentário vem de Hammer.

Matty se levanta. — Masters aqui acha que tem uma


coisa boa para falar.

Uma multidão de 08 homens, todos pesando mais de 90


kg, está no meu pequeno apartamento. Se eu fosse
claustrofóbico, eu iria pirar. Porém uma vez que o show de
merda começa é impossível parar. Eu dobro minhas mãos
atrás da minha cabeça e olho para o teto enquanto os rapazes
se preparam.

Todos querem meter o nariz porque eu passei o último


ano insistindo na importância de sermos uma equipe. Nós
ganhamos como um time e perdemos como uma equipe.
Agora estamos discutindo minha vida sexual inexistente como
uma equipe.

— Que coisa boa? — Hammer agarra o saco de Doritos e


derrama o restante em sua boca. Os outros caras assaltam a
geladeira.

— Masters quer perder o grande V.

— Ele quer perder o nosso jogo? — Jesse, um novo no


arranque de linha, pergunta. Ele é normalmente calmo, sai
com sua namorada de longa data. Hammer lhe dá um tapa nas
costas da mão.
— Não V de vitória, retardado, a sua virgindade. —
Hammer joga o saco de chips vazio na mesa de café. —
Masters, meu homem, se você está à procura de dicas você
veio ao lugar certo.

Ele empurra os músculos de Matty de lado e se senta. —


Em primeiro lugar, para não dar uma falsa impressão, bata
uma punheta em casa antes de sair. Se você estiver fora por
mais de um par de horas, desculpe-se e bata outra no banheiro.
Dessa forma, você não vai conseguir uma reputação de ser
rápido no gatilho. As gatas espalhariam essa merda mais
rápido do que chatos em uma casa de fraternidade. Segundo...

— Cale a boca, Hammer. Você deveria estar dizendo—


lhe para manter suas calças fechadas, — Matty rosna. — Não
lhe dando dicas sobre como brincar de esconder o salame.

Pelo olhar vazio de Hammer, Matty joga as mãos para o


alto. — Você não quer ganhar? Masters aqui é o monstro em
campo porque ele não joga fora de campo. Você ainda não viu
essa conexão?

— Ohhhh... — Hammer entende.

Eu acho que agora é a hora de entrar em cena.


— Caras, nós perdemos no ano passado. Viram a porra
de cola que tínhamos nas mãos contra os Ducks? Não teve
nada a ver com o que eu fiz fora do campo e tudo a ver com o
fato de que não conseguimos fazer as jogadas e eles sim. Nós
não mantivemos pressão suficiente sobre o quarterback, nós
lhes permitimos tirar a vantagem. Eles estavam perseguindo
nossos jogadores em todo o campo mesmo sem a porra da
bola. Perdemos porque jogamos uma bola de merda. Este ano,
nós não vamos jogar uma bola de merda. Não na próxima
semana, nem na semana antes da folga e não em novembro.

Matty e Hammer olham incrédulos. Parece que eu vou


ter que falar nos termos que Matty usou.

— Olha, nós não ganhamos o campeonato nos últimos


dois anos e eu tenho mantido a mim mesmo. Agora é a hora
de arriscar.

Hammer se volta para Matty. — Devemos chamar Ace


aqui?

— De jeito nenhum. — Matty balança a cabeça


enfaticamente. — Esta é uma questão da unidade de defesa.

Eu deixo cair a minha cabeça em minhas mãos. É difícil


acreditar que a minha procura por Ellie se transformou em
uma reunião do time.

— Você comentou isso com Kintyre? — Hammer é o


único que chama meu irmão pelo seu nome completo. Todos
os outros, incluindo minha mãe, que o nomeou de Kintyre por
razões que nunca pudemos confessar a ninguém, o chamam de
Ty.

— Ty sabe. — Eu digo em breve.

— Se ele disse que sim, eu aposto que ele está nos


desarmando. — Matty declara. Ele cruza os braços e me olha.

— De jeito nenhum, — Hammer discorda. — Kintyre


não é assim. Além disso, ele não tem nenhuma chance. Não
com sua linha ofensiva de jardim de infância.

Matty considera isto e conclui que Hammer está certo. —


Verdade.

Eles trocam batidas nos punho.

— Vamos chama-lo. — A sugestão de Hammer recebe


um coro de aprovação. Jesus, esses caras agem como se eu
fosse uma criança que precisa de aprovação. Eu esfrego uma
mão agitada pelo meu cabelo. Eu acho que preciso deixá—los
trabalhar para fora de seus sistemas a idéia, porque parece que
se eu não fizer isso, eles não vão se concentrar em qualquer
outra coisa até eles acharem que isso afeta a nossa unidade da
equipe, isso irá afetar nosso desempenho no campo.

Eu meio que gostaria que pudéssemos voltar a discutir


qual a quantidade de frutose que cada fruta tem.

— Kintyre, meu homem, que está acontecendo? —


Hammer coloca o telefone na viva-voz e define-o na mesa de
café no meio do resto de Doritos e das garrafas vazias de
Gatorade.

A voz do meu irmão desliza para fora do alto-falante. —


Nada demais, Hammer. Você consegue alguma menina com
um nome desses?

— Você sabe que sim. Bem, não neste exato momento,


— ele responde. — Você conversou com seu irmão
ultimamente?

— Hoje não. — Ty responde com cautela.

— Seu irmão está ameaçando quebrar o talismã da nossa


equipe.

— Ahhh, —Ty fala lentamente, sua mente clareando. Ele


tosse, provavelmente para encobrir a gargalhada que ele quer
liberar, mas não vai. — Hammer, você confia em Knox? Você
já o viu dar menos de cem por cento em campo?

— Não.

— Você sabe que você é como o irmão de outra mãe para


mim, mas você tem que confiar em seu companheiro de
equipe. Pense nisso desta maneira. Ele está alcançando o
máximo do seu potencial. Como, talvez, sua virgindade tenha
colocado artificialmente um limite em seu jogo e agora com
essa garota, ele vai para o próximo nível.

Matty e Hammer concordam lentamente, avaliando esta


nova peça de informação.

— É só isso? — Ty pergunta.

— Sim cara. E obrigado. Boa sorte para você neste fim de


semana.

— Pra você também.

Um texto apita e meu telefone vibra.

Ty: Seja bem-vindo.

Eu: Obrigado por nada, seu buraco de merda.


Ty: Eu estou rindo tanto que não posso escrever mais nada. boa
sorte.

Jesus. Eu estou cercado por idiotas em todos os lugares.


É de admirar que eu queira passar mais tempo com Ellie?

Hammer bate as mãos. — Ok, estamos de acordo.


Masters deve fazer sexo com essa garota.

Eles olham para mim com expectativa, como se eu


devesse fazer isso em minutos e leva-la na frente deles.

— Se eu fosse uma garota, eu namoraria você, Masters,


eu vi seu pau. É bom. — Hammer assegura.

— Foda-se, não é o tamanho da varinha que importa e


sim se você sabe usar. — Daryl Nunn, empurra seus óculos
sobre o nariz. Ele, como Potter, usa um par de óculos escuros
quando não está em campo.

— Não de acordo com Voldemort.

A piada de Hammer gera uma risada aguda em mim,


mas o pobre Jesse parece confuso.

Hammer suspira. — Voldemort disse isso porque queria


muito a varinha, mas apenas Harry poderia usá-la.
— Homens. Podemos entrar no assunto aqui? — Matty
aponta com a mão curvada sobre minha cabeça.

— Masters me pediu por um conselho sobre o envio de


mensagens. A menina está virando-o pelo avesso.

A quantidade de descrença na voz de Matty é mais


pesado do que a marreta na sala de musculação. Lembro a
mim mesmo: não trazer o assunto mulheres de novo na frente do
time.

Será que eu incomodava esses caras quando eles tinham


problemas com seus paus?

Eu aperto a parte de trás do meu pescoço. Talvez. Oh


merda, provavelmente.

— Talvez ela já tenha um namorado. — Jesse oferece.

— Nós podemos tirá-lo do jogo. — Matty responde


imediatamente.

— Tipo, como? Matá-lo? — Eu digo sarcasticamente.

— Nah. Mas talvez mutilar. — Matty dá de ombros. Eu


não posso dizer se ele está falando sério ou não.
— Nós não estamos mutilando ninguém. — Eu esfrego
minha testa.

— E se ela for lésbica? — Hammer pergunta.

— Ela não é. Se for a menina que dançou com Masters


na festa de Hammer, ela é pelo menos duas vezes mulher. Eu
tive que sair porque eu fiquei preocupado que minha
namorada iria engravidar com a alta de hormônios que os dois
geraram. — Diz Jesse.

— Hey, não era aquela a irmã de Campbell? — Alguém


pergunta.

Eu finjo que não posso ouvir.

Matty assovia e eu ouço um tranquilo "puta merda" de


Daryl.

— Ok, ela é solteira e não é lésbica. — Hammer analisa a


situação como um criminoso injustiçado.

— É a irmã dele? Homem, precisamos dele, ele tem boa


técnica de bloqueio e boas mãos, executa um percurso muito
bem. Temos que realmente que tirá-lo do jogo? — Hammer
fala preocupado.
— Não, ela não é a sua irmã. — A última coisa que eu
preciso é que esses caras girem em torno de Campbell. Isso
não seria bom para a unidade da equipe.

— Masters quer saber quando ele deve mandar um texto.


— Matty informa a todos.

— Eu acho que ele deve mandar uma mensagem agora.


— Daryl endireita seus enormes ombros, como se a resposta
fosse tão óbvia e a questão nunca devesse ter sido colocada em
debate.

— Não. Três dias ou ela vai pensar que você está


ofegante atrás dela. Tem que jogar duro para conseguir.

Hammer pega o telefone em cima da mesa e agita-o para


mim.

— Mas eu estou ofegante atrás dela. — Eu digo. Eu


quero que eles saibam que eu só a quero, eu não me importo
com quem sabe.

— Você não pode dizer isso a ela. — Hammer replica.

— Por quê? — Eu pergunto impaciente. Eu estou pronto


para essa conversa chegar ao fim. Eu já estava pronto cerca de
dez minutos atrás.

— Porque você perde toda sua razão no relacionamento.


Ela vai ter você pelas bolas. — Ele diz com sinceridade.

— Isso é o que ele quer. — Jesse fala subitamente para


então virar para mim. — Como você sabe que esta garota é a
única? Você esperou todo esse tempo e você conhece esta
garota desde quando, um dia?

Os caras caem em silêncio de novo e é claro que esta


questão é importante para eles. Quando você é um recruta, o
treinador leva você ao redor da escola, mostrando—lhe as
instalações, prometendo—lhe que não só você vai jogar, mas
você vai competir em uma das melhores equipes da melhor
universidade. Ele promete a seus pais que ele e sua equipe
serão a sua família longe de casa. Então, quando o sol se põe,
os jogadores saem com você e lhe falam sobre as aulas fáceis e
as mulheres mais fáceis.

Quando você assina, a música muda. Eles têm você


agora, e eles querem deixar você em forma. Isso inclui
discursos sobre seus envolvimentos, evitando as meninas que
acreditam que você é o seu bilhete de loteria, as que não lhe
beneficiam e aquelas para a vida toda. Há essa estranha
dicotomia entre os atletas, aqui é como muitas mulheres que
você deseja, mas tenha cuidado porque 99% delas têm uma
armadilha em sua vagina.

Olho para Jesse, pensativo. — Quando você começou a


perceber que você queria jogar futebol?

— Não sei, a primeira vez que joguei. Parece que eu


sabia por toda a minha vida.

Agora eu me volto para Hammer.

— Hammer, você jogou três esportes e se destacou em


todos eles, teve sucesso no beisebol, mais optou por jogar
futebol. Por quê?

— Senti que era o certo. — Hammer lança seu telefone


entre as mãos, pensando sobre a minha pergunta. — Eu amei
mais do que os outros esportes. Era o único que valia a pena
fazer todo o sacrifício e abrir mão de tudo. O futebol... Fez—
me sentir bem. — Ele repete.

— Parece a coisa certa. — Faço eco significativamente.

— Então ela é a sua ‘futebol’? — Matty pergunta


rapidamente para entender onde eu estou indo com isso.

E as pessoas acusam atletas de não serem perceptivos. —


O que você quer, realmente, do futebol?

— Eu quero ter tudo. — eu digo simplesmente. — Você


não acha?

Eles assente lentamente.

Matty fala de novo, franzindo a testa. — Ok, então se ela


te faz sentir bem, o que você quer que nós digamos? Envie a
mensagem para ela sempre que quiser cara.

Eu mudo sem jeito e, em seguida, libero uma respiração


instável. — Mas...

Agora eu hesito, porque eu tenho essa coisa de ser um


líder de equipe? Você precisa convencer seus companheiros de
equipe que você é capaz de liderar. Você sabe, que você
realmente sabe o que diabos você está fazendo cem por cento
do tempo.

— Eu acho que... — Eu exalo novamente. — Eu sei que


eu a quero, mas isso não significa que eu sei como conquista-
la.

Hammer bufa. — Você está dizendo que você não tem


movimentos?

Eu estreito meus olhos. — Eu tenho movimentos. —


Então eu dou um olhar tímido. — Mas vamos dizer que
tirando esse argumento, o que eu preciso para conquistar uma
garota, como faço para chegar até ela? Como você chegou a
sua última namorada, Hammer?

Ele dá de ombros. — Ela era uma caçadora de atletas que


andava atrás de mim o tempo todo, e ficou mais fácil dizer que
ela era minha namorada do que discutir sobre isso.

— Adorável. — Não é de admirar que ele a traía.


Rapidamente me volto para o resto do grupo, esperando pelo
menos um deles não é um idiota total no departamento de
conquista. — Quem aqui tem uma namorada séria? Nenhum
de vocês?

— Jesse tem. — Hammer aponta seu telefone para Jesse,


que abaixa a cabeça timidamente.

— Eu não sei. Só namorei a mesma garota, Caitlyn,


desde o ensino médio. Estivemos na mesma classe, e assim
começamos a namorar. Eu não tive que conquista-la ou
qualquer coisa assim.

Fantástico. Nós somos um bando de homens sem noção.


Podemos saber como executar uma jogada, parar um ataque,
ler uma rota, mas com as mulheres, a menos que elas estejam
se oferecendo em uma bandeja de prata, aparentemente o
nosso conhecimento coletivo não poderia encher um sapato.

— Precisamos de alguns conselhos de especialistas.

— Minha irmã lê muito a Cosmo. — Hammer oferece.

— Não é essa revista que tem um site que disse que as


meninas devem dar boquetes de rosquinha? — Jesse pergunta.

— Boquete de rosquinha? — Matty questiona.

— Sim, como quando ela vai sobre o seu pau, chupa e


come a rosquinha.

— Mais dentes? — Matty olha excitado, porém com


receio.

— Mais boquetes, — Jesse responde. — E rosquinhas. —


Acrescenta ele com uma reflexão tardia.

— Soa como o melhor site maldito da Internet. Temos


que acessar. — Ordena Hammer.
Capítulo
Dezesseis
Ellie

Primeira semana: Warriors 0-0

Eu acordo trinta minutos atrasada, e com areia nos meus


olhos. Pelo menos eu não preciso me parecer bem essa manhã.
Eu tenho duas aulas de Jack hoje e eu preciso parecer o mais
discreta possível. Eu coloco um moletom com capuz cinza
claro, um chapéu sobre a minha cabeça e visto um par de
shorts de brim esfarrapados. Depois de escovar meus dentes,
eu estou fora da porta.

Riley ainda está dormindo quando eu corro para a aula.


Ela me disse que era uma coruja da noite e tentou agendar
suas aulas para depois do almoço. As minhas são um tiro na
bunda, particularmente, a minha agenda teve de se expandir
para eu conseguir incluir as aulas de Jack. A aula de sociologia
começa às oito da manhã, e é para onde estou indo agora.

Ainda está quente, mas eu tenho o meu capuz sobre a


cabeça, porque a última coisa que eu preciso é que Jack me
identifique na sala e me submeta a uma série de perguntas
incômodas. Pensei em contar a ele que eu estou fazendo as
suas aulas, mas ele ficaria desconfiado. Com certeza ele ficará.
Eu estou trabalhando em uma boa desculpa como "parecia
interessante" ou "você nesta classe, também"?

Nenhum dos meus motivos soa bem, então eu espero


evita-lo a maior parte do tempo. Ao contrário da faculdade
júnior, onde a maioria das aulas tinham menos de cinquenta
alunos, nada na Western é particularmente pequeno. Riley me
disse que a menos que fosse uma aula não tão
incompreensível, a maioria delas teriam pelo menos uma
centena de pessoas cursando, às vezes mais, o que significa
que eu deva facilmente me esconder em um canto atrás.

Chego na hora certa e respiro um suspiro de alívio


quando eu enxergo Jack no meio da sala que é estilo auditório,
conversando com uma linda loira.
O professor entra, introduz seu assistente e começa a
palestra sobre se os filmes refletem normas sociais ou se as
desafiam. A partir do resumo do curso online, eu serei capaz
de escrever a prova final com os olhos fechados. Francamente,
acho que Jack será capaz de fazê-lo tão bem, desde que um
dos filmes que nós estaremos discutindo seja O Senhor dos
Anéis. Jack já o viu cerca de vinte vezes.

Vou a minha mochila para tirar um notebook e me pego


prestando atenção aos lápis que estão em cima do livro de
Masters. Eu o retiro. A razão pela qual eu estou tão atrasada
nesta manhã é porque eu fiquei acordada a noite lendo. O
livro era tão bom quanto eu imaginava e não conseguia parar.
Eu ficava dizendo, só mais uma página e quando percebi o
relógio já passava das três da manhã.

Eu terminei, mas toda a vez que eu lia me ocorria que


Masters tinha feito um grande gesto. Se tivesse sido eu em
primeiro lugar na livraria e Masters tivesse aparecido querendo
muito ele, eu teria lhe dito para esperar. Eu poderia ter até
mesmo pedido para ver um livro de sua coleção pessoal, para
ver se ele era pelo menos uma pessoa digna para que eu
pudesse emprestar um livro. Você nunca sabe como são as
pessoas. Como Jack? Eu nunca poderia compartilhar livros
com ele. Ele fazia dobras nas páginas, colocava marcadores de
merda dentro de seus livros. Uma vez eu encontrei uma meia
separando as páginas. Ela estava limpa e ele alegou que era a
única coisa disponível para usar como um marcador. Pelo
amor de Deus!

Mas Masters alegremente me entregou o livro, perfeito,


eu tinha que lhe dar o meu número de telefone, mas ele não
tinha usado até agora. Eu esperei durante toda a tarde e à
noite e o telefone estúpido permaneceu em silêncio.

Eu corro um dedo sobre as letras em alto relevo na capa.


Eu não lhe dei muitas razões para que ele me envie uma
mensagem ou ligue para mim, além do fato que, desde o inicio
ele está sendo bom para mim. Sim, quando nos conhecemos a
primeira vez, ele não me disse seu nome, mas olhando para o
seu passado, caras como ele estão cercados de pessoas que só
querem se aproveitar e tirar vantagem. Ele é apenas um cara
tímido, o que é perfeitamente razoável.

Eu não tenho sido razoável ou completamente honesta.


Se eu fosse honesta, eu admitiria que Knox Masters é
exatamente o tipo de cara que eu quero namorar. Ele domina
um esporte que eu amo. Ele é confiante, mas não arrogante.
Ele é engraçado, capaz de rir de si mesmo, e... Merda, quente
como os caldeirões de Mordor, quero dizer, sua gostosura
poderia estar incrustada no Anel.

Eu o quero.

Vê-lo no banheiro com a mão envolvida em torno de seu


pau, foi a coisa mais sexy que eu já tinha visto. E quando ele
disse que era sua melhor experiência sexual, eu quase entrei
em combustão lá mesmo.

É quase impossível de ignorar que ele não esteve com


qualquer outra pessoa. Eu poderia ser a primeira a ter sua
língua entre as minhas pernas, eu poderia ser primeira a
observar seus olhos rolarem para trás em sua cabeça enquanto
eu o engulo tão profundamente quanto possível, eu poderia ser
a primeira a leva-lo para dentro do meu corpo. Ser a primeira
é mais potente do que qualquer droga que eu conheça.

O meu telefone vibra. Eu sei quem é antes mesmo de


pegá-lo.

Knox: Como está o meu livro?

Meu polegar paira sobre a tela enquanto escrevo.

Quando posso te ver?


Jack me mandou seguir em frente, e ele está certo. Eu
poderia anexar uma outra pessoa ao meu time. Não é como se
eu tivesse uma dezenas de amigos aqui na Western. Há Riley,
é claro, mas eu não posso planejar minha vida social em torno
da dela. No final, porém, eu me acovardo e digito uma
resposta diferente.

Eu: Ele está bem, eu o tenho na minha mochila.

Knox: Você já o leu?!

Eu: Não foi possível parar. Além disso, eu queria devolvê—lo


antes de você ir para o jogo em Missouri.

Knox: Você gostou?

Eu: Sim, eu fiquei acordada a noite toda e estou uma


bagunça hoje, mas valeu a pena totalmente.

Knox: Você está em sala de aula?

Eu: Você ainda não tem uma cópia da minha agenda? Estou
tão decepcionada.

Knox: Eu acho que você vai acabar me dando de qualquer


maneira. Além disso, eu sei o seu horário no softball. Você
escolheu a sua equipe com base no nome?

Eu: os Sapos com Tesão? Isso é o nome de um verdadeiro


anfíbio e não, eu fui atribuída aleatoriamente, porque eu não
estava em uma equipe no ano passado.

Knox: O google me disse que Sapos com Tesão não existem,


sapo com chifres sim, com Tesão, não.

Eu: Você é um biólogo? Eu podia jurar que o seu perfil diz


que você vai se formar em Relações Internacionais.

Knox: Eu gosto que você tenha a minha biografia


memorizada.

Se eu queria deter-lhe eu não estava fazendo um bom


trabalho, até o momento eu não sei o que devo fazer, mas eu
sei o que quero, e isso é saltar nos braços musculosos de Knox
e deixá—lo me levar embora, porém não estou convencida de
que é o que eu deveria fazer.

Eu: Talvez eu esteja atraída pelo seu irmão.

Knox: Nah. Você já me disse que ele é fraco e tem olhos


estranhos. Eu compartilhei isso com ele e ele está chateado, então
você não tem nenhuma chance. Você está presa comigo.
Eu: Então você está dizendo que se eu insultá—lo, você vai
embora?

Knox: Não. Agora eu sei que é a sua estranha forma de


flertar comigo. Eu acho que é chamado de negação.

Eu: Você acha que eu estou em negação com relação a você?!

Knox: Negação, insultar alguém para ganhar sua atenção. Se


a definição se encaixa...

Eu: A definição não se encaixa! E eu não estou em negação


com você.

Knox: Não se preocupe querida. Eu sei que eu sou irresistível


e você não quer parecer ansiosa demais. Vejo você em seu jogo de
softball na quarta—feira.

Eu: O quê? Não!

Mas ele não responde. O resto da manhã passa em um


borrão até que eu acabo minha última aula do dia, é a segunda
aula de Jack, em que faço auditoria. Política e Jogos não são
nada como eu esperava. Não é realmente sobre os jogos, mas
sim sobre a teoria dos jogos, o que eu não entendo.

Do momento em que o professor abre a boca até a hora


que ele levanta a mão encerrando a aula, eu fico preocupada.
Jack senta-se rigidamente em sua cadeira, sua caneta suspensa,
mas não há notas escritas no papel. Três meninas conseguiram
se posicionar ao seu redor, mas suas cadeiras poderiam estar
vazias, tamanha foi a falta de atenção que ele lhes deu.

Cinco minutos antes de a aula terminar, eu começo a


arrumar minha mochila. Eu preciso sair de lá antes que Jack se
vire. Se a aula teórica é difícil para eu entender, com certeza é
cem vezes mais difícil para Jack. Ele deve abandonar, mas eu
nem sei como eu iria trazer isso à tona.

Ah, a propósito Jack, eu assisti sua aula de ciências políticas, e


jogos e parece que ela fode com a mente, talvez você deva desistir.

Depois da maneira como ele respondeu a minha mera


sugestão de visitar o centro de aprendizagem, tenho certeza de
que esta proposta seria recebida com o mesmo desinteresse.

***

— O campo esquerdo está bem para você, Eliot? — Ryan


Schneider pergunta. Ryan é o capitão do time. Ele tem cerca
de 1,83cm e está em bom estado, quase a ponto de ser lindo e
é um muito bom arremessador.

— Sim, nenhum problema. — Eu coloco minha mão na


minha luva nova. Ela parece dura e estranha. Eu nunca joguei
softball antes, mas Ryan me garantiu que os Sapos com Tesão
só se preocupavam em se divertir, ao contrário de algumas das
outras equipes.

Megan Billings, uma das principais alunas de biologia,


que está com seu cabelo selvagem, domado em dois rabos de
cavalo espessos, aponta para as arquibancadas atrás da placa
home.

— Woooo... Olha só quem apareceu para assistir ao jogo


de hoje!

Eu nem sequer tenho que olhar. Eu sinto os olhos de


Masters perfurando minhas costas. A cabeça de Ryan aparece
e seus olhos se arregalam. — Aquele é Knox Masters?

— Sim, e eu acho que os outros caras também são seus


companheiros de equipe. Olhem só a aparência deles.

— Você está babando, Megs. — Ryan aponta um dedo


em seu rosto.

Seus olhos escuros brilham. — Eu não seria humana se


eu não estivesse babando um pouco. Certo, Eliot?

— Me chame de Ellie. — Eu respondo automaticamente.


Quanto a saber se ela deve ficar babando em cima de Masters?
— Eu não tenho nenhum comentário sobre isso.

— É uma coisa boa que chegamos ao campo primeiro, —


Megan me fita com os olhos quando agarra meu pulso e me
leva para fora do campo. Ela está indo em direção ao centro.
— Daqui podemos verificar quem são esses corpos suculentos.

Eu acho que é melhor eu confessar a ela que eu conheço


a equipe ou pelo menos parte dela.

— O cara com o cabelo marrom que está sentado do lado


esquerdo é meu irmão Jack. Ele é um bloqueador para os
warriors.

— Ohhh... — Ela bateu a mão sobre sua boca. — Está


tudo bem eu secando o seu irmão?

— Claro, que está. — Eu rio.

— Então, eles estão aqui para apoiar a irmã do seu


companheiro de equipe, bom; eu gostaria de saber se agora
devemos jogar para ganhar.

— Nós não vamos estragar uma coisa boa, apenas


porque alguns jogadores de futebol não têm nada melhor para
fazer com sua noite de quarta—feira. — Eu lhe digo o motivo
e, em seguida, me afasto e volto para o campo esquerdo.

À medida que a noite avança, acabamos vencendo apesar


da afirmação de Ryan que os Sapos com Tesão não estão
interessados ganhar.

— Bom jogo essa noite, Campbell. — Ryan me


cumprimenta e em seguida, dá um tapa contra a minha bunda
com sua luva, e ao que parece é um tapa da vitória. Ele faz o
mesmo com resto das oito jogadoras. — Todos para o posto de
gasolina?

Metade da equipe levanta as mãos. A outra metade


sacode suas cabeças.

— E você, Eliot? — Ryan pergunta.

— Pensei que você poderia me devolver o livro, Ellie? —


A voz de Masters interrompe antes que eu possa responder o
convite de Ryan. — Eu gostaria de lê-lo na viagem de avião
para o Missouri neste fim de semana.

Só um idiota diria que não, digo a mim mesma. Caso


contrário, eu iria entrar em uma discussão com Masters.

— Certo.

Masters se volta para Ryan. – Você tem uma boa equipe.

— Eu não sabia que nós tínhamos adicionado uma


artilheira à equipe. — Ele brinca e aponta para mim. — Ela
disse que nunca jogou antes.

Masters me dá um olhar avaliador. — Ela tem uma boa


coordenação entre o olho e a mão. Eu acho que isso é de
família.

Um leve sorriso dança em torno das bordas de sua boca.


Eu balanço minha cabeça.

— Vamos, Masters. — Eu o agarro e vou puxando pouco


a pouco, afastando-o do esconderijo subterrâneo.

— Prazer em conhece-lo, Knox, — Ryan fala. — Boa


sorte este fim de semana!

— Obrigado, cara, — Masters responde. Ele abaixa a


mão e a coloca nas minhas costas. — Veja como seu amigo me
chamou Knox.

— Porque esse é o seu nome. — Eu respondo.

— No entanto, você só me chama de Masters.

— Também é o seu nome. — Eu acelero o ritmo para


colocar alguma luz do dia entre a mão tentadora e minhas
costas.

— Hmmm... — Ele murmura. Ele deixa cair a mão entre


nós e me permito ter dois segundos de compaixão antes de
lamentar a falta do seu toque, eu sigo para meu apartamento.

Em algum lugar ao longo do caminho, no entanto, acho


que meus passos sincronizam com os dele. Os nossos braços se
movem em uníssono e há uma forte tensão que se acumula a
cada passo. Eu posso até mesmo ouvir sua respiração e sentir
o cheiro de sua pele picante.

Minha pele se arrepia e eu quase o senti tocando em


mim, mesmo que haja pelo menos um palmo de distância
entre nós. Seu campo de magnetismo é tão grande. Eu não
posso estar tão perto dele sem querer senti-lo contra mim.

Eu sou um cesto cheio de nervos no momento em que


chego ao complexo de apartamentos.

— É no terceiro andar, — Eu informo quando paramos


na porta da frente. — Você quer esperar aqui?

Ele olha para mim, incrédulo. — Eu acho que eu posso


subir três andares, Ellie.

Eu tento dar de ombros com indiferença, como se eu não


me importasse com ele entrando em meu apartamento, mais
na realidade eu estou querendo saber quanto tempo vai levar
antes que eu o ataque.

Subimos os degraus lado a lado, e desta vez, os nossos


braços se tocam mesmo que de leve, e uma sensação de
formigamento percorre todo o meu corpo. Eu estou
praticamente tonta com a sensação.

No topo do terceiro andar, ele me agarra e me empurra


para o canto da parede.

Ele se inclina para frente e me beija, doce e suavemente.


Aparentemente ele não se importa com minha roupa suja ou
minha pele ligeiramente suada. Ele mantém as mãos em cada
lado do batente da porta da parede, mantendo—me um pouco
para fora. Eu não gosto do espaço que está entre nós e
entrelaço meus braços em volta do seu pescoço e puxo ele para
mais perto. Ele faz um barulho, não mais que um grunhido e
nem bem um gemido, é mais como um suspiro de felicidade.
Ela enche os bolsos em meu coração que eu não sabia que
estavam vazios. Quando ele se afasta eu vou com ele, porque
eu não estou feita com aquele beijo.

— O que foi isso? — Pergunto com a voz rouca. Seus


dedos são um pouquinho instáveis quando ele suavemente
desliza alguns fios de cabelo da minha testa.

— Eu não te beijei nenhuma vez desde a livraria. Isso é


muito tempo.

Meus lábios se abrem com a sinceridade de suas palavras.


Eles não são mais que uma linha, pelo menos não para ele.

Ele capta meus lábios entreabertos entre os seus


novamente. Desta vez, sua língua se aprofunda em minha
boca, encontrando lugares que me têm gemendo de desejo. Ele
me levanta com facilidade, usando sua força de jogador de
futebol e me empurra contra a parede. Eu enfio meus dedos
em seus cabelos curtos e da cor de palha e coloco minhas
pernas ao redor da sua cintura.

Todo o senso de preservação ficou em algum lugar entre


o campo de softball e o meu apartamento. Ele está me
destruindo, com seus lábios e pequenas mordidas, no
momento um suave beijo ardente.

Eu quero parar o tempo e me manter neste momento


para sempre, sua grande estrutura me bloqueando da luz e sua
boca memorizando cada curva e traço do meu rosto. Sinto-me
leve, protegida e cuidada.

Sob meus dedos, sinto a definição de seus músculos


quando ele se abaixa para acariciar o lado de fora da minha
coxa com a palma firme de sua mão. Seus beijos estão me
deixando molhada e com fome.

Ele faz sons baixos de aprovação e eu balanço contra ele


em crescente desespero.

Depois do que parece uma eternidade e não foi tempo


suficiente, ele permite que as minhas pernas deslizem para o
chão. Sua cabeça cai no meu ombro e eu posso sentir toda a
elevação do seu corpo enquanto ele tenta obter sua respiração
e seu controle.

Após três respirações trêmulas, ele empurra para longe de


mim.
— Eu preciso usar camisetas mais longas quando você
está por perto. — Ele puxa sua camisa e tenta puxá-la para
baixo para cobrir a tenda nos seus shorts. Nós saímos do canto
e após passar quatro portas chegamos ao meu apartamento.

— Você quer entrar?

Ele me dá um sorriso triste. — É melhor não, eu preciso


ir para casa, obter algum sono de beleza e me preparar para o
jogo.

Eu tento não deixar a minha decepção aparente. — Você


está preocupado com o jogo deste fim de semana?

Ele balança a cabeça.

— Preocupado não, ansioso, esperei desde dezembro


para voltar para o campo. Eu quero fazer aquelas merdas de
homens crescidos chorarem feito bebês. Quero imprimir a
marca dos marcadores de jardas e moê—los em sua pele. Eu
quero que eles voltem para suas casas e tenham pesadelos
sobre me encontrar no campo. — Ele olha para mim. — Mas
eu não vou levar isso em como certo, mesmo eles sendo uma
equipe mais fraca, o campo é a sua casa. Qualquer coisa
poderia acontecer.
Certo. Provavelmente as probabilidades de apostas estão
em cinquenta por um que os warriors percam.

— Acredita mesmo nisso?

Ele faz uma pausa por um momento.

— Sim, qualquer coisa poderia acontecer. Ace poderia se


machucar, ele poderia jogar uma meia dúzia de
interceptações. Poderíamos nos atrapalhar em cada chute ou
arremesso, nós poderíamos esquecer nosso equipamento. Se
eu acho que essas coisas vão acontecer? Não, mas eu não
posso entrar no jogo pensando que já ganhamos antes do apito
final.

— Quando é que seu ônibus vai para o aeroporto?

— Por volta das onze. — Ele inclina um braço contra a


porta e faço um verdadeiro esforço para não desmaiar diante
da visão que tenho do seu músculo tenso. — Como é que Jack
está se saindo?

— O que você acha dele?

Masters inclina a cabeça. — Ele está na minha lista.

— Que lista? — Eu me endireito e mantenho seu braço


longe da minha cabeça.

— Ace e eu vigiamos os novatos, nos certificamos que


eles não vão entrar em apuros e conheçam as regras ‘não ditas’
da equipe.

Ele olha para mim com curiosidade perguntando por que


eu estou fazendo um grande negócio disso, eu não deveria,
mas eu não consigo me conter.

— Porque é que Jack está em sua lista? — Eu estalo.

— Porque suas notas estão na média da aceitação e eu


estou checando para me certificar de que ele tem toda a ajuda
que precisa para passar em suas aulas. — Ele aperta os olhos.
— Isso é um problema?

Eu colo um sorriso falso. — Claro que não, mas não diga


isso a ele.

— Por que não?

— Ele é sensível com relação a isso. — Eu projeto meu


queixo para fora, porque Masters não pode fazer o que eu
peço?

Ele esfrega a parte de trás do seu pescoço.


— Jack é um cara inteligente. Tenho certeza que ele sabe
que ele está na média, ele poderia ser uma parte importante de
nossa equipe este ano, no ano passado nós lutamos com a
pontuação, com Ace, Jack, e Ahmed, temos opções de
pontuação decente.

— Então você vai persegui-lo? — Minha voz começa a


ficar alta.

— Nããão... — Masters fala lentamente. — Eu tento


guardar isso para as meninas que eu gosto.

— Eu acho que você deve ir. — Eu cruzo meus braços


sobre o peito. Namorar Masters seria como segurar a minha
mão sobre uma chama, em algum momento, eu vou me
queimar. Eu não preciso disso na minha vida.
Capítulo
Dezessete
Ellie

Dia do jogo: Warriors 0-0

— Eu não vi Jack por aqui esses dias. — Riley comenta


quando nos sentamos para assistir o jogo no sábado a noite.

— Ele está se preparando para o jogo.

— É assim que será durante todo o ano? Eles


desaparecendo no fim de semana?

Eu escondo um sorriso pelo tom descontente de Riley.


Jack tornou-se um evento regular no apartamento. Às vezes é
apenas ele, mas muitas vezes ele traz um companheiro de
equipe junto. Riley e eu gostaríamos sair para jantar com ele
sexta-feira, porém a equipe partiu para o jogo e ele está
ficando estranhamente quieto.

Eu não vi Masters desde que eu lhe entreguei o livro de


volta. Eu desejaria não lamentar pela forma como o empurrei.
Dizer que você está fazendo a coisa certa e se sentir bem sobre
isso, são duas coisas totalmente distintas. Como comer
brócolis, é bom para você, porém tem gosto de merda. E isso é
muito bom enquanto eu não tenho uma mensagem sedutora
de Masters ou o vejo em torno do campus.

— De setembro a novembro eles estão muito ocupados,


mas Jack diz que eles têm mais problemas na primavera,
quando não há nenhuma programação rígida. Eles têm uma
programação de 13 semanas com doze jogos, — Eu explico.
— Uma semana é de folga, onde eles não têm qualquer jogo e
em seguida, é o décimo terceiro jogo da conferência do
campeonato. Se eles vencerem, o que deve acontecer, em
seguida eles entram em um playoff de quatro equipes para a
disputa do título nacional.

— Ser atleta parece ser uma vida glamourosa, aulas com


bolsa integral, tutores livres, primeiro a escolher as aulas, nem
parece o quão duro eles trabalham.
— Muito

Tínhamos visto Jack pela última vez na quinta—feira e


ele tinha se machucado. Riley o fez colocar seu pé para cima e
colocou gelo sobre o joelho, mimando—o sem parar.
Provavelmente, essa é metade da razão para ele gostar tanto
de vir aqui.

— Porque você não está assistindo no centro estudantil?


— Riley empurra um punhado de pipoca na boca.

— Eu não gosto de assistir os jogos em público. Se você


vai para um jogo, você tem que se sentar com um grupo de
pessoas que não conhecem o jogo, mas acham que sim. Eles
ficam gritando sobre os árbitros ruins e se o meu irmão perde
uma bola você tem que ouvi-los falar sobre o quão terrível ele
é. — Eu balancei minha cabeça. — É melhor assistir em casa.

— Eu não sei nada sobre o jogo. — Ressalta.

— Mais você vai ficar gritando sem parar sobre o quão


ruim eles são?

Ela balança a cabeça. — Não, mas eu vou fazer um


monte de perguntas.
— Justo. O que você sabe?

— Sei que existe um quarterback, que Tom Brady usou


bolas vazias e que há um Super Bowl.

Eu seguro uma risada. — Já é um começo.

— Por que eles andam de mãos dadas quando estão indo


para o meio do campo? Eles têm medo de se perder? Será que
eles nunca jogaram uma partida de piratas vermelho, isso não
nos ensina a ficar de olhos abertos, esperando a próxima
jogada? E então se nós ganharmos, ficamos com a bola? — Ela
brinca quando vê Ace, os defensores e outros três em pé na
direção da linha de cinquenta jardas.

— É a unidade de equipe. Elas também vão dar um tapa


na bunda do outro o tempo todo.

Nós compartilhamos um sorriso.

— Onde está Jack?

— Ali ele é o número 88. — Eu pressiono pausa e aponto


para a tela. — Ele vai estar na linha de jogo, que fica no centro
e vai encaminhar a bola para o quarterback.

— Ele parece grande.


— São as almofadas.

— E eu sinto muito em dizer isso na sua frente, mas


santo Cristo, sua bunda parece gostosa, todas as bundas
parecem gostosas. — Ela vai mais para a frente. — Por que
não eu assisti isso antes?

— Você não sabia. — Eu afago suas costas. — Mas agora


você já conhece.

— O que Jack faz?

— Ele é um receptor final. Ele é responsável por bloquear


e pegar a bola, geralmente ele vai correr pelo meio. Os caras
no final são os receptores, eles são geralmente os mais rápidos
no campo. Os defensores são os que ficam atrás do
quarterback.

— Eles ficam olhando para a bunda dele?

Eu sorrio. — Todos os esportes são assim. O MMA? É o


esporte mais homoerótico do planeta, homens nus rolando na
metade do tempo com os rostos na virilha do outro.

— Eu já estou me tornando uma fã. E onde está o seu


noivo?
Eu rolo meus olhos, fazendo uma varredura nas linhas
laterais quando a câmera se move para o número 55.

— Bem ali.

Eu congelo a tela. Masters tem seu capacete para cima,


com as almofadas descansando contra sua testa. Está
mordendo o interior da sua boca, olhando atentamente a ação
se desenrolar. Ele parece... maravilhoso. As mangas de seu
uniforme estão dobradas sob suas almofadas e por baixo do
tecido, seus músculos aparecem.

Os Warriors começam devagar no primeiro tempo. O


quarterback do Missouri não é muito bom, mas ele consegue
ter sorte e correr por cerca de vinte jardas. Mais três lances e
eles estão chutando à distância. Eu amaldiçoo quando a
quarenta e três jardas do final, eles conseguem dividir o grupo
perfeitamente. No ataque, os Warriors não conseguem mover
a bola mais de cinco jardas. O time tem a posse de bola mais
sem gols quando o tempo acaba.

Durante o intervalo comercial, eu remexo em torno de


nossos armários à procura de algo para misturar com a minha
Coca-Cola. Eu preciso me anestesiar se o jogo continuar
assim.
— Eu estou supondo que foi um período ruim.

— Tempo, — Eu a corrijo. — Eles jogam quatro tempos.


E sim, foi ruim.

Masters estava certo, eles não podem dar o jogo por


vencido. Eu vejo como ele anda para cima e para baixo da
linha lateral, tendo o tempo para conversar com seus
companheiros de equipe. Ele dá um tapa em um par deles no
capacete e aperta o pescoço de outro cara. Outros jogadores
acenam e sorriem para ele. Ele não os está castigando, mas
sim incentivando. Mantenham suas cabeças para acima, temos isso.
Imagino ele dizendo isso os caras.

— Mas é apenas um quarto, certo?

— Este é o campeonato da faculdade, um bom


planejamento é realmente importante, e quando você joga
contra um adversário fraco, você tem que jogar muito bem,
dominar e você não pode perder.

— Nem mesmo um jogo? — Ela está chocada.

— Basicamente. Se você perder um jogo, realmente há


uma boa chance de você não conseguir ir para os playoffs e
isso é a única coisa que importa no campeonato da faculdade.
— Uau. — Os olhos dela se arregalam enquanto ela
absorve essa nova informação.

Durante o segundo tempo, a defesa pega. Masters abre


caminho, jogando o jogador de linha ofensiva de lado como se
fosse um pedaço de lixo. Masters vai em cima do quarterback,
antes mesmo do cara colocar seus ombros para baixo no
campo e assim ele faz com os número 2 e o 23.

— O que os jogadores dizem uns aos outros lá no


campo? — Riley pergunta quando vemos a mandíbula de
Knox de lado quando ele retorna para a linha de jogo.

— Provavelmente algo nojento sobre suas mães.

— Sério?

Talvez não Masters, embora ele não pareça ser o tipo de


pessoa que insulta a mãe de um jogador ou alguém ligado a
ele.

— Alguns caras fazem isso. Masters provavelmente está


dizendo ao homem de linha que ele é macio e que ele vai
gastar muito tempo em sua bunda. Jack diria ao cornerback
que ele é muito lento e perguntaria se ele precisa de patins para
alcança-lo.
Riley sorri. — Eu gostaria que pudéssemos ouvi-los. Isso
seria divertido.

— Muito palavrão. — Eu sorrio de volta.

É divertido assistir com Riley. Todo o ano passado, eu


me sentei no meu quarto no dormitório e assisti os jogos
sozinha. Minha companheira de quarto gostava de dormir
com os jogadores, mas ela com certeza não gostava de ver o
jogo. Eu esqueci qual era a sensação de ter companhia e quão
bom era compartilhar uma experiência com alguém.

Um gol no primeiro tempo é o único resultado que o


Missouri consegue manter.

A defesa dos Warriors, liderada por Masters, é sufocante.


Se eles não estão saqueando o quarterback, eles estão atacando
assim que a bola sai de suas as mãos.

A equipe se esforça no ataque, mas Jack faz uma grande


captura na terceira linha e avança por mais trinta jardas antes
que ele seja parado. Eles conseguem enfiar a bola do outro
lado da linha do gol mais três vezes, e o jogo termina 21-3.

Riley e eu saltamos para fora de nossos assentos e


gritamos tão alto quanto qualquer um dos fãs no jogo. É a
maior diversão que eu tenha tido assistindo a um dos jogos de
Jack em anos.

— Nós tínhamos a rédea curta quando se tratava de


nossos pais, mas eu sempre tive a equipe. Você só me teve.

— Não seria uma coisa ruim ter outra pessoa ao seu lado,
Ellie. Além disso, você poderia ser muito pior do que Masters.

Meus olhos seguem Masters em torno do campo quando


ele dá um tapa nos capacetes e dá abraços com único braço em
seus companheiros de time. Ele para na frente de Jack, cujo
rosto está iluminado como um refletor, ele está tão feliz. Os
dois trocam algumas palavras e algo que Jack diz faz Masters
dar uma risada, em seguida, a câmara corta.

— Será que eles vão voltar para casa hoje? — Riley


pergunta enquanto limpa a sala de estar.

— Eles deviam.

E talvez Jack virá junto com seus companheiros de


equipe, ou talvez ele vai mandar uma mensagem dizendo que
há uma festa em algum lugar e que devemos ir. Vou encontrar
Masters, nós vamos ficar um pouco bêbados, ele vai me
perdoar pela forma fria como o mandei embora e nós
poderemos continuar de onde paramos.

Meu telefone faz um zumbido e meu coração pula. É


Masters.

Jack: Não vamos embora hoje, aparentemente tem um mau


tempo chegando e nós não podemos voar.

Não, é apenas Jack. Eu tento não ficar desapontada com


as suas palavras.

— Acho que não. — Eu mostro a Riley a mensagem de


texto.

Eu digito de volta.

Bela pegada no terceiro tempo e agradáveis estatísticas JAC.

— O que é JAC? — Riley pede espiando por cima do


meu ombro.

— Jardas após captura, o número de jardas que um


jogador percorre depois que ele pega a bola.

Apenas no terceiro? Eu fui assassino durante todo o jogo! JK.


Não vou mentir, foi ótimo, este será um bom ano.

Jack e eu trocamos mais alguns textos e então eu guardo


meu telefone. Eu posso quase sentir a sua felicidade. Mesmo
que ele voltasse para casa e tivesse alguma festa fantástica, eu
não iria, porque eu não posso confiar em mim em torno de
Masters.

— Ei, você está bem? Jack está ok?

Riley toca meu ombro. Eu olho para a sua feição


preocupada e à vontade de confiar nela quase me oprime. Eu
não digo toda a verdade, mas a carga disso está me levando
para baixo.

— Jack está academicamente sobre o limite, ele tem


problemas com algumas das suas aulas, o que mantém suas
notas baixas. Ele nunca vai ganhar prêmios, mas ele não é
burro.

— E?

— E Masters, aparentemente, é responsável pelo Jack.

Ela mordisca seu lábio. — Por que você não diz para
Masters que você vai ficar responsável por ele? Dessa forma,
Knox fica fora da pressão.

Eu fico olhando para ela.

— O que? — Ela esfrega sua testa. — Eu tenho sorvete


no meu rosto?

— Não. Essa é uma idéia genial e eu não sei por que eu


não pensei nisso antes.

— Está vendo? — Ela me cutuca com o ombro. — É por


isso que é bom compartilhar as coisas, melhor serem dois do
que um.

A tensão que me definia na segunda—feira é aliviada.


Talvez este seja o caminho para eu ter tudo, a elegibilidade de
Jack segura e dar uma chance a Masters. Então, eu respiro
fundo e mando um texto para ele.

Eu: Bom jogo. Vocês jogaram maravilhosamente.

Não há nenhuma resposta.

Eu só tenho a mim mesma para culpar.


Capítulo Dezoito
Knox

Placar do jogo: Warriors 1-0

Meu telefone está morto, dado o dia de merda que tive,


eu não estou surpreso. O primeiro jogo se foi, faltam onze. Se
jogarmos os próximo como fizemos hoje, podemos conseguir
o nosso título nacional.

— Você tem uma carga? — Eu dou uma cutucada em


Matty. Eu não acho que recebi um texto de Ellie, mas isso não
me impede de obsessivamente verificar meu telefone.

— Não, me desculpe cara, o meu está quase sem vida


também. — Ele me mostra a tela do seu telefone. O indicador
da bateria está vermelho. — Eu estou trabalhando em um
encontro local e se o meu telefone morrer antes que eu possa
ter visto todas as opções, eu vou ficar puto.

Ele vira para Instagram onde alguma morena peituda


postou mil selfies. — Que tal ela?

Eu dou de ombros. Ela é bonita, mas ela também se


parece com todas as outras que Matty pegou nos últimos doze
meses.

— E esta aqui? — Com um movimento de seus dedos,


ele mostra outro perfil.

— Elas são todas iguais para mim. — Montes de cabelos


longos, seios grandes e cinturas minúsculas. Elas parecem ser
algum tipo frágil. Uma coisa que eu gosto sobre Ellie é que ela
é sólida, eu não preciso me preocupar em segurá-la.

Isto é, quando eu a tiver. Eu não tenho notícias dela


desde que ela me devolveu o livro. Meu palpite é que ela está
ofendida por eu manter o controle sobre Jack. Não é como se
eu estivesse lendo suas respostas ou pré-avaliando suas lições.
Quem tem tempo para essa merda? Eu tenho minhas próprias
aulas e não preciso adicionar mais esse fardo.

Mas talvez ela tenha pensado que eu insultei Jack, o


chamando de idiota. Ele obviamente não é, mas nossas regras
são complicadas e ele não teve problema nenhum. Ela está
louca por algo. Quando meus pais discutem, meu pai sempre
diz que temos que dar tempo para minha mãe se acalmar,
então é isso que eu estou fazendo. Eu acho que ela ensinou
isso a meu pai há quase 25 anos. Então por que não fazer o
mesmo?

O ônibus para em frente ao hotel, mas antes de sair, o


treinador vai à frente.

— Sem toque de recolher esta noite, mas se vocês


estragarem tudo, vocês serão obrigados a estar em suas camas
às sete todas as noites nos próximos quatro meses. — O
técnico ameaça. — O ônibus da equipe sai para o aeroporto às
quatro da manhã, qualquer um que não esteja no ônibus será
suspenso do próximo jogo.

Todo mundo promete ser como anjos enquanto


descemos, em seguida, estamos todos juntos no lobby
enquanto Stella entrega as chaves dos quartos.

— Vamos nos encontrar com alguns moradores locais no


bar ao lado. — Hammer sacode a cabeça em direção à porta
do saguão.
Eu olho para o meu telefone morto.

— Eu acho que vou sair um pouco. — Eu falo, será bom


para a equipe, eu imagino.

Quando Hammer levanta o punho e grita: — Masters


está dentro. — Eu sei que foi a resposta certa. Stella distribui
as chaves dos quartos, mas antes que eu possa ir, o treinador
me agarra.

— Tome conta dos caras.

— Pode deixar. — Eu aceno.

No andar de cima, eu ligo o meu telefone e tiro o terno e


coloco uma camiseta de treino cinza, jeans e um par de
chinelos. Matty e Hammer vestem as camisetas dos Warriors.
Eu os faço mudar, não há sentido em anunciar quem somos
depois de termos derrotado a equipe da cidade.

Enquanto eles trocam as suas camisas, eu chamo Ty no


telefone de Hammer já que ele é o único que teve o bom senso
de carrega-lo antes do jogo.

— Bom jogo homem. — Diz ele assim que responde.

— Obrigado. — Eu me jogo na cama. Ty jogou na


quinta—feira à noite e eles ganharam. — Nós estamos presos
aqui porque há algum mau tempo em Chicago.

Ele geme. — Porra, isso é uma porcaria.

Ninguém quer passar mais noites fora de casa do que as


que realmente precisam, e isso mexe com sua programação.
Mas as equipes são cautelosas sobre voar com mau tempo,
porque se o avião cair, você perde o time inteiro. — Você vai
sair?

— Sim, com Matty e Hammer. — Eu esfrego uma mão


sobre o meu cabelo curto, o corte garante que ele não me faça
parecer totalmente um idiota, já que eu não gosto nem de
escová-lo. Matty, por outro lado, utiliza mais produto do que
algumas vadias. Na verdade, algumas das meninas com quem
ele dormiu, deram—lhe dicas sobre como cuidar de seu
cabelo longo.

— O que está acontecendo? Você parece desconfortável.


Foi o primeiro tempo? Vocês apenas tiraram para fora a poeira
da temporada.

A tentativa de adivinhação de Ty está longe de ser


verdadeira. Eu não estou inquieto, eu estou tenso. A excitação
do pós jogo acabou, mas eu ainda estou nervoso porque eu
não posso parar de pensar em Ellie.

Hoje à noite os caras estarão voltando de uma cidade


estranha e dada a localização do nosso hotel, não será
próximo da faculdade também. Matty me disse mais de uma
vez que ele gosta de mulheres mais velhas. Eles sabem o que
querem e não têm medo de falar.

— É a garota. — Ele parece preocupado.

— Sim, a garota.

— O que aconteceu?

— Eu acho que a ofendi. — Eu explico a situação de


Jack. — Então eu pensei que eu poderia lhe dar algum tempo
para se refrescar, como o pai faz.

— Tem certeza que ela é a única? — Pergunta ele com


cautela.

— Porra cara, eu não estou certo sobre coisa alguma


agora. Jogamos como merda no primeiro tempo, se fosse
contra uma equipe melhor, poderíamos ter sido derrotados,
mal pudemos marcar e se nossa defesa não estivesse jogando
bem, então nossas chances de um título acabaria. — Eu tomo
um par de respirações calmantes. — E eu definitivamente não
estou certo sobre ela.

Então eu penso no conjunto, o seu queixo cada vez que


ela diz algo que ela acha que eu vou discordar, o brilho nos
olhos quando fala que futebol é apenas incrível. Certo, e eu
sou uma bailarina. A forma como ela e seu irmão se dão bem.
Eles são tão unidos quanto eu e Ty. Eu não estou mais incerto.

Eu sempre soube o que eu queria, a partir do minuto em


que eu pude andar, eu quis jogar bola. A partir do momento
que eu percebi que eu poderia ter sonhos e tornar esses sonhos
uma realidade, eu jurei que iria jogar aos domingos.

Agora? Agora eu quero uma espinhosa Eliot Campbell e


nem mesmo suas barreiras vão me manter fora.

— Na verdade, eu estou certo sobre ela. — Eu ouço uma


batida na porta. Claramente meus companheiros de equipe
estão cansados de esperar por mim. — Hammer e Matty estão
de volta. Eu te ligo mais tarde.

— Certo mano.

No andar de baixo, Jack Campbell aparece junto com


Ace e um par de outros jogadores do ataque.

— Bom jogo. — Trocamos acenos com o queixo. O


ataque e a defesa pensam de formas diferentes. Eles querem
marcar, nós queremos destruir. Preocupamos—nos de formas
diferentes sobre as mesmas coisas, mesmo estando no mesmo
time.

— Obrigado, me senti bem jogando novamente.

Isso é um sentimento que eu posso deixar passar.

Cerca de vinte de nós estão fora da programação, ou são


menores de idade ou estão ligando para suas namoradas.

O bar da rua está em pleno movimento, metade é clube


de dança e a outra metade é um bar esportivo, nós resolvemos
ir assistir aos jogos da noite. Vejo uma mesa em frente à tela
do jogo Wisconsin / Alabama, à direita de algum bossal que
tem esperança de alguém sair machucado.

Hammer e Matty se juntam a mim. Nós pedimos uma


rodada de cerveja e um par de aperitivos e nos instalamos.

A defesa do The Crimson Tide é uma máquina de


esmagamento e estão dando a alma e arrebentando com a
bola. Os admiro ao mesmo tempo em que quero bater o
inferno fora deles no campo. Eles são um dos times que eu não
ficaria surpreso se estiverem jogando nos playoffs.

Durante o intervalo, o placar está empatado em dez e


Matty e Hammer saem para se encontrar com seus encontros.

— Hey. — Uma voz suave me cumprimenta.

Minha cabeça gira para encontrar uma coisa doce que


está ao meu lado, um quadril que se projeta e longas unhas
vermelhas batendo naquela forma redonda. Se isso é o que ela
faz para chamar a minha atenção para lá, é um sucesso. Eu
viro meus olhos para cima, ela é bonita, muito bonita. Cachos
escuros, pele que me lembra das folhas do outono e um top tão
baixo que eu me pergunto se eu estou vendo tudo ou se isso é
apenas uma sombra.

— Você é Knox Masters?

Eu concordo.

— Você joga para os Warriors, certo?

— Certo. — Eu arranho o lado do meu pescoço


enquanto eu procuro uma maneira agradável de dizer a ela
para cair fora.
— Eu vi você no campo hoje. Você parecia incrível. —
Seus lábios estão vermelhos e muito brilhantes, ela parece que
espera algum tipo de resposta, eu não tenho certeza qual é.

Ela se inclina para frente e dá um beijo na minha


bochecha. — Aquele cara me deu U$ 100 para entregar isso a
você.

Duas mesas para baixo e vejo os olhos de Jack se


estreitando, eu mudo para trás.

— Ok, obrigado. — Eu pego o cartão, ela não deixa. Eu


olho para cima e vejo um cara mais velho inclinando a cabeça
para mim. Ele deve pensar que eu sou estúpido, contato de
agente a qualquer momento antes de terminar a temporada
poderia arruinar a minha elegibilidade. Eu pego o cartão,
rasgo em pedaços minúsculos e despejo no meio do cinzeiro.
Nada vai afetar nossas chances de ganhar o título deste ano.

— O cartão foi idéia dele. O beijo foi o meu.

— Você precisa de alguma coisa, querida? — Hammer


vem em meu socorro.

— Oh não, eu estava dizendo Knox aqui o quanto eu


gosto de seu jogo.
Hammer coloca um braço em torno do ombro dela e
gentilmente a vira para longe da mesa. — Eu jogo para os
Warriors, também. Você sabe muito sobre futebol?

Ela balança a cabeça quando Hammer a leva para a pista


de dança. — Eu jogo no lado cego do quarterback, esse é o seu
lado fraco, apenas os melhores jogadores defensivos tem essa
posição.

Ele olha por cima do ombro e pisca.

Dou-lhe uma saudação e deslizo para fora da cadeira.


Hora de ir para casa. Quando eu chego, Matty está com o não
perturbe na porta. Eu o ignoro e entro. A mulher está em cima
dele no estilo cowgirl invertido, seus cachos castanhos estão
pulsando no ritmo.

— Não se preocupem comigo, — Eu digo facilmente. —


Só vim pegar meu livro.

— Você pode se juntar a nós, — Matty oferece. — Lucy


não vai se importar.

— É Laura. — Ela faz uma carranca. Mas então se vira


para mim. — Você é Knox Masters, certo? Eu vi você na capa
da Sports Illustrated.
— Sim? Qual deles eu era?

Ela parece confusa. — Aquele com o uniforme dos


Warriors.

Essa é outra razão pela qual eu estou certo sobre Ellie,


ela pode me distinguir de Ty toda a porra do tempo.

Matty se senta e esfrega as mãos ao longo do corpo


magro da garota e, em seguida, pega nas mãos um muito
grande par de seios animados. Não vou mentir. Meu corpo
reage.

Tenho vinte e um. Há uma garota nua, quente,


oferecendo-se para mim.

— Obrigado pela oferta. Eu vou ler o meu livro.

— Você é quem perde. — Ela encolhe os ombros.

Eu pego o meu telefone e o livro, e vou para a


espreguiçadeira da recepção no décimo andar.

O treinador nos deu acesso, de modo que não temos que


nos sentar no térreo e responder a perguntas da imprensa.

Eu abro o livro e... Sinto o cheiro. É bom, próprio de


menina. Eu o levanto até o meu nariz e inalo, cheira a ela e eu
não posso deixar passar mais um minuto para entrar em
contato com ela.

Eu ligo meu telefone e assim que ele fica on-line a


mensagem que eu tanto esperei aparece. Te peguei. Eu sorrio
para mim mesmo.

Eu lhe respondo.

Knox: O telefone estava desligado, você sabia?

Quando o alarme da mensagem de texto soa, toda a


tensão do dia drena fora de mim e eu me deito um pouco para
me sentir mais confortável.

Ellie: Olá. Desculpe pelo outro dia, a coisa com Jack me


pegou desprevenida. Ele não quer que as pessoas que ele respeita
pensem que ele é burro.

Eu não quero escrever um texto para ela. Eu pressiono


ligar e espero por ela para atender.

— Masters?

Eu fecho meus olhos, irritado ao ouvir ela me chamar


pelo meu sobrenome.
— Você está aí?

— Sim. Estou aqui.

— Sinto muito. — Ela repete.

— Nós estamos na mesma equipe, você sabe. Nós todos


queremos a mesma coisa, colocar Jack para jogar.

Ela suspira. — Eu sei. Mas Jack é... sensível sobre suas


notas. Ele não quer que as pessoas que ele admira pensem que
ele é estúpido ou lento.

— Eu não penso.

— Então que tal eu ficar responsável por ele?

— Isso funciona para mim. — Eu não me importo com


Jack. Quer dizer, eu me importo no sentido de que eu quero
que ele tenha sucesso, porque isso significa que o nosso ataque
seja bem sucedido, mas em uma disputa entre ser responsável
pelas suas notas e não ter Ellie suficiente, ela ganha.

O próximo suspiro que ela solta soa como alívio. —


Quando você vai voltar?

Eu sorrio sobre como sua voz parece ligeiramente


ansiosa. Ela quer me ver. Meu corpo inteiro se anima com
isso.

— Vamos chegar por volta das nove. Eu pretendo dormir


por algumas horas, e ligo pra você quando eu levantar.

Eu desligo, porque eu não estou dando a ela uma


oportunidade dizer não.
Capítulo
Dezenove
Ellie

Segunda semana: Warriors 1-0

— Foda-se. — Diz Jack se jogando no sofá.

— O que está errado?

A equipe chegou em casa esta manhã e Jack teve um


encontro com o seu tutor durante o almoço. Aparentemente
não ocorreu tudo bem com ele.

— Minha tutora é uma porcaria. Ela gasta muito tempo


tentando subir em me colo, digo a ela que eu preciso da sua
ajuda e ela me entrega esse papel.
Ele empurra para mim. — O que é isto?

Eu olho para o papel. É uma lista de diferentes modelos e


uma breve descrição de cada um.

— Um esboço de opções.

— Eu me inscrevi para esta matéria específica, porque eu


pensei que a teoria dos jogos seria algo que eu entendia, mas
eu não sei nada sobre os conceitos. — Jack parece angustiado.
— Todos esses malditos modelos, eu deveria intercalar isso e
vomitar no final?

Seus olhos tristes finalmente encontram os meus. —


Ellie, se eu falhar nessa aula, a minha elegibilidade
desaparecerá. Preciso pelo menos passar em médio prazo, eu
deveria ter desistido da porra dessa matéria.

O tempo para fazer isso já passou, infelizmente. — E


sobre os playoffs?

— Não venha toda Denny Green sobre isso, Ellie, mas o


que tem os playoffs? Eu não vou nem mesmo estar em torno
dos jogos se eu não conseguir passar nessa classe. O que eu
estava pensando? — Ele deixa cair a cabeça em suas mãos e
geme.
— Foi Jim Mora.

— O que?

— Jim Mora que fez o discurso de pós—jogo sobre os


playoffs. Denny Green falou sobre 'Eles são quem nós
pensávamos que eles eram’, mais ou menos isso.

Jack olha para mim como se eu tivesse perdido minha


mente. Jim Mora era um treinador do Indianápolis Colts que
fez um discurso pós-jogo em resposta à pergunta de um
repórter sobre como vencer os playoffs se tornou um vírus.
Playoffs? Qual playoffs? Ele já veio cuspindo do pódio. Green, o
técnico dos Cardinals, jogou com o invicto Bears e quase os
venceu até o quarto tempo, onde as jogadas mudaram de
direção e eles perderam o jogo. Green perdeu a merda da
cabeça durante a conferência de imprensa no pós-jogo. O
repórter tinha que se sentir grato por ter uma barreira entre
eles, porque Green olhou a um passo de introduzir seu punho
no rosto dele. Igual como Jack olha agora.

Ele gostaria de tomar medidas físicas contra alguma


coisa, a classe, o programa do curso, seu tutor.

Eu preciso falar minhas palavras com cuidado para que


ele não saiba que eu estava sentada na mesma classe que ele
durante as duas últimas semanas. Eu coloquei a planilha do
professor de lado.

— Ok. Vamos olhar para a teoria dos jogos a partir de


um ponto de vista de futebol. Retire o último jogo de Seattle
no Super Bowl. Ambos os corredores e os arremessadores da
linha do fundo tinham uma chance de cerca de 60% de
sucesso. Mas qualquer jogada pode ser defendida se a defesa
sabe o que esperar, se o jogador correr é mais poderoso, a
decisão racional consiste em executar a bola porque os seus
recursos físicos são voltados para execução. Mas os Patriots
sabiam que Seattle era o mais poderoso time de execução,
pelas probabilidades estatísticas deles. Seattle decide que a
expectativa tem mais valor do que o poderoso jogo em
execução e chama uma jogada de passe.

— Você tem uma possibilidade de estatística de sucesso


em qualquer jogo que é feito usando os recursos físicos, seus
jogadores, avaliando os jogadores adversários e as suas
jogadas esperadas.

— Os partidos políticos são adversários e a eleição é o


seu Super Bowl, com as primárias e todo o material que vem
antes de agir na temporada. — Ele está começando a entender.
Talvez eu não tenha que fazer qualquer coisa para ele. Ele
toma algumas notas.

— Como faço para descobrir a possibilidade estatística de


sucesso?

— Demografia. Eu acho que é por isso que o voto é tão


popular. As partes tentam analisar a probabilidade de sucesso
de uma posição antes de passar à mesa de negociações.
Protagonistas individuais, como o presidente, podem
aumentar ou diminuir o poder de negociação com base na
posição de poder.

— Tipo os pontos fortes e fracos de certa estrutura


política, o humor geral do eleitorado e então concluir?

— Eu acho que é uma análise imparcial.

— Mas existem cerca de uma dúzia de modelos


diferentes. — O espaço entre os olhos fica apertado.

— Parece pelo programa de estudos, porém, que você


está estudando apenas quatro deles.

Sua feição melhora consideravelmente. — Obrigado,


Ellie. Isso ajuda muito, eu não me sinto tão indefeso quanto
antes.
— Portanto, estamos chegando à média? — Eu pergunto,
fingindo que eu não sei.

— Tem um nivelamento, algumas atribuições que


podemos fazer fora da classe, porém na nossa cota de
estudante, e em seguida um documento final com cinco mil
palavras sobre um desses modelos, aplicados para a transição
de uma Lei de Casamento Nacional.

— Eu vou me aprofundar em tudo o que você precisar de


mim para te ajudar. — Estou receosa por mim mesma. Eu não
compreendi completamente a teoria dos jogos e eu prevejo um
monte de leituras extraclasse a fim de gerir duas provas
diferentes, um para Jack e um para mim.

— Obrigado. — Ele se inclina para trás e olha para o


teto. — Talvez o pai esteja certo e eu sou a porra de um idiota.

— Você não é. — Eu aperto seu braço. — Esse tipo de


coisa é difícil para todos. Você deveria ver essas crianças no
meu centro de concessão.

— Oh foda, que horas são? — Ele olha para o seu


telefone. — Desculpe, eu tenho que ir, senão vou tomar falta
na reunião de equipe.
Jack salta para os seus pés e joga seu livro em sua bolsa
de ginástica. Ele se recusa a olhar em meus olhos. Eu odeio
que ele se diminua tanto por causa dessa matéria. Jack sempre
odiou piadas sobre jock burro, porque estão muito perto do
seu problema. Mas ele não é burro. No campo e com sua
equipe ele não se sente assim, é apenas na sala de aula.

— Jantar mais tarde? — Pergunto hesitante.

— Talvez. — Mas pelo tom desesperado em sua voz, eu


estou supondo que é um não.
Capítulo Vinte
Ellie

— Você estava certa, o livro é bom.

Os olhos de Masters têm as pálpebras pesadas, mas que


provavelmente tem mais a ver com o cansaço do que com
qualquer sensualidade da minha parte, estamos comendo
costelas, pelo amor de Deus. Quando eu concordei com este
lugar, eu esqueci o quanto nos sujamos comendo costelas.
Nossos vizinhos estão fazendo barulho enquanto comem
macarrão.

Como tudo que Masters faz, ele consegue consumir uma


porção inteira com facilidade e graça física. Uma costela vai a
sua boca e o osso sai limpo.

Eu luto por cerca de cinco minutos para cortar a carne


fora e depois penso, foda-se. Eu estou com fome e começo a
roer como o resto dos clientes. Masters sorri para mim, então
acho que não parece muito nojento.

— Você ficou acordado a noite toda lendo isso? — Eu


empurro a porção de costelas comidas para o lado e começo a
me limpar. Leva três toalhas de papel e um lenço umedecido
antes de eu me sentir humana novamente. Eu coloco duas
balas de menta em minha boca e vejo como Masters faz o
mesmo.

— A maior parte dele. Eu li muito sobre a estratégia para


o jogo e adormeci no caminho de casa.

Ele se estica e eu tento não ofegar muito com pedaços do


seu peitoral definido que aparece sob sua camiseta azul
desgastada.

— O seu companheiro de quarto não mente, ou você,


Knox Masters, teve o seu próprio quarto? Eu provoco.

— Eu não acho que ninguém tenha o seu próprio quarto


na estrada. — Ele sorri e eu juro que ouvi calcinhas caírem três
mesas acima. — Matty estava, ah, ocupado e eu me sentei no
salão executivo. Eles têm comida lá em cima, de graça.

O sorriso em seu rosto fica conspiratório. — Eu comi


uma tonelada de azeitonas de merda.

Sua confissão me faz rir. Um silêncio se instala entre nós,


do tipo que acontece logo antes que alguém vá terminar uma
ligação, mas eu não quero desligar. Então eu lhe pergunto algo
que me incomodou desde que nos conhecemos no estádio.

— Por que você nunca me disse para manter o


planejamento do seu projeto em segredo?

— Eu sabia que você não iria dizer. — Ele responde. O


som em sua voz faz parecer óbvio.

— Como? — Eu balancei minha cabeça.

— Eu só sabia e você não falaria, e eu estava certo. —


Ele se inclina para frente e me olha com aqueles olhos tão
verdes quanto o campo. — Às vezes eu apenas sinto as coisas
dentro de mim imediatamente. Como no jogo contra o
Wisconsin em meu ano de calouro, eu sabia que eles iriam
executar uma farsa teatral, quando eu vi o apanhador cair para
trás em cima da linha de jogo, eu estava prestando atenção
durante todo o tempo, aí quando ele pegou a bola e jogou de
volta para o quarterback...

— Você estava lá. Você interceptou a bola e ele correu


para o touchdown, foi sua primeira defesa para os Warriors.

— Exato. — Desta vez, sua voz é um pouco presunçosa,


mais ele tem todo o direito de ser.

Eu estou aqui, falando sobre suas jogadas como se ele


fosse uma estrela de rock e eu uma fanática que conhece todas
as letras de todas as músicas, mesmo aquelas sobre o lado B do
álbum.

— Alguém mais está lá em cima? — Eu pergunto,


mudando de assunto.

— Ace. Ele estava olhando muito pra mim, esperando


para ver se eu já tinha saído.

— Por quê? — Eu sei que a defesa e ataque têm uma


rivalidade, mas isso me parece exagero.

— Ele está saindo com a filha do treinador, mas acha que


não sabemos. Todo mundo sabe, menos o treinador.

Eu empalideço. — Eu estou supondo que isto é um


problema para o treinador?

— Sim. — Masters encolhe os ombros como se isso não


fosse grande coisa.
— Ele poderia causar problemas para Ace.

— Não.

— Ele poderia, — Eu insisto. Por que ele não pode ver


isso? É como Jack na escola, tudo de novo. —— Ace poderia
ser tirado do jogo ou pior.

Masters é tão inteligente sobre o jogo. Eu posso dizer


pela maneira como ele age nos bastidores, constantemente em
comunicação atento aos seus companheiros de equipe. Não há
um momento em que eu estivesse com ele em público que
alguém não parou para dizer oi para ele e ele está sempre
saudando aquelas pessoas com um sorriso fácil e uma palavra
de gratidão.

Obrigado por assistir o jogo. Obrigado por torcer por nós.


Precisamos do seu apoio. Sexto homem! Toca aqui.

Mas quando se refere a sensação de potencial destruição


na relação entre o atacante e a filha do treinador, ele é cego.
Será que isso se deve a sua inexperiência sexual?

Uma grande mão quente atinge a mesa e me tira do


pensamento. — Você está pronta?

Eu olho para baixo e vejo que eu piquei um guardanapo.


— Sim.

Com um esforço combinado eu solto meu aperto e deixo


Masters puxar o guardanapo fora das minhas mãos. Ele se
levanta, joga algumas notas sobre a mesa e me apressa para
fora do restaurante.

A noite de setembro é quente, mas eu sinto tremores por


dentro. A dificuldade de Jack na aula e os problemas com o
quarterback da equipe me dão arrepios.

— Eu me perguntava por que Jack foi para Universidade


Junior. Ele é um jogador muito bom para não conseguir uma
bolsa de estudos D1.

Eu lambo meus lábios que estão muito secos. Talvez se


eu contar a Masters ele possa colocá—lo sob aviso ou pelo
menos, alertá-lo para potenciais problemas.

— Uma vez eu namorei um quarterback na Ward High


School, um punk filho da puta como Jack gosta de se referir a
ele. Travis estava me pressionando a fazer sexo e eu recusei.
Ele me disse que estava tudo bem e que ele poderia esperar
também, mas saiu e dormiu com tantas meninas quanto
possível nas minhas costas. Finalmente alguém me disse e eu o
abandonei. Fui humilhada e fiquei muito irritada por ele ter
me enganado tão obviamente, mas eu não fiquei triste por ver
o fim que ele teve. — Assim que digo a ele, seu rosto fica
escuro.

— Jack o encontrou no dia seguinte e o agrediu.

— Bom para Jack. — Masters acena com aprovação.

Eu suspiro, essa foi a resposta de Jack também. Eu não


concordo.

— Jack teve a suspensão de um jogo. Ao longo do ano


seguinte, Travis decidiu que Jack não precisava sempre estar
pegando as bolas. Talvez em outra escola Travis pudesse
apenas opinar para tirar o jogador do time, mas o pai de Travis
era o treinador, então Jack apenas fez cerca de dez passes em
seu primeiro ano e menos do que isso no seu último ano. Jack
não fez o suficiente para convencer uma escola de qualidade
em lhe dar uma bolsa de estudos. Eu termino.

— Eu sinto muito pelo que


aconteceu. — Diz ele com a voz rouca. Eu
aperto meus olhos e vejo sua mandíbula,
parece apertada.

— Jack diz que joga melhor porque ele está com os


Warriors agora.

— Ele está certo, mesmo assim não significa que não o


sugam. — Trocamos sorrisos sombrios. — O que aconteceu
com o quarterback?

— Foi reprovado no seu primeiro semestre na USC,


porque ele bebia demais.

— Parece que não poderia ter acontecido com uma


pessoa melhor. — Masters para em frente meu prédio e me
puxa para encará-lo. — Jack ficará bem, a equipe vai ficar
bem, o treinador quer ganhar o campeonato mais do que
qualquer coisa, e ele não vai derrubar suas próprias chances
porque um de seus jogadores está dormindo com sua filha.
Confie em mim. — Ele coloca um pouco do meu cabelo pra
trás e ergue meu rosto.

— Aqui tudo vai ficar bem. Para vocês dois.

— Basta deixa-lo tomar conta de tudo? — Pergunto


ironicamente.

— Nah, eu não estou dizendo isso. Eu estou dizendo


para se preocupar apenas com as coisas que precisam
realmente de atenção.
Sua mão continua varrendo toda a minha face e seu rosto
abaixa até que esteja apenas algumas polegadas de distância
do meu.

— Você está dizendo que eu tenho outras coisas para me


preocupar? — Pergunto com a voz rouca.

— Sim. Agora você deve se preocupar apenas em me


levar para dentro de seu apartamento antes que choquemos
todo mundo no prédio. — Ele sorri, mas é um sorriso escuro
cheio de promessas.

Engulo em seco, mas agarro sua mão e o puxo para


dentro. Nós não falamos. Não há nada a dizer, ou pelo menos
nada que eu queira falar. Masters deve se sentir da mesma
maneira. Ele agarra minha mão com força, mas fica um pouco
atrás de mim como se ele estivesse disposto a me deixar guiar.

O apartamento está silencioso e escuro. Um leve


zumbido pode ser ouvido a partir do quarto de Riley. Ouço o
som e me dou um pequeno lembrete para ficar quieta. Essas
paredes são finas como papel.

Masters fecha a porta atrás dele com uma mão e me


empurra contra ele com a outra. Sua boca está na minha em
um instante. É mais úmido e mais quente do que o beijo na
livraria. Eu coloco minhas mãos em sua camiseta, puxando—
a para cima e sobre a cabeça. Nossos lábios se separam por um
segundo e, em seguida, estamos de volta, fundidos em
conjunto com nossas línguas fazendo uma batalha. Minhas
mãos esfregam todos os cumes e vales do seu peito. Santo
Jesus, ele é bem definido. Meus joelhos fraquejam.

Suas mãos se sentem com fome. Elas estão nos meus


seios, apertando-os, moldando-os juntos para depois liberá-los
e passear nas minhas costas e para baixo da minha bunda. Ele
me levanta e eu salto sobre ele, envolvendo minhas pernas em
volta de sua cintura até que me nivelo contra sua ereção dura.
Ela se parece maior do que quando ele estava se masturbando
no banheiro e naquela época, já parecia um monstro. Deus foi
muito generoso em se tratando de Masters. Seus braços são
tão grandes quanto as minhas coxas permitem—me segurar
sem nenhum esforço.

Ele me girou e me pressionou contra a porta, para moer


seu grande corpo contra o meu.

— Para o meu quarto, — Eu coaxo. Eu preciso estar na


horizontal. Eu preciso ter esse grande e poderoso membro
dentro de mim. Eu nunca me senti tão viva e cheia de
necessidade como neste momento. Estou molhada entre
minhas pernas e febrilmente quente. Eu esfrego contra ele e
repito o meu apelo. — Para o meu quarto, minha cama.

Nós tropeçamos em direção ao quarto ainda grudados,


não querendo nos separar nem por um segundo sequer. A
porta é fechada, mas uma vez dentro do espaço escuro,
pequeno, iluminado apenas por uma luz fraca da minha mesa
e as manchas do luar que entram através das cortinas baratas,
ele não me arremessa imediatamente na cama.

Ao invés disso, ele deixa cair à cabeça no meu pescoço e


depois no meu ombro. Ele arrasta a boca para baixo da minha
camisa e depois cai de joelhos. Ele é tão alto que, mesmo
nessa posição, ele ainda parece enorme. Eu descanso minhas
mãos em seus ombros, porque eu não tenho força para ficar
em pé sozinha.

Ele inclina a cabeça para cima e um sorriso travesso


aparece em seu rosto.

— Você me diga se você não gostar de alguma coisa.


Você sabe é a minha primeira vez.

Ele se abaixa ainda mais para beijar minha coxa. Eu


tranco meus joelhos e oro por alguma força. Sua primeira vez?
Santa mãe, essas palavras são um afrodisíaco incrível. Sua
língua lambe o seu caminho em direção ao meu sexo e depois
vai para a perna oposta. Não há nada cauteloso em seu toque.
Nenhuma falta de experiência quando ele puxa a minha
calcinha e empurra minha saia curta de malha até a minha
cintura.

Ouço um gemido pesado. Eu olho para baixo e o vejo


mordendo duro o seu lábio inferior.

— Doce Jesus, baby, você é tão linda. — Ele coloca uma


grande palma da mão sobre o meu cabelo aparado e fricciona.
A palma da sua mão coloca uma pressão delicada no meu
clitóris. Eu começo a tremer.

— Você gosta disso? — Ele olha para cima, para


aprovação.

Concordo com a cabeça e em seguida, aceno com a


cabeça um pouco mais, sentindo—me como uma nuvem de
vapor. Eu só sou capaz desse movimento agora.

— Você pode vir apenas com isso?

Eu estou tão perto que eu poderia gozar apenas com ele


me segurando.

— Então que tal isso? — Ele substitui a mão com a boca


e o momento que sua respiração quente e sua língua úmida
fazem contato com minha pele, eu gozo. Eu enfio meu punho
na minha boca, enquanto ele me ataca forte com sua língua.
Meus joelhos estão completamente moles, mas a sua mão
direita vem para cima para segurar a minha bunda enquanto a
esquerda aperta meus seios. Se ele se parece tão bom assim na
sua uma primeira vez, eu poderia não sobreviver na segunda.
Meu coração bate contra a parede fina do meu peito e eu temo
que vá explodir.

Cada superfície da minha pele se sente como se estivesse


pegando fogo e eu estou, necessitada sendo preenchida por
sons incoerentes e rogando por mais. Ele não tem compaixão,
ele não diminui enquanto o meu corpo treme indo de um
orgasmo a outro. Ele continua deleitando-se em mim como se
ele nunca tivesse nada melhor para tocar com sua língua.

— Você tem um gosto bom pra caralho, — Ele geme. —


Tão molhada. Eu poderia ficar aqui a semana toda.

Eu abandono meus próprios sons sufocantes e empurro


minhas mãos em seus cabelos, puxando suas mexas curtas,
enquanto ele ainda me sustenta, me mostrando a sua boca
esfomeada. Eu me sinto gananciosa e querendo mais.
— Masters, — Eu sussurro. — Eu preciso de você.

Ele faz uma pausa, entre uma lambida e uma chupada e


me chama de volta.

— O que você disse? — Sua voz rouca e áspera se esfrega


na minha pele sensibilizada, como se fosse a sua mão.

— Vamos para a cama. — Eu imploro. Ele me deixa


afundar no chão na frente dele. Eu beijo o lado do seu pescoço
salgado pelo seu suor. Quando seu corpo ainda não se move,
eu sinto que algo está errado.

— O que foi isso? — Pergunto.

Ele franze a testa, seu rosto brilhando pela umidade do


meu corpo e eu me sinto tanto quanto envergonhada e
excitada.

— Você acabou de me chamar de Masters?

Eu balanço minha cabeça, mas nós dois sabemos que eu


fiz.

— Merda. — Ele empurra a seus pés.

Eu vou para cima dele e reflexivamente ele me ajuda,


mas assim que meus pés estão no chão, ele se afasta.
Procurando por um momento ele encontra sua camiseta e
esfrega em seu rosto.

Eu o agarro novamente.

— Me desculpe, apenas saiu. — Eu balbucio.

— Por que isso é tão difícil para você? — Ele puxa sua
camisa e empurra seus grandes pés em seus chinelos eu não
tinha percebido até que ele já havia feito.

— Eu não sei, — Eu digo miseravelmente. — Por que


não podemos apenas dormir juntos?

Eu soo como uma garota chorona de cinco anos de


idade e eu meio que me sinto assim, como se meu brinquedo
favorito tivesse sido arrancado de mim.

— Você sabe o motivo. — Ele está irritado, coloca as


mãos nos quadris e olha para baixo.

Eu corro minha mão pelos seus bíceps e fico


perversamente satisfeita quando ele treme de forma quase
imperceptível sob o meu toque. Ele parece bem, muito bem.

— Você estava com sua língua entre as minhas pernas.


Eu assisti você me masturbar, você não pode deixar esse
pequeno deslize pra lá?

Masters esfrega o lado de seu pescoço, fazendo minha


mão cair.

— Se é um pequeno deslize, então você não deve se


importar se não fizermos sexo.

— O que você quer de mim?

Ele me puxa contra seu corpo e sua necessidade


inabalável quase queima contra o meu estômago.

— Eu quero que você admita que o que temos é algo


mais do que uma aventura casual, que isso significa alguma
coisa. Eu não estou te tendo para um caso de uma noite ou até
mesmo de um semestre. Eu poderia ter feito isso no minuto
em que entrei no campus. Havia meninas disponíveis durante
a minha viagem de recrutamento. Eu tive uma menina pronta
para montar em minha cueca depois do jogo.

Minha boca cai aberta. Eu não gosto dessa ideia no


entanto.

Ele sorri tristemente para o meu desconforto. — E não


apenas uma, duas ou três, quantas eu quisesse. E eu poderia
ter isso agora, basta sair para o corredor do seu prédio e
haveria alguém lá fora que iria me fazer uma oferta para me
foder como um idiota, se isso fosse tudo que eu quisesse eu
não precisaria de você.

Sua honestidade brutal está me matando.

— Eu me importo com você.

Ele balança a cabeça e me deixa de lado. Eu o sigo para


fora do meu quarto e pelo corredor até a porta, como um
cachorrinho necessitando desesperadamente de afeto. Eu
ainda posso senti-lo entre as minhas pernas, seu queixo duro
de trabalhando contra as minhas coxas, o chupar de sua boca.

Os sons, oh Deus, os sons que ele fazia.

Na porta, ele para.

— Eu não esperei por razões religiosas, — Ele me


informa. — Eu esperei, porque se eu quisesse apenas um atrito
físico, eu tinha a minha mão. Eu esperei pela garota certa.

E eu sou... A garota certa? Estou com muito medo de


fazer a pergunta em voz alta, porque eu estou com medo da
resposta. Eu só sei que o que quer que seja, eu me sinto muito
covarde para dizer para ele. Mas eu quero. Santo inferno, eu
quero.

— Então, nós acabamos? — Eu pergunto com uma voz


pequena.

— Não. — Ele suspira e depois libera uma risada auto


depreciativa. — Eu não acabei, e você?

— Não.

Seus olhos se estreitam com o que parece ser alívio.

— Ok, então. — Ele puxa para abrir a porta e eu ainda o


sigo, porque eu não estou preparada para deixa—lo ir. — Eu
não estou jogando, eu quero você, muito mal. Eu sei que você
me quer também, mas é mais do que o sexo para mim, quando
você resolver isso, vai ser incrível. Eu estou disposto a esperar.
Eu sou realmente bom em esperar.

Eu tremo só de pensar em tudo o que ele é bom. Ele


começa a se afastar e eu odeio que ele está saindo sem eu lhe
dizer algo.

— Espere, — Eu chamo. Ele se vira para trás. —


Obrigado, isso foi... Incrível.

O canto da boca se enrola em um meio sorriso. —


Mesmo?

Dou-lhe um pouco mais de incentivo. — O melhor de


todos.

Ele dá um passo para trás e me pressiona contra a parede


porque a porta do apartamento está aberta.

— Pra mim também, baby. — Ele me agarra por trás do


meu pescoço e eu estou perdida no momento em que seus
lábios encontram os meus.

Eu ouço os sons em torno de nós, pessoas indo e vindo,


mas nenhum de nós presta nenhuma atenção a isso. Há
apenas ele e eu e o turbilhão de sentimentos que ele cria entre
nós com o simples pressionar de sua boca. Ok, o seu grande
corpo me mantendo alta contra a parede, sinto isso também.
Eu esgueiro uma mão entre nós e o aperto firmemente. Ele
congela e geme em minha boca, e o som me faz vibrar de
dentro para fora.

Mas ele não entra de volta no apartamento. Ele se


recolhe, palmo a palmo, e, em seguida dá alguns passos longe
de mim.

— Venha para dentro? — Eu sussurro.


— Não esta noite. — Ele balança a cabeça e a dor da
rejeição é ligeiramente compensada por seu pesar óbvio.

Porque eu não posso me ajudar, eu pergunto: — Por que


não hoje à noite?

— Você não está pronta.

— E quando você acha que eu vou estar pronta? — Eu


coloco minhas mãos em meus quadris, exasperada.

Ele pega minha bochechas. Eu juro que eu ainda posso


sentir sua boca entre minhas pernas.

— Você pode começar por me chamar de Knox.


Capítulo Vinte
e Um
Ellie

— Então aquele era Knox Masters. — Riley observa


enquanto eu entro e fecho a porta.

— Sim.

— Uau. Ele estava em cima de você. Eu pensei que ele


iria abrir sua mandíbula e te engolir inteira no hall. Metade do
andar trouxe câmeras para gravar a cena e fazer de pornô
amador.

— Eu sei. — Eu piso no meu quarto e me jogo de cara no


colchão.

Eu me sinto como se batesse os pés e as mãos contra uma


superfície. Eu continuo vendo ele, sua grande mão e seu pau.
Eu sinto sua mandíbula áspera entre as minhas pernas e os
orgasmos gloriosos que ele me deu. Eu, depois eu o ouço dizer
que eu não estou pronta. O que o faz pensar que eu não estou
pronta, eu estou totalmente pronta. Eu não acho que eu já
estive mais preparada. Meu corpo dói em lugares que eu não
sabia que poderia doer.

Eu me sinto vazia. Como se houvesse um vazio em


forma de Knox dentro de mim.

— Masters é realmente virgem? — Riley pergunta


curiosamente.

— Ele diz que é.

— Parecia que ele queria perde-la com você. O que


aconteceu?

Eu pressiono um dedo contra a minha testa. — Eu o


chamei pelo nome errado.

— Como o nome de outro cara? — Ela suspira.

— Não, seu último nome.

— Oh.
Ela não entendeu. Eu explico.

— Ele acha que é minha maneira de dizer que só o quero


para sexo.

— Ele está certo? Você o está chamando pelo seu


sobrenome para criar uma distância emocional?

— Eu não sei. Talvez. Sim. Ele me acusou de apenas


querer sexo, como se isso fosse uma coisa ruim. — Eu tento
brincar.

Riley não ri. — Ele obviamente pensa que você é especial


se ele quer dormir com você.

Eu engulo. — Sim.

— E tudo o que você sente por ele é apenas físico? Como


se você quisesse ser satisfeita por ele, humm, eu acho quero ser
satisfeita por ele.

— Não. — Meu instinto aperta com a ideia de ele aceitar


qualquer oferta disponível. Eu não sou estúpida, eu sei o que é
ser um jogador como ele. Mesmo na faculdade júnior, quando
se tornou evidente que Jack iria ser colocado em uma coisa
maior, um programa melhor, as meninas correram para ele.
Masters poderia ter qualquer pessoa no campus apenas num
estalar de dedos. Eu não o quero com mais ninguém.

— Eu gosto dele. — Eu admito. — Ele é uma pessoa


fantástica e... Eu não quero que ele se machuque.

— Ninguém quer. — Ela diz baixinho.

— Riley, eu não posso falar isso com você agora, porque


eu estou tão fodidamente confusa, poderíamos voltar com essa
conversa amanhã quando acredito estar mais coerente e não
completamente frustrada com o que aconteceu fora da porta
do nosso apartamento?

— Nós podemos. Nós absolutamente podemos.

— Obrigada.

O resto da noite é terrível. Eu não tenho sequer um


minuto de sono.

Toda vez que fecho os olhos eu o vejo, pau na mão, eu


ouço o baque dos seus joelhos quando bateram no chão e, em
seguida, o ar frio seguido por seu hálito quente quando ele
puxa para baixo a minha calcinha. Meu corpo inteiro é uma
grande dor latejante.

Os três caras com quem eu já tive relações sexuais foram


bons, mas eu nunca, nunca fiquei tão ligada. E o que Masters
fez? Ele foi embora.

Eu nem mesmo me importo que tenha testemunhado


alguma disciplina extraordinária e que isso poderia me meter
em apuros. Estou por um fio e chateada. Eu me esfrego, mas o
alívio que eu tenho é fugaz. Meu único consolo, um pequeno
realmente, é que ele tem que estar com dor, tanto quanto eu
estou.

— Não dormiu bem. — Riley afirma na parte da manhã.


Eu estou comendo seu cereal coberto de chocolate. Parecia a
coisa certa a fazer, quando me levantei frustrada, excitada e
chateada.

— Não. Eu realmente desejava que você tivesse um


vibrador de alta potência em seu quarto ao invés vez de uma
máquina de costura. Não posso transar com ela, posso?

Ela olha para mim com os olhos arregalados e com um


pouco de medo. — Hum, não. Por favor, não faça isso na
minha máquina de costura.

Eu fecho meus olhos e tento reunir um pouco de


paciência. — Eu não vou, mas Deus, eu gostaria de dar um
soco nas bolas dele.

— Eu pensei que você as quisesse


para fazer algo para você.

Eu aceno minha mão. — Eu não


posso nem mesmo com elas.

— Que estranho? — Ela brinca.

— Isso mostra o quão espantoso ele é! — Eu bufo. —


Ele já me mostrou como usar palavras tumblr na vida real.

— Você deve seduzi-lo. Ele está claramente interessado.


Coloque um vestido sexy e certifique-se que ele não vai dizer
não.

Pouso o meu garfo. — Riley, você é um gênio. Eu vou


fazer isso depois do jogo de domingo.

— Por que esperar?

— Ele vai ser mais suscetível após o jogo. Eles têm tanta
adrenalina depois de uma vitória e eles precisam gastar isso
em algum lugar. — Eu sorrio maliciosamente para ela.

Ela ri. — E esse algum lugar é em você?


— Exatamente.

Masters me quer, disso eu sei, eu apenas preciso


convencê-lo a deixar fluir. E lembrar-me de chama-lo de
Knox.

Masters, NÃO! Knox manda uma mensagem de texto


durante a aula de sociologia.

Knox: Você está brava comigo?

Eu: Por que eu estaria brava?

Knox: Então, você está realmente brava.

Eu: Não faço ideia do que você está falando. Boa sorte no
jogo neste fim de semana.

Knox: É este o seu jeito de dizer que eu não estou te vendo


esta semana?

Eu: Você é tão brilhante.

Knox: Eu tenho sua agenda agora...

Eu: eu posso denunciá-lo à polícia do campus.

Knox: Eu vou te ver na próxima semana.


Eu: Ou depois do jogo.

Knox: Continue falando...

Eu: Depois de ganhar esta semana. Talvez eu te veja por aí.

Knox: Tudo bem.


Capítulo Vinte e
Dois
Knox
Pós jogo: Warriors 2-0

Matty, Hammer e eu estamos em pé no posto de


gasolina, nos deixamos aproveitar um bom tempo. Dois jogos
feitos e dez para terminar. Nós alegremente aceitamos as
palmadas nas costas enquanto nós abrimos nosso caminho
para o bar. Desta vez nós merecemos os parabéns. A equipe
disparou em todos os cantos. Jogamos uma defesa fantástica,
obtendo quatro lances que geraram duas atrapalhadas deles.
Campbell pegou dois passes para touchdown. Ace jogou a
bola como Peyton Manning.

Mais o mais importante foi que nós jogamos com


intensidade. Hoje todo mundo estava com fome, não apenas
Ace, e eu mostrei isso a ele no campo. Depois do jogo, quando
a bola estava fora das mãos dos jogadores, o treinador nos
falou sobre como construímos esta vitória e nos garantiu que
foi um dos melhores jogos que já tivemos até aqui, mais este
segundo jogo foi apenas o começo. Em seguida, ele nos disse
que nós não teremos nenhum toque de recolher, mas ele não
quer ler os nossos nomes nos jornais amanhã, a menos que
tivesse algo a ver com a pontuação no campo ou sobre salvar
um ônibus cheio de senhoras de idade em seu caminho para o
bingo. Em seguida, fomos dispensados.

Agora estamos aqui, nos aquecendo dos aplausos e da


bajulação de nossos colegas.

Ou, pelo menos, alguns de nós estamos. Hammer vai


direto para o bar para fazer os shots. Ele não tem o seu apelido
apenas por causa das suas pancadas no campo. Matty já tem
alguma garota de fraternidade agarrada em seu quadril. Ela
tem metade de seu corpo pressionada contra o seu braço
enquanto ele gesticula para o bartender pedindo outra bebida.
Eu acho que ela está tentando se fundir no corpo de Matty ou
absorvê—lo. Mais tarde, esta noite eu vou encontrar alguma
coisa tipo meio homem / meio garota de fraternidade
desmaiada no chão da minha sala de estar.

Alguém pressiona uma garrafa em minhas mãos. Que


diabos? Mas eu poderia precisar disso para me manter ligado
caso Ellie não apareça hoje à noite. Eu encontro um lugar fora
da borda do bar onde eu posso ver a porta.

Eu não estou certo de que ela estará aqui. De acordo com


Jack, ela não vai para os jogos.

O apito inicial explodiu antes que eu tivesse tempo de


interroga-lo ainda mais. Após o jogo, eu perguntei novamente.
Ele me deu um olhar que dizia que eu estava sendo óbvio, mas
o que isso significa? Um prostituto. Se eu não estivesse feliz
para caramba pelo seu jogo, eu poderia ter lhe dado um soco
na boca.

Mas se ela não aparecer para a festa pós-jogo, não seria


porque ela odiava futebol, ela apenas odiava um jogador. Eu.

Eu fodi com tudo, tornando uma coisa muito grande o


seu deslize. A garota tem algumas barreiras. Alguém a
machucou, alguém que ela queria muito bem, e ela está
preocupada. Não apenas com ela, mas com seu irmão. Eu
posso saber o que é isso e ainda melhor, eu a entendo. Se Ty
tivesse sendo ameaçado por um pedaço de pau em seu
traseiro, eu estaria cauteloso também. E não foi essa metade
da razão de eu não me sentir tranquilo enquanto eu estava
aqui?

Eu culpo a minha atitude idiota o fato de que na semana


passada a maior parte do meu pensamento estava em minhas
calças. Jesus, o primeiro gosto dela foi o suficiente para me
fazer gozar.

Eu já pairava sobre o fio da navalha apenas por beijar sua


coxa. Quem sabia que determinada parte do corpo era tão
macia? Toda a semana eu não poderia sentir o sabor e me
perder em minha mente. Eu me masturbei tão duro e tão
frequentemente que é um milagre que meu pau não esteja em
carne viva no momento.

Troco high fives, recebo tapas de volta e mais do que


alguns convites, mas meu olhar não vacila. Há apenas uma
garota para mim e se ela não vier, então, eu vou atrás dela.

O que importa se a sua cabeça não estava no mesmo


lugar que a minha? Talvez o universo não se mova no mesmo
ritmo para ela. Nesse meio tempo, eu preciso de mais dela. Eu
só tive uma amostra, mas eu não estava mentindo quando eu
disse a ela que eu poderia ter ficado entre suas pernas trêmulas
durante toda a semana. Nada nesta terra tem o gosto tão bom
quanto o dela.
Logo no início, depois que eu decidi que iria esperar, eu
tinha estabelecido que abaixo da cintura era uma área que eu
não iria. Eu me orgulhava do meu autocontrole pessoal e da
minha autodisciplina, mas mesmo assim, sabia que uma mão
dentro das roupas abaixo da cintura, significava que a coisa
toda da virgindade estaria no passado. É também por isso que
eu não fui para a cama, embora Ellie ofegasse essa palavra
como se fosse a única em seu vocabulário.

Uma cama e Ellie era tentação demais para, um pobre


menino como eu, resistir. Mas eu estou cansado de resistir,
estou cansado de fazer exigências, eu vou me colocar em seus
lindos dedos do pé e sorrir, se ela decidir caminhar em cima de
mim. Porque afinal, eventualmente, eu estarei colocando-a
para baixo e eventualmente, eu irei busca-la. Como eu tenho
me prevenido dos delitos em todos os jogos. A primeira vez
poderia me pegar de surpresa, mas depois de um pequeno
filme, um inferno de muita prática, não há uma linha que
possa me parar. Nenhuma barreira que eu não possa superar e
nenhuma defesa que eu não possa colocar para baixo.

Eventualmente.

Eu olho para o meu telefone. Sua tela em branco zomba


de mim, assim como a porta que se abre, mas nunca parece
cuspir a uma pessoa que eu quero ver. Hora de a montanha ir
até Maomé, então. Eu olho ao redor da sala para ver os meus
rapazes. Matty, Hammer, e Jesse ocupam um lado do bar.
Matty acena para mim. Ele está no comando e vai fazer com
que os nosso defensores cheguem em casa. Ace fica no canto
olhando avidamente através da sala e para Stella, que está
falando com algum jogador de basquete. Ace parece que está
prestes a lançar a garrafa de cerveja na cabeça do cara, e a
maneira como ele jogou a bola hoje, feito um dardo e não
como algum pedaço desajeitado de couro, significa que ele iria
acertar em cheio.

Eu passo por cima. — Você não está enganando


ninguém. Mantenha sua cabeça no jogo, continue jogando
assim na próxima semana e nós vamos usar a coroa.

Ace rola a garrafa na mão e, em seguida, olha por cima


do meu ombro.

— Nós não estamos todos feitos como você Masters,


alguns de nós têm uma vida fora do jogo, alguns de nós
querem uma vida fora do jogo. — Ele inclina a cabeça para
trás e drena sua garrafa.
Eu mudo a posição da bebida, empurrando minha mão
na frente dele.

— Então vá pegar esse jogo. Não fique sentado em sua


bunda esperando por ela vir até você.

— É isso que você está fazendo? — Ace zomba. —


Perseguindo o seu objetivo? Porque eu não vi esta noite a irmã
de Campbell em nenhum lugar.

Isto machuca um pouco, mas não tanto que eu ainda não


possa dar uma resposta.

— É por isso que eu estou saindo.

— Ou talvez ela não queira ficar com você. — Ele inclina


a cabeça na direção da frente do bar, onde Ellie está vestindo
uma camisa que deve ser grande demais para ela, porque o
ombro continua deslizando para baixo para expor um círculo
dourado de pele. Um círculo de pele que alguns idiotas estão
olhando.

Ace me agarra quando eu começo a ir em direção a eles.


— Seja gentil. Precisamos desse idiota.
Devo ter dito alguma coisa em voz alta. Eu dou de
ombros.

— Nós nunca seremos capazes de chegar tão longe na


tabela no que se refere à largura dos ombros de qualquer
maneira.

Esperemos que ele só precise de uma mão para pegar a


bola, porque a que ele pôs no ombro de Ellie está sendo
arrancada.

— Mãe de Deus, quem é aquela? — Matty assobia perto


da minha orelha.

— Ellie Campbell. — Eu digo abruptamente.

— Não me diga? —Ele pergunta, me seguindo de perto


enquanto eu corto uma área através dos clientes do bar. — Eu
não me lembro de ela ser assim tão, ajustável. A coisa toda da
maquiagem e o cabelo realmente lhe caem bem.

— Vá embora, Matty.

— Fui.

O calouro inclina-se perto dela, seus olhos estão


brilhantes de emoção enquanto ele usa sua altura para olhar
para baixo da frente da camisa de Ellie.

— Ei, Emma, certo?

— Perto... Eu sou Eliot. — Ela mergulha seu ombro para


baixo até que a mão da erva daninha cai fora. Mas esse
movimento só serve para deixar cair sua camisa mais para
baixo do braço. O tecido da parte superior se apega aos topos
de seus seios e os grandes brincos de argola que ela usa
refletem na luz. Ela está usando um monte de maquiagem,
olho esfumaçado e batom vermelho e tudo o que parece dizer
é foda-me, foda-me difícil. — Esta é a minha companheira de
quarto, Riley.

Ela puxa o braço da sua pequena companheira de quarto


para frente.

— Riley? Eliot? Vocês são dois... caras? — O imbecil


franze a testa.

— Você está certo, nós somos dois caras. — Ela olha


para Riley, que abafa uma risada atrás de sua mão.

— Ei, Knox. — Acena Riley. — Aproveitou o seu livro?

— Eu fiz, obrigado por perguntar. Precisa de algo para


beber?

— Claro. Eu quero o que for mais leve na torneira.

Eu movo meu queixo em direção ao bartender para


chamar sua atenção e em seguida, me volto para Ellie, mas
antes que eu possa falar, o merda começa a falar novamente.

— Ah, me lembro agora, nós nos conhecemos na festa de


Hammer. A bebedora de Coca-Cola. — Eu quase posso
ouvi—la rolar os olhos em sua cabeça, mas ela lhe dá um
sorriso de cortesia.

— Você está planejando ter algum divertimento hoje à


noite ou apenas beber sua Coca-Cola?

De alguma forma, apesar de ser algumas polegadas


menor do que o idiota, ela consegue olhar para baixo no nariz
dele. — Eu pretendo ter zero divertimento hoje à noite e você
está fazendo um bom trabalho de manter isso acontecendo
para mim.

Ele coça o nariz em confusão porque aparentemente ele


não pode compreender se ela o insultou ou o cumprimentou.
— Você assistiu o jogo de hoje? Eu jogo como receptor de
abertura, o número 87. Talvez você tenha me visto no campo?
Se você olhou para as linhas laterais.

— Eu não vou para os jogos. — Ellie diz a ele.

Ele não desiste porque ela é a coisa mais quente e


brilhante nesta sala. — Então, você quer dançar?

— Não com você.

Porque ela está comigo, eu espero, mas mantenho isso


para mim mesmo.

— Ellie, você quer alguma coisa? — Eu passo entre eles,


cansado de ver a conversa como um espectador.

— Claro Knox. Eu vou quero o que Riley estiver


bebendo.

Não perco a ênfase que ela coloca no meu primeiro


nome. Eu ergo dois dedos e o barman começa a trabalhar.

— Eu não sabia se você viria.

Ela encolhe os ombros. — Riley queria ver como é uma


celebração pós-jogo. Eu tentei dizer a ela que era tão divertido
quanto ter um marcador mágico desenhado em seu rosto em
uma festa do pijama, mas ela não acreditou em mim.
— Eu não tive essa experiência na Western antes. —
Riley sorri amplamente para mim. Encontro—me sorrindo de
volta.

O bartender oferece duas cervejas e uma água. Eu as


entrego.

— Então, você precisava disso para ter uma experiência


completa Western. — Eu olho em volta para Matty, que
estaria mais do que feliz em se apresentar para a colega de
quarto de Ellie e a todos os benefícios de estar com um
jogador Warrior, pelo menos por esta noite.

Antes que eu possa chamar alguém, Riley suspira. — Oh,


lá está a minha paixão Facebook! Eu já volto.

E ela desliza por entre a multidão antes que Ellie ou eu


possamos dizer alguma coisa.

Uma tosse nas minhas costas me lembra que o pau de


merda ainda deve estar aqui.

— Ei, Knox, grande jogo, hein? Eu estava dizendo a


Emma aqui sobre como ela deve vir assistir aos Warriors.

— Sim... — Faço uma pausa, como se eu não me


lembrasse do nome do receptor. Eu sei que ele corre rápido,
mas tem um senso de direção desleixado e pega a bola muito
perto de seu corpo, apesar de ter luvas do tamanho das de
beisebol. Ele faz uma carranca quando eu o deixo pendurado,
mas desde que ele não pode sequer se preocupar em gravar o
nome dela, eu não me importo. — Greer está lhe dando um
momento ruim? — Eu pergunto a Ellie.

Ela faz um rolo de olho sutil que Greer perde. — Tempo


suficiente.

Eu não tenho certeza se ela está falando sobre quanto


tempo ele ficou ao seu lado ou quanto tempo me levou para
fingir que me lembro do nome de Greer.

— Eu estou guardando minha energia para mais tarde.

Sua boca cai aberta em um círculo perfeito que me dá


muitas ideias sujas. E então, porque eu não quero lidar mais
com Greer no mundo dos incompreendidos que não sabem
como as equipes estão atualmente configuradas, Ellie e eu de
um lado e o resto dos cabeças de merda do outro, eu agarro
sua nuca em torno do seu pescoço e planto um beijo profundo
e molhado nos lábios perfeitos dela. Sua boca se abre e eu tiro
o máximo de proveito disto, deslizando minha língua para
dentro. Eu lambo sua língua quente, o céu da boca e em
seguida, o ponto sensível atrás de seus dentes. Ela treme
debaixo da minha mão e o sangue corre para o meu pau.

Greer é colocado do lado oposto, mas eu não tenho


certeza se fui eu mesmo ou Ellie que o empurramos. Ela se
afasta com os lábios inchados e vermelhos como cerejas.

Viro-me para Greer. — Vá embora.

Ele mostra sua notável velocidade e desaparece na


multidão.

— Quer se sentar em algum lugar? — Eu lhe pergunto.


Toda vez que a porta se abre, mais pessoas entram e enquanto
eu estou grato de estar sendo pressionado perto de algo tão
quente, como o corpo de Ellie, eu gostaria de ser capaz de
pedir desculpas a ela sem ter que gritar.

Ela arqueia uma sobrancelha, porque não há nenhum


lugar disponível no momento.

— Eu esqueço que esta é a sua primeira vez. — Eu a


firmo ao meu lado e faço o meu caminho em direção ao
fundo. Lá no final do bar vejo Jack nos observando com os
olhos apertados. Irmão, eu sinto muito que você teve que
assistir eu esmagar sua irmã, peço desculpas em silêncio, mas,
ou era beijá-la na frente de todos ou mijar em sua perna.

Eu a levo para baixo através de um pequeno corredor


escuro e para fora na parte do fundo que se abre para um pátio
minúsculo do tamanho de um selo postal. Há um par de
pessoas aqui fora. Telly Green senta-se com sua namorada,
junto com Clifton Knowles, outro jogador de linha ofensiva.
Suas namoradas são irmãs da fraternidade. Eu dou-lhes um
aceno de reconhecimento e vou para o lado oposto do pátio,
onde há uma área que parece tão desconfortável como uma
rocha.

— Basta pensar Ellie, uma vez que você se formar você


nunca mais virá a um lugar tão elegante quanto este.

Eu brinco e passo minha mão sobre uma pedra até que


ela esteja tão limpa quanto eu consigo. Ela se senta. — As
pedras são difíceis de encontrar em outros estabelecimentos.

— Não é? — Eu me agacho na sua frente. Ela parece


tímida, como nunca pareceu antes. Eu limpo minha garganta.
— Estou feliz que você está aqui. Pensei que você não poderia
vir.

— Eu estava em duvida, não é realmente minha cara. —


Nós dois nos voltamos para olhar para a porta dos fundos. A
música está alta, mas o barulho da multidão no interior é
ainda mais alto. É uma cena de festa, mas eu sei do que ela
está falando. Ela prefere ficar longe dos jogadores de futebol e
da bagagem que eles trazem. Pela centésima vez, desde o
último fim de semana, eu me amaldiçoo por não ser mais
sensível sobre seu passado.

Pegando a mão dela, eu coloco a palma para cima e aliso


os vincos de um lado a outro. Ela treme ao meu simples toque.

— Sinto muito sobre a semana passada. Eu coloquei


alguma pressão sobre você que você não merecia, — Digo
lentamente. — Eu acho que quando disse que você não estava
pronta, eu realmente quis dizer que era eu quem não estava.

Ela enrola os dedos em torno de meu dedo e dá um


puxão. — Eu sei que você não é o cara com quem namorei na
escola, eu gostaria de acreditar que eu não tenho nenhuma
bagagem de namoro, mas eu sei que tenho.

Ela me dá uma risada triste.

— Você não tem. Nós todos temos coisas acontecendo


em nossas cabeças, a abstinência não foi fácil para mim.
Quando eu cheguei aqui, eu não anunciei o meu estado,
apenas falei para alguns dos caras que iam a minha casa todas
as noites e me viam sozinho, não levando as ofertas que eu
recebia, pois me tinham como estranho. Alguns pensaram que
eu estava no armário, outros não sabiam o que fazer comigo.
Eles falaram para mim depois que voltei de casa, a bebida
fluiu muito fortemente e começou como uma piada, depois se
tornou um concurso. Quem teria o privilégio de tirar a
virgindade de Masters? Eu não estava brincando antes sobre o
número de meninas disponíveis que tive entre o recrutamento
e até os dias de hoje.

Ela faz uma careta e eu ignoro os detalhes de como elas


tentaram me ter. De como eles tinham meninas desfilando
pelo Playground e gravando vídeos no vestiário. Eles tinham
as meninas se masturbando na minha frente. Para indivíduos
que compartilham um vestiário, fazer sexo em frente dos
outros não é nada, eles estavam acostumados a ter orgias.
Disputas sobre quem poderia se manter por mais tempo sem
gozar, eles se excitavam com a menina que de bom grado os
atendia, mas o sexo era uma disputa.

— É por isso que você esperou? Porque as mulheres


eram, ou são uma distração?

— No começo, sim. O tempo todo. Você sabe que temos


hormônios caminhando por nossas veias a partir dos dez anos
de idade em diante. — Ela cobre o rosto para esconder um
sorriso. — E na faculdade é pior porque não há pais. Todo
mundo tem acesso a uma cama. Não há regras. O restaurante
está aberto 24 horas por dia nos 07 dias da semana.

Ela comenta: — Mas, a comida não era atrativa para


você.

— Ela era... até que ela não era mais. Parecia sem alma.
— Eu hesito e esfrego a mão um pouco mais difícil do que o
necessário. Mantenha—se em suas bolas homem, eu me
repreendo. Se Ellie pode compartilhar algo doloroso de seu
passado, ela merece alguma honestidade da minha parte. —
Meu irmão e eu somos gêmeos idênticos. Você parece ser
capaz de nos diferenciar, e na capa da Sports Illustrated, nem
mesmo minha mãe sabia quem éramos até que falamos.
Pessoas na escola sempre nos tinham misturados.

— As pessoas você se refere às garotas? — Seu olhar é


curioso.

Eu concordo.

— A pessoas garotas. Você realmente não quer estar com


alguém que está pronta e disposta a dormir com seu irmão.
Que vê nós dois como substituíveis. Uma das amigas de Ty
me disse que parecíamos o mesmo e ela queria saber se nós
sentíamos do mesmo jeito.

Deixo escapar um suspiro. — Pior coisa é que não era a


primeira vez que isso tinha acontecido em nossa família
também. Meus primos são gêmeos. Vamos apenas dizer que o
divórcio durou mais do que o casamento.

Ela estremece. — Isso é terrível.

— Certo. — Eu pressiono sua mão nos meus lábios. —


Então, eu entendo como o que aconteceu conosco no passado,
afeta o modo como agimos agora. E que nós mantemos
decisões e essas merdas. Desculpe-me.

— Eu também, eu realmente, realmente sinto muito. —


Ela parece desanimada.

— Olha, — Eu me mexo nas pontas dos meus pés. — Eu


não me importo do que você me chama, Ellie, eu quero você.
Eu quis você a partir do minuto em que eu te vi no Estádio e
eu não parei de te querer. Eu não acho que você é uma
distração ou uma foda sem alma. Estávamos destinados.

Ela me dá um sorriso apertado e desconfortável. Oh,


merda. Isso não vai acabar da maneira que eu esperava. Uma
leve dor desenvolve em meu peito. O tipo de sentimento que
se tem depois de uma perda ruim.

— O que houve?

Ela se inclina para frente com uma careta. — É aquele


momento do mês.

Dou-lhe um olhar vazio. A que momento do mês ela se


refere? É setembro. Duas semanas para a temporada. Coloco
dois e dois juntos e... Uma lâmpada se acende. Eu não sou um
homem inteligente.

Ela balança a cabeça. — O sincronismo é uma merda.

Eu me levanto e a puxo comigo. Inclinando—me para


baixo, eu escondo um sorriso de alívio em seu cabelo.

— Está tudo bem. Eu sou um profissional em esperar.


Capítulo Vinte
e Três
Ellie

Ele tem uma expressão paciente para mim. Ele não


deveria ter de esperar, nem mais um único minuto. Eu poderia
ser incapaz de ter relações sexuais com ele, mas há uma
abundância de coisas que posso fazer para ele e que ele nunca
experimentou antes.

A dor aguda abaixo da minha saia não é de excitação,


infelizmente, mesmo com meu coração batendo mais rápido e
de eu estar quente, apesar do frio do ar noturno. Estamos
realmente começando a sentir a chegada do outono. As folhas
são douradas e vermelhas, o ar é fresco, e o futebol está na
televisão de quarta a segunda. Eu vesti um par de meias, um
saia curta, um top sexy e depois tive que ir para o banheiro
para descobrir que o meu período começou. O que significava
que amanhã eu estaria pra baixo. Mas eu ainda tenho esta
noite. E eu quero dar algo em troca para Knox. Uma
desculpa? Uma promessa? Uma prévia do que está reservado
para nós? Eu não tenho certeza, mas eu não estou deixando à
noite acabar sem fundir a mente de Knox Literalmente.

Eu sorrio para ele. — Venha comigo.

— Eu não sei se eu deveria ter medo ou ficar ligado por


esse sorriso. — Ele murmura, mas segue atrás de mim
facilmente.

Dentro do corredor escuro, eu começo a tentar as portas


que encontro no meu caminho. A terceira abre e eu puxo
Knox rapidamente antes que alguém nos impeça.

— Eu pensei que você disse estava no seu período.

Não há quase nenhuma luz aqui, eu meto a mão no bolso


e puxo meu telefone.

Clico no aplicativo lanterna e movo ao redor da sala. —


Estou sim, mas isso não significa que não podemos ter um
pouco de diversão.

O quarto não é muito grande e existem prateleiras de


armazenamento ao redor dando uma aparência de
insegurança e é desconfortável. Nós vamos ter que usar a
porta. Eu coloco o meu telefone para o lado e empurro Knox
contra a porta.

— Se você queria me beijar, eu acho que nós poderíamos


ter feito isso nas pedras do lado de fora. Eu não sou realmente
tímido. — Diz Knox.

Eu o ignoro e deslizo para baixo, de joelhos. Apoiando as


mãos na coxa, eu olho para cima.

— Ouvi dizer que esta é a sua primeira vez. Diga—me se


você não gostar de alguma coisa.

Ele engasga com uma risada quando eu lanço suas


próprias palavras de volta para ele. Ele já está grosso e duro
debaixo de seus jeans. Eu esfrego uma palma para cima do seu
eixo, ao longo de todo o seu comprimento. Ele estremece e se
inclina contra a porta.

— Em toda a sua fantasia de ser chupado, você já


imaginou que poderia acontecer em um clube? — Eu
pergunto, ainda esfregando e olhando para ele. Eu gostaria de
poder vê—lo melhor.
Ele balança a cabeça lentamente, com um olhar
cauteloso em seu olho. — Talvez eu tivesse.

— E o que você estava fazendo? — Eu desfaço a fivela do


cinto. Ele suga em uma respiração profunda e, em seguida,
empurra seu torso longe da porta para que ele possa retirar sua
camiseta azul do time. Ele faz isso usando uma mão. Eu
nunca descobri como muitos caras fazem essa manobra, mas
ele sempre vão se parecer sexy para mim, especialmente
quando é Knox que faz. Eu raspo meus dedos sobre seu
abdome rígido, me deleitando pela forma como o seu corpo
treme sob a minha mão.

— Normalmente, seus rostos estão longe de mim e eu


estou pregado por trás. — Ele reúne meu cabelo em um rabo
de cavalo e prende-lo no ar para que ele possa ver melhor.

— Seus? — Eu pergunto com uma sobrancelha


levantada

— Bem, isso é uma fantasia. — Ele sorri. O sorriso


desaparece quando eu abaixo o zíper. Seus olhos cerram
fechados e ele começa resmungando para si mesmo.

— O que você está falando?


— Estou recitando as estatísticas de todos os jogos dos
Reggie White´s, assim eu posso fingir que eu não estou na
iminência de gozar antes mesmo de você puxar meu pau para
fora da minha calça.

A mão no meu cabelo aperta. Sua outra mão pousa na


minha nuca segurando o meu pescoço. Eu posso sentir seus
dedos flexionando contra a minha pele como se ele já estivesse
no limite pela sua excitação.

— Só espere um pouco, vai ficar melhor. — Ele é tão


grande e tão rígido que tenho quase que lutar para puxá-lo
para fora da calça jeans e dos limites da sua cueca boxer.

— Eu estou tentando dizer a mim mesmo que vai ser


horrível para que eu possa durar mais do que seis segundos. —
Ele geme.

Seu pênis é de um veludo suave, como uma haste de aço


envolto na mais fina seda. Eu me inclino e passo o meu nariz
ao longo da borda do mesmo. O cheiro de seu sexo invade
meus pulmões. Eu nunca fiquei tão ligada. Eu quero largar a
mão entre minhas pernas, porque a dor que sinto lá embaixo
agora, não é porque dói realmente, é a dor da necessidade.

Eu dobro na ponta, lambendo o gosto salgado de sua


excitação.

— Ellie, baby. — Ele sibila com os dentes cerrados. —


Você está me matando.

Sob minhas mãos suas pernas tremem com o esforço para


ficar quieto e não impulsionar os quadris para frente. Eu já me
senti tão poderosa? Esta máquina de homem abala o desejo e
eu não nem sequer cheguei à melhor parte. Meu coração incha
em sua resposta. Abro a boca e o engulo todo.

— Porra. Foda—se... — É uma maldição ou talvez uma


oração pela sua quebra de controle.

Suas mãos estão em meus cabelos me puxando para mais


perto, para me segurar enquanto ele ainda se ergue impotente
pelo seu pau em minha boca. O seu eixo parece engrossar,
ficando maior e mais difícil. Seu aperto é tenso. Se fosse outro
cara, eu poderia ter empurrado para fora, mas esse aqui? Eu
quero que ele se lembre disto, que se lembre de mim. Eu sugo
com mais força, movendo meu pulso em movimentos rápidos
apertados.

Eu estou ajoelhada no chão de um pequeno armário em


um bar escuro de faculdade. Minhas meias—calças estão
provavelmente em ruínas, mas eu não me importo. Eu não me
sinto suja, eu me sinto ótima. Incrível.

A sua virilha, o seu corpo aquecido e a sua excitação têm


cheiros inebriantes. O peso de seu pênis na minha língua,
enchendo minha boca, empurrando todo o caminho de volta
bruscamente com movimentos fora de controle me tem tão
ligada que eu estou encharcando minha calcinha. Se eu não
precisasse das duas mãos para fazer isso direito, eu teria uma
entre as minhas pernas.

— Jesus, Ellie, baby... — ele choraminga. — Eu estou


pronto para gozar.

Ele tenta afastar, mas eu o mantenho, chupando e


lambendo. Eu me recuso a soltá-lo.

Ele solta um gemido longo e desiste. Ele empurra contra


a minha boca, sua semente jorrando na minha garganta e
revestindo minha língua. Enquanto eu engulo, ele me diz
como isso é bom, como eu sou boa e como ele não pode
acreditar o quão fodidamente bem ele se sente.

Quando ele para de gozar, ele se abaixa e me puxa contra


ele. Sem se importar que ele gozou na minha boca, ele me
beija. Não, ele me devasta. Suas mãos emaranhadas no meu
cabelo quando ele lambe dentro da minha boca provando seu
gosto, nos provando.

— Eu não posso acreditar que eu sou a única pessoa que


fez isso para você. — Murmuro quando ele levanta a cabeça
da minha e me enfia no seu peito. Seu coração troveja no meu
ouvido. Pode ser errado estar com ele, mas não há nenhuma
maneira possível para eu ficar longe. Eu sou uma viciada e ele
é minha droga.

— Acredite nisso. — Ele continua a me acariciar,


alisando meu cabelo para baixo, a parte de trás do meu
pescoço e sobre meus ombros. Esfrega o queixo contra a
minha cabeça. — Tem certeza de que não podemos ter sexo,
porque eu não me importo que você esteja nesse determinado
momento do mês.

— Não. Quero dizer, sim, eu tenho certeza. Nada de


sexo, enquanto estou... Você sabe.

— Infelizmente, eu sei. — Ele suspira. — Por quê?

— Porque é uma sujeira.

— Então, nós fazemos isso no chuveiro. — Ele implora.

Eu balancei minha cabeça. — Não, sua primeira vez não


deve ser no chuveiro.

— Eu sou um cara, — Knox me lembra. — Eu não


preciso de velas e merda. Eu apenas preciso de você.

A evidência de sua necessidade cresce entre nós. — Eu


pensei que você era bom em esperar.

Ele resmunga. — Eu nunca tive a boca de ninguém em


torno de mim antes. Coma um monte de proteína esta
semana, você vai precisar de sua energia no próximo sábado.

Desta vez é a minha vez de gemer. — Parece que você


tem grandes planos.

— Você não tem idéia. — Ele sussurra.


Capítulo Vinte
e Quatro
Ellie

Terceira Semana: Warriors 2-0

O barulho na porta não vai parar. Eu tento empurrar a


cabeça debaixo das cobertas, mas o idiota fora do nosso
apartamento não tem um botão de parar. Espero que Riley
esmague o intruso persistente com sua máquina de costura.

— Ellie, eu sei que você está aí. — A voz profunda me


soa vagamente familiar, mas quem pode afirmar através das
camadas de cobertores que tenho jogado em cima da minha
cabeça.

— Vá embora! — Eu grito e jogo o travesseiro na porta.


Ele despenca no chão antes mesmo de chegar ate a porta.
Merda. Eu nem sequer tenho a capacidade de jogar um
travesseiro. Eu deslizo ainda mais para baixo sob as cobertas
quando uma cólica me atinge. Argh!!!

Eu não tenho certeza se essa é mais dolorosa do que a


dos outros meses, porém eu engoli quatro Advil, e não
fizeram nenhum efeito em mim.

Passei o domingo em um torpor. Knox e eu ficamos em


seu apartamento assistindo os jogos preparatórios, segurando a
mão um do outro e nos beijando até que estivéssemos quase
no limite, eu me sentia como se pudéssemos iluminar todo o
campus. Mas é segunda—feira e eu estou doente demais para
sair da cama.

O barulho misericordiosamente para e o trinco da porta


do meu quarto se move.

Deve ser Riley.

— Eu estou morrendo, Riley. Eu acho que meu corpo


quer me matar. Você se importaria de pegar o meu travesseiro
e colocar sobre o meu rosto, terminando assim a minha
miséria?

Eu ouço o som fraco do algodão começar a ser varrido


do chão e, em seguida, um ploft suave do meu travesseiro na
cabeceira da minha cama.

— Eu nunca percebi que você poderia ser tão dramática.


Se você se cansar de suas aulas de inglês, eu acho que o
departamento de teatro não poderá perder um talento como o
seu.

O profundo estrondo da voz de Knox me assusta. Eu


chuto os cobertores, mas eles parecem determinados a me
sufocar. Eu acabo jogando e virando até que eu estou
praticamente em forma de um pretzel. Ele ri e, em seguida,
estende a mão lentamente me libertando da minha prisão.

— Como você entrou? — Eu faço uma carranca e tento


ignorar as piruetas que meu coração faz.

— Riley me deixar entrar. Eu disse a ela que eu tinha


deixado meu caderno em sua mochila.

— Isso é uma mentira. — Eu empurro para cima em um


braço e percebo que ele está se despindo. Seus chinelos estão
fora e ele está puxando a camiseta sobre a cabeça. Todo o seu
guarda—roupa deve ser de equipamentos de treino dos
Warriors, de bermudas cargo e chinelos.
— Por que você está tirando a sua roupa?

— Porque é mais confortável. — Suas mãos estão em sua


fivela, quando os sinos de alarme começam a tocar.

— Não tire sua bermuda! — Eu arremesso minha mão.


— Eu mantenho o limite sobre sua bermuda.

Ele sorri e eu percebo que apenas o convidei para subir


na cama comigo. Caindo para trás sobre o travesseiro, eu me
deito. A dor no meu abdômen sugou toda a minha energia.

— Tudo bem, pode se despir. Você vai fazer isso de


qualquer maneira.

O metal pesado de sua fivela bate no chão, e eu tento


suprimir os calafrios de alegria que me tomam quando ouço
esse som.

— Merda, sua cama é pequena. — Diz ele enquanto


entra debaixo das cobertas.

— Talvez você seja muito grande. — Eu atiro de volta.

Seu corpo faz barulho quando ele ri. — Algo como isso.

Então ele começa a me reorganizar. Ele me vira para


encarar a parede e desliza seu grande e musculoso braço sob o
meu. Seus bíceps rígidos acabam por ser um travesseiro
surpreendentemente confortável. Nas minhas costas, seu corpo
enrola ao redor do meu, seus joelhos dobram para caber na
curva das minhas pernas dobradas, o topo da minha cabeça
está sob o seu queixo. Sua outra grande mão se instala em meu
estômago com seu dedo mindinho esfregando contra o cós da
minha calcinha de renda. E assim, o calor de seu corpo
começa a invadir o meu, aliviando minhas dores, mandando
para longe as cólicas.

Sua respiração é firme e constante e eu me encontro da


mesma maneira. Não há absolutamente nada erótico sobre seu
toque. Era para ser reconfortante e é. Ele é como uma
almofada de aquecimento gigante. Sua mão faz círculos largos
e lentos em volta do meu estômago.

— Por que você está aqui? — Pergunto.

— Jack mencionou durante filme que você não estava se


sentindo bem.

— Então, você veio até aqui e bateu na minha porta?

— Alguém tem que cuidar de você. Seu irmão acha que


você é forte, mas mesmo as pessoas mais fortes precisam de
alguém para se apoiar. Além disso, este é o meu trabalho. Não
do seu irmão.

— Qual é o seu trabalho? — Minhas palavras começam a


sair em compreensão, ao mesmo tempo em que ele me leva ao
entorpecimento.

— Cuidar de você é o meu trabalho. Tem sido desde que


eu coloquei os olhos em você.

A sua certeza na forma como tudo deveria ser começa a


derrubar minhas barreiras, porque eu não o questiono. Ou
possivelmente seja porque a cada movimento da sua mão, eu
estou perdendo as células do meu cérebro, para sua
comodidade.

— Falando de Jack, como ele está?

Frustrado, eu penso. Para Knox, eu digo: — Ótimo. Ele


não está feliz com a aula sobre política de jogo, mas
sinceramente eu não sei quem está.

É difícil para mim também. Ainda mais difícil por eu ter


que escrever dois artigos distintos sobre o mesmo assunto.

— Não há nenhuma política de atendimento, porque se


você não aparecer mesmo que para uma classe, você está
perdido.

— É isso que Jack diz? — Murmura Knox contra a parte


de trás do meu pescoço.

Meu cérebro se sente mexido por sua proximidade, mas


eu consigo falar uma meia verdade.

— Isso é o que todos dizem.

A queixa da classe é enorme. Uma garota com quem eu


sentei perto escreve quase um livro de anotações, mas no final
da aula, ela parece como se tivesse sido derrotada. Jack não
fez uma única nota. Ele sentou—se cerca de vinte cadeiras
abaixo de mim, com as mãos dobradas juntas, olhando
diretamente para o professor. Eu não posso ver seus olhos,
mas meu palpite é que ele se sente uma suave sensação de
derrota, como um zumbido de professores que se equilibram
sobre o Bayesian e Nash na eficiência de Pareto.

Eu usei a senha de Jack essa semana para acessar sua


conta e tive que mudar, pelo menos, metade das suas respostas
em uma planilha. As planilhas são projetadas para nos ajudar
a formular o nosso trabalho do fim do semestre e não são
selecionados, mas eu só não queria que o professor visse seus
exercícios e se perguntasse o por que de tal disparidade entre
esses exercícios e o do final do semestre.

— E sobre o seu tutor?

— Ele diz que ela está muito ocupada tentando dormir


com ele e desde que ele a dispensou, ela não tem sido muito
útil.

— Hmm. — Seu peito ressoa nas minhas costas. — Ele


deve trazer isso para o Brian Newsome, ele é o diretor adjunto
de futebol para os serviços estudantis. Brian iria encontrar para
Jack um tutor diferente.

— Não, — Eu viro em seus braços. Jack não quer que


ninguém do programa saiba que ele tem dificuldade. E você
não vai dizer nada. — Ele está em silêncio por muito tempo.
— Por favor, Knox.

— Tudo bem, baby. Eu não vou, mas só porque ele está


tendo problemas com a classe não significa que ele está sendo
expulso da equipe.

— Ele é novo. Deixe-o ter esse primeiro semestre abaixo


do seu cinto.

Knox me gira novamente para trás, dobrando seus


grandes joelhos atrás dos meus e apoiando o queixo no topo
da minha cabeça.

— Eu não vou dizer nada. Agora, por que você não


dorme um pouco?

Isso soa como a melhor sugestão de todas.

***

Eu acordei com o seu pau aninhado contra a minha


bunda e sua grande mão na minha cintura.

Um empurrão de seu polegar e ele estaria tocando meu


peito. Sua mão é estupidamente grande e há um tronco de
árvore empurrando o seu caminho em minha calcinha. Eu não
seria humana, se eu não me empurrasse para trás contra a sua
haste de aço ou exalasse muito duro para ver se eu conseguia
mover seus dedos mais perto de meu mamilo dolorido.

— É preciso sair desta cama dentro de cinco minutos, ou


você estará quebrando meu selo. — Ele rosna no meu ouvido.
— Nessa época do mês ou não.
Leva toda a minha vontade, mas eu consigo me arrastar
para fora da cama. Em alguma hora no meio da noite, nós nos
mudamos para que ele se encostasse a parede e eu encarasse a
porta.

— Onde está Riley? Que horas são? — Eu pego meu


cabelo rebelde da minha cara e tateio atrás do meu telefone
para verificar as horas.

— Riley está em seu quarto, e é cerca de dez.

— Dez! — Eu grito. — Nós dormimos por cerca de cinco


horas.

— Sim. — Diz ele com uma completa falta de


preocupação.

— Eu estou com fome. — Eu tento alisar meu cabelo. O


sorriso de Knox me diz que eu não estou fazendo um bom
trabalho sobre isso. Ele rola para fora da cama, como um leão
da montanha ágil. Seus músculos flexionam e estendem
enquanto ele vem em minha direção.

— Você está linda. — Ele me puxa contra ele e fuça seu


rosto para o lado do meu pescoço. Previsivelmente, eu quero
derreter.
Empurro-o para longe.

— Eu preciso usar o banheiro. — Eu preciso de uma


certa distância.

— Eu também. — Há um olhar travesso em seus olhos.

— Sozinha.

Ele faz um beicinho falso quando eu o empurro para


longe.

— Vou pedir um pouco de comida. O que você prefere?


— Eu esfrego meu estômago vazio.

— Qualquer coisa. — Eu digo com sinceridade. —


Contanto que seja muito.

No meu caminho para o banheiro, eu bato na porta de


Riley. O zumbido para. Eu ainda acho que soa como um
grande vibrador velho. Eu me pergunto se ela precisa de um,
visto que ela não ficou com ninguém desde que nós
começamos a morar juntas, nem mesmo o menino bonito do
Facebook, que aparentemente não entendeu que Riley é a
melhor coisa que ele jamais poderia ter.

— Knox está encomendando comida. Você vai querer?


Ela não diz nada.

— Ele está pagando. — Acrescento.

— Hum, bem, sim, eu poderia comer alguma coisa.

Às vezes eu esqueço que Riley é uma estudante de bolsa


de estudos, e verdade seja dita, não é como se eu tivesse um
monte de dinheiro falso ao redor. Minha mãe me manda
dinheiro mensalmente, mas é apenas o suficiente para o
alimento e roupa. Eu deveria conseguir um emprego, mas
entre a minha carga horária e aulas extras de Jack, eu não
tenho certeza de onde eu iria encontrar o tempo para isso.

Depois que eu termino de cuidar do meu negócio no


banheiro, pego os pratos e copos enquanto Knox desce para
frente do apartamento para pagar o entregador.

— A comida está aqui. — Ele define dois grandes sacos


plásticos sobre a mesa e descompacta cerca de dez caixas. As
minhas sobrancelhas estão levantadas, ele dá de ombros. —
Eu estava faminto. Você está com fome. Você nunca pode ter
o suficiente de comida chinesa.

— Deus, tarde da noite e rolinhos de ovos, você é uma


bomba pronta para explodir. — Riley vem escorrendo para
fora do quarto. Seu cabelo está amarrado no topo de sua
cabeça como uma boneca kewpie 10 , mas eu não me pareço
muito melhor com a minha cara de sono de cinco horas, as
minhas calças de pijama confortáveis, e a camiseta velha de
Jack do ensino médio.

— Você precisa de uma camisa nova. — Knox engancha


o dedo no meu colarinho e me puxa para ele.

— A camisa dos Guerreiros? — Eu pressiono meus lábios


para reprimir um sorriso.

— Uma camisa específica dos Warriors.

— Por que você não tira a sua fora e dá para ela? — Riley
sugere e balança as sobrancelhas.

— Boa idéia. — Ele a tira e dá para mim. Riley dá um


assovio. Knox se senta à mesa e começa a colocar a comida
em seu prato. Levo um tempo até parar de babar, e eu tenho
que chutar Riley por debaixo da mesa para levá—la a tirar os
olhos longe de peito perfeitamente esculpido de Knox.

10
— Me desculpe... — sua boca sussurra para mim, mas eu
realmente não posso lhe culpar. Seu corpo é uma obra de arte.

— Você está certo sobre comida chinesa nunca ser


suficiente. — Riley diz entre mordidas de frango Kung Pao. —
Uma vez, minha mãe fez este enorme prato de macarrão
Cingapura, e meu pai brincava com ela que tínhamos o
suficiente para alimentar toda a cidade de Cingapura. Mas ela
teve razão quando no dia seguinte, tivemos uma terrível
tempestade que tirou toda a nossa força. Nós ainda tivemos
macarrão Cingapura suficiente para durar o dia inteiro.

— Não existe essa tal coisa de comida suficiente, —


Knox concorda. — Meu irmão e eu comemos o suficiente para
que minha mãe tivesse que ir ao supermercado duas vezes por
semana para comprar leite. Nós bebíamos um galão a cada
dois dias.

— Você tem um irmão? — Riley pergunta.

— Gêmeo. — Eu digo. — Knox diz que eles são


idênticos.

— Todo mundo diz que somos idênticos porque nós


somos. — Knox puxa seu telefone e abre seu álbum de fotos.
— Veja.

A boca de Riley abre um pouco. — Deus, há dois de


você? Como isso pode ser justo? E qual deles é você?

— Ele é o que está de sunga vermelho. — Eu aponto para


Knox na imagem. — Seu irmão é o único com o queixo mole.

— Queixo mole? Eles têm o mesmo queixo. Eles são


I.Dên. Ti. Cos. — Riley zomba.

Knox balança a cabeça e se vira para mim.

— É estranho como você pode nos diferenciar.

Eu não entendo como pode ser tão estranho. Eles são


claramente duas pessoas diferentes. Riley percorre mais fotos.
Existem dezenas de fotos de Knox com seu irmão — sorrindo,
jogando golfe, lutando. Várias com seus pais. Está claro que
sua família os ama. Por insistência de Knox, Riley pega seu
telefone e nos mostra fotos de seus dois irmãos mais novos e
de seus pais, que parecem quase jovens o suficiente para ser
seus irmãos.

— Eles eram adolescentes quando eu nasci. — Riley


explica. — Eles só têm trinta e oito agora. Mamãe diz que é
estranho, porque a maioria da sua idade só agora tem filhos, e
eles já estão com a síndrome do ninho vazio.

— Você tem uma família linda, Riles. — Eu nem sequer


me preocupo em esconder a minha inveja.

— Obrigada. Não temos muito, mas nós temos um ao


outro. — Ela encolhe os ombros, um pouco envergonhada. —
Banal, mas é verdade.

Ambos olham para mim como se eu fosse sacar meu


telefone e mostrar o meu pequeno álbum de família, mas não
haveria quaisquer fotos de mim e meus pais neles.

As únicas que eu mantenho são as minhas e de Jack.

Eu limpo minha boca. — Eu estou satisfeita pela noite.


Obrigada pela comida, Knox.

— Sem problema. — Diz ele facilmente. Levantando-se,


ele me ajuda a limpar os pratos. Riley arruma as poucas sobras
que temos e depois desaparece em seu quarto. Knox seca,
enquanto eu lavo as louças.

— Não queria compartilhar todas as imagens de seus


próprios pais? — Knox pergunta baixinho.

Hesito porque minha família não é como Riley ou de


Knox. Minha primeira vontade é pará-lo, mas eu sei que ele
não merece isso.

— Meu pai é do tipo que se Jack ganhar o título de ‘Ele é


o cara’, ele se pergunta se foi por um milagre.

Knox mantém a secagem. — E você? O que ele pensa de


você?

— Ele não pensa. — Eu coloco minhas mãos na borda da


pia da cozinha, não gostando do tipo de sentimentos que as
perguntas de Knox me fazem sentir. — Meu pai foi este
grande jogador da faculdade. Ele tinha esses sonhos de ir
adiante, mas ele literalmente nunca conseguiu isso. Com Jack,
ele começou a viver o seu sonho novamente. Comigo?

Eu me empurro me afastando da pia e viro o rosto para


Knox. Ele me olha com uma compaixão estável, mas sem
nenhuma piedade. Eu sou grata por isso, porque eu acho que
eu o teria chutado se ele sentisse pena de mim.

— Quando Jack nasceu, ele pensou que ele iria começar


a moldá-lo em um jogador incrível, mas Jack não cresceu até o
décimo ano. Ele sempre foi pequeno e magro. Eu queria que
meu pai se orgulhasse de mim assim eu me tornei uma
jogadora também.

— Será que isso ganhou a aprovação dele? — Eu faço


uma careta.

— Claro que não. Eu ainda era uma menina. Nós dois


sabíamos que eu nunca jogaria em um time de futebol de
verdade. Mas eu joguei futebol de bandeira com os meninos
até a oitava série. — Minha cicatriz coça quando eu me
lembro disso. — Um cara bateu em mim e quebrou minha
rótula. Foi um acidente, mas foi o final para mim e para o
esporte. Até que eu comecei a jogar softball que é o motivo de
Jack se preocupar.

Knox faz um som no fundo de sua garganta. – O que


seus pais fizeram?

Eu engulo para me livrar da amargura, então eu não soo


como uma megera.

— Eles não estavam lá, outra mãe chamou a ambulância


e Jack segurou minha mão no caminho para o hospital e
depois ajudou a cuidar de mim. Eu paro abruptamente, porque
lembrar a dor da rejeição me faz sentir em carne viva. Eu não
quero chorar. Não por meus pais e definitivamente não na
frente de Knox.

Sem mais perguntas, ele esvazia a água e coloca a toalha


sobre o lado da pia. Ele pega a camiseta que ele tirou e em
seguida, envolve a minha mão com a dele. Silenciosamente,
ele me leva para o quarto.

No escuro do quarto, ele tira a camiseta que eu estou


vestindo e coloca sua própria sobre a minha cabeça. A
camiseta tem cheiro de Knox, como terra fresca, energia e
calor. Ele arranca a bermuda e sobe na cama, correndo todo o
caminho até a parede.

— Venha aqui. Estou com frio. — Diz ele.

Eu me movo como um robô. Quando ele está me


envolvendo ele beija o lado da minha garganta, minha orelha,
e, em seguida minha testa, um rastro de doce carinho que
começa a derreter o frio que tinha se estabelecido quando eu
pensava em meus pais.

— Nós não temos como escolher a família em que nós


nascemos, — diz ele na tranquila noite. — Mas podemos
escolher a família com a qual viveremos. Eu escolho você.
Você é tudo que eu posso querer.
Minha garganta se fecha. As palavras que eu adoraria
dizer de volta me sufocando pelo meu medo.

— Shhhh, — ele sussurra. Ele coloca sua ampla mão


sobre o meu peito esquerdo. — Você não precisa dizer nada,
querida. Eu posso ouvir seu coração.

Isso é o suficiente para ele.

Eu durmo envolvida no abraço de alguém que eu não


podia sequer sonhar em ter, nem em um milhão de anos. Eu
nunca imaginei que alguém como Knox Masters existisse. Ou
que ele poderia me amar. Mas se ele soubesse o que eu faço
para Jack? Como poderia pôr em risco toda a sua temporada e
a busca do campeonato?

Ele não iria me querer em tudo.


Capítulo Vinte e
Cinco
Knox
Dia do jogo: Warriors 2-0

O voo para Michigan leva intermináveis três horas e


meia, na qual eu passo olhando fixamente para a última
mensagem de Ellie.

Ellie: Eu estou vestindo sua camisa.

Ela envia uma foto com a mensagem. Sua cabeça está


cortada, mas ela está ajoelhada sobre a cama e seus seios
maduros estão empurrando na parte superior do meu número
quando ela puxa na parte inferior da camisa. Suas pernas estão
nuas, e eu juro que eu vi uma sombra de meu lugar favorito
embaixo da malha. Meu número parece realmente bom sobre
ela. Muito bom. Como Matty disse quando a viu no bar, a
santa mãe de Deus de uma miragem.

Eu menti quando disse que eu era bom em esperar. Esta


semana tem parecido sem fim. Pior? Temos uma partida fora
de casa, o que significou que quando acabou o período e Ellie
se sente melhor, eu estava em um avião fretado para
Michigan. Eu a vi algumas vezes na semana passada, e em
cada um desses momentos ela me deixou com uma ereção do
tamanho de um tronco e bolas azuis iguais a um Smurf.

Na terça-feira, depois do jantar, eu parei em seu


apartamento e a encontrei retirando as roupas de inverno.
Aparentemente, as meninas têm roupas sazonais. Outono
atrasado significava botas e suéteres.

— Vista este. Eu gosto de você em vermelho. — Eu puxei


um suéter vermelho macio e peludo da pilha de roupas.

— Desde quando você gosta de mim em vermelho?

— Dois dias atrás, você usava uma camisa vermelha,


larga. — Eu empurrei um monte de coisas macias e me sentei
em sua cama. Sua camisa era preta e tinha um bom V que
insinuava que ela tinha igualmente uma boa clivagem.

— É Bohemian Chic.
— Tanto faz, a cor parecia boa, mas parecia muito larga.
Eu não podia ver seus peitos bonitos. Além disso, eu gosto de
decote em V, porque você pode usar isso. — Eu engancho um
dedo ao longo de seu decote e puxo para baixo o suficiente
para expor um peito coberto de rendas.

— Você vai estica-la. — Ela protesta.

— Eu te dou uma nova. — Eu podia ver um realmente


um bom uso do meu futuro dinheiro na NF, comprar roupas
para Ellie. Apenas roupas sexy. Algumas que mostrem seus
peitos, sua bunda e sua pernas.

— Comprei isso há um ano nas férias e, — Ela prendeu a


respiração quando eu agarrei o grande e suculento mamilo,
feito para chupar. — O que você está fazendo?

Desde que eu tinha a boca cheia dela, eu não respondi.


Eu tinha coisas melhores para fazer do que formular palavras
para uma pergunta com uma resposta tão óbvia.

Ela se inclinou para mim, com as mãos cravando em


meu couro cabeludo. Mmmm, me senti bem. — Eu pensei que
você era virgem.

— Eu tenho uma boa imaginação. — Eu murmuro


enquanto mudo para o outro lado. Não queria que seu seio
esquerdo se sentisse abandonado agora, não é mesmo? De
jeito nenhum. A camiseta ficou no meu caminho, então eu a
empurrei para cima sobre a cabeça. O fecho do sutiã me
atrapalhou, então eu resolvi puxar para baixo o que na
verdade teve um benefício adicional de empurrar os seios
juntos.

Eu mudei em meu assento só de pensar nisso.

Isso levou toda a minha compreensão e eu tive Ellie se


esfregando em minha perna até que ela gozou. Ela não me
deixou tocá-la sob suas roupas. Mas eu me esqueci de
lamentar quando ela teve minhas calças abertas e me mostrou
como é uma sucção de bolas.

Eu tomei uma respiração profunda e tentei recuperar um


pouco de autocontrole. Puxei a parte inferior da minha camisa
para baixo, mas ela não fez um inferno de trabalho em
esconder minha ereção. Eu provavelmente deveria pensar em
outra coisa que não a boca quente de Ellie em volta do meu
pau e das minhas bolas.

Eu não fui para casa com ela após o jogo de softball na


quarta-feira, porque eu tinha certeza de que eu não poderia ter
outro ataque de provocações e transar a seco com ela. Mas na
quinta-feira, minha força de vontade já estava fina e
desgastada, quando ela apareceu para jantar com Jack
vestindo uma saia curta azul e um suéter fechado apenas com
um botão e por baixo uma apertada camiseta dos Warriors.
Depois do jantar, eu a levei para o meu apartamento onde
passei uma boa hora me familiarizando com cada pedaço de
pele acima da cintura.

Os seios dela e eu somos amigos íntimos agora, ela tem


os melhores mamilos, realmente. E ela é muito sensível na
nuca e em seu pescoço. Eu posso colocar minha mão lá e um
segundo depois, ela vai estar tremendo. Eu gosto de fazer isso
em público, sabendo que ela está ficando ligada e que sua
calcinha está ficando molhada. Quando eu a levei para casa
lhe dei a minha camisa e pedi que a usasse durante o jogo.
Tirei da gaveta todas as camisetas do seu irmão e as substitui
por cinco das minhas. Eu tive de pedir à Stella para
encomendar algumas substituições.

Eu: Se perdermos este fim de semana, será porque meu tesão


me matou.

Ellie: Eu sinto muito. O que aconteceu com sua mão?


Eu: Minha mão não me satisfaz mais, meu pau a rejeitou.
Ele diz que somente sua boca e ua mão o satisfará e nada mais.

Ellie: Desculpe (não muito).

Eu: Eu estarei de volta em torno das 11. Por favor, diga que
você vai ser acordada.

Ellie: Eu vou estar acordada. Não está sendo fácil para mim
também, pelo menos você estava fora na semana passada.

Eu: Baby, eu teria feito qualquer coisa para você.

Ellie: Precisamos parar. Estes textos não estão tornando as


coisas mais fáceis para mim.

Eu: Vista o suéter vermelho.

Ellie: Não a camisa?

Eu: Se você vestir a camisa, eu vou gozar antes de atravessar


o batente da porta. Tenha um pouco de misericórdia.

Ellie: Misericórdia não é o que você quer de mim.

Eu: Ok, tirando isso da minha cabeça agora mesmo, senão eu


vou bater uma punheta ou me inundar aqui mesmo.
Ellie: Pense em mim de qualquer maneira.

Eu: Você é uma mulher cruel, mas não mude, eu gosto de


você desse jeito. Eu vou te ver amanhã às 11. Esteja pronta.

Ellie: Eu tenho as pétalas de rosa, flores e champanhe como


você pediu.

Eu: Isso é para Riley? Porque ela não estará te vendo por três
dias.

Ellie: Eu tenho aula na segunda—feira.

Eu: Esteja preparada para faltar.

Matty agarra meu telefone. — Sobre o que você está


sorrindo? Ellie está fazendo sexo através de mensagens com
você?

— Foda-se Iverson. — Eu planto a minha mão em seu


rosto e o empurro.

O avião fretado não é tão grande e Matty bate em


Hammer que o empurra para trás.

— Foda-se e vá se sentar em sua própria poltrona. —


Hammer rosna.
Estamos todos ficando indispostos. Setenta jogadores,
muitos dos quais pesavam mais de 100 kg e eram mais altos do
que 1,80, significava um completo e fedido voo.

— Estou cansado de ficar sentado. Quando é que esta


lata vai pousar de qualquer maneira? — Matty lamenta, ele se
vira para Hammer. — Masters não disse uma palavra para
mim durante todo o voo, tudo o que ele faz é olhar para o seu
telefone, ele está mandando mensagens de sexo para a irmã de
Campbell.

Hammer se inclina. — Ela lhe mandou fotos? Eu poderia


usar um pouco de inspiração para o jogo de amanhã.

Eu fico olhando para ele. Será que ele realmente acha


que eu iria partilhar uma foto da minha namorada quente pra
caralho com ele? Aquela foto é minha, ela é minha. Ninguém
vai olhar para Ellie, meio vestida, sensualizando ou de
qualquer outro jeito, apenas eu.

— Hammer, se você está pensando em uma carreira


profissional, é melhor você calar sua boca ou seu rosto vai
estar muito quebrado para jogar.

— Sheesh. — Hammer se senta para trás e dobra seu


braço como uma criança de cinco anos de idade. — Eu
gostava mais de você quando você não estava dando a irmã de
Campbell a sua virgindade.

Eu dou lhe um empurrão enquanto guardo meu telefone


mantendo-o longe, e não existe nada que me torture mais do
que isso.

***

Pós-jogo : Warriors 3-0

Não sei se é apenas o nosso ano ou se estamos ansiosos


para voltar para Western, mas nós sufocamos o Michigan.
Eles só marcaram no quarto tempo após estarmos na frente
por mais de quatro pontos, um deles foi um lance que Matty
pegou e correu para um touchdown. Ace e companhia os
puniram com mais um touchdown, e assim sendo percorremos
um quarto do caminho até a temporada começar invictos.

A viagem de avião de volta me faz sentir como se durasse


o dobro de tempo da viagem para Michigan. Hammer e Matty
passam toda a viagem discutindo se Godzilla venceria um T-
Rex.
— T-Rex tem os braços minúsculos. Não há nenhuma
maneira que ele possa chegar lá e conseguir um golpe.

Hammer bateu com o punho na palma da mão.

— Ele bate Godzilla com a cabeça, ele sempre usa a


cabeça. Os braços são apenas para o equilíbrio.

Matty cola os cotovelos para o lado dele e balança a


cabeça. O resto da equipe ao redor deles começa a rir porque é
divertido ver Matty fingindo ser um curto e armado T—Rex.
Mas Hammer? Oh não, Hammer está completamente fora
deste argumento.

— De jeito nenhum. Olha, eu posso te socar com um


punho e levar sua insignificante cabeça para baixo. —
Hammer se move em direção a Matty.

Os dois começam a lutar e o treinador DLine volta antes


que os dois possam ter os punhos em cima um do outro em
uma briga realmente.

Eu acho que este argumento é o melhor que Matty e


Hammer tiveram, pois o ultimo era que se manter viajando era
tão bom quanto estar no clube de milionários. Eu não entendo
por que você não pode ter duas coisas ao mesmo tempo, eu
quero ter Ellie e a quero em toda parte e em qualquer lugar.

Eu puxo novamente a imagem para cima.

Até o momento que o ônibus do aeroporto chega ao


campus da Western, eu tenho praticamente uma curta ereção.
Eu tento me mover o mais normalmente possível, mas eu sou
grato que treinador deu o seu discurso de "bom jogo, não
façam nada estúpido" no ônibus para que eu pudesse sair de lá
o mais rápido possível.

— Indo para o posto de gasolina? — Matty pergunta.

— Não.

— Mas...

— Não. — Eu nem sequer olho para ele. Eu corro para o


meu SUV, e mando uma mensagem de texto para Ellie ao
longo do caminho.

Eu: Seu apartamento ou o meu?

Ellie: Meu. Riley saiu. Ela vai ficar com um amigo.

Eu: Eu estarei ai em dez minutos.

Passei um tempo na semana passada pesquisando. Eu li


uma centena de posts e artigos on-line sobre a sexualidade das
mulheres. Como é difícil para elas gozarem só a partir de
penetração e que preliminares, um monte de preliminares, é a
chave para o sucesso. Eu sei que Ellie pode vir para mim. Eu a
fiz vir com uma lambida, e eu vou lamber e chupar e esfregar
seu corpo, quantas vezes seu corpo aguentar para fazê-la vir de
novo.

Eu estou em seu apartamento em cinco minutos. Claro,


eu cruzei duas luzes vermelhas, desobedecendo as instruções
do treinador, mas eu tenho certeza que isso está classificado
como uma emergência.

Felizmente alguém está saindo quando eu chego. A


menina prende a porta para mim e eu corro lá em cima para o
apartamento de Ellie no terceiro andar. Meu pau me
incomoda em minhas calças enquanto eu me movo, mas
chegar rápido a Ellie é o meu único objetivo.

— Você chegou mais cedo. — Ellie me acena de dentro.


Ela deve ter percebido que eu tinha chegado aqui, porque a
porta de seu apartamento se abre antes que eu possa colocar
meu punho contra a madeira para bater.

— Sério? Porque pareceu uma eternidade.


Eu a como com meus olhos. Contra minhas instruções
explícitas, ela está vestindo minha camisa e nada mais.
Mesmo seus pés estão nus, exceto por um pequeno brilho rosa
nas unhas. É difícil estar aqui e não ataca-la.

Ela anda para trás me avaliando, enquanto eu entro e


chuto a porta fechada.

— É isso que você usa para seus jogos fora de casa? —


Ela olha rapidamente para a minha gravata, e eu recuo com
aquele pequeno toque.

— Sim. Regras do treinador. Paletó e gravata para jogos


fora de casa. Vestir calças e camisa de botão para os jogos
dentro de casa, a gravata é opcional.

Eu recito as regras, mas a minha atenção se concentra em


uma coisa e só uma coisa. Tirar a camisa de Ellie fora.

— Você parece quente em um terno.

— Você está quente na minha camisa, mais acho que


pareceria melhor sem nada.

Eu chego para baixo e a retiro sobre sua cabeça. Eu estou


cambaleando por seu deslumbramento. Jogo a minha cabeça
para trás e belisco a ponta do meu nariz.

— Merda, Ellie, eu não vou durar.

— Eu acho que esse é o ponto. — Ela ri, um som de


menina, um som singular próprio dela. Olhando-me, ela
suspira. — Estou nervosa, como se esta fosse a minha primeira
vez.

Graças a Cristo.

— E é. — Eu a alcanço me permitindo apenas tocar o seu


cabelo. — É a sua primeira vez comigo. Você nunca mais
estará dormindo com outro cara. Ok?

Eu digo isso levemente mais não é uma brincadeira para


mim. De jeito nenhum eu posso imaginar Ellie com outro cara
ou eu com outra garota.

— Então, você pretende me arruinar para todos os outros


homens?

— Esse é o plano. — Eu estou falando sério. Eu também


acabei com a conversa.

Eu chego para ela e nós vamos um para o outro: boca,


mãos, pernas. Ela rasga a minha camisa e eu sinto os botões
caírem. Ela está malditamente quente quando está me
atacando, como se ela não pudesse esperar para eu estar
dentro dela. Eu a ajudo tanto quanto eu posso, enquanto ainda
estou segurando-a contra mim. De alguma forma, nossas
roupas estão fora e eu coloco minhas mãos sob sua bunda até
que ela conecta as pernas em volta da minha cintura. Eu quase
quebro uma perna correndo para o quarto.

— Desde que eu não tenho quase nenhum autocontrole,


baby, vamos fazer você vir primeiro.

— Oh, Knox, — Ela me puxa para cima dela e começa a


salpicar beijos no meu rosto. — Eu senti sua falta e estou
desesperadamente excitada. Por favor, não me faça esperar
mais um maldito minuto.

— Você não está ajudando. — Eu falo severamente. Eu


tiro suas errantes mãos mágicas e coloco sob uma das minhas.
Há vantagens em ser maior do que ela. Eu chego entre nós e
deslizo os dedos para baixo a frente de sua vagina. — Será que
isso faz você se sentir bem?

Porque, Cristo, é bom para mim. Eu penso nas


atrapalhadas de Hammer, tento evocar o cheiro de meias
velhas e do suor das cuecas. Qualquer coisa que me impeça de
vomitar em seus lençóis. Ela é tão suave. Não devo pensar
sobre como ela é macia ou como meus dedos estão molhados.

Eu choramingo silenciosamente.

— Sim. Sim, isso é tão bom.

— Me diga como posso fazer para melhorar. — Eu estou


determinado que ela tenha um orgasmo antes de mim, porque
eu sei que para mim vai durar cerca de cinco segundos depois
que eu ficar dentro dela. Inferno, cinco segundos... estou
sendo otimista.

Ela mergulha a mão entre as pernas dela e faz fricções em


círculos. Eu a vejo fazer, memorizando seu toque e, em
seguida, assumo. Pareço fazer alguma coisa certa, porque ela
arqueia para cima, empurrando contra a minha mão.

Eu lambo meus lábios, relembrando como foi a sensação


de tê-la sob a minha língua, e mergulho entre as suas pernas.

— Você tem um cheiro incrível. — Eu deixo seu cheiro


encher o meu nariz, minha cabeça, meus pulmões. Eu inalo
até que cada entrada de ar é perfumada pelo cheiro dela. Ela
treme debaixo de mim. Suas partes são brilhantes e lisas e o
seu sabor é tudo que tenho contra a minha língua. Eu quero
comê-la antes e depois de cada refeição. Eu testo a minha
língua contra seu corpo. Como ela se sente quando lambo a
parte plana, ou quanto ela gosta que eu simplesmente fleche
duramente contra esse pequeno pedaço de carne que implora
para ser chupado e acalmado um pouco.

Suas mãos cavam meu couro cabeludo e puxa com força.

— O que foi isso? Estou fazendo algo errado? — Eu a


masturbo com meus lábios revestidos com seu sabor.

— Não pare! — Ela grita.

Ah, bingo. Ela me puxa para mais perto, não mantendo


nenhuma distância. Eu viro para baixo para esconder o meu
sorriso de satisfação. Eu devo ter feito algo certo.

— Eu sei que empurrar seu rosto entre as minhas pernas


não é legal, mas, inferno santo, Knox, o que você está fazendo
comigo...

Ela parece espantada. Eu amo isso. Ela está tendo apenas


o seu primeiro. Ambas as minhas cabeças incham.

— Não, querida. Isso é incrível. Foda a porra do meu


rosto. — Eu a ordeno.
— Você tem certeza?

— Eu nunca tive tanta certeza na minha vida!

Eu não preciso dizer a ela duas vezes. Suas coxas fecham


como grampos ao redor dos meus ouvidos e ela mói para
baixo na minha língua.

— Oh, Knox, os dedos... Use seus dedos...

— Onde, baby? — Eu gosto dela me dizendo como fazer


para ela se sentir bem. Ela está me treinando para fazer o meu
melhor e eu nunca quis executar tão bem em toda a minha
vida.

— Dentro de mim. — Ela puxa meu cabelo e agita a


cabeça de um lado para o outro.

— No meu clitóris. Em toda parte. Eu preciso de você


em toda parte! — A última palavra sai um grito fino e
esganiçado.

Quando eu deslizo meu primeiro dedo dentro dela, eu


quase venho em todo o seu tapete.

Deus.
Porra.

Cristo.

O calor úmido dela contra a minha mão quase me faz


gozar. Sexo com Ellie requer mais disciplina do que qualquer
coisa em toda a minha vida.

Ela é tão apertada. Eu tenho um momento de pânico.


Será que vou caber dentro dela? Espiando, eu a olho para
checar sua expressão. Ela está fazendo uma careta, mas ela
não aparece que está com dor, porque ela está empurrando
contra mim.

— Knox, sim, — ela diz e agita a cabeça de um lado para


o outro. — Mais.

— Qualquer coisa que você quiser. — Eu me inclino para


baixo, ainda segurando suas duas mãos em uma das minhas e
chupo seu clitóris em minha boca. Ela grita e seu canal
confortável está em torno de meus dedos e seus espasmos me
apertam. Eu engulo em seco. É isso que vou sentir em volta do
meu pau?

Meu cérebro entra em curto circuito.

Eu me banqueteio dela, sacudindo um pouco seu


inchado e duro clitóris com a minha língua. Empurrando
contra meus dedos, meu sangue está correndo em um ritmo
implacável e rápido.

— Knox, Knox... — Ela canta.

Eu puxo meus dedos para fora abruptamente. É demais.


Corro para meus bolsos e pego pacote de preservativos eu os
tenho comigo desde o boquete que ela me deu. Suas
sobrancelhas se erguem em sua testa.

— Um pacote todo?

— Eu não queria ter que correr para comprar mais. — Eu


sorrio.

Ela bufa uma pequena risada.

— Você é muito prevenido, mas... — Ela pega a minha


mão. — Estou tomando a pílula, e eu sei que você está limpo.

— Eu estou muito limpo. — É uma afirmação óbvia.

Ela lambe os lábios. — Estou limpa, também. Eu fui para


o centro de saúde para um teste esta semana.

— Você está dizendo... — Eu não posso nem sequer


terminar a pergunta. Todas as diversões são esquecidas
quando penso sobre deslizar através dela sem nada.

Balançando a cabeça, ela arranca os preservativos fora da


minha mão e joga de lado.

— Eu estou pronta, Knox.

Eu também estou.

Eu espalho suas coxas e pego meu pau com uma das


mãos. Nós dois observamos como a cabeça do meu pau
começa a penetrá-la. Ela grita e eu congelo.

— Foda-se! Eu estou te machucando?

— Oh, Knox, não... Mas você é tão grande. Dê—me um


minuto. — Ela pede.

Eu começo a contagem regressiva a partir de um mil. Ela


se mexe um pouco e depois me bate no pulso para me deixar
saber que eu posso me mover.

Eu lentamente afundo nela, cada polegada, maldita e


agonizante polegada. Suas pernas alargam ainda mais e meu
controle é um fino fio prestes a romper. O abraço dela de
veludo me queima. Eu empurro todo o caminho até as minhas
bolas descansarem contra sua bunda.
Eu não tenho certeza se eu estou no céu ou no inferno.

Não, eu sei exatamente onde estou. Estou em casa. Onde


eu pertenço. Onde eu sempre pertenci.

Como tudo se encaixa apropriadamente no lugar. Eu


estava certo em ter esperado. Eu estava certo de que Ellie era a
única.

Eu tinha fantasiado sobre este momento um milhão de


vezes, mas a coisa real é indescritível. Nenhuma dessas coisas
que eu li me preparou para o que seria a sensação de ter suas
paredes se agarrando ao meu eixo. Eu não poderia ter me
encantado mais com a sensação de ser sugado para seu corpo.
Ou como eu me sentiria como um maldito conquistador,
quando ela se contorcesse debaixo de mim.

As sensações rolam sobre mim. Nervos que eu não sabia


que existiam ganham vida e me dizem que eu estou á dois
segundos de distância de gozar, de uma forma tão longa e tão
forte que meus antepassados vão sentir isso. Seus mamilos são
gomos apertados implorando por minha boca.

Agarrando um quadril em uma mão e me preparando


com a outra, eu me inclino e capturo essa beleza saltando
entre meus lábios.

— Ellie. Eu... — Paro quando as paredes de sua vagina


apertam em torno de mim. Ela está fazendo isso de propósito?
— Eu não posso... segurar ... mais.

Ela coloca as palmas das mãos contra a parede e com a


força do meu corpo a levo para o outro lado da cama.

— Knox, mais forte. Deixe ir. Eu não vou quebrar.

Eu cavo um joelho no colchão para me erguer e ir para


lá. Meus quadris parecem uma britadeira dentro dela. Minhas
bolas batem contra a sua bunda, e seus dedos cravam
profundamente em meus ombros, me marcando. Eu me perco
completamente. Eu não sei o meu nome, onde eu moro, qual é
a posição que jogo. Eu só sei que eu estou com as bolas
profundamente no mais doce, aperto apertado do mundo, e eu
vou morrer feliz aqui entre as pernas de Ellie.

Debaixo de meu corpo, o corpo de Ellie se contorce e


pula no mesmo ritmo que o meu. Sua boca se abre, ofegando
argumentos para eu foder mais rápido e mais difícil. Meu
corpo responde como se ela o possuísse.

Litros de sangue estão em meus ouvidos, um oceano de


sensações inunda meu sistema nervoso, e o mais alto e feroz
rugido que nunca fui capaz de ter, jorra para fora da minha
boca. Sua boca encontra meu pescoço enquanto eu me arrepio
e sacudo quando meus jatos vêm em sua bem vinda buceta. Eu
colapso em cima dela como uma coisa pesada e gasta.

— Oh, Knox. — Sua respiração soa instável, e seu


coração bate contra o meu peito.

— Aqui é o paraíso? — Murmuro em sua pele úmida.

Seus braços apertam em torno de mim.

— Não, é em Iowa.

Eu pego uma respiração e depois explodo para fora. Eu


não consigo parar de rir. Estou balançando seu pequeno
colchão e ela está rindo comigo. Claro Ellie cita uma frase
famosa de um clássico filme de esportes para mim logo depois
de termos relações sexuais. Logo depois de eu perder minha
virgindade com ela. Claro.

Claro.

Porque ela conhece esporte, ama como eu amo. Ela é tão


perfeita para mim. Eu envio meus agradecimentos ao homem
lá de cima pelo envio de Ellie para a terra e por deixar—me
encontra-la.

Eu sabia que ela era a pessoa certa.

Sabia disso.

— Desculpe, — Eu digo, me desculpando por esmagá—


la, mas incapaz de me mover. — Por favor, me diga que você
gostou mesmo que um pouco. Minta se tiver que fazer.

Ela ainda está rindo, seu corpo menor vibrando sob o


meu.

— Eu gozei Knox. Será que você não sentiu isso?

— Eu não sei o que eu senti, — Eu admito. — Eu acho


que vi aquela luz que todas aquelas pessoas dizem que veem
após a experiência de estar perto da morte. Eu estou bem, se é
assim que eu devo me sentir.

Eu encontro alguma pequena reserva de força e saio de


cima dela, puxando-a comigo enquanto meu pau ainda duro
está dentro de uma casa quente e com um abraço apertado. Eu
me pergunto se eu posso usar ela. Se há alguma regra no
campus que iria me impedir de andar por aí com ela anexada
ao meu pau. Eu deveria pegar meu regimento de aluno e olhar
isso.

— Cristo Todo-Poderoso, eu nunca me senti tão bem.

— Nem mesmo quando você recebeu a oferta de


Western? — Seus lábios se movem contra o meu peito, bem
próximo ao meu mamilo.

Eu levanto sua cabeça para que eu possa olhar para


aqueles grandes olhos castanhos. Eu balanço minha cabeça,
desanimado com sua triste comparação.

— Nem mesmo perto. Esta é a melhor coisa do mundo.

— Melhor do que ganhar o campeonato? — Ela sorri.

Eu penso por um minuto. — Isso estaria um segundo


próximo.

Ela enfia a cabeça debaixo do meu queixo novamente.


Eu reorganizo suas pernas para que eu não escorregue para
fora. Embora dado o quão duro eu ainda esteja, eu não acho
que há qualquer perigo nisso.

— Você está arrependido por ter esperado? — Ela


pergunta em voz baixa.

— De jeito nenhum. Isto foi perfeito. — Eu beijo a coroa


de sua cabeça. — Você foi perfeita.

— Você me desculpa por eu não ter esperado?

Ah, é de lá que sua incerteza veio?

— Por que eu deveria? Você teve diferentes


circunstâncias. Além disso, eu digo a mim mesmo que todas
as suas experiências anteriores eram terríveis. Não me corrija
se eu estiver errado. Estou feliz por estar errado e ignorante
neste assunto.

Eu a acaricio de volta, correndo os dedos ao longo das


bordas afiadas de seus ombros e traçando as vértebras da sua
coluna. Eu circulo sua cintura com minhas mãos.

— Você não está tão longe da verdade. — Suas unhas


arranham sobre o meu mamilo, meu abdômen e pelo meu
lado. Meu pau se anima ainda mais.

— Sério?

— Sim. Assistir você se tocar naquele banheiro foi a coisa


mais quente que eu já experimentei pessoalmente. É por isso
que eu não podia sair, embora eu soubesse que eu deveria.

— Estou feliz que você não saiu.


— Estou feliz que você não desistiu de mim.

— Nunca. — Eu inclino a cabeça para cima e capturo


sua boca. — Você está pronta para a segunda rodada?

— Só se eu conseguir ficar por cima desta vez.

Os sacrifícios que eu tenho que fazer...

***

Depois de domingo, é como se eu não tivesse o


suficiente. Eu a perseguia em torno do campus. Eu a arrastei
quatro lances de escadas abaixo, após um de seus cursos de
escrita criativa, levantei sua saia, e a tomei no canto de uma
escadaria.

Seu calcanhar escavava minha bunda quando eu batia


nela, como se a rotação de todo o universo dependesse de
quão rápido eu podia fazê-la gozar. Quando ela goza,
normalmente é com este pequeno suspiro. É um som que eu
ouço em meus sonhos. Eu lembro quando estou na estrada,
juntamente com todos os outros ruídos de nosso sexo: o bater
dos nossos corpos suados enquanto eu aperto contra ela. O
doce sugar de sua vagina, que me abraça apertado. Os
grunhidos selvagens de minha própria garganta quando o
orgasmo toma conta de mim e eu perco todo o controle.

Eu a levo escondida para o centro atlético, porque eu


quero batizar meu armário. Ela me monta, esfregando seu
corpo todo no meu enquanto ela vem no meu pau. Isso pode
ter sido um erro, porque cada vez que eu sento no meu
armário, eu penso nela, em nós e eu fico duro.

Ficar duro no vestiário não é uma boa idéia. Mas ela tem
seus próprios problemas.

Ela está vestindo mais saias com malhas justas por baixo
na altura das coxas, porque eu já estive entre suas pernas
tantas e regularmente, e porque, também, ela admitiu, ela está
cansada de ter que andar com sua virilha molhada após um
encontro comigo.

A nova obsessão que tenho com ela não afeta meu jogo
no campo. De qualquer jeito o meu foco está ainda mais nítido
lá. As coisas acontecem em câmera lenta. É como se eu
soubesse como jogar antes mesmo de pegar a bola. Eu começo
acumulando números grotescos. Dois gols em um jogo. Três
em outro. Eu recebo uma intercepção e executo um
touchdown em três jogos diferentes. É inédito. A ESPN
College Game Day11 torna Knox Masters um destaque. A vida
é boa pra caralho

11
Canal de TV americana especializada em jogos universitários.
Capítulo Vinte
e Seis
Ellie

Oitava Semana: Warriors 6-0

— Você parece exausta. — Riley observa quando caio


sobre o sofá na sua frente. Ela está estudando algum tipo de
ética e lei, com base na papelada espalhadas. — É todo o sexo
que você está recebendo? Porque eu juro que se eu estivesse
recebendo tanto quanto você, eu teria dificuldade para andar.

— Eu queria que fosse isso. — Embora sinceramente


alguns dias eu ficasse ferida. Já se passaram cinco semanas de
sexo sem parar, sempre que Knox pode encontrar um minuto
de folga do futebol e das aulas. A equipe ainda está invicta e
faltam apenas cinco semanas para a temporada regular com
uma reunião em Dezembro para o título.

Knox tinha sugerido nós visitarmos seu irmão na semana


de folga, a semana que a equipe não tem jogo, mas eu tinha o
treino do softball. Knox levou minha rejeição com facilidade e
passamos todo esse fim de semana em seu apartamento,
tentando todas as posições que ele poderia sonhar. Eu não
gostei de uma apenas, e todas as outras tiveram seu valor.

Ele tem a energia de um batalhão, sem mencionar,


também, que ele é grande como um cavalo. Aparentemente
meu sexo tem músculos que podem ficar machucados e
cansados. Queixar-me disso para Knox resulta em mais oral.
Ele adora cair de boca, é incrível e surpreendente. Às vezes ele
age como se gostasse de estar embaixo de mim mais do que
qualquer outra coisa, o que possivelmente não pode ser...

— Terra para Ellie. Volte Ellie, as pequenas pessoas que


não têm sexo estão fingindo não ter ciúmes de sua ação sem
parar, mas o seu rosto com tesão não está ajudando. — Riley
move uma mão na frente do meu rosto.

— Desculpe. — Eu tento olhar arrependida. — É a aula


sobre a política do jogo. Eu mal compreendo.

— O que faz com que seja difícil para ajudar Jack. —


Riley acaba.

Eu me assusto surpresa. — Você sabe?

Ela faz uma careta. — Eu já suspeitava há algum tempo,


mas desde que você não quis dizer nada, eu não forcei.

Em pânico, eu agarro seu pulso.

— Você não pode dizer qualquer coisa, Riley. Se ele


desistir... Ele perde a elegibilidade. Ele poderia ser chutado
para fora da equipe, perder sua bolsa de estudos. — Eu engulo.
— Eu poderia ser chutada para fora também. Se você o visse
em sala de aula, Riles. — Eu esfrego as duas mãos para baixo
os lados do meu rosto. — Isso vai quebrar seu coração.

Riley vira a mão e aperta a minha.

— Eu não estou dizendo nada. Por que ele escolheu de


essa matéria de qualquer maneira? Não era suposto ser difícil?
Toda vez que eu menciono essa matéria a alguém, eu ganho
um olhar assombrado em seu rosto. É como a classe causasse
transtorno pós-traumático.

Eu me inclino a minha cabeça contra a borda do sofá.

— É pelo o nome. Política e Jogos? As pessoas se


inscrevem pensando que essa classe é divertida, que vai lhes
dar algo semi coerente para falar em festas quando se formar.
Mas é o contrário, é uma combinação de matemática aplicada
e estudos comportamentais teóricos sugadores de alma. Jack
escolheu porque seu tutor estúpido lhe disse que era
matemática pesada, mas não é. Não se trata de números e
equações por completo ou pelo menos não da uma maneira
que ele entende isso.

— O que você está fazendo? Quanto problema você


poderia ter o ajudando?

— Eu estou mudando algumas de suas respostas. Nem


todas elas, mas ele planeja escrever um artigo sobre o Super
Bowl, e a decisão que o treinador teve que fazer no final, entre
o desejo de correr e marcar ou passar a bola em uma jogada
curta. Eu queria ter certeza de que sua planilha de respostas
corresponde ao rascunho que ele vai transformar no seu
trabalho final.

— Como você estará substituindo seu rascunho pelo de


Jack? — Ela mordisca o lado de seu polegar. Como é irônico
que ela está estudando ética e eu estou detalhando a maneira
com que eu estou trapaceando para Jack.
— Eu sugeri o tema para ele. Ele vai escrevê-lo e eu vou
corrigir.

— Então, você não está realmente trapaceando.

— Eu estou. — Eu penduro minha cabeça. — Ele


conhece todos os conceitos mas ele não os articula bem. Então
eu reescrevo frases ou parágrafos inteiros às vezes ... ou
páginas inteiras.

— Oh. — Ela franze o nariz. É o resumo perfeito da


minha situação terrível.

— O que os seus livros de ética dizem sobre isso? — Eu


tento fazer uma piada sobre isso, mas sai amargo. Lamento
imediatamente, mas Riley não se ofende.

— Há quanto tempo você faz isso?

— Quanto tempo eu existo? Meus pais não são as


pessoas mais amáveis. Meu pai tem uma expectativa muito
elevada em Jack. Na oitava série, Jack voltou para casa com
dois DS em seu boletim. Um em Inglês e um em história.
Papai foi com tudo em cima dele. Ele o chamou de todos os
palavrões conhecidos. Disse que ele era tão burro que seria um
milagre se ele pudesse até mesmo começar um trabalho de
bombeamento de gás na loja de conveniência local. Eu não
consegui dormir naquela noite. O rosto de Jack, a terrível
expressão em seu rosto, como se ele não valesse nada, me
manteve acordada. Eu não podia o deixar ser um alvo para
meu pai de novo, não se eu pudesse fazer algo sobre isso. —
Meu rosto está molhado com lágrimas Eu nem percebi que
tinha derramado. Eu as atiro para longe. — Minha mãe
descobriu e sugeriu, mais como exigiu que eu continuasse.

— Então você cobriu para ele durante anos.

Eu concordo.

— Eu suponho que ele nunca foi testado por causa de seu


pai?

Concordo com a cabeça novamente.

Riley assovia.

— Uau. Acho que a minha aula de ética diria para olhar


para as consequências. Isto está afetando o andamento da
classe? Provavelmente não. Ele está tirando ou reduzindo a
oportunidade de outras pessoas? Não, ele não está tirando
quaisquer bolsas acadêmicas. A única pessoa que poderia ser
prejudicada seria...
Ela faz uma pausa, não querendo dizer o óbvio assim eu
termino por ela.

— Jack. Jack quem fica prejudicado por me ter fazendo


seu trabalho. Mas toda a equipe se prejudicaria se ele saísse. —
O nódulo duro que vive no meu estômago viaja até minha
garganta. Com a voz rouca, eu continuo. — Não só sua
trapaça põe em perigo o seu direito de jogar, mas toda a
temporada poderia ser afetada. Os Warriors poderiam ser
excluídos da disputa dos jogos.

— Isso é uma merda. — Riley simpatiza.

Passei dois segundos debatendo internamente o resto da


história, mas acho que se eu posso falar com alguém, esse
alguém é Riley.

— Riley, eu tenho escrito uma proposta de concessão


para o centro da aprendizagem, lembra?

Ela sacode a cabeça. — Você está escrevendo uma


proposta para seu curso?

— Sim, essa é a única. Então, eu tenho vindo a fazer


toda essa pesquisa e você sabia que as faculdades têm como
oferecer alojamento para as pessoas que têm dificuldades de
aprendizagem?

— Eu suponho que faz um pouco de sentido. — Seus


olhos se arregalam quando ela percebe exatamente onde eu
estou indo com isso.

— Eu quero dizer a Jack, Riley. Na Western ou em


qualquer outra escola, se ele estiver determinado em
reconhecer qualquer tipo de deficiência, eles têm como fazer
arranjos especiais. É a lei! Ele poderia fazer um exame oral,
em vez de um escrito. Em vez de uma prova ele pode fazer
uma apresentação. Nós não fizemos nada de errado... ainda.
Eu mudei algumas respostas da planilha, mas nada está
analisado. Ele terá sua nota baseada em um trabalho final.

— Mas você está com medo. — Ela adivinha.

Concordo com a cabeça lentamente. Cada vez que eu me


aproximo com esse assunto, Jack se fecha ainda mais. Eu não
queria ter um membro da minha família virando as costas para
mim, mas como disse Riley, Jack é a única pessoa que eu
estou machucando agora.

— Estou assustada. Ele é a minha âncora, ele me apoiou


e cuidou de mim. Eu não quero perder o seu amor ou o seu
respeito, também não sei o que Knox diria sobre isso.

— Oh, querida. — Ela coloca um braço em volta dos


meus ombros. — Isso é difícil. Se você se mantiver calada,
você estará machucando Jack. Se você disser, você estará
machucando ele. Qualquer maneira você vai colocá—lo em
pedaços, alguém vai ser infeliz, inclusive você.

Mas isso não é motivo para ficar em silêncio.

***

Nona Semana: Warriors 7-0

— Você parece estressada, baby. — Declara Knox


durante o jantar. Puxo minha camisola para baixo. O final de
outubro está frio. — Você está preocupada sobre o encontro
com meu irmão?

Isso é absolutamente a última coisa em minha mente. O


irmão de Knox, Ty, vem visita-lo neste fim de semana para o
jogo e ele vai ficar para uma festa a fantasia de Halloween
naquela noite. Realmente, eu acho que é um teste para ver se
eu posso dizer quem é quem. Tenho certeza de que vou passar,
embora parte de mim quer fazer de conta, por um momento,
que eu estou confusa. Então Knox não vai trazer isso
novamente. Mas eu não vou, porque isso provavelmente
significa estar acima do topo.

— Não. — Eu respondo laconicamente. Eu queria falar


com Jack esta noite, mas ele disse que tinha um grupo de
estudo para sua aula de estatísticas. Me senti imediatamente
aliviada e então culpada por me sentir aliviada. É um círculo
vicioso e horrível. Quanto mais cedo eu enfrentar a questão,
melhor será para todos nós.

— O jogo? — Ele pressiona.

— Eu deveria estar? — Eu me oponho.

Ele balança a cabeça e se inclina para frente.

— Nah, vamos esmaga-los.

— Eles estão classificados como o quarto time do país.

A inabalável confiança de Knox provavelmente seria


irritante se ela não se fortalecesse a cada sábado.
— E qual é a classificação dos Warriors? — Ele põe a
mão em conchas no seu ouvido.

— A número um.

Ele pisca. — Isso está certo.

Um olhar malicioso atravessa seu rosto quando ele se


inclina para frente. — Por que não voltamos para o meu
quarto e eu lhe esfrego aí embaixo para ajudar a se livrar de
todo o stress.

— A última vez que você esfregou aqui embaixo, durou


no máximo cinco minutos antes de você me ter grudada contra
a parede. —Eu escovo uma mão sobre a parte de trás do meu
suéter, o vermelho apertado que Knox gosta tanto. — Eu acho
que ainda tenho gesso em minha nas minhas costas por causa
disso.

Seus olhos brilham. — Eu gosto de te levantar. Boa


alavancagem.

Eu deveria explicar como também é bom ter um colchão


macio em suas costas, mas já que eu estou aqui com Knox, eu
aproveito para fazer uma pergunta que está queimando na
parte de trás da minha mente durante todo o dia.
— Knox, se algo acontecesse na equipe, como um cara
ser apanhado fazendo trapaça, ou se ele fosse preso por dirigir
embriagado, o que aconteceria?

— Ele seria expulso. — Knox responde imediatamente.

— Não há questionamentos. Sem segundas chances?

— Não. O treinador Lowe não tolera esse tipo de coisa.


Se há uma distração, a distração é eliminada.

Cristo.

— E se ele tivesse problemas em fazer anotações?

Knox se inclina para frente e seu rosto assume uma


expressão preocupada. — Você tem algo a me dizer, Ellie?

— Não. Eu estou apenas, hum, pensando em tópicos


para a unidade do time em uma classe de escrita criativa.

O canto da boca se enrola em ligeira descrença.

— Verdade. — Eu insisto.

Eu não acho que ele acredita em mim, mas ele não


pressiona.
— Um indivíduo com problemas acadêmicos,
provavelmente, será suspenso até que ele possa ter suas notas
aumentadas.

— O que aconteceria com a equipe?

— É difícil dizer. — Knox tamborila seus dedos


levemente contra o tampo da mesa enquanto ele me estuda.
Eu tento olhar tão inocente quanto possível. — Ele poderia
mexer com a dinâmica da equipe. Se ele fosse um jogador da
minha lista, o treinador Lowe estaria chateado comigo porque
eu deveria saber sobre isso. Há algo que eu deveria saber sobre
Jack?

Interiormente eu me encolho. Eu não quero mentir para


ele, mas eu preciso dizer a Jack primeiro. Ele merece isso de
mim.

— Se eu tivesse algo que eu pudesse te dizer, eu diria. —


Eu acabo dizendo.

Knox inclina a cabeça e, em seguida, chega ao outro lado


da mesa para pegar minha mão.

— Ok. Eu confio em você.

Fale sobre uma faca no coração. Não há quase nada que


ele poderia ter dito que iria fazer—me sentir pior. Eu me
esforço para colocar um sorriso no meu rosto. Rapidamente,
eu mudo de assunto.

— Como estão indo suas aulas?

— Bem. É interessante, porque eu pensei que eu iria ficar


completamente entediado este ano, sabendo que eu não estava
pensando em me formar. Em vez disso, as classes ficaram
mais divertidas.

— Você está repensando em declarar seu plano mais


cedo? — Knox tinha me dito há uma semana que o treinador
Lowe concordou que ele deveria entrar no projeto, após seu
primeiro ano. A campanha publicitária em torno dele é muito
alta no momento e há sempre o risco de jogar mais um ano na
liga da faculdade. Knox sempre pode voltar e terminar seu
último ano de faculdade mais ele não poderia nunca ter outra
chance de ser convocado entre os dez primeiros, que é onde
ele está projetado atualmente.

— Não. Eu quero jogar com os melhores e os melhores


jogos estão no próximo nível. — Ele diz simplesmente. — É
bom que o treinador me apoie. Se ele não fizesse, eu acho que
eu não conseguiria sair mais cedo. Os olheiros confiam em sua
avaliação. Ele disse a eles que eu sou maduro o suficiente para
ir mais cedo e que eu posso lidar com as responsabilidades
extras.

Os Warriors enviaram vários jogadores para a NFL e


desde então treinador Lowe assumiu o programa, por isso não
é de estranhar que os olheiros confiem em sua palavra.

— Entretanto eu não posso confiar somente no seu


endosso. — Eu me pergunto o que o treinador Lowe diria se
soubesse que Knox me permitiu tomar conta do progresso de
Jack para ele. Não seria bom. Eu faço uma carranca olhando
para minha cesta de comida intocada.

— Não é apenas o treinador. Estes olheiros investigam


tudo sobre você, até quantas vezes você vai ver um treinador
durante a semana, sobre o que você escreve na mídia social,
razão pela qual eu não tenho quaisquer contas, quantos
suplementos de proteínas você toma. Eu ouvi dizer que eles
ainda avaliam suas namoradas.

Eu fico de boca aberta quando ele acena com a cabeça


em uma triste concordância.

— Eu sei, é errado, mais é parte do seu cálculo de


confiança. Se você tem uma namorada quente, significa que
você tem a arrogância necessária para jogar bola. — Ele pisca
para mim. — Não se preocupe. Você é totalmente um dez.

Eu não posso e nem devo sorrir diante seu elogio.

— Eu acho que quando você está disposto a gastar


dezessete milhões ou mais, você quer ter certeza de que está
investindo o dinheiro em alguém que valha isso.

— Está certo. Eu não estou preocupado com isso. Eu não


tenho quaisquer questões de caráter ou esqueletos no meu
armário. Está tudo bem.

Ele tem seus desleixados braços bem abertos, feliz e


despreocupado. Eu vou acabar prejudicando todos com quem
eu me importo.
Capítulo Vinte e
Sete
Knox

Algo está incomodando a Ellie. Eu suspeito que seja algo


com seu irmão e sobre ele estar lutando com as suas notas.

Mas o treinador recebe transcrições de todos os jogadores


de tempo em tempo, então Campbell ainda deve ser elegível
ou ele estaria no banco. Vou ter de falar com Jack amanhã, o
que provavelmente irá irritar Ellie, mas isso tem que ser feito.
Eu não deveria tê-la deixado assumir esse ônus de qualquer
maneira. O treinador colocou isso em mim e eu deveria ter
mantido assim como eu fiz com os outros jogadores.

Mas não há nenhum ponto em estar levantando isso para


ela hoje à noite. Ela está fingindo não estar perturbada, e do
jeito que ela está tentando arduamente parecer feliz, eu não
vou pressioná-la.

Embora eu saiba de uma maneira de animá-la de


verdade.

— Você quer ficar hoje à noite?

— Eu não sei. — Ela morde o lábio inferior, o seu


suculento lábio que gosto tanto de chupar enquanto eu estou
arrastando meu pau em câmera lenta dentro e fora de seu
corpo apertado.

— Eu vou fazer todo o trabalho. — Eu pisco para ela e


quando ela me recompensa com um leve sorriso, eu acho que
estou indo na direção certa.

Ela se inclina em mim quando nós caminhamos para fora


do restaurante; não é uma coisa comum de a Ellie fazer. Ela
gosta de andar em seus próprios dois pés. Por um lado, estou
muito feliz que ela está inclinando-se sobre mim. Por outro?
Estou um pouco preocupado. Mas eu vou cuidar bem dela esta
noite. Matty está no meu apartamento quando voltarmos.

— Oh, hey, pensei que vocês estavam comendo. — Ele


se levanta nos cumprimentando.
— Nós estávamos, mas estamos de volta. — Eu empurro
minha cabeça em direção à porta. Hora de ir, Matty Iverson.

— Oi, Matty. — Ellie lhe dá uma fraca agitada com os


dedos, mas ele não se move da porta até que eu lhe dou um
empurrão.

— Trouxeram algo para mim? — Diz ele, esperançoso.

Acima da cabeça de Ellie, eu lhe dou um olhar


penetrante. Saia ou na próxima vez que eu te ver, eu vou
enfiar esse saco de Doritos para baixo da sua garganta.

Os instintos de autopreservação de Matty lhe batem e ele


pula para cima.

— Tenho que ir. Tenho um doce vindo esta noite.


Quaisquer recomendações sobre o que eu deveria usar Ellie?

Ele alisa a mão sobre seu cabelo preto indisciplinado.

Ellie fica olhando para ele.

Meio sem jeito, ele deixa cair sua mão. — Ok, eu estou
indo agora.

O que está errado? Ele mexe sua boca enquanto passa.


Dou um meio encolher de ombros. Eu não sei.

— Boa sorte. — Ele murmura baixinho enquanto ele


fecha a porta.

— Cansada, baby? — Pergunto quando estamos


sozinhos. Ela me deixa tirar sua jaqueta e de alguma forma ela
se lembra de tirar suas próprias botas antes de cair no sofá.

Ela balança a cabeça. — Não, eu estou bem.

Certo. Ela se parece tão bem quanto uma praia depois de


um furacão.

— Que tal um banho? Você está tremendo.

Ela encolhe os ombros novamente. Eu poderia ter dito:


Vamos comer bebês, eles estão cheios de proteína, e ela iria
responder com um elevar indiferente de seus ombros.

Eu a levo para o banheiro. É simples, banheira branca,


azulejos brancos, pequeno armário com pia. Eu mantenho a
limpeza, mas felizmente para nós, as casas do Playground são
limpas uma vez por semana. É um privilégio eu viver aqui. Eu
nem tenho certeza do porque disso. Supostamente é parte da
renda, acomodação e alimentação em que estamos atribuídos
desde que essas são tecnicamente moradias estudantis, mas
apenas atletas vivem aqui, principalmente os iniciantes no
time de futebol.

Eu arranquei a cortina do chuveiro a um longo tempo


atrás, porque eu cansei de me esfregar contra aquele pedaço de
plástico de merda. Todo dia eu jogo uma toalha no chão, que
absorve a maior parte do excesso de água. Hoje à noite eu viro
os puxadores e aguardo os velhos aquecedores se animarem e
enviar a água quente até três andares acima. Nesse meio
tempo, eu começo a despir Ellie.

Não é tão divertido quando ela está de pé ainda


parecendo um fantasma. Na maioria das vezes estamos
despindo um ao outro como se fosse uma grande corrida para
ver quem pode rasgar a roupa da outra pessoa mais
rapidamente. Às vezes isso não significa rasgar de verdade,
mas eu sacrificaria qualquer número de botões das camisas ou
roupas se ela parasse de agir e não olhasse como uma estátua
do museu de cera.

Meu corpo e minha cabeça não estão na mesma página.


Quando eu chego até a roupa interior de Ellie, eu começo a
pensar sobre como posso consolá—la de outras maneiras. Meu
pau me diz que ele pode fazê—la se sentir melhor, e desde que
eu não tenho certeza, talvez eu devesse testá—lo. Pela ciência.
Não tem como ficar melhor quando eu puxo a calcinha para
baixo de suas longas pernas magras e desengancho o sutiã.

Eu mordo o interior da minha bochecha, mas a dor que


sinto não faz minha ereção diminuir nem um pouco. Ainda
assim, eu a ignoro porque essa parece ser a coisa certa a fazer.
Meu pau aparentemente odeia fazer a coisa certa e aponta
teimosamente para ela.

— Knox. — Ellie coloca seus dedos finos no meu


antebraço quando eu a levanto na banheira.

— Yeah, baby?

— Eu não quero ficar sozinha. — Ela olha para baixo e


cruza um pé descalço sobre o outro.

— Oh, querida, você não vai ficar. — Levo um tempo


para retirar minhas roupas. Eu salto para o chuveiro e desloco
seu corpo sob a ducha de água aquecida. Eu aperto um pouco
de shampoo na minha mão e, em seguida, estou esfregando
seu cabelo. Ela se inclina para mim, descansando a testa no
meu peito enquanto eu massageio com o sabão o seu crânio.
Ela geme, um som suave e agradável que viaja para baixo da
minha espinha e se instala em algum lugar perto do meu pau.
As mãos dela vêm para cima e pressionam contra os
lados da minha cintura. Eu engulo um gemido, mas felizmente
meu pau está como um pêndulo entre nós. Quem sabia que
essa parte do meu corpo era erógena? Eu tento ignorar o
quanto estou ficando ligado enquanto ela amassa meus lados.

Mas fica impossível quando ela passa os dedos pelos


meus músculos.

— Esta poderia ser a parte mais sexy de seu corpo. — Ela


murmura contra o meu peito.

— Poderia ser? — Eu derramo shampoo pelas costas,


fazendo um mapa com as mãos. Eu sinto as extremidades
ósseas de seus ombros, a força em sua caixa torácica, mais
embaixo sinto as suaves curvas de seu traseiro e o vinco
escondido entre eles.

— Eu sou uma fã de sua trilha feliz. — Sua mão


mergulha entre nós. — E onde essa trilha termina.

Eu não respondo imediatamente porque estou ocupado


saboreando a sensação de sua mão no meu pau. Eu bombeio
impotente contra a palma da mão. Sua língua se lança para
fora para lamber a água que corre no meu abdômen. Eu
flexiono para ela e ela ri.

— Você está tornando difícil para eu ficar de pé, baby.

— Hmm? — Ela me lambe novamente. E, em seguida,


novamente.

— Merda, baby, isso é tão bom. — Com um grunhido,


eu mergulho entre suas pernas. Eu corro meus dedos ao longo
das bordas externas do seu sexo, apertando e esfregando tanto
quanto posso. Seu corpo se estica contra minha mão.

Eu sei o que ela quer, porque eu quero a mesma coisa.


Eu quero o meu pau dentro dela, movendo muito duro. Mas
eu também aprendi que quanto mais aguentamos, quanto mais
nos provocamos mutuamente, melhor será a sensação.

Como eu disse a ela há muito tempo atrás, na varanda


dos fundos da casa de Hammer, eu sou um profissional em
gratificação atrasada.

Ela chegou a me conhecer. Naquela noite, no banheiro,


ela me olhou com intenção febril. Era tão difícil não agarrá-la,
jogá-la contra os armários, e fodê-la ali mesmo. Ela aprendeu
alguma coisa naquela noite e ela está aplicando todo o seu
conhecimento no momento. Ela desliza a palma da mão para
cima e para baixo. Eu empurro para fora de seu alcance,
porque eu estou muito perto de soltar minha tampa.

— Ainda não. — Eu ordeno.

Eu caio de joelhos e empurro as pernas abertas ainda


mais até que ela está totalmente exposta para o meu olhar. Seu
clitóris praticamente grita para eu chupar. Eu pincelo com a
minha língua e sinto meu peito inchar de orgulho quando ela
grita meu nome.

— Knox, por favor.

Eu a cubro com a minha boca, sugando essa pérola doce,


atacando-o com a minha língua até que suas unhas cravam em
meu crânio. Esta é a nossa primeira vez no chuveiro e vai ser
memorável. Todas as nossas primeiras vezes vão queimar em
seu cérebro, como estão queimando no meu.

Eu abro as pernas mais afastadas e as fixo nos azulejos da


parede do chuveiro. Como prometido, eu vou fazer todo o
trabalho. Embora este não seja um trabalho. Este é, oh
inferno, é mais do que jogo ou diversão. Eu me banqueteio
dela porque eu não posso ter o suficiente. Eu não sei se algum
dia eu terei o suficiente dela.
Não há um momento do dia que eu não queira meu rosto
enterrado entre suas pernas ou mesmo minhas bolas profundas
na sua buceta. Eu quero o meu nome sendo as últimas
palavras em seus lábios quando ela adormecer e o primeiro
pensamento em sua mente quando ela acordar.

Neste momento, ela está cantando o meu nome e tudo o


que estava perturbando sua mente anteriormente é esquecido
por hora. Sua cabeça pressiona contra a parede e os suas
costas se arqueiam enquanto mói contra a minha boca e meu
rosto.

O sangue em meu pau urra como um animal arranhando


sua jaula para escapar. Eu não posso esperar mais um minuto.
Eu fico em pé e alinho meu pau na sua entrada. Seu calor me
castiga e não estou nem mesmo dentro dela ainda. Ela envolve
seus braços e pernas em volta de mim quando eu sigo em
frente.

Nós compartilhamos um gemido quando eu estou


totalmente encaixado. Ela começa a apertar imediatamente
com os malditos músculos da sua buceta.

Eu suspiro. — Dê-me um minuto, baby. Eu preciso


recuperar o fôlego.
Seu corpo treme contra o meu enquanto ela ri. — Eu
pensei que você fosse este grande atleta forte e com acúmulo
de resistência e disciplina.

— Eu pratico futebol, não Olimpíadas sexuais. — Eu


respondo. Ela me aperta novamente.

Esta menina. Eu balanço minha cabeça. Ela me desafiou


a partir do momento em que coloquei os olhos nela.

— Acho que vou ter que te ensinar uma lição. — Eu


balanço ao seu redor colocando sua bunda com força em
minhas mãos e cuidadosamente saio da banheira. — Esprema-
me de novo e nós dois estaremos indo para baixo.

Ela grita e se apega mais apertado em mim. A situação


fica ainda pior porque seus seios escorregadios se esfregam
contra meu peito, e seu pequeno e quente clitóris desliza para
cima e para baixo no meu eixo, me fazendo mancar durante
todo o caminho para meu quarto e para minha cama.

Eu a jogo para baixo e subo em cima dela. Prendendo-a


entre meus braços, eu me curvo e belisco seu lábio.

— Você está pedindo por isso, espero que você não tenha
muita coisa para fazer amanhã, porque você vai se sentir
muito dolorida.

— Então faça. — Seus lábios se enrolam em um sorriso


quase selvagem, mas no fundo eu ainda vejo a dor de mais
cedo. Parte dela quer foder para longe a sua dor e outra parte
quer ser acolhida e acalmada. Eu posso lhe dar os dois no
entanto.

Eu reivindico sua boca ao mesmo tempo em que eu


empurro para dentro dela. Seu canal está molhado e pronto, e
eu deslizo sem resistência. Ela ainda está apertada pra caralho
e eu tenho que fazer uma pausa por um minuto antes de sair.

Nós encontramos um ritmo, mais lento do que o normal,


como se nós dois quiséssemos ficar perdidos neste mundo
físico, onde é só ela e eu e todo o prazer que podemos tirar um
do outro.

Eu empurro meu traseiro, quase saindo dela


completamente, e em seguida, avanço com força total. Seu
corpo está me recebendo. Suas pernas caem abertas, com os
braços envolvendo meu pescoço, a boca corrói a minha. Eu
enterro meu nariz na pele umedecida de suor de seu pescoço
de modo que cada vez que eu respiro encho meus pulmões
com seu cheiro.
Ellie pula contra mim, me dizendo com seu corpo que ela
quer mais. Cristo, o nó de prazer que é construído em mim
desde que eu comecei a tirar sua roupa está perto de estourar.

Por favor, venha, baby. Por favor, venha, eu imploro


silenciosamente.

— Eu estou tão perto. — Eu moo contra ela.

— Eu também. — Suas pernas apertam em torno de


meus quadris. — Eu estou perto, também.

Eu sinto. Seu corpo é uma corda esticada pronta para


arrebentar. Eu chego entre nós e encontro seu clitóris inchado.
Ela engasga no meu primeiro toque e tenta fugir.

— Oh não, você não vai, — Eu digo a ela asperamente.


Eu belisco e rolo esse pequeno ponto de carne entre os meus
dedos. Ela dá um grito de lamento quando o seu clímax
estoura e, em seguida, morde meu ombro.

Estrelas saem na frente dos meus olhos e eu quebro. Eu


chego debaixo de suas pernas, praticamente dobrando—as
pela metade, e seguro lá enquanto eu bato nela como um
animal frenético.

— Knox. Knox. — Suas unhas cravam em meu bíceps


quando o orgasmo mais longo de todos os tempos se constrói
fora de mim. Eu resisto e bombeio freneticamente enquanto
ela me ordenha com sua apertada buceta. Eu venho por um
século e, em seguida, entro em colapso ao lado dela, peito
arfando igual como se eu tivesse perseguido um grande
receptor através da sua linha de dez jardas até a linha final.

Mesmo que estejamos totalmente gastos, não podemos


parar de tocar um no outro. Eu, metodicamente, esfrego seu
ombro até o pulso e vice versa. Ela corre os dedos contra a
minha panturrilha. Nós colocamos beijos nas partes nuas que
alcançamos sem ter que movermos para longe o bastante.

— Sexo no banheiro, estava em sua lista? — Brinca ela


depois de recuperar o fôlego.

Ela ainda não está de volta ao seu jeito antigo, mas está
mais perto. Eu respiro um suspiro mental de alívio.

— O que não está na minha lista? — Eu digo levemente.

Ela pula para cima, e meus olhos caem em seus seios


ainda rosados. Algumas contusões se formam no topo, onde
eu possa ter chupado um pouco demasiadamente mais forte.
Eu não me sinto nem remotamente culpado por isso. Enfio
uma mão por baixo da minha cabeça e tento não olhar muito
satisfeito.

— Você tem uma lista de verdade?

— Não está escrita, — Eu admito. — Mas eu tenho uma


mental. Sexo no chuveiro estava lá no alto. O vestiário
definitivamente.

— Onde mais?

— Viagem de ônibus, viagem de avião, na estrada.


Talvez na parte traseira de uma moto. Sua bunda realmente
pareceria agradável curvada sobre o assento de uma moto.

Ela belisca meu mamilo.

— Você nem sequer tem uma moto.

— Ainda não, mas quem sabe.

Ela zomba. — Seu contrato com a NFL poderia impedi-


lo de comprar uma. Não há proibição em algumas atividades
perigosas?

— Então, eu compro uma e deixo na garagem junto com


o Bugatti e Aston Martin, e eu te curvo sobre todos eles.

— Que tal eu te curvar? — Ela brinca.


— Eu pensei que nós estávamos falando sobre minhas
fantasias. — Eu a rolo antes que ela possa me beliscar
novamente porque essa porcaria me machuca. Meus mamilos
ficam muito sensíveis quando todo meu sangue sobe para a
pele. Eu pretendo usar esse novo conhecimento a meu favor.

Apoio-me sobre ela, me curvando e belisco em sua boca,


e então seu pescoço.

— Quando é que Ty chega aqui? — Ela pergunta.

— Ele está vindo direto do aeroporto para o jogo. Vamos


encontra-lo depois. Você tem certeza que quer fazer o jantar?
Porque nós podemos sair.

— Não, eu quero. — Ela faz uma cara. — Eu acho que


eu quero impressioná-lo e mostrar-lhe como doce e caseira eu
sou.

Nós dois rimos disso. Ela não é doce e ela não é super
doméstica. Ela é torta, um pouco tagarela, e apenas a certa
para mim.

— Ele vai te amar.

— Sério? Como você sabe? — Seu dedo escreve um cinco


repetidamente no meu peito. Digo a mim mesmo que é porque
ela é tão obcecada por mim como eu sou por ela.

— Porque eu sei.

Ela continua seu dedo traçando silenciosamente. Eu


mordo de volta a minha frustração. Ela não se sente bem
realmente se não ouviu minha declaração. Talvez ela não
tenha entendido. Eu esfrego minha língua contra o céu da
minha boca até que eu sinto que eu posso dizer as palavras.

— Eu disse que te amo.

Sai quase como uma acusação.

Eu capturo sua respiração e ela vira o rosto para se


esconder contra a lateral do meu corpo. Eu ouço alguma coisa,
ou mais precisamente, eu a sinto resmungar contra o meu
peito. Quando ela levanta o rosto para meu, é molhado de
lágrimas.

Com a voz trêmula, suas próprias palavras caem diante.

— Oh, Knox, eu também te amo, mas tenho certeza que


eu não te mereço.

A angústia real na voz dela me mata. Eu a agarro perto


de mim. Eu gostaria de poder colocar sua inquietação para
fora e pudesse batê-la com meus punhos. Mas as emoções não
são como objetos.

Tudo o que posso fazer é estar lá para ela.


Capítulo Vinte
e Oito
Ellie

Terça-feira

— Você pode ficar aqui, você sabe? — Knox diz,


enquanto coloca seus tênis para sua corrida matinal.

— Não, você tem um monte de coisas para fazer com sua


equipe e eu preciso trabalhar em um trabalho de médio prazo
para a minha aula de escrita criativa.

Nada que eu tenha feito ontem. Ele agarra meu pescoço


e me puxa para um beijo rápido, duro. Eu quero chamá—lo de
volta, estendê-lo mais um pouco, porque eu não sei se será a
última vez que eu terei isso dele.
— Ok. Eu vou mandar uma mensagem para você mais
tarde. — E então ele sai.

Eu espero por Jack. Não é o melhor momento para


abordá-lo uma vez que ele tem um jogo em poucos dias, mas
ele sempre vai ter alguma coisa acontecendo. Hoje é terça—
feira. Ele tem quatro dias para obter a sua cabeça em linha
reta. E eu estou cheia de inventar desculpas para mim.

— O que há, Ellie Bellie? — Jack pergunta assim que ele


sai de sua casa. — Não me diga que você estava com Masters
até esta hora da manhã. Eu acho que nós trabalhamos melhor
quando estamos na base do não pergunte, não responda. —
Ele brinca.

— Você tem um pouco de tempo?

Ele verifica seu telefone. — Claro, eu havia planejado ir


para a sala de musculação e ter um pouco de exercício
aeróbico, mas eu posso fazer isso mais tarde.

— Eu pensei que nós poderíamos ir até o parque, entre o


Tribunal e a Sétima avenida. — É um pequeno parque infantil
abandonado com quatro balanços e um escorrega esfarrapado.
Eu nunca vi ninguém lá.
Ele levanta as sobrancelhas, mas faz gestos em direção a
seu jipe. — Claro, vamos.

O caminho até o parque no lado sul do campus não leva


mais do que dez minutos. Minhas mãos tremem de todo jeito
e eu tenho que pressioná-las entre as minhas pernas para não
mostrar a Jack que estou chateada.

— Você quer sair?— Ele pergunta quando ele puxa para


a calçada quebrada. É fechado aqui. Se houvesse uma
explosão, nós provavelmente deveríamos estar lá fora.

— Sim.

Subimos em silêncio e mais uma vez que as portas se


fecham, Jack se vira para mim.

— Quer me dizer o que está acontecendo?

Eu respiro fundo e o ar frio envia um choque preparando


os meus pulmões.

— Eu amo você, Jack.

— Eu também te amo, El. — Seu rosto está pesado com


desconfiança, mas ele não hesita em sua resposta.

A tristeza pica o fundo da minha garganta, fazendo com


que a minha voz saia rouca e áspera.

— Você se lembra de quando você teve esses dois Ds na


oitava série e eu me ofereci para revisar seu trabalho escolar?

— Sim.

— Eu nunca parei. — Eu inalo novamente procurando a


coragem de dizer o resto. — Eu ajudei você por anos,
mudando respostas aqui e ali. Reescrevendo seus trabalhos,
apenas o suficiente para que ninguém notasse e você nunca
tivesse outro D. — Eu me forço a vê-lo como a expressão em
seus movimentos faciais da confusão à compreensão de horror
sem rodeios. — Estou auditando suas aulas de sociologia e
política do jogo, então eu sei exatamente o que você tem que
fazer para manter o seu GPA. Eu mudei respostas sobre suas
planilhas de perguntas e eu as intercalei com seus
classificados.

Na primeira, ele não responde. Ele apenas olha para mim


como se eu fosse um inseto alienígena que ele nunca viu antes,
um feio e terrível que ele gostaria de matar.

— Você está trapaceando.

Eu concordo.
— E você tem trapaceado para mim desde a oitava série?
— Há um tom cruel, feio em sua voz. Desgosto, decepção,
raiva completa, está tudo lá.

— No caralho do ensino médio?

Eu começo a chorar, não por causa da minha dor, mas


por causa da angústia na sua voz. Ele me bate no meu
estômago como um golpe. Ele se vira e bate as mãos no topo
do capô do Jeep.

— Desde a porra do ensino médio? — Ele repete como


uma mensagem. — Eu devo ser a porra mais idiota do mundo
inteiro. Eu não poderia mesmo passar para fora da merda do
ensino médio sem a sua ajuda?

— Não! — Eu choro e chego para ele. Ele me empurra


para longe.

— Por que você está me dizendo?

Aqui está. Se a percepção que Jack tem de si mesmo já


está arruinada, a minha próxima sugestão vai esmagá—lo
ainda mais.

— Eu acho que você deve fazer o teste. Eu acho que você


tem uma dificuldade de aprendizagem e você deve ser testado.
— Eu falo rápido antes mesmo que ele comece a protestar. —
Se você for testado e os resultados se confirmarem, em
seguida, você pode fazer coisas alternativas, como fazer um
exame oral ao invés de escrever em um papel, fazendo uma
apresentação de seus conhecimentos. Você poderia ter mais
tempo para fazer suas atribuições. Poderia fazer exames
internos ao invés de uma sala de aula cronometrada.

— Você quer que eu vá e obtenha algum teste que diz


que eu sou retardado? Quem precisa disso quando eu tenho
você. — Ele zomba.

É a minha vez de empurrar para trás.

— Não diga isso. Não há nada de errado com você, nada


existe de errado com alguém como você. Se você pudesse ver
essas crianças no centro, — Ele me corta.

— É por isso que você está fazendo esse trabalho de


subvenção? Para fazer você se sentir melhor sobre si mesmo?
Sobre sua trapaça? Eu nunca pedi para você fazer porra
nenhuma disso!

Ele sacode as mãos pelos cabelos, puxando nas


extremidades. Como se ele não pudesse ficar olhando para
mim, ele se afasta e vai para o lado do escorregador. Eu
envolvo meus braços em volta da minha cintura, tentando
manter todas as minhas peças no interior, ao invés de jogá—
las para fora através das grandes buracos criados por toda esta
maldita bagunça.

— Eu sei que você não pediu. — Eu digo mais para mim


mesmo. — Eu sei.

Eu espero o resto disso afundar em sua mente. No


minuto em que ele faz, ele anda de volta em minha direção,
parando apenas algumas polegadas de mim.

— Eu poderia perder minha bolsa de estudos ao longo


disto. Eu poderia perder minha equipe. Porra, eu poderia
arruinar as chances da equipe para um Campeonato Nacional.

Sua longa lista de todas as repercussões negativas me


esfola, mas ele não está dizendo nada que eu já não tenha
pensado.

— Olha, eu sei que eu deveria ter lhe contado antes. Eu


queria parar. Eu fiz, mas eu não quero que você perca a sua
elegibilidade. É por isso que eu continuei.

Ele faz um ruído de desgosto em sua garganta.

— Então você queria parar de trapacear por mim, mas eu


sou tão burro que você não podia.

A injustiça disso me faz querer gritar, mas principalmente


estou cansada. Cansada de fazer o trabalho sujo. Cansada de
me sentir culpada. Cansada de todos que não estão
reconhecendo o verdadeiro problema da deficiência de Jack.
Cansada de mim mesmo por permitir isso.

— Você está certo. Eu estava errada em fazer isso. Eu


pensei que era a coisa certa. — Eu me paro. Alguma vez eu
achei que fosse a coisa certa? Sim, provavelmente anos atrás,
antes eu tinha mais certeza, mas não agora e mesmo sabendo
por um longo tempo, eu ainda continuei fazendo.

Eu tento procurar outra resposta, mas continuo em


branco. A única resposta foi a de não começar em um
primeiro momento. Mas quando você tem doze anos e sua
mãe vem para você dizendo que a única coisa que você pode
fazer que fosse fazê-la orgulhosa é ajudar o seu irmão?
Nenhum problema, você pensa, porque seu irmão está
pendurado nas estrelas, e você está feliz em fazer essas coisas
aparentemente pequenas. Porque você ama sua família e você
quer sua aprovação. Você quer que sua mãe olhe para você
com o mesmo brilho de orgulho que ela dá ao seu irmão. E
você não pensa sobre as consequências até que é muito, muito
tarde.

Jack está cansado também. Seus ombros caem em


derrota e é isso que me quebra.

— Você e Riley sentam e falam sobre como o fato de eu


jogar bola bem é uma boa coisa visto que eu não sou
inteligente o suficiente para fazer qualquer outra coisa?

— Não! — Eu quase grito. — Eu nunca pensei isso.

Suas palavras cruéis são ditas de tal forma que eu acho


que nunca estive tão quebrada.

— Jesus, eu tenho que dizer ao treinador. — Ele arrasta


uma mão áspera através de seu cabelo despenteado.

Eu me abraço apertado. — E sobre Knox?

— O que tem ele? — Ele faz uma carranca. — Você


conversa com ele sobre isso também?

Eu balancei minha cabeça miseravelmente. — Você está


em sua lista.

— Que lista?

Ah Merda. Ele não sabe. Knox não disse nada a ele? Eu


fecho meus olhos brevemente, reúno a pouca compostura que
me resta.

— Ele tem uma lista de jogadores que tem que verificar


as notas. Você estava sobre ele e eu disse que ia fazer isso por
ele.

— Eu estou em uma lista de observação de merda? — Ele


começa a andar. — Oh inferno, Ellie. Você tem que romper
com ele.

— Por quê? — Eu não deveria estar surpresa. Eu sabia


que estava chegando, mas ainda não é um golpe que eu estava
pronta para tomar.

— Se o treinador Lowe descobrir que Masters permitiu


que você fizesse a verificação por ele, ele vai chutar a bunda de
Knox tão forte.

‘É bom que treinador Lowe me aprove. Se não o fizesse, eu acho


que eu não conseguiria ir tão cedo. Eu acho que os olheiros confiam
em sua avaliação. Ele disse que eu sou maduro o suficiente para ir
mais cedo e que eu possa lidar com as responsabilidades extras. ‘

Jack acena sombriamente ao meu gemido.

— O técnico não pode sequer pensar que Masters estava


nisso com você.

Minha respiração para com as palavras de Jack. Porque


Knox e eu estamos dormindo juntos, porque somos um casal,
Knox poderia estar contaminado por minhas ações. O
treinador poderia tirar o título de capitão de Knox. Os olheiros
vão começar sussurrando sobre sua falta de caráter e ele
poderia ter seu projeto indo para baixo mais rápido do que um
bloco de concreto na piscina.

— Oh Deus. — Eu cubro minha boca. — Eu sinto muito


Jack, me desculpe por tudo.

— Vamos lá. Eu preciso dizer ao treinador. Para começar


eu poderia precisar ficar de fora dos jogos imediatamente.

— Você vai agora? — Eu não me sinto preparada para


isso. Eu só estava pronta para conversar com Jack, não dizer
para todo mundo.

— É melhor fazer logo, se eu jogar um jogo e eu não for


elegível, em seguida a vitória pode ser tirada. — Ele se arma
na voz, há tanta amargura que eu me pergunto se algum dia
ele vai me perdoar.

— Eu vou com você.


Capítulo Vinte
e Nove
Ellie

Nós discutimos sobre a maneira que faremos isso durante


todo o caminho para o centro atlético, mas eu digo a Jack que
se ele não me deixar ir com ele, eu vou aparecer de qualquer
maneira. No final, ele concorda. Ele tenta me dizer sobre
como tudo vai se desenrolar, com ele levando a culpa e eu ali
de pé como um pedaço de alface extra do lado do prato que
ninguém quer comer.

— Ei, treinador. — Jack chama preventivamente


enquanto nos aproximamos da porta aberta do escritório do
técnico Lowe. É um lugar espaçoso, com uma mesa maior do
que a minha cama do dormitório. O próprio Lowe não é
muito mais alto que eu, é do tamanho de qualquer um de seus
jogadores.

Ele tem uma cabeça cheia de cabelos grisalhos e um


olhar solene em seu rosto enrugado.

— Entre, Jack. — Ele aponta para nós sentarmos. As


duas cadeiras em frente de sua mesa são do modelo
espartanas, toda em madeira e sem nenhuma almofada, elas
estão adornando o sofá de couro marrom, que tem as costas
contra uma parede decorada com placas, e a sua grande
cadeira atrás de sua mesa.

Eu tomo um assento, mas Jack continua de pé, os dedos


enganchados em torno da parte de trás da cadeira de madeira.
Então eu fico em pé também.

— Treinador, esta é a minha irmã, Eliot Campbell.

Eu sinto a mão do treinador Lowe seca como poeira


quando ele a estende, e eu tento não dar-lhe um aperto de
punho mole em troca. — Prazer em conhece-lo, senhor.

— O que é tudo isso? — O treinador Lowe rodeia a mesa


e se senta, gesticulando para nós mais uma vez nos sentarmos.
Sua voz é carregada com suspeita, que deve ser porque
normalmente um jogador não aparece na tarde de domingo
apresentando sua irmã para risadinhas de merda. Jack
continua de pé e assim eu também.

Antes de Jack possa abrir a boca, eu respondo o treinador


Lowe.

— Eu pedi a Jack para me trazer aqui para dizer—lhe


que eu o ajudava, não oficialmente e sem ele saber, por anos.
E por ajudar, eu quero dizer, eu fiz um pouco de seu trabalho
para ele.

Jack tenta me interromper.

— Não. Isso não é tudo sobre Ellie. Eu deveria saber o


que estava acontecendo, e eu estava muito feliz, passando
pelas classes que eu provavelmente não deveria passar, então
eu nunca questionei.

— Não. Jack não sabia nada sobre isso. — Eu protesto.


— Foi tudo idéia minha.

— Oh, minha mamãe não teve nada a ver com isso? —


Jack levanta uma sobrancelha, furioso.

Treinador Lowe assovia e Jack e eu fechamos nossas


bocas rapidamente.

— Vocês dois se sentem. — O treinador estala. A


autoridade em sua voz funciona como um chicote e ambos
corremos para ter um assento.

— Agora eu quero que você comece a partir do início e


bem devagar. — Ele aponta para Jack.

— Sua irmã, primeiro.

— Por onde eu começo? —Pergunto. — Desde quando


Jack e eu começamos aqui na Western ou antes?

— Quanto tempo você o tem ajudando? — Sua ênfase na


palavra indica que ele sabe exatamente o tipo de ajuda que eu
estou falando.

Eu lambo meus lábios secos. — Oitava série.

Jack faz um som incômodo. Isso tem que ser terrível para
ele, e eu odeio que eu estou aqui, falando sobre seus problemas
na frente de alguém que ele respeita muito. Com o canto do
meu olho, eu vejo sua cabeça mergulhar para frente como se
sua vergonha estivesse pesando para baixo.

O treinador Lowe estala os dedos juntos e olha pensativo


para nós dois.

— Você foi testado, Jack? — Pergunta ele após analisar


em silêncio.

— Não, senhor. — Jack responde, sua voz quase


inaudível.

— Nosso pai é um... — Eu me esforço para encontrar a


palavra certa para que eu não diga algo muito ofensivo. — Ele
tem altos ideais e ter um filho que não é perfeito de qualquer
maneira não se encaixa a sua visão de mundo.

— Isso não é culpa de ninguém, mas minha própria, —


Jack responde amargamente. Sua cabeça gira para cima e há
fogo em seus olhos. — Nada aconteceu que eu venha a colocar
o programa em risco, mas eu vou ter problemas para passar
em uma aula neste semestre.

— Se nada aconteceu, por que está aqui? — O treinador


Lowe desafia. A boca de Jack cai aberta. Os olhos afiados de
Lowe giram para trás para mim e é preciso um esforço
combinado para sustentar seu olhar.

— Porque eu provavelmente não serei elegível após as


finais. — Jack recupera a compostura também.
— Tudo certo. Vamos ouvir Eliot, não é? — No meu
aceno, ele continua. — O que exatamente você fez aqui na
Western?

Eu detalho exatamente como eu usei os códigos de


acesso de Jack para verificar a sua lição de casa, planilhas
corrigidas e o ajudei a enquadrar um esboço para seu trabalho
final na classe de política dos jogos. Jack não precisava de
ajuda em sociologia, como eu suspeitava, ele escolheu escrever
um trabalho semelhante ao que ele tinha feito na faculdade
júnior.

Treinador Lowe toma notas enquanto eu falo e Jack olha


para algo grosseiro atrás da cabeça do treinador. Quando eu
termino, o treinador Lowe pressiona um botão. Uma voz de
menina responde, mas eu não posso entender exatamente o
que ela diz.

— Stella, Ace está na sala de tratamento? Quando ele


terminar diga-lhe para vir aqui. — Ele corta a conexão antes
de Stella responder. Sua próxima chamada é para Brian
Newsome, um nome que me recordo de Knox dizer antes. Ele
é o diretor adjunto de futebol para os serviços estudantis, mas
eu não sabia exatamente o que ele fazia. — Brian, eu preciso
que você venha aqui e fale comigo sobre uma questão de
estudante. — Brian responde que ele vai estar lá em cinco
minutos.

Uma vez feita as chamadas, o treinador Lowe aborda


Jack novamente. — O que aconteceu com o seu tutor de
classe?

As bochechas de Jack viram um vermelho maçante. —


Ela não era realmente útil.

Ele não quer deixar o tutor em apuros.

O treinador Lowe bufa. Ele é bastante criterioso e


provavelmente pode adivinhar o problema da falta de palavras
de Jack. Não trocamos mais palavras até que ouvimos uma
batida na porta.

— Se é você Ace ou Newsome, entre. Qualquer outra


pessoa, leve seu traseiro para fora daqui.

A porta se abre e o rosto de Ace aparece. Atrás dele, um


elegante homem usando óculos em torno de seus quarenta e
poucos anos entra na sala e fecha a porta atrás de si. Ele deve
ser Brian Newsome. Em uma das mãos ele tem um copo de
café e na outra um bloco de notas. Ele se senta no sofá. Ace se
inclina contra a porta, um olhar preocupado no rosto.
Treinador Lowe esboça as questões, sem quaisquer
condições prévias. — Campbell aqui está em apuros
acadêmicos. Sua irmã tem feito um trabalho para ele, nada
disso foi classificado, mas é inadequado de qualquer maneira.
Campbell, parece, que ele não vai passar uma classe... Como
se chama?

— Política de jogos. — Jack responde.

Brian solta um assobio.

— Essa é uma classe muito difícil. Como você a escolheu


se você não era um grande conhecedor de ciência política?

— Eu precisava de uma ligação na disciplina eletiva e o


aluno que foi designado para me ajudar a escolher me disse
que era matemática pesada e diversão.

O treinador Lowe aponta um dedo para Brian.

— Obtenha o nome dessa pessoa e descubra se ele ou ela


está iludindo os meus jogadores. Também obtenha uma lista
de nossos tutores para essa classe. Parece que temos uma
caçadora de calças na lista.

Jack se mexe desconfortavelmente na cadeira. Ele não


gosta que todos possam ficar em apuros sobre seus problemas.
Eu só quero proteger Jack e Knox.

Treinador Lowe volta sua atenção para Ace. — Jack


Campbell estava em sua lista. O que aconteceu?

Ace e eu trocamos um olhar porque nós dois sabemos


que Jack de alguma forma estava na lista de Knox. Eu não sei
qual relacionamento que Knox e Ace têm. O ataque e a defesa
não se misturam muito. Mentalidades e personalidades
diferentes.

— Eu disse que eu iria verificar Jack. — Eu não digo a


quem eu disse isso. Jack fecha a cara por ser tratado como
uma criança. Deus, isso é tão horrível. Eu queria que isso
tivesse acabado cinco minutos atrás. — Obviamente eu fiz isso
porque eu não queria que ninguém soubesse sobre meu
comportamento e como isso afetaria negativamente a equipe.
Eu praticamente tive um ataque sobre isso.

As palavras são tanto para Ace como para qualquer um.


Eu não quero Knox sofrendo repercussões para minhas ações,
eu silenciosamente digo à Ace, mas eu não posso dizer pelo
seu rosto inexpressivo se ele está conseguindo absorver.

— Isso é verdade? — Técnico Lowe pergunta.


Ace empurra sua língua para o lado de seu rosto, mas
acena com a cabeça.

— Sim, isso resume tudo.

Nenhum de nós está mentindo, exatamente, mas não


estamos a dizendo toda a verdade também. Por suas próprias
razões, nenhum das quais eu saiba, Ace vai me apoiar aqui.
Jack levanta as sobrancelhas ligeiramente em surpresa, mas
mantém sua própria boca fechada.

O Treinador solta um grande suspiro. — Aqui está o que


vai acontecer. Brian irá leva-lo, Jack, para serviços de
estudante, ou seja, lá o que é chamado, e você será testado.
Brian, quanto tempo vai demorar?

— Um par de dias, talvez uma semana, no máximo.

— Tenha em um par de dias. — Ele aponta a ponta de


sua caneta para Jack. — Estamos colocando você em estágio
acadêmico até que os resultados desses testes saiam. Se eles
mostrarem que você tem uma dificuldade de aprendizagem,
então podemos fazer coisas para você. Certo, Brian?

— Está certo. Se você tem uma deficiência na leitura ou


na escrita, Western permite acomodações razoáveis, tais como
incluir exames orais em vez dos escritos. Fazer os testes em
casa ao invés de testes na aula e quaisquer outros serviços
considerados razoáveis e necessários pela administração. —
Ele recita um pouco mais as maneiras que Jack pode obter
ajuda, e nenhuma delas o fazem se sentir melhor.

— Será que vou ser capaz de trabalhar com a equipe?

— Treinar sim, jogar não. — O treinador Lowe dá um


duro olhar para Jack. — Se você tivesse vindo para mim mais
cedo, poderíamos não ter que suspender você, mas isso no
final do ano é o mais seguro para o programa.

Significando que qualquer vitória deles não fique


comprometida pela situação acadêmica de Jack.

— É minha cul... — Eu começo a dizer novamente, mas


o treinador Lowe me corta com uma barra rápida da caneta.

— E para você, senhorita Campbell, a partir de amanhã


de manhã você será banida do time de futebol da Western, eu
não quero vê-la a 50 metros próximo de alguém vestindo uma
camisa de futebol. Se um deles estiver na sua classe, você
sente-se tão longe quanto possível. Você não fala mais com
eles. Você não sorri para eles. Você nem sequer respira o
mesmo ar que eles. Você entendeu?

Eu concordo. Minhas próprias bochechas estão


vermelhas e quentes de vergonha, como se eu tivesse ficado
presa pelo treinador Lowe por ter tido relações sexuais com
Knox no vestiário.

— Se eu vê-la perto de qualquer jogador, eu vou chutar o


jogador e seu irmão fora da equipe. Eu não me importo se é
Knox Masters ou Ace aqui. A sua capacidade de continuar a
jogar depende de você, senhorita Campbell.

Eu suspiro quando o impacto total da proibição me bate.


Eu tenho que cozinhar o jantar para o irmão de Knox nesta
sexta-feira.

— E sobre Jack? Ele é seu irmão. — Ace ressalta.

— Obviamente eu não posso impedi-lo de passar tempo


com sua família, mas no campus, mantenha o mínimo contato
possível.

— Assim, a proibição é para os jogadores, menos para


sua família. — Ace pressiona. Eu olho para ele calar a boca
antes que ele se meta em apuros.

Treinador Lowe estreita os olhos para Ace, mas diz


laconicamente. — A família está isenta. — Ele se afasta de
Ace, dando a conversa como encerrada.

Jack abre a boca para protestar, mas o treinador Lowe


não quer ouvi-lo também. — Você quer ficar nesta equipe,
você joga com as minhas regras. Sua irmã é um problema e
você precisa extirpar os problemas de sua vida, se eles afetam
o seu jogo.

— Com todo o respeito, senhor, minha irmã apenas


sempre quis me ajudar. Ela não é o problema. Eu não fui a
favor de enfrentar meus problemas antes. Eu nunca quis
admitir que eu pudesse ter uma deficiência de aprendizagem.
Eu não gosto muito agora também, mas ela está lá e eu vou
fazer o teste, porém Ellie apenas queria me ajudar.

— Esse é um belo discurso, — O técnico Lowe responde


friamente. — Mas esta é a minha equipe e minhas regras. Você
quer jogar, você vai ter que cumprir a punição que eu estou lhe
dando. — Ele aponta a caneta para mim novamente. — Eu
não quero que nenhum de vocês diga aos jogadores sobre isso.
Eu não sou o cara mau aqui.

Eu posso ver que a língua de Jack está pronta para


protestar. Eu pego seu braço. — Por favor. — Eu imploro
suavemente.

— Se você for expulso da equipe, eu vou ficar doente de


culpa pelo resto da minha vida. Por favor, vamos dar nosso
jeito. Caso contrário, eu nunca vou olhar para mim mesmo
novamente sem repugnância absoluta.

O rosto de Jack endurece a partir do meu


arrependimento. Com um aceno curto, ele se vira para o
treinador Lowe.

— Ok. Eu quero jogar.

As mãos do treinador Lowe gesticulam. — Saiam daqui.


Vocês todos já sabem as coisas que tem que fazer. Ace, como
está o braço.

— Bem, senhor. Parece bom.

— Mantenha assim.

— É o que planejo.
Capítulo
Trinta
Ellie

Eu espero até que estejamos fora do alcance da voz do


treinador Lowe e giro gritando para Ace.

— Você acha que ele vai chutar Masters para fora do


time?

— Talvez não. Mas ele provavelmente vai tirar seu apoio


sobre Masters ir adiantado para esta temporada. Eu não
testaria o treinador. — Ace vai embora, provavelmente para
continuar a fisioterapia do braço.

— O que você vai fazer? — Jack pergunta. — Mandar


uma mensagem?

Eu volto atrás. — Não. Eu não vou terminar com ele


através de texto, e se o treinador Lowe estiver verificando seus
telefones? Eu vou ligar pra ele. — De jeito nenhum que eu vou
fazer isso de coração tão frio.

— Ele vai querer falar com você sobre isso. — Jack avisa.

Eu desejo.

Quando eu volto para o meu apartamento depois das


aulas, eu verifico as horas. Knox estará indo para aula. Eu
esfrego uma mão sobre meus olhos, querendo que isso tudo vá
embora.

Ele atende no primeiro toque.

— Ei, baby, o que está acontecendo? Você está animada


para o jogo de softball hoje à noite? Os Sapos com Tesão estão
Invictos! — Ele solta um assobio.

Ah Merda, esqueci. Estávamos jogando internamente o


campeonato, contra os lírios Dourados, a equipe que vencesse
teria folhas de ouro em suas camisetas e chapéus de
harmonização. Ele continua: — Eu também já peguei nossas
fantasias para a festa de Halloween. Estou avisando agora. Eu
fico malditamente bem vestido de rosa. Você não vai
conseguir manter suas mãos longe de mim.
Knox e eu planejamos ir a uma festa de Halloween da
Sigma Chi, como Power Rangers. Vermelho para mim; rosa
para ele. Ele pensou que seria cômico

— Nós estamos terminando. — Eu deixo escapar.

— Não, eu posso ouvi-la bem.

— Não é a linha de telefone. Nós. Nós não podemos ver


um ao outro mais.

— O que está levando você a pensar assim?

— Eu não quero vê-lo novamente. Lamento dizer isto,


mas quando eu soube que você era virgem, eu queria ser o sua
primeira. Deixar minha marca em você. Eu percebi depois que
eu tive você que eu poderia escolher qualquer indivíduo na
Western.

Ele ri no início, mas, em seguida, esbraveja quando eu


não participo.

— Você está falando sério? — Há, finalmente, uma ponta


de raiva na sua voz.

— Sim. — Eu estou tão feliz que não estamos cara a


cara.
— Você bateu a cabeça ou algo assim? Estou chegando.
Parece que você sofreu uma concussão.

— Não, não venha pra cá, eu, eu... — Eu olho em volta


descontroladamente por uma desculpa quando eu falo de
repente. — Eu estou vendo outra pessoa e ele está aqui.

— Desde quando?— Ele exige.

— Ele está no meu time de softball. O treinador Ryan


Schneider. — Oh, Ryan, eu sinto muito eu o estou jogando
sob o ônibus.

O silêncio paira entre nós.

— Coloque-o na linha. — Knox rosna.

— Não.

— Deixe-me falar com ele.

— Não, me desculpe, nós estamos terminados. — Em


uma corrida eu desligo, com medo do que Knox vai dizer ou
fazer. Ele chama de volta imediatamente e eu coloco o meu
telefone no mudo. Então eu o bloqueio porque Jack é certo.
Eu sou fraca quando se trata de Knox. Muito fraca.
***

Quarta-feira

Minhas boas intenções evaporam quando ele aparece no


jogo de softball. Ele parece lindo. Grande, musculoso e todo
meu. Só que ele não é mais e se o treinador Lowe ficar
sabendo que ele está aqui comigo, nós dois estamos em
apuros. Knox nem mesmo finge que ele está aqui sem nada
para fazer a não ser me incomodar. Ele inclina-se contra a
borda da parede que serve como placar do time da casa.

— Você tem que sair. — Eu digo sem me virar. — Nós


marcamos aqui, você não pode ficar.

— Por que, porque o seu novo namorado vai nos ver


juntos? — Ele pergunta, uma sugestão de escárnio em sua voz.

— Quem?

— Schneider. — Ele me lembra com impaciência. — O


cara que tomou o meu lugar entre esta manhã quando eu a
comi e algum tempo depois de sua última aula do dia.

Eu lhe dou um olhar aborrecido, tanto pelas suas


palavras grosseiras e obviamente pela minha péssima mentira.
Eu preciso pensar em melhores desculpas.

— Ei, Schneider. — Ele grita.

O treinador levanta a cabeça e olha em volta. Knox


assovia e Schneider vem para perto, abandonando
completamente sua posição, é o poder de Knox Masters.

— Ei, Masters, — Schneider o cumprimenta como um


irmão perdido há muito tempo. Eles fazem uma coisa
complicada com as mãos e um meio abraço. — E aí? Sete a
zero, com apenas cinco jogos restantes. Isso é malditamente
muito emocionante.

— Nós não sabemos nada sobre os Sapos com Tesão. —


Masters acena com a cabeça em direção ao campo. — Embora
Ellie diga que os lírios dourados são concorrentes difíceis.

— Essas meninas sabem como usar o bastão. —


Schneider responde.

Então porque você não está cuidando do campo? Eu


choro na minha cabeça. Exteriormente, eu tento sinalizar para
Schneider para o fato de que eu o usei como uma desculpa.
Minhas sobrancelhas contorcem e fazem gestos furtivos que
são recebidos por um olhar perplexo.

— Ellie me disse que vocês dois estão saindo juntos


agora. — Masters diz casualmente. Ele se vira e cospe cerca de
uma polegada dos dedos do pé de Schneider.

— O quê? — Schneider grita. Ele salta para longe de


mim. — Meu Deus, Ellie. Eu acho que você é uma boa
jogadora de campo esquerdo, mas eu pensei que você soubesse
que eu jogava para outro time. Oh, olhe, os lírios estão com o
bastão. — Ele rapidamente foge.

— Schneider é gay? — Eu bocejo.

Knox olha para mim com um olhar aguçado. — Seu


radar de gay precisa ser aprimorado. Também as suas
mentiras.

Meu olhar cai para meu tênis. — Nós não devemos ver
um ao outro mais.

Suas grandes mãos pegam a parte de trás do meu


pescoço. Eu não olho para cima mesmo assim, com medo do
que vou ver lá. Do que eu vou fazer.
— Você está preocupada com a chegada de Ty? Eu disse
que ele vai te amar.

Oh, Knox.

— Nós ainda estamos certos para amanhã? — A


incerteza em sua voz me mata.

Concordo com a cabeça, porque eu sei o que tenho que


fazer.

Ele se retira para as arquibancadas a tempo de ver o


Sapos com Tesão serem derrotados pelo Lírios Dourados. Eles
sabem como usar seus bastões e suas luvas.

— O que foi aquilo? — Murmura Schneider no vestiário


subterrâneo quando nós estamos recolhendo o nosso
equipamento.

— Eu queria terminar com Knox e eu te usei como uma


desculpa. Desculpe. — Eu faço uma cara de desculpas.

— Use outra pessoa da próxima vez, — Schneider sibila.


Ele dá um tapinha seu cabelo loiro realmente cheio de gel. —
Eu sou frágil.

Como é que eu perdi que Schneider era gay? Acho que é


porque eu só tenho olhos para Knox. Ninguém realmente
existe para mim, apenas ele.

Knox espera por mim, mas eu vejo com um suspiro de


alívio quando Jack está lá também.

— Desculpe, eu não posso sair hoje à noite. Muitas lições


de casa. Meu rascunho para a concessão está incompleto.

Corro na direção oposta, enquanto Jack distrai Knox.

Há uma coisa que vai fazer Knox acreditar que não


estamos mais juntos. É a única coisa que eu não queria, mas
vou ter que fazer.

***

Sexta-feira

— Oi, Matty. — Eu deixo cair as minhas duas sacolas de


supermercado no balcão da cozinha.

Matty sinaliza sua mão a partir do sofá. Eu acho que há


um recuo permanente de sua bunda sobre a almofada. Seu
cabelo escuro brilha molhado de seu banho.

— Você já escolheu seu traje sexy?

— Knox os pegou ontem. — Eu preciso que Matty saia


daqui.

— Porque esse jantar é um segredo?

Jack disse a Knox que tinha um grande problema na


equipe e queria conversar, na verdade ninguém falou que eu
estaria aqui essa noite, ou que eu não poderia vir.

— O técnico Lowe não quer nenhuma distração. — Eu


respondo e é verdade.

— Huh. Ele nunca disse nada para nós.

— Ele disse a Jack. Eu não quero causar nenhum


problema. — Também é verdade.

Eu não quero estar aqui cozinhando o jantar para Knox e


Ty. Eu não estou no clima festa, mas eu tenho que ter este
jantar completamente. Eu tenho que agir como se nada fora
do comum aconteceu, o que significa que eu estou animada
para ver Ty, animada para a estúpida festa de Halloween,
animada para cozinhar esta refeição.

E eu tento uma brincadeira com Matty, embora a minha


boca esteja revestida de ácido e auto aversão.

— Eu acho que a pergunta é: você já escolheu o seu traje


sexy?

— Eu não posso ir tão sexy, Ellie. Se eu fizer, nenhum


dos outros caras conseguiria transar.

Todas as doces garotas estariam se reunindo em volta de


mim e isso é malditamente injusto.

Eu rio, mas ele não está muito longe da marca. Matty


tem zero problema com as garotas.

— Onde está todo mundo?

— Todo mundo ou Masters?

— Todo o mundo. Knox vai aparecer. Afinal, este é o


seu apartamento.

Matty e eu compartilhamos um sorriso, porque todos nós


sabemos que Matty trata como se esse fosse o seu lugar.

Jack provavelmente tinha razão em me fazer vir aqui e


passar por todos esses eventos que tínhamos planejados como
se nada tivesse mudado. É impossível não estar em torno da
equipe e não rir. Eles são um grande grupo de rapazes.

— Knox tinha que fazer um par de entrevistas. Ele é


famoso agora. — Matty mexe as sobrancelhas. — Além disso,
eu ouvi que você estava cozinhando o jantar.

— Para Knox. — Eu enfatizo o seu nome.

— E seu irmão.

— O seu sobrenome Masters?

— Ele poderia muito bem ser. Além disso, eu posso


ajuda-la. Eu sei cozinhar. — Matty fica fora do sofá e dança
para a cozinha.

— Você sabe?

— Sim. O que você trouxe? — Ele começa a cavar


através dos sacos.

— Carne e batatas. — Eu faço uma careta. — Não é


muito original.

— Se você não se importar, eu tenho uma boa maneira


de cozinhar os bifes. Eu gosto de regá-los na manteiga.

— Regar? Essa palavra soa muito profissional para mim.

— Meu pai é um chef, — Matty admite. — Eu poderia


ter aprendido algumas coisas com ele.

Eu deslizo sobre os bifes.

— Fique à vontade, mas eu ainda estou fingindo que fui


eu que cozinhei esta noite.

— Não tem problema. — Matty conhece essa cozinha


melhor do que eu. Ele pega uma panela de ferro fundido e
define em segundo plano. — Sal e pimenta estão no armário
ao lado da pia.

Ele aponta para o armário e eu troto ao longo para retirar


as especiarias. — Você coloca sal e pimenta nos bifes enquanto
eu tenho o resto disto pronto. O que você acha das batatas?
Corto em rodelas ou da forma regular?

— Eu planejava apenas coloca-las no micro-ondas. — Eu


confesso.

Matty olha para mim como se eu fosse um bárbaro. —


Sim, eu estou cortando em rodelas.
Ele me instrui sobre como descascar e em seguida, como
cortar, ao mesmo tempo em que acrescenta mais sal nos bifes.

— Se o seu fã-clube pudesse te ver agora, elas estariam


em pé do lado de fora em uma linha como adolescentes à
espera de uma jogada.

— O que faz você pensar que elas já não estão? Eu tive


que chutá-las pra fora com um pedaço de pau do estádio até
aqui. — Ele pisca um sorriso e eu percebo que Matty Iverson é
lindo. Seus olhos azuis são um contraste chocante para seu
cabelo com cachos negros, e ele tem um sorriso largo e
contagiante. Não faz mal que ele esteja outra usando por baixo
da sua camisa gola V, apertada no pescoço. Quando Knox está
ao redor, tudo o que posso fazer é olhar para ele.

— A defesa jogou muito bem na semana passada. — Eu


digo para Matty. A equipe ganhou de 24-14. O ataque ainda
lutou, mas a defesa estava sufocante. Eles ainda estão invictos
e restando apenas cinco jogos, suas esperanças de conquistar o
campeonato nacional foram elevadas e é por isso que eu
preciso fazer a coisa certa com Knox agora, mesmo que seja
coisa mais dolorosa a se fazer.

— Jack fez um grande jogo. Nós realmente precisamos


dele no ataque. Eu juro que ele é o único que pode pegar
algumas vezes. — Matty se inclina e lança a mistura de batata,
queijo, leite e pão no forno.

— Animado com o jogo de amanhã?

— Sim, os Cougars são uma boa equipe, mas nós somos


melhores. — Ele pega uma toalha para limpar as mãos e olha
para mim com desgosto. — Eu me preocupava com você e
Masters em primeiro lugar. Eu pensei que ele poderia se
distrair e não ficar tão concentrado em campo, mas ele elevou
o seu jogo.

Eu não tinha dúvidas nem por um minuto. Uma vez que


Knox entrava em campo, você podia dizer que a única coisa
em sua mente era estar comendo o quarterback no o almoço.
Não há nada mais do que a determinação de aço em seus
olhos.

— Ele está com fome disso.

— Sem brincadeira. Ele observou cada entrevista pós—


jogo, cada minuto da celebração do campeonato do ano
passado porque o mantinha com raiva. — Matty pisca para
mim. — Nós gostamos de um Masters irritado. Além disso,
ele quer ganhar este ano.

— Eu sei. Ele está declarando. — Ace sabia que assim


como eu percebi, a maioria da equipe também sabia.

— Ele seria um tolo se não fizesse isso. — Seus lábios se


curvam em um sorriso triste. "Eu estou feliz por ele. Faz
sentido, porque se ele ficar mais um ano, ele corre o risco de
lesão. O seu projeto de estoque é alto este ano por isso não há
razão para esperar, mas merda, eu vou sentir falta de jogar
com ele. Então, sim, este ano, nós temos que ganhar. Se não
ganhar o título, nossas carreiras aqui seriam um fracasso.
Todo o potencial e nada para comprovarmos.

Ele balança a cabeça e o pavor que sinto da noite se


instala em meu estômago.

— Você vai vencer. — Eu tento projetar tanta confiança


quanto eu posso.

— Bata na madeira. — Matty bate no gabinete acima de


sua cabeça.

O meu telefone vibra. Eu retiro e leio a mensagem de


Knox. — Eles estão a caminho.

— Ótimo. Vamos começar a ter estes bifes prontos. —


Ele joga um pedaço de manteiga na panela seguido por um
dos bifes. O cheiro de carne deliciosamente preparada enche a
cozinha e eu nem tento fingir como a minha culpa agita no
meu estômago. Estou ocupada em limpar a cozinha e evitando
o olhar de Matty. Eu não preciso de lhe mostrar o quanto
estou chateada e, em seguida, ele me atormentar sobre o que
há de errado até que Knox apareça com seu irmão.

— Precisamos de biscoitos. — Matty declara. Ele agarra


meu braço e me puxa até o fogão. — Mantenha-se regando a
manteiga sobre os bifes. Eu estarei de volta.

Ele desaparece descendo as escadas. Sozinha, eu só posso


pensar nas palavras de Jack e como estupidamente eu
comprometi o futuro de todos. Não apenas Jack. Não apenas
Masters. Mas Matty, Hammer e a todos os outros caras neste
time que se sacrificaram tanto para ter sua temporada perfeita.

Eu não devia ter vindo aqui. Eu deveria ter chamado


Knox e lhe dito que estava tudo acabado. Prolongar o fim do
nosso relacionamento é ruim para todos. Eu pressiono minha
mão contra meu abdômen, mas o nó não vai embora.

Desde o momento que Matty desapareceu até a hora que


ele retorna, o nó em meu estômago apenas cresceu para o
tamanho de um elefante.

Ele tem algo agarrado em seu punho grande.

— Você está fazendo biscoitos a partir do zero?

Ele dá um tapa e um rolo de massa de biscoito


refrigerado cai em minha palma. — Tcharã!

— Graças a Deus. — Eu sorrio fracamente.

— Por que isso?

— Bem, descobrir que você fez biscoitos a partir do zero


me faria totalmente desmoralizada, por isso estou contente de
saber que você é apenas mortal, quando se trata disto.

— Ninguém faz melhor do que você cara.

— Ei, você chegou. — Eu me viro para encontrar Knox e


seu irmão em pé na porta.

Ambos estão olhando para mim.

Eu sei o que é isso. Este é "o teste." Knox quer mostrar a


ele que eu posso distingui-los, como eu fiz a partir das
imagens. É a única chance que eu tenho. A única ação que eu
nunca quis tomar. Já existe o vazio de perder Knox, mas eu o
amo demais para matar os seus sonhos com meu egoísmo.

Eu deslizo para ambos e, em seguida, coloco minhas


mãos sobre os ombros do primeiro irmão.

Seus braços se fecham em torno de mim e quando eu


levanto meu rosto para um beijo, ele mergulha para baixo para
pressionar seus lábios estranhos contra os meus. Por cima do
ombro, posso ver os olhos de Knox em uma confusão,
decepção, e até mesmo dor.

Eu fecho meus próprios, porque eu não posso ver a dor.


Eu os mantenho fechados enquanto estou beijando Ty, até que
sua língua tenta entrar em minha boca.

Eu me afasto, porque eu não posso ir tão longe.

— Ei. — Eu aponto para Knox. — Este é o infame


Kintyre?

O aperto de Ty em volta do meu quadril está


provavelmente em frustração e desapontamento.

Atrás de mim, Matty está em silêncio. Ele está curioso


sobre o teste, mas ele não sabe que eu falhei.

Eu espero por Knox, mas é Ty que responde. — Sim,


docinho, este é meu irmão.

Knox me olha disposto a me pegar no erro. Ele nunca me


chamou de docinho. Baby, querida, mas nunca docinho.

Eu sorrio de volta cegamente para ambos e espero por


Ty, agindo como Knox, me apresentar ao meu namorado.
Quando ele arrasta Knox para frente, eu me pergunto quanto
tempo eles vão jogar com o interruptor duplo e quantas vezes
eles têm feito isso antes. Será que o Knox de verdade, deixaria
Ty dormir comigo?

O pensamento me repugna. Eu quero passar minha mão


em minha boca para apagar o beijo. Fazer qualquer coisa mais
íntima com Ty estaria fora de cogitação.

Eu não sei como é que alguém não pode dizer qual é a


diferença. Eu sei quem é Knox e quem é Ty de olhos
vendados. As mãos de Ty me fazem sentir diferente quando
estavam em volta da minha cintura. Seus dedos são mais finos
e mais curtos. Seu corpo é mais volumoso. Seu cheiro é
diferente. Eu não posso deixar esse estranho me tocar mais
nem um segundo ou eu vou ficar doente, então eu me afasto.

Eu limpo minha garganta.


— Eu falhei, não foi?

Knox dá passos para frente, sua expressão oscila entre


confusão e infelicidade.

— Você beijou meu irmão.

Eu dou uma risada e sufoco, minha lágrimas quando eu


pego minha bolsa. — Pelo menos não beijei de língua. Estou
indo agora.

— Espere. — Ele chama, mas eu empurro ambos, pego o


meu casaco, e pulo para fora de lá.

Knox me agarra no meio da escada.

Quando eu viro eu vejo Ty encostado na porta aberta.


Ele está me julgando. — Deixe-a ir.

— Cale-se. Será que você não sabe realmente? — Knox


não acredita em mim, ou ele não quer.

Eu faço meu melhor trabalho de atriz que eu posso.

— Eu não sei. — Eu aceno uma mão nervosa entre os


dois. — Eu nem mesmo sei quem está de pé em frente a mim
agora. É o seu irmão, ou é Knox?
Knox parece como se eu tivesse lhe dado um tapa ou
coisa parecida.

— Desculpe, eu sei que você queria que eu fosse a única.


Desculpe que eu arruinei para você. — Eu estou surpresa com
a calma do meu tom. Eu sabia que isso iria acontecer o tempo
todo. Eu esperava por isso. Knox é muito digno de uma
pessoa para alguém como eu. Eu sabia que nunca fui
merecedora dele. Todo esse tempo eu deixe me enganar mais
do que qualquer outra pessoa. Jack não é o estúpido da
família. Sou eu. Sempre serei eu. Em algum lugar eu encontrei
a capacidade de dar a Knox um meio sorriso. Surpreendendo-
o como um golpe físico, e ele me empurra de volta.

— Pense nisso desta maneira. Sua virgindade foi tomada


e agora você pode tirar vantagem de todas as meninas
disponíveis para você.

Knox assovia e deixa cair meu braço.

— Deixe-a ir. — Diz Ty novamente.

E desta vez...

Desta vez, Knox me deixa ir.


Capítulo Trinta
e Um
Knox

Ela não olhou para trás. Nem sequer uma vez. Atrás de
mim, Matty se embaralha sem jeito na cozinha.

Nada sobre isso me parece certo, o fato da Ellie sair


completamente derrotada, dela estar saindo sem outro olhar.

Nada sobre isso está certo.

Matty rompe o silêncio.

— Tome uma página do Manual de Matty. Foda


somente as garotas com quem você não se preocupa. É muito
menos doloroso quando você quer seguir em frente.

Ele me dá um tapinha sem graça no ombro e desaparece


descendo as escadas. Eu vou para dentro.
Há uma dor que se desenvolve no interior igual quando
você tem uma perda ruim. Infiltra-se em sua corrente
sanguínea e leva dias para que o arrependimento e a tristeza
trabalhem seu caminho para fora. Nas ligas profissionais,
quando você está ferido, algumas vezes, eles tiram seu sangue
e o coloca em uma centrífuga para girar fora tudo que for uma
merda de ruim. É chamado de PRP, uma injeção de plasma
rica em plaquetas, supostamente ele funciona como uma droga
milagrosa para aliviar sua dor, promover a cura, até mesmo
reduzir o inchaço e a lesão dos ligamentos.

Isso é o que eu preciso agora. A PRP para o meu


coração, algum tipo no estilo de ficção que reduza o seu
tamanho. Uma agulha para espetar meu tórax repetidamente
até que essa porra de dor horrorosa desapareça.

— Irmão, eu sinto muito. — Ty senta-se curvado no sofá.


Suas mãos caem entre as pernas, lançando o controle remoto
pra frente e pra trás. Eu fico olhando para a calçada que a Ellie
andou. Alguns dos caras estão na varanda em torno da fábrica.

Neve começa a cair sobre a área comum do Playground e


em algum momento, os caras lá embaixo vão pegar seus
equipamentos e começar a jogar bola ao redor, sujando o
límpido cobertor branco.

— Eu estraguei tudo lá atrás. — Eu concluo.

— Sim, por não esperar. Por que você não foi até a mim
na semana de folga?

— Ela tinha um jogo de softball. — Eu pego o controle


remoto de Ty forçando ele a olhar para mim.

— Não, eu errei a fazendo passar por esse teste. Eu sei


que ela estava preocupada com ele. Ela agiu estranho durante
toda a semana me fazendo perguntas sobre o projeto e em
seguida, terminando comigo de uma maneira falsa. Deve ter
sido por causa do teste. Você não faz esse tipo de merda para
pessoas que você gosta. Você não as coloca através de uma
porra de curso de obstáculo para no final ter sua afeição
mesmo se eles falhem. Isso é o que os pais de Ellie tem feito
por toda a sua vida.

— Eu poderia tê-la levado para o quarto ali mesmo. —


Ty se encaixe com raiva.

Não, ela não iria com ele. O contato entre eles foi rápido.
Ver isso me fez mal, mas ela mal o tocou.
— Ela não é Marcie. — Digo a ele.

— Ela não é a única, — Ele atira de volta. — Você


entendeu errado. Mas como ela disse, você não tem que se
segurar agora, você pode fazer com qualquer uma que você
queira.

A idéia de estar com outra garota me deixa doente. Eu


posso realmente sentir o gosto da bile no fundo da minha
garganta.

— Não.

— Esqueça tudo sobre ela. Ela não é nada. Além disso,


você não pode deixar isso afetá-lo. — Ty afirma o óbvio. Eu
não o culpo por isso, ele só quer ajudar, mas ele não conhece
Ellie como eu a conheço.

Eu me levanto.

— Onde você está indo? — Ele exige.

— Sair. — Se eu disser a ele onde estou indo, ele vai


querer me parar.

Eu sou maior do que Ellie, e eu corro todos os dias, por


isso é fácil de alcança-la. Eu agarro seu ombro, e quando ela se
vira, ela tem lágrimas em seu rosto e seu nariz está vermelho.
Meu coração aperta.

— Eu sinto muito. — Eu tento puxá-la contra mim, mas


ela resiste.

— Pelo que? Por eu não consegui diferenciar vocês dois?

— Não, por fazer você passar por isso. Não importa. —


Eu a agarro novamente, mas ela se afasta. — Eu não me
importo.

Seus lábios torcem em uma linha amarga. — Eu beijei


seu irmão. Não há absolutamente nenhuma diferença entre
vocês dois na vida real. Até a forma que me faz sentir é a
mesma.

Eu ignoro a dor aguda da imagem que ela está pintando.

— Por que você está mentindo para mim?

Ela aperta os lábios. Eles estão tremendo. Ela está


tremendo. Eu não aguento mais e eu puxo sua estrutura rígida
contra a minha.

— Eu não posso ficar com você, Knox. Eu já disse que só


queria dormir com um virgem e agora... Agora você merece
alguém melhor do que eu.

— Não diga essa merda, Ellie. Você não acredita nisso.

— Você quem não quer acreditar. Eu não sei quantas


vezes eu tenho que lhe dizer que eu não sou a única. Eu não
sou. Vá para casa, Masters, por favor.

E ela usando o meu último nome que quebra através da


minha cabeça dura. Minha mão cai para o meu lado. Desta
vez, quando ela gira ao redor e corre, eu não a persigo.

Ty ainda está sentado no sofá onde eu o deixei. A ESPN


está ligada, eles estão falando sobre a união dos atletas de
amanhã, mas nada disso eu registro.

— Você quer conversar? — Ele pergunta baixinho


enquanto eu tiro minhas botas.

— Não. — O que há para dizer? Eu fodi com tudo. —


Vamos comer.

A comida está fria, mas Ty e eu comemos de qualquer


maneira. Falamos sobre o ataque dos Cougars e da
incapacidade de sua linha ofensiva em obter suas almofadas
baixas o suficiente para parar uma corrida dura como a nossa.
Deve ser uma vitória fácil para nós. Os Cougars são o segundo
pior time em nossa conferência.

Após o jantar, Matty nos informa que alguns dos caras


querem vir assistir Any Given Sunday 12 . Peço para saírem
dando a desculpa do meu cansaço e eles me deixam sem
perguntar nada. Sabendo que eu preciso de alguma
privacidade, Ty aceita o convite deles e sai.

No silêncio do meu quarto, eu pego meu pau em minhas


mãos e fecho os olhos. Vejo Ellie quando ela me olhou
naquela noite na festa de Hammer. Seus olhos se arregalaram
como pires e ela lambeu os lábios como se estivesse no deserto
a procura de água.

Em cada linha de seu corpo, eu li que ela queria ter a


mão em volta do meu pau. Ela me queria naquele momento
mais do que eu já quis a maioria das coisas em minha vida, até
eu a ter conhecido.

Ela começou ofegante. Eu não sei se ela sequer percebeu


isso. Sua respiração era curta e seu peito arfava, empurrando
seus seios bonitos contra seu top brilhante, fazendo minha
visão turva.

Eu aperto forte em torno de meu pau, usando todo o pré -


sêmem para lubrificar meu eixo. Eu envolvo minhas bolas

12
Programa na TV americana.
com a mão livre e deixo minha cabeça cair de volta nos
travesseiros. Eu imagino na minha cabeça a noite em que eu a
fiz gozar pela primeira vez... Ou talvez seja mais apropriado
pensar nela me tendo. Tanto faz. Naquela noite, eu sabia que
um Deus existia. Que o céu existia.

O quente chupar de seu corpo no meu pau me deu mais


prazer do que eu pensei que eu tinha em mim. Eu movo
minha mão mais rapidamente e meus quadris impulsionam
para o ar.

Eu te amo.

Eu não sei quem está dizendo isso na minha cabeça, eu,


ela ou nós dois juntos, mas a memória disso me faz vir em um
longo e trêmulo movimento. O orgasmo rasga através de mim,
lágrimas rasgam o tecido da cicatriz sobre o meu coração me
tornando ofegante e uma bagunça de dor.

A noite só se estende indefinidamente na minha frente.

****
Dia do jogo: Warriors 7-0

No dia seguinte no inicio do jogo, eu não me sinto


diferente. Quando eu fico na linha lateral, eu estou tão ansioso
para entrar em campo como sempre. Pelo menos eu entendo o
que se passa durante um jogo de futebol. Meu objetivo é parar
a bola de avançar pelo campo. Não há nenhuma duvida sobre
isso.

Mas hoje eu sou lento, fora do encaixe. Meus pés se


sentem pesados e todo mundo passa por mim como se eu
estivesse parado.

— O que está acontecendo em sua cabeça, Masters? — O


técnico grita comigo quando eu saio do campo, depois de
Wisconsin marcar o segundo touchdown.

— Nada, treinador.

— Bem, comece a pensar sobre o jogo.

Nosso coordenador defensivo é menos generoso. Ele me


agarra pelo capacete e grita. — Meta a porra da cabeça no
jogo.
Os outros caras se amontoam no banco em torno de mim
quando o treinador Johnson mostra as jogadas que o
Wisconsin está fazendo. Eles não surpreendem nas execuções.
Mas eles estão jogando a bola mais rápido. Seus cortes são
mais nítidos. Seu defensor esquerdo, cuja bunda eu tenho
possuído por dois anos, está me empurrando para trás.

— Ela está em sua cabeça, homem, — Matty sibila


quando Johnson se move para baixo para falar com o
lançador.

Eu balanço minha cabeça. — Não. Estamos apenas fora


hoje.

Isso é verdade. Todo mundo no campo está lento hoje.


Ace parece jogar todas as bolas curtas através das jardas.
Campbell não está jogando. Eu não sei se ele está ferido, mas
ele está de pé na lateral, vestindo um terno e uma gravata.

Nossos cantos são desperdiçados na retaguarda. Matty,


Hammer, eu e o resto do grupo, vemos como nossas chuteiras
ficam presas na grama.

No intervalo, conseguimos passar a bola num total de


trinta jardas para o ataque, e o placar gigante acima de nossas
cabeças paira um grande número zero. A torcida da casa nos
vaia quando corremos para baixo do túnel.

O treinador nos passa um novo sermão idiota no


vestiário, nos dizendo que estamos jogando como desistentes.
Nós só temos tempo para urinar e nos hidratar antes de
estarmos batendo a cabeça e nos dirigindo para o campo. Eu
endireito minhas almofadas e sigo para a porta quando o
treinador me agarra.

— Você está jogando como isso não valesse a


classificação, damos a bolsa de estudos para o time para
preencher nosso cronograma de vitórias ao invés dos malditos
dez na caderneta. — O treinador sibila. — Este é o verdadeiro
negócio, Masters. Você quer ganhar o campeonato?

— Sim, senhor. — Eu ignoro o fato de que meus dedos


estão dormentes do frio e que há uma dor latejante em meu
tornozelo que se desenvolveu em algum momento no meio do
segundo tempo, depois que eu tentei armar do lado do homem
de linha do ataque direito.

— Isso não soa verdadeiramente convincente para mim.


Se você está pensando em jogar aos domingos, pare. Se você
está pensando sobre o título, pare. A única coisa que deve
estar na sua cabeça é você estar comendo esses bundas moles
no almoço. — A voz do treinador aumenta no final.

Quando os caras na minha frente me param, o treinador


de linha grita: — Porque diabos vocês senhoras estão de boca
aberta? Obtenham seus traseiros no campo já.

— Sim senhor. Eu quero vencer.

O treinador me gira, ele é 30 cm mais baixo e


provavelmente uns 25 quilos mais leve, mas eu o deixo me
lançar ao redor como um peixe em um barco à vela.

— Esta pode ser a coisa mais próxima que você tem em


se sentir como um Deus, Masters. Noventa e cinco por cento
dos jogadores profissionais não recebem um sopro de um
campeonato. Eles o perseguem por toda a vida. Você tem isso
em sua maldita mão. O que você vai fazer? Você vai mijar
fora? Ou você vai agarrar essa oportunidade como as malditas
bolas e reivindica-la como sua? E se você a quiser, nada estará
em seu caminho. Nada. — Ele dá um tapa em sua prancheta
contra sua coxa e olha para fora.

— Vamos, Masters. A equipe confia em você. — O


treinador de linha repreende.

A imagem de Ellie sobe para minha mente.


Se você quiser isso... Nada vai estar no seu caminho.

— Sim, senhor. — Eu puxo o meu capacete para baixo.

Não é Ellie que me custou este jogo. Fui eu. Minha


incapacidade de ver a floresta maldita através das árvores.

— A próxima posse é nossa. — Eu levanto e caminho


para baixo da linha onde estão alinhados os homens de defesa.
— Não existe mais jogar para baixo. Hammer, você pega esse
filho da puta da linha. Ele está rastejando para a esquerda toda
vez que eles correm. Jesse vá por dentro. O numero 45 é muito
mais fraco do lado esquerdo. Ele vai tentar mantê-lo o tempo
todo. — Eu me abaixo, falando com cada um até o apito soa e
é hora da defesa entrar em campo.

Durante três tempos, nós enchemos seu ataque e a defesa


deixa o campo animada.

Nós nem sequer nos importamos quando temos a correia


dos nossos capacetes presas por três minutos a mais, porque
Ace e companhia não podem obter um primeiro gol. Nós
batemos as ombreiras uns dos outros e os capacetes, vamos
para cima, conduzindo os adversários profundamente em seu
próprio território.
Desta vez, com uma melhor posição em campo, Ace e
Ahmed, nossos corredores, fazem um jogo de passe curto em
que Ahmed se transforma em uma corrida louca até a marca
das vinte jardas. Não é o suficiente para nos contentar, mas é
uma pontuação. Não temos mais o zero pairando sobre as
nossas cabeças.

Nós marcamos novamente e fechamos a lacuna. Dez a


quatorze, estamos atrás na uma pontuação. Em uma virada
milagrosa de eventos, faltando apenas um minuto de jogo, eu
bato a bola fora das mãos do quarterback na zona final e
quando seu corredor a recupera, Jesse está sobre ele.

Estamos seguros! Doze a quatorze!

Nós ainda estamos neste jogo maldito. Nós corremos,


esbarrando os ombros uns nos outros, batendo nossas bundas
e nossos capacetes juntos como se fosse o filho da puta do
Super Bowl.

Eu corro para baixo no banco, gritando incentivos nos


ouvidos de todos. As cabeças estão pra cima e os olhos estão
com fome, mas o relógio está contra nós.

No final, nós funcionamos fora do tempo. Começamos a


nossa recuperação tarde demais e quando o relógio vira para
todos os zeros, estamos a um passo atrás o marcador.

Nós perdemos.
Capítulo
Trinta e Dois
Ellie

Pós jogo: Warriors 7-1

— Ah não, oh não. — Eu pressiono as palmas das


minhas mãos na minha cara. Eu olho para a televisão como se
eu pudesse ter mais tempo no relógio. O jogo não pode ter
terminado, não pode. Tem de haver mais alguns segundos
restantes.

Eu pego o controle remoto e tento avançar, mas está no


final do jogo. Eu retrocedo só para ter que assistir ao final
novamente, e o resultado permanece o mesmo.

É uma derrota. Sua temporada perfeita está arruinada. Se


Knox não tivesse me odiado antes, agora ele estava. Sinto o
mesmo vindo de Jack. Quando a única coisa que podemos
perdoar é a única coisa que você tem em sua vida realmente te
importa está indo bem.

Quando Jack conseguiu sua bolsa D1, papai estava


exultante. Ele nos tratou a todos com sua determinada marca
de bondade, que variou de elogios efusivos para Jack aos
cumprimentos espontâneos para mamãe e para mim, durante
toda a primavera e até depois do verão. O demônio saiu
quando Jack se esforçou. O ano anterior faculdade júnior foi
um pesadelo.

— É ruim? — Riley está na borda do sofá com um pé


enrolado debaixo dela. Ela está dobrada sobre um travesseiro
que ela está alternadamente mordendo e apertando.

— Sim, é ruim. — Eu chego a sentir o suor na minha


testa. É parte por vergonha e parte por agonia.

A equipe começou terrível. Atrapalhadas, faltas,


oportunidades perdidas. Knox tinha permitido que o mais
fraco e mais lento da linha de ataque, maltratasse a sua defesa
por dois tempos. Seus dias no topo das pesquisas acabaram. A
questão é quanto tempo vai demorar para eles caírem.
Eu sopro uma respiração instável.

Com esta perda? Qualquer chance que eu tinha em voltar


a ficarmos juntos após a temporada terminar é arruinada. É o
prego no caixão, o vampiro está exposto ao sol, terminou.

Eu me forço para assistir a ESPN onde os comentaristas


falam sobre os Warriors que colocaram um ovo grande e
gordo no campo.

— Masters jogou-se para fora do título de jogador do ano


com esse jogo. — Um bastardo presunçoso diz a outro no set.

— Eles não dão para os jogadores de defesa, em primeiro


lugar, e em segundo lugar, se eles assim fizerem esse jogador
deve ter tido um resultado de uma temporada excepcional.
Este jogo mostrou que ele e os Warriors estão na média.

— Deus, vocês desgraçados assistiram o quarto tempo?


— Eu grito com a televisão. — Um gol, cinco precipitações,
três armações e uma segurança, e isso é estar na média?

Riley espreita a cabeça para fora de seu quarto. — Eu


tenho Xanax. Você quer que eu coloque um em sua Coca-
Cola?

Eu lanço um travesseiro para ela, e ele quase bate em um


retrato na parede.

— Sério! Esses babacas dizem que Knox desempenhou


um jogo comum. Será que esse jogo se parece comum pra
você? — Faço um gesto em direção à televisão.

— Hum, não?

— Exatamente. — Eu inverto a imagem fora. — Porra.

— Por que é que isto é tão ruim? — Ela pergunta a partir


da segurança de sua porta. Ela tem medo de mim. Ela
provavelmente deve ter. Eu sou uma destruidora de coisas. —
É uma derrota, eu entendo que estaria chateada que eles não
são perfeitos, mas é tão ruim assim?

— No futebol da faculdade sim, uma derrota pode


devastar você. Apenas quatro equipes começam a jogar no
jogo para o título BCS. É um playoff das quatro melhores
equipes para o título nacional. Chamam-lhe o BCS de
Campeonato Nacional ou Série Bowl de Campeonato, eu
explico para o seu olhar perplexo. — Como Auburn e Oregon
tem registros perfeitos, um monte de equipes com uma derrota
terá que batalhar por essas duas últimas vagas.

— Mais ainda faltam quatro jogos. – Ela ressalta.


— Certo. Quatro jogos mais, que ainda podem perder.
Em seguida, o campeonato da conferência. Além disso, é tarde
para uma derrota na temporada. A equipe que derrotaram eles
estava classificada, e era inferior. Isso poderia significar que
eles podem cair fora da disputa pelo título nacional. — Eu me
jogo no sofá. — Vai depender das votações da terça-feira. Se
eles caem muito agora... Eu não posso nem imaginar o que
isso vai significar.

— Terça-feira, que horas?

— Ás 20:15 hs, eu acho, eles são anunciados na ESPN.

— Ok, eu vou preparar o coquetel de Xanax para às


20:16, então.

— Obrigado. — Eu digo com amargura. Eu vou para o


meu quarto e rastejo debaixo das cobertas, desejando que eu
pudesse dormir e acordar refazendo o dia de hoje, aliás toda a
esta semana.

Jack me chama um par de horas mais tarde. Sua voz soa


tão pesada e triste que é difícil para eu manter—me sem
quebrar.

— Como você está?


— Uma merda, — Ele admite. — Eu odeio que eu não
estava lá jogando.

Ele tinha começado seus exames de volta na sexta—feira,


mas os professores não o notificariam em tempo suficiente,
então ele estava fora, pelo menos, mais uma semana. Sua
respiração cansada sai tão alta e em bom som, que eu posso
sentir o vento saindo através do telefone. — A equipe está
desmoralizada. Metade dos rapazes saiu para beber em um
estado de estupor e a outra metade está tentando castrar—se
em seus quartos.

Eu não preciso adivinhar em qual metade Knox se


encaixa. A derrota, sem dúvida, o mata. Ele provavelmente
pensa que é tudo culpa dele e vai repassando mentalmente
sobre cada lance do jogo, examinando onde ele poderia ter
jogado melhor e como ele deixou sua equipe pra baixo.

— Me desculpe.

— O técnico repreendeu a cada um. Nós não estamos


sendo capazes de nos sentar por alguns dias. Disse que os
esquadrões de xixi do futebol jogam melhores que a gente. —
Jack arranha seu pescoço para aliviar a tensão, um som
horrível que me faz estremecer. — Temos que vencer na
próxima semana e esperamos que todos à frente de nós percam
uns dos outros.

— E... Knox está bem?

— Não o vi. Após o jogo ele desapareceu. Eu não sei


onde ele está. — Eu tento manter para mim, mas um pequeno
gemido de dor me escapa e Jack tenta me tranquilizar.

— Não é sua culpa. Masters precisa aprender a


compartimentar melhor, mas as emoções de todos estão em
alta.

— O que significa que eles vão me culpar, uma vez que


descobrirem.

Ele hesita. — Não.

— Não minta para mim! — Minha voz sai aguda e


trêmula.

— Ok. Ok... — Ele rapidamente admite. — Alguns deles


irão te culpar, mas não é sua culpa. Se isso é o pior que
Masters já experimentou, com certeza ele viveu uma vida
encantada pra caralho. Ele usa uma cinta em suas bolas de
homem. Todo mundo tem merda na sua vida que eles têm que
manter para fora. Namoradas. Vida em casa. Más notas. Ou
talvez voltar para casa e ouvir seu pai dizer para sua irmã que
ela é uma puta sem valor. Isso pode foder com a sua mente. E
você tem que manter se lembrando de que você não é o seu
pai.

Eu cubro minha boca para segurar em um suspiro.

— Eu não sabia que você ouvia isso.

Normalmente, quando meu pai gritava comigo, Jack não


estava por perto.

Jack dá uma risada sem humor. — Eu vim para casa


mais cedo porque eu tinha machucado meu joelho e o
treinador me deixou sair sem argumento. Eu acho que eu
sabia que eu estava acabado para a equipe naquele momento.
Eu deveria ter sido transferido para outra escola, mas eu não
fui. As ações de outras pessoas cabeças de merda, não são de
sua responsabilidade. Então você terminou com ele. É dele a
responsabilidade de conseguir manter a cabeça focada no
campo. Se ele estivesse em seu juízo perfeito, ele seria o
primeiro a te dizer essa merda.

O tom de Jack não irá tolerar nenhum argumento. O


assunto está encerrado para ele. Eu sou sua irmã e ele sempre
vai ficar do meu lado. Eu acho que é a diferença entre o
verdadeiro amor e a paixão. O verdadeiro amor tem você, não
importa o quê. Ele sempre vê o seu lado da história. Ele ouve
as verdades.

Eu tomo algumas respirações profundas e reúno minha


compostura.

— É apenas uma derrota. — Eu digo a ele, oferecendo—


lhe o meu próprio tipo de apoio. — No ano passado não
houve uma equipe no playoff que fosse invicta, o máximo é
que vocês irão cair três, talvez quatro posições.

Jack faz um som. Pode ser interpretado como acordo ou


desgosto. Um pouco dos dois eu decido.

— Tente colocar isso para fora de sua cabeça, Ellie. —


Diz ele, cansado.

Um bipe nos interrompe. Eu olho para o telefone e vejo


que é minha mãe.

— Ei, Jack, é a mamãe. Sem dúvida, ela vai me


perguntar por que você ficou de fora.

— Não atenda.

— Eu tenho. Se eu não atender ela vai continuar me


chamando.

— Não deixe que ela te culpe por isso então. — Ele faz
uma pausa. — Eu sei que ela já fez você se sentir assim. Eu sei
que ela provavelmente está chantageando você. Esse é o seu
estilo. Não quer que ninguém pense que seus filhos são falhos
ou seu marido a trai como se fosse um evento olímpico.

O telefone emite um sinal sonoro novamente.

— Eu poderia ter parado.

— Você já parou. — Ele aponta isso. — Você falou para


mim, agora é hora de enfrentá—la.

Ele desliga.

Meu joelho direito dói em torno da cicatriz. Eu esfrego,


mas a dor não vai embora. Eu acho que isso nunca vai parar a
agonia que senti quando aquele garoto, cujo rosto eu não
posso nem mesmo lembrar, bateu no meu joelho não é nada
comparado ao que eu estou sentindo agora. Há um frio no
meu sangue e uma dor em meus ossos que eu vou ter que viver
durante toda a minha vida.

Durante a última semana, eu ainda mantive alguma


esperança de que eu seria capaz de voltar para Knox e pedir
desculpas e convencê—lo a me aceitar de volta após o final
desse semestre. Tolamente eu guardei esse estúpido sonho de
que Jack iria ter êxito em todas as suas aulas pelo seu próprio
esforço e no próximo semestre, depois que tivesse passado, eu
iria para Knox e pediria desculpas. Mas eu sei que depois
dessa derrota, não há mais nenhuma esperança.

Eu o perdi.
Capítulo
Trinta e Três
Ellie

O toque da minha mãe começa novamente, subindo uma


escala negativa até alcançar um mil, o desejo de responder às
mentiras por telefone está em algum lugar abaixo do inferno.
Eu me abraço.

— Ei mãe.

— Eliot, é uma tarefa tão difícil para você atender ao


telefone quando eu ligo?

Na verdade, sim, suas chamadas são algumas das


experiências menos desejáveis em minha vida.

— Desculpe, eu estava no banheiro.

— Eu sou sua mãe, — Ela continua, — e eu pago por


este telefone, por seu apartamento, por sua taxa de matrícula,
e provavelmente, pelas roupas que você está vestindo e pela
comida que você come então, talvez você possa reunir um
pouco mais de entusiasmo quando a minha identificação
aparecer no seu telefone.

Eu puxo uma caneta e um bloco de papel e escrevo:


Encontrar um emprego e comprar um telefone celular pré—
pago.

— Eu sinto muito.

— Bem, eu não liguei para discutir com você. — Sua


impaciência é evidente. Ela provavelmente está sentada na
mesa da cozinha, tomando chá, selecionando todos os
comentários de todos os sites, em como os comentaristas são
estúpidos em culpar a derrota de Jack.

— Estou muito preocupada com Jack. Nós assistimos ao


jogo de hoje, e como você pode imaginar o seu pai está fora de
si porque Jack não estava jogando.

Esse é o código para que ele passou todo o jogo gritando


maldições para a equipe, Jack especificamente. Eu aposto que
Jack podia ouvir aqueles gritos e o discurso longo de dentro de
seu capacete. Papai está na cabeça de Jack.
— Jack não está se sentindo bem sobre isso também. —
A única coisa boa sobre a falar ao telefone é que eu posso fazer
todas as caretas que não posso fazer quando estamos na
mesma sala.

Agora eu estou fazendo uma que mostra o quanto ela é


louca.

Não importa, porque a minha mãe continua como se eu


nem sequer tivesse dito uma palavra. Eu não sei por que ela
odeia mensagens de voz, porque toda a nossa conversa
consiste em ela falando para mim, sem resposta, somente a
concordância necessária. — Seu pai e eu nos perguntamos por
que Jack não estava no campo. Eu liguei para o treinador
Lowe e ele me instruiu a falar com o meu filho. Desde Jack
não está respondendo a seu telefone, você vai me dizer.

Uma ordem direta. Eu poderia muito bem dizer a ela.

— Jack está em liberdade condicional até que possa ser


determinado que ele precise de acomodações especiais para
suas aulas.

— Especiais? — Ela diz a palavra como se fosse uma


doença, e passando por seus lábios, ela estaria exposta a uma
doença terminal.

— Eu disse a ele que eu o tenho ajudado e ele pediu para


parar, imediatamente.

Na outra extremidade da linha, há uma entrada de ar


rápida. — Você o que?

Eu poderia ter dito que eu matei crianças e animais, e ela


teria respondido com menos horror.

Eu deixo cair a minha cabeça na minha mão. — Jack


tem uma dificuldade de aprendizagem. Você e eu sabemos
isso. Ele precisa de ajuda real, não de mim para refazer suas
respostas e escrever seus trabalhos. Ele precisa aprender como
fazer isso por conta própria, e a Western tem um grande
programa projetado para ajudar os alunos com dificuldades de
aprendizagem.

— Não há absolutamente nada de errado com Jack. —


Seu tom vem afiado e com raiva.

Eu tomo uma página fora de sua cartilha e jogo para


frente o fato de eu ser a única responsável.

— Claro que não. Ele é muito inteligente, mas ele luta


contra a leitura e escrita, e isso vai lhe causar prejuízo para o
resto de sua vida a não ser que em algum momento nós
paremos com a sua capacitação. Eu não vou continuar a
machucá—lo.

— Você não está cursando uma grande faculdade agora?


Eu pensei que eu tinha pago uma licenciatura em literatura
Inglesa. — Pinga Desdém de suas palavras.

Eu tento novamente. — Se Jack for testado, a escola teria


que fazer algumas acomodações para ele, ao invés de escrever
provas ele poderia fazer um exame oral. Ele seria permitido ter
mais tempo para terminar um trabalho final ou ele poderia até
ter a permissão para fazer em casa.

— Eliot, minha querida, se você está cansada de ajudar


seu irmão, eu posso certamente ver se há alguém interessado
em tomar o seu lugar. — Sua voz não é nada amorosa. O
termo carinhoso soa como arsênico em sua língua. — Mas é
claro, isso significa que eu não vou mais fornecer para você as
coisas que tenho feito atualmente. Desde que você não está
fazendo seu trabalho.

Eu puxo o telefone mais apertado na minha mão


esperando que a umidade me impeça de deixá—lo cair.
— Ele precisa da nossa ajuda.

Minhas palavras são atendidas com um silêncio


sepulcral. Quando ela fala, seu tom é frio.

— Você deveria estar feliz que o ensino não é


reembolsável. Se fosse, eu iria cancelar o cheque e você
perderia este semestre. Não espere mais um centavo de seu pai
ou de mim mesmo. Seu pai nunca quis pagar a sua faculdade
de qualquer maneira. Eu tive que fazer através das minhas
próprias economias. Eu me sacrifiquei por você.

Meus olhos ardem. Quando eu esfrego meu rosto, estou


quase surpresa que existe umidade lá. Eu teria pensado até
agora eu tinha crescido imune a isso. Afinal de contas, eu
sabia que viria. Saber, porém, não parece evitar a dor. Eu vou
acabar com esta dor. É a perda de Knox, alguém que
realmente se importava comigo e que pensou que eu era
especial, que eu nunca vou ter de volta. As palavras atiradas
por minha mãe? Essas são as flechas superficiais. Elas
machucam, mas se curam mais rápido.

Knox é uma ferida profunda na alma. A ruína auto


infligida ao meu coração. Eu empurrei meu coração através de
um ralador de queijo e agora eu tenho que lidar com o fato de
que tudo que me resta são minúsculos fragmentos.

— Sinto muito. — Eu sussurro, mas essas palavras não


são para minha mãe. São para Knox.

— Você é uma filha ingrata. Você sempre foi ingrata,


mimada e rebelde.

Eu rio com a acusação. Eu sempre fiquei na ponta dos


pés para sua atenção. Depois de tudo foi ela quem me disse
quando eu tinha uns doze anos de idade para enganar o meu
irmão. Mas não há nenhum ponto mais. Eu não preciso mais
de sua aceitação. Terminei.

— Você me ouviu? — Ela exige. — Você não vai ter mais


nem um centavo de mim. Na verdade, quando eu desligar o
telefone, eu vou cancelar o seu telefone celular e removendo o
seu nome da conta de crédito.

— Faça isso mamãe, faça isso. — Eu desligo o telefone


em seguida. Não há nada mais a ser dito entre nós dois.

Na minha mesa, eu alcanço o interior da segunda gaveta


e deixo de lado o dispensador de fita os post its e puxo a
revista Sports Illustrated.

O irmão de Knox, que está vestindo o uniforme azul e


dourado de Knox, está parado na frente, ladeado por dois
jogadores universitários em ambos os lados. Knox é um desses
jogadores. Ele está com um sorriso bobo e o uniforme
vermelho e branco da equipe de seu irmão.

Eu traço o meu dedo ao redor de sua grande foto. Apesar


de todas as garotas que ele poderia ter escolhido, ele esperou
por mim. Ele disse que eu era especial. Ele me tratou como se
eu fosse importante. Ele se importava comigo. Ele... Me
amou. E eu joguei tudo isso fora em seu rosto.

Eu fiz isso para protege-lo. Eu acreditava na época, e


continuo acreditando que ficar o mais longe possível dele até
que Jack complete este semestre com sucesso, sem a minha
ajuda, é o melhor que posso fazer, mais não significa que não
dói como o diabo filho da puta.

Eu envolvo meus braços ao meu redor. Minha pele se


sente como se espinhos úmidos e pontiagudos estivessem por
toda parte exposta. À toa, eu me pergunto se eu estou em
choque. Eu poderia usar o coquetel de Xanax agora.
Capítulo Trinta
e Quatro
Knox
Décima Semana: Warriors 7-1

Olhar para mim mesmo no espelho nunca tinha sido um


problema antes. Eu tinha um objetivo bastante simples, jogar
duro o suficiente para ganhar jogos e influenciar os olheiros.
Eu me preocupava com minha família e com a minha equipe,
e nós estávamos quase sempre na mesma página.

Esta manhã, eu tenho uma dificuldade em encontrar meu


próprio olhar no espelho do banheiro.

Eu não gosto do que vejo.

Não é apenas o gosto amargo da derrota, mas a forma


como eu tinha perdido. Eu deveria ter isolado essa coisa com
Ellie antes do jogo. É minha própria maldita culpa pesando
sobre minha cabeça.

Eu jogo água fria no meu rosto enquanto a porta do meu


apartamento abre e fecha.

Não é Ty. Eu o deixei no aeroporto às quatro da manhã


para que ele pudesse pegar o seu vôo das seis horas.

— É apenas uma derrota. — Ty me disse antes que ele


saísse do carro.

— Foi uma péssima derrota contra um time ruim. — Eu


respondi secamente.

— Então você precisa dominar isso em seus últimos


quatro jogos. Não deixe tudo isso ou outra besteira qualquer
afetá—lo. — Ele me deu um aperto duro.

Fácil de dizer; difícil de fazer. Mas Ty está certo. Eu


tenho que colocar este jogo atrás de mim.

Uma coisa que separa as pessoas normais dos líderes é a


capacidade de este tem em livrar-se de uma derrota,
esquecendo o quão ruim você jogou e aparecendo no próximo
jogo como você fosse um campeão filho da puta.

Esperei vinte e um anos para fazer sexo porque eu tive


este ideal na minha cabeça, mas eu tinha esperado mais por
um título. Ty e eu nunca tínhamos tido um enquanto
estávamos na escola. Ironicamente, a nossa equipe do ensino
médio sofria dos mesmos problemas que os Warriors, um
ataque fraco. Ty escolheu para ir a uma escola que tinha um
premiado quarterback. Eu vim para Western. O extravagante
quarterback de Ty sofreu uma lesão e sua carreira terminou no
ano passado, e assim foram as suas chances de um título.

Este ano parecia ser o meu ano. Ace jogou a bola bem o
suficiente para fornecer uma almofada decente no placar. A
defesa estava em sintonia como uma máquina com um cérebro
e um coração.

Aí Ellie apareceu. Pernas longas, corpo quente, gostava


de futebol, o senso de humor sarcástico, e porra sabia a
diferença entre mim e meu irmão em todas as fotos que eu
mostrei a ela.

Era o meu ano... Até que não era mais, num minuto as
coisas passaram a não ser do meu jeito, eu estava dobrado
como uma cadeira barata de gramado.

Eu não gosto disso. Eu tenho que fazer as coisas direito


com minha equipe e com Ellie. Ela está com medo de alguma
coisa. Ontem à noite eu repassei todas as conversas que tive
com ela e aquela que tivemos antes do jantar com Ty me
pareceu estranha. Toda aquela conversa sobre afetando meu
status do projeto? Isso não fazia sentido para mim.

Eu limpo a mão no meu queixo e vou para fora para ver


o que todo esse tumulto significa.

Encontro Matty na cozinha.

— Quem estava na porta?

— Jack, — Diz ele. — Ele trouxe isso de novo.

Ele joga minha camisa à distância sobre o encosto de


uma cadeira. Então é assim que vai ser? Ela nem quer mais
falar comigo?

Eu não gosto disso. Nem um pouco. Eu volto para o


quarto e puxo o telefone longe do cabo do carregador. Eu
disco o número de Ellie e aperto o botão de chamada.

A voz mecânica me responde dizendo que o número de


Ellie foi desconectado. Eu verifico o número e disco
novamente, quando a gravação atende, diz a mesma coisa.

Desconectado.
O inferno? Ela envia a minha camisa por Jack e
desconecta a porra do seu telefone para que eu não possa mais
chama-la?

Eu aperto o telefone firmemente em minha mão.

— Por que você não me deixe levar essa camisa para os


instrutores? Eu terei ela limpa antes do jogo na próxima
semana. — Matty oferece.

— Boa ideia, irmão. — Eu pego a camisa e quase jogo


para Matty até eu sentir um cheiro nela. Cheira a Ellie. Cheira
como algo cítrico e de menina, e foda-se se o meu punho não
aperta em torno do material e se recusa a deixar ir. —
Pensando bem, vou enviá-la amanhã com o resto das minhas
coisas.

Eu não tenho idéia se isso é uma mentira. Eu só sei que


agora eu não estou pronto para me livrar dela.

Os olhos de Matty mostram uma medida de preocupação


que eu vou ter de enfrentar. Eu forço meus dedos a soltarem
ao redor da camisa e atirá-la sobre as costas do sofá.

Aparentemente eu não estou pronto para eliminar Ellie


da minha vida, mesmo que seja fácil para ela me apagar da
dela. O que posso fazer é começar a reparar o meu
relacionamento com a minha equipe, começando por Matty.

— Sinto muito sobre o jogo de ontem. Minha cabeça não


estava lá durante o primeiro par de tempos e isso não está
certo.

Matty me dá um meio sorriso e um pequeno aceno de


cabeça.

— Masters, você jogou como um demônio e eu sempre


vou estar orgulhoso de você ser meu companheiro de equipe.
— Ele me dá um tapa na parte de trás. — Eu estou fazendo
panquecas lá em baixo para o resto da equipe. Vamos para lá
antes que acabem com tudo.

Eu faço o meu caminho até o primeiro andar, onde a


maioria dos jogadores de defesa estão reunidos em torno da
mesa de Hammer e tomando café da manhã. Eu paro perto da
cabeceira da mesa onde um lugar vazio espera por mim.

— Você está bem, cara? — Hammer pergunta.

— Além do fato de que eu me sinto como uma merda


por deixar vocês para baixo no campo ontem, eu estou bem.
— A expressão de alívio que passa através de todos e cada um
dos seus rostos me diz que eu estou fazendo a coisa certa. Eu
espero por Matty para vir tropeçando e descendo as escadas.
Ele se junta a nós na mesa.

Uma vez que ele toma seu lugar, eu dou a todos os caras
um pedido de desculpas. — Sinto muito pela semana passada.

— Não homem, aquele não era você. — Jessie balança a


cabeça vigorosamente, fazendo com que seus cereais de milho
saltem para fora. — Você tinha um pau em sua cabeça, se
houve alguma falha, essa foi... — Eu o interrompo antes que
ele diga algo muito estúpido, porque Jessie é um bom homem
de linha, mas sua inteligência... Não é tão boa.

— Foi Ellie, — Porra, dói até dizer o nome dela. —


Ontem ela estava no campo? Será que ela estava usando o
numero 55 enquanto eu tinha minha bunda sendo desgastada
no banco? — a boca de Jessie ai quando eu respondo isso. —
Não. Eu fodi tudo no primeiro tempo. Eu tropecei sobre meus
próprios pés como um potro recém—nascido, aquele era eu,
não derrubei os muros. Eu deixei que um empurrão de um
cara mais fraco me mantivesse fora da linha. E eu sinto muito
pelo meu jogo.

É importante para a minha equipe me ver assumir a


responsabilidade, por que quando voltarmos a treinar na
segunda-feira, eles estarão tão focados como sempre.

— Quando nosso time entra em campo, todos os outros


têm praticado tanto quanto nós temos. Nós ganhamos porque
nós queremos mais do que eles querem. Nós nos preocupamos
menos com a dor em nossas canelas, com os dedos inchados e
com nossos ossos machucados do que sobre a nossa vitória.
Ontem eu deixei a visão do nosso sucesso escapar e a vitória
foi com ela. Então, eu sinto muito, e eu estou aqui para dizer
que isso não vai acontecer novamente. De agora em diante,
desde o apito inicial até o último, eu não vou ter um jogo fora.
Vou me concentrar em nada mais do que ganhar. Eu prometo
isso para vocês agora.

Hammer bate suas mãos sobre a mesa, lentamente, como


um tambor de guerra.

— Nada mais que o futebol daqui pra frente. — Ele


concorda.

Um por um, cada jogador faz suas próprias promessas e


em cada palavra e a cada momento que passa, começamos a
reviver o espírito da equipe. O peso que me mantinha para
baixo toda a noite passada e esta manhã começa a diminuir
um pouco.

— Agora vocês precisam aceitar o meu pedido de


desculpas, então eu não tenho que manter para baixo todas as
coisas de merda que eu fiz ontem. Não há nenhuma razão em
culpar a menina que eu... — amo. — Eu limpo minha
garganta, mas a palavra que eu não posso dizer paira no ar,
como uma mosca que está voando ou meu pau caído ao vento.

Matty salta como um maldito super-herói.

— Será que está cedo demais para uma foto de pau? —


Ele acena para o seu telefone.

— Nenhuma foto de pau antes das dez. — Hammer faz


uma carranca.

— É isso que o site de boquete te disse? — Eu pergunto,


um sorriso relutante curvando em meu rosto. Sinto outra épica
discussão entre Hammer e Matty chegando, e caramba, se nós
não precisamos disso.

Hammer acena.

— Eu acho que eu deveria escrever para o site, eu li


outros artigos e alguns deles são escritos por almofadinhas. —
Ele cospe para fora a última palavra com desgosto.

— Por que é tão ruim assim?

— Porque esses caras não estão usando seu poder para o


bem. Eles estão distribuindo conselhos para um grupo de
mulheres com tesão, mas é tudo sobre filmes bobos e o qual o
tipo de gemidos as meninas devem fazer na cama.

— O que você sugeriria como tópico?

O rosto de Hammer acende.

— Estou pensando em coisas como 'Dez razões de por


que engolir é bom para sua saúde’ e ‘Não há problema em
assistir ESPN e ter relações sexuais, ao mesmo tempo' e 'Um
trio com sua companheira de quarto é melhor para o seu
relacionamento'. Merda como essa.

Cabeças acenam de acordo em torno da mesa.

— Você tem a prova científica disso? — Eu pergunto,


com um sorriso de pleno direito. Nós todos sabemos que ele
não tem.

— Porra, cara, este site fala sobre o uso de frutas e


produtos assados durante o oral. Eles não precisam de
comprovação científica.

Eu seguro uma risada.

— Você não é o herói que pedimos, mas o que


merecemos! — Matty pronuncia e suas mãos batem em um
highfive.

A equipe vai dar certo. Agora só tenho que consertar


Ellie e eu.

***

Ace vem até o meu apartamento depois que eu tenho


uma pequena corrida para trabalhar fora os carboidratos e
gorduras do café da manhã.

— Ei, cara. Estou feliz que você está aqui. Eu me


desculpo por atrapalhar seu descanso de inicio de temporada,
obviamente eu não tenho outro lugar para ir. — Eu lhe entrego
uma cerveja que ele pega com gratidão. Matty está assistindo
televisão na sala de estar.
— Não é grande coisa. Eu não deveria dormir com Stella
de qualquer maneira. — Ele leva um par de longos goles de
cerveja.

— Ei, se ela é a única para você, então eu não tenho


nenhuma objeção. — Se alguém me dissesse que Ellie e eu
éramos um erro, eu iria socar a boca.

Ele inclina a cabeça para trás e eu espero por ele para


derramar o que quer que ele tenha vindo falar.

Nós não nos misturamos muito, Ace e eu, mas ele é um


cara decente, e eu acho que ele vai fazer um bom líder de
vestiário quando eu sair. Matty irá assumir a defesa e Ace o
ataque.

— Estou aqui por Ellie.

Sua declaração seca me pega desprevenida. Faço uma


pausa no meio de pegar para uma garrafa de Gatorade.

— O que tem ela?

A porta da geladeira balança fechada. Ace esfrega a parte


de trás do seu pescoço.

— Eu não tenho que falar sobre isso, mas nós dois


sabemos que eu faço um inferno de um monte de merda que
eu não deveria fazer. O treinador colocou uma proibição sobre
ela. Disse que se ele a ver com qualquer membro da equipe
dos Warriors, seu irmão será expulso. Ele fez algum barulho
sobre nos chutar também, mas eu duvido que ele esteja
falando sério sobre isso.

Está faltando apenas cinco jogos para, possivelmente,


chegarmos aos playoffs. Não, ele não está chutando Ace ou
eu. Eu esfrego meu queixo.

— Isto é sobre Jack, não é?

Jack não jogou ontem. O treinador disse que estava


inativo no início do jogo, e nada mais.

— Você sabe? — Ace inclina—se contra a pia. Os sons


do jogo vem da sala de estar, pontuados por gritos ou gemidos
de Matty.

— Eu suspeitava que ele tivesse problemas acadêmicos,


eu deveria ter conversado com ele sobre isso. Eu queria, mas
Ellie me pediu para não fazer. Então o que aconteceu e porque
você sabe sobre isso e eu não? — Eu pergunto impaciente.

— Jack e Ellie apareceram na terça—feira. Eu estava


fazendo a fisioterapia no meu braço. — Ace tinha tomado um
duro golpe uma semana atrás. — Ellie estava trapaceando por
ele, usando seu código de acesso para entrar e trocar algumas
planilhas de respostas. A única coisa boa sobre isso é que
nenhum dos trabalhos foi avaliado.

— Para a maldita classe de política de jogo. — Eu


amaldiçoo. Ellie sempre agia evasiva sobre o progresso de
Jack, e eu a isolava protetivamente. Ela não queria que eu
soubesse que ele estava com dificuldade, como se eu tivesse
preocupado com isso. Mas por que me manter para fora? —
Por que treinador não me questionou? Ele me viu colocar Jack
em minha lista.

— Talvez ele não tenha visto o nome que negociamos,


ele só sabia que tinha sido negociado um nome, ou eu acho
que ele queria ver se eu assumiria a responsabilidade pela
equipe.

Ace tinha intensificado seu tempo.

— Puta merda. — Eu solto um riso amargo e aperto o


pescoço com uma mão, na esperança de aliviar a tensão que
criou raízes lá. — Ellie e eu conversamos na semana passada
sobre eu ser chamado antecipadamente.
Eu, porra, me gabei de que eu não tinha nada com o que
me preocupar, porque eu não tinha nenhum esqueleto no meu
armário.

Ele aperta os lábios.

— Ela terminou com você assim sua declaração estaria


segura.

— E eu não a deixei ir. Eu a persegui, então ela teve que


provar isso para mim. Isso foi o que o negócio com Ty.

É uma coisa boa a garrafa de vidro está na mão de Ace e


não a minha, porque eu já ia jogá-la na parede em frustração.

Ficar bravo não vai resolver nada, mais informações sim.

— O que mais treinador disse? — Eu exijo. — Eu quero


saber de tudo.

Ace descreve a proibição do treinador, palavra por


palavra.

— Ele disse que a família imediata está fora da


proibição?

— Sim.
— Na sua frente e na de Brian Newsome?

— O que você está pensando? — Pergunta ele,


desconfiado.

Digo-lhe exatamente o que eu estou pensando.

Seus olhos se arregalarem em choque.

— Isso é loucura, cara.

Eu projeto meu queixo para fora.

— Se alguém lhe dissesse para você poder jogar por dez


anos como um quarterback na elite da NFL você só precisaria
saltar através de um penhasco tão amplo quanto a
envergadura de seus braços, você tomaria essa chance, mesmo
que você pudesse cair e se quebrar na tentativa?

— Claro. — Ele faz uma carranca.

— Então o que me proponho a fazer é a coisa menos


louca do mundo.

Ele sai, sacudindo a cabeça com ceticismo. Ele não deve


amar Stella, porque se o fizesse, ele ia buscá—la.
Completamente.
***

Segunda-feira

Minha primeira meta é Matty. Se eu o tiver do meu lado,


o resto da defesa vai segui—lo.

Ace irá trabalhar o ataque, ele não entende, mas ele quer
ganhar.

Matty se move para longe da parede de tijolo do Carter


Hall. Nós assistimos Ellie caminhar por todas as suas aulas
hoje entre os treinos e nossas próprias aulas. Ela tem uma
carga mais leve agora já que ela não está mais tendo os cursos
extras de seu irmão. Como eu não percebi isso antes?

Matty enfia mais fundo suas mãos nos bolsos de seu


casaco de inverno. Eu posso dizer pela tensão de seus ombros
ele está infeliz.

— Eu não gosto de ver você assim, cara, você é como a


porra de um bumerangue. Ela te joga para longe, mas você
continua correndo de volta para ela.

A relação de um capitão com seus companheiros de


equipe é um vínculo emocional. Eu serrei esse entalhe,
deixando minhas emoções afetarem a minha sanidade mental.
Nós tínhamos consertado, mas eu tenho que pisar levemente
ou corro o risco de danificá-lo novamente. Como Ellie me
disse no dia em que nos conhecemos, ganhar é mais sobre a
cabeça e o coração do que sobre o corpo.

Então, eu sou cuidadoso com a minha resposta.

— Quando foi que eu desencorajei alguém por conta de


algum contratempo? Se você não derruba o quarterback na
primeira vez, você desiste?

Ele balança a cabeça lentamente.

— Certo. Você vai continuar tentando, não importa se o


cara na linha pesa cem quilos a mais do que você ou se joga
como uma segunda Gene Upshaw, o quarterback é seu. Você
dita o jogo na linha de marcação, mesmo se você tenha todo o
jogo. O apito não soou para mim. Essa coisa entre Ellie e eu
ainda não acabou.

— Quando isso vai acabar?


— Nós nunca vamos acabar. — Eu não levanto a minha
voz. Eu não digo as palavras com toda a força, mas não há
nada que eu já tenha dito com mais convicção. Matty
reconhece isso.

Ele sopra uma corrente de ar que fica branca no frio de


novembro.

— Eu não quero cair como um pintinho e isso é o que


parece que vai acontecer.

É a minha vez de olhar atônito.

— Você aguenta um treinamento sem interrupção e a


excruciante dor pós-jogo. Você não se importa com as costelas
quebradas, as dores nas articulações, ou as contusões ósseas
profundas que você tem que tratar com um banho de gelo filho
da puta, que é tão frio que suas bolas tentam entrar no seu
rabo, você está bem com tudo isso por um momento de glória,
mas você não pode sofrer algumas semanas com dor de cabeça
para ganhar uma felicidade real na vida?

Ele parece incerto.

— Eu não me sinto assim sobre qualquer outra coisa que


não seja o futebol.
Eu empurro no ombro. — Isso é porque você ainda não
encontrou o caminho certo.

Eu enfio o gorro sobre seus olhos e caminho em direção a


minha própria classe. Atrás de mim, ouço os passos de Matty.

— Você acha que existe um caminho certo? Para mim?


— Sua voz soa a meio caminho, entre a esperança e o medo.

Eu sorrio maldosamente. — Sim, e eu aposto que ela vai


torcer suas bolas, Iverson.

Ele deixa cair a mão para cobrir sua virilha, mas seu
rosto ainda mostra interesse. Ele está dentro, o que significa
que o resto dos caras também estarão... Exceto, possivelmente,
Jack. Eu o encurralo após o filme na terça—feira.

— Ei, Campbell. Tem um minuto?

Ele faz uma pausa no corredor fora da sala de cinema. Os


outros jogadores atacantes passam por nós.

— Claro. — Ele não parece muito entusiasmado.

Eu vou direto ao ponto. — O telefone de sua irmã está


desconectado. Eu preciso do número novo.
— Não, você não precisa. — Ele se vira para sair.

Eu agarro seu braço e abaixo minha voz.

— Ace me contou sobre sua reunião. Eu não quero


colocar em risco o seu tempo de jogo. Eu só quero falar com
ela.

Ele empurra para fora do meu alcance. — Você acha que


eu me importo sobre o jogo de futebol mais do que eu me
preocupo com o bem-estar da minha irmã? Foda-se, Masters.

Como ele pisa longe, eu esfrego a mão pelo meu cabelo.


Isso não saiu como eu tinha planejado. Jack pode ser alguém
que eu precise resolver mais tarde, depois que todas as peças
estiverem no lugar.

Na quarta—feira pela manhã, eu fico fora do


apartamento e sigo Riley para a aula, ao invés de

Ellie.

— Riles, o telefone da Ellie está desconectado.

— Você está me seguindo? Porque perseguição é


considerada uma violação do código de honra. Um código de
honra violado significaria que você não pode jogar no sábado,
e Deus, isso não seria terrível? — A expressão em seu rosto me
diz que eu sendo suspenso faria seu dia feliz.

— Eu só quero conversar com Ellie. — Eu insisto.

— O seu número mudou? — Ela pergunta.

Confuso, eu respondo: — Não.

— Então, se ela quiser falar com você, ela pode te ligar,


não pode?

Talvez Riley não saiba sobre a proibição, mas antes que


eu possa esclarecer as coisas para ela, ela entra em sua classe.

O que eu tinha dito mesmo a Matty sobre não ficar para


baixo diante de uma derrota? Mais uma vez as minhas
palavras voltam a me dar um tapa na cara. Na quinta—feira
eu volto para Jack que me ignora, tanto quanto possível, o fato
de nós jogarmos em lados opostos do campo, assistimos filmes
diferentes e temos diferentes treinadores especializados, é
realmente muito fácil para ele fingir que eu não existo.

Ou seja, seria fácil se eu não estivesse constantemente em


seu pé.

— O que você quer Masters? — Ele finalmente cede na


sexta-feira quando eu sento na varanda de sua casa e me
recuso a sair. Ace provavelmente o mandou para fora.

— Eu quero que você me dê uma chance para explicar.

— Tudo bem. — Diz ele secamente. Ele empurra o


queixo em posição vertical para indicar que eu deveria
começar a falar.

— Eu estraguei tudo, tanto no campo, quanto fora dele.


Eu a amo. Eu quero fazer isso direito com ela. — Mesmo
depois de confessar isso, ele continua a ter uma expressão
sombria e implacável. Eu não preciso de seu perdão, apenas da
sua cooperação. Eu continuo. — Ellie é adulta, ela precisa ter
a oportunidade de tomar suas próprias decisões. Você sabe que
ela estaria chateada como o inferno se ela imaginasse que você
estava decidindo por ela.

Aborrecimento cintila em seu rosto quando eu registro


meu sucesso.

— Se ela quisesse falar com você, ela o faria. — Ele


repete a mesma desculpa que ele me deu no início daquela
semana.

— Nós dois sabemos que ela não vai fazer nada que
ponha em risco a sua posição ou a minha. Ela está fazendo um
sacrifício por todos nós, mas ela não tem que fazer sozinha.
Dê-me uma chance. — Eu imploro.

Ele olha na direção do apartamento de Ellie e, em


seguida, de volta para mim, pesando minhas palavras contra
sua resposta.

— Eu vou lhe dar uma chance.

Eu pulo para cima e bato-lhe nas costas.

— Obrigado, cara. Você não vai se arrepender.

— Não foda com isso.

— Posso fazer pior do que eu já fiz? — Eu meio que


tento fazer uma piada.

Esta admissão puxa um sorriso dele.

— Provavelmente não.

Com Jack a bordo, Riley não é necessária. Nós


ganhamos no sábado e, em seguida, na próxima semana e na
semana seguinte, dando-nos um registro de 10 a 1. Apesar de
estarmos subindo nas pesquisas, as vitórias não me dão a
mesma alegria.

Passei o resto do meu tempo rondando campus,


observando Ellie tão secretamente quanto possível, entre os
levantamentos, os treinos e os jogos. Eu sou tão cuidadoso
quanto possível, porque se eu tiver seu irmão expulso da
equipe, ela nunca vai me perdoar.

Ao observá-la é doloroso e não é um tipo de dor que


antecede uma onda de endorfina quando você vai para o
próximo nível, é uma dor constante afiada como se alguém
pegasse um prego e enfiasse através da pele no meu peito.
Agora o vento continua chicoteando o passando e todos os
meus nervos estão expostos.

Toda vez que eu a vejo é um lembrete de tudo o que eu


estou sentindo falta. Sim eu perdi a porra da chance de tê—la
louca em sua cama minúscula. Ou de transar com ela em
todos os vãos das escadas e buracos do campus. Eu perdi a
sensação de calor de seu corpo junto ao meu. O pequeno
suspiro que ela faz quando eu deslizo meu pau apenas no
ponto certo. Eu estava ficando bom nisso também.

Mas mais do que isso eu só sinto sua falta.

Eu sinto falta de vê-la de cabeça baixa enquanto estuda.


O jeito que ela tão precisamente copia suas notas em seu
caderno a partir do seu computador. Como quando ela ri
mostrando todos os dentes. Como seus olhos se iluminam
quando discutimos sobre jogadores e equipes, eu sinto sua
visão afiada para o jogo.

Não é fácil vê-la sem que alguém me note. Mesmo com


meu casaco de inverno e gorro, há sempre outro estudante que
me chama pelo nome e quer me parabenizar por quão bem os
Warriors estão jogando.

Mas eu não posso ficar longe dela. Se ela estiver sob meu
olhar, sinto que ela ainda é minha. O que eu disse a Matty
tornou—se o hino da minha vida agora. Ellie e eu nunca
acabaremos.

Nossa história é para sempre.

Eu só preciso fazer com que todos estejam na mesma


página comigo, incluindo ela.
Capítulo Trinta
e Cinco
Ellie

Décima terceira Semana: Warriors 10-1

— Broomball13, Ellie? — Jack pergunta com desagrado


quando ele me pega na pista de gelo onde eu treino agora com
a minha nova equipa interna. É principalmente a equipe de
softball Sapos com Tesão e mais alguns outros jogadores

— Eu joguei oito semanas de softball com apenas um


joelho esfolado. — Eu o lembro. Ele ainda está preocupado se
eu vou me machucar, porém nada poderia ser mais doloroso
do que perder Knox. Eu não sabia que eu me sentiria assim,
como uma pessoa oca por dentro.

Eu sou pele e ossos, mas por baixo existe um grande

13
Jogo sob o gelo com tacos parecendo vassouras.
cacto soprando em torno de um deserto vazio.

Ele resmunga sobre sua discordância, mas não diz uma


palavra sobre isso. Inteligente, porque eu não estou mudando
minha mente.

Já se passaram três semanas desde a derrota. Foram mais


três jogos e mais três vitórias.

Seu registro está agora em dez a um, com um jogo da


temporada regular a espera. Se eles ganharem no sábado, eles
vão poder jogar para o campeonato de conferência. Os
Warriors subiram nas paradas para a sexta posição. É ruim ter
esperança que as outras equipes percam? Talvez, mas torço
por isso de qualquer maneira.

As coisas saíram bem. Jack está de volta ao jogo. Eu mal


o tenho visto porque ele passou muito tempo refazendo as
respostas da planilha. O professor o deixou fazer uma
apresentação oral, mas a universidade está obrigando ele a
fazer um curso durante as férias de inverno e, em seguida,
durante o verão. Ele não está empolgado sobre isso.

Eu tenho um emprego servindo mesas no Buster, e todos


eles me amam porque eu me ofereci para trabalhar em turnos
dobrados no dia de ação de graças. Eu não tenho planos para
ir para casa. Eu nem tenho certeza que se sou bem—vinda em
casa.

Eu não estou ganhando muito dinheiro além do aluguel,


e eu posso ver que se eu quiser terminar a minha licenciatura,
vou precisar de um segundo emprego. Mas ter meu próprio
dinheiro faz-me sentir independente de uma maneira que eu
não tinha percebido que eu precisava.

Eu sinto falta de Knox todos os dias. Às vezes eu


imagino que estou vendo ele pelo meu canto do olho, mas
quando eu me viro é outra pessoa. É difícil assistir aos
Warriors, mas eu não consigo ficar longe. Riley se recusa a ver
comigo. Ela usa seu negócio como uma desculpa, mas eu acho
que ela é louca por Knox e Jack.

Eu não culpo Knox em tudo. Mas Riley disse que o teste de


Knox era estúpido e se ele realmente me amasse não era para
ter feito. Eu tento dizer a ela que não foi apenas o fato de que
eu tinha intencionalmente confundido Ty com Knox, mas as
coisas que eu tinha dito a ele depois e como eu quase tinha
arruinado a sua temporada.

Ela discorda firmemente, o que me faz amá—la ainda


mais. Ela está errada, mas ela está do meu lado. Eu tinha
encontrado uma companheira de vida na pessoa que eu menos
esperava.

Eu sinto falta dos caras. Até os Sapos com Tesão me


fizeram olhar com olhos tristes durante o último jogo, quando
as arquibancadas estavam quase vazias. Não há mais Warriors
para nos brindar. Uma pessoa estava longe, dois campos de
distância. Fingi que era Knox, mas ainda perdido.

Um número de jogadores do time de softball, joga


broomball durante o inverno, por isso me inscrevi para a
equipe de Broomball dos Sapos com Tesão. Ryan me disse que
os Sapos com Tesão jogam broomball pior do que softball.
Nossa equipe não ganha muito, mas nós nos divertimos
jogando. Eu preciso de um pouco de diversão na minha vida.

Na minha existência, alguns dias são mais difíceis se


levantar pela manhã, mas em algum momento, a dor
penetrante vai desaparecer. Tem que desaparecer, porque eu
não posso viver toda a minha vida sentindo como se eu fosse
apenas metade de uma pessoa.

— Por que você está vestindo seu terno, de qualquer


jeito? Existe algum evento de equipe que eu não saiba? — Eu
endireito a gola em seu terno.
— Sim, um evento especial da equipe. Como foi a sua
reunião para obter ajuda financeira? Você está bem no
próximo semestre? — Ele manobra o Jeep fora do
estacionamento e pela estrada.

Eu tento manter meus olhos longe de estádio que está a


duas quadras da pista de gelo.

Não que eu ache que Knox esteja lá, mas ele me lembra
dele e isso dói.

— Não tenho boas notícias. — Eu olho para o meu


telefone descartável barato. — Eu conversei com o Auxílio
Financeiro e eles disseram que sem minha mãe ou meu pai
como fiadores para um empréstimo, eu provavelmente não
vou conseguir o suficiente para cobrir o custo total da taxa de
matrícula. E desde que a Western está fora do nosso Estado,
eu tenho que pagar pelo curso completo e servindo mesas não
vou conseguir.

— Posso ser seu fiador e assinar para você?

— Não. Você tem a mesma situação de crédito


superficial que eu tenho.

Ele aperta o volante em frustração.


— Quando eu sair da escola, eu vou te ajudar a pagar a
faculdade.

— Jack, eu posso cuidar de mim mesma. Eu tenho um


grau de associada. Eu posso conseguir um emprego em algum
lugar, e eu estou a três semestres de obter um diploma em
bacharel. Eu ainda posso escrever. O centro de aprendizagem
Agripa planeja submeter a minha concessão quase inalterada e
se eles assim o fizerem eu vou ter um grande currículo. Eu só
preciso de você para ser meu irmão.

Eu chego mais perto e aperto sua mão.

— Você ama Masters? Tipo, o ama para sempre?

Eu engasgo com minha saliva. — De onde veio isso?

— Eu só preciso saber.

Bem, isto é constrangedor. — O que isso importa?

— Apenas responda. — Ele insiste.

— Bem. Sim, eu amo. — Não há nenhum ponto em


mentir sobre isso. Eu não sou exatamente a senhorita calças
felizes cada vez que Jack me vê. — Mas isso não importa,
porque em poucos meses ele vai ser chamado e ele vai
conhecer algumas belas atrizes ou modelos, e ele vai esquecer
que um dia já me conheceu.

Jack ignora meus fracos comentários. — Não há


nenhuma dúvida sobre ele. Você está bem com forma como
ele se divertiu com você?

— Quem disse que ele se divertiu comigo? Eu tive que


praticamente pular sobre seu irmão para convencer Knox que
eu não queria mais vê—lo. — Eu olho furiosa para Jack por
suas acusações injustas.

— A proibição pelo treinador foi uma merda.


Completamente desnecessária. — Jack puxa o veículo para o
estacionamento do centro atlético.

— Você esqueceu alguma coisa? — Eu espreito pelas


janelas coloridas.

— Meio que me sinto apertado. — Ele sai, mas ao invés


de correr para dentro, ele circula a frente do Jeep e para ao
meu lado.

— Eu não acho que eu deveria estar aqui. Estou sob uma


proibição, lembra? — Eu olho em volta para os sinais do
treinador Lowe. Estou com Jack, mas poderia haver jogadores
Warriors aleatórios ao redor. Eu não quero manter alguém em
apuros.

— Eu sei, mas vamos ser rápidos. Eu prometo.

— Eu não sei Jack.

Mas Jack não consegue ser contrariado. Ele vem ao


redor, solta o meu cinto de segurança, e me levanta para fora.

— Segure seus cavalos! Eu estou indo. — Eu resmungo e


fecho o zíper da minha jaqueta.

Minhas botas fazem um barulho de trituração na neve


enquanto nos apressamos para entrar no ambiente fechado.
Nós descemos um corredor e depois outro até chegar à porta
identificada como "centro de treinamento." Eu me empurro
fora do seu alcance.

— Jack, eu não posso ir lá.

Ele se vira e agarra meu ombro.

— Você confia em mim?

— Sim. — Mas agora que ele me perguntou, eu estou


querendo saber se eu deveria.
— Então, vamos lá.

É por causa da urgência de sua voz que eu me permito


ser puxada para dentro. Eu suspiro, porque não está vazio.
Um grupo de seus companheiros de equipe está lá, todos
vestidos em seus ternos de viagem. Riley está lá com um saco
de lixo grande em suas mãos.

Knox está com duas pessoas mais velhas, que se parece


com seus pais pelas fotos que eu já tinha visto.

E... Uma mulher vestindo uma toga de juiz.

— O que está acontecendo? — Devo ter dito isso em voz


alta. — Alguém da equipe está se casando?

Tento me lembrar de quem estava namorando a sério o


suficiente para se casar, e por que eu iria mesmo ser convidada
para o seu casamento.

Knox se afasta dos seus pais e vem para apertar minhas


mãos.

— Você, se você aceitar.

— O quê? — Eu quase grito.

— Vamos, vamos sair do corredor. — Ele me arrasta de


volta pela porta onde nós entramos. Eu sinto um milhão de
olhares curiosos nas minhas costas e sou intensamente grata
quando a porta bate fechada.

Sob as luzes fluorescentes, eu vejo a escuridão sob os


olhos, as ligeiras contusões, como se alguém lhe desse um tapa
ou se ele não tivesse dormido muito. Talvez ele esteja
comemorando até tarde. Ele certamente tem uma boa razão
para isso. Minha garganta começa a doer. Por que veio aqui?
É tortuoso para eu vê-lo pessoalmente. Uma coisa é vê-lo na
televisão. Há algo sobre as almofadas, o capacete, o uniforme
que fornecem certa distância e eu consigo vê-lo apenas como
Knox Masters, o realmente grande jogador de futebol, ao invés
de Knox Masters, alguém que sussurrou que me amava e me
levou para o céu todas as noites em que ficamos juntos.

Aqui ao vivo, com seu belo rosto me olhando


atentamente, tudo o que posso lembrar é que em um momento
eu poderia colocar minhas mãos em seus ombros, rastejar em
seu colo e puxar a cabeça para beijá-lo. É doloroso e glorioso
ficar tão perto dele, mas não poder tocá-lo como se ele ainda
fosse meu.

— Ellie, eu sei sobre Jack, a proibição, e tudo isso.


Meu coração para e em seguida, gagueja à vida
novamente com um rugido de adrenalina enquanto ele tem
seus dedos curvados ao redor minha bochecha. Os calos
arranham contra a minha pele de uma forma áspera e familiar.

— Então por que estou aqui?

— A proibição é para qualquer um, menos para os


membros da família. Nós nos casamos e a proibição está
resolvida, quero dizer, sim você não pode ir para os jogos, mas
você nunca foi de qualquer maneira. Existem apenas dois
jogos restantes antes dos playoffs: o último jogo da temporada
regular e, em seguida, o jogo do título da conferência. Depois
que ganharmos o campeonato nacional, eu estou anunciando
minha elegibilidade, e uma vez feito isso eu não vou ser um
atleta estudantil mais. Você pode vir aos meus jogos
profissionais.

Ele dizer que eles estão ganhando o campeonato é uma


conclusão precipitada. O resto de suas palavras não faz
qualquer sentido, pelo menos não para mim.

— O... O que?

— Ela não acredita em você. — Jack põe a cabeça para


fora da porta. — Nossos pais passaram toda a sua vida
convencendo-a de que ela é uma segunda opção. Que ela não é
valiosa porque ela não usa almofadas e ela não tem um pênis.
Ela nunca teve ninguém que a quisesse desse jeito. Ela está
esperando que você a deixe por outro sapato.

Eu embasbaco com as palavras de Jack. Ele me dá um


sorriso triste.

Knox vira meus ombros.

— O único outro sapato que eu tenho tem um inferno de


um monte de amor, algum tesão também. Eu te amo, Eliot, e
eu quero que você seja minha esposa.

Meus olhos começam a me confundir, mas parece que


ele está desabotoando o casaco e descendo em um joelho.

— Eu sinto que eu nasci sabendo que eu deveria ser um


jogador de futebol. No momento em que toquei a bola, o
universo foi deslocado para o seu devido lugar. Eu me senti da
mesma forma quando eu te vi sentada no topo do estádio
todos esses meses atrás. É por isso que você foi a minha
primeira. — Ele bate a mão contra seu coração. — Eu amo o
futebol, mas eu te amo mais. Nada disto, as vitórias, a glória,
os triunfos... Nada disso têm um sabor doce se você não
estiver comigo. Será que você, Eliot Anne Campbell, quer ser
minha esposa?

Ele pega a minha mão mole e desliza um belo diamante


no meu dedo. É um de aspecto antigo com uma pedra de
centro linda, cercada por filigranas em ouro branco e
diamantes. A coisa toda está me cegando de tão bonito.

Eu não posso acreditar que isso está acontecendo


comigo. Nada de tão bom já aconteceu na minha vida. Eu não
tenho qualquer resposta adequada na minha cabeça. É um
turbilhão confuso. Este homem lindo está me pedindo em
casamento. Ele quer prometer na frente de todos os seus
amigos e família que ele me quer, o mais imperfeito dos seres,
como sua para sempre.

Eu só tenho uma resposta que posso dar—lhe. A única


resposta que ele merece.

Minha mão vai para minha garganta enquanto um


sussurro instável e aquoso sai.

— Sim.

Knox salta para seus pés.

— Tudo bem então, vamos ter você vestida.


Não é a resposta que eu pensei que eu ia conseguir.
Talvez um beijo? Um abraço? Mas em vez disso, Riley corre
através da porta, e abre o saco de lixo puxando um belo
vestido marfim, não isso é uma saia. Feito com uma
montanha de tule.

— O que é isso? — Eu cubro a minha boca. As lágrimas


que eu lutei para manter afastadas começam a cair.

Jack fica perturbado, mas Riley sorri. Knox ri


abertamente.

— Você não amou isso? — Riley pergunta com um tom


de apreensão.

— Claro, eu sim. — Eu a puxo em meus braços e abraço


apertado. — Você é minha melhor amiga, não é mesmo,
Riley?

— Sim. Nós somos irmãs do coração. — Ela fica com


lágrimas também.

Eu envolvo em meus braços superando seu minúsculo


corpo em meu abraço. Ela me leva correndo pelo corredor em
uma sala de treinamento onde eu saio do meu jeans para sua
criação espumosa. Sua bolsa produz um suéter de cashmere
branco apertado com um pescoço em forma de colher, unidas
por pérolas e mangas minúsculas.

— O cós é de cetim. — Ela explica e na parte de trás ela


amarra em um enorme arco.

Parece um sonho. Ela ainda produz um véu. Juntas nós


corrigimos a minha maquiagem.

Riley trouxe tudo que eu preciso e até mesmo um par de


saltos brancos.

— Como você fez isso? — Eu pergunto, dedilhando a


rede branca.

— Não demorou muito tempo. E já que é apenas uma


saia, eu poderia torna-lo um pouco ajustável. — Ela puxa a
saia e o véu para os ajustes finais.

— E sobre a certidão de casamento? — Eu me preocupo.


— Isso terá efeito legal?

— Você vai assinar isso na frente da senhora com roupas


de juiz. Ela é, aparentemente, uma juíza de verdade que a mãe
de Hammer conhece. — Riley me agarra pelos ombros. —
Você tem certeza disso? Porque eu tenho certeza que há outras
maneiras para você ter a faculdade paga, e a temporada de
futebol está quase no fim. Knox e você podem ficar juntos
quando acabar.

É por isso que Jack me fez todas essas perguntas no


carro. Ele acha que eu me casar com Knox vai me levar de
volta para a escola, mas eu nunca me casaria com alguém
apenas por esse motivo.

— Eu o amo, Riles. Meu coração bate por ele e quando


ele não está comigo eu não estou completa. É imprudente,
mas se ele me quer então eu seria uma tola para não aproveitar
esta oportunidade com ele.

Não há nem mesmo uma chance, pela maneira como ele


olha para mim com todo esse amor e certamente esse será o
ato menos arriscado que vou ter em toda a minha vida.

Uma porta corredor bate aberta e ambas damos um salto.


Riley e eu trocamos olhares nervosos. Será que é o treinador?
Alguém que poderia nos deixar em apuros? Nós espreitamos
para fora do vidro da porta e eu vejo o meu pai.

No início, meu coração palpita de emoção. Ele está aqui


para me levar ao altar. Mas, então, quando ele fica mais perto
eu percebo que ele não está vestindo um terno, ao invés disso
veste uma calça e um suéter.

O meu pai é um homem de negócios. Ele sabe o que


vestir em cada ocasião. Além disso, há o olhar chateado em
seu rosto que não corresponde com uma expressão feliz como
‘Estou feliz que você está se casando’.

Eu puxo a porta e saio. Ele para a poucos passos de mim,


seus sapatos marrons quase escovam a borda da minha saia
volumosa.

— Oi, papai. — Eu odeio que minha voz treme como se


eu estivesse com um pouco de medo, igual quando tinha de
cinco anos de idade.

— Eu ouvi sobre esse absurdo de sua mãe e vim para


colocar um fim a isso. Eu sei os detalhes da sua punição, sobre
ficar longe da equipe e se você não fizesse isso, seu irmão
poderia sofrer graves consequências.

Ele agarra meu braço para me arrastar para longe.

Eu me empurro para fora do seu alcance. — Não, você


está errado, os termos exatos...

Ele levanta a mão. — Eu não preciso ouvir suas


besteiras. Você está vindo comigo.

A porta que leva à sala de treinamento abre e fecha. —


Senhor, por favor, cale-se e sente-se, ou dê o fora.

— Knox Masters. — Meu pai olha a figura de terno


escuro de cima a baixo com desdém. — Você é bem—vindo
para foder a minha filha quando ela não puser mais em risco o
jogo do meu filho em campo.

— Não é Knox. É seu irmão, Kintyre. — Eu digo.

Ty sorri para mim e endireita a gravata preta. — Foi a


gravata não foi?

Knox tem uma azul da cor dos Warriors.

— Eu apenas sei Ty. Você não pode puxar essas merdas


em cima de mim.

— Você não sabe o quanto estou feliz que eu não posso.


— Ele se inclina e me dá um beijo suave, em seguida, oferece
o braço para Riley. — Posso leva-la até o altar?

Ela agarra o braço, mas se volta para me dar um olhar


preocupado. Quando Jack aparece, ela dá um suspiro de
alívio.
Jack olha para o nosso pai e vem para fora.

— O que diabos você esta fazendo aqui? Você me disse


que não viria nem se o próprio delegado lhe trouxesse.

Eu noto pela primeira vez que Jack está três polegadas


mais alto do que o pai, e que meu pai parece... Pequeno e
fraco.

— Eu achei que você ia parar esta farsa, mas eu recebi


um telefonema dos pais dos Masters me implorando para
participar, que eu iria me arrepender de não ver a minha única
filha se casando. O que vou me arrepender é de te salvar das
idiotices da sua irmã. — Ele endireita o fundo do seu suéter.
— Eu vim para por fim a este desastre.

— Não é um desastre. — Jack balança a cabeça em


desgosto. — Você é o desastre. Saia. Nenhum de nós quer ter
nada a ver com você. — Jack se vira para mim e coloca o
braço em volta dos meus ombros. — Vamos, Ellie. Vamos
finalizar a nova equipe. Eu acho que você fez uma boa decisão
com o sua escolha de projeto.

Deixei ele me afastar, porque na minha frente estão me


aguardando para a minha nova vida. Atrás de nós, eu ouço o
falar precipitado de nosso pai, mas quando chegarmos até a
porta da sala de treino, uma linha de ombros largos bloqueiam
a entrada. Ninguém mais vai entrar.

A mãe de Knox vem para frente. Jack para em sua frente


e dá passos para o lado.

A Sra. Masters levanta um colar de pérolas e conecta—os


ao redor do meu pescoço nu.

— Algo emprestado.

Eu tenho que engolir rapidamente para não chorar. —


Obrigado, Sra. Masters.

— Nicole, minha querida. É Nicole. — Ela dá um


tapinha na bochecha. — Oh Deus.

Então ela toma distância e Jack toma seu lugar


novamente. Ele me chama para frente para ficar ao lado de
Knox na linha de cinquenta jardas. Seus companheiros de
equipe se aproximam.

— Eu não deveria ter contato com ninguém da equipe de


futebol. — Eu assobio.
— Não há ninguém aqui, além da sua família. E da sua
futura família. Estou certo? — Knox pergunta.

— Eu não vejo mais ninguém. — Jack responde. Os dois


olham para a multidão de ternos azul marinho e preto que se
viram olhando para nós.

Jack se vira e dá de ombros. — Ninguém aqui além da


família.

A juíza nos casa. É tudo um borrão para mim. Eu digo as


palavras "eu aceito" quando sou solicitada, mas eu me lembro
principalmente das mãos fortes de Knox me segurando o
tempo todo.
Capítulo Trinta
e Seis
Ellie

Depois dos votos, os abraços, de Knox me empurrando


para fora, meio me conduzindo, meio me arrastando em
direção a seu SUV. Ele quase me empurra para o banco do
passageiro e em seguida, corre em volta para o seu lado do
veículo, assim que entra ele trava as portas, liga o motor e, em
seguida, se vira para mim.

Sua mão vem até envolver minha nuca, inclinando a


cabeça na direção dele.

— Eu senti sua falta, baby.

— Eu também senti sua falta. — Não há nenhum ponto


em fingir que não o amo ainda.
Ele inala profundamente, com os olhos fechados por um
segundo antes de estalarem abertos novamente. Um meio
sorriso aparece em seus lábios.

— Três semanas parecem ser três anos, não é mesmo?

— Parecia não ter fim. — Admito.

— Baby, eu sinto muito.

— O que você sente muito? — Eu me empurro para trás


em surpresa, mas Knox me puxa para ele, só para ter o meu
progresso parado pelo console entre nós.

Ele amaldiçoa e se vira para colocar o SUV em sentido


inverso.

— Eu preciso te tirar do carro. Estas vitórias, nas últimas


semanas... — Ele tira os olhos da estrada por um minuto para
olhar para mim, e eu vejo a angústia realmente lá. — Nada
disso vai ser bom até que você tenha me perdoado e eu te
abrace novamente.

Um soluço se instala na minha garganta. Eu engulo


fortemente para afastá-lo, mas isso faz com que a minha voz
saia rouca quando eu respondo.
— Eu sinto muito, eu menti para você sobre Jack.
Desculpe-me, eu beijei seu irmão. Eu sinto muito que eu
coloquei a sua equipe em perigo com minhas ações. — Eu
cubro meus olhos. — Se alguém precisa do seu perdão, sou eu.

Knox solta uma risada abrupta. — Se eu não a tivesse


colocado através desse meu teste estúpido?

— Ele não era estúpido. — Eu choro.

Ele amaldiçoa novamente. — Eu gostaria que não


estivesse nessa porra de carro, porque eu preciso te segurar
agora.

— Para onde estamos indo? — Eu uso o véu para


enxugar minhas lágrimas. Espero que o rímel saia do tule.

— Para o Hotel. — Ele sorri. — Presente dos meus pais.

— Eu não posso acreditar que eles permitiram que você


se casasse.

Ele coloca um braço nas costas do meu assento e seus


dedos passeiam pelo meu cabelo.

— Nós somos adultos. Eu sempre soube o que eu queria


desde que eu vim para fora do útero.
Eles sabiam que isso era melhor do que discutir.

Suponho que isso é certo. Ele é um fanfarrão, forjando a


frente para tomar o que ele quer.

E de alguma forma ele me quer.

— Eu te amo. — Eu sussurro.

Sua mão aperta o meu cabelo e ele faz uma curva


acentuada à direita em um estacionamento de um shopping
center que está aparentemente fechado aos domingos, porque
está completamente vazio. Em um movimento rápido, ele tem
a trava de estacionamento acionada e meu cinto de segurança
retirado.

Ele me puxa sobre o console e subo em seu colo. É um


ajuste apertado, desconfortável. O volante escava na minha
lateral, minhas pernas balançam desajeitadamente sobre o
console.

O cinto de segurança de Knox não tinha sido totalmente


retirado na pressa, e ele enfia embaixo da minha bunda, do
lado direito.

Mas eu nunca me senti melhor.


Eu permito que minhas mãos vaguem sobre seu lindo
rosto e em seu cabelo. Levando tempo suficiente para escovar
a gola do seu paletó. Eu tomo uma respiração profunda após a
outra, enchendo os pulmões com o cheiro dele.

Minhas lágrimas começam a cair.

— Não, não, por favor, pare. — Diz Knox em pânico. —


O que eu preciso fazer?

Suas mãos tentam afastar minhas lágrimas e a doçura do


seu gesto singular gira acima do meu sistema hidráulico e eu
não faço qualquer esforço para detê-las ou a ele.

— Estas são lágrimas de felicidade. — Eu informo de


bom grado. — Eu achei que eu nunca teria a chance de tocar
em você novamente. — Eu levo suas mãos, colocando-as
sobre meus seios cobertos pelo suéter. Instintivamente, as
palmas das suas mãos enrolam ao redor da minha carne. Seus
polegares pastam por meus mamilos sensíveis. — Você me faz
sentir tão bem, — eu gemo. — Nunca pare de me tocar.

— Eu não vou, — Ele jura. — Eu nunca vou parar.

Ele me pressiona para frente, fechando a pequena


distância entre nós. Sua boca se reúne com a minha com tanta
ternura que eu explodo em êxtase. Ele tem um gosto de menta
e masculinidade que é tão maravilhosamente familiar. Sua
língua se move e esfrega contra o céu da minha boca, ao longo
dos cumes, desencadeando uma revolta dentro das minhas
papilas gustativas. Ele é a melhor coisa no menu, o sabor que
nunca vai apaziguar a minha fome crescente.

Eu corro minhas mãos livremente debaixo de seu paletó.


Nós temos uma montanha de roupas entre nós e eu estou
desesperada para tirá—las. Eu quero a sua pele áspera contra a
minha mais delicada estrutura. Eu quero correr minha língua
sobre seus músculos rígidos e o possuir da forma mais difícil, a
parte aveludada dele em minha boca, para o meu corpo e para
dentro de mim.

— Precisamos de uma cama. — Eu sussurro rouca contra


sua boca.

Ele geme e aperta as mãos em torno de meus seios mais


uma vez, antes de me levantar de volta para o meu lado do
veículo. Com extremo cuidado, ele se estica e prende o cinto
em mim. Satisfeito que eu estou segura, ele passa uma mão
pelo meu rosto e escova meu cabelo para trás.

— Eu te amo, Eliot Masters, eu ainda te amo.


Lágrimas escorrem pelo meu rosto.

— Se você quer me fazer parar de chorar, você não pode


me dizer essas coisas. — Eu agarro a mão dele e pressiono
beijos ao longo da palma de sua mão.

Ele libera uma pequena bufada de riso. — Eu acho que


você vai chorar muito então.

— Você vai chorar se eu te disser que eu amo você de


volta? — Eu acaricio minha bochecha em sua mão.

— Talvez. Por que você não experimenta? — A


uniformidade de sua voz é um esforço.

— Eu te amo.

Ele não chora, mas seus olhos amaciam para mim e o


amor brilha; melhor do que lágrimas, em minha opinião.

Knox coloca o veículo em movimento e seguimos para o


centro da cidade, para o hotel. Nós chegamos lá, mas eu não
me lembro da viagem. Tudo o que sei é que eu posso tocar e
sentir e respirar ele dentro de mim, de novo.

Ele é meu novamente... E para sempre.


***

— Eu me sinto... Desconcertada. — Eu admito enquanto


esperamos o elevador do hotel. As pessoas olham para nós. Eu
suponho que nós parecemos uma visão. Meu véu está torto e
tenho a jaqueta de Knox sobre meus ombros.

— Eu disse a Matty que era assim que eu me sentia.


Estúpido e confuso. Concluímos que é como os Quarterbacks
devem se sentir quando eles estão encurralados. — Ele me leva
para o elevador. — Então nós começamos a discutir o amor?

Eu bufo. É brega, mas doce, e totalmente Knox.

No interior, ele é um romântico. O homem que se


guardou para a garota certa e de alguma forma, essa sou seu.
Toda a minha vida, eu nunca fui nada, mas a irmã de Jack.
Para Knox, eu sou a pessoa que ele esperou por toda a sua
vida.

— Sim, mas nós nunca estamos dizendo que é merda de


novo.

Eu escondo um sorriso. Pelo menos agora eu tenho algo


para atormentá-lo, e a Matty também.

Discutir sobre o amor, como hilariante deve ter sido. O


elevador para no quarto andar e Knox me leva para o nosso
quarto.

Meu humor rapidamente se transforma em algo mais,


porque no minuto em que a porta do quarto do hotel se fecha,
Knox me tem contra a porta. Suas mãos enfiam em minha
jaqueta tirando-a do meu corpo, sua boca prende a minha.
Nós tiramos os nossos sapatos e deixamos jogados pelo
caminho. Sua jaqueta é jogada no sofá quando passamos por
ele, ele me puxa em direção ao quarto, sem nem uma vez
levantar a cabeça. Nós nos beijamos como se o mundo fosse
acabar amanhã. Como se não víssemos um ao outro em anos.
Como se ele fosse um soldado que retorna de uma
implantação sem fim.

Nós nos beijamos como nós nos amamos e não sei como
expressar isso em palavras, somente em contato. Sua língua
funciona contra a minha em ambas as formas febris e
reverentes. Eu não posso me imaginar beijando outro homem.
Eu não quero. Este gosto, esse toque, esta ternura é tudo que
eu sempre querer ou precisar.
No quarto, nós puxamos as roupas um do outro. Nossas
bocas se separam apenas para que possamos nos livrar do seu
paletó.

— Bom. — Knox balança as sobrancelhas quando a


minha saia sai com um puxão do laço. Nós dois tiramos
minha blusa e meu sutiã até que eu estou sem nada além de
um par de calcinhas rosa.

Ele me coloca na cama.

— Eu perdi o seu corpo quente. — Diz ele antes de


abaixar a cabeça para prestar homenagem a um mamilo muito
ereto. O outro mamilo que fica é amassado e puxado pela sua
mão esquerda, enquanto a direita faz o trabalho rápido nos
botões da camisa.

Nós dois gememos quando sua mão encontra o seu


caminho entre as minhas pernas.

— Eu amo o quão molhada você chega para mim, — Ele


resmunga contra meu peito. — Molhada e quente.

Ele afunda um dedo dentro de mim e eu quase expiro ali.


— molhada, quente e apertada.

— Tem sido assim por muito tempo. — Três semanas se


passaram como se fossem três anos, ele disse, isso é correto
como um ataque cardíaco.

— Sim. — Ele começa a mergulhar mais embaixo, mas


eu agarro seus ombros. — O que foi? Está naquela época do
mês? — Ele parece angustiado e eu tenho que segurar uma
risada.

— Não. Eu preciso de você dentro de mim. Agora.


Porque tenho desejado isso por muito tempo.

Ele entende. Eu vejo isso em seus olhos, a maneira como


eles escurecem e ficam com fome.

Bem, com mais fome.

Ele fica em pé e suas mãos vão até a cintura, eu chupo o


meu lábio inferior com emoção. Ele é tão bonito e eu faço
uma pausa para me recompor. Tudo sobre o seu ele mostra
poder e força, a partir da largura de seus ombros até a extensão
massiva de seus braços. Mas há vulnerabilidade, também, uma
cintura surpreendentemente estreita, acentuada pelo abdômen
rígido e centrado pelas lajes retangulares de músculos que
esboçam o pelo escuro que segue até o seu eixo pesado que
sacode ansiosamente no ar quando Knox dá alguns passos
para fora da calça. Ele dá de ombros tirando sua camisa,
remove as meias, e depois fica imóvel diante de mim.

Eu corro meus olhos sobre cada polegada dele uma vez e


em seguida, faço novamente. É difícil acreditar que tudo isso,
por Deus, é meu.

— Gosta do que vê? — Ele zomba delicadamente.

— Sim, e muito.

— Agora é a minha vez. — Ele diz e chega para mim. Eu


me empurro para trás e deixando—o remover minha calcinha.
Ele chega entre as minhas pernas e me acaricia levemente, me
provocando, mesmo depois de eu lhe dizer que não podia
esperar. — Você está fodidamente deslumbrante, Ellie, caralho
de linda.

Ele se abaixa entre as minhas pernas e corre suas mãos


grandes ao longo de meus tornozelos e dos meus joelhos, em
seguida, para as minhas partes internas das coxas, até que seus
polegares se encontram no meu sexo.

— Você é tão bonita aqui, rosa e molhada. — Ele se


inclina para frente e esfrega sua língua do meu clitóris as
minhas pregas, ida e volta. — E seu gosto é como a porra de
um sonho.
— Por favor, Knox. — Eu não sou orgulhosa demais
para implorar. — Eu preciso de você.

Seus dedos emaranham em meus cachos quando ele


continua a alisar entre as minhas pernas como se eu não
estivesse quase morrendo por sentir falta dele. Eu cavo meus
dedos em seus cabelos e empurro, ele empurra os ombros entre
as minhas pernas, espalhando-me para fora de uma forma
intensamente vulnerável.

— Eu quero que você venha na minha língua, Ellie. —


Seus lábios se movem contra a minha pele e até mesmo o
contato é tão erótico que eu levanto meus quadris em busca de
mais. — Todas as noites que nós estivemos separados, eu
sonhei com você. Eu tinha o seu gosto em minha boca e seu
perfume em meus pulmões, mas desapareceria quando eu
acordava. Agora que eu tenho você... — Ele faz uma pausa
para enrolar a língua em torno de um ponto de carne
palpitante no topo do meu sexo. — Eu quero comer você até
que eu tenha minha garganta revestida de você.

Acima dele, eu tremo em sinal de rendição completa.


Suas palavras são quase tão eróticas quanto o seu toque. Eu
me entrego a ele, a seus dedos inteligentes e a sua língua
aventureira. Ele trabalha em cima de mim pelo o que parece
ser horas, uma carícia lânguida após a outra, até que eu volto
em uma inundação, enrolando meus dedos no ar e minhas
coxas tremendo contra seus ombros.

Ele emerge em seguida com sua boca brilhando com a


evidência do meu orgasmo. Entre as suas pernas está o seu
pesado eixo e a cabeça está mais do que molhada com sua
própria excitação.

Eu chego para ele e envolvo meus dedos ao redor do seu


pau duro. Ele me permite guia-lo para o meu centro. Meu
orgasmo me deixou inchada e apesar da umidade que ele
persuadiu em mim, estou apertada contra o seu generoso
contorno.

Seus lábios puxam para trás em um assobio como eu se


eu o chupasse lentamente. Ele me permite definir o ritmo desta
vez, e eu o trato do mesmo jeito, estudando cada consideração
e aplicando o mesmo castigo que ele teve por mim.

— Aww foda, baby... — Ele grunhe. — Você me faz


sentir tão bem. É tão bom.

Ele cai para frente, apoiando os braços ao lado de minha


cabeça. O deslizar lânguido de seu corpo contra o meu é
requintado. E porque eu não tenho medo que esta seja a
última vez que vou tê—lo, eu levo o meu tempo me
familiarizando com o seu físico muito perfeito.

Cada empurrão para frente e cada retorno é lento e


deliberado, de modo que cada pequeno movimento do seu
eixo dentro de mim é registrado. A cabeça arrasta contra o
tecido mais macio, mais sensível, fazendo aumentar o prazer
mais do que eu achava possível.

Eu esfrego os calcanhares contra sua canela, o pelo


espesso coça contra as solas dos meus pés. Seus estão ombros
tensos sob as minhas mãos e flexionam seu bíceps com cada
impulso medido dentro do meu corpo.

— Eu te amo. — Eu me viro e pressiono minha boca


contra um desses músculos flexionados. — Eu te amo... —
Repito. Eu digo as palavras uma e outra vez, pontuando por
beijos. Ele rosna em cima de mim, o arco de seus braços
tremendo com o seu esforço em afastar seu próprio orgasmo.

Mas ele é um atleta de classe mundial e ele usa qualquer


coisa em matéria de voodoo que está em sua mente, que o faz
esquecer a dor durante um jogo, em adiar o fogo que lambe o
seu corpo. Ele emprega sua força e resistência inigualáveis
para mim, trabalhando em um frenesi totalmente irracional,
onde tudo que eu sinto é a sensação de prazer e de alegria que
nunca termina.

Sua cabeça mergulha para saborear a minha boca. Sua


língua tem gosto da minha felicidade e engole meus gemidos
de prazer. Fazendo quase uma pausa no ritmo, ele puxa para
fora e me vira até que eu fique em meus joelhos.

Quando ele desliza por trás, um áspero grunhido invade


o silêncio, interrompido apenas pela nossa respiração
arruinada e desigual.

As curvas da sua mão estão sobre a minha bunda, me


levantando fora de meus joelhos até que todo o meu peso recai
sobre meus cotovelos. Ele me leva então, com golpes furiosos.
Sua necessidade o tem sobrecarregado, para minha grande
satisfação. Eu empurro de volta com toda a força que tenho
em mim, mas suas mãos prendem em meus quadris, me
segurando ainda mais quando ele martela dentro de mim.

Eu me entrego ao seu domínio. Sua selvageria me


alimenta, até que eu mal sei onde ele termina e eu começo.
Nós somos um, infundidos com a mesma euforia, possuídos
pela mesma necessidade, unidos pelo mesmo amor.

Ele solta meu quadril e mergulha entre as minhas pernas


para moer contra o meu clitóris até que eu explodo em torno
dele.

— Sim, é isso. — Sua voz rachada carregada para baixo


por sua fome. — Vem pra mim.

E eu vou. Eu convulsiono ao redor dele, abraçando seu


eixo com pequenos tremores até que eu sinto sua libertação
dentro de mim, me enchendo, me completando. Eu me
entrego à sensação deixando ele me levar até que tudo que eu
sei é sobre ele.

Eu quase não o sinto puxando para fora, o molhado


morno dele nas minhas coxas. Ele me cobre com um cobertor
e em seguida vai silenciosamente para o banheiro. Eu ouço
uma descarga e em seguida água corrente. Eu deveria me
limpar, mas eu estou muito exausta e desfeita.

Ele retorna e faz isso por mim. Meus olhos apertam


abertos para vê-lo correr uma toalha umedecida entre as
minhas pernas. Ele me dá um sorriso terno e se inclina para
beijar a pele recém—lavada. A partir de uma mala que eu não
percebi antes descansando contra a parede, ele puxa para fora
um novo par de cuecas e desliza até as minhas pernas. Eu
levanto a minha bunda.
— Você manteve todas as minhas camisetas? — Ele
pergunta com um sorriso malicioso. Ele deve ter ajudado a
arrumar minhas coisas.

— Claro. — Se eu tivesse energia, eu rolava meus olhos.

Ele ri baixinho e eu me contorço ao ouvir esse som feliz.


Knox puxa as cobertas e sobe, ocupando a posição contra a
parede. Eu me enterro nele empurrando minha bunda em sua
virilha e colocando minha cabeça em seu bíceps.

— Hammer vai sugerir um artigo em uma revista de


mulher on-line, sobre como o esperma é bom para o corpo de
uma mulher. Você acha que vai ser aceito? — Sua mão
acaricia levemente para baixo do meu lado.

— Estou assustada por essas mulheres. — Eu respondo


sonolenta.

— Assustada com uma espécie de curiosidade? — Ele


pressiona um beijo acima da minha cabeça.

— Só assustada. — Mas sim, tipo curiosa. Eu caio no


sono, cheia de contentamento.
Capítulo Trinta
e Sete
Knox
Dia Jogo: Warriors 11-1

A atmosfera no vestiário é composta de uma esperança


moderada. Nós estamos a um jogo de terminar a temporada
com apenas uma derrota. Se nós ganharmos hoje estaremos no
campeonato da conferência, que é um passo mais perto para o
nosso objetivo, que é o Campeonato Nacional.

O treinador chamou os jornalistas, analistas e outros


treinadores, mantendo claro que nós pertencemos aos playoffs.
O comitê de seleção não estava vinculado às sondagens
daqueles que nos tem classificado em sétimo lugar. Eles fazem
suas próprias decisões. Hoje demos a seleção de comitê todos
os motivos para nos colocar entre os quatro primeiros.
Por baixo do uniforme, faço um ajuste nas almofadas e
na camiseta, meu coração bate em dobro.

Eu me levanto do banco e espero por Matty puxar seus


fones de ouvido para fora. Por Hammer parar de enviar
mensagens de texto. Por Ace para se reunir ao ataque.

Quando a sala fica em silêncio, levanto meu capacete por


cima da minha cabeça.

— Começamos esta temporada com um objetivo, jogar


pelo título. Esse objetivo ainda existe. Para alguns, este é o
último jogo em casa que nós estaremos jogando.

Em algum lugar no meio da multidão eu ouço um grito.


Nem todo mundo sabe que eu planejei me declarar elegível.

Isso vai estar lá fora em breve, mas o que é dito no


vestiário fica aqui.

— Nós nunca vamos pisar no Union Field usando o


uniforme dos Warriors, nosso armário vai estar com o
uniforme de outra pessoa. Nosso tempo aqui vai se tornar uma
memória. — Eu bato meu capacete contra a minha cabeça.

A equipe me olha com muita atenção.


Eu não disse nada por alguns momentos, porque eu
preciso olhar um por um de pela última vez. Mesmo se
vencermos hoje, esta pode ser a última vez que eu visto azul e
dourado. Tem sido um louco, divertido, sopro na mente, dor
no coração, esses inesquecíveis três anos.

Eu não vou embora sem uma luta. Eu estou pronto para


colocar tudo o que tenho para fora nesse campo.

— A cada segundo em que estamos no campo, temos


uma escolha. Nós podemos jogar juntos como uma unidade,
uma máquina, um só coração. Se fizermos isso, não importa o
resultado, vamos ter encontrado o nosso objetivo. Hoje eu
pretendo jogar como se eu nunca fosse jogar novamente. Se eu
ainda estiver em pé no fim do jogo, eu não tentei duro o
suficiente. Homens! — Eu chamo acentuadamente. — Este é o
meu coração, minha vontade, meu desejo.

Eu bato minha mão em meu peito duas vezes em uma


rápida sucessão. Matty repete, o mesmo acontece com
Hammer, em seguida, Ace, e em seguida, todo o vestiário
enche com a batida percussiva uma vontade em conjunto. A
batida para e eu grito: — Ninguém pode nos derrotar se
acreditarmos. Vocês tem o coração de um Warrior?
— Sim!

— O orgulho de um Warrior?

— Sim!

Matty acelera o ritmo. O resto segue.

— A vontade de um Warrior?

— Sim!

O barulho dos nossos punhos contra os nossos corações é


esmagador. Eu tenho que gritar para ser ouvido.

— Então vamos lutar como Warriors. Nós vamos


sangrar como Warriors. Vamos ganhar como Warriors!

Eu pulo e pego Ace. Nós colocamos nossas cabeças


juntas aos noventa homens da equipe e nos reunimos em
nossas costas. Movemos—nos como um só. Uma massa
gigante de carne, músculo, e ânsia.

— Lutar! Sangrar! Ganhar! Lutar! Sangrar! Ganhar!


Lutar! Sangrar! Ganhar! — A equipe ruge sua promessa.
Alguém abre as portas para o túnel e explodimos, correndo
como se estivéssemos sendo perseguidos por touros. Não, nós
estamos perseguindo os touros. Nós somos os mais humildes,
os mais desagradáveis, o foda dos mais resistentes do planeta e
hoje é o nosso momento.

Os Lions ganham no sorteio e optam por receber. Eles


querem que seu ataque número dois no ranque do país, sejam
os primeiros em campo. Certo. Eu esmago meu capacete para
baixo. Eu quero apresentar ao Sr. Heisman à grama, logo que
possível. Ele vai aprender que a única coisa que ele verá hoje
será o meu número no seu rosto.

Ele está em nosso caminho desde o início. Nós


ganhamos o apito e atrasamos. Os Lions começaram na linha
dos vinte. Eu me alinho em frente ao defensor da esquerda.

— Você pode querer ajoelhar—se agora, porque você está


prestes a passar um bom tempo caído. — Eu o informo.

Ele bufa. — Claro, que eu vou, macaco saltador. Você


estará usando a sua toalha para secar suas lágrimas depois que
começarmos.

— Não este ano.

Eu bato duro nele, o empurrando de lado e correndo


muito depois do quarterback. Ele deve sentir meus passos
porque ele solta cedo demais e o passe é incompleto. Eu bato
levemente no capacete antes de ajudá—lo a se levantar.

— Eu espero que você tenha comido seus carboidratos


hoje, porque você está prestes a ter muito trabalho.

O candidato a troféu ‘é o cara’ olha pra mim quando eu


corro de volta para o meu lado do campo.

Eu pirraço durante todo o tempo. Quando estamos com


os narizes grudados, eu pergunto:

— Será que você não está a três números atrás da


profundidade e da posição em que tem que enfrentar? Porque
eu vou usar você e seu reserva muito profundamente até o
final do primeiro tempo.

— Você deve ficar para baixo, Marshall, — Eu digo ao


forte homem de linha ao lado. — Isso vai lhe poupar um
pouco de dor.

No quarto tempo, eu me sinto como se não tivesse


jogado nenhum jogador para baixo. Eu dou um tapa duro na
bunda de Hammer.

— Nós estamos fazendo bem hoje, Hammer?

Ele ri como uma hiena.


No final do jogo, depois que a imprensa saiu, eu estou
encharcado de suor e Gatorade, em pé sobre a bancada. Os
rostos ao meu redor estão cobertos com uma alegria autêntica.

Não foi perfeito, mas foi o suficiente. Nós tínhamos


batido a equipe classificada como número cinco do país. Isso
significa que devemos tomar o seu lugar no ranking amanhã.
Um pequeno passo para os playoffs.

Eu espero um momento e olho para as arquibancadas


encobertas pelos uniformes azul royal e dourado dos Warriors.
O mesmo de sempre, idosos que não vão para o próximo
nível. Os garotos que jogaram durante quatro anos, mas serão
empresários, médicos, advogados. Não importa o que eles
serão em suas vidas, mais eles sempre vão ser capazes de dizer
que eles jogaram para uma das melhores equipes de faculdade
do país. Eu não tenho nenhuma dúvida de que se você
perguntasse a cada um deles, se os seus dedos quebrados,
olhos negros, corpos machucados valeram a pena, eles
soltariam um SIM mais rápido do que você pudesse imaginar.

Porque nunca houve nada como este jogo. O que Ellie


tinha dito? O templo construído para a reverência a perfeição
física? Ela está certa e ela está errada. É um lugar que celebra
tanto o sacrifício quanto a celebra a vitória.

Ellie se sacrificou tanto pelo jogo. Por seu irmão. Por


nós. Eu gostaria que ela pudesse estar aqui. Eu inclino minha
cabeça e finjo que ela está sentada no topo.

Nos melhores lugares na casa.

— Saudades de você, baby. — Eu digo para o ar fresco


da tarde. Eu beijo meu capacete e ergo na direção que eu a
imagino. E em seguida, volto a caminhar em direção ao túnel.

Um jornalista do jornal impresso local me pega antes que


eu possa fazer o meu caminho para fora do campo. — Há
rumores de que você planeja se declarar elegível. É este o seu
último jogo em casa?

Atrás do jornalista aparece a relações públicas da equipe.


Ela olha para mim como se ela soubesse que eu prefiro fugir a
ter que fazer isso.

Eu reúno um sorriso e me curvo para alcançar o


microfone.

— Este é o último jogo em casa este ano. — Eu respondo


com cuidado, não deixando que esta resposta saia como uma
vitória agridoce. — Ser um Warrior é uma oportunidade
especial e eu sou grato por fazer parte da equipe.

— Você merece os playoffs, apesar da derrota no início


da temporada?

— Sim, nós merecemos os playoffs. — É imprudente


falar essas merdas ou algum comunicado com esse tipo de
linguagem, pois provavelmente será vinculado em algo como
Knox Masters garante uma vitória e será explodido em toda a
mídia social. Mas eu acredito nisso 100%.

— Você está dizendo que vocês são melhores do que as


outras cinco equipes na frente de vocês?

— Eu estou dizendo que nós pertencemos aos playoffs.


Isso é tudo.

— Há rumores de problemas de vestiário. Isso teria lhe


distraído?

— Pareceu que eu estava distraído hoje? — Eu olho sobre


sua cabeça e vejo o treinador, que me dá um aceno de cabeça
dizendo que eu posso ir. Eu solto as palavras que nós
jogadores praticamos como uma brincadeira. — Eu estou feliz
que eu possa fazer parte dos Warriors e que tenho a
oportunidade de jogar por um título nacional com os melhores
caras do mundo.

Eu levanto o meu capacete no ar e grito. Os caras gritam


de volta, e logo está demasiadamente barulhento para novas
perguntas.

Nós corremos para fora do campo e no vestiário, onde há


mais imprensa, mais reforços e os membros da família. Eu
abraço a todos. Bato em uma dúzia de idiotas. Tomo um
banho de Gatorade mais ainda.

Não há nenhuma Ellie, mas eu ligo para ela. Eu pego


meu telefone e vou direto para os chuveiros.

— Você jogou tão bem, baby! — Ela grita. — Eu


particularmente gostei do primeiro tempo, você parou sobre o
quarterback por um tempo. O que você disse?

Eu disse que ele deve se acostumar com a grama.

— Eu elogiei por quão bonito ele pareceu quando estava


deitado.

Ela bufa. — Jesus. Você estava pedindo por isso.

— Eu não posso esperar para voltar para casa, esposa.


Ela ri. — Eu não posso esperar para comemorar.

Bem, maldição quente.

Eu a faço fazer todo o trabalho, porque meu pobre corpo


se sente ferido, mesmo após o banho de gelo. Em seguida, me
levanto e vejo o resto dos jogos. Jack, Riley, eu e Ellie nos
sentamos na sua sala de estar, colados à televisão.

Nós assistimos em crescente euforia como a equipe


número dois do ranking do país cai por terra diante de nossos
olhos. O quarterback perde um lance, na linha das vinte
jardas. No ponto que se seguiu, o apanhador recebe uma falta
pessoal e a equipe adversária começa na linha das quarenta e
cinco jardas.

As vinte jardas são exploradas pela corrida em campo,


soco a bola em frustração, a pontuação é de quatorze a zero. O
telefone toca.

— Você está vendo isso? — Matty grita. Eu posso ouvir


os gritos de alegria no fundo.

— É o primeiro tempo, mano. Eu tento falar com a voz


da razão. Jack e eu trocamos olhares cautelosamente
esperançosos. Nenhum de nós disse nada em voz alta, porque
não queremos dar azar.

O segundo tempo vai tão bem para a equipe favorecida


como o primeiro, eles estão indo perder de vinte a zero. Até o
quarto tempo, a equipe tenta fazer uma corrida, mas já é tarde,
muito tarde.

— O que significa isso? — Riley pergunta.

Meu telefone está explodindo, mas Ellie responde por


mim.

— Um comitê de seleção de classificação decide quem


está nos playoffs. Desde a derrota de quatro semanas atrás, os
Warriors têm dominado. Hoje, a equipe classificada como
favorita perdeu para uma de nível inferior e por uma margem
grande. — Ela aponta para a televisão. — O resto das equipes
mais bem cotadas parecem paralisadas e confusas hoje.

— Quando é que vamos saber? — Riley se inclina para


frente ansiosamente.

— Amanhã, — Ellie responde. — O quadro será definido


amanhã.

Fico feliz que este é o primeiro dia da temporada e que


eles não nos fizeram esperar até terça—feira para as posições.
Ellie está correta. As quatro equipes finais BCS serão
anunciadas no domingo, apenas a um dia de distância.

Eu não sei se Riley ou Jack conseguiram dormir. Eu não


consigo. Eu continuo acordando Ellie para sexo porque eu
tenho muita energia acumulada. Por volta do amanhecer, ela
me chuta para fora.

— Vá correr. Eu não posso ter o seu pau dentro de mim


mais uma vez.

— Eu poderia lambê-la. — Eu digo esperançoso. Ela bate


um travesseiro sobre sua cabeça.

— Sério, eu acho que outro orgasmo me faria sentir


dolorida.

Relutantemente, eu a deixo e vou correr. Eu não estou


nem mesmo cansado depois de dez milhas, então eu vou para
a sala de musculação. Eu não sou o único lá. Fazendo o
levantamento de pesos está Matty. Vou até ele.

— A espera é fodidamente excruciante.

— Eu sei isso.

Severamente, ele gesticula para eu colocar outra placa na


barra.

— Eu estou esperando que isso me leve a um estado de


estupor. Não posso parar até que a notícia venha à tona.

Eu vou para o supino e espero que eu possa fazer o


mesmo. Depois de um par de horas, o treinador para condição
física nos força a sair. Matty e eu voltamos para a casa e
jogamos Madden com os meninos. Se eu for para casa de
Ellie, eu tenho medo de atacá—la e então eu vou estar
divorciado antes mesmo de começar os playoffs.

Por volta da hora do jantar, o telefone toca novamente.

— Você vai responder a isso? — Matty exige.

Parte de mim não quer. Contanto que eu não saiba,


ainda resta uma esperança. Mas então eu me dou um tapa na
cabeça e pego meu telefone.

— Te enviei um texto. Leia—o. — O técnico diz e


desliga.

Eu puxo para cima as mensagens. É uma mensagem do


comitê BCS. Eu leio, em seguida, leio novamente. Em
seguida, leio pela terceira vez. Eu me levanto, entro na
cozinha, e coloco meu telefone no canto mais distante. Todo
mundo fica em silêncio. A mão de Matty congela a meio
caminho entre o saco de Doritos e sua boca.

— Você tem que parar de comer essas comidas de merda,


menino Matty, porque os Warriors da Western estão entre os
quatro fodidos times.

Sua mão abre e batatas fritas derramam pelo chão. Eu


não poderia me importar menos.

— Você está me sacaneando?

— Não.

— Foda, sim! — Ele dá um soco no ar. Outra pessoa vira


a mesa de café para baixo. Em menos de cinco minutos,
batatas fritas, cerveja, refrigerante, e móveis estão todos
espalhados sobre o apartamento, o abraço de caras, tapas de
volta e toda a merda jogada ao redor em um êxtase
desenfreado. Meu sorriso se estende amplo como um campo
de futebol.

Nós estamos dentro.


Capítulo Trinta
e Oito
Ellie

Final de jogo: Warriors 13-1

Ouço uma batida na porta, estou de costas e aliso meu


cabelo para trás e endireito a camiseta de Knox. Os Warriors
foram jogar contra a equipe da casa no jogo dos playoffs de
hoje à noite. Eles tinham vencido facilmente o seu título da
conferência e com a vitória desta noite ficaria apenas a um
jogo de distância do título do Campeonato Nacional. Eu
verifico o olho mágico e um rosto de muito boa aparência,
mas os olhos um pouco desproporcionais e uma mandíbula
ligeiramente torta sorriem para mim.

— Sério? — Eu falo pausadamente enquanto abro a


porta. — Você acha que usando a sua gravata desgastada irá
me confundir.

Ty conscientemente ajusta a gravata. — Você vai me


deixar entrar?

— Tudo bem. — Eu deixo a porta aberta e caminho de


volta para a televisão, onde os comentaristas falam sobre a
Western e seu oponente no campeonato nacional. Ty não vem
e senta comigo no sofá.

Ele fecha a porta e em seguida, fica parado olhando para


mim.

— Você está me deixando desconfortável, Ty. — Eu faço


uma careta para ele. — Eu tenho lápis de olho no meu nariz
ou algo assim?

— Você realmente pode nos diferenciar, não pode.

Isso não é uma questão, é mais como um estranho


lamento. Ele soa quase triste que eu possa ver através de seus
pequenos jogos e brincadeiras.

— Sim.

— Como?
— É óbvio. — Eu não digo que ele não é tão atraente
quanto seu irmão, porque esses meninos têm um grande
concurso de ego.

— Eu vim muito cedo, não foi? Ninguém da equipe


voltou então você sabia que era eu.

Se isso faz você se sentir melhor. Na verdade não, eu não


estou deixando ele fora do gancho.

— Jack veio aqui a uns vinte minutos atrás. — Eu aponto


para o relógio. — Eu imaginei que Knox estava sendo
encurralado no lobby por alguns entusiasmados torcedores.

Ty se levanta e começa a andar. — É a maneira como eu


falo? Meu tempo no Sul me deu um sotaque, não é?

— Acho que o tempo no sol do sul tem é cozido seu


cérebro bobo, — Eu digo. — Por que isso importa? Não é uma
coisa boa?

— Não para mim. — Ele franze a testa.

Das histórias que Knox tinha compartilhado sobre os


tempos que eles confundiam as pessoas, os seus pais e os
professores, as amigas e os treinadores, me sinto quase
aliviada que eu possa os reconhecer separadamente.

Poderia ser incrivelmente estressante descobrir quem é


quem. Ty deve se sentir grato que eu não estou pedindo um
deles para fazer uma tatuagem facial porque isso seria muito
mais fácil para eu poder fazer a distinção entre os dois.

— Qual é o negócio com seus nomes? — Pergunto, já


que Ty não consegue enfiar em sua cabeça o fato de os dois
parecerem completamente diferentes para mim.

— O que Knox disse?

— Nada. Embora eu nunca tenha perguntado. O dele é


um pouco diferente. O seu é muito incomum.

Um rubor maçante se espalha pelas maçãs do seu rosto.

— Já que você faz parte da família, eu vou te dizer, mas


só se você jurar sobre o tendão de Aquiles de Knox que não
vai contar a outra alma sequer.

— Esse é o seu juramento? Sobre o tendão de Aquiles do


seu irmão? — Eu rolo meus olhos. Estes dois... É uma
maravilha sua bela mãe não estar completamente louca até
agora.
— Você jura sobre isso? — Ty pressiona.

Eu ergo minha mão a palma para fora. — Eu, Eliot Anne


Campbell, juro solenemente nunca revelar as origens de seus
nomes, mesmo em ameaça de morte, ou o tendão de Aquiles
do meu amado será profanado.

Ty acena com a cabeça em aprovação. — Bom


juramento, mas você é Eliot Anne Masters agora.

Whoops.

Isso ainda é tão novo que eu me esqueci. Ele enfia os


dedos juntos e depois estende seus braços totalmente a sua
frente empurrando as palmas das mãos para fora, quebrando
cerca de cinco dedos no processo.

— Então, minha mãe adora romance, especificamente os


escoceses históricos, os highlanders. Talvez eu tenha até
mesmo vislumbrado uma cena com meu pai vestindo um kilt,
eu não sabia que ele pertencia a minha mãe. — Ele estremece.
— Não vamos falar sobre isso, ainda estou traumatizado.

Eu pressiono meus lábios para não rebentar de tanto rir


dos olhos arregalados de horror de Ty.
— Vocês foram nomeados a partir de autores? De
lugares?

Ele murmura algo em sua mão.

— O que é isso? Shmeroes? Shmeroes? Isso nem mesmo


é uma palavra.

— Heróis, — Diz ele. — Heróis. Fomos nomeados em


homenagem aos falsos e musculosos highlanders que minha
mãe lia a respeito, antes dela conhecer meu pai. Ou depois.
Merda, se eu sei.

Eu tento não rir, mas é impossível. Eu me dobro e acabo


caindo fora do sofá no chão, segurando meu estômago e
rugindo com alegria. Eu posso imaginar a conversa de
vestiário se essa coisa de nomeação se espalhar.

— Eu queria que você tivesse colocado isso no seu perfil


na Sports Illustrated. — Eu suspiro para fora. Ty joga um
travesseiro na minha cabeça.

Eu estou apenas parcialmente composta quando ouço


outra batida afiada contra porta do lado de fora. Eu abro antes
mesmo de olhar pelo olho mágico, imaginando ser Jack ou os
pais de Knox.

Em vez disso, é Knox vestindo seu terno azul de lã e a


camisa branca com um laço vermelho e branco envolto em
torno do seu pescoço, parecendo de dar água na boca de tão
bonito.

— Por que você está vestindo a gravata de seu irmão?

Knox me dá um olhar um pouco envergonhado.

— Foi idéia de Ty. — Ele sustenta seu telefone como se


para mostrar o texto que me prova que Ty deu início a isso. —
Ele disse que ia me fazer sentir bem.

Exasperada, eu coloco minhas mãos em meus quadris. —


E fez?

Ele sorri e olha passando por mim, para a sala onde Ty


está.

— Sim, desculpe, mas realmente fez.

Eu solto as minhas mãos e me viro de volta para o


quarto. Eu não vou muito longe antes de Knox me pegar
contra ele e enterrar seu rosto no meu pescoço.

— Deus, eu estou contente de te ver. Eu pensei que você


não viria.

— Seus pais me convenceram. Disse que era o presente


de Natal atrasado deles para nós dois. — A proibição continua
em vigor, por isso não posso ir ao jogo. Mas eu posso ficar em
um hotel na mesma cidade em que se realizam os jogos dos
playoffs e se acontece desse hotel ser o mesmo onde os
jogadores de futebol da Western estão hospedados? Bem,
oops.

— Feliz Natal para mim. — Diz ele em voz baixa,


gutural e me vira.

— É véspera de Ano Novo. — Eu o lembro.

Ele ignora isso e coloca um beijo quente e de boca aberta


contra o meu pescoço. Eu tremo quando seus lábios patinam
contra a minha pele. Sua boca trava contra a minha e nos
esquecemos de onde estamos. Que não estamos sozinhos. Que
a porta para o corredor ainda está aberta.

A tosse de Ty e o barulho das portas abertas nos faz,


relutantemente, separar.

— Odeio acabar com essa festa de amor, mas mamãe e


papai nos esperavam a cerca de 20 minutos atrás.
O rosto de Knox é o retrato de decepção.

Eu acaricio seu rosto.

— Me desculpe. Eles queriam ver você hoje à noite


também.

— Eles já viram. — Reclama. — Eles estavam fora do


vestiário. Eu já os abracei. — Ele desliza uma perna entre as
minhas. — Por favor, diga que não temos que ir.

Eu engulo um pequeno gemido pela deliciosa fricção, e


por um segundo, o meu desejo de transportar Knox para a
cama inunda minhas boas maneiras. O bom senso prevalece
no último minuto e eu consigo me descolar dele.

— Não, nós temos que ir. É o mínimo que podemos


fazer.

— Tudo bem. — Ele cruza os braços, claramente infeliz.


— Você estará vestindo minha camisa lá embaixo?

— Não. Isso era para lhe dar boa sorte durante o jogo.

Puxo o grande saco de tecido sobre a minha cabeça,


revelando um vestido preto colante que eu encontrei no brechó
e que Riley adaptou para servir no meu corpo. É uma linda
peça de seda real, anteriormente maior que eu três tamanhos.
Eu tinha minhas dúvidas, mas Riley insistiu e os resultados
ficaram deslumbrantes. A boca de Knox cai na metade aberta
e os olhos, até mesmo de Ty, estavam vidrados me olhando.

— Esse é realmente um vestido muito bom, baby. —


Knox resmunga quando eu passo por ele para pegar a minha
bolsa também encontrada em um brechó.

— Obrigada. — Eu bato levemente no seu rosto,


empolgada com a forma possessiva e de fome que seus olhos
me comem.

O jantar é excruciante. Cada toque me deixa louca e é do


mesmo jeito para Knox.

Não podemos manter nossas mãos longes um do outro, e


ainda a única maneira que temos de passar pelo jantar é nos
mantendo afastados. Eu quase me agarro a sua mãe enquanto
ele fica sem jeito por seu irmão estar me comendo com os
olhos.

Existem dezenas de pessoas importantes aqui.

O agente de Ty vem a ser um homem careca, indelicado


e menor do que eu. Ele é um advogado, Knox me diz que é
intransigente e sem noção. Não há um sopro de vergonha em
torno dele.

Depois do que parecem ser horas mais tarde, nós fugimos


de volta para o hotel. Nós corremos um para o outro no
quarto. Ele varre o meu cabelo para o lado e passa suas mãos
largas pelas minhas costas.

— Onde está o zíper nesta maldita coisa? — Ele rosna


contra o meu pescoço.

— Zíper lateral. — Eu levanto meu braço e lhe mostro


onde fica.

Ele o puxa para baixo, passando dois dedos quentes ao


longo da minha pele que se expõe quando ele abaixa o zíper.
Eu não reprimo o arrepio que patina em toda a superfície do
meu corpo, porque eu não me importo se ele souber como eu
sou facilmente seduzida por ele e por seu toque.

Não temos mais segredos entre nós.

Na curva do meu pescoço, ele enterra seu nariz. Seu


peito se ergue contra mim enquanto ele inala.

— Eu comecei minha vida no dia em que te conheci.


Tudo antes disso era treino.

Eu o agarro mais perto. As palavras são fáceis para eu


escrever, mas muito mais difíceis de serem ditas.

Ele está tornando mais fácil por me amar tão livremente.

— Eu nunca soube que eu poderia me sentir tão feliz até


que você chegou. Eu nunca soube o que significava
pertencer... — Eu engulo em seco, porque eu não quero
chorar. Este é um momento de celebração. Eu pressiono
minha própria cabeça para baixo contra a sua.

— Eu sei, querida. — Seus lábios se curvam contra o


local onde o meu ombro e pescoço se encontram. Ele adora
quando eu me emociono. — Nós não caímos contra o outro.
Nós caímos um pelo outro e agora estamos levando juntos um
ao outro a nosso futuro perfeito. Eu não posso esperar para
passar cada amanhã com você. — Como se ele soubesse que
eu atingi meu limite, ele me puxa para trás e me joga na cama.
— Mas agora eu não posso esperar até que eu esteja dentro de
você.

Grampos, gravatas, roupa interior caem em um milhão


de direções diferentes até que seja apenas Knox e eu, pele com
pele, boca com boca, coração com coração.

— Eu te amo. — Ele sussurra quando ele se move acima


de mim.

Suas mãos vagueiam sobre meus ombros. As digitais


ásperas de seus dedos raspam ao longo da minha clavícula,
sobre o aumento dos meus seios, fazendo uma pausa para
circundar os meus mamilos duros. Cada toque é mais amoroso
do que o último.

— Você é tão bonita. — Diz ele com reverência. — Bela


e minha.

Eu me empurro contra ele, pronta para ser preenchida.


Ele não se apressa, no entanto. Temos todo o tempo do
mundo. Todo o nosso futuro está à nossa frente.

Ele se instala entre as minhas pernas e sua grande


estrutura empurra minhas pernas mais afastadas até que eu
estou totalmente exposta ao seu olhar, ao seu toque, a sua
carícia. Eu lambo meus lábios quando ele me assume em sua
mão e se posiciona na minha entrada.

Eu me curvo em torno dele, encaixando meu corpo


contra o dele de forma perfeita que aprendemos ser a melhor.
Em sua borda dura eu esfrego minhas partes moles. Ele me
acaricia com um aperto firme e sábio, encontrando aquela
pequena carne esponjosa que faz com que meus dedos dos pés
dobrem e provoca um som agudo e esganiçado na parte de trás
da minha garganta.

— Eu sei que você vai ganhar na próxima semana. — Eu


lhe digo com um sorriso cansado e feliz.

— Não importa. — Ele ergue meu queixo com ternura.


— Eu já ganhei o jogo mais importante da minha vida.
Epílogo

Véspera do Projeto

Então, meu agente disse que eu vou ser escolhido pelos


Snakes de Nova York. — Knox desliga o telefone sorrindo
feliz e o coloca sobre a mesa. Ele não está totalmente
perturbado que ele vai ser a terceira opção na escolha do
projeto, ao invés da primeira. — Ele deve estar aqui em cerca
de dez minutos.

O agente de Knox providenciou para que tivéssemos um


jantar junto com a família antes do projeto de amanhã. Knox e
eu chegamos mais cedo dessa vez. Normalmente estamos
atrasados porque estamos sendo uns recém-casados muito
ocupados. Secretamente, eu acho que o seu agente pode ter
mentido com relação ao tempo que seria necessário para o
jantar ser feito.

Se isso tem a ver com futebol, Knox chega pontualmente.


Qualquer outra obrigação, e ele está mais interessado em me
manter na cama com ele.

— Isso é tão errado. Você deve ser o número um. — Eu


estou chateada em seu nome. Ele é o melhor jogador de
futebol da faculdade, apesar de ser um júnior e apesar de não
ser um quarterback ou um atacante de esquerda.

Ele dá de ombros, claramente não decepcionado.

— Estou feliz. Eu estou jogando com um competidor,


eles têm Oliver Graham e ele tem um foguete no braço. Se ele
puder obter a sua razão de intercepção para baixo, a equipe
terá realmente a chance de um título. — Ele esfrega as mãos.
— Além disso, a diferença na assinatura de bônus da primeira
para a terceira escolha é de quase um milhão. Dezessete contra
dezesseis. Eu realmente não estou decepcionado com isso.

— Eu não me importo com o dinheiro. — Digo a ele. —


Eu só acho que você merece estar em primeiro lugar.

— Contanto que eu seja o primeiro para você, baby. —


Ele pisca. — Há uma tonelada de merda de boas escolas em
New York City. Como a Columbia. Se você se mudar comigo,
podemos estabelecer residência, e se você ainda desejar pode
obter a ajuda de custo para a SUNY, caso ainda insista em
pagar pelo seu próprio caminho.

Essa última afirmação sai um pouco descontente.


Tivemos algumas discussões sobre dinheiro. Mesmo que nós
somos casados, eu quero trabalhar e pagar o meu caminho
através da faculdade. Eu só tenho um ano e meio para a
conclusão e eu sei que posso fazer isso.

— Então, eu deveria me mudar com você para Nova


York? — Eu levanto uma sobrancelha.

— Sim.

— Tudo bem. — Eu pego meu copo de vinho e tomo um


gole robusto.

— Mas se você não... Espere, o quê? — Ele inclina a


cabeça como se não tivesse certeza de que ele me ouviu.

— Vou me mudar.

— Você irá?

Após termos nos casado, eu disse a Knox que eu


planejava permanecer na escola, porém com o passar do
semestre, comigo esperando sentada enquanto Knox
refrescava seus calcanhares nas aulas e trabalhava fora cada
minuto livre que tinha, eu percebi que não queria ficar
separada dele.

— Eu não quero viver sem você. E eu acho que voar para


todos os seus jogos seria impossível, por isso estou disposta a
me mudar para Nova York. Tenho certeza de que posso
conseguir um emprego em algum lugar, e eu vou guardar mais
dinheiro dado os salários serem mais altos. Com certeza, isso
vai ser mais fácil porque eu estou vivendo com você. — Sua
boca pende ligeiramente aberta. Eu franzo a testa. — Você ia
dizer alguma coisa?

Em um tom um pouco rabugento, ele responde: — Eu


venho trabalhando em meu argumento e você me arruinou.

Rindo, eu me inclino e beijo sua bochecha. — Você pode


me preencher mais tarde, no quarto do hotel, e eu vou estar na
posição adequada para dizer sim.

— Qual seria essa posição? — Sua voz se aprofunda.

— Qualquer uma que você quiser. — Eu respondo


docemente e aperto as pernas juntas com o pensamento de
quais as posições ele mais gosta.

— Nós temos que terminar este jantar? — Ele lamenta.

— Sim. — Eu aliso meu guardanapo sobre meu colo. —


Seu agente está chegando, junto com seus pais e Ty.

Knox tamborila dedos contra a toalha branca.

— Não, eu não acho que eu posso esperar. — Ele pega a


minha mão e a coloca entre suas pernas. Meus dedos enrolar
reflexivamente em torno do seu eixo engrossando
rapidamente. Ele geme.

— Você sabe o que está na minha lista? Sexo no


banheiro.

— Nós tivemos isso. — Eu respondo afetada, mas eu não


removo a minha mão. É uma sensação muito boa estar ao
redor de seu comprimento duro. — Fizemos isso no banheiro
do segundo andar na Walker Hall e no banheiro do porão no
apartamento de Carter, juntamente na boate em Miami que
seu agente nos levou.

— Mmm. — Ele olha para cima. — Essa foi uma boa


noite. Muito boa.
Eu coro, porque essa é realmente uma das minhas
memórias favoritas também. Knox e eu nos agarramos um ao
outro na pista de dança dessa incrivelmente elegante casa
noturna e em seguida, descobrimos que os banheiros da seção
VIP tinham quartos individuais. Knox fez bom uso da
privacidade. Ele me empurrou em cima da pia, rasgou minha
calcinha e batia em mim tão forte que eu estava preocupada se
a pia iria quebrar. Ou seja, eu me preocupava tanto que eu não
conseguia me concentrar em nada, mas seu pênis duro
dirigindo em minha...

— Pare de pensar sobre aquela noite. — Ele rosna no


meu ouvido. Eu sacudo a atenção.

— Como você sabe o que eu estou pensando?

Ele resmunga. — Seus olhos estão vidrados e suas


bochechas estão coradas. Sua mão está colada ao meu pau. É
como se você quisesse que eu a jogasse em cima da mesa.

Eu não quero isso... Não é? Eu olho para a mesa e depois


para os clientes ao redor.

Está muito cheio, mas o pulsar entre as minhas pernas


começa a latejar desconfortavelmente.
— Aham...

Knox e eu olhamos para cima para ver Ty revirando os


olhos. Eu puxo minha mão fora do pau de Knox. Knox e eu
olhamos para Ty e depois um para o outro.

— Ty, você parece muito agradável em seu terno. — Eu


digo e puxo o guardanapo do meu colo para defini—lo sobre a
mesa.

Seus olhos se estreitam. — Hum, obrigado.

Knox e eu estamos no mesmo pensamento.

— Então, aqui está o negócio. — Diz Knox. — Eu


preciso voltar para o hotel. Ellie não está se sentindo bem.

Eu coloco um flácido e tímido pulso na minha testa e


gemo em o que eu espero ser um gemido de um doente, não
da forma sexy.

— Certo. — Ty bufa.

Knox empurra o guardanapo contra o peito de Ty. —


Você está me substituindo hoje à noite. Não assine nada e me
mande textos se o negócio se confirmar.
— Tchau! — Eu aceno para Ty quando Knox me arrasta
para longe.

Nem mesmo a entrada de seus pais ou do seu agente


diminui seu ritmo.

— Knox está na mesa, Ellie não está se sentindo bem,


então eu, Ty, estou levando ela para sua casa. — Ele anuncia a
seus pais. — É bom ver você de novo, Randolph.

Knox, fingindo ser Ty, aperta a mão de Randolph. Seu


agente não tem idéia de que ele está cumprimentando o irmão
errado, mas os olhos da mãe de Knox caem imediatamente
para a mão esquerda. Knox empurra no bolso da sua calça
para esconder o anel.

Seus pais assistem com os olhos desconfiados quando


Knox me arrasta para fora. Eles podem não dizer quem é
quem o tempo todo, mas eles conhecem seus meninos bem o
suficiente para reconhecer as travessuras quando as vê.

Do lado de fora Knox joga o dinheiro para o manobrista.

— Precisamos de um táxi, por favor. Minha esposa... —


Eu o espeto na cintura. — A esposa do meu irmão, — Ele
insere desajeitadamente, — Não está se sentindo bem.

— Claro, não há problema. Você não é o Knox Masters?


— O atendente pergunta.

— Não. Sou seu irmão. Eu jogo no MU.

— Dê meus parabéns a seu irmão e que nós


estamos torcendo para ele ir mais alto.

— Eu darei.

Um táxi puxa a uma parada e Knox quase me empurra


para dentro.

— The Warwick, na quinquagésima quarta e... — Ele


olha para mim.

— Sexta Avenida. — Eu termino.

Ele me dá uma piscadela de gratidão e em seguida, chega


para mim. Eu bato sua mão fora.

— Não.

— O quê? — Ele chega para mim de novo.

— Você é Ty. — Eu assobio em voz baixa. Eu posso ver


o motorista de táxi nos observando no espelho retrovisor.

Knox recua. — Eu sou quem?

— Quero dizer que você está fingindo ser Ty, então você
não pode me tocar. E se alguém nos vê e eles acham que estou
traindo você?

— Mas você não está. — Ele argumenta.

— Você disse que você era o Ty para o manobrista. Ele


poderia dizer para alguns sites de fofocas que ele viu você, Ty ,
entrar em um táxi com a mulher de Knox.

— Você quer que eu morra, não é? — Ele passa a mão na


frente da calça.

Eu me forço para olhar para fora da janela.

A corrida de táxi leva uma eternidade.

Eu o forço a esperar do outro lado do elevador. Ele fura


as mãos nos bolsos e olha para o teto.

Eu mudo desconfortavelmente de um pé para o outro,


ficando mais úmida a cada segundo.

Nós quase corremos a partir da cabine do elevador para o


nosso quarto de hotel. Knox deve realmente estar quase
morrendo, porque ele tem me curvada sobre o sofá na suíte
antes da porta de trás travar totalmente. Minha calcinha cai
para os meus tornozelos antes que eu possa tomar uma
respiração completa. Antes que eu possa ter outra, ele está
empurrando dentro de mim. O vestido caro que ele insistiu em
me comprar fica amassado entre nós quando ele me leva,
inexoravelmente, com um impulso impiedoso após o outro.

A lã de suas calças desgastam as costas das minhas


coxas. Ele está com uma mão emaranhada no meu cabelo e
grosseiramente puxa minha cabeça para trás para que ele
possa me beijar.

Eu amo isso.

Eu não o teria de nenhuma outra maneira.

— Você me faz sentir tão fodidamente bem agora. — Ele


morde meu ouvido. — Se tivesse ficado naquele restaurante,
juro por Deus, eu teria te dobrado sobre a mesa e tomado você
na frente de todas aquelas pessoas.

— Você tem fantasias exibicionistas para realizar? — Eu


suspiro.
Ele mexe seus quadris e sem esforço me levanta mais alto
para que ele possa enfiar em mim ainda mais difícil.

— Não, eu só quero que você vinte e quatros horas por


sete dias da semana.

Seus dedos cavam a minha bunda e eu sei que vou ter


contusões lá amanhã. Contusões que ele vai beijar e sorrir
maldosamente mais tarde, quando estivermos à espera do seu
nome ser chamado pelo comissário.

E então ele se cala, porque nenhum de nós está em


condições de falar. Peço para ele me levar mais difícil e ele me
diz que ele está indo me foder na próxima sala.

Eu venho com tanta força que eu vejo estrelas.

— Você vai ter que me levar. — Digo a ele quando eu


desço dos meus orgasmos.

— Sim, senhora.

Ele me pega como se eu não pesasse nada e me carrega


até a cama. Sua ereção escova contra a minha bunda.

— Já? — Pergunto.

— Eu sei. Ás vezes, até eu mesmo fico espantado com a


minha grandeza. — Diz ele presunçosamente. Então ele me
joga na cama para uma segunda rodada.

Fim

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