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1° Fórum de debate

sexta-feira, 16 de junho de 2023 às 14:31


Número de respostas: 22
Caro(a) estudante,

Este é o 2° Fórum de debate que vai decorrer no período de 14 a 28 de Agosto e para uma
participação activa recomenda-se a leitura de obras e artigos de apoio indicados na disciplina bem
como outras fontes de pesquisa sobre o tema!

Sua realização é obrigatória, pois é um fórum avaliativo com uma pontuação máxima de 7
valores.

TEMA DE DEBATE: Introdução a Química Inorgânica

De forma minuciosa sustente os seus comentários de acordo com o tema acima citado, observando
os seguintes itens:

 Combinações Complexas;
 Isomeria das combinações complexas;
 Nomenclatura das combinações complexas;
 Estabilidade dos compostos complexos nas soluções;
 Direcção de deslocamento de equilíbrio químico;
 Isomeria de ionização;
 Constante de estabilidade e instabilidade na dissociação primaria e secundária.

Para participar deve seleccionar em "Responder", opção está localizada no canto inferior direito do
rectângulo referido, e para finalizar, deve selecionar em "Submeter".

Conto com a participação de todos!


Hiperligação permanenteResponder
1.Introdução a Química Inorgânica

Segundo Joaquim (s/d), “a Química Inorgânica é o ramo da química que trata das propriedades e
das reacções dos compostos inorgânicos, incluindo a geoquímica”p.1. A química mineral ou
inorgânica abrange o estudo dos metalóides e dos metais (elementos) e das combinações
químicas (reacções), tem composição qualitativa, que varia muito de um para outro elemento.
Nesse grupo, incluem-se todos os outros elementos da tabela periódica, inclusive o carbono, que
desempenha um papel importante e crescente na química inorgânica. O grande campo da
química organometálica estabelece uma conexão entre ambas as áreas, englobando os compostos
que contêm ligações metal-carbono, incluindo também a catálise de diversas reacções orgânicas.

2.Combinações Complexas

As combinações complexas ou os compostos de coordenação são substâncias que contêm uma


espécie central circunvizinha dos grupos que são chamados de ligantes.

Os tipos de grupos que podem rodear a espécie central são variados, mas eles podem ser
considerados como pertencentes a duas classes: os que se ligam a espécie central por um ou mais
átomos de carbono e os que não o fazem. Os primeiros são classificados como compostos
organometálicos e os demais são classificados simplesmente como compostos de coordenação.
Estes compostos de coordenação provém de uma ligação covalente coordenada, que
historicamente considerava-se que era formada por doação de um par de electrões de um átomo
para outro.

3.Isomeria das combinações complexas;

Isomeria é o fenômeno pelo qual duas substâncias compartilham a mesma fórmula molecular
mas apresentam estruturas diferentes, ou seja, a forma como os mesmos átomos arranjam-se no
espaço tri-dimen-sional é diferente em cada caso. E como afirma Joaquim (s/d), “ os isómeros
possuem a mesma composição qualitativa e quantitativa, mas diferem-se nas suas propriedades
físicas e químicas” P.72. Assim, temos:
a) Isomeria geométrica é caracterizada pela existência de compostos complexos de forma
cis e trans.

Segundo Russel (2006), “Isómero cis é qualquer isômero no qual dois átomos ou grupos
idênticos são adjacentes entre si ou no mesmo lado de uma estrutura. E Isómero trans. é no
qual dois grupos idênticos estão localizados em lados opostos da estrutura”, p.663.

b) Isomeria óptica é observada quando os isômeros podem desviar a luz polarizada para a
direita ou para a esquerda. E quando este desvio ocorre para a direita, estas substâncias
são dextrogiro (d) e quando o desvio é para a esquerda, elas são levogiro (l).
c) Isomeria de coordenação,quando o número e a natureza dos ligantes podem ser os
mesmos, mas estão dispostos de forma diferente ao redor do íon metálico central,
resultando em diferentes arranjos espaciais.
d) Isomeria de ionização, este tipo de isomeria ocorre quando dois ou mais compostos
complexos possuem a mesma fórmula molecular, mas diferentes arranjos dos ligantes ao
redor do íon metálico central. Este facto acontece devido à capacidade dos ligantes de se
ligarem ao íon metálico central por diferentes átomos ou grupos de átomos.

Nomenclatura das combinações complexas

Segundo Russel(2006), o termo complexo é frequentemente utilizado para se referir a todas


espécies poliatômicas que consistem em um íon metálico central rodeado por diversos ligantes,
podendo ser iônicas ou não, p.516. Assim sendo, a sua nomenclatura é baseada num conjunto
sistemático de regras adotado pela IUPAC, para obter a fórmula e dar o nome que abaixo se
detalha:

Fórmulas dos complexos

1. Na fórmula de um complexo, o átomo central aparece primeiro e é seguido pelos ligantes. O


complexo é geralmente escrito entre colchetes com a carga colocada fora dos mesmos.
(Especialmente para os complexos mais comuns não é usual omitir os colchetes na fórmula.)
Exemplo: [CrCl6] 3–
2. Quando um ligante contém mais de um átomo, este é escrito entre parênteses. Exemplo:
[Cu(NH3)4] 2+

3. Quando um complexo contém mais de um tipo de ligante, os ligantes aniônicos são escritos
antes dos neutros (ligantes catiônicos são raros). Dentro de cada classe, os ligantes são escritos
em ordem alfabética. Exemplos:

[CrCl2(NH3)4] + (ligantes aniônicos antes dos neutros)

[CoBrCl(H2O)4] + (ligantes aniônicos antes dos neutros; ligantes aniônicos ordenados


alfabeticamente)

Nomes dos complexos

1. Segundo Russel (2006), “ no nome de um complexo os nomes dos ligantes são escritos em
primeiro lugar, seguido pelo nome do átomo central”, p.516. Exemplo: [Cr(H2O)6] 3+ é o íon
hexaaquocrômio (III).

2. O número de oxidação do átomo central é indicado comum numeral romano entre parênteses
logo após seu nome. Exemplo: [CO(H2O)4] 2+ é o íon tetraaquocobalto (II).

3. O número de cada tipo de ligante é indicado mediante uso de prefixos gregos, di-, tri-, tetra-
etc. Exemplo: [FeCl2(H2O)4] + é íon tetraaquodicloroferro (III).

4. No nome de um complexo que contém mais de um tipo de ligante, os ligantes são escritos na
ordem alfabética de seus nomes. Exemplo: [CuBr(H2O)3] + é o íon triaquobromocobre (II).

5. Complexos que são aniões têm terminação -ato após o nome em português do átomo central.
Exceção: Quando o símbolo do átomo central é derivado do nome do elemento em latim, o
sufixo -ato é escrito após este nome. Exemplos:

[CrCl6] 3– é o íon hexaclorocromiato (III).

[CuBr4] 2– é o íon tetrabromocuprato (II).


6. E por fim, os nomes e fórmulas de compostos contendo íons complexos, o catião é escrito
antes do anião na fórmula, e depois do anião quando se dá nome ao composto, sendo as cargas
iónicas omitidas. Exemplos:

[Cr(H2O)6] [Fe(CN)6] é o hexacianoferrato (III) de hexaaquocrômio (III).

4.Estabilidade dos compostos complexos nas soluções

A estabilidade de um complexo em uma solução se refere ao grau de associação entre duas


espécies após atingido o equilíbrio químico. E dependendo das suas propriedades físicas e
químicas, quando em solução, alguns se dissociam em suas espécies constituintes, outras
permanecem com seus ligantes ligados á espécie central, podendo afirmar que:

 Na forma pura alguns são estáveis apenas a baixas temperaturas, outros mantêm suas
identidades mesmo a altas temperaturas, podendo serem volatilizados;
 Os que têm elementos de transição como átomo central, algumas vezes são
paramagnéticos, enquanto aqueles que têm elementos representativos como átomo central
são diamagnéticos.
 Da mesma forma, os compostos de metais de transição em geral são coloridos, enquanto
os elementos representativos são brancos.

5.Direcção de deslocamento de equilíbrio químico

O deslocamento de um equilíbrio químico é a mudança na pressão do ambiente, na concentração


de um participante ou na temperatura do sistema para restabelecer um equilíbrio.

Segundo Usberco & Salvador (2002), “quando um sistema está em equilíbrio, a velocidade da
reacção directa é igual à velocidade da reacção inversa, e as concentrações de todos os
participantes permanecem constantes. E para Feltre (2004), “o deslocamento do equilíbrio é toda
e qualquer alteração da velocidade da reacção directa ou da reacção inversa, provocando
modificações nas concentrações das substâncias e levando o sistema a um novo estado de
equilíbrio”.

O deslocamento do equilíbrio é descrita pelo enunciado do Princípio de Le Chatelier citado por


Russel (2006) que afirma: “Quando sistemas em equilíbrio são submetidos a qualquer
perturbação exterior, o equilíbrio desloca-se no sentido contrário a fim de minimizar esta
perturbação”.

E também existem outros factores que podem influenciar no deslocamento do equilíbrio das
reacções químicas tais como:

 Alteração das concentrações de um ou mais participantes do equilíbrio;

 Alteração da pressão total sobre o sistema;

 Alteração da temperatura do sistema.

6. Isomeria de ionização

A ionização é uma reacção química que origina iões a partir de substâncias moleculares
colocadas em água. Os isômeros de ionização diferem pela troca de um ligante por um anião ou
molécula neutra fora da esfera de coordenação. Considere os isômeros de ionização:
[Co(NH3)5Br]SO4 e [Co(NH3)5(SO4)]Br. No primeiro complexo o ião Br- é um ligante do
cobalto e está dentro da esfera de coordenação, mas no segundo complexo ele é um contra iões
ou seja um anião que compensa a carga do sal complexo e está fora da esfera de coordenação. Os
dois complexos têm diferentes propriedades físicas e químicas.

7.Constante de estabilidade e instabilidade na dissociação primária e


secundária

A constante de estabilidade é uma medida da estabilidade de um composto complexo em


solução. Ela é calculada através da relação entre as concentrações dos produtos e dos reagentes
na equação química que representa a formação do composto complexo. Segundo Russel (2006),

“Os valores destas constantes podem ser usados para estimar a estabilidade de
complexos. (Constantes de dissociação de íons complexos são também chamadas
constantes de instabilidade, porque quanto maior a constante, mais instável é o complexo.
Muitas vezes são dadas em tabelas as recíprocas destas constantes. Elas correspondem a
reações escritas de maneira inversa, isto é, como associações. Quando dadas desta
maneira, estas constantes são denominadas constantes de estabilidade ou constantes de
formação)”, P. 201

Na dissociação primária, um composto se divide em dois produtos principais como na equação


abaixo, sendo que, uma constante de estabilidade alta indica que a reacção de dissociação é
favorecida e que o composto tem uma ligação forte’

AB → A + B

A constante de estabilidade para essa reacção é expressa pela seguinte fórmula:

K = [A][B] / [AB]

Dissociação secundária, um composto se divide em mais de dois produtos como na equação


abaixo:

A+B →C+D

E a constante de estabilidade para esta reação é calculada usando a seguinte fórmula:

K = ([C][D]) / ([A][B])

Referencias Bibliográficas

 Feltre, A. (2004). Quimica, Volume 2. (6ªed), São Paulo: Moderno;


 Joaquim, O. A. (S. D). Química Inorgânica. Beira: Universidade Católica de
Moçambique
 Russel, J.B, (2006). Química Geral 2, 2ª edição, vol.2, São Paulo: Makron Books Ltda
 Usberco, J. & Salvador, E. (2002). Química Volume Único. (5ª ed), São Paulo: Saraiva;

Consulta em site da internet:


https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/ligacoes-quimicas.htm acessado as 10:23 de
21/08/2023

https://acervolima.com/o-que-se-entende-por-combinacao-quimica/ acessado as 10:30 de


2/08/2023

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